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Universidade Federal Fluminense – UFF

Trajetória das Organizações Previdenciárias e Securitárias


Professor: Fábio Ferreira
Aluno: Victor Hugo Gomes de Araujo / 220085099
Atividade V: O Seguro na Formação Social Brasileira

Em 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil e a abertura dos


portos, surgiu a primeira seguradora do país, a Companhia de Seguros Boa-Fé, com
o objetivo de operar no seguro marítimo.
Durante este período, a atividade seguradora era regulada pela legislação
portuguesa. Em 1850, com o Código Comercial Brasileiro, o seguro marítimo foi
inicialmente estudado e regulamentado em todos os seus aspectos.
Mas não foi só o segmento marítimo que foi positivamente afetado, com o
surgimento de inúmeras seguradoras, que operavam não só com seguro marítimo,
mas também com seguro terrestre. Em 1855 surge o seguro de vida.
Com o crescimento do setor, as seguradoras estrangeiras começaram a entrar no
mercado brasileiro por volta de 1862, por meio de filiais.
Essas agências transferiram para o exterior as receitas obtidas com os prêmios
arrecadados, gerando evasão cambial. Para evitar isso, em 1895, foi criada uma
legislação tratando do assunto, determinando que parte dos recursos obtidos com os
prêmios fossem obrigatoriamente para reservas no Brasil, para fazer frente aos
riscos assumidos.
Em 1901, é publicado o Regulamento Murtinho, criando a Superintendência Geral de
Seguros, vinculada ao Ministério da Fazenda, com a missão de estender a
fiscalização a todas as seguradoras que operassem no país.
Em 1930 termina o período conhecido como Primeira República e é instituído o
Governo Provisório de Vargas (1930 a 1934). Nesse período de reorganização do
Estado brasileiro, foi criado em 1939 o IRB, o Instituto Brasileiro de Resseguros,
fortemente influenciado pelos ideais nacionalistas, muito comuns na década de
1930, era mais um instrumento do Estado brasileiro de ordenamento econômico.
Em 1964, foi instituído o regime militar (1964 a 1985) e, em 1966, foi criada a
SUSEP, Superintendência de Seguros Privados. Funcionar como órgão de controlo
e fiscalização da constituição e funcionamento de sociedades seguradoras e
entidades abertas de previdência complementar. Defendendo, pela primeira vez no
Brasil, os interesses dos consumidores de seguros.
O IRB, que até então exercia praticamente funções hegemônicas na definição dos
modos de operação de seguros no Brasil, passa a dividir com a SUSEP atribuições
que, embora distintas do ponto de vista da legislação, por quase duas décadas
acabaram se sobrepondo em aspectos importantes.
No final da década de 1960, três sinistros quase estouraram o mercado - os
incêndios que destruíram a TV Paulista, a fábrica de biscoitos MARILU, e a fábrica
da Volkswagen em São Bernardo -, o que chamou a atenção das autoridades para a
necessidade de fortalecer as seguradoras. Em seguida, iniciou-se um processo de
fusões e aquisições, incentivado pelo governo, que reduziu o número de
seguradoras de 176, em 1970, para 97, em 1974.

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