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Na lei orgânica 8.

080/90, no seu artigo 6º, estabelece que um dos campos de


atuação do SUS, seria justamente a elaboração de um novo modelo de assistência
farmacêutica de interesse da saúde pública. Diante disso, em 30 de outubro de 1998, foi
sancionada pela CIT (Comissão Intergestores Tripartite) e pelo Conselho Nacional de
Saúde, a Política Nacional de Medicamentos (PNM), pela portaria n° 3.916. De acordo
com a introdução desta portaria, esta política tem como objetivo garantir a necessária
segurança, eficácia e qualidade destes produtos, a promoção do uso racional e o acesso
da população àqueles considerados essenciais. Entretanto, a PNM se depara com
diversos desafios no âmbito da saúde pública, como por exemplo, as desigualdades
sociais e econômicas que dificultam o acesso da população com baixa renda à essa
assistência farmacêutica, carência de recursos humanos, o consumo de forma
indiscriminada de medicamentos, a ausência de assistência farmacêutica no
organograma de algumas secretarias estaduais e municipais, o envelhecimento da
população interferindo na demanda de medicamentos destinados a doenças crônico
degenerativas, entre outras.

A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, contém uma lista com todos


os medicamentos que devem estar disponíveis no serviço público de saúde. Esta relação
deve ser revisada a cada dois anos, permitindo que haja a inclusão ou exclusão de
determinados insumos. Portanto, a RENAME é composta para atender as necessidades
de saúde prioritária da população, promovendo o acesso e o uso seguro e racional de
medicamentos. Além disso, é de fundamental importância para a orientação da
padronização da prescrição e do abastecimento de equipamentos, permitindo assim,
estabelecer um mecanismo para a redução dos custos dos produtos.

No Brasil existe uma farmácia (ou drogaria) para cada 3.300 habitantes e o País
está entre os dez que mais consomem medicamentos no mundo, segundo dados do
Conselho Federal de Farmácia. Desta maneira, permitindo uma maior facilidade na
aquisição de medicamentos, e consequentemente favorecendo para automedicação, que
por si só, esconde grandes riscos à saúde do indivíduo. Além disso, a interrupção ou
troca de medicamentos são práticas ainda muito comuns hoje dia, adotadas por pessoas
que buscam soluções rápidas para seus problemas de saúde. Logo, esse consumo
irracional ou indiscriminado das medicações, permitem o aparecimento de problemas
como reações alérgicas, dependência ou até mesmo a morte. Portanto, a promoção do
Uso Racional de Medicamentos (URM), torna-se um elemento significativo da PNM,
visto que, tem como ferramenta a aplicação da educação em saúde para auxiliar a
população a compreender de uma forma mais simples e/ou didática, como fazer uso das
medicações e quais consequência o uso inadequado poderá resultar.
Referencia:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/politica-nacional-de-
medicamentos/9932

https://www.farmacia.ufmg.br/wp-content/uploads/2017/05/Ref-34_M%C3%B3d-2-
Tema-5-Pol%C3%ADticas-p%C3%BAblicas-de-medicamentos-trajet-
desafiosPortela.pdf
https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da-
biodiversidade/comercializao_e_marketing_as_farmcias.html#:~:text=A%20ado
%C3%A7%C3%A3o%20da%20RENAME%20%C3%A9,et%20al.%2C%202010).

http://www.blog.saude.gov.br/index.php/entenda-o-sus/52908-para-que-serve-a-relacao-
nacional-de-medicamentos-essenciais

http://www.conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2005/medicamentos.htm#:~:text=D
e%20acordo%20com%20estimativas%20da,o%20faz%20de%20forma%20incorreta.

https://www.spdm.org.br/blogs/saude-em-geral/item/2296-riscos-e-consequencias-da-
automedicacao#:~:text=Conforme%20o%20tipo%20de%20medicamento,60%20mil
%20interna%C3%A7%C3%B5es%20por%20automedica%C3%A7%C3%A3o.

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