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Resumo: A inclusão do ensino de língua estrangeira para alunos surdos com o auxílio de
jogos foi a temática desse trabalho. Devida a dificuldade de vários professores no que diz
respeito à comunicação e a sua ignorância acerca da cultura dos surdos, há obstáculos que
negativamente impactam no processo de ensino-aprendizagem. Diante da importância
dessa temática, foi desenvolvida uma revisão sistematizada da literatura do tipo estado do
conhecimento que permitiu que conhecer como tem sido realizadas pesquisas sobre o
aprendizado dos surdos. Como achados dessa abordagem foram descobertos a
importância dos jogos para o ensino aprendizagem desses alunos surdos, devido a
visualização e a maior interação entre professor/aluno e entre os próprios alunos. Por fim,
conclui-se que há algumas limitações desses alunos surdos, proveniente de escolas com
ambientes irregulares ou mesmo professores despreparados para assumir esse papel,
contudo com o avanço das tecnologias a possibilidade desse aprendizado se torna
favorável para o ensino seja de língua estrangeira ou outras disciplinas.
Palavras-Chave: Jogos, Inclusão de surdos, ensino de língua estrangeira, tecnologia da
informação.
INTRODUÇÃO
O ensino de línguas estrangeiras por si só já é um grande desafio para as pessoas
em geral; agora imagina para pessoas com uma limitação auditiva, faz o ensino e
aprendizado de línguas estrangeiras se tornar um enorme desafio a ser superado. Esse
desafio se torna maior ainda por não haver um maior número de incentivos é nem de um
melhor auxílio governamental que se esquecem dessas limitações é acaba por incentivar
um ensino igual a todos sem se ater a essas limitações torna o ensino é aprendizado
desestimulante para os alunos especiais (SOUZA, 2010).
Sabemos a importância do aprendizado da língua estrangeira por todos, por ser a
porta de entrada para um novo mundo de conhecimentos, de aprendizado relacionados a
outras culturas, além de contribuir para vivência de novas experiências, é poder assim
compreender melhor os conhecimentos específicos daquela língua e cultura. Mas ao
falarmos de pessoas surdas, essas portas se tornam escassas, em decorrência de sua
limitação acabarem por terem seus conhecimentos menosprezados na hora do ensino de
línguas estrangeiras e suas limitações ressaltadas para o mesmo, sendo que maioria dos
docentes busca metodologias de ensino que beneficiam somente alunos ouvintes, sem
buscar uma forma que seja intermediária aos dois tipos de caso, e muitas vezes acabam
por menosprezar o aprendizado do aluno não ouvinte por acharem que sua inteligência é
limitada por sua deficiência auditiva (SOUZA, 2010).
O preconceito em relação a pessoas surdas no Brasil hoje em dia ainda é enorme,
pois essas pessoas são tratadas por muitos como incapazes de viver em sociedade é de se
comunicarem como a maioria o faz; mais esquecem que essas pessoas têm o mesmo
intelecto é até mesmo mais elevado do que a maioria de nós; sua forma de comunicar é
excepcional por conseguirem expressar com gesto e movimentos das coisas que não
somos capazes de dizer com palavras, eles ouvem o mundo por meio dos olhos é nós não
conseguimos nem mesmo ouvir por meio e nossos “perfeitos” ouvidos (SOUZA;
SILVEIRA, 2016).
O avanço da tecnologia para melhorar a comunicação geral está avançando em
um ritmo bem rápido apesar que em algumas vertentes como a comunicação de surdos o
ritmo está meio desacelerado é possível ver que ouve bastante evolução nesse meio nos
últimos anos. O mundo tecnológico vem buscando a passos lentos construir um meio de
integração geral entre todos independente de suas limitações. Muitas redes sociais já se
tornaram um grande caminho para a integração de pessoas surdas, pois por meio desta
ferramenta, elas entram em contato com outras pessoas que possuem a mesma dificuldade
auditiva, assim podendo trocar experiências e em muitos casos acabam por criarem sua
própria rede cultural, dessa forma, com o avanço dessas tecnologias essa forma de se
comunicarem são expandidas a outras áreas, como na área do ensino de línguas
estrangeiras (SOUZA; SILVEIRA, 2016).
Fonte: https://iguinho.com.br/jogo-ingles.html
O lúdico pode ser considerado importante, mas para que uma atividade lúdica
funcione da maneira que se espera, o professor deve estar preparado para essa aula
diferente, pois essa experiência será satisfatória somente se o professor estiver
empenhado em ensinar da melhor forma e o aluno ter a consciência de que ele também
precisa interagir e contribuir para que o ensino-aprendizagem seja possível e eficaz.
(KASDORF, 2013).
Os alunos surdos também podem aprender por meio de jogos. No ensino de
ciências, a utilização de jogos também está sendo eficaz, assim como, no ensino de língua
estrangeira. O fato é que os jogos têm sido um instrumento para tornar as aulas mais
criativas e interessantes, além do fato ser algo que os alunos podem visualizar (SILVA;
et al. 2016).
FUNDAMENTAÇÃO
1.1 Pessoas surdas e educação formal
Os estudos favor de pessoas surdas vêm se expandindo cada vez mais, devido ao
fato de vários movimentos passados a favor da educação inclusiva no Brasil. O processo
das políticas públicas tenta integrar esses alunos surdos no âmbito de uma escola regular,
entretanto, a problemática de como ensinar esse aluno em uma sala onde outros possuem
linguagem materna o “português”, ainda é um fato a se pensar (TAVARES; OLIVEIRA,
2014). A questão complexifica mais se somada a essa situação, o aprendizado de uma
língua estrangeira.
De acordo com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, de Diretrizes e Bases
(LDB), toda pessoa surda tem direito à educação, podendo esse ensino ser ministrado em
escolas regulares, entretanto, os gestores e professores, possuem dificuldades nesta área
de ensino, pois muitas vezes não são preparados para a inclusão desse aluno na sala de
aula, vindo a comprometer o ensino aprendizagem desse aluno (BRASIL, 2005).
Existem, contudo, métodos que estão sendo desenvolvidos para que este aluno
consiga desenvolver o aprendizado, compreender o conteúdo, uma dessas técnicas são os
jogos, que contribuem para uma melhor visualização, já que esses alunos não podem
ouvir, então deve-se utilizar mais os outros sentidos como a visão e o tato, possibilitando
não somente o estudo das ciências, mas também a possibilidade de ensinar língua
estrangeira com esses jogos educacionais (TAVARES; OLIVEIRA, 2014).
Dorziat (1999), mostra a importância das linguagens para a educação de um aluno,
independente se for surdo ou não, ela remete o desenvolvimento educacional, assim um
aluno não pode “aprender por aprender”, e deve começar seus estudos pela sua língua
materna, no caso dos surdos, libras, para posteriormente começar a compreender as outras
línguas como: português, espanhol, inglês, etc.
A utilização de mecanismos diferentes para aprimorar o ensino das disciplinas em
sala de aula, é bem aceita na área de ensino, entretanto, as pesquisas mais recentes sobre
inclusão de alunos surdos, também vem adotando essa metodologia para ensinar
determinados conteúdos, com a intenção de proporcionar a interação desses alunos, com
jogos e brincadeiras para o aprendizado, assim adaptando jogos para o ensino com
resultados satisfatório (PIMENTEL; SABINO, 2014). Como exemplo a figura 2 a seguir
mostra um jogo lúdico com a utilização do alfabeto manual.
Na figura 3, temos outro tipo de jogo que também enfatiza a visualização, assim
podendo facilitar o aprendizado de alunos surdos, nesta trilha o aluno consegue se
envolver, assim pode-se realizar esses tipos de jogos para ensinar língua estrangeira,
sendo que, basta somente adaptá-los.
Figura 4: Brinquedos para ensina língua estrangeira
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/187603140703869108/?lp=true
O método visual está sendo bastante usado no ensino de língua estrangeira pois
facilita não só no aprendizado de palavras soltas, mas mostrando o seu conceito por trás
de cada palavra ou frase, o uso de imagens e vídeos são essenciais nessas estratégias, pois
é com elas que o surdo consegue identificar do que se trata a palavra é o contexto a que
se estará utilizando a aquela fala (LOHN, 2015).
1.2 Jogos (online) para surdos
Com o surgimento das redes sociais, a criação de softwares e nos últimos anos foi
possível um melhoramento na forma de aprendizado de línguas estrangeiras para surdos,
sendo a língua inglesa a de maior influência nesse meio (COSTA; OLIVEIRA, 2015).
Com o passar do tempo essas redes sociais se tornaram a porta de acesso para
pessoas surdas comunicarem-se com outras pessoas surdas de países diferentes, criando
uma própria cultura entre si e uma forma melhorada para se comunicarem uns com os
outros, isso ocorre por essas redes oferecem maiores recursos visuais que é o ponto chave
para a comunicação entre surdos. Um exemplo de rede social bastante usada como forma
de comunicação e de aprendizado entre surdos, e o facebook, que com suas melhorias
visuais e facilidade de acesso cada vez mais amplas o mesmo consegue abranger o
universo surdo facilitando sua integração através de imagens, vídeos, e etc. Sendo
possível a criação de grupos para troca de experiências e de aprendizados quase ilimitado
(COSTA; OLIVEIRA, 2015).
Os métodos de ensino de línguas para surdos e pautada principalmente por
recursos visuais que fazem referências a língua ao qual o surdo deseja aprender; podendo
assim o surdo não só aprender a língua em si, mas também a cultura do local de origem
da língua a ser aprendida. Esses recursos visuais podem ser em vídeos, imagens, jogos é
até mesmo brinquedos e outros objetos. O uso de vídeos por exemplo e um dos métodos
mais eficazes para o aprendizado de línguas estrangeiras, pois com eles é possível mostrar
imagens ligadas diretamente a frase ou palavra que o docente pretende ensinar, além de
ser possível também expressar de forma gestual que é a maneira como os surdos estão
mais acostumados a se comunicar (LOHN, 2015).
Em março de 2015 foi lançado o Wiz, um jogo que auxilia crianças surdas na
aprendizagem da língua portuguesa, o projeto começou a ganhar forma no ano de 2014,
quando a estudante Patrícia Leite graduanda de Sistema da Informação começou a
participar do BEPiD (Brazil Educational Program for iOS Development). O jogo é
baseado em um personagem que é viajante espacial é precisa voltar para casa, porém para
isso ele precisa encontrar uma nave, para chegar aos objetivos é passar de fase o jogador
precisa coletar letras na ordem correta a fim de forma palavras. Apesar de ser um
aplicativo que ensina apenas a língua portuguesa o mesmo abre portas para o
desenvolvimento de outros jogos que venham a ensinar línguas estrangeiras usando o
mesmo mecanismo de ensino é aprendizado (SURDOSOL, 2018).
Uma das formas usadas por docentes para encontrar métodos e materiais
necessários para o ensino de língua estrangeira é o portal REA (Recursos Educacionais
Abertos); que por definição são recurso com licenças abertas ou que se encontre em
domínio público, que facilitam o ensino, aprendizado é investigações.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
TOTAL 12 100
Outro tema abordado foi o de jogos no ensino de línguas estrangeiras para surdos,
totalizando o restante dos 6 artigos, esse tema não é muito trabalhado, devido as
dificuldades que os professores encontram durante a execução, principalmente aqueles
voltados para os jogos online, então, neste trabalho vimos modelo de ferramentas que os
professores podem utilizar em suas aulas, para ultrapassar as barreiras que existem na
educação desses alunos em classes regulares. Visto que as dificuldades encontradas
compreendem a falta de preparo dos profissionais da educação para lidar com alunos
especiais dentro da classe, a falta de uma metodologia de ensino diferenciada, mais
dinâmica, entre muitas outras barreiras.
CONCLUSÃO
São muitos os estudos relacionados a inclusão, mas aqueles voltados ao estudo de
jogos para ensinar o surdo uma língua estrangeira, são poucos, fato que nos fez a buscar
respostas sobre este assunto. Os professores não estão totalmente preparados para uma
sala inclusiva, outro fator que pode atrapalhar bastante durante uma tentativa de ensinar
a língua estrangeira a um aluno surdo. Outro agente que pode possibilitar que esse
desenvolvimento não seja executado da melhor forma possível é o próprio aluno, que
muitas vezes chega no ensino regular, sem saber sua língua materna, libras, dificultando
o trabalho do professor e da própria interprete que o acompanha.
Entretanto, mesmo com essas dificuldades foi descoberto que é possível, realizar
um trabalho que seja eficaz, desde que todos estejam preparados para assumir esse papel,
pois aplicar um jogo sempre será algo lúdico para um aluno e irá despertar a curiosidade
e o interesse do aluno, além de promover o sentido visual desse aluno.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
BRASIL, DECRETO N 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Regulamenta a Lei
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