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O que você

voc vai aprender nessas


nessa
apostila
apostilas?
Nessa apostila você vai aprender sobre as matérias
mat rias mais importantes e
que mais caem nos vestibulinhos de todo o país,
pa s, e mais especificamente
nas provas da ETEC, Coléégio Embraer, Senai, Colégios
gios da UNESP, Unicamp
e USP, Colégios
gios Militares e provas de bolsa.

Resumi e organizei os principais assuntos que você precisa saber para


garantir uma vaga nos melhores colégios
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cnicos do Brasil.

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divertido para você aprender tudo e
mandar bem nas provas para o Ensino
Médio.

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vão te ajudar a se preparar para todas
as provas! Por isso conto com seu
esforço e entusiasmo para estudar
bastante.

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#BonsEstudos

2
Quem sou eu?
Meu nome é Diego William,
William e minha missão esse ano é fazer você
voc passar
em um vestibulinho de Ensino Médio!
M

Sou Engenheiro de Materiais de formação


forma o e professor de coração...
cora

Sou de São José dos Campos/SP,


Campos/SP vim de escola pública, blica, nunca tive
dinheiro pra pagar um colégio
col gio particular, por isso sempre lutei para passar
em um vestibulinho e mudar minha vida.

E deu certo! Passei em 6 vestibulinhos e em 8 vestibulares!

Desde 2013 trabalho como professor e mentor para alunos que sonham
em passar em um vestibulinho...

Mas em 2018 resolvi fazer diferente: fundei o Guia do Vestibulinho,


Vestibulinho que já
é o maior portal de vestibulinhos do Brasil e ajuda alunos a se
prepararem para as provas de bolsa e vestibulinhos das maiores e
melhores escolas do país.
s.

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SUMÁRIO
TIPOS DE TEXTO ..................................................................................................................... 6
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS ................................................................................................... 9
FLEXÃO DE GÊNERO ............................................................................................................. 11
FLEXÃO DE ADJETIVOS ......................................................................................................... 16
USO DE CRASE ...................................................................................................................... 19
USO DE PRONOMES ............................................................................................................. 21
VERBOS ................................................................................................................................ 25
MODOS VERBAIS .................................................................................................................. 26
ADVÉRBIOS........................................................................................................................... 28
PREPOSIÇÕES ....................................................................................................................... 31
CONJUNÇÕES ....................................................................................................................... 34
CONCORDÂNCIA NOMINAL ................................................................................................. 36
CONCORDÂNCIA VERBAL ..................................................................................................... 38
FIGURAS DE LINGUAGEM .................................................................................................... 44
ACENTUAÇÃO E NOVAS REGRAS ......................................................................................... 48
SUJEITO E PREDICADO ......................................................................................................... 53
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO ................................................................................... 57

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TIPOS DE TEXTO
cai nos vestibulinhos: Colégios Militares, Colégios da Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e
Bolsas de Estudo.

Os tipos de textos, também chamados de tipos textuais, são as diferentes formas que um
texto pode apresentar, visando responder a diferentes intenções comunicativas.

Os aspectos constitutivos de um texto divergem mediante a finalidade do texto: contar,


descrever, argumentar, informar...

Diferentes tipos de texto apresentam diferentes características: estrutura, construções


frásicas, linguagem, vocabulário, tempos verbais, relações lógicas, modo de interação com o
leitor...

Podemos distinguir os seguintes tipos textuais:

• Texto narrativo;
• Texto descritivo;
• Texto dissertativo (expositivo e argumentativo);
• Texto explicativo (injuntivo e prescritivo).

É de salientar que um único texto pode apresentar passagens de várias tipologias textuais.

Texto narrativo

A principal finalidade de um texto narrativo é contar uma história através de uma sequência
de ações reais ou imaginárias. A narração da história é construída à volta de elementos
narrativos, como o espaço, tempo, personagem, enredo e narrador.

Exemplos de texto narrativo:

• romances:
• contos;
• fábulas;
• depoimentos;
• relatos;

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Texto descritivo

A principal finalidade de um texto descritivo é apresentar a descrição pormenorizada de


algo ou alguém, levando o leitor a criar uma imagem mental do objeto ou ser descrito. A
descrição pode ser mais objetiva ou mais subjetiva, focando apenas aspectos mais
importantes ou também detalhes específicos.

Os textos descritivos não são, habitualmente, textos autônomos. O que acontece mais
frequentemente é a existência de passagens descritivas inseridas em textos narrativos,
havendo uma pausa na narração para a descrição de um objeto, pessoa ou lugar.

Exemplos de texto descritivo:

• folhetos turísticos;
• cardápios de restaurantes;
• classificados;

Texto dissertativo (expositivo e argumentativo)

A principal finalidade de um texto dissertativo é informar e esclarecer o leitor através da


exposição rigorosa e clara de um determinado assunto ou tema. texto dissertativo-
expositivo visa apenas expor um ponto de vista, não havendo a necessidade de convencer o
leitor.

Já o texto dissertativo argumentativo visa persuadir e convencer o leitor a concordar com a


tese defendida.

Exemplos de texto dissertativo-expositivo:

• enciclopédias;
• resumos escolares;
• jornais;
• verbetes de dicionário;

Exemplos de texto dissertativo-argumentativo:

• artigos de opinião;
• abaixo-assinados;
• manifestos;

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• sermões;

Texto explicativo (injuntivo e prescritivo)

A principal finalidade de um texto explicativo é instruir o leitor acerca de um procedimento.


Fornece uma informação que condiciona a conduta do leitor, incitando-o a agir.

Os textos explicativos podem ser injuntivos ou prescritivos. Os textos explicativos injuntivos


possibilitam alguma liberdade de atuação ao leitor, enquanto os textos explicativos
prescritivos exigem que o leitor proceda de uma determinada forma.

Exemplos de texto explicativo injuntivo:

• receitas culinárias;
• manuais de instruções;
• bula de remédio;
• Exemplos de texto explicativo prescritivo:
• leis;
• cláusulas contratuais;
• edital de concursos públicos;

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
cai nos vestibulinhos: ETEC, Jovem Aprendiz do Senai, Colégios Militares, Colégio Embraer, Colégios da
Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte


significativa do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos
estabelecer relações entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou
diferenciando-as segundo seus significados.

SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou


aquelas que possuem significado ou sentido semelhante.

Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a


mesma ideia. Estas palavras são chamadas de sinônimos.

Ex: certo, correto, verdadeiro, exato.

Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.

A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:

• adversário e antagonista;
• translúcido e diáfano;
• semicírculo e hemiciclo;
• contraveneno e antídoto;
• moral e ética;
• colóquio e diálogo;
• transformação e metamorfose;
• oposição e antítese.

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ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto.

Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um


se opõe ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.

• direita e esquerda;
• preto e branco;
• alto e baixo;
• gordo e magro.

Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.

Observação: A antonímia pode originar-se também de um prefixo de sentido oposto ou


negativo:

• bendizer e maldizer;
• simpático e antipático;
• progredir e regredir;
• concórdia e discórdia;
• ativo e inativo;
• esperar e desesperar;
• simétrico e assimétrico.

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FLEXÃO DE GÊNERO
cai nos vestibulinhos: ETEC, Jovem Aprendiz do Senai, Colégios Militares, Colégio Embraer, Colégios da
Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

Na língua portuguesa há dois gêneros: o masculino, antecedido pelo artigo o; e o feminino,


antecedido pelo artigo a.

Exs.:

o sabão – o carro – o colchão – o sol – o macarrão

a espuma – a mesa – a colcha – a nuvem – a salada

Os substantivos podem ser biformes e uniformes.

a) substantivos biformes – são aqueles que possuem duas formas para indicar o gênero.
Abaixo, mostramos algumas formações do feminino nos substantivos biformes.

Grande parte dos substantivos terminados em -o (forma masculina), mudam para -a (forma
feminina).

Exs.:

• menino – menina
• boneco – boneca
• gato – gata

Os substantivos terminados em -ão (forma masculina) podem passar para -ã, -oa ou ainda
para -ona na forma feminina.

Exs.:

• capitão – capitã
• leão – leoa
• valentão valentona

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Na maioria dos substantivos terminados em -or (forma masculina) acrescentamos -a na sua
forma feminina.

Exs.:

• cantor – cantora
• animador – animadora
• vendedor vendedora

Porém, alguns substantivos terminados em -or (forma masculina) substituem o sufixo -or
por -eira em sua forma feminina.

Exs.:

• lavador – lavadeira
• arrumador arrumadeira

Alguns substantivos terminados em -e (forma masculina) mudam a terminação para -a


(forma feminina).

Exs.:

• governante – governanta
• mestre – mestra
• monge – monja

Nos substantivos terminados em -ês, l e z (forma masculina) acrescentamos -a no feminino.

Exs.:

• camponês – camponesa
• bacharel bacharela
• juiz – juíza

Alguns substantivos que indicam ocupação ou título formam o feminino com os sufixos -
esa, -essa e -isa.

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Exs.:

• barão – baronesa
• conde – condessa
• sacerdote sacerdotisa

Além das formações apresentadas acima para os substantivos biformes, também temos
outras formações que não se encaixam em nenhum desses grupos, são as chamadas
formações irregulares, como podemos ver abaixo.

• Ateu – ateia
• ator – atriz
• avô – avó
• czar – czarina
• dom – dona
• embaixador – embaixatriz
• europeu – europeia
• frade – freira
• galo – galinha
• guri – guria
• herói – heroína
• imperador – imperatriz
• judeu – judia
• mandarim – mandarina
• perdigão – perdiz
• peru – perua
• pigmeu – pigmeia
• rapaz – rapariga
• rei – rainha
• réu – ré
• sultão – sultana

Na categoria dos substantivos biformes, também temos aqueles que possuem palavras
diferentes para o masculino e feminino.

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• Bode – cabra
• boi – vaca
• carneiro – ovelha
• cavaleiro – amazona
• cavalheiro – dama
• cavalo – égua
• genro – nora
• homem – mulher
• pai – mãe
• zangão – abelha

b) Substantivos uniformes: são aqueles que possuem apenas uma forma para os dois
gêneros. Eles podem ser comuns-de-dois, epicenos e sobrecomuns.

Comuns-de-dois: São aqueles que diferenciam o gênero através da anteposição do artigo o


(masculino) e do artigo a (feminino).

Exs.:

• o capitalista – a capitalista
• o estudante – a estudante
• o cliente – a cliente

Epicenos: são os nomes de animais e plantas que diferenciam os gêneros acrescentando as


palavras macho e fêmea.

Exs.:

• cobra macho – cobra fêmea


• peixe macho – peixe fêmea

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Sobrecomuns: são aqueles que possuem apenas uma forma, tanto para o masculino quanto
para o feminino.

Exs.:

• a criança
• o indivíduo
• a testemunha

Observações:

1) Os nomes de rios, ventos, montes, pontos cardeais e meses são masculinos porque essas
palavras estão subentendidas.

Exs:

• o (rio) Nilo
• o (vento) Aragano
• o leste
• o (oceano) Atlântico
• o (mês) maio

2) Há ainda os substantivos que quando estão no masculino possuem um significado e


quando estão no feminino o significado é alterado.

Exs.:

• o cabeça (o chefe) – a cabeça (parte do corpo)


• o capital (dinheiro, bens) – a capital (cidade principal)
• o rádio (aparelho) – a rádio (estação)

3) Abaixo, apresentamos uma lista de substantivos que podem oferecer dúvidas em relação
ao seu gênero:

Masculinos: Os nomes das letras do alfabeto, dó, formicida, lança-perfume, pijama, saca-
rolhas, sanduíche, sósia, telefonema.

Femininos: aguardente, alface, análise, cal, cólera, dinamite, fênix, fruta-pão.

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FLEXÃO DE ADJETIVOS
cai nos vestibulinhos: ETEC, Jovem Aprendiz do Senai, Colégios Militares, Colégio Embraer, Colégios da
Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

Ao conhecermos sobre os conteúdos gramaticais de uma forma geral, um aspecto


extremamente relevante é entendermos sobre o sentido denotativo no que se refere ao
conceito de um determinado termo.

Para tal, iniciaremos o referente assunto enfatizando sobre a maneira como se dá a flexão:

Assim como os substantivos, os adjetivos são mutáveis quanto ao gênero, número e grau,
sendo que tais termos nos remetem à ideia de singular/plural, masculino/feminino,
aumentativo/diminutivo.

Quanto ao gênero, subdividem-se em:

Uniformes – Possuem apenas uma forma, sendo aplicada tanto a substantivos masculinos,
quanto a femininos:

Exemplos:

• garoto feliz – garota feliz


• mulher triste – homem triste
• momento anterior – hora anterior

Biformes – Possuem duas formas distintas de aplicabilidade, uma para o masculino e outra
para o feminino:

Exemplos:

• professor dinâmico – professora dinâmica


• alunos inquietos – alunas inquietas
• gato furioso – gata furiosa

Quanto ao número:

Os adjetivos simples geralmente concordam com o substantivo a que eles se referem:

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Exemplos:

• criança amável – crianças amáveis


• jovem trabalhador – jovens trabalhadores
• público animado – públicos animados

Já os adjetivos compostos, obedecem a algumas regras específicas, na qual somente o


último elemento é flexionado:

Exemplos:

• olhos castanho-claros
• esculturas greco-romanas
• comemorações cívico-religiosas

Há algumas exceções, como é o caso de: azul-marinho e azul-celeste, ambos são invariáveis,
observe:

• ternos azul-marinho
• lingeries azul-celeste

Quando os dois elementos são variáveis:

Exemplos:

• alunos surdos-mudos
• garotas surdas-mudas

Quando o segundo elemento representar um substantivo, também permanece invariável:

Exemplos:

• vestidos amarelo-limão
• geladeiras branco-gelo
• tecidos verde-oliva

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Quanto ao grau:

Apresentam-se em dois graus: comparativo e superlativo:

Grau comparativo - subdivide-se em:

Comparativo de igualdade – Paulo é tão alto quanto seu irmão

Comparativo de inferioridade – Paulo é menos alto que (ou do que) seu irmão.

Comparativo de superioridade – Paulo é mais alto que (ou do que) seu irmão.

Grau superlativo – subdivide-se em:

Superlativo relativo de inferioridade – Mariana é a menos esforçada das irmãs.

Superlativo relativo de superioridade – Marcos é o mais calmo de toda a família.

Superlativo absoluto – é quando a qualidade é expressa de maneira intensificada.

Superlativo absoluto analítico – A funcionária é extremamente (ou bastante, muito)


esforçada.

Superlativo absoluto sintético – A recepcionista é agradabilíssima.

Note que o superlativo absoluto sintético é formado pelo acréscimo do sufixo íssimo, -rimo,
imo.

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USO DE CRASE
cai nos vestibulinhos: ETEC, Jovem Aprendiz do Senai, Colégios Militares, Colégio Embraer, Colégios da
Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

Você sabe o que é crase?

A palavra crase tem origem na Grécia e significa mistura ou fusão. Na língua portuguesa, a
crase indica a contração de duas vogais idênticas, mais precisamente, a fusão da preposição
a com o artigo feminino a e com o a do início de pronomes. Sempre que houver a fusão
desses elementos, o fenômeno será indicado através da presença do acento grave, também
chamado de acento indicador de crase.

Para usar corretamente o acento indicador de crase, é necessário compreender as situações


de uso nas quais o fenômeno está envolvido.

Aprender a colocar o acento depende, sobretudo, da verificação da ocorrência simultânea


de uma preposição e um artigo ou pronome.

Observe abaixo os principais casos em que o acento grave deve ser utilizado, casos em que
seu uso não é permitido e os casos em que seu emprego é facultativo:

Casos em que nunca ocorre crase:

Antes de palavra masculina (pois antes de masculina não ocorre o artigo"a", indicador do
gênero feminino): pagamento a prazo; andar a cavalo; sal a gosto.

Antes de verbo (porque antes de verbo não ocorre artigo): O suspeito está disposto a
ajudar.

Antes de pronomes em geral (porque antes deles, geralmente, não ocorre artigo): Ele disse
a ela que não fará a viagem; Ele falou alguma coisa a você?

Antes de nome de cidade (porque antes de nomes de cidade não se emprega artigo): Você
não vai a Natal?

Expressões formadas por palavras repetidas: Cara a cara; frente a frente; minuto a minuto.

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"A" antes de palavras flexionadas no plural: Os dados coletados não se referem a
populações indígenas.

Depois de preposições como para, perante, com e contra: O encontro foi marcado para as
18 h; A manifestação é contra a corrupção.

Casos em que sempre ocorre a crase

Locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo: Às vezes
Mariana vai à escola de ônibus; O aluno fez a lição às pressas e entregou para a professora.

Locuções prepositivas: Os médicos estão à espera do paciente à esquerda do corredor.

Locuções conjuntivas (existem apenas duas locuções desse tipo): À medida que o tempo
passa, o casal fica mais apaixonado; À proporção que os dias passavam, o medo crescia.

Casos em que a crase é opcional

Antes de pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc. (pois nesses casos o uso
do artigo antes do pronome é opcional): Os presentes foram entregues à minha irmã ou Os
presentes foram entregues a minha irmã.

Antes de nomes de mulheres (pois aqui o artigo é opcional): Felipe fez um pedido à Raquel
ou Felipe fez um pedido a Raquel.

Antes da palavra até (se depois dela houver uma palavra feminina que admita artigo, a
crase será opcional): Os amigos foram até à praça ou Os amigos foram até a praça.

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USO DE PRONOMES
cai nos vestibulinhos: ETEC, Jovem Aprendiz do Senai, Colégios Militares, Colégio Embraer, Colégios da
Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

O pronome é uma classe gramatical variável, ou seja, flexiona-se em gênero e número. Ele
tem a função de relacionar o substantivo a uma das três pessoas do discurso (quem fala,
com quem se fala e de quem se fala), podendo ainda indicar a posse de um objeto ou sua
localização. Quando substituem o substantivo, denominam-se pronome substantivo;
quando o acompanham, pronome adjetivo.

Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos,


indefinidos e relativos. Acompanhe a seguir as características de cada pronome:

Pronomes pessoais

Os pronomes pessoais indicam as pessoas gramaticais, também chamadas de pessoas do


discurso (Eu, tu, ele, nós, vós, eles). Eles podem pertencer ao caso reto e ao caso oblíquo.
Para cada pronome reto, há um correspondente no caso oblíquo. Veja a explicação

• Eu Me, mim, comigo.


• Tu Te, ti, contigo.
• Ele Se, o, a, lhe, si, consigo.
• NósNos, conosco.
• Vós Vos, convosco.
• Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.

Os pronomes do caso reto exercem a função sintática de sujeito, enquanto os do caso


oblíquo, de complemento. Por isso, construções como: "Você trouxe para mim comer?" ou
"Isso é para mim fazer" são equivocadas, pois, nos dois exemplos, o pronome oblíquo está
exercendo uma função que não lhe pertence, a de sujeito. Portanto, para os enunciados
ficarem gramaticalmente corretos, devem ser construídos assim: "Você trouxe para eu
comer?" e "Isso é para eu fazer".

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Veja a seguir os pronomes retos e oblíquos exercendo suas funções gramaticais:

• Lorenzo saiu de férias. Ele vai viajar. (pronome reto – função sujeito)
• Alguém me chamou? (pronome oblíquo – função de complemento)

Atenção: Os pronomes substantivos exercem as mesmas funções sintáticas do substantivo,


e os pronomes adjetivos, as mesmas do adjetivo.

É importante atentar para esse detalhe!

Pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento indicam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos
interlocutores (parceiros na comunicação). Esses pronomes são divididos por grau de
formalidade, portanto, para cada contexto, há um pronome de tratamento a ser utilizado.
Embora indiquem interlocução (conversa), o que indicaria o uso da segunda pessoa do
discurso (tu), com os pronomes de tratamento, os verbos devem ser usados na terceira
pessoa.

Veja os exemplos:

• Vossa Excelência está atrasada para a sessão. (Ministra)


• Vossa Alteza está muito elegante. (Princesa)
• O senhor já sabe quando chegará o ofício? (Pessoas mais velhas ou a quem se deve
respeito)
• IV. Você não aprende mesmo! (Indica tratamento informal).

Pronomes possessivos

Os pronomes possessivos estabelecem a ideia de posse entre o objeto e as três pessoas do


discurso.

Portanto:

• 1ª pessoa do discurso (eu) meu, minha, meus, minhas.


• 2ª pessoa do discurso (tu) teu, tua, teus, tuas.
• 3ª pessoa do discurso (ele) seu, sua, seus, suas.
• 1ª pessoa do discurso – plural (nós) nosso, nossa, nossos, nossas.

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• 2ª pessoa do discurso – plural (vós)vosso, vossa, vossos, vossas.
• 3ª pessoa do discurso – plural (eles) seu, sua, seus, suas.

Veja os exemplos:

• O carro é meu. (Objeto pertence 2à 12ª pessoa do discurso – eu)


• Nossa casa é linda. (Objeto pertence à 1ª pessoa do discurso – nós)
• Sua roupa está suja. (Objeto pertence à 3ª pessoa do discurso – ele ∕ ela)

*O gênero e o número dos possessivos concordam com o objeto possuído.

Ex. João, sua camisa é linda.

*Os pronomes de tratamento utilizam os pronomes possessivos na 3ª pessoa.

Ex. Você deve encaminhar sua solicitação o mais rápido possível.

Pronomes demonstrativos

Indica a localização dos seres em relação ao espaço e ao tempo. Também se relaciona às


três pessoas do discurso, determinando a proximidade entre elas e o objeto. Flexiona-se em
gênero e número.

1ª pessoa este, esta, estes, estas, isto (Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que
fala).

2ª pessoa esse, essa, esses, essas, isso (Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com
quem se fala).

3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo (Os seres estão longe tanto do emissor
(quem fala) quanto do receptor (com quem se fala)).

• Ex.:
• Minha bolsa é aquela.
• Esta é minha caneta.
• Essa camisa está suja.

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Pronomes Indefinidos

Os pronomes indefinidos são usados para demonstrar imprecisão ou indeterminação, por


esse motivo, referem-se sempre à 3ª pessoa do discurso. Podem ser variáveis (sofrem
modificações quanto ao gênero e ao número) ou invariáveis (não se flexionam). Quando
acompanharem o substantivo, serão pronomes adjetivos, portanto, exercerão a função
sintática própria do adjetivo. Quando substituírem o nome, serão, portanto, pronome
substantivo, logo, exercerão as mesmas funções sintáticas do substantivo.

Veja os exemplos:

• Alguém me chamou? (pronome substantivo)


• Muitas pessoas precisam de assistência. (pronome adjetivo)

Acompanhe a lista dos pronomes indefinidos:

Variáveis: algum, bastante, certo, muito, nenhum, outro, pouco, qualquer, tanto, todo, um,
vários, quanto.

Invariáveis: cada, nada, ninguém, alguém, algo, outrem, tudo, quem, demais.

Pronomes relativos

Os pronomes relativos recebem esse nome porque se relacionam ao termo anterior e têm a
função de substituí-lo. Eles são necessários para evitar a repetição desnecessária dos
termos.

Veja os exemplos:

• Essa é a empresa que lhe falei.


• A casa onde moro é linda.
• Não conheço a pessoa a quem você entregou a carta.

Os pronomes relativos podem ser variáveis ou invariáveis. Veja:

Variáveis: o qual, cujo, quanto.

Invariáveis: que, quem, onde.

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VERBOS
cai nos vestibulinhos: ETEC, Jovem Aprendiz do Senai, Colégios Militares, Colégio Embraer, Colégios da
Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

Verbo é a palavra que exprime um fato, localizando-o no tempo. Geralmente exprime ideia
de ação, estado ou fenômeno. É importante ressaltar que os verbos podem expressar
outros tipos de fatos que não ação, estado ou fenômeno.

A língua portuguesa é riquíssima em vocábulos e existem, aproximadamente, cerca de onze


mil verbos, divididos em três subgrupos chamados de conjugações. Conjugar um verbo é
dizê-lo em todas as suas formas nas diversas pessoas, números, tempos, modos e vozes.

São três as conjugações:

• Primeira conjugação: os verbos terminados em -ar: amar, cantar, dançar;


• Segunda conjugação: os verbos terminados em -er: fazer, comer, crescer;
• Terceira conjugação: os verbos terminados em -ir: pedir, partir, sentir.

O verbo apresenta várias flexões. São elas:

• Pessoa: primeira, segunda e terceira;


• Número: singular e plural;
• Modo: indicativo, subjuntivo e imperativo;
• Tempo: presente, pretérito e futuro;
• Voz: ativa, passiva e reflexiva.

Além das conjugações e flexões, os verbos apresentam-se sob diferentes formas,


denominadas formas nominais. São elas:

• Infinitivo (-r): Dançar, fazer, sentir


• Gerúndio (-ndo): Dançando, fazendo, sentindo
• Particípio (-ado): Dançado, falado, sentido

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MODOS VERBAIS
cai nos vestibulinhos: ETEC, Jovem Aprendiz do Senai, Colégios Militares, Colégio Embraer, Colégios da
Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

Na primeira oração temos um predicado verbal "estudaram para o simulado", no qual o


núcleo é o verbo nocional "estudaram". Já na segunda oração o núcleo do predicado é um
nome "cautelosos" conectado por um verbo de ligação (foram) ao sujeito (Eles) e, portanto,
é um predicado nominal.

Os modos verbais estão relacionados ao estudo dos verbos, classe de palavras variável que
admite flexão de número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), tempo
(presente, pretérito e futuro), voz (ativa, passiva e reflexiva) e modo (indicativo, subjuntivo
e imperativo).

Os modos verbais estão relacionados com as atitudes de quem fala ou escreve, exprimindo
a posição do falante diante de uma posição verbal.

Graças aos modos verbais o enunciador pode explicitar intenções e juízos de valores.

Observe as definições dos modos verbais indicativo, subjuntivo e imperativo, assim como
suas situações de uso:

Modo indicativo: É empregado quando a atitude do enunciador revela ser aquele fato
sobre o qual se escreve ou fala algo real, verdadeiro:

• Trabalho no escritório da empresa.


• A mãe fazia lindos vestidos para complementar a renda familiar.
• O trem partiu da estação às três horas da tarde de Domingo.

O modo indicativo possui os seguintes tempos verbais:

• Presente;
• Pretérito perfeito;
• Pretérito imperfeito;
• Pretérito mais-que-perfeito;

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• Futuro do presente;
• Futuro do pretérito.

Modo subjuntivo: É empregado quando a atitude do enunciador revela conteúdos


emocionais que expressam ideias de dúvida ou incerteza:

• Se ele andasse mais rápido...


• Que ele faça o bolo, não iremos comer
• Quando nós sairmos de casa, iremos à praia

O modo subjuntivo possui os seguintes tempos verbais:

• Presente;
• Pretérito imperfeito;
• Futuro.

Modo imperativo: É empregado quando a atitude do enunciador exprime ideia de ordem


ou pedido:

• Faça o favor de se comportar na escola!


• Fique quieto!

O modo imperativo, diferentemente do que acontece com os outros modos verbais, é


indeterminado em relação ao tempo. Por se tratar de uma ordem ou pedido, infere-se que
a ação ocorrerá no futuro. Não possui a 1ª pessoa do singular e nem a 3ª pessoa, a
representação é feita pelo pronome você. Possui duas formas distintas:

Imperativo afirmativo;

• Chegue cedo em casa.

Imperativo negativo

• Não diga nada aos meus pais!

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ADVÉRBIOS
cai nos vestibulinhos: Colégios Militares, Colégios da Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e
Bolsas de Estudo.

Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. São
flexionados em grau (comparativo e superlativo) e divididos em: advérbios de modo,
intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.

Classificação dos Advérbios

De acordo com a circunstância que os advérbios exprimem nas frases, eles podem ser:

Advérbio de Modo

Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, debalde e grande parte
das palavras que terminam em "-mente": cuidadosamente, calmamente, tristemente,
dentre outros.

Exemplos:

• Fui bem na prova.


• Estava andando depressa por causa da chuva.

Advérbio de Intensidade

Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado, bastante, imenso, demais, mais, menos,
quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.

Exemplos:

• Comeu demasiado naquele almoço.


• Ela gosta bastante dele.

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Advérbio de Lugar

Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora,
defronte, atrás, detrás , atrás, além, aquém, antes, algures, nenhures, alhures, aonde,
longe, perto.

Exemplos:

• Minha casa é ali.


• O livro está embaixo da mesa.

Advérbio de Tempo

Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois,
enfim, entrementes, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente,
imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente, constantemente.

Exemplos:

• Ontem estivemos numa reunião de trabalho.


• Sempre estamos juntos.

Advérbio de Negação

Não, nem, tampouco, nunca, jamais.

Exemplos:

• Jamais reatarei meu namoro com ele.


• Não saiu de casa naquela tarde.

Advérbio de Afirmação

Sim, deveras, indubitavelmente, decididamente, certamente, realmente, decerto, certo,


efetivamente.

Exemplos:

• Certamente passearemos nesse domingo.


• Ele gostou deveras do presente de aniversário.

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Advérbio de Dúvida

Possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, será, talvez, casualmente.

Exemplos:

• Provavelmente irei ao banco.


• Quiçá chova hoje.

Flexão dos Advérbios

Os advérbios são consideradas palavras invariáveis pois não sofrem flexão de número
(singular e plural) e gênero (masculino, feminino); porém, são flexionadas nos graus
comparativo e superlativo.

Grau Comparativo

No Grau Comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou


superioridade.

Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim é tão
baixo quanto Pedro.

Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Joana é
menos alta que Sílvia.

Superioridade: analítico: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana é
mais alta que Carolina.

Sintético: formado por "melhor ou pior que" (do que), por exemplo: Paula tirou nota
melhor que Júlia na prova.

Grau Superlativo

No Grau Superlativo, o advérbio pode ser:

Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito baixo.

Sintético: quando é formado por sufixos, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.

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PREPOSIÇÕES
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A preposição faz parte da classe de palavras invariáveis da língua portuguesa. Sua principal
função é estabelecer entre palavras e orações relações de sentido e de dependência,
portanto, uma relação de subordinação.

Apesar de não desempenharem função sintática, as preposições são importantes para a


construção do texto, pois atuam como conectivos, elementos indispensáveis para a coesão
textual. Em determinadas situações, as preposições serão fundamentais para a
compreensão da frase ou da oração.

Classificação das preposições

Para facilitar nossos estudos, as preposições foram classificadas em preposições essenciais e


preposições acidentais:

Preposições essenciais: Chamamos de preposições essenciais as palavras que não


desempenham outra função na língua portuguesa, atuando apenas como preposições.

São elas: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob,
sobre, trás.

• Os jogadores jogaram a partida contra o time da casa.


• O réu compareceu perante o juiz para ouvir a sentença.
• Os alunos estudaram para a prova de matemática.

É importante ressaltar que não devemos confundir a preposição a com o artigo definido a e
com o pronome a, visto que a preposição é uma palavra invariável, o que não acontece com
o pronome e com o artigo, que podem ser flexionados de acordo com a estrutura sintática.

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Preposições acidentais: Diferente do que ocorre com as preposições essenciais, que não
podem exercer outra função a não ser a função de preposição, as preposições acidentais
são termos que, dependendo do contexto no qual se encontram, podem atuar como
preposições.

São elas: como, conforme, consoante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão,
tirante, visto etc.

• A entrada na festa só será permitida mediante pagamento.


• Os alunos saíram-se mal nos exames, visto que não estudaram.
• A sentença foi dada conforme o esperado.

À união de duas ou mais palavras que atuam como preposição é dado o nome de locução
prepositiva, sendo que a última palavra da locução será, obrigatoriamente, uma preposição.

Observe os exemplos:

Por trás de, por cima de, por causa de, perto de, junto de, junto a, abaixo de, acerca de,
acima de, ao lado de, de acordo com etc.

• Por causa de sua insatisfação, o funcionário pediu demissão de seu emprego.


• A criança aproximou-se e sentou-se perto de seus colegas de escola.
• O trabalho deve ser entregue de acordo com as regras determinadas.

As preposições também podem formar combinações e contrações ao unirem-se com outras


palavras. Na combinação, a preposição mantém todos os seus fonemas.

Observe os exemplos: a + o(s) = aos preposição + artigo = combinação

• Os diplomas foram entregues aos formandos.

Quando a preposição se une à outra palavra e, nesse processo, sofre alterações em seus
fonemas, dizemos que houve uma contração.

Observe os exemplos:

da = de (preposição) + (artigo)

no = em (preposição) + o (artigo)

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numa = em (preposição) + uma (artigo)

dessa = de (preposição) + essa (pronome demonstrativo)

• Bentinho se mudou da velha casa da rua Matacavalos.


• Encontraram-se numa festa qualquer e logo se casaram.

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CONJUNÇÕES
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A conjunção é uma unidade de língua portuguesa que reúne duas frases em um mesmo
enunciado e que podem exercer a função de conectora ou transpositora dessas orações.

As conjunções podem ser:

Aditivas: unem dois termos ou duas orações de mesmo valor sintático, exprimindo uma
relação de adição, de soma: e, nem.

Exemplo: Ganhei o prêmio e viajei para o Caribe.

Adversativas: conectam dois termos ou duas orações com a mesma função, exprimindo
uma relação de contraste, de oposição: mas, porém, todavia, contudo, no entanto,
entretanto.

Exemplo: Ela gosta de comer guloseimas, mas precisa emagrecer.

Alternativas: conectam dois termos ou orações de sentido diferentes, exprimindo uma


relação de alternância ou exclusão: ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja, nem...
nem, já... já.

Exemplo: Ou você encerra a discussão ou eu me retiro.

Conclusivas: conectam à anterior uma oração que possui o sentido de conclusão, por isso,
exprimem uma relação conclusiva: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim,
então.

Exemplo: Ela estuda muito para o concurso, portanto deverá ser aprovada.

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Explicativas: conectam duas orações, sendo que a segunda possui um sentido explicativo
em relação a primeira: que, porque, pois, porquanto.

Exemplo: A professora chegará atrasada, pois seu carro quebrou.

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CONCORDÂNCIA NOMINAL
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A Concordância Nominal é o acordo entre o nome (substantivo) e seus modificadores


(artigo, pronome, numeral, adjetivo) quanto ao gênero (masculino ou feminino) e o
número (plural ou singular).

Exemplo: Eu não sou mais um na multidão capitalista.

Observe que, de acordo com a análise da oração, o termo "na" é a junção da preposição
"em" com o artigo "a" e, portanto, concorda com o substantivo feminino multidão, ao
mesmo tempo em que o adjetivo "capitalista" também faz referência ao substantivo e
concorda em gênero (feminino) e número (singular).

Vejamos mais exemplos: Minha casa é extraordinária.

Temos o substantivo "casa", o qual é núcleo do sujeito "Minha casa". O pronome possessivo
"minha" está no gênero feminino e concorda com o substantivo. O adjetivo
"extraordinária", o qual é predicativo do sujeito (trata-se de uma oração com complemento
conectado ao sujeito por um verbo de ligação), também concorda com o substantivo "casa"
em gênero (feminino) e número (singular).

Para finalizar, veremos mais um exemplo, com análise bem detalhada:

Dois cavalos fortes venceram a competição.

Primeiro, verificamos qual é o substantivo da oração acima: cavalos. Os termos


modificadores do substantivo "cavalos" são: o numeral "Dois" e o adjetivo "fortes".

Os termos que fazem relação com o substantivo na concordância nominal devem, de


acordo com a norma culta, concordar em gênero e número com o ele.

Nesse caso, o substantivo "cavalos" está no masculino e no plural e a concordância dos


modificadores está correta, já que "dois" e "fortes" estão no gênero masculino e no plural.

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Observe que o numeral "dois" está no plural porque indica uma quantidade maior do que
"um".

Então temos por regra geral da concordância nominal que os termos referentes ao
substantivo são seus modificadores e devem concordar com ele em gênero e número.

Importante: Localize na oração o substantivo primeiramente, como foi feito no último


exemplo. Após a constatação do substantivo, observe o seu gênero e o número. Os termos
referentes ao substantivo são seus modificadores e devem estar em concordância de
gênero e número com o nome (substantivo).

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CONCORDÂNCIA VERBAL
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A concordância verbal refere-se à relação de dependência estabelecida entre um termo e


outro mediante um contexto oracional. Os agentes principais desse processo são
representados pelo sujeito, que funciona como subordinante; e o verbo, o qual
desempenha a função de subordinado.

Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se pela adaptação do verbo aos
quesitos "número e pessoa" em relação ao sujeito.

Exemplificando, temos:

• O aluno chegou atrasado.

Nesse caso, o verbo apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz referência a um
sujeito, assim também expresso (ele).

Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.

Esse, portanto, é o princípio básico da concordância verbal. Observe agora os casos de


sujeito simples e sujeito composto:

Casos referentes a sujeito simples:

1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa:

• O aluno chegou atrasado

2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo coletivo, o verbo permanece
na terceira pessoa do singular:

• A multidão, apavorada, saiu aos gritos.

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Observação:

No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal no plural, o verbo


permanecerá no singular ou poderá ir para o plural:

• Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.


• Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.

3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, representadas por "a maioria
de, a maior parte de, a metade de, uma porção de, entre outras", o verbo tanto pode
concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo que a segue:

• A maioria dos alunos resolveu ficar.


• A maioria dos alunos resolveram ficar.

4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aproximativas, representadas por


"cerca de, perto de", o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:

• Cerca de vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.

5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão "mais de um", o verbo


permanece no singular:

• Mais de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.

Observação: no caso da referida expressão aparecer repetida ou associada a um verbo que


exprime reciprocidade, o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural:

• Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de doação de


alimentos.
• Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades de formatura.

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6) Quando o sujeito for composto da expressão "um dos que", o verbo permanecerá no
plural:

• Esse jogador foi um dos que atuaram na Copa América.

7) Em casos relativos à concordância com locuções pronominais, representadas por "algum


de nós, qual de vós, quais de vós, alguns de nós", entre outras, faz-se necessário nos
atermos a duas questões básicas:

No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o verbo poderá com ele
concordar, como poderá também concordar com o pronome pessoal:

• Alguns de nós o receberemos.


• Alguns de nós o receberão.

Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no singular, o verbo permanecerá,


também, no singular:

• Algum de nós o receberá.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome "quem", o verbo permanecerá


na terceira pessoa do singular ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:

• Fomos nós quem contou toda a verdade para ela.


• Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.

9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra "que", o verbo deverá
concordar com o termo que antecede essa palavra:

• Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões.


• Em casa sou eu que decido tudo.

10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões que indicam porcentagens,
o verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:

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• 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria.
• 50% do eleitorado apoiou a decisão.

Observações:

Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de porcentagem, esse deverá concordar com
o numeral:

• Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.

Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular:

• 1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.

Em casos em que o numeral estiver acompanhado de determinantes no plural, o verbo


permanecerá no plural:

• Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.

11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pronomes de tratamento, o verbo
deverá ser empregado na terceira pessoa do singular ou do plural:

• Vossas Majestades gostaram das homenagens.


• Vossa Majestade agradeceu o convite.

12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo próprio no plural encontram-se
relacionados a alguns aspectos que os determinam:

Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, este permanece no singular,
contanto que o predicativo também esteja no singular:

• Memórias póstumas de Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.

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Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também permanece no plural:

• Os Estados Unidos são uma potência mundial.

Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem aparece, o verbo permanece
no singular:

• Estados Unidos é uma potência mundial.

Casos referentes a sujeito composto:

1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes, o verbo deverá
ir para o plural, estando relacionado a dois pressupostos básicos:

Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais:

• Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.

Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa:

• Tu e ele sois primos.


• Tu e ele são primos.

2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao verbo, este permanecerá no
plural:

• O pai e seus dois filhos compareceram ao evento.

3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este poderá concordar com o
núcleo mais próximo ou permanecer no plural:

• Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos.


• Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.

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4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais de um núcleo, o verbo deverá
permanecer no singular:

• Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do mundo.

5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou ordenado por elementos em


gradação, o verbo poderá permanecer no singular ou ir para o plural:

• Minha vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço.
• Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de meu esforço.

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FIGURAS DE LINGUAGEM
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USP e Bolsas de Estudo.

Dividimos as figuras de linguagem em metáfora, hipérbole, eufemismo, ironia, elipse,


zeugma, comparação, metonímia, antítese, paradoxo, prosopopeia, pleonasmo, anáfora,
sinestesia, gradação, aliteração, polissíndeto, assíndeto e onomatopeia.

Metáfora

A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem significados
diferentes, atribuindo a eles o mesmo sentido. Veja o exemplo abaixo:

• "Meu pensamento é um rio subterrâneo."

Na frase acima o autor dá o sentido de "pensamento" ao termo "rio subterrâneo", que nada
têm em comum, mas passam a ter na oração.

Metonímia

Metonímia é o uso da parte pelo todo. Ocorre quando o autor substitui uma palavra por
outra próxima. É utilizada para evitar a repetição de palavras em um texto.

Por exemplo:

• "Os meus braços precisam dos teus"

Na frase acima, Vinicius de Morais se refere à necessidade que ele tem de ter a presença de
outra pessoa e não somente dos braços.

• "Eu adoro ler Maurício de Souza"

Na frase acima, a pessoa está querendo dizer que gosta de ler as obras de Maurício de
Souza, e não ler o autor, o que seria impossível.

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Sinestesia

A sinestesia é o jogo da mistura das sensações. Quando na mesma oração o autor realiza o
cruzamento de diferentes sentidos humanos.

Sinestesia é uma figura de linguagem muito utilizada em livros e poesias em geral. É muito
comum também notar sua presença em letras de música.

Perceba no exemplo abaixo:

• "Ela sentiu o sabor frio da derrota"

Na frase acima, a sensação de frio que sentimos nos tatos foi direcionada para o paladar
(sabor). De fato, não podemos sentir o sabor do "frio", por isso ocorreu um cruzamento de
sensações na frase, o que configura uma figura de linguagem sinestesia.

Catacrese

A Catacrese é um tipo de recurso muito interessante. Tal figura de linguagem ocorre


quando atribuímos um "nome" a algo que não possui um nome específico, fazendo
referência a outras coisas e objetos.

Um ótimo exemplo seria o "céu da boca" ou a "asa da xícara". Perceba que nossa boca não
possui um céu de fato, assim como a xícara não possui asas de fato, parte atribuída
somente às aves.

Antítese

Quando, em uma mesma oração, usamos termos que possuem sentidos contrários,
configura-se a antítese. Por exemplo:

• "O Renato estava dormindo acordado na aula"

Perceba que "dormindo" e "acordado" entram em contraste de significado na frase.

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Paradoxo

Esta figura de linguagem se refere a algo "contrário ao que se pensa", fugindo do senso
comum e até mesmo refletindo a falta de nexo.

Confira um exemplo simples de um paradoxo:

• "Ele não passa de um pobre homem rico"

Eufemismo

Troca de um termo por outro mais "leve", que acaba passando uma conotação mais
agradável a um sentido. Um bom exemplo de eufemismo é quando trocamos o termo
"morreu" por "foi para o céu".

Hipérbole

Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero


intencional ao contexto.

Por exemplo, em vez de dizermos "eu estou com muita sede", as vezes dizemos "estou
morrendo de sede".

Na verdade, não estamos morrendo literalmente, mas ocorre um exagero para ilustrar a
grandeza da sede.

Ironia

Ironia é a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu


significado. Por exemplo, uma pessoa que foi demitida após péssimo dia de trabalho, dizer:

• "Era o que faltava para encerrar o meu dia maravilhosamente bem.

Apóstrofe

Esta figura de linguagem ocorre quando alguma pessoa faz uso da "invocação" de algo ou
alguém para manifestar algum sentido ao contexto.

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• "Meu Deus! Que susto!"

Personificação ou Prosopopeia

A personificação ou prosopopeia ocorre quando atribuímos sentidos racionais a elementos


irracionais. Por exemplo, quando dizemos "A natureza está em chorando…" estamos
atribuindo o "choro" (algo racional) à natureza (um elemento irracional). Outro exemplo
seria dizer

• Meu coração está em pratos...

Pleonasmo

Pleonasmo é muito utilizado no dia-a-dia. Trata-se da repetição de palavras que tem o


mesmo significado, em uma mesma oração.

Exemplos:

• "Sair para fora"


• "subir para cima"
• "dupla de dois"

Cacofonia

A cacofonia surgem quando ocorre uma junção do final de um vocábulo e começo de outro,
formando tonalidades estranhas, dando significados controversos, quando lemos ou
pronunciamos a frase rapidamente. Assim, outras pessoas podem entender ou atribuir
sentidos contrários ao que falamos. É considerado um vício de linguagem.

Exemplo:

• Eu vi ela na praça. (vi+ ela= viela)


• Alma minha gentil que te partiste (Alma + minha = maminha)

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ACENTUAÇÃO E NOVAS REGRAS
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Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

Em se tratando de acentuação, devemos nos ater à questão das novas regras ortográficas
da Língua Portuguesa, as quais entraram em uso desde o dia 1º de janeiro de 2009. Como
toda mudança implica adequação, o ideal é que façamos uso das novas regras o quanto
antes.

O estudo exposto a seguir visa a aprofundar seus conhecimentos no que se refere à


maneira correta de grafar as palavras, levando em consideração as regras de acentuação e
o que foi proposto pelo novo acordo ortográfico.

Acentuação tônica

A acentuação tônica refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas das


palavras. Aquela que é pronunciada de forma mais acentuada é a sílaba tônica. As demais,
como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.

De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:

Oxítonas: são aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.

• café – coração – cajá – atum – caju – papel

Paroxítonas: são aquelas em que a sílaba tônica evidencia-se na penúltima sílaba.

• útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível

Proparoxítonas: são aquelas em que a sílaba tônica evidencia-se na antepenúltima sílaba.

• lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus

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Acentuação gráfica

Proparoxítonas: todas são acentuadas.

• analítico, hipérbole, jurídico, cólica.

Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas terminadas em "a", "e", "o", "em",
seguidas ou não do plural(s). Ex.: Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s).

Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:

Monossílabos tônicos terminados em "a", "e", "o", seguidos ou não de "s".

• pá – pé – dó – há

Formas verbais terminadas em "a", "e", "o" tônicos seguidas de lo, la, los, las.

• respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo.

Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: - i, is

• táxi – lápis – júri

- us, um, uns

• vírus – álbuns – fórum

- l, n, r, x, ps

• automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps

- ã, ãs, ão, ãos

• ímã – ímãs – órfão – órgãos

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- Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de "s".

• água – pônei – mágoa – jóquei

Regras especiais:

- Os ditongos de pronúncia aberta "ei", "oi", que antes eram acentuados, perderam o
acento com o Novo Acordo. Veja na tabela a seguir alguns exemplos:

- Quando "i" e "u" tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de
"s", desde que não sejam seguidos por "-nh", haverá acento:

• saída – faísca – baú – país – Luís

Observação importante:

- Não serão mais acentuados "i" e "u" tônicos formando hiato quando vierem depois de
ditongo:

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- O acento pertencente aos hiatos "oo" e "ee" foi abolido.

- Não se acentuam as vogais "i" e "u" dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica:

• xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba .

No entanto, em se tratando de palavra proparoxítona, haverá o acento, já que a regra de


acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos:

• fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo

- As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz com "u" tônico precedido de "g"
ou "q" e seguido de "e" ou "i" não serão mais acentuadas.

Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e dos seus
compostos (conter, reter, advir, convir etc.).

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Não se acentuam mais as palavras homógrafas para diferenciá-las de outras semelhantes.
Apenas em algumas exceções, como:

A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo)
ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do
presente do indicativo). O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciá-lo da preposição
por.

Exemplos de palavras homógrafas:

• pera (substantivo) - pera (preposição antiga)


• para (verbo) - para (preposição)
• pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar)

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SUJEITO E PREDICADO
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Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da USP e Bolsas de Estudo.

O que é sujeito?

O sujeito compõe o chamado termo essencial da oração. Recebe essa classificação em razão
de sua importância para o enunciado, embora, mesmo que contraditório, possam existir
orações sem sujeito. Quando aparecem na oração, são chamados de determinados, quando
estão escondidos, são classificados como indeterminados.

O sujeito pode ser formado por um ou dois núcleos. No primeiro caso, é classificado como
sujeito simples; no segundo, como composto. O núcleo do sujeito (parte mais importante)
pode ser representado por um pronome substantivo (substituto do nome), substantivo
(palavra que nomeia os seres) ou palavra substantivada (embora não seja substantivo, no
contexto em questão é classificada como tal).

Acompanhe os exemplos:

• O menino chegou atrasado. (Núcleo: substantivo)


• Ele comeu todo o macarrão. (Núcleo: pronome substantivo)
• O cantar dos pássaros é uma dádiva de Deus. (Núcleo: palavra substantivada)
• A fé e a confiança devem ser inabaláveis. (Núcleo: substantivo + substantivo)

Na sintaxe de concordância verbal, o sujeito precisa estar em harmonia com o verbo, por
isso, no exemplo 4, o verbo "devem" está na 3ª pessoa do plural, já que o sujeito é formado
por dois núcleos, classificando-se como sujeito composto.

Às vezes, o sujeito é eliminado porque é facilmente reconhecido pela desinência verbal,


sendo, por isso, classificado como desinencial. Algumas gramáticas ainda o classificam como
oculto, por não aparecer explicitamente na oração, entretanto, entendê-lo como
desinencial torna mais fácil a sua aprendizagem, já que basta analisar o verbo e esse
"contará" quem é o sujeito.

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Veja alguns exemplos:

• Saímos apressadamente.
• Comi muita polenta ontem.

A desinência verbal, ou seja, o morfema (menor unidade com significado) que indica o
número e a pessoa, demonstra que o sujeito 1 é " nós", enquanto o 2 é "eu". Isso se torna
lógico se for usado outro pronome ou mesmo substantivo; na hora, percebe-se que não faz
sentido, portanto, a única possibilidade é a que o verbo define, ou seja, 1ª pessoa do plural
e 1ª pessoa do singular, respectivamente.

Quando o sujeito não aparece na frase, ou por não poder ser determinado, ou por não
querer determiná-lo, ele é classificado como indeterminado, sendo assim classificado em
duas situações:

I. Quando não há sujeito expresso e o verbo encontra-se na 3ª pessoa do plural.

• Compraram jabuticaba.

II. Quando o verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação aparece ao lado da


partícula "se" – nesse caso, classificada como índice de indeterminação do sujeito. O verbo
não sofre flexão, permanecendo na 3ª pessoa do singular.

Algumas orações não vão possuir sujeito, sendo, por isso, classificadas como orações sem
sujeito. Para que recebam essa classificação, as orações precisam ter as seguintes
características:

Verbo indicando fenômeno da natureza:

• Trovejou a noite toda.

Verbo haver usado com o sentido de existir:

• Houve manifestações em todo Brasil.

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O que é predicado?

A sintaxe é a parte da gramática que estuda a organização da oração. Para facilitar esse
estudo, a oração (todo enunciado que possui verbo) é dividida em termos, que se
classificam em: integrantes (complementos verbais, complemento nominal e agente da
passiva), acessórios (adjunto adverbial, adjunto adnominal, vocativo e aposto) e essenciais
(sujeito e predicado).

Os termos essenciais, sujeito e predicado, recebem essa denominação por constituírem a


essência da oração, pois representam a base dos sintagmas (parte da oração). O sujeito
compõe o sintagma nominal, enquanto o predicado, o sintagma verbal.

O predicado é a parte da oração em que há verbo, portanto, não existe predicado que não
possua verbo ou locução verbal. O predicado é essencial para a oração, pois é esse termo
que traz todas as informações sobre o sujeito. Então, para facilitar seu reconhecimento, é
preciso detectar quem é o sujeito ou o vocativo, caso apareça, tudo o que restar é o
predicado. No caso das orações sem sujeito, o que deve ser considerado é o processo verbal
em si.

A classificação do predicado está relacionada ao tipo de verbo que o constitui, portanto, se


o verbo for significativo ou nocional (verbos transitivos e intransitivos), ele será o núcleo
(parte mais importante) da oração. Logo, o predicado é classificado como verbal, pois
contém como parte principal o verbo. Entretanto, quando é constituído por verbo de
ligação, cuja função não é ser núcleo, e sim "ponte" entre o sujeito e o predicativo do
sujeito, o predicado é classificado como nominal, uma vez que quem é o núcleo desse
predicado não é o verbo, e sim o nome, ou seja, o predicativo do sujeito.

Acompanhe os exemplos:

• O amor é benigno.
• O livro está rasgado.
• O ônibus quebrou na Marginal Botafogo.
• Os vândalos quebram os bancos do estádio Serra Dourada.

Como dito anteriormente, para detectar o tipo de predicado, é essencial que se classifique
o verbo que o compõe. Analisando os exemplos, percebe-se que nem todos os verbos
indicam uma ação ou fenômeno meteorológico, logo não são considerados significativos,
pois alguns indicam apenas o estado do sujeito, sendo, portanto, de ligação.

• Voltando aos exemplos, vamos classificar os predicados?

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• Predicado: é benigno. (Predicado Nominal)
• Predicado: está rasgado. (Predicado Nominal)
• Predicado: quebrou na Marginal Botafogo. (Predicado Verbal)
• Predicado: quebraram os bancos do estádio Serra Dourada. (Predicado Verbal)

Os exemplos I e II são classificados como predicado nominal, pois possuem verbo de ligação
e a parte mais importante, ou seja, o núcleo, é o predicativo do sujeito, respectivamente
representado pelos adjetivos: benigno e rasgado. Já os exemplos III e IV possuem verbos
nocionais ou significativos.

Perceba que a informação mais importante do predicado é trazida pelo verbo. É importante
destacar, ainda, que embora seja o mesmo verbo (quebrar) em contextos diferentes, ele
possui predicações diferentes, sendo intransitivo no exemplo III e transitivo direto no IV.

Existem predicados que, além de conter um verbo significativo ou nocional, possuem


também um predicativo que pode se relacionar ao sujeito, classificando-se como
predicativo do sujeito, ou pode se relacionar ao complemento verbal (objeto direto ou
indireto), sendo chamado de predicativo do objeto.

Quando isso acontece, ou seja, quando no predicado há dois núcleos, um verbal e um


nominal, o predicado é classificado como verbo-nominal. Veja os exemplos:

• Os ministros do Supremo Tribunal declararam o réu inocente.


• João voltou satisfeito.
• O menino quebrou a cadeira amarela.

Em todos os exemplos, percebe-se a presença de dois núcleos, um verbal e um nominal,


portanto, todos os predicados acima são classificados como verbo-nominal.

Sintetizando:

Predicado verbal: possui como núcleo um verbo nocional;

Predicado nominal: possui como núcleo o predicativo do sujeito;

Predicado verbo-nominal: apresenta dois núcleos, um nominal (predicativo do sujeito ou do


objeto) e um verbal (verbo transitivo ou intransitivo).

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TERMOS INTEGRANTES DA
ORAÇÃO
cai nos vestibulinhos: ETEC, Colégios Militares, Colégios da Unicamp, Colégios da UNESP, Colégio da
USP e Bolsas de Estudo.

Os termos integrantes da oração são o complemento verbal, o complemento nominal e o


agente da passiva.

Complemento Nominal

O complemento nominal é o termo da oração que é ligado ao sujeito, predicativo, objetivo


direto, o objeto indireto, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto ou ao vocativo.

O complemento nominal liga-se ao substantivo, adjetivo ou advérbio por intermédio de


uma preposição.

Exemplo 1:

• A mulher tinha necessidade de medicamentos.

Nome (substantivo): necessidade

Complemento nominal: de medicamentos.

Exemplo 2:

• Esta conduta é prejudicial à saúde.

Nome (adjetivo): prejudicial

Complemento nominal: à saúde.

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Exemplo 3:

• Decidiu favoravelmente ao acusado.

Nome (advérbio): favoravelmente

Complemento nominal: ao acusado.

O núcleo do complemento nominal, em geral, é representado por um substantivo ou


palavra com valor de substantivo. O pronome oblíquo também pode representar um
complemento nominal deixando a preposição implícita no pronome.

Exemplo:

• Andar a pé lhe era agradável. (era agradável a ele)

Complemento nominal: lhe

Quando houver um período composto, a função do complemento nominal pode agir na


oração com valor de substantivo. Nos casos em que isso ocorre, a denominação é de oração
substantiva completiva nominal.

Exemplo:

• Tinha a necessidade de que o socorressem.

Complemento nominal: de que o socorressem.

Oração: Tinha necessidade

Agente da Passiva

O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a


ação expressa por um verbo na voz passiva.

Exemplo:

• A criança foi orientada pelo professor.

Sujeito: A criança

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Verbo na voz passiva: pelo professor.

Transposição da Voz Passiva para a Voz Ativa

O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da
voz passiva.

Complemento Verbal

Objeto Direto

O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem preposição obrigatória.


Ele indica o ser para a qual se dirige a ação verbal.

Pode ser apresentado por substantivo, pronome, numeral, palavra ou expressão


substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:

• Algumas pessoas tomam vinho.

Sujeito: Algumas pessoas

Verbo transitivo direto: tomam

Objeto direto: vinho

Objeto Direto Preposicionado

Ocorre quando o objeto direto vem regido por preposição.

Exemplos:

• Nunca enganaram a mim.

Objeto direto preposicionado: a mim.

Verbo transitivo direto: enganaram

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Objeto Indireto

O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre acompanhado de


preposição. Pode ser representado por substantivo ou palavra substantivada, pronome,
numeral, expressão substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:

• Amélia acredita em discos voadores.

Sujeito: Amélia

Verbo transitivo direto: em discos voadores.

Nos casos de Pronome Oblíquo

Há casos em que os pronomes oblíquos assumem a função de complementos verbais.

Exemplo:

• A proposta interessava-lhe.

Objeto indireto: lhe

Verbo transitivo indireto: interessava-lhe.

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