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Exames Contrastados Do Sistema Locomotor e Glândulas Acessórias
Exames Contrastados Do Sistema Locomotor e Glândulas Acessórias
do sistema locomotor e
glândulas acessórias
(mitos x veracidade)
Veracidade e mito
As reações aos meios de contraste não são alergias, ainda que a típica
reação ao meio de contraste se assemelhe à reação alérgica, indo de urticária
até o processo de anafilactóide.
Dacriocistografia
O aparelho lacrimal inclui a glândula lacrimal, que secreta as lágrimas, o saco
lacrimal e os ductos lacrimais, por meio dos quais as lágrimas chegam até o
nariz. A Glândula lacrimal está localizada na região superior externa da órbita e
libera lágrimas que lavam os olhos, as quais são conduzidas para o saco
lacrimal através de pequenos canais chamados de punta lacrimal. O saco
lacrimal drena para o nariz, através do ducto nasolacrimal, desembocando na
concha nasal inferior.
Exame:
Após anestesiar o olho a ser examinado com duas gotas do colírio anestésico,
deve-se introduzir o cateter no orifício inferior da órbita( ducto lacrimal ) e
injetar de 3 a 5ml de contraste iodado diluído em água ( 60% contraste para
40% de água).
Indicação clínica:
AP localizada
As glândulas salivares
As glândulas salivares se dividem em:
Indicações:
Objetivo:
É utilizado um scalp fino (21 a 25), o qual deve possuir uma ponta romba, que
por sua vez deve ser introduzida no Canal de Stenon ( canal parotídeo). Feito
isso, injeta-se 3ml de contraste iodado diluído em água.
Incidências:
AP , Perfil e Oblíquas.
Imagens de Sialografia:
AP de Sialografia
Perfil de Sialografia
Oblíqua de Sialografia
Ductografia
Preparação:
Não utilizar talcos, desodorantes e perfumes nas mamas e nas regiões axilares
no dia do exame.
Equipamentos:
Imagem de ductografia
Realização:
Princípios:
Benefícios:
Riscos:
Limitações:
Artrografia / Pneumoartrografia
Do joelho;
Do ombro;
Do quadril;
Da articulação temporomandibular.
Imagens de Artrografias
Artrografia do joelho
Artrografia do ombro
Objetivo do exame:
Cápsula articular;
Os meniscos;
Os ligamentos colaterais, cruzados, outros menores.
Da cápsula articular;
Dos meniscos;
Dos ligamentos colaterais.
Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada
A Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) permite ao
médico diagnosticar afecções no fígado, vesícula biliar, ductos biliares e
pâncreas. O fígado é um órgão que, entre outras coisas, faz um líquido
chamado bile que auxilia a digestão. A vesícula biliar é um órgão pequeno, em
forma de pera, que armazena a bile até que seja necessária para a digestão.
Os ductos biliares são canais que transportam a bile do fígado para a vesícula
biliar e intestino delgado. Estes ductos são chamados algumas vezes de árvore
biliar. O pâncreas é um órgão que produz substâncias químicas que ajudam a
digestão e hormônios como a insulina.
A CPER é utilizada primordialmente para diagnosticar e tratar condições
dos ductos biliares como cálculos de colédoco, estenoses inflamatórias
(cicatriciais), extravasamentos (por trauma ou cirurgia) e câncer. A CPER
combina o uso de raios X e um endoscópio, o qual é um tubo longo e flexível,
com iluminação e uma microcâmara na sua ponta. Através dele o médico pode
ver o estômago e o duodeno por dentro, encontrar a papila de Vater (saída no
intestino dos ductos biliar e pancreático), introduzir um cateter (sonda muito
fina) através dele e injetar contraste para opacificar a árvore biliar e o pâncreas
permitindo que sejam vistos aos raios X.
Para o procedimento, você deitará sobre o lado esquerdo numa mesa de
exame na sala de raios X. Será administrado um medicamento para adormecer
a sua garganta e um sedativo para auxiliar o seu relaxamento durante o
exame. O endoscópio será introduzido através da sua boca e o médico o
dirigirá através do esôfago, estômago e duodeno até atingir o ponto onde os
ductos da árvore biliar e do pâncreas se abrem no duodeno (papila de Vater).
Nesta ocasião, você será virado de barriga para baixo e o médico passará uma
pequena sonda de plástico (cateter) através do canal de trabalho do
endoscópio e o introduzirá, pelo orifício da papila, no ducto a ser estudado. Por
este cateter o médico injetará contraste nos ductos para eles aparecerem de
maneira clara aos raios X. Os raios X são tirados logo após o contraste ser
injetado. Se o exame evidenciar um cálculo ou estreitamento dos ductos, o
médico pode inserir acessórios pelo canal de trabalho do endoscópio para
remover o cálculo ou aliviar a obstrução. Também poderão ser retiradas
amostras de tecido (biópsias) para exame posterior.
As possíveis complicações das CPER são a pancreatite (inflamação do
pâncreas), infecção, hemorragia e perfuração do duodeno. Excetuando-se a
pancreatite, tais problemas não são comuns.
A CPER demora de 30 minutos a 2 horas. Você sentir algum desconforto
quando o médico injetar ar no seu duodeno e contraste nos ductos. Entretanto,
os analgésicos e sedativos farão com que você não sinta muito desconforto.
Após o procedimento, você ficará no hospital por 1 a duas horas até que
termine a ação do sedativo. O médico se certificará que você não tem sinais de
complicações antes de você ir embora. Se for executado algum tipo
procedimento terapêutico durante a CPER, tal como a remoção de um cálculo,
é aconselhado a observação hospitalar por 24 horas.
Imagens de Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada
Preparo:
O seu estômago e duodeno precisam estar vazios para o procedimento ser
acurado e seguro. Você não deve beber nem comer nada após as 20 horas da
noite anterior ao procedimento, ou por 6 a 8 horas anteriores, dependendo do
horário do exame. O médico precisará saber se você tem algum tipo de alergia,
especialmente ao iodo, pois o contraste é iodado. Você também precisa
providenciar alguém para leva-lo para casa pois não será permitido que você
dirija automóvel, por causa dos sedativos. O médico poderá lhe fornecer outras
instruções especiais.
Mielografia
Objetivo:
A mielografia é o estudo radiológico da medula espinhal e de suas raízes
nervosas que utiliza um meio de contraste. A medula espinhal e as raízes
nervosas são delimitadas injetando um meio de contraste no espaço
subaracnóide. O formato e o contorno do meio de contraste são avaliados para
detectar possível patologia. Como a maioria das patologias ocorre nas regiões
lombar e cervical, é mais comum a realização de mielografia destas áreas.
Indicações:
A mielografia é realizada quando os sintomas do paciente indicam a
presença de uma lesão que pode estar presente dentro do canal medular ou
salientando-se para o interior do canal. Se isso acontecer o paciente terá
sintomas que podem incluir dor e dormência, frequentemente nos membros
superiores ou inferiores. As lesões mais comuns demonstradas incluem núcleo
pulposo herniado (NPH ), tumores cancerosos ou benignos, cistos e ( no caso
de traumatismo ) possíveis fragmentos ósseos. No caso de uma lesão, a
mielografia serve para identificar a extensão, o tamanho e o nível da patologia.
Outro aspecto importante nesse exame é a identificação de múltiplas lesões. O
achado patológico mais comum da mielografia é HNP( herniação do núcleo
pulposo do disco intervertebral ).
Contraindicações:
O exame é contraindicado quando há sangue no liquido cérebro-
espinhal ( LCE), aracnoidite ( inflamação da membrana aracnoide ), aumento
da pressão intracraniana, ou uma punção lombar recente ( realizada duas
semanas antes do exame atual ). A presença de sangue no LCE indica
provável irritação no canal medular que pode se agravar pelo meio de
contraste. É contraindicado no caso de aracnoidite porque o meio de contraste
pode aumentar a intensidade da inflamação. Em casos de elevação
intracraniana, a punção do espaço subaracnóide durante o posicionamento da
agulha pode causar graves complicações ao paciente quando a pressão iguala-
se entre as áreas do cérebro e da medula espinhal. Já a realização do exame
em um paciente submetido a uma punção lombar recente pode resultar no
extravasamento do meio de contraste para fora do espaço subaracnóide
através do orifício deixado pela punção anterior.
Imagens de mielografia
Preparo do paciente:
Geralmente em exames desse tipo os pacientes se mostram
apreensivos, em alguns casos é administrado, uma hora antes do inicio do
exame, um sedativo/relaxante muscular injetável, com indicação do radiologista
que irá realizar o procedimento. Antes do exame, todo o procedimento e
possíveis complicações devem ser explicados ao paciente pelo médico, e o
paciente deve assinar um consentimento informado.
Equipamento principal:
É necessária uma sala de radiologia/Fluoroscopia com mesa basculante
a 90º/15º, apoio para os pés e suporte para os ombros ou apoio para as mãos.
Pois o exame pode exigir inclinação do paciente em Trendelenburg e a
realização das radiografias é feita com o paciente em semi-ortostática.
Punção:
A introdução do meio de contraste para mielografia é realizada através
de uma punção do espaço subaracnóide. Geralmente há duas localizações
para o local da punção; as áreas lombar (L 3-4) e cervical (C 1-2 ). Sendo que
a área lombar é considerada a mais segura, mais fácil e a mais comumente
usada para o procedimento. A punção cervical é indicada se a área lombar for
contraindicada, ou se a patologia indicar um bloqueio completo do canal
vertebral acima da área lombar que obstrua o fluxo do meio de contraste para a
região medular superior. Após a seleção do local de punção, o radiologista
pode submeter o paciente à Fluoroscopia a fim de facilitar o posicionamento da
agulha. O posicionamento para a punção lombar pode ser com o paciente
sentado em ortostática ou em uma posição lateral esquerda com a coluna
vertebral fletida.
A flexão da coluna vertebral alarga o espaço Inter espinhoso, o que
facilita a introdução da agulha de punção. O mesmo valendo para a posição em
ortostática, onde o paciente deve fletir a coluna. O local da punção deve ser
limpo com o uso de solução antisséptica, sendo então seca com gaze estéril e
coberta com um campo fenestrado (um campo com abertura central). O
anestésico local é administrado utilizando-se uma seringa de 5cc com agulha
de 22g ou 25g. Com a área anestesiada, a agulha de punção lombar é
introduzida através da pele e dos tecidos subjacentes até o espaço
subaracnóide.
A localização da agulha no espaço subaracnóide é verificada por um
fluxo contínuo de líquido cerebrospinal (LCE) que geralmente flui através da
agulha. Uma amostra de LCE é colhida e enviada ao laboratório para análise. A
quantidade colhida é ditada pela necessidade dos testes laboratoriais
solicitados. Após colher o LCE, a agulha de punção é deixada no lugar para a
injeção do meio de contraste, que é injetado no espaço subaracnóide,
utilizando-se uma seringa de 20cc. Ao término da injeção, a agulha é removida,
aplica-se um curativo no local. Após esses procedimentos são iniciadas a
seriografia fluoroscópica e as radiografias convencionais na mesa.
Meio de contraste:
O melhor tipo meio de contraste para mielografia é aquele que se
mistura bem com o líquido cerebrospinal, facilmente absorvido, atóxico, inerte
(não reativo), e tem boa radiopacidade. Nenhum tipo de meio de contraste
atende a todos os critérios citados anteriormente. No passado, foram usados ar
ou gás (radiotransparente) e meio iodado oleoso (radiopaco). Atualmente são
usados meios iodados hidrossolúveis iônicos ou aniônicos. Os meios de
contraste hidrossolúveis proporcionam excelente visualização das raízes da
calda equina; são facilmente absorvidos pelo sistema vascular; e são
excretados pelos rins. A absorção começa aproximadamente 30 minutos após
a injeção com boa radiopacidade até cerca de 1 hora depois da injeção. Após 4
à 5 horas, o meio de contraste apresentará um efeito radiológico turvo, e é
radiologicamente indetectável após 24 horas.
Rotinas de posicionamento:
Durante a Fluoroscopia, a mesa (e o paciente) é inclinada para a
posição de Trendelenburg. Isso facilita o fluxo do meio de contraste para a área
a ser examinada. Sob controle fluoroscópico, após o meio de contraste ter
atingido a área desejada, inicia-se a documentação radiográfica.
São realizadas em AP; PA; Perfil; e Oblíquas. Usamos para documentação
filmes 24x30cm.
Referências: