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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA
TURMA 03
2021.1

PRÁTICA 10 – DILATAÇÃO TÉRMICA (VIRTUAL)

ALUNO: FRANCISCO WESLEY DA SILVA VIDAL


MATRÍCULA: 399779
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
PROFESSOR: MARCOS ANTONIO ARAUJO SILVA
22/08/2021
INTRODUÇÃO
Ao absorver calor, um corpo ou uma substância passa a ter suas moléculas mais
agitadas, com esse aumento no grau de vibração as moléculas passam a ocupar um
volume maior e isso resulta em um aumento volumétrico do corpo como um todo.
Cada material tem suas próprias características moleculares e por consequência
dilatam em uma proporção diferente de outros, essa proporção é chamada de coeficiente
de dilatação e é a medida de quanto um corpo varia seu comprimento a cada grau
celsius.
O presente relatório apresenta maneiras de encontrar esse coeficiente de
dilatação a partir de um dinamômetro. Através das medidas da variação de temperatura
e do comprimento do corpo podemos utilizar a seguinte equação da termodinâmica para
obter o valor do coeficiente de dilatação:
ΔL
ΔL = αL0 Δt ⟺ α =
L0 Δt
Equação 1 - Coeficiente de dilatação

Onde 𝐿 0 é o comprimento inicial do corpo, Δ𝑡 a variação da temperatura, Δ𝐿 a


variação do comprimento e 𝛼 o coeficiente de dilatação.

OBJETIVOS
Determinar o coeficiente de dilatação linear de sólidos.

MATERIAIS

• Dilatômetro virtual;
• Tubos de: aço, latão, chumbo, vidro e alumínio;
• Relógio comparador;
• Régua;
• Banho térmico com termômetro.

PROCEDIMENTOS
No software que simula um dilatômetro, selecionei o aço como o material para
que eu possa determinar o coeficiente de dilatação. Após a escolha do material
identifiquei que seu comprimento inicial era de 60cm a uma temperatura de 25 ºC.
Após identificar 𝐿 0 e a temperatura inicial do tubo de aço, dei inicio ao banho
térmico do material até que o mesmo atingisse a temperatura de 100 ºC, ao atingir essa
temperatura anotei o valor da dilatação sofrida pelo tubo. Esse procedimento foi
repetido para tubos de latão, alumínio, vidro e chumbo. Os valores obtidos estão
apresentados na “Tabela 1”.
Tabela 1 – Resultados experimentais.

Material L0 (mm) t0 (C) t' (C) ΔL (mm) α (ºC^-1)


Aço 600,0 25,0 100,0 0,535 1,189E-05
Latão 600,0 25,0 100,0 0,890 1,978E-05
Alumínio 600,0 25,0 100,0 1,070 2,378E-05
Vidro 600,0 25,0 100,0 0,400 8,889E-06
Chumbo 600,0 25,0 100,0 1,395 3,100E-05

Coeficientes de dilatação linear:


Δ𝐿
𝛼=
𝐿 0 Δ𝑡
• Aço
0,535
𝛼= = 11,9 × 10−6
600 × 75

• Latão
0,890
𝛼= = 19,8 × 10−6
600 × 75

• Alumínio
1,07
𝛼= = 23,8 × 10−6
600 × 75

• Vidro
0,40
𝛼= = 8,89 × 10−6
600 × 75

• Chumbo
1,395
𝛼= = 31,0 × 10−6
600 × 75
QUESTIONÁRIO
1. Compare o coeficiente de dilatação linear encontrado experimentalmente para
cada material fornecido com os valores respectivos da literatura. Indique o erro
percentual em cada caso.
Aço: Experimental: 11,9E-6 Literatura: 11,0E-6
Erro = | (11,9*10^-6 - 11,0*10^-6) / 11,0*10^-6 |*100% = 8,18%
Latão: Experimental: 19,8E-6 Literatura: 19,5E-6
Erro = | (19,8*10^-6 – 19,5*10^-6) / 19,5*10^-6 |*100% = 1,54%
Alumínio: Experimental: 23,8E-6 Literatura: 24E-6
Erro = | (23,8*10^-6 – 24*10^-6) / 24*10^-6 |*100% = 0,83%
Vidro: Experimental: 8,89E-6 Literatura: 8,6E-6
Erro = | (8,89*10^-6 – 8,6*10^-6) / 8,6*10^-6 |*100% = 3,37%
Chumbo: Experimental: 31,0E-6 Literatura: 29,0E-6
Erro = | (31*10^-6 – 29*10^-6) / 29*10^-6 |*100% = 5,9%

2. Na figura a seguir vemos uma junta de dilatação em uma ponte. Justifique a


necessidade de juntas de dilatação em pontes e outras estruturas em função dos
resultados da prática realizada.
Figura 1 - Junta de dilatação

Fonte: Disponível em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/juntas-de-dilatacao-ajudam-a-evitar-


fadiga-estrutural-de-pontes-e-viadutos/14462. Acesso em 22/08/2021.

As juntas de dilatações em pontes e outras estruturas de concreto servem para


que haja um espaço para que a estrutura possa se dilatar sem que ocasione esforços de
compressão que poderiam ocasionar fissuras na estrutura.
3. Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas e é utilizada
como elemento de controle em um termostato comum. Explique como ela funciona.
Como cada elemento da barra bimetálica possui coeficiente de dilatação
diferente, conforme aumenta a temperatura um dos lados dilata mais que o outro,
causando assim uma curvatura do conjunto, de modo que ela interrompe o contato
elétrico e impede a passagem de corrente no dispositivo, até que esfrie e o processo
inicie novamente, mantendo assim a temperatura aproximadamente constante.
Figura 2 - Lâmina bimetálica em um circuito elétrico.

Fonte: Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lamina-bimetalica.htm. Acesso em


22/08/2021.

4. Explique o que ocorre ao período de um relógio de pêndulo com o aumento da


temperatura. Com o aumento da temperatura, o relógio de pêndulo passa a
adiantar, atrasar ou permanece marcando as horas corretamente?
Com o aumento da temperatura o comprimento do pêndulo vai aumentar, com
isso o período de oscilação aumenta e por consequência o relógio atrasa.

5. Uma pequena esfera de alumínio pode atravessar um anel de aço. Entretanto,


aquecendo a esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel.
(a) O que aconteceria se aquecêssemos o anel e não a esfera?
Ao aquecer somente o anel o diâmetro dele vai aumentar e a esfera vai
atravessá-lo com mais facilidade.
(b) O que aconteceria se aquecêssemos igualmente o anel e a esfera?
Como o alumínio possui coeficiente de dilatação maior que o aço, a esfera iria
dilatar mais que o anel e não conseguiria atravessá-lo.
6. Explique porque a superfície de um lago congela-se primeiro quando a
temperatura ambiente baixa para valores igual ou abaixo de zero grau Celsius.
Por conta do arranjo das suas moléculas, contrariando o que acontece com outros
materiais, quando a água congela sofre um aumento em seu volume, sendo assim o gelo
é menos denso que a água líquida e por isso permanece na superfície.

7. Um orifício circular numa chapa de alumínio tem diâmetro de 62,7 cm a 25ºC.


Qual será o seu diâmetro quando a temperatura da lâmina aumentar para 95 ºC?
(α= 23 x 10-6 oC-1).
Δ𝑑 = 𝛼𝑑0 Δ𝑡 ↔ 𝑑 − 62,7 = 23 × 10−6 ∗ 62,7 ∗ 70
𝑑 = 62,8𝑐𝑚

CONCLUSÃO
Com essa prática foi possível compreender melhor como os materiais reagem a
mudança de temperatura, observar que cada material possui um coeficiente de dilatação
diferente e descobrir esse coeficiente através dos valores da variação no comprimento e
de temperatura.

REFERÊNCIAS
SILVA, Marcos A. A. Roteiro de prática: Lei de Hooke. Ceará: Universidade Federal do Ceará, 2021.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 9. ed. Rio de
Janeiro, RJ: LTC, 2010 v. 2

JAIR LP, IFRS, 2020. " Dilatação térmica superficial". Disponível em:
< https://pt.slideshare.net/EloirDeCarli/dilatacao-termica-superficial>. Acesso em 22 ago.2021.

IF-UFRGS, 2016. "Dilatação térmica". Disponível em: < https://www.if.ufrgs.br/cref/leila/dilata.htm>.


Acesso em 22 ago.2021.

Física.net, 2018, “Constantes físicas”. Disponível em: < https://www.fisica.net/constantes/coeficiente-de-


dilatacao-linear-(alfa).php>. Acesso em 22 ago.2021.

Brasil Escola, “Lâmina Bimetálica”. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lamina-


bimetalica.htm>. Acesso em 22 ago.2021.

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