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000 quilômetros de
extensão, correrá paralela à BR163 (Santarém – Cuiabá) e ligará os municípios
de Sinop (Mato Grosso) e Itaituba (Pará). Ela é um projeto greenfield, ou seja,
será construído do zero, e seu investimento total é estimado em cerca de US$
3,1 bilhões.2 A Ferrogrão é um dos principais projetos na Amazônia no âmbito
do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) e seu leilão está previsto para
o primeiro trimestre de 2020. A construção da Ferrogrão foi motivada pela
expansão da fronteira agrícola brasileira e pela demanda por uma infraestrutura
integrada de transporte de carga que conecte os produtores de grãos do
estado de Mato Grosso aos portos no norte do Brasil. A ferrovia criará um novo
corredor de exportação através do porto fluvial de Miritituba (distrito de
Itaituba), trazendo benefícios socioeconômicos para os produtores de grãos
nos municípios do centro-oeste do Mato Grosso e para os municípios vizinhos
de Itaituba. A construção da Ferrogrão proporcionará benefícios
particularmente significativos para os produtores do estado de Mato Grosso.
Esses produtores exportam cerca de 70% de sua produção pelos portos de
Santos (SP) e Paranaguá (PR), ambos a mais de 2.000 quilômetros de
distância do estado. A construção da Ferrogrão reduzirá muito essa distância,
diminuindo os custos de exportação e, consequentemente, aumentando a
competitividade dos produtores de grãos do estado. Estima-se que mais de 40
milhões de toneladas de grãos serão transportados pela ferrovia até 2050.
A Ferrogrão (EF-170) é hoje o maior projeto de infraestrutura greenfield
do governo federal. Uma ferrovia que vai ligar a produção de grãos do norte do
Mato Grosso aos portos fluviais de Miritituba, no Pará, onde se integra à
hidrovia do Tapajós até chegar ao Oceano Atlântico. Dado o seu potencial
transformador para a redução do custo Brasil, é natural - e necessário - que
seja alvo de intenso debate por todo o setor.
A Ferrogrão foi planejada para ser implantada junto à faixa de domínio
da BR-163, de forma a reduzir seus impactos, sem interceptar unidades de
conservação ou terras indígenas. O projeto prevê uma redução de mais de 800
mil toneladas de CO2 por ano e a recuperação de passivos ambientais,
possibilitando a recuperação florestal de áreas de preservação degradadas e a
implantação de mais de 260 passagens de fauna.
As alternativas de traçados propostas para o trecho ferroviário da EF-
170 entre Sinop/MT e Miritituba, distrito do município de Itaituba/PA, estão
descritas abaixo por trechos (A1, A2, B1 e B2), compondo desta forma, quatro
alternativas distintas de traçado: Alternativa 1 (trechos A1 + B1), Alternativa 2
(trechos A2 + B2), Alternativa 3 (trechos A1 + B2) e Alternativa 4 (trechos A2 +
B1).
Trecho A1
Partindo de Sinop/MT, o trecho A1 segue com direção nordeste, nas
proximidades da Fazenda Asa Branca o traçado se aproxima da BR-163,
margeando-a pelo lado oeste. Após atravessar o Ribeirão Baixada Morena o
traçado cruza a BR-163, assim passando a margear a respectiva rodovia pelo
lado leste. Nas proximidades dos domínios do Castanhal, Fazenda Gato Preto
e próximo ao Ribeirão Novo horizonte o traçado cruza novamente a BR-163,
quando passa a se afastar em direção norte, cruzando o Rio Renato,
retornando seu sentido na direção nordeste. Na localidade da Fazenda Marília,
o traçado se aproxima novamente da BR-163, seguindo pela sua borda oeste,
com direção norte/nordeste. No entorno da Vila Miraguaí o traçado se afasta da
faixa de domínio da BR-163, no Km 732 da BR-163 o traçado atravessa a
Serra do Cachimbo pelo lado esquerdo. Seguindo no sentido norte/nordeste, o
traçado cruza os rios Peixoto de Azevedo e Braço Sul e a área do Ministério da
Aeronáutica, voltando a se aproximar no entorno do Km 770 da referida rodovia
BR-163, margeando-a pelo lado oeste. Ao cruzar o Rio Escorpião o trecho A1
se afasta novamente da BR-163, cruza o Rio Três de Maio. Nas proximidades
do Km 938 da BR-163 o trecho A1 aproxima-se novamente da rodovia
seguindo com direção noroeste até o final do respectivo trecho. A rampa do
sentido exportação ao longo do trecho A1 é de 0,6% compensada
Trecho A2
Partindo de Sinop/MT o trecho A2 segue com direção nordeste, nas
proximidades da Fazenda Asa Branca o traçado se desloca mais para leste, se
aproximando e margeando a BR-163 pelo lado oeste, cruzando-a, desta forma
passando a bordeá-la pelo lado leste. No domínio do Castanhal o traçado volta
a cruzar a referida rodovia, se afastando em direção nordeste/norte. A partir do
Km 710 da BR-163 o trecho se aproxima, progressivamente, da faixa de
domínio da rodovia. No Km 732 da BR-163 o traçado atravessa a Serra do
Cachimbo pelo lado direito. No Km 752 da da BR-163 o trecho distancia-se da
respectiva rodovia, seguindo em direção noroeste, após o córrego Quinze de
Novembro retorna no sentido nordeste às margens da rodovia. Na área do
Ministério da Aeronáutica, próximo ao Rio Vermelho, o traçado adquire direção
noroeste se afastando da rodovia. Nas proximidades do Km 938 da BR-163 o
trecho A2 aproxima-se novamente da rodovia seguindo com direção noroeste
até o final do respectivo trecho. A rampa sentido exportação ao longo do trecho
B1 é de 1% compensada.
Trecho B1
O início do trecho B1 localiza-se na altura do km 957 da BR-163, seguindo na
direção norte pelo lado oeste da referida rodovia. A partir da Fazenda Nossa
Senhora Aparecida, segue a noroeste, margeando o Rio Jamanxim. Após o
Córrego Juçara segue na direção nordeste até cruzar a BR-163, seguindo
então pelo lado leste da rodovia. O trecho distancia-se da BR-163 a nordeste,
contornando a Serra da Volta, e retorna na direção noroeste às margens da
rodovia. A cerca de 15 km após a localidade de Moraes Almeida o trecho
insere-se nos limites do Parque Nacional do Amanchem, buscando a maior
aproximação possível com a faixa de domínio da BR163 durante todo o
percurso na referida Unidade de Conservação. Após sair do Parque Nacional
do Jamanxim, segue margeando a BR-163 pelo lado leste, até a Vila Planalto.
Após esta localidade, distancia-se da BR-163 até a chegada ao distrito de
Miritituba, cruzando a BR-230. A rampa sentido exportação ao longo do trecho
B1 é de 0,6% compensada.
Trecho B2
Partindo da altura do km 957 da BR-163 e seguindo na direção norte, o trecho
B2 cruza a rodovia, margeando seu lado leste. Entre as Fazendas Boa Sorte e
Maracajá o trecho B2 passa para o lado oeste da rodovia até entre a Fazenda
Nossa Senhora Aparecida e o Retiro da Fazenda Agropecuária Reunidas,
quando cruza novamente a rodovia. Seguindo em direção ao norte, distancia-
se duas vezes da BR-163, fugindo de áreas de relevo acidentado, incluindo a
Serra da Volta. Ao entrar nos limites do Parque Nacional do Jamanxim, o
trecho B2 busca aproximar-se da faixa de domínio da rodovia até a Vila do
Planalto, quando se distancia novamente da BR-163, seguindo a direção norte
até o destino final, ao sul do distrito de Miritituba, próximo ao Rio Tapajós. A
rampa sentido exportação ao longo do trecho B1 é de 1% compensada.
O
Governo altera empréstimo do BNDES para Ferrogrão em vez de cinco
anos para começar a pagar o empréstimo, o investidor terá entre sete e oito
anos. O financiamento, que atualmente tem previsão de ser quitado em até 20
anos, ficará entre 25 e 30 anos. Com essas alterações, o governo quer
convencer os investidores sobre a viabilidade de tomar um empréstimo que
poderá chegar a até 85% do preço total da ferrovia, algo em torno de R$ 11
bilhões.
O processo de licenciamento ambiental da ferrovia também terá
mudanças, o governo manteve toda a responsabilidade do licenciamento sobre
os empreendedores, mas vai incluir um teto para os custos com condicionantes
ambientais, para que o dono do projeto tenha uma previsibilidade sobre esses
gastos. A ideia é que um total de até R$ 400 milhões fique sob a
responsabilidade do concessionário da ferrovia. Se os custos ultrapassarem
esse valor, a União assume a conta do excedente.
Concessão da Ferrogrão
https://www.ppi.gov.br/ef-170-mt-pa-ferrograo
https://participantt.antt.gov.br/Site/AudienciaPublica/VisualizarAvisoAudienciaPublica.a
spx?CodigoAudiencia=176
https://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/nsa/arquivos/subsidi
os_tecnicos_-_concessao_da_ferrograo_-_audiencia_publica_0142f2017_-_antt.pdf
https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/logistica/284461-em-nota-federacao-da-
agricultura-e-pecuaria-do-para-faepa-defende-a-construcao-da-
ferrograo.html#.YJbKhuhKjDc