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Centro Universitário do Maranhão – UNICEUMA

Sistemas Cooperativos,
colaborativos, collaborative
computing

Profª Msc. Geysa Helena Guimarães Chaves


 Groupware são sistemas baseados em
tecnologias de computação e telecomunicações que
auxiliam grupos de usuários a exercer uma
atividade;
 CSCW (Computer Supported Cooperative
Work) é o nome da área de pesquisa que estuda o
uso das tecnologias de computação e
telecomunicações que auxiliam atividades de
grupos de usuários.

Definição
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 Groupware e CSCW são dois termos distintos. CSCW
é o contexto mais amplo (área de pesquisa) onde
groupware (tecnologias) está incluído.
 CSCW é uma área inter-disciplinar, ela adota
métodos, técnicas e abordagens de áreas como:
psicologia, antropologia, economia, sociologia, ciência
da computação (sistemas distribuídos, multimídia,
ciência da informação), teoria das organizações,
ergonomia, etc.

Definição
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Sistemas colaborativos ou groupware
 termos genéricos utilizados para descrever as tecnologias
eletrônicas projetadas para apoiar grupos de pessoas
trabalhando de forma colaborativa.
 “Sistemas que utilizam o computador para apoiar grupos
de pessoas engajadas em uma atividade comum (ou
objetivo) e que fornecem uma interface para um ambiente
compartilhado”.

CSCW (Computer-Supported Cooperative Work)


 Estudo dos conceitos que fundamentam o trabalho
cooperativo apoiado por sistemas computacionais,
incluindo as implicações sociais, psicológicas e
organizacionais.
 Termo utilizado de forma mais genérica para referenciar a
linha de pesquisa.
Definição
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Definição
5
 Os problemas atuais são mais complexos
do que antes. Uma única pessoa não é
capaz de lidar com esta complexidade;
 “O todo é maior que a soma das partes”:
durante o processo, os colaboradores
desenvolvem uma melhor compreensão
do que se tivessem trabalhado sozinhos.

Motivação
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Por quê o trabalho em grupo?
 Problemas cada vez mais complexos;
 Problemas cada vez maiores;
 Soluções que envolvem diversos tipos de
conhecimento (várias especialidades);
 Pessoal cada vez mais especializado, não
atendendo a essa demanda
interdisciplinar.

Motivação
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 Formar equipes é fazer com
que os membros cooperem
entre si, cada um contribuindo
com sua parte, para chegarem
ao produto final.
Exemplos:
 Analistas de sistemas
passam 70% do seu tempo
trabalhando em grupo.
 Um americano médio gasta
60% do seu tempo em
reuniões.

Motivação
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 O trabalho em grupo é uma característica
inerente ao ser humano. Ele também promove o
aprendizado (Aprendizado colaborativo: CSCL -
Computer Supported Collaborative Learning),
ambiente computacional que apóia tarefas de
ensino/aprendizagem em grupo e motiva os
funcionários.

Motivação
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 Motivos para o uso de sistemas CSCL [Macedo, 1999]:
◦ Alunos tímidos podem expor suas idéias mais facilmente.
Em aulas expositivas, eles perdem a oportunidade de
apresentar suas idéias ou de esclarecer suas dúvidas;
◦ Professores podem acompanhar e avaliar seus alunos de
acordo com as informações armazenadas no sistema. É
possível permitir também que os próprios alunos avaliem
as contribuições de seus companheiros;
◦ O processo de aprendizagem é bastante motivado uma
vez que os alunos podem contribuir com a construção
conjunta de conhecimento.

Motivação 10
O que tem motivado o crescimento do mercado de
groupware?

Através das ferramentas, as empresas buscam:


 melhorar o controle de custos;
 aumentar a produtividade;
 reduzir o número de reuniões;
 melhorar o atendimento ao cliente;
 automatizar processos;
 integrar grupos geograficamente dispersos;
 melhorar a coordenação das atividades;
 fornecer serviços diferenciados.

Sistemas Colaborativos
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 Mudança de atitude
◦ Pessoas precisam aprender a trabalhar em grupos e
como equipes (cooperar);
◦ Pessoas necessitam trocar informações
freqüentemente (comunicação); e
◦ O sucesso de uma equipe não dependerá apenas das
habilidades dos indivíduos que a compõem, mas
principalmente no nível de cooperação (coordenação).
 Ferramentas adequadas para apoiar o trabalho em
grupo.

Conseqüências
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comum + ação
Ação de tornar comum

COMUNICAÇÃO

gera compromissos
demanda
Percepção gerenciados pela

COOPERAÇÃO COORDENAÇÃO

co + operar + ação co + ordem + ação


Ação de operar Ação de organizar
em conjunto organiza as tarefas para em conjunto

O Modelo 3C de Colaboração
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 Ambiente social de mídia,
desenvolvimento, redes, colaboração,
validação , evolução – riscos e
visibilidade empresarial;
 Social Computing - evolução natural da
colaboração, ajustando o foco do
conteúdo para as pessoas.

Tendências: computação social


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 Talvez o exemplo mais visível e conhecido sejam
as mídias sociais (genericamente, a Web 2.0);
 No início da internet, as páginas, além de
estáticas e com conteúdo fixo, eram elaboradas
por grandes portais ou grupos geradores de
conteúdo;
 Hoje as páginas são dinâmicas e interativas.

Computação Social
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Evolução da Web
 Hoje a Web é a plataforma padrão para execução de sistemas
 Web Estática => Web Dinâmica => Web colaborativa!
 Web 1.0 (read-only) x Web 2.0 (read-write)
 Junção de informação, funcionalidade e colaboração
 Tagging, filtros colaborativos, sistemas de recomendação,
sistemas de reputação, feeds etc.
 Wikis, blogs, redes sociais, online games etc.
 Inteligência coletiva
◦ Uso de informações produzidas socialmente direta ou
indiretamente (número de links para uma página, compras
similares, votos, comentários etc.)
 A Web 2.0 não é uma revolução técnica, mas sim na forma
como é encarada por usuários e desenvolvedores.

Hoje sistemas web são sistemas


colaborativos 16

Marco A. Gerosa 16 Seminário IME/USP 24/11/2008


Evolução da Web
Web 2.0
Termo criado por Tim O’Reilly
(2005) para designar uma
segunda geração de
comunidades e serviços na
plataforma Web, como
aplicações baseadas em
redes sociais e participativas.
(O’REILLY, 2005)

Hoje sistemas web são sistemas


colaborativos 17

Marco A. Gerosa 17 Seminário IME/USP 24/11/2008


 Social Computing pode ser definido como o esforço
de criar tecnologias para a criação, disseminação,
coleta, processamento ou uso de informação
distribuída através de grupos sociais como equipes,
comunidades, organizações ou mercados;
 Além disso, essa informação não é anônima ou ligada
a uma instituição, mas sim relacionada a uma pessoa
que é, por sua vez, relacionada a outras pessoas.

Computação Social
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Computação Social
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 A interatividade foi ampliada não só oferecendo recursos para
leitores acrescentarem comentários ou participar de enquetes,
mas principalmente nos recursos de produção de conteúdo;
 Hoje qualquer pessoa pode criar seu site, blog e podcast
(idealizadores e controladores de conteúdo);
 Ou ser um criador de conteúdo nas diversas redes sociais
como Orkut, Facebook ou Twitter;
 Uma intranet corporativa também permite criar e compartilhar
informação – e portanto é um exemplo de Computação Social.

Computação Social
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Um portal corporativo – uma intranet

Um portal corporativo
provê um único ponto
de acesso aos
recursos de
conhecimento da
empresa e ajuda a
coordenar
informações e
pessoas.

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 A Internet, que permite não apenas o
compartilhamento de idéias, valores e ideais,
mas também a disponibilização de meios de
colaboração dos mais variados para a
construção/desenvolvimento de produtos e
serviçosb;
 São esses meios que transformam práticas e
relações até então estabelecidas.

A economia do Conhecimento Compartilhado e


as Tecnologias de Computação Social
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 Neste contexto destaca-se o SOFTWARE LIVRE;
 Trata-se de um produto, em que uma
comunidade aberta coopera, de forma
essencialmente espontânea, descoordenada e
voluntária, para a produção de um bem
informacional ou cultural compartilhado;
 Commons based peer production.

A economia do Conhecimento Compartilhado e


as Tecnologias de Computação Social
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 O SOFTWARE LIVRE tem papel central nesse
processo (bem informacional compartilhado),
pois viabiliza armazenar e modificar
significativamente as informações segundo a
lógica de produção compartilhada;
 Representa uma reengenharia nas lógicas
hierárquicas de trabalho e produção.

A economia do Conhecimento Compartilhado e


as Tecnologias de Computação Social
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SOFTWARE LIVRE
 As práticas colaborativas de produção são possíveis
graças à adoção, em larga escala, dessas novas
tecnologias de computação social:blogs, wikis,
salas de bate-papo e redes peer-to-peer (ou de par
para par, em uma conexão direta que se
estabelece entre indivíduos ou entre grupos). ;

A economia do Conhecimento Compartilhado e


as Tecnologias de Computação Social
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SOFTWARE LIVRE
 Sua principal característica é a natureza
colaborativa, que permite que todos
construam conceitos e artefatos
simultaneamente;

A economia do Conhecimento Compartilhado e


as Tecnologias de Computação Social
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SOFTWARE LIVRE
 O software livre não é apenas uma iniciativa econômica ou
um artefato tecnológico;
 Nasce com princípios políticos e teóricos que visam ao
compartilhamento de conhecimento e informação. Pode-se
dizer, hoje, que representa um movimento social com base
em quatro liberdades identificadas como imprescindíveis
para a criação, a utilização e a distribuição do software
livre (Christiana Soares de Freitas e Corinto Meffe, A Produção Compartilhada
de Conhecimento: O Software Público Brasileiro )

A economia do Conhecimento Compartilhado e


as Tecnologias de Computação Social
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SOFTWARE LIVRE
 Segundo um dos líderes mais ativos e reconhecidos do
movimento pró software livre, Richard Stallman, são
quatro as liberdades indispensáveis ao usuário de um
software livre:
◦ A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
◦ A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas
necessidades. Vale ressaltar que o acesso ao código fonte é um pré-
requisito para essa liberdade;
◦ A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa colaborar
com os outros;
◦ A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus
aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie.
A economia do Conhecimento Compartilhado e
as Tecnologias de Computação Social
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Computação Social
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 Facilidades vs. Responsabilidades
◦ Para indivíduos em geral...
◦ Para profissionais da área
◦ Veja, por exemplo:
 http://www.ibm.com/blogs/zz/en/guidelines.html

As implicações...
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 Nuria Grau descreve o cenário ao afirmar
que “o mundo já não admite posições
absolutas, nem em relação ao privado e
nem ao público, mas antes reivindica sua
reinterpretação, para que o ser humano,
como tal, possa ser localizado, realmente,
no centro do desenvolvimento” [Grau98].

Computação Social
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“as novas tecnologias da
informação não são simples
ferramentas
a serem aplicadas, mas são
processos a serem
desenvolvidos”

(...) “pela primeira vez na


história, a mente humana é
uma força
produtiva direta, não apenas
um elemento decisivo do
sistema de
produção”. (CASTELLS)
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Os sete códigos da
Modernidade

Habilidades mínimas para o cidadão do século XXI


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 Domínio da leitura e escrita;
 Capacidade de fazer cálculos e de resolver
problemas;
 Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados
e fatos;
 Capacidade de compreender e atuar no contexto
social;
 Receber criticamente os meios de comunicação;
 Capacidade para acessar e usar melhor a informação
acumulada;
 Capacidade de planejar, Trabalhar e decidir em grup
Habilidades mínimas para o
cidadão do século XXI

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