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Resumo
A inclusão da criança com autismo é um tema que cada vez mais foi ganhando espaço e hoje, já é uma
realidade. Assim, a inclusão das crianças com autismo no meio educacional é um processo de extrema
importância, pois é na escola interagindo com os colegas de sala de aula que essas crianças terão a
oportunidade de desenvolverem a aprendizagem. Desse modo, o objetivo desse artigo é analisar o
papel do desenvolvimento das habilidades da língua inglesa na criança com autismo. A metodologia
utilizada é bibliográfica e de campo, de natureza qualitativa, e para a coleta de dados utilizamos uma
entrevista semiestruturada. Os resultados apontaram que o aprendizado de uma segunda língua na
criança com autismo proporcionará a ela um melhor e mais rápido desenvolvimento de competências
como a oralidade e com a mediação do professor a criança com autismo irá avançar de maneira
significativa.
Abstract
The inclusion of children with autism is a topic that increasingly gained space and today it is already a
reality. Thus, the inclusion of children with autism in the educational environment is a process of
utmost importance therefore is in school, interacting with the classmates that these children have the
opportunity to develop learning. Thus, the aim of this article is to analyze the role of the English
language skill development in children with autism. The methodology is bibliographical and field,
qualitative, and to perform data collection we used a semi-structured interview. The results show that
learning a second language by children with autism will provide a better and faster development of
skills such as oral. With the mediation of the teacher the child with autism will advance significantly.
Introdução
A inclusão da criança com autismo é um tema que cada vez mais foi ganhando espaço
e hoje já é uma realidade. Assim, a inclusão das crianças com autismo no meio educacional é
um processo de extrema importância porque é na escola, que essa criança vai ampliar as suas
relações e vai começar a interagir com outras pessoas, neste caso a comunidade escolar, além
de fazer amizades com os colegas de sala, sendo através desse contato que essas crianças
terão a oportunidade de desenvolverem a aprendizagem. Ao falarmos de aprendizagem, não
podemos deixar de citar o desenvolvimento de uma segunda língua, neste caso a língua
inglesa, pois o bilinguismo é muito importante para ajudar em muitos aspectos, dentre eles, no
desenvolvimento da linguagem, que no caso na criança com autismo é imprescindível.
Nesse sentido, levantamos a seguinte questão norteadora: Qual o papel do
desenvolvimento de habilidades da língua inglesa na criança com autismo? Partindo dessa
problemática, o estudo objetiva analisar o desenvolvimento das habilidades da língua inglesa
na criança com autismo.
A metodologia utilizada é bibliográfica e de campo, de natureza qualitativa, e para a
coleta de dados utilizamos uma entrevista semiestruturada. Foi entrevistada uma professora de
Letras – inglês que leciona em uma escola da rede privada do município de Arapiraca – AL.
Para fundamentar o estudo utilizamos os seguintes autores: Gomes (2014); Freitas
(2012); Lopes (2011); Menezes (2013); Vygotsky (1996), entre outros.
Com a finalidade de entendermos a trajetória percorrida nesta pesquisa, de início foi
relatada a temática acerca da criança com autismo, que é denominado como um transtorno
global do desenvolvimento, que afeta de forma acentuada o desenvolvimento da interação
social e da comunicação e, que para beneficiar essa criança é necessário que a mesma receba
todo um apoio especializado e tenha a chance de poder interagir com outras pessoas para
avançar no seu desenvolvimento; Posteriormente, retratamos sobre o papel da língua inglesa e
dos seus benefícios quando trabalhada com a criança com autismo, visto que o bilinguismo irá
dar um maior suporte para que a criança consiga ter um melhor desenvolvimento da
linguagem e, consequentemente, uma boa oralidade, estimulando simultaneamente a
comunicação; Os resultados e discussões indicaram que o ensino da língua inglesa para a
criança com autismo é possível sim, desde que o professor tenha o comprometimento e o
entendimento de que esta criança possui um ritmo diferente das crianças neurotípicas, mas
que quando respeitado o modo singular da mesma, ela tem condições de avançar nas suas
habilidades; Nas considerações finais, percebemos que o aprendizado de uma segunda língua
na criança com autismo funciona como uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento
cognitivo e social desses alunos, proporcionando a eles um melhor e mais rápido avanço da
linguagem e comunicação. Nesse sentido, não podendo esquecer da importância que o
educador possui em todo esse contexto, considerando que é através da sua mediação que a
criança com autismo poderá uma aprendizagem significativa.
A criança e o autismo
O autismo é sem dúvida um dos transtornos mais indagados atualmente, uma vez que
o mesmo é rico em peculiaridades e características como a dificuldade de sociabilização
fazendo com que assim o aluno com autismo não consiga por muitas vezes compreender
alguns fatores que estão relacionados às perspectivas e percepções dos outros indivíduos que
convivem com ele, diante destas complexidades cabe ao docente ter consciência de que:
“Cada aluno com autismo é um ser único, com características próprias e por isso responde às
intervenções de forma diferente, particular e no seu tempo, necessitando de um olhar
individualizado do professor” (MENEZES, 2013, p. 6).
Os alunos com autismo têm muitas singularidades que são, de fato, variáveis e
complexas e que podem mudar de acordo com os graus e também outros elementos. Deste
modo, cada criança com autismo tem uma forma diferenciada de ver e sentir, mas por
inúmeras vezes as crianças com autismo são vistas pela sociedade de uma maneira distorcida
e errônea.
Como ressalta Freitas (2012, p. 11):
[...] quando se ouve a palavra autismo, é comum que as pessoas tenham uma
imagem ou definição do que para elas é essa patologia, facilitado por todas
as informações e pelas classificações, ou até mesmo encontram-se pessoas
que não sabem nada sobre. É muito fácil encontrar as definições postas do
lado dos paradigmas criados sobre o autismo, como sendo crianças que não
falam; que ficam isoladas balançando o corpo de maneira repetitiva e
brincando com algo incansavelmente. Essa cena até pode ilustrar uma pessoa
com autismo. Mas não se limita a isso.
A inclusão do aluno com autismo na sala de aula de Língua Inglesa: uma reflexão acerca
das práticas pedagógicas
O ensino de uma língua inglesa para crianças com autismo exige professores
capacitados, pois estas apresentam dificuldades peculiares referentes ao aprendizado. É
necessário que se faça uso de metodologias apropriadas e da criação de um ambiente de sala
de aula que envolva o aluno com autismo, e o incite a querer desenvolver paulatinamente
novas descobertas relacionadas à língua inglesa.
Para Vygotsky (1996), o processo de aprendizagem das crianças é essencialmente
dependente da interação social. Neste processo, descrito pelo mesmo como Zona de
Desenvolvimento Proximal, é necessário de que o professor tenha em si a consciência de que
o mesmo agirá como agente mediador deste aprendizado e, assim, o mesmo deve agir de
modo que auxilie esses alunos no desenvolvimento de novas habilidades e na aquisição de
novos conceitos linguísticos e culturais pertinentes ao referido idioma abordado neste estudo,
permitindo que esses alunos desenvolvam novas experiências e descobertas através da
interação, fato que destaca a necessidade de se trabalhar a inclusão escolar de forma interativa
no ambiente da sala de aula.
Porém, neste caso específico, torna-se imprescindível destacar a necessidade de que
este processo deverá acontecer paulatinamente respeitando às condições peculiares desses no
que diz respeito ao desenvolvimento da interação social.
Vygotsky (1996, p. 60-61) acentua que:
Além de uma formação flexível e que prepare o profissional para agir frente às
necessidades educacionais e peculiaridades dos alunos com autismo, é necessário também que
as metodologias utilizadas pelo docente sejam repensadas considerando que cada criança com
autismo vai precisar de um olhar e, consequentemente, de uma forma diferente de se trabalhar
com ele. Por isso a necessidade constante e infindável da busca por novos conhecimentos por
parte dos docentes frente à heterogeneidade presente do atual sistema educacional.
No caso de crianças com autismo, que o professor deve sempre questionar: o que
queremos ensinar? Como vamos ensinar? A resposta à primeira pergunta é dada em termos
objetivos. A segunda remete-nos para as dificuldades de aprendizagem destas crianças e a
forma como vamos enfrentar essas dificuldades, isto é, a metodologia de trabalho a utilizar.
Identificar o que devemos ensinar a uma criança autista é uma tarefa complexa e delicada,
pelo que é necessário efetuar uma avaliação, mas estas crianças não se ajustam a formas
usuais de avaliação (LOPES, 2011, p. 59)
Dessa maneira, é de suma importância que o professor busque sempre formas
diferenciadas para trabalhar e efetivar a aprendizagem dessas crianças com autismo e que se
faça uso de procedimentos avaliativos diferenciados de forma que haja uma combinação com
o tempo de aprendizado requerido por cada uma dessas crianças.
Em suma, concluímos que a inclusão de alunos com autismo na sala de aula da língua
inglesa é considerada como um fator que contribui no desenvolvimento destes porque
funciona como ferramenta auxiliadora no desenvolvimento cognitivo e social dos mesmos.
Porém, também é necessário destacar a necessidade de conscientização por parte dos docentes
da necessidade de adaptação das práticas de sala de aula tornando-se possível atender as
necessidades educacionais desses alunos.
Procedimentos Metodológicos
Resultados e Discussões
Diante do relato da docente torna-se nítido de que a mesma compreende que cada
aluno com autismo tem suas singularidades e variações relacionadas aos graus e que a mesma
preocupou-se em utilizar inúmeros recursos que propiciassem aos seus respectivos alunos a
obtenção do aprendizado da Língua Inglesa.
Monte; Santos (2004, p. 31) enfatizam que: “o aluno com necessidades educacionais
especiais, por apresentar autismo, precisa ser ajudado a adquirir conhecimentos que os outros
alunos aprendem naturalmente, por isso a importância da seleção de atividades”.
Ainda, sobre a metodologia utilizada e quais as práticas que mais ajudaram os alunos
com autismo a desenvolverem a língua inglesa, a mesma nos respondeu:
Sendo assim, concluímos que o processo educacional exige do docente uma série de
competências e habilidades para que este possa atuar de acordo com os fatores sociais e
individuais, sejam internos ou externos que exerce influencia no ensino. Percebemos que o
aprendizado de uma segunda língua na criança com autismo funciona como uma ferramenta
que auxilia no desenvolvimento cognitivo e social desses alunos, bem como, proporcionará a
eles um melhor e mais rápido avanço da linguagem e comunicação, não podendo esquecer da
importância que o educador possui em todo esse contexto já que a sua mediação é
extremamente relevante para que todo esse processo seja realizado e assim, a criança com
autismo possa avançar as suas habilidades com sucesso.
Considerações finais
Referências
LOPES, Maria Teresa Vieira. Inclusão das crianças autistas. 2011. 232 p. Dissertação de
Mestrado (Educação Especial) - Escola Superior de Educação Almeida Garrett -
Departamento de Ciências da Educação. Lisboa, Portugal, 2011. Disponível em:<
http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/1498/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20
%20MariaTeresa%20Vieira%20Lopes.pdf?sequence=1>. Acesso em: 12 abr. 2015, 13:12:17.
i
Graduando do 7 º período do Curso de Letras Inglês da Universidade Estadual de Alagoas. Bolsista do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid. E-mail:sebastyao10@hotmail.com
ii
Graduanda do 7 º período do Curso de Letras Inglês da Universidade Estadual de Alagoas. E-
mail:anajgsantos@gmail.com
iii
Mestre em Educação pela UFAL, Professora Assistente do curso de pedagogia da Universidade Estadual de
Alagoas. Coordenadora do Programa de Formação Continuada de Professores para Melhoria da Qualidade da
Educação Básica Fapeal/Capes. E-mail:elizete.balbino@hotmail.com
iv
Graduanda do 5º período do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas. Bolsista do Programa
de Formação Continuada de Professores para Melhoria da Qualidade da Educação Básica Fapeal/Capes. Email:
marigomes.masg@gmail.com
v
Graduanda do 5º período do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Alagoas. Bolsista do Programa
de Formação Continuada de Professores para Melhoria da Qualidade da Educação Básica Fapeal/Capes. Email:
mirelly_karlla_ec@hotmail.com