Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostiladeembalagem 130305071928 Phpapp01
Apostiladeembalagem 130305071928 Phpapp01
EMBALAGENS
MEDIANEIRA – PR
2007
1.ESTABILIDADE DE ALIMENTOS ENVASADOS
1.1.1.Fatores intrínsecos
Os principais fatores intrínsecos ao alimento são:
Atividade de água
A atividade de água influi, direta ou indiretamente, em todas as alterações dos
alimentos, sejam elas microbiológicas, físicas ou químicas. Muitos métodos de
conservação de alimentos (ex.: desidratação, cura por salga, saturação com açúcares)
utilizam como princípio a redução da atividade de água.
Em relação à atividade de água, os alimentos podem ser classificados em:
• Alimentos de alta umidade (aw > 0,85), bastante susceptíveis a deteriorações
microbiológicas em geral. O limite inferior de atividade de água (0,85) deve-se ao fato
de que a bactéria patogênica mais resistente a baixa atividade de água
(Staphylococcus aureus) tem capacidade de crescer a uma aw mínima de 0,86.
• Alimentos de umidade intermediária (aw = 0,60-0,85), que podem sofrer deterioração
por microrganismos xerofílicos, osmofílicos e halofílicos, sendo considerados de alta
estabilidade, desde que a embalagem represente boa barreira à umidade.
• Alimentos de baixa umidade (aw < 0,60), nos quais não há crescimento de
microrganismos, embora eles possam sobreviver.
pH
Quanto ao pH, os alimentos são geralmente classificados em:
• Muito ácidos (pH<4,0), como: suco de abacaxi, suco de maracujá, refrigerantes,
picles.
• Ácidos (4,0<pH<4,5), como: derivados de tomate, suco de algumas frutas (ex.: caju).
• Pouco ácidos (pH>4,5), como: carne, leite, ovos.
Temperatura
É o fator ambiental de maior efeito sobre a conservação dos alimentos durante
sua estocagem e comercialização, influenciando todas as alterações ocorrentes em
alimentos, sejam de natureza biológica, física ou química.
2
Umidade relativa (UR)
Em contato direto com o ar atmosférico, a umidade relativa do ambiente
determina a umidade relativa de equilíbrio do produto (atividade de água de equilíbrio).
Assim, quando expostos a ambientes com alta UR , os produtos tendem a absorver
umidade, com conseqüente aumento da atividade de água; um produto desidratado
com aw < 0,60, por exemplo, pode ter sua estabilidade comprometida se estocado
inadequadamente.
A utilização de materiais de embalagem com baixa permeabilidade a umidade,
minimizando a absorção de água pelo produto, reduz o risco de deterioração
decorrente do aumento de atividade de água.
Concentração de oxigênio
A concentração de O2 no espaço livre das embalagens controla a velocidade de
alterações oxidativas e de crescimento microbiano.
A fração lipídica dos alimentos é a mais susceptível a reações de oxidação; a
oxidação de lipídios resulta na formação de produtos que conferem sabor e odor
indesejáveis. Outros componentes dos alimentos podem também sofrer oxidação, a
exemplo das vitaminas e pigmentos.
Luz incidente
As radiações luminosas, sejam naturais ou artificiais, catalisam reações
fotoquímicas em alimentos, principalmente reações de oxidação.
A fase de indução (ou iniciação) da oxidação de lipídios é acelerada quando o
alimento é exposto (direta ou indiretamente) à luz. Quanto à oxidação de vitaminas, a
riboflavina e o ácido ascórbico são as mais fotossensíveis. A exposição do leite à luz
acarreta formação de sabor e odor desagradáveis (proveniente da oxidação de
lipídios), além de redução do valor nutritivo em conseqüência da perda de vitaminas.
1.2.ALTERAÇÕES INDESEJÁVEIS
3
• Semi-perecíveis: têm sua estabilidade aumentada em decorrência de determinadas
técnicas de processamento. Uma maior estabilidade (cerca de 30 a 90 dias) é obtida
por meio de estocagem refrigerada. Exemplos: produtos cárneos defumados, queijos
curados.
• Não perecíveis: podem ser estocados a temperatura ambiente por um período de
tempo prolongado, sem que haja crescimento microbiano suficiente para se
caracterizar uma deterioração. Reduções no valor comercial de tais produtos podem
ocorrer devido a alterações físicas e químicas, após uma prolongada armazenagem.
Exemplos: cereais, grãos, produtos desidratados e enlatados.
4
• Antioxidantes: Os antioxidantes primários (compostos fenólicos, os mais utilizados)
inibem a propagação de radicais. Os secundários previnem a formação dos primeiros
radicais (atuando, por exemplo, como quelantes de metais). Entretanto, vale ressaltar
que os antioxidantes reduzem as taxas de reação, mas não a impedem totalmente;
além disso, eles não revertem o processo de oxidação.
5
Mioglobina Oximioglobina
globina globina
(vermelho (vermelho
púrpura) N oxigenação brilhante)
N N
N
Fe+2 Fe+2
N N N N
H2O O2
oxidaçã globina oxidação
N
N redução
reduçã Fe+3
N N
H2O
Metamioglobina (marrom)
7
1.2.6. Interações alimento-embalagem
A adequação da embalagem ao produto minimiza as alterações indesejáveis,
aumentando a estabilidade do alimento. Entretanto, em função do tempo de contato
produto-embalagem, ocorrerão interações (exceção feita às embalagens de vidro, que
não interagem com o alimento). A compatibilidade da embalagem ao alimento reduz as
interações, mas não as evita totalmente.
As interações entre embalagens metálicas e alimentos traduzem-se em corrosão
(a mais importante) e sulfuração. As causas e conseqüências do processo de corrosão
já foram estudadas anteriormente.
As embalagens plásticas são as que mais interagem com os alimentos, tanto
diretamente (migração de monômeros e aditivos para o alimento) quanto indiretamente
(interações entre o alimento e o ambiente, permitidas pela permeabilidade da
embalagem).
1.2.8.Senescência
Logo após a colheita de um vegetal ou a matança de um animal, os seus tecidos
são privados de qualquer fonte externa de carbono e nitrogênio, passando então, a
utilizar, como fonte de energia, os carboidratos, proteínas e gorduras. Uma série de
reações enzímicas normais tem continuidade num processo de envelhecimento
usualmente denominado de “senescência”. Eventualmente, as fontes de energia se
esgotam ou produtos desta reação são acumulados de forma a tornar o produto
inaceitável. Durante o processo de senescência, o alimento torna-se cada vez mais
susceptível às invasões de microrganismos que geralmente passam a predominar
como agente de deterioração. É importante conhecer as taxas destas reações de
senescência e os parâmetros que as influenciam para uma adequada conservação “in
natura” do alimento e mesmo para a boa qualidade inicial dos alimentos processados,
nos quais estas reações são cessadas pela inativação das enzimas.
8
2.EMBALAGENS PARA ALIMENTOS
Definição
9
3.EMBALAGENS CELULÓSICAS
3.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS
3.2.MATÉRIA-PRIMA
10
• celulose de árvores folhosas: são plantas de tronco duro e com fibras mais curtas do
que a anterior, utilizada para a obtenção de material com menor resistência
mecânica, sendo as várias espécies de eucaliptos as mais economicamente
utilizadas.
3.3.FILMES CELULÓSICOS
3.3.1. Celofane
Características Técnicas:
11
As propriedades mecânicas dos filmes de celofane dependem dos tipos e
quantidades de plastificantes adicionados durante o processo de fabricação. Os filmes
apresentam boa resistência à tração e ao alongamento, quando em ambiente de
umidade relativa em torno de 60%. Do mesmo, as propriedades de barreira são boas
em ambientes secos, destacando-se a baixa permeabilidade ao oxigênio e aos aromas
dos alimentos, quando envernizado. Os vernizes mais comuns são o nitrocelulose e o
cloreto de polivinilideno (Quadro 1).
3.3.2.Papel
Matéria-prima:
Tipos de papel:
12
Manilha 40 a 100 Processo mecânico e/ou Papel de embrulho,
semiquímico; monolúcido; geralmente colorido (para
natural ou colorido. presente).
Monolúcido 40 a 50 Polpa química branqueada; Fabricação de sacos,
superfície polida por laminados e rótulos.
supercalandragem e carga
mineral.
Papel couché 40 a 60 Polpa química branqueada, Papel com ótima
carga mineral mais imprimibilidade,
polimento em ambos os revestimento externo de
lados, superfície com brilho laminados, rótulos.
e lisura.
Papéis 30 a 80 Obtidos de polpa química Para alimentos embalados
impermeáveis especial, papéis com baixa em geral, papel para
permeabilidade aos lipídios, confeitarias, sacos para
fabricados nas versões: cartuchos.
pergaminho, glassine,
granado e fosco.
Papel seda 20 a 30 Polpas químicas Para embalagens de
branqueada, naturais ou produtos leves e frágeis,
coloridas. decorações.
Papel kraft natural 30 a 150 Polpa de fibra longa por Sacos multifoliados, sacos
processo sulfato, cor natural industriais, cimento,
parda ou em cores, boa produtos para
resistência mecânica. desidratados.
Papel kraft branco 40 a 60 Polpa de fibra longa por Sacos multifoliados, sacos
processo sulfato, cor branca, para açúcar refinado,
boa resistência mecânica. farinhas, fubá pré-cozido.
Além das várias aplicações já citadas, os papéis são bastante usados para a
fabricação de embalagens simples (primárias) a exemplo dos sacos de papel.
Quando o papel é combinado com materiais termoplásticos, os sacos de papel
apresentam melhores características de barreira, sendo geralmente fabricados por
termoselagem. Caso contrário, precisam de fechamento por colagem, por costura, por
fita adesiva ou por amarração.
Exemplos de sacos de papel incluem: sacos termoselados, sacos com fundo
plano, sacos com fundo plano colado e simples, sacos com fundo reto colado e lado
sanfonado, sacos com fundo reto costurado e lado sanfonado, sacos com fundo reto
colado e lado simples, sacos com fundo reto costurado e lado simples, sacos
valvulados.
3.3.3.Cartões
13
Tipos de cartões:
3.3.4.Embalagens Laminadas
Laminados especiais:
Latas compostas:
3.3.5.Papelão Ondulado
Considerações Gerais:
Estrutura básica:
15
As espessuras do papelão ondulado variam conforme o tipo de onda desejado
bem como em função do desgaste do cilindro ondulador. O Quadro 3 mostra a
classificação de papelão ondulado em função do tipo de onda, número de ondas por
unidade linear e resistência ao esmagamento.
O papelão ondulado pode ser de face simples, parede simples, parede dupla,
tripla ou múltipla. Os tipos C e B são utilizados para parede simples ou na combinação
BC para parede dupla. Para produtos que precisam de maior proteção, como garrafas
de vidro, o tipo C é mais indicado. Quando o produto apresenta boa resistência ao
empilhamento, como as latas de conservas, utiliza-se o tipo B, ondulação essa com
maior resistência ao esmagamento.
Essas estruturas são feitas em maquinas onduladeiras, que através do uso de
vapor e cola, agrupam os componentes em um processo contínuo de fabricação. A
ondulação deverá ficar no sentido vertical, para aumentar a resistência e melhorar o
desempenho da estrutura das caixas, durante as operações de estocagem e
transporte.
16
O fechamento corresponde à fixação da orelha da caixa por meio de grampos ou
cola, enquanto que a selagem é a fixação das abas também por grampos, cola ou fita.
As dimensões deverão seguir a ordem: comprimento (C) x largura (L) x altura
(A). O comprimento deverá ser maior ou igual à largura e a altura poderá ser tanto
maior ou menor do que as outras dimensões. Todas essas dimensões são internas e
em milímetros.
Vários são os possíveis tipos de caixas, mas as mais utilizadas são as do tipo
normal denominada 0201, pertencentes ao Grupo 02 da NBR 5980 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A otimização do dimensionamento permite obter uma considerável economia,
pois cerca de 60% do custo depende da quantidade de papelão ondulado envolvido na
fabricação da caixa.
Quando possível, é importante adequar o arranjo das embalagens primárias ou
de consumo, para se obter o melhor dimensionamento. A relação mais econômica
para caixas do tipo 0201 ocorre quando C = 2L = A ou 2:1:2. Enquanto que as relações
1:1:1 e 2:2:1 resultam num aumento na quantidade de material na ordem de 12 e 33%,
respectivamente, para um mesmo volume de caixa. Isso se deve, em parte, ao
aumento da área da caixa devido ao maior tamanho das abas. Quando a tampa e
fundo da caixa situam-se na face de menor dimensão, obtém-se maior economia de
material. Portanto, deve-se fazer a melhor disposição das embalagens dentro da caixa,
para se obter maior redução de custo.
Mesmo existindo a possibilidade de otimização dimensional, às vezes o formato
da caixa é definido por outras razões técnicas de manuseio ou devido à necessidade
de maior transferência de calor nos sistemas de refrigeração. Nestas circunstâncias, a
relação 2:2:1 são as mais indicadas, mesmo sendo as caixas menos econômicas.
Deve-se, também, considerar as dimensões do palete, pois o melhor aproveitamento
volumétrico da unidade peletizada poderá ser o fator determinante do custo do sistema
de estocagem e distribuição nas etapas de comercialização de determinado produto.
17
juta e, para materiais industrializados como açúcar cristal e farinhas, existem os sacos
de algodão.
Esses sacos, geralmente com capacidade para 50kg de peso líquido, podem ser
fabricados sem costura (com tecido tubular) ou com costura lateral, contendo o fundo
com costuras simples, dupla ou tripla.
Procedimento:
-Escolher amostras de embalagem para fazer as medidas de dimensão, sendo:
Embalagens flexíveis plásticas, Embalagens plásticas rígidas, Recipientes metálicos,
Recipientes de vidro, Embalagens celulósicas
Material:
- Equipamento Crush Tester
- Amostras de papelão ondulado
- Cortador de corpos de prova
- Suporte fixador dos corpos de prova
Procedimento:
- Os corpos de prova devem ser condicionados de acordo com a NBR 6733: T= (20+2)
o
C e UR = (65+2)%, salvo determinação em contrário.
- Salvo condições especiais, são utilizados 10 corpos de prova, retirados da
chapa ou da caixa, de áreas sem impressão, marcas e/ou quaisquer danos.
-
Para resistência a compressão de coluna:
- Cortar o papelão de modo a obter um corpo de prova retangular, com largura de 63+
0,5mm e comprimento de 100 + 0,5 mm.
- Os cortes devem ser paralelos, retilíneos, com bordas lisas, perpendiculares às
superfícies das chapas, e sem amassamento das ondas.
19
- Acionada a prensa, o ponteiro do dinamômetro irá deslocar o indicador, que marcará
o valor no momento do colapso.
- A resistência à compressão de coluna é dada em N/cm. Para transformar de kgf/cm
para N/cm multiplica-se por 9,8067.
- A resistência ao esmagamento (E[kPa]) é dada pela equação: E = F*98,067/A
Onde: F= força no momento do colapso em kgf e A= área do corpo de prova em cm2
b) Absorção de água
Material:
-Aparelho Cobb Tester
-Amostras de papel (125x125mm)
-Balança
-Cronômetro
-Rolo de compressão de 10Kg
Procedimento:
20
4.EMBALAGENS METÁLICAS
4.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS
4.2.PRÓS E CONTRAS
Pontos fracos – Corrosão interna e externa, quando mal especificada; não visualiza o
produto; tampa convencional com difícil abertura; não apropriada para uso em
microondas; maior custo e peso, em relação às embalagens plásticas; etc.
21
alumínio de formato cilíndrico geralmente requerem a injeção do gás carbônico ou do
nitrogênio ao produto, para evitar o amassamento durante a comercialização.
4.3.COMPETITIVIDADE
4.4.1.Folhas de Aço-Carbono
22
A resistência do aço-base à corrosão depende de sua composição química. Os
elementos, enxofre, cobre e fósforo, são os que mais aceleram a corrosão. O aço-base
tipo L é indicado para produtos ácidos e que contém muito fósforo. O tipo MR é de uso
geral e o D é para produtos pouco agressivos.
Folhas-de-flandres (FF)
23
cromo e óxido de cromo, ou sem nenhuma camada de metais, quando for uma folha
não revestida.
A estanhagem, feita por um processo contínuo de eletrodeposição do estanho, é
denominada pela CSN como Ferrostan, o qual confere às folhas boa resistência à
corrosão, resistência mecânica e soldabilidade.
24
Quadro 6 – Folhas-de-Flandres com Revestimento Diferencial (D).
Laminados
4.5.VERNIZES
Generalidades
25
Sua evolução tecnológica ocorreu em paralelo com as alterações na estrutura
metálica das embalagens. Ao se reduzir o teor de estanho das folhas-de-flandres, por
exemplo, implicará numa maior porosidade da camada de estanho e, como
conseqüência, maior será a corrosão do aço-base. Também, os problemas de
sulfuração na superfície do estanho forçaram ao desenvolvimento de vernizes
especiais como os óleos-resinosos com óxido de zinco, bem como o uso das folhas
cromadas e de alumínio, as quais só poderão ser utilizadas para alimentos quando
envernizadas.
Aspectos Legais
Características Método/equipamento
-Resistência à adesão -Teste da fita adesiva
-Resistência à esterilização -Nenhuma absorção de água e redução da
aderência a 121°C
-Resistência ao enxofre -Teste de cistina
-Teste de porosidade -Teste de sulfato de cobre
-Resistência ácida -Ácido acético, lático, cítrico mais cloreto
de sódio e açúcar
-Inerticidade ao sabor e aroma -Após esterilização em água
-Resistência à temperatura de -Nenhuma dissolução
soldagem -Nas operações de fabricação da
-Flexibilidade embalagem
-Espessura do filme -Nas medidas destrutivas e não destrutivas
-Resíduo de solvente -Método da lata quente
Tipos de vernizes
26
a boa resistência ao enxofre das fenólicas e a flexibilidade das epóxicas, portanto são
consideradas de uso geral no setor alimentício.
O Quadro 8 mostra as características e aplicações dos principais vernizes
sanitários para alimentos.
27
4.6.CONTROLE DE QUALIDADE DE EMBALAGENS METÁLICAS
Material necessário:
-Balança de precisão (0,1mg) -Solução de soda cáustica
-Gabaritos -Solvente para remoção de vernizes
-Folhas metálicas ou latas envernizadas -Vidraria
-Estufa
Procedimento:
a)Teste de aderência
-Reticular um pedaço de amostra (ver Figura 1), usando gabarito;
-Aderir uma fita adesiva de 2cm de largura sobre os quadriculados;
-Puxar a fita rapidamente para cima;
-Avaliar a aderência ou o grau de destacamento do verniz, conforme o Quadro 1.
b)Teste de cozimento
-Aplicar metil-etil-cetona com algodão, fazendo movimentos de fricção sobre a amostra
envernizada durante 20 segundos, sempre em um mesmo sentido.
c) Teste de Porosidade
A porosidade de uma camada de verniz é proveniente de várias causas:
viscosidade inadequada do verniz antes da aplicação, presença de partículas
insolúveis no verniz ou nas superfícies de contato (cilindros e folhas) e baixo teor de
sólidos no solvente. Quanto maior a porosidade maior a possibilidade de corrosão
localizada.
Teste Químico
Consiste no uso de soluções corrosivas que atacam a superfície do metal, que
fica exposta devido a porosidade do verniz.
-Cortar a mostra;
-Limpar com água, sabão, acetona e secar;
-Despejar a solução corrosiva (CuSO4 em meio ácido) sobre a amostra e deixar por 2
minutos;
-Lavar, enxugar e verificar pontos de cor de cobre metálico, especificando o número de
poros por cm2.
Outros testes
“MIKROTEST”: Aparelho específico para teste de vernizes que mede a força
eletromagnética e sua correlação com a espessura do verniz e sua porosidade.
e) Identificação de vernizes
Material necessário:
-Álcool metílico -Bico de Bunsen
-Clorofórmio -Chapa de aquecimento
-Etil oxitol (celusolve) -Haste de cobre
-Soda cáustica -Lupa
-Ácido sulfúrico concentrado -Tubos de ensaio e pinças
-Papel de filtro
Procedimento:
Executar os testes descritos na seqüência abaixo e identificar o verniz utilizando o
Quadro 2.
29
Para as amostras que contêm alumínio (latas de refrigerante e de cerveja), não
se recomenda o uso dos testes com soda cáustica, devido ao seu ataque ao alumínio.
Nestes casos, tem que se utilizar os demais testes, pois, a efervescência e dissolução
do alumínio dificultarão a identificação do verniz.
6. Teste de Beilstein
Este é um teste que indica a presença de resinas vinílicas cloradas. Ao
queimar-se a amostra numa haste de cobre em bico de Bunsen, vernizes contendo
elementos halogênicos como o cloro, formarão uma chama de cor verde.
Vernizes que contêm pigmentos inorgânicos, apresentam-se opalescentes,
brancos ou de cor cinza, dependendo do metal utilizado. Exemplos destes são os C-
esmaltados ou óleo-resinosos, que contêm óxidos ou carbonatos de zinco, os com
pasta de alumínio e os com óxido de titânio. Neste caso, o uso de uma lupa permite
visualizar os pigmentos metálicos.
Material Necessário:
-Folhas-de-flandres ou latas
-Gabarito ou prensa de corte
-Tesoura de funileiro
-Solventes (acetona, tricloroetileno ou tetracloreto de carbono)
-Solução de Clark (36g de tricloreto de antimônio dissolvido em 800mL de HCl
concentrado e 200mL de água destilada)
-Estufa a 105oC
-Balança analítica
30
Procedimento:
31
Fonte de corrente contínua
(0-250V e 0-300mA)
32
Quadro 2. Características dos vernizes em relação aos testes de identificação.
TESTES Álcool Soda Soda Soda Radiaçã Ácido Beilste
metílico + cáustica em cáustica em cáustic o sulfúrico in
VENIZES clorofórmio ebulição ebulição + a fria ultraviol concentra (cham
celusolve eta do a
verde)
Óleo Enrugamen Escurecimen Dissolução Não Sim Não Não
resinoso to e to e rápida muda
remoção dissolução a cor
rápida
Óleo Amolecime Escurecimen Dissolução Não Sim Não Não
resinoso nto to e remoção rápida muda
modificado lenta com a cor
com resina fragmentos
orgânica de filme, não
dissolve
Fenólico- Fácil Escurecimen Escurecime Não Sim Não Não
oleoso remoção to e remoção nto e muda
lenta com dissolução a cor
filme inteiro,
não dissolve
Fenólico Não é Apareciment Apareciment Aparec Não Não Não
afetado o o de cor e cor
momentâneo roxa, roxa,
de cor roxa, remoção remoç
remoção rápida, não ão do
rápida, não dissolve filme
dissolve em
alguns
casos
Vinílico Dissolução Não Não Não Não Não Sim
rápida escurece ou escurece ou muda
dissolve. dissolve. a cor
Pode haver Pode haver
descascame destacament
nto. o
Butadieno Ligeiro Não Escurecime Não Sim Não Não
amolecime escurece nto e muda
nto descascame descascame a cor
nto como nto do filme
filme inteiro inteiro
Epoxyfenól Ligeiro Não Escurecime Não Sim Sim Não
ico amolecime escurece, nto rápido. muda
nto remoção Remoção a cor
externa lenta rápida sem
dissolução
Epoxyureic Ligeiro Não há Não Não Não Sim Não
o amolecime remoção escurece, muda
nto remoção a cor
rápida sem
33
dissolução
Epoxyviníli Ligeiro Não Não Não Sim Sim-roxo Sim
co amolecime escurece, escurece, muda pálido
nto destacament destacament a cor
o apenas o apenas
nas bordas nas bordas
5. EMBALAGENS PLÁSTICAS
34
venha ser subdimensionado, ou apresentar reduzido tempo de vida útil de
comercialização.
Atualmente, do mercado nacional de materiais plásticos, 40% é para
embalagens, cujas principais resinas incluem: polietileno, polipropileno, poliestireno,
policloreto de vinila, politereftalato de etileno e policarbonato.
35
5.3.ADITIVOS E FUNÇÕES
5.4.1.Polietileno (PE)
36
Adequado para produção de filmes com alta flexibilidade;
Boa transparência dos filmes com baixa espessura;
Boa barreira ao vapor de água;
Alta permeabilidade aos gases;
Grande faixa de temperatura de termoselagem.
37
FIGURA 3 - Polipropileno com estrutura molecular isotática.
Características e Propriedades:
Exemplos de aplicações:
5.4.3.Poliestireno (PS)
Características e Propriedades:
38
Alta transparência, no caso do poliestireno cristal;
Filmes biorientados resistem ao congelamento;
Fragilidade e baixa resistência ao impacto;
Fácil termoformação, quando modificado para alto impacto;
Boa resistência aos ácidos e bases fortes;
Boa resistência aos álcoois e hidrocarbonetos alifáticos;
Solúvel em ésteres, compostos clorados e hidrocarbonetos aromáticos;
Baixa propriedade de barreira.
Exemplos de aplicações:
39
como compostos de PVC. Para a produção de PVC de grau alimentar ou atóxico, os
aditivos precisam ser aprovados pela legislação.
Geralmente, o alto grau de aditivação do PVC pode chegar a 15% para os
rígidos e até 40% para os flexíveis.
Características e Propriedades:
Exemplos de Aplicações:
40
Na forma de filmes, geralmente é copolimerizado com 30 a 50% de PVC, dando
origem ao bem conhecido Saran© ou simplesmente o copolímero de PVDC, uma
marca comercial da empresa Dow Chemical. Suas propriedades dependem do grau de
copolimerização e do teor de aditivos como os plastificantes.
Características e Propriedades:
Exemplos de Aplicações:
Características e Propriedades:
41
Exemplos de Aplicações:
Características e Propriedades:
Exemplos de Aplicações:
43
5.4.8.Polivinil Álcool (PVOH)
5.4.11.Ionômeros (IO)
Ionômeros são copolímeros do etileno com o ácido acrílico, que teve parte dos
átomos de hidrogênio do grupo carboxílico substituída por átomos de sódio ou de
zinco (Figura 8). O copolímero resultante é alta transparência, tenaz e resistente à
perfuração, menor temperatura de selagem e boa aderência à quente (hot tack).
Apesar de ser mais caro do que o PEBD e EVA, suas distintas propriedades favorecem
a relação custo/benefício, principalmente nas aplicações que requerem boa selagem
como nas embalagens a vácuo, nos laminados cartonados contendo folha de alumínio
para produtos ácidos e para cartões plastificados do tipo skin packs. Outras aplicações
dos ionômeros são em estruturas coextrusadas, como componente de embalagens
para óleos e gorduras e produtos químicos.
44
Uma marca comercial de ionômero, conhecida internacionalmente, é o Surlyn© da
DuPont.
45
acondicionamento de alimentos devem ser obrigatoriamente registrados e aprovados,
entre outras coisas, quanto à inexistência de efeitos tóxicos.
46
retirar da chama, odor
penetrante
Queima pouco, chama de X
borda verde, cheira
borracha queimada
Queima com gotejamento, X
fumaça escura,odor de cera
Queima com gotejamento X
(ás vezes) fumaça branca,
odor de cera
Teste de queima com haste X X X
de cobre: com chama verde
FONTE: Adaptado de Blair (1959) e Hanlon (1971)
Celo=celofane; AC=acetato de celulose; NC=nitrato de celulose; NA=náilon;
PET=poliéster; PE=polietileno; PP=poliproplleno; PS=poliestireno; PVC=policloreto de
vinila; PVdC=policloreto de vinilideno e BHd=borracha hidroclorada.
a)Determinação da gramatura
1.Objetivo
Determinar a gramatura (g/m2) de materiais de embalagem
2. Material e aparelhos
- Filmes plásticos monocamada, papéis, cartões e papelões ondulados e materiais
laminados;
- Balança de precisão analítica ou semi-analítica;
- Gabaritos, guilhotina ou prensa de corte para obtenção de corpos de prova de área
definida.
3.Procedimento
a. Para materiais laminados deve-se realizar uma delaminação através de fricção ou de
um solvente delaminador (tricloroetileno, por exemplo).
c. Cortar as amostras com área definida (100 cm2), a partir de aproximadamente 2,5
cm das bordas da bobina, transversalmente ao seu comprimento.
48
total de 50μ m ou parcial 20/30 tem-se que PET=20 μ m e PE=30 μ m.
1.Objetivo
Determinar a espessura (mm) de materiais de embalagem.
2.Materiais e aparelhos
- Filmes plásticos monocamadas, papéis, cartões e papelões ondulados e material
laminado;
- Micrômetros manuais ou fixos;
- Micrômetro especial para materiais flexíveis (2 discos planos e paralelos).
3.Procedimento
Utilizando um micrômetro realizar a medida da espessura dos materiais.
Para amostras laminadas e com verniz proceder como nos ítens a e b de
Determinação de Gramatura e utilizar o mesmo procedimento da expressão dos
resultados de gramatura de laminados.
Para material de pouca espessura, agrupar em várias camadas e dividir a
espessura medida pelo número de amostras do conjunto.
Para estruturas multicamadas co-extrusadas, pode-se medir as espessuras dos
componentes através de um microscópio óptico equipado com escala numérica devido
à dificuldade de delaminação.
Pe = G xE
1000
49
L = E espessura do filme (mm)
P = peso do metro linear de tubo(g)
D = densidade da resina (g/cm3)
L = largura do filme (mm)
- Rendimento
O rendimento é a relação entre a área de material produzida por peso de material
geralmente expresso em metro quadrado de área obtida por kg de resina (m2/kg). O
rendimento é inversamente proporcional á densidade de material ou à gramatura.
50
6.RECIPIENTES DE VIDRO PARA EMBALAGEM
O vidro é um dos materiais mais antigo, utilizado há mais de 6.000 anos pelo
homem, mas somente no início do século XX é que se iniciou sua fabricação de forma
industrializada, ao substituir o processo artesanal de assopro humano pelo uso de ar
comprimido. Os materiais de vidro apresentam um vasto campo de aplicação, nas
seguintes modalidades: vidro plano, fibra de vidro, ótica e fibra ótica e “vidro oco” ou
para vidro para embalagens.
Os recipientes de vidro, na forma de embalagem, representam atualmente mais
de 31% das vendas das indústrias de vidro. Destes, aproximadamente, 70% são para
bebidas, 23% são para alimentos e 7% para outros produtos (EMBANEWS, 2004).
As garrafas de vidro têm perdido muito mercado para garrafas plásticas (PET) e para
latas de alumínio, no envase de bebidas carbonatadas e sucos. Entretanto, outros
produtos estão bem consolidados, como os potes para maionese, vegetais em
conserva e café solúvel.
A reciclagem dos recipientes de vidro tem apresentado um crescimento
constante, graças à política ambiental fomentada pelas industrias de vidro. Dados da
Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (ABIVIDRO) afirmam que são utilizados
44% do caco de vidro como matéria-prima, alem da tradicional reutilização de garrafas,
potes e copos pelas indústrias de pequeno porte. Neste contexto, destacam-se também
as garrafas retornáveis, as quais representam uma boa contribuição para com o meio
ambiente.
O vidro como embalagem apresenta várias características distintas, em relação
aos demais materiais, a saber: impermeabilidade aos gases, vapor de água e aromas;
relativamente inerte ao produto, destacável apresentação visual ao produto,
versatilidade de formatos e cores à embalagem final, agrega valor ao produto,
totalmente reciclável, permite a reutilização, etc.
6.2.COMPOSIÇÃO QUÍMICA
6.3.MATÉRIAS-PRIMAS
6.4.TRANSPARÊNCIA E CORES
52
embalagem deverá ser inferior a 20% para alimentos e menor que 10% para produtos
farmacêuticos, valores esses medidos na faixa de 280 a 450nm.
Outras cores são utilizadas com o efeito de proteção ou como decoração,
principalmente no segmento de cosméticos. O Quadro 15 mostra a correlação dos
componentes químicos adicionados à composição básica do vidro com suas
respectivas cores.
Alternativas para reduzir o efeito da luz sobre os produtos em embalagens
transparentes são através da rotulagem, com rótulos bem projetados para reduzir a
exposição do produto. Estes incluem a impressão do vidro com tintas com boa barreira
à luz e os rótulos denominados sleeves ou do tipo 360o.
6.5.PROPRIEDADES MECÂNICAS
53
resistência relativa à pressão interna diminui em escala logarítmica em função do
tempo de uso ou de aplicação da carga.
O revestimento por aspersão da superfície externa do vidro, age como um
lubrificante e diminui o atrito causado pelo contato das embalagens entre si e dessas
com as superfícies dos equipamentos de envase. A aplicação pode ser feita antes
(cloreto de estanho ou de titânio) ou após (óleos vegetais ou polietileno) do processo
de têmpera do vidro.
6.6.RESISTÊNCIA QUÍMICA
54
vidros de janelas, associados ao discutido fenômeno de iridescência, efeito similar ao
do arco-íres, cuja cor muda conforme o ângulo de observação ou de iluminação,
lembrando imagens sacras (Zanotto, 2002).
6.8.SISTEMA DE FECHAMENTO
55
• Modernização nos maquinários de fabricação de embalagens de vidro,
possibilitando maior controle operacional, resfriamento dos moldes, redução de
espessura;
• Melhor controle de peso da gota por sensores eletrônicos;
• Implantação de programas de gestão da qualidade total, tornando as indústrias
do setor mais modernas e produtivas;
• Produção de moldes por programas totalmente computadorizados, incluindo as
etapas de desenvolvimento das embalagens e usinagem dos moldes;
• Novos sistemas de fechamento, rotulagem e lacres de segurança;
• Fomento e implantação de programas de reciclagem e reutilização de
embalagens;
• Novos sistemas de acondicionamento asséptico em recipientes vidros;
• Desenvolvimento de rótulos termoencolhíveis do tipo 360o , os quais conferem
maior barreira e resistência ao vidro – esses rótulos, antes de policloreto de
vinila, foram substituído pelos de polipropileno e poliéster;
• Desenvolvimento de rótulos envolventes de poliestireno expandido
(plasticshield), inovações essas que conferem proteção à fragilidade do vidro,
isolamento térmico e redução da espessura dos recipientes de vidro;
• Em resumo, todas essas inovações possibilitaram a produção de embalagens
mais leves e com melhor distribuição da espessura e com superfícies mais
uniformes e sem defeitos de fabricação.
6.10.CÓDIGO DE REGULAMENTAÇÃO
56
6.SISTEMAS DE ACONDICIONAMENTO ASSÉPTICO DE ALIMENTOS
A Embalagem Cartonada Longa Vida (Figura 10), foi lançada no Brasil no início
dos anos 70, pela empresa TETRAPAK, com a função de envasar alimentos (leites e
sucos), molhos de tomate e maionese. Seu consumo está estimado em cerca de 6
bilhões em 1998 e previsão de 11 bilhões no ano 2005.
Esses materiais criam uma barreira que impede além da entrada de luz, ar, água
e microorganismos, ao mesmo tempo não permitem que o aroma dos alimentos deixe a
embalagem. A proteção contra a luz é fundamental, pois evita a destruição de
importantes vitaminas dos alimentos ( Vitamina C e B), principalmente no caso do leite
e sucos. Já o oxigênio, presente no ar, poderia produzir nos alimentos uma reação
chamada de oxidação, e causar uma redução das suas qualidades.
57
Perguntas mais freqüentes sobre embalagem longa vida:
As fibras das embalagens Longa Vida tem um alto valor para a industria de
papel/ papelão. Na Alemanha 124000 toneladas de embalagens foram recicladas no
ano de 1998 e transformadas em papel toalha e papel kraft, utilizados na fabricação de
sacos industriais. No Brasil, várias fábricas de papel e plástico tem utilizado a
embalagem como matéria-prima em seus processos (Figuras 11 e 12).
58
Figura 12 – Rotas para produção de papel
Sim, e essa também pode ser uma forma de reciclagem, pois durante a
combustão (queima) é gerado vapor que move uma turbina para a produção de energia
elétrica. Esse processo é conhecido como incineração com recuperação de energia,
sendo largamente utilizado em países europeus e no Japão. Os produtos da
combustão de embalagens Longa Vida são gás carbônico (CO2), vapor d`agua, ambos
na forma gasosa e trióxido de alumínio na forma sólida (alumina) que é matéria prima
para a produção de alumínio e de produtos químicos para o tratamento de água.
Uma tonelada de embalagem Longa Vida, quando incinerada, eqüivale a
energia de cinco metros cúbicos de madeira ou aproximadamente 40 árvores adultas
ou ainda a 500 kg de óleo combustível.
59
7.ENVOLTÓRIOS ARTIFICIAIS E NATURAIS PARA PRODUTOS CÁRNEOS
7.1.ENVOLTÓRIOS NATURAIS
7.2.ENVOLTÓRIOS ARTIFICIAIS
62
• São facilmente armazenáveis, transportáveis e manipuláveis,
• Favorecem as condições de trabalho, tornando o ambiente livre de detritos, odores,
etc.
• Visto que, em sua maioria, não absorvem facilmente a umidade do ar, não
adquirem odores e sabores desagradáveis,
• Diminuem consideravelmente os riscos de veiculação de microrganismos e os
riscos para a saúde e prejuízos decorrentes,
• Muitos deles resistem às temperaturas extremas de congelação e esterilização,
• São inertes frente a diferentes agentes químicos,
• Resistem bem em relação a gorduras e óleos,
• Permitem a impressão, inclusive a cores.
63
8.EMBALAGEM A VÁCUO
65
9. EMBALAGEM COM ATMOSFERA MODIFICADA (AM)
9.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS
Produtos CO2 N2 O2
66
9.2.AM PARA DIFERENTES CLASSES DE ALIMENTOS
9.2.1.Carne fresca
Para manter a coloração vermelha brilhante, por um período mais longo, são
necessárias altas concentrações de O2. As carnes frescas mais pigmentadas como a
bovina, requerem concentrações mais altas de O2 que a suína (menor presença de
mioglobina). A deterioração microbiológica das carnes frescas, causada principalmente
pelo crescimento de espécies de Pseudomonas, pode ser retardada pela ação do CO2.
Portanto, para combinar os efeitos desejáveis da manutenção de coloração
vermelha brilhante com a inibição microbiana, recomenda-se misturas gasosas. Com
60 a 80% O2 e 20 a 40% de CO2. A durabilidade da carne bovina pode ser aumentada
de 2 a 4 dias em ar para 5 a 12 dias em atmosfera modificada à temperatura de 0 a 4º.
O aumento da vida comercial é bem menor do que o obtido com a embalagem a vácuo,
contudo a coloração vermelha de maior apelo comercial é mantida.
9.2.3.Aves
67
9.2.4.Ovos
9.2.5.Produtos de laticínios
9.2.6.Produtos de panificação
9.2.7.Massas Frescas
68
Na comercialização de massas frescas, a embalagem com AM permite um
aumento da vida útil e melhor apresentação do produto. A vida útil do produto
refrigerado, em embalagens com AM, gira em torno de 30 a 45 dias para as massas
recheadas.
A pasteurização com microondas, após acondicionamento em AM de CO2/N2 ou
CO2 puro, pode estender a durabilidade de alguns produtos par 3 a 6 meses. No
pasteurizador, as microondas com uma freqüência de 2.450 MHz passam pelo material
de embalagem e atingem o produto, que se aquece até aproximadamente 85ºC, o que
reduz a carga microbiana.
As AM incluem misturas de CO2/N2, normalmente na faixa de 40 a 70%CO2/ 30
a 60% de N2. A temperatura de comercialização dos produtos recheados deve ser na
faixa de 0 a 3ºC, para evitar riscos de saúde pública, devido ao crescimento de
microrganismos patogênicos anaeróbicos.
9.2.8.Produtos secos
9.2.9.Frutas e vegetais
69
sistemas de acondicionamento em embalagens plásticas têm sido propostos para
preservação.
A modificação da atmosfera no interior da embalagem pode ser obtida com
filmes plásticos, cuja permeabilidade deve contrabalancear a respiração do produto, a
fim de criar passivamente uma atmosfera de equilíbrio em oxigênio e gás carbônico.
O acondicionamento a vácuo parcial em filmes de alta permeabilidade a gases é
outra alternativa. A evacuação leva a diminuição do volume de ar no espaço livre da
embalagem que é transformado em uma AM, com teores de O2 e CO2 favoráveis a
manutenção do produto.
Outra alternativa é a modificação ativa da atmosfera pela injeção direta da
mistura gasosa otimizada para o sistema. Neste caso, os benefícios da AM são obtidos
mais rapidamente.
Ressalta-se que as flutuações de temperatura durante a distribuição e
comercialização é um problema grave nos sistemas de embalagem envolvendo
plásticos e alimentos que respiram, provocando alteração da atmosfera otimizada,
podendo perder a sua efetividade ou acelerar a deterioração.
70
10.EMBALAGENS ATIVAS
10.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS
10.2.1.Absorvedores de Oxigênio
71
microperfurado. Sachets desse material são utilizados para produtos secos ou quando
não um contato direto entre o alimento e o absorvedor.
Sachets para contato direto com alimentos não secos são confeccionados em
um material conhecido como Tyvek aprovado pela FDA (Food and Drug Administration)
e pela CEE (Comunidade Econômica Européia) para contato direto com o alimento,
resiste a umidade e a compostos químicos.
A seleção correta do tipo e tamanho do absorvedor é fundamental para o
sucesso da tecnologia.
A velocidade de absorção de oxigênio varia não só em função do tipo de
absorvedor, como também do posicionamento do sachet no interior da embalagem.
Recomenda-se que o sachet seja colocado em uma região que permita maior contato
com a atmosfera gasosa da embalagem.
Apesar de prolongar a vida útil de alimentos, os absorvedores de oxigênio
apresentam também algumas desvantagens:
• É necessária uma área livre ao redor do sachet, para assegurar sua máxima
eficiência;
• Pode haver um colapso da embalagem;
• Pode haver o desenvolvimento de bactérias anaeróbias, produtoras de toxinas;
• Pode haver resistência do consumidor quanto à presença do sachet no interior
da embalagem, e há receio de uma mal uso do sachet por parte do consumidor.
72
10.2.4.Emissores de etanol
10.2.5.Absorvedores de etileno
10.2.6.Dessecantes
73
umidade relativa em relação a outros absorvedores, contudo aumenta de volume
quando absorve umidade.
Também pode ser utilizado como dessecante a argila, normalmente uma mistura
de componentes.
Sachets contendo um sal inorgânico como o cloreto de sódio, têm sido usados
no mercado americano para reduzir a umidade relativa ao redor de tomates de 95 para
85%. Uma empresa japonesa desenvolveu um dessecante comercializado com o nome
de Sundry, que é feito de uma mistura de cloreto de cálcio e polpa celulósica,
acondicionado em um filme permeável à água. O cloreto absorve a água e a polpa a
retém. Essa combinação de componentes permite uma lata capacidade de absorção de
água, cerca de 10 vezes superior à da sílica gel.
Já existem sistemas também, que somente se tornam ativos quando o ambiente
interno da embalagem atinge a saturação, condensando nas paredes. Neste caso,
somente o excesso de umidade é absorvido, de forma que a umidade conveniente é
mantida. Sendo assim, o sistema aplica-se a embalagens de frutas e vegetais frescos
refrigerados. O absorvente utilizado é a sílica gel.
74
11.FILMES COMESTÍVEIS
11.1.FILMES DE POLISSACARÍDEOS
11.2.FILMES DE PROTEÍNAS
11.3.FILMES DE LIPÍDIOS
75
12.ROTULAGEM DE ALIMENTOS
São elas:
1. Nome do produto
2. Lista de ingredientes em ordem decrescente de quantidade. Isto é o ingrediente que
estiver em maior quantidade deve vir primeiro, e assim por diante;
3.Conteúdo líquido, é a quantidade ou volume que o produto apresenta;
4.Identificação da origem, é a identificação do país, local de produção daquele produto;
5. Identificação do lote
6. Prazo de validade. O DIA e O Mês para produtos com duração mínima menor de 3
meses e O MÊS e O ANO para produtos com duração superior a 3 meses;
7. Instrução para o uso quando necessário
Obs. No caso de produtos importados, as informações acima devem estar em
português.
77
ANEXOS
78
REFERÊNCIAS
www.abre.org.br
79