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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional de São Paulo

PLANO DE CURSO

(De acordo com a Resolução CNE/CEB no 4/12 e a


Resolução CNE/CEB nº 6/12)

Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios

Habilitação: TÉCNICO EM QUALIDADE

SÃO PAULO
Plano de Curso Técnico de Qualidade

SENAI-SP, 2018
Diretoria Técnica

CONSELHO REGIONAL
Presidente
Paulo Skaf

Representantes das Atividades Industriais


Titulares
Carlos Antonio Cavalcante
Paulo Vieira
Ronald Moris Masijah
Ruy Salvari Baumer

Suplentes
Antonio Carlos Teixeira Álvares
Heitor Alves Filho
José Romeu Ferraz Neto
Saulo Pucci Bueno

Representantes das Categorias Econômicas dos Transportes, das Comunicações e da


Pesca
Titular
Irineu Govêa
Suplente
Aluizio Bretas Byrro

Diretor Regional
Walter Vicioni Gonçalves

Representantes do Ministério do Trabalho


Titular
Eduardo Anastasi
Suplente
Atilio Machado Peppe

Representantes do Ministério da Educação


Titular
Eduardo Antonio Modena
Suplente
Silmário Batista dos Santos

Representantes dos Trabalhadores da Indústria


Titular
Antonio de Sousa Ramalho Junior
SUMÁRIO

I. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO .................................................................................... 5

a) Justificativa .................................................................................................... 5
b) Objetivos ....................................................................................................... 9

II. REQUISITOS DE ACESSO ......................................................................................... 9

III. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO ..............................................................10

a) Perfil do Técnico em Qualidade .................................................................. 10

IV. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .................................................................................18

a) Itinerário do Curso Técnico de Qualidade ................................................... 18


b) Matriz do Curso Técnico de Qualidade ....................................................... 19
c) Quadro de Organização Curricular .............................................................. 20
d) Desenvolvimento Metodológico do Curso ................................................... 21
e) Ementa de Conteúdos Formativos .............................................................. 27
f) Organização de Turmas ................................................................................. 55
g) Estágio Supervisionado ............................................................................... 55

V. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS


ANTERIORES.............................................................................................................58

VI. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .....................................................................................59

VII. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS..........................................................................59

VIII. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ............................................................................60

IX. CERTIFICADOS E DIPLOMAS ..................................................................................60


I. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO

a) Justificativa

Foi no contexto da globalização que se fortaleceu a perspectiva estratégica da

qualidade. A partir do momento em que mudou o paradigma da organização do

trabalho, estabeleceu-se um novo padrão de relacionamento entre as empresas,

pondo em destaque os papéis de clientes e fornecedores e valorizando a certificação.

Já na década de 1970 começaram a ser desenvolvidas normas nacionais e

internacionais visando à estruturação de sistemas de qualidade para uso comercial e

industrial. Mas só alguns anos mais tarde a tendência se consolidou como parâmetro

indispensável para a competitividade.

"A publicação das normas internacionais da série ISO 9000, em 1987, trouxe a

harmonização em escala mundial e fortaleceu a importância da qualidade como

um fator determinante da competitividade no mercado internacional. As normas

ISO 9000 passaram a ser adotadas rapidamente por vários países, em

substituição às normas nacionais e, com isso, a globalização foi efetivamente


1
impulsionada. ".

Apoiados nos sistemas de qualidade, os países começaram a impor barreiras não

tarifárias para conter o avanço de produtos de má qualidade no mercado internacional.

As normas evoluíram e novas versões da ISO foram publicadas.

O Brasil entrou atrasado nesse jogo, tendo que correr e queimar etapas para colocar-

se como ator qualificado na economia globalizada.

A partir de 1990, o governo brasileiro começou a diminuir barreiras alfandegárias.

Paralelamente, criavam-se mecanismos de mobilização interna, como o Prêmio

Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) e programas de financiamento

1
MARINHO, Bernadete de Lourdes e AMATO NETO, João. A necessidade de gerenciamento da qualidade de fornecedores no
ambiente globalizado. ENEGEP 1997, Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO). Disponível na Internet em
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1997_T4209.PDF Acesso em 17 de junho de 2011.

5
governamental aplicáveis ao desenvolvimento de sistemas de qualidade. Tratava-se

de consolidar estratégias de competitividade industrial para empresas e produtos

brasileiros.

Hoje, os sistemas de qualidade já não são novidade, sendo vistos como atividade

trivial do cotidiano das empresas brasileiras que, cada vez mais, não podem prescindir

da certificação. Seus funcionários trabalham naturalmente de acordo com as

determinações estabelecidas nos documentos da qualidade.

As necessidades de manutenção dos sistemas da qualidade deram origem a novos

perfis ocupacionais. No grande grupo dos Técnicos de Nível Médio, a Classificação

Brasileira de Ocupações (CBO) descreve as ocupações 3912-05 Inspetor de

qualidade, 3912-10 Técnico de garantia da qualidade e 3912-15 Operador de inspeção

de qualidade. Segundo a mesma fonte, esses profissionais desenvolvem as seguintes

atribuições:

“Inspecionam o recebimento e organizam o armazenamento e movimentação

de insumos; verificam conformidade de processos; liberam produtos e serviços;

trabalham de acordo com normas e procedimentos técnicos, de qualidade e de

segurança e demonstram domínio de conhecimentos técnicos específicos da


2.
área”

No Estado de São Paulo, o contingente dos profissionais técnicos especificamente

relacionados à área da qualidade totalizava 67.880 empregados em 2010. Sua

presença é registrada na mais variada gama de atividades econômicas, destacando-

se especialmente nas seguintes atividades (Tabela 1): Fabricação de veículos

automotores, reboques e carrocerias; Fabricação de produtos de borracha e de

material plástico; Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos;

Fabricação de máquinas e equipamentos e Fabricação de produtos alimentícios.

2
Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de Ocupações. MTE, Brasília, 2002. Pg. 529.

6
Tabela 1
Empregados nas ocupações 3912-05 Inspetor de qualidade, 3912-10 Técnico de
garantia da qualidade e 3912-15 Operador de inspeção de qualidade , por atividade
econômica
Estado de São Paulo 2010
Atividades econômicas Empregados %
29 - FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES
E CARROCERIAS 11.551 17,0
22 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE
MATERIAL PLÁSTICO 5.425 8,0
25 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE METAL, EXCETO
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 5.328 7,8
28 - FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 4.024 5,9
10 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 3.068 4,5
82 - SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO, DE APOIO ADMINISTRATIVO
E OUTROS SERVIÇOS PRESTADOS PRINCIPALMENTE ÀS
EMPRESAS 2.737 4,0
24 - METALURGIA 2.301 3,4
26 - FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA,
PRODUTOS ELETRÔNICOS E ÓPTICOS 2.202 3,2
71 - SERVIÇOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA; TESTES E
ANÁLISES TÉCNICAS 2.187 3,2
47 - COMÉRCIO VAREJISTA 2.144 3,2
20 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS 1.948 2,9
27 - FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS
ELÉTRICOS 1.858 2,7
46 - COMÉRCIO POR ATACADO, EXCETO VEÍCULOS
AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS 1.826 2,7
21 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMOQUÍMICOS E
FARMACÊUTICOS 1.732 2,6
23 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MINERAIS NÃO-
METÁLICOS 1.710 2,5
17 - FABRICAÇÃO DE CELULOSE, PAPEL E PRODUTOS DE
PAPEL 1.629 2,4
78 - SELEÇÃO, AGENCIAMENTO E LOCAÇÃO DE MÃO-DE-
OBRA 1.447 2,1
45 - COMÉRCIO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS
AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS 1.371 2,0
14 - CONFECÇÃO DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E
ACESSÓRIOS 1.085 1,6
32 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS 1.038 1,5
13 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS TÊXTEIS 1.022 1,5
Subtotal 57.633 84,9
Outras 10.247 15,1
Total 67.880 100,0
Fonte:MTE/RAIS 2010. Dados processados por SENAI-SP/DITEC/GED/ Mercado de Trabalho.

7
Observando-se a distribuição geográfica desses profissionais no Estado de São Paulo,

percebe-se que a concentração mais expressiva dos empregos ocorre, principalmente,

nos municípios de industrialização mais antiga (Tabela 2).

Tabela 2
Empregados nas ocupações 3912-05 Inspetor de qualidade, 3912-10 Técnico de
garantia da qualidade e 3912-15 Operador de inspeção de qualidade , por município.
Estado de São Paulo 2010

Atividades econômicas Empregados %


São Paulo 14.666 21,6
São Bernardo do Campo 3.828 5,6
Guarulhos 2.752 4,1
Sorocaba 2.079 3,1
Diadema 2.060 3,0
São Jose dos Campos 2.000 2,9
Barueri 1.919 2,8
Campinas 1.740 2,6
Jundiaí 1.692 2,5
Santo André 1.532 2,3
Piracicaba 1.103 1,6
Taubaté 1.037 1,5
Mauá 961 1,4
Indaiatuba 921 1,4
São Caetano do Sul 891 1,3
Limeira 877 1,3
Osasco 808 1,2
Santos 715 1,1
Taboão da Serra 648 1,0
Subtotal 42.229 62,2
Outros 25.651 37,8
Total 67.880 100,0
Fonte:MTE/RAIS 2010. Dados processados por SENAI-SP/DITEC/GED/ Mercado de Trabalho.

Assim, considerando-se os requisitos do mercado de trabalho, o comportamento do

emprego e a natureza estratégica da qualidade para a criação de vantagens

competitivas para a indústria nacional, justifica-se a criação do Curso Técnico de

Qualidade na rede SENAI-SP, tal como proposta a seguir.

8
b) Objetivos

O Curso Técnico de Qualidade tem por objetivo habilitar profissionais na execução


de atividades relacionadas a auditoria, controle e melhoria contínua de processos,
produtos e sistemas de gestão da qualidade, assegurando a conformidade de acordo
com normas e procedimentos.

II. REQUISITOS DE ACESSO

A inscrição e a matrícula no Curso Técnico de Qualidade estão abertas a candidatos


que comprovem estar cursando ou ter concluído o ensino médio. Dependendo das
circunstâncias, outros requisitos como idade, experiência e aprovação em processo
seletivo podem também ser exigidos.

9
III. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO

a) Perfil do Técnico em Qualidade3

Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios


Área: Gestão
Segmento de Área: Qualidade
Habilitação Profissional: Técnico em Qualidade
Nível de Educação Profissional: Técnico de Nível Médio
Nível de Qualificação4: 3

Competências Profissionais

Competência Geral:
Executar atividades de auditoria, controle e melhoria contínua de processos, produtos
e sistemas de gestão da qualidade, assegurando a conformidade de acordo com
normas e procedimentos.

Relação das Unidades de Competência

Unidade de Competência 1:
Executar atividades de auditoria de processos, produtos e sistemas de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos.
Unidade de Competência 2:
Executar atividades de controle de processos, produtos e sistemas de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos.
Unidade de Competência 3:
Executar atividades de melhoria contínua de processos, produtos e sistema de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos

3
Perfil profissional do Técnico em Qualidade, estabelecido no âmbito do Comitê Técnico Setorial nos dias 23 e 24 de maio de 2012, na
Escola SENAI “Almirante Tamandaré”, com a utilização da Metodologia SENAI para Elaboração de Perfis Profissionais com Base em
Competências.
4
O campo de trabalho requer, geralmente, a aplicação de técnicas que exigem grau médio-alto de especialização e cujo conteúdo exige
atividade intelectual compatível. O trabalhador realiza funções e tarefas com considerável grau de autonomia e iniciativa, que podem
abranger responsabilidades de controle de qualidade de seu trabalho ou de outros trabalhadores e ou coordenação de equipes de
trabalho. Requer capacidades profissionais tanto específicas quanto transversais.

10
Unidade de Competência 1
Executar atividades de auditoria de processos, produtos e sistemas de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos.
Elementos de Competência Padrões de Desempenho
1.1.1. Analisando registros de auditorias
anteriores
1.1.2. Analisando documentação técnica (normas
1.1. Preparar auditoria legais e requisitos de clientes)
1.1.3. Definindo trilha e abrangência da auditoria
1.1.4. Definindo recursos (físicos, humanos e
financeiros) para a realização da auditoria
1.2.1. Comparando as especificações e atributos
com o produto
1.2.2. Interpretando resultados de análise de
1.2. Verificar a conformidade do
dados
produto
1.2.3. Entrevistando o auditado
1.2.4. Comunicando resultados no ato da
auditoria
1.3.1. Comparando os parâmetros do processo
com o histórico de registros e situação
atual
1.3. Verificar a conformidade do 1.3.2. Interpretando resultados de análise de
processo dados
1.3.3. Entrevistando o auditado
1.3.4. Comunicando resultados no ato da
auditoria
1.4.1. Constatando a aderência dos processos
aos padrões
1.4.2. Interpretando resultados de análise de
1.4. Verificar a conformidade do
dados
sistema
1.4.3. Entrevistando o auditado
1.4.4. Comunicando resultados no ato da
auditoria
1.5.1. Descrevendo as constatações da auditoria
1.5. Elaborar relatórios de auditoria com referências aos padrões
1.5.2. Declarando as evidências objetivas

11
Unidade de Competência 2
Executar atividades de controle de processos, produtos e sistemas de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos.
Elementos de Competência Padrões de Desempenho
2.1.1. Coletando dados e informações
2.6. Elaborar relatórios de controle 2.1.2. Estratificando dados
2.1.3. Indicando itens críticos
2.6. Garantir documentos e 2.2.1. Elaborando documentos e registros
registros atualizados e 2.2.2. Divulgando as versões atualizadas dos
disponíveis documentos
2.3.1. Mantendo atualizado o inventário de
equipamentos
2.6. Monitorar o processo de 2.3.2. Verificando a validade da calibração dos
calibração de equipamentos equipamentos
2.3.3. Dispondo o equipamento de acordo com o
resultado do laudo e aplicação
2.4.1. Verificando a adequação do sistema de
medição
2.6. Monitorar o desempenho do
2.4.2. Utilizando meios de controle estatístico
processo
2.4.3. Comunicando os resultados do
monitoramento de desempenho

Unidade de Competência 3
Executar atividades de melhoria contínua de processos, produtos e sistemas de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos.
Elementos de Competência Padrões de Desempenho
3.1.1. Diagnosticando oportunidade de melhoria
3.1.2. Definindo equipe multifuncional para atuar
na melhoria
3.1. Planejar melhoria 3.1.3. Definindo necessidade de recursos
3.1.4. Indicando ferramentas para análise de
solução de problemas
3.1.5. Elaborando o plano de ação
3.2.1. Verificando prazos para implantação das
3.2. Monitorar ações de melhoria ações propostas
3.2.2. Verificando a eficácia das ações

12
Unidade de Competência 3
Executar atividades de melhoria contínua de processos, produtos e sistemas de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos.
Elementos de Competência Padrões de Desempenho
3.2.3. Verificando a padronização das melhorias
3.3.1. Buscando consenso do grupo de trabalho
3.3. Conduzir grupos de melhorias 3.3.2. Negociando prazos e responsabilidades
3.3.3. Elaborando as pautas e atas de reuniões

Contexto de Trabalho da Habilitação Profissional

Meios
(equipamentos, máquinas, ferramentas, instrumentos, materiais e outros.)
- Computador
- Projetor multimídia
- Calculadora científica
- Máquina fotográfica digital
- Scaner
- Softwares:
o Editores de texto;
o Planilhas eletrônicas;
o Banco de dados;
o Aplicativos estatísticos;
o Gerador de apresentação
- Paquímetro
- Micrômetro
- Escala
- Cronômetro
- Termômetro
- Trena
- Equipamentos de proteção individual (EPI)

Métodos e Técnicas de Trabalho


- Análise do sistema de medição (MSA)

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Métodos e Técnicas de Trabalho
- Modos de falha e análise de efeitos (FMEA)
- Método de analise e solução de problemas (MASP)
- Normas do sistema de gestão da qualidade – Série ISO 9000
- Norma ISO 19011 (Auditoria)

Condições de Trabalho
Condições ambientais:
- Trabalho em ambiente fechado e ou aberto
Turnos e horários:
- De acordo com a empresa, podendo trabalhar também em revezamentos
Riscos profissionais:
- De acordo com a atividade da empresa

Posição no Processo Produtivo:


Contexto Profissional
- Empresas públicas e privadas em diversos setores, podendo atuar como
prestador de serviço (autônomo)

Contexto Funcional e Tecnológico


- Trabalha sob supervisão direta
- Executa atividades com certo grau de autonomia, iniciativa e responsabilidade,
mas com supervisão direta
- Utiliza recursos informatizados de nível médio a avançado

Possíveis Saídas para o Mercado de Trabalho


- Inspetor da Qualidade – Unidades de Competência - UC2 e UC3
- Técnico em Qualidade – Unidades de Competência - UC1, UC2, UC3
- Sugestões de especializações nos temas:

o Normas da indústria automotiva


o Normas da indústria química
o Normas da indústria alimentícia
o Normas da indústria farmacêutica
o Normas dos serviços de saúde
o Normas para laboratórios de análise química/física
o Normas de confiabilidade metrológica

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Evolução da Habilitação
Mudanças nos fatores tecnológicos, organizacionais e econômicos:
- Informatização de processos
- Novas ferramentas para análise
- Adaptação a novas estratégias de gestão
- Introdução do conceito da fábrica digital
Mudanças nas atividades comerciais:
- Diversificação de clientes locais e globais
- Aumento no grau de exigência dos clientes
Mudanças na educação profissional:
- Tendência de autodesenvolvimento e formação continuada
- Formação técnica ou administrativa com aperfeiçoamentos em sistemas de
gestão, com domínio de outro idioma.

Educação Profissional Relacionada à Habilitação


- Formação de Auditores Internos;
- Técnicas de Redação;
- Técnicas de Negociação;
- Controle Estatístico do Processo (CEP);
- Análise do Sistema de Medição (MSA);
- Análise de solução de Problemas (MASP/8D/DMAIC);
- Leitura e Interpretação de Normas;
- Leitura e Interpretação de Desenho Técnico;
- Metrologia;
- Modos de falha e Análise de Efeitos (FMEA);
- Estatística Básica;
- Pacote Office;
- 6 Sigma;
- Técnicas de Priorização de Ações;

- Inglês Básico;

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Indicação de Conhecimentos referentes ao Perfil Profissional

Unidade de Competência Conhecimento


Unidade de Competência 1  Comunicação Oral e Escrita;

 Normas Técnicas do Sistema de Gestão;


Executar atividades de auditoria de  Técnicas de Auditoria;
processos, produtos e sistemas de gestão
 Técnicas de Planejamento;
da qualidade, produtos e sistemas de
 Desenho Técnico;
gestão da qualidade, assegurando a
conformidade de acordo com normas e  Softwares (editor de texto, planilhas

procedimentos. eletrônicas, etc);

 Metrologia;

 Estatística;

Unidade de Competência 2  Estatística;

 Metrologia;
Executar atividades de controle de  Desenho;
processos, produtos e sistemas de gestão
 Software (banco de dados, planilhas
da qualidade, assegurando a conformidade
eletrônicas);
de acordo com normas e procedimentos.
 Normas Técnicas;

 Comunicação Oral e Escrita;

Unidade de Competência 3  Comunicação Oral e Escrita;

 Normas Técnicas do Sistema de Gestão;


Executar atividades de melhoria contínua  Técnicas de Planejamento;
de processos, produtos e sistemas de
 Softwares (editor de texto, planilhas
gestão da qualidade, assegurando a
eletrônicas, etc);
conformidade de acordo com normas e
 Estatística;
procedimentos.
 Ferramentas da Qualidade;

 Kaizen;

 MASP;

 5S;

 Técnicas de Negociação;

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Em síntese:

Eixo tecnológico: Gestão e Negócios

Área: Gestão
Segmento de Área: Qualidade
Habilitação: Técnico em Qualidade

Competência Geral: Executar atividades de auditoria, de controle e de melhoria contínua


de processos, produtos e sistemas de gestão da qualidade, assegurando a conformidade
de acordo com normas e procedimentos.

Unidades de Competência que agrupa:


Unidade de Competência 1: Executar atividades de auditoria de processos, produtos e
sistemas de gestão da qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e
procedimentos.
Unidade de Competência 2: Executar atividades de controle de processos, produtos e
sistemas de gestão da qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e
procedimentos.
Unidade de Competência 3: Executar atividades de melhoria contínua de processos,
produtos e sistemas de gestão da qualidade, assegurando a conformidade de acordo com
normas e procedimentos.
Contexto de Trabalho da Habilitação:

De acordo com o definido para o perfil profissional do Técnico em Qualidade

17
IV. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

a) Itinerário do Curso Técnico de Qualidade

O itinerário do Curso Técnico de Qualidade demonstra uma organização curricular


formada pela integração de três módulos, que devem ser desenvolvidos
sequencialmente, correspondendo à fase escolar.

____
MÓDULO BÁSICO ( 375h)
 Comunicação Oral e Escrita – 75h
 Sistemas de Medidas e Representação Gráfica – 150h
 Princípios da Qualidade – 150h

MÓDULO ESPECÍFICO (375h)

UC 2
 Análise do Sistema de Medição – 120h
 Monitoramento do Produto e do Processo – 180h
 Documentos da Qualidade – 75h

MÓDULO FINAL (375h)


UC 3
 Melhoria Contínua de Produto, Processo e Sistema – 180h
 Gestão Pessoas – 75h
UC 1
 Auditoria de Produto, Processo e Sistema – 120h

TÉCNICO EM QUALIDADE
(1125h)

18
b) Matriz do Curso Técnico de Qualidade

Horária
Unidades curriculares5

Carga
Habilitação Profissional
Técnica de Nível Médio
Módulo Básico Módulo Específico Módulo Final

Melhoria Contínua de Produto, Processo e Sistema


Sistemas de Medidas e Representação Gráfica

Auditoria de Produto, Processo e Sistema


Monitoramento do Produto e do Processo
Análise do Sistema de Medição
Comunicação Oral e Escrita

Documentos da Qualidade
Princípios da Qualidade

Gestão de Pessoas
Carga Horária 75 150 150 120 180 75 180 75 120

Técnico em Qualidade 1125

5
Unidade curricular é a unidade pedagógica que compõe o currículo, constituída, numa visão interdisciplinar, por conjuntos coerentes e significativos de fundamentos técnicos e científicos ou capacidades técnicas, capacidades
sociais, organizativas e metodológicas, conhecimentos, habilidades e atitudes profissionais, independente em termos formativos e de avaliação durante o processo de aprendizagem.

19
c) Quadro de Organização Curricular
LEGISLAÇÃO

SEMESTRES CARGA
HORÁRIA
UNIDADES CURRICULARES TOTAL
1º 2º 3º (HORAS)

Comunicação Oral e Escrita 75 75

Sistemas de Medidas e Representação Gráfica 150 150


Resoluções CNE/CEB nº 6/12 e 3/08, alterada pela

Princípios da Qualidade 150 150


Resolução CNE/CEB nº4/12
Decreto Federal n 5154/04

Análise do Sistema de Medição 120 120


Lei Federal n 9394/96

Monitoramento do Produto e do Processo 180 180


o
o

Documentos da Qualidade 75 75

Melhoria Contínua de Produto, Processo e Sistema 180 180

Gestão Pessoas 75 75

Auditoria de Produto, Processo e Sistema 120 120

Carga Horária Semestral 375 375 375

Carga Horária Total 1125

20
d) Desenvolvimento Metodológico do Curso

O perfil profissional do Técnico em Qualidade foi definido de acordo com as competências


profissionais gerais indicadas no Eixo Tecnológico de Gestão e Negócios e na proposta
mínima para o Técnico em Qualidade, de acordo com a legislação vigente, qual seja, o
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio6. Vale ressaltar que para
estruturação e desenvolvimento deste curso foi utilizada a Metodologia SENAI de Educação
Profissional.

O norteador de toda ação pedagógica são as informações trazidas pelo mundo do trabalho,
em termos das competências requeridas pela área de Gestão, em particular o segmento da
Qualidade, numa visão atual e prospectiva, bem como o contexto de trabalho em que esse
profissional se insere, situando seu âmbito de atuação, tal como apontado pelo Comitê
Técnico Setorial.

A organização curricular é composta pela integração de três módulos – um básico, um


específico e um final, que serão desenvolvidos seqüencialmente. As unidades curriculares
que compõem cada módulo devem ser realizadas por meio de situações de aprendizagem
desafiadoras, considerando as propostas a seguir apresentadas para cada um dos módulos.

O Módulo Básico será desenvolvido em 375h (um semestre) e é composto pelas unidades
curriculares:

 Comunicação Oral e Escrita

 Sistemas de Medidas e Representação Gráfica

 Princípios da Qualidade

Intencionalmente, está estruturado para desenvolver as competências básicas (fundamentos


técnicos e científicos) e as competências de gestão (capacidades sociais, organizativas e
metodológicas) mais recorrentes e significativas que resultaram da análise de todas as
unidades de competência do perfil profissional. Dessa forma, assume caráter de pré-
requisito para o desenvolvimento do Módulo Específico e do Módulo Final, possibilitando o
prosseguimento de estudos.

A unidade curricular Comunicação Oral e Escrita visa desenvolver as competências


básicas e de gestão que envolvem os processos de comunicação necessários a realização
das atividades de auditoria, controle e melhoria contínua de processos, produtos e sistemas
de gestão. Desta forma, deve-se elaborar situações de aprendizagem que propiciem
práticas comunicativas que serão realizadas pelo Técnico em seu contexto real, abrangendo
textos orais e escritos. Para tanto, o docente deve promover a leitura, resumo e debates de

6
Parecer CNE/CEB nº 11 de 12/06/2008 e a Resolução CNE/CEB. nº 3 de 09/07/2008, atualizada pela Resolução CNE/CEB nº 4/12

21
textos de jornais, revistas, crônicas, procedimentos técnicos, leis e documentos da
qualidade. A utilização de editor de textos, a realização de pesquisa e a enfase no processo
comunicativo devem ser constantes no desenvolvimento desta unidade.

A unidade curricular Sistemas de Medidas e Representação Gráfica visa desenvolver as


competências básicas e de gestão referentes a desenho técnico e a sistemas de medição
intrísecos e necessárias a realização das atividades de auditoria, controle e melhoria de
produtos e processos. Desta forma as situações de aprendizagem devem ser
contextualizadas, permitir a interpretração de desenhos técnicos, a identificação das
propriedades e características dos produtos e materiais indicados nas representações
gráficas, bem como, propiciar a realização de medição de diversos produtos e processos por
meio da seleção de instrumentos e técnicas de medição, em função das características dos
produtos e natureza dos processos.

A unidade curricular Princípios da Qualidade visa desenvolver as competências básicas e


de gestão relacionadas às metodologias, ferramentas e princípios que compõem a Gestão
da Qualidade. Cabe destacar a ênfase na seleção e a utilização das ferramentas e
metodologias da qualidade para análise e solução de problemas que, em diversas
circunstâncias, envolvem a aplicação de cálculos estatísticos. Assim, deve-se estabelecer
situações de aprendizagem que permitam a mobilização de conhecimentos de estatísticas
levando em consideração a complexidade dos cálculos a serem realizados. Cabe destacar
que a estatística não deve ser dissociada das ferramentas e ou metodologias a qual se
refere. Sugere-se o emprego das funções estatísticas disponíveis nas planilhas eletrônicas
para a realização dos cálculos mais complexos. Cabe ao docente estabelecer contextos
reais ou simulados para o desenvolvimento desta unidade curricular, que levem sempre a
resultados esperados para o técnico na realização das atividades de auditoria, controle e
melhoria contínua. O conhecimento referente à administração organizacional e
planejamento fundamentam a realização das atividades de auditoria, controle e melhoria
contínua de processos, produtos e sistemas. Desta forma, devem ser desenvolvidos por
meio de situações de aprendizagem contextualizadas e desafiadoras que permitam
estabelecer relações entre os diversos modelos e estruturas organizacionais com as
respectivas culturas, estratégias e áreas funcionais relacionadas as atividades fins e de
apoio. Sugere-se empregar estudos de caso reais ou simulados que permitam a
comparação entre os diversos modelos e estruturas organizacionais estabelecidos para
diferentes portes de empresas (pequenas, médias e grandes) e como estas desdobram
suas políticas, missão e objetivos estratégicos que subsidiam a elaboração de planos a
curto, médio e longo prazos.

O Módulo Específico será desenvolvido em 375h, correspondendo ao segundo semestre


do curso. É composto pelas unidades curriculares:

22
 Análise do Sistema de Medição

 Monitoramento do Produto e do Processo

 Documentos da Qualidade

As unidades curriculares Análise do Sistema de Medição, Monitoramento do Produto e


do Processo e Documentos da Qualidade foram estabelecidas para desenvolver as
competências específicas (capacidades técnicas) e as competências de gestão
(capacidades sociais, organizativas e metodológicas) definidas a partir da análise das
competências profissionais estabelecidas na Unidade de Competência 2 – “Executar
atividades de controle de processos, produtos e sistemas de gestão da qualidade,
assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos”. O foco destas
unidades curriculares recaem sobre a elaboração de relatórios e documentos da qualidade,
bem como os controles dos documentos, monitoramento do processo de calibração de
equipamentos e o monitoramento do desempenho de processos. Desta forma, ao realizar o
planejamento do ensino, o docente deve considerar que:

Na unidade curricular Análise do Sistema de Medição o enfoque está no desenvolvimento


das competências específicas e de gestão necessárias para garantir a análise e gestão de
todo o sistema de medição, incluindo métodos, mão-de-obra, equipamentos, ambientes e
matéria-prima. Para a elaboração das situações de aprendizagem os docentes devem
considerar que o monitoramento está no contexto das atividades de controle de processos e
produtos. Deve considerar a possibilidade de realizar situações de aprendizagem com
interdisciplinaridade com a unidade curricular Monitoramento do Produto e do Processo,
sem perder de vista os seguintes referenciais que se espera do técnico no desempenho de
suas funções:

 a verificação da validade da calibração dos equipamentos

 a disponibilização dos equipamentos de acordo com os resultados dos laudos de


calibração e a sua aplicação

 a verificação da adequação do sistema de medição.

Na unidade curricular Monitoramento do Produto e do Processo o enfoque está no


desenvolvimento das competências específicas e de gestão necessárias ao monitoramento
do desempenho do processo e do produto e a elaboração dos relatórios de controle. Assim,
as situações de aprendizagem desafiadoras e contextualizadas devem possibilitar:

 A realização da coleta de dados, sua estratificação e a indicação de índices críticos


em função do controle e registros a serem realizados.

23
 O emprego de meios de controle estatístico do processo e a comunicação dos
resultados de desempenho em função da realização do monitoramento do
desempenho do processo.

Na unidade curricular Documentos da Qualidade o desenvolvimento de competências


específicas e de gestão devem permitir ao técnico, em situação de trabalho, garantir que os
documentos estejam sempre atualizados e disponíveis na empresa ou instituição em que
atuar. As situações de aprendizagem desafiadoras e contextualizadas devem possibilitar a
elaboração de documentos diversos, tais como, mapeamento de processos, procedimentos,
instruções de trabalho entre outros, bem como propiciar ações para o controle de
documentos, além de permitir práticas comunicativas orais e escritas.

O Módulo Final será desenvolvido em 375h, correspondendo ao terceiro semestre do


curso. É composto pelas unidades curriculares:

 Melhoria Contínua de Produto, Processo e Sistema

 Gestão de Pessoas

 Auditoria de Produto, Processo e Sistema

As unidades curriculares Melhoria Contínua de Produto, Processo e Sistema, Gestão de


Pessoas e Auditoria de Produto, Processo e Sistema foram estabelecidas para
desenvolverem as seguintes competências profissionais:

 Unidade de Competência 1 – Executar atividades de auditoria de processos,


produtos e sistemas de gestão da qualidade, assegurando a conformidade de acordo
com normas e procedimentos”;

 Unidade de Competência 3 – “Executar atividades de melhoria contínua de


processos, produtos e sistemas de gestão da qualidade, assegurando a
conformidade de acordo com normas e procedimentos”.

Para o desenvolvimento destas unidades observar:

Na unidade curricular Melhoria Contínua de Produto, Processo e Sistema o enfoque está


no desenvolvimento das competências específicas e de gestão que possibilitam ao
profissional diagnosticar oportunidades de melhorias, elaborar plano de ação e de
monitoramento, bem como, realizar estudo de viabilidade do plano de melhoria. Assim, as
situações de aprendizagem desafiadoras podem ser realizadas por meio de casos reais ou
simulados, que possibilitem a elaboração do planejamento, o desenvolvimento e o
monitoramento das ações de melhoria.

Na unidade curricular Gestão de Pessoas o enfoque está no desenvolvimento das


competências específicas e de gestão que permitam ao técnico conduzir equipes, tendo em

24
vista a busca do consenso do grupo de trabalho, a negociação de prazos e
responsabilidades, considerando possíveisão conflitos, entre outras ações que permitam a
execução das atividades de melhoria, tanto para processos, quanto para produtos e
sistemas de gestão. Sugere-se que as situações de aprendizagem sejam realizadas por
meio de dinâmicas de grupo, considerando o contexto de trabalho estabelecido no perfil
profissional.

A unidade curricular Auditoria de Produto, Processo e Sistema foi estabelecida para


desenvolver as competências profissionais relacionadas na Unidade de Competência 1 –
“Executar atividades de auditoria de processos, produtos e sistemas de gestão da
qualidade, assegurando a conformidade de acordo com normas e procedimentos”.
Esta unidade curricular deve ser realizada por meio de situações de aprendizagem
contextualizadas e desafiadoras, com base em casos reais e ou simulados, que possibilitem
o planejamento da auditoria a ser realizada, a verificação da conformidade do produto, do
processo e do sistema de gestão, bem como, a elaboração de relatórios de auditoria.

Cabe considerar que, de acordo com a legislação vigente, não há dissociação entre teoria e
prática. Dessa forma, “a prática se configura não como situações ou momentos distintos do
curso, mas como metodologia de ensino que contextualiza e põe em ação o aprendizado” 7.
Nesse sentido, os conteúdos teóricos e práticos serão ministrados, por meio de estratégias
diversificadas que facilitem sua apreensão, possibilitando ao aluno perceber a aplicabilidade
dos conceitos em situações reais, contextualizando os conhecimentos apreendidos.
Ademais, a equipe de docentes juntamente com a coordenação técnica e pedagógica
podem propor situações de aprendizagem integradoras que perpassem do módulo básico
ao módulo específico com complexidade tal, que permitam desenvolver o maior número
possível de competências básicas, específicas e de gestão.

Considerando-se a dinâmica do processo de ensino e de aprendizagem, deve-se considerar


que a prática pedagógica deve partir do princípio de que este processo é contínuo, e que
está sujeito a mudanças decorrentes de transformações que ocorrem segundo contextos
sociais e históricos, em que tanto alunos, quanto docentes estão inseridos.

O saber passa a ser construído e compartilhado. Implica em adoção de estratégias que


permitam o estabelecimento de relações dialógicas e reflexivas. Docente e aluno devem
atuar como parceiros em um processo vivo, dinâmico e em contínua transformação. Desta
forma, as estratégias pedagógicas devem privilegiar ação no sujeito que aprende, cabendo
ao docente o papel de orientação e mediação.

Alinhados a esse princípio, a avaliação deve ser pensada e desenvolvida como meio de
coleta de informações para a melhoria do ensino e da aprendizagem, tendo as funções de

7
Parecer CNE/CEB n.º11/12, aprovado em 09/05/2012.

25
orientação, apoio, assessoria e nunca de punição ou simples decisão final a respeito do
desempenho do aluno.

O processo de avaliação deverá, necessariamente, especificar claramente o que será


avaliado, utilizar as estratégias e instrumentos mais adequados, possibilitar a auto-avaliação
por parte do aluno, estimulá-lo a progredir e a buscar sempre a melhoria de seu
desempenho, em consonância com as competências explicitadas no perfil profissional de
conclusão do curso. Enfim, as ações avaliativas devem pautar-se de acordo com a ótica da
formação, sempre a serviço do processo de aprendizagem.

26
e) Ementa de Conteúdos Formativos

Considerando a metodologia de formação para o desenvolvimento de competências, a


ementa de conteúdos formativos apresenta, para o desenvolvimento de cada unidade
curricular, os fundamentos técnicos e científicos ou as capacidades técnicas, as
capacidades sociais, organizativas e metodológicas e os conhecimentos a estes
relacionados.

MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA: 75 horas
Objetivo geral: Comunicação Oral e Escrita tem como objetivo a aquisição de
fundamentos técnicos e científicos relacionados à interpretação e elaboração de textos,
com ênfase no referencial da linguagem, tendo em vista sua aplicação nas atividades de
auditoria, controle e melhoria contínua de processos, produtos e sistemas, bem como as
capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diversas situações
profissionais.
Competências Básicas e de Gestão (gerais)
Fundamentos Técnicos e Científicos Conhecimentos
1. Interpretar textos técnicos (11)8 1. Comunicação
2. Pesquisar em diversas fontes, inclusive 1.1. Processo
em meio eletrônico (3)
1.1.1. Emissor
3. Comunicar-se oralmente e por escrito,
1.1.2. Receptor
inclusive em meio eletrônico (23)
1.1.3. Referente
4. Elaborar apresentações, inclusive em
meio eletrônico (3) 1.1.4. Mensagem
5. Elaborar atas de reuniões 1.1.5. Canal
6. Elaborar procedimentos 1.1.6. Código
7. Elaborar questionários 1.1.7. Feedback
8. Elaborar relatórios técnicos (5) 1.2. Níveis de fala
9. Elaborar textos (8) 1.2.1. Gíria
10. Dar e receber feedback (20) 1.2.2. Linguagem coloquial
1.2.3. Língua padrão
Capacidades Sociais, Organizativas e 2. Técnica de intelecção de texto
Metodológicas 2.1. Análise textual
1. Demonstrar capacidade de análise critica 2.1.1. Visão global do texto
(36)
2.1.2. Levantamento dos conceitos
2. Demonstrar organização com as e dos termos fundamentais
informações (39)
2.1.3. Identificação de ideias
3. Demonstrar assertividade na principais e secundárias do
comunicação (27)

8
O número entre parênteses indica a recorrência do fundamento técnico e científico e ou da capacidade técnica, social,
organizativa e metodológica, quando da análise das unidades de competência do perfil profissional, apontando, assim, sua
maior ou menor relevância no contexto profissional e, por consequência, do curso.

27
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA: 75 horas
4. Demonstrar iniciativa (21) parágrafo
5. Ter raciocínio lógico (36) 2.1.4. Identificação das inter-
relações textuais
6. Ter visão sistêmica (31)
2.1.5. Identificação de introdução,
7. Trabalhar em equipe (45)
desenvolvimento e conclusão
2.2. Análise temática
2.2.1. Depreensão do assunto
2.2.2. Depreensão do tema
2.2.3. Depreensão da mensagem
2.2.4. Resumo do texto
2.3. Análise interpretativa
2.3.1. Coerência interna
2.3.2. Profundidade no tratamento
do tema
2.3.3. Argumentação e contra-
argumentação
2.3.4. Elaboração de texto crítico
3. Técnicas de elaboração de textos
3.1. Estrutura interna do parágrafo
3.1.1. Tópico frasal
3.1.2. Ideias secundárias
3.2. Unidade interna do parágrafo
3.2.1. Sequência de ideias
3.2.2. Coerência
3.2.3. Concisão
3.3. Tipos de parágrafo
3.3.1. Narrativo
3.3.2. Descritivo
3.3.3. Dissertativo
3.4. Descrição de
3.4.1. Objeto
3.4.2. Processo
3.4.3. Ambiente
3.5. Dissertação
3.5.1. Introdução
3.5.2. Desenvolvimento
3.5.3. Conclusão

28
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA: 75 horas
3.6. Relatório
3.6.1. Atividade
3.6.2. Ocorrência
3.6.3. Estudos
3.6.4. Pesquisa
3.6.5. Auditoria
3.7. Documentos
3.7.1. Ata de reunião
3.7.2. Procedimentos
4. Editor de texto
4.1. Características
4.2. Manipulação de arquivos
4.3. Digitação de textos
4.4. Formatação de textos
4.5. Inserção de imagens
4.6. Edição de textos
4.7. Ortografia
4.8. Tabelas
4.9. Impressão
5. Editor de apresentação
5.1. Características
5.2. Leiaute
5.3. Estrutura
5.4. Digitação de textos
5.5. Inserção de imagens
5.6. Efeitos
5.7. Links
5.8. Exibição
5.9. Impressão
6. Técnicas de apresentação
6.1. Planejamento
6.1.1. Recursos audiovisuais
6.1.2. Caracterização dos
participantes
6.1.3. Linguagem
6.1.4. Estratégias

29
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA: 75 horas

7. Rede mundial de computadores


7.1. Navegadores
7.2. Portais de busca
7.3. Pesquisa avançada
7.4. Vírus de computador
8. Pesquisa
8.1. Definição
8.2. Fontes
8.2.1. Mídia impressa
8.2.2. Mídia eletrônica
8.3. Delimitação de temas
8.4. Resumo de texto

Ambiente Pedagógico
 Sala de aula
 Laboratório de Informática

Referências Básicas
 GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna: Aprenda a escrever,
aprendendo a pensar. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Comunicação oral e escrita.
São Paulo: Editora Senai-SP, 2015. 108 p.

Referências Complementares
 HOUAISS, Antonio. Novo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo:
Objetiva, 2010.
 DEMAI, Fernanda Mello. Português instrumental. São Paulo: Érica/Saraiva, 2014. 136
p.
 BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 23. Ed. São Paulo: Contexto,
2016. 128 p.

30
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
SISTEMAS DE MEDIDAS E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: 150 horas
Competências Básicas e de Gestão (gerais)
Objetivo geral: Sistemas de medidas e representação gráfica tem como objetivo a
aquisição de fundamentos técnicos e científicos referentes a interpretação de desenho
técnico e a utilização de sistemas de medição necessários as atividades de auditoria,
controle e melhoria de produtos e processos, bem como as capacidades sociais,
organizativas e metodológicas adequadas a diversas situações profissionais.
Fundamentos Técnicos e Científicos Conhecimentos
1. Comparar dados de medições (2) 1. Desenho Técnico
2. Identificar boas práticas de utilização dos 1.1 Definições
instrumentos de medição
1.2 Formatos e dimensões das folhas
3. Interpretar desenho técnico (9)
1.3 Escalas e linhas
4. Interpretar sistemas de medição
1.4 Perspectivas
5. Identificar características dos produtos e
1.5 Projeção ortogonal
materiais (ex. diâmetros, viscosidade,
comprimentos, durezas) (2) 1.5.1 Vistas
6. Manusear instrumentos de medição (5) 1.5.2 Supressão de vistas
7. Aplicar técnicas de medição 1.6 Cotagem
8. Selecionar os instrumentos de medição de 1.6.1 Vista única
acordo com a sua aplicação (6) 1.6.2 Face de referência
9. Transformar unidades de medidas (5) 1.6.3 Eixo de simetria
1.6.4 Elementos padronizados
Capacidades Sociais, Organizativas e 1.7 Cortes
Metodológicas
1.7.1 Total
1. Demonstrar capacidade de análise critica
(36) 1.7.2 Meio corte
2. Demonstrar organização com as 1.7.3 Parcial
informações (39) 1.7.4 Secção
3. Demonstrar iniciativa (21) 1.7.5 Hachuras
4. Demonstrar raciocínio lógico (36) 1.7.6 Omissão de corte
5. Demonstrar visão sistêmica (31) 1.8 Desenho de conjuntos
6. Trabalhar em equipe (45) 1.8.1 Características
1.8.2 Cotagem funcional
1.8.3 Elementos de máquinas
padronizadas
1.9 Acabamento superficial
1.9.1 Rugosidade
1.9.2 Dureza
1.9.3 Simbologia

31
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
SISTEMAS DE MEDIDAS E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: 150 horas
2. Materiais
2.1 Tipos
2.1.1 Metais
2.1.2 Polímeros
2.1.3 Cerâmicos
2.1.4 Compósitos
2.2 Propriedades
2.2.1 Dureza
2.2.2 Viscosidade
2.2.3 Rugosidade
2.2.4 Acidez e alcalinidade
2.3 Ensaios Destrutivos
2.3.1 Tração
2.3.2 Compressão
2.3.3 Torção
2.3.4 Flambagem
2.3.5 Flexão
2.3.6 Impacto
2.4 Ensaios Não Destrutivos
2.4.1 Líquido Penetrante
2.4.2 Partículas magnéticas
2.4.3 Raio X
2.4.4 Ultrassom
3. Metrologia
3.1 Definição
3.2 Unidades de Medidas
3.2.1 Linear
3.2.2 Superfície
3.2.3 Volume
3.2.4 Massa
3.2.5 Angular
3.2.6 Temperatura
3.3 Sistemas de Medição
3.3.1 Variável (direto)
3.3.2 Atributo (indireto)

32
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
SISTEMAS DE MEDIDAS E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: 150 horas
3.4 Instrumentos e equipamentos
3.4.1 Régua Graduada
3.4.2 Paquímetro
3.4.3 Micrômetro
3.4.4 Viscosímetro
3.4.5 pHmetro
3.4.6 Termômetro
3.4.7 Goniômetro
3.4.8 Durômetro
3.4.9 Relógio Comparador
3.4.10 Rugosímetro
3.4.11 Calibradores
3.4.12 Régua e Mesa de Seno
3.4.13 Projetor de Perfil
3.4.14 Máquina Tridimensional
3.4.15 Torquímetro
3.4.16 Súbito
3.4.17 Máquina de tração
3.4.18 Apalpador
3.4.19 Medidor de Roscas
3.4.20 Traçador de Altura
3.5 Técnicas de medição
3.6 Tolerância dimensional
3.6.1 Forma
3.6.2 Posição
3.7 Controle dimensional
3.7.1 Definição
3.7.2 Processo de medição

Referências básicas
 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Medidas e Representação
Gráfica. São Paulo: Editora Senai-SP, 2015. 384 p.
 CRUZ, Eduardo Alves Cesar. Desenho técnico: Medidas e Representação Gráfica.
São Paulo: Érica/Saraiva, 2014. 168 p.

Referências complementares

33
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
SISTEMAS DE MEDIDAS E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: 150 horas

 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Calibração de Instrumentos de


Medição. São Paulo: Editora Senai-SP, 2012. 144 p.
 SILVA NETO, João Cirilo. Metrologia e Controle Dimensional. Rio de Janeiro: Elsevier,
2016. 239 p.
 Novo Telecurso: Profissionalizante de Mecânica: Metrologia. Rio de Janeiro: Fundação
Roberto Marinho, 2009. 249 p.

34
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE: 150 horas
Objetivo geral: Princípios da Qualidade tem como objetivo a aquisição de fundamentos
técnicos e científicos referentes a metodologias, ferramentas e princípios da qualidade
com foco na solução de problemas, bem como as capacidades sociais, organizativas e
metodológicas adequadas a diversas situações profissionais.
Competências Básicas e de Gestão (gerais)
Fundamentos Técnicos e Científicos Conhecimentos

1. Identificar as etapas de planejamento (3) 1. Administração organizacional


2. Identificar os indicadores organizacionais 1.1. Cultura organizacional
(2)
1.2. Modelos e estruturas
3. Identificar a estrutura organizacional (2) organizacionais
4. Identificar a inter-relação entre setores e 1.2.1. Formal
processos na empresa (5)
1.2.2. Informal
5. Aplicar cálculos estatísticos (média,
1.3. Áreas funcionais da organização
mediana, moda, amplitude, desvio
padrão) (5) 1.4. Processo de administração
6. Efetuar avaliações amostrais utilizando 2. Planejamento
cálculos estatísticos, inclusive em meio 2.1. Tipos
eletrônico (3)
2.1.1. Operacional
7. Comparar dados estatísticos (3)
2.1.2. Tático
8. Elaborar planilhas e gráficos (14)
2.1.3. Estratégico
9. Efetuar cálculos matemáticos aplicados a
qualidade (custos), inclusive em meio 2.2. Indicadores
eletrônico 2.2.1. Objetivos
10. Identificar ferramentas e metodologias 2.2.2. Metas
para análise e solução de problemas
2.3. Etapas
11. Identificar metodologias para
padronização de melhorias 2.4. Análise estratégica do ambiente
organizacional
12. Identificar os fundamentos e requisitos
dos sistemas de gestão integradas 2.5. Implementação e controle
13. Identificar os princípios da qualidade 3. Cálculos estatísticos
aplicados à produção 3.1. Operações
14. Utilizar as ferramentas e metodologias 3.1.1. Soma
da qualidade (6)
3.1.2. Subtração
3.1.3. Multiplicação
Capacidades Sociais, Organizativas e
Metodológicas 3.1.4. Divisão
1. Demonstrar capacidade de análise critica 3.1.5. Porcentagem
(36) 3.1.6. Regra de três
2. Demonstrar organização com as 3.2. Funções estatísticas

35
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE: 150 horas
informações (39) 3.2.1. Média
3. Ter assertividade na comunicação (27) 3.2.2. Mediana
4. Ter iniciativa (21) 3.2.3. Moda
5. Ter raciocínio lógico (36) 3.2.4. Desvio padrão
6. Ter visão sistêmica (31) 3.2.5. Amplitude
7. Trabalhar em equipe (45) 3.3. Gráficos
3.4. Planilha eletrônica
4. Qualidade, Saúde, Segurança, Meio
Ambiente e Responsabilidade Social
4.1. Definição
4.2. Histórico
5. Norma de sistemas de gestão
integradas
5.1. Princípios de Gestão
5.2. Contexto da Organização
5.3. Liderança
5.4. Planejamento
5.5. Apoio
5.6. Operação
5.7. Avaliação de Desempenho
5.8. Melhoria
6. Ferramentas e metodologias da
Qualidade
6.1. Folha de verificação
6.2. Diagrama de Pareto
6.3. Diagrama de causa e efeito
6.4. Diagrama de Dispersão
6.5. Histograma
6.6. Fluxograma
6.7. Brainstorming
6.8. 5W2H
6.9. PDCA / SDCA
6.10. Análise dos 5 porquês
6.11. Análise de campos de força
6.12. Matriz de priorização - GUT
6.13. Estratificação

36
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE: 150 horas
6.14. Housekeeping
6.15. Métodos de analise e solução de
problemas – MASP / 8 Disciplinas
6.16. Matriz SWOT
7. Custos da não qualidade
7.1. Definição
7.2. Histórico de custos da qualidade
7.3. As grandes perdas
7.4. Custos x benefícios
7.5. Objetivos dos custos da qualidade
7.6. Relação com as normas da
qualidade
7.7. Comparativo entre Concorrentes
7.8. Retorno de investimentos na
qualidade;
8. Técnicas e ferramentas do sistema de
produção enxuta
8.1. Definição
8.2. Processos Produtivos
8.2.1. Puxada
8.2.2. Empurrada
8.3. Ambiente de Produção
8.3.1. Estoque
8.3.2. Ordem
8.3.3. Projeto
8.4. Tipos de desperdícios
8.4.1. Processamento
8.4.2. Inspeção
8.4.3. Transporte
8.4.4. Armazenagem
8.4.5. Estoque entre processos
8.4.6. Estoque por tamanho de lote
8.4.7. Preparação
8.4.8. Operação principal
8.5. Pilares do sistema
8.5.1. Just in Time – JIT

37
MÓDULO BÁSICO
UNIDADE CURRICULAR
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE: 150 horas
8.5.2. Autonomação

Referências básicas
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000, Sistemas de
Gestão da Qualidade- Fundamentos e Vocabulário. Rio de Janeiro, 2015.
 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Fundamentos da Qualidade.
São Paulo: Editora Senai-SP, 2016. 280 p.
Referências complementares
 LOBO, Renato Nogueirol. Gestão da qualidade. São Paulo: Érica, 2014. 190 p.
 ROMBOLI, Guilherme. PUCCI, Márcio. ISO 9001:2015 Interpretação e Orientação
para o Uso Eficaz da Norma. São Paulo: Editora Senai-SP, 2018. 144 p.
 SZABÓ JÚNIOR, Adalberto Mohai. Qualidade Total. Curitiba: Juruá, 2013. 114 p.

38
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
ANÁLISE DO SISTEMA DE MEDIÇÃO: 120 horas
Competências Específicas e de Gestão
Objetivo geral: Análise do Sistema de Medição tem como objetivo a aquisição de
capacidades técnicas referentes a realização de análise e identificação das fontes de
variação do sistema, assegurando a confiabilidade dos resultados das medições, bem
como as capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diversas
situações profissionais.
Capacidades Técnicas Conhecimentos
1. Identificar o vocabulário internacional de 1. Metrologia
metrologia (VIM)
1.1 Vocabulário Internacional de
2. Conferir a comprovação metrológica dos Metrologia
equipamentos (medidas lineares e
1.2 Importância das medidas lineares
angulares)
1.3 Importância das medidas angulares
3. Elaborar lista de equipamentos sujeitos a
comprovação metrológica que 1.4 Confiabilidade metrológica
influenciam na qualidade do produto 2. Sistemas de medição
(baixa de equipamentos, novas
aquisições e revisão da frequência de 2.1 Tipos
calibração) 2.1.1 Variáveis
4. Monitorar a periodicidade da calibração 2.1.2 Atributos
dos equipamentos
2.2 Capacidade
5. Encaminhar os equipamentos para
comprovação metrológica e ajustes 2.3 Resolução
6. Analisar os resultados dos laudos da 2.4 Incerteza de medição
calibração dos equipamentos 2.5 Erro sistemático
7. Dispor o equipamento de acordo com o 2.6 Erro aleatório
resultado da comprovação metrológica e
critérios de aceitação 3. Comprovação Metrológica
8. Proteger o equipamento contra ajustes 3.1 Laudos de verificação e de
que invalidariam os resultados das calibração de instrumentos
medições 3.2 Diretrizes do sistema de medição
9. Realizar estudo de tendência por variáveis e atributos
10. Realizar estudo de estabilidade 3.3 Procedimentos de proteção e
acondicionamento de equipamentos
11. Realizar estudo de linearidade
3.4 Critério de aceitação
12. Realizar estudo de repetibilidade
3.5 Curva de desempenho de dispositivo
13. Realizar estudo de reprodutibilidade de medição
14. Compilar os dados dos estudos da 4. Procedimentos para realização e
análise do sistema de medição por meio analise do sistema de medição
de software especifico e planilhas
eletrônicas 4.1 Tendência
4.2 Estabilidade
Capacidades Sociais, Organizativas e 4.3 Linearidade
Metodológicas 4.4 Repetibilidade
1. Demonstrar capacidade de análise critica

39
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
ANÁLISE DO SISTEMA DE MEDIÇÃO: 120 horas
Competências Específicas e de Gestão
Objetivo geral: Análise do Sistema de Medição tem como objetivo a aquisição de
capacidades técnicas referentes a realização de análise e identificação das fontes de
variação do sistema, assegurando a confiabilidade dos resultados das medições, bem
como as capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diversas
situações profissionais.
(9) 4.5 Reprodutibilidade
2. Demonstrar organização com as
informações (11)
3. Demonstrar iniciativa (7)
4. Demonstrar atenção aos detalhes
5. Demonstrar raciocínio lógico (9)
6. Demonstrar visão sistêmica (4)
7. Trabalhar em equipe (8)

Referências básicas
 SENAI. Metrologia. São Paulo: Editora SENAI-SP, 2015.
 INSTITUTO DE QUALIDADE AUTOMOTIVA. MSA- Análise de Sistemas de Medição.
São Paulo. IQA- Instituto de Qualidade Automotiva, 2010

Referências complementares
 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Confiabilidade Metrológica.
São Paulo: Editora Senai-SP, 2016. 176 p.
 ALBERTAZZI e SOUSA. Fundamentos da Metrologia Científica e Industrial. São
Paulo: Editora Manole Brasil, 2018.
 AIAG. MSA - Análise do Sistema de Medição. São Paulo: IQA, 2010.
 ABACKERLI, Álvaro. Metrologia para Qualidade. Rio de Janeiro: Editora Campus,
2015. 160 p.

40
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
MONITORAMENTO DO PRODUTO E DO PROCESSO: 180 horas
Objetivo geral: Monitoramento do Produto e do Processo tem como objetivo a
aquisição de capacidades técnicas referentes ao monitoramento do desempenho do
processo e do produto com o uso de ferramentas da qualidade e técnicas estatísticas
necessárias para a identificação de variabilidade e modos de falhas, bem como as
capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diversas situações
profissionais.
Competências Específicas e de Gestão
Capacidades Técnicas Conhecimentos
1. Elaborar plano de coleta de dados 1. Controle estatístico do processo
2. Coletar os dados de acordo com o plano 1.1. Histórico
de coleta
1.2. Definição
3. Definir os objetivos da estratificação de
2. Variabilidade
dados
2.1. Definição
4. Classificar os dados em categorias
2.2. Causas comuns de variação
5. Comparar os dados estratificados com as
metas estabelecidas 2.3. Causas especiais de variação
6. Documentar a estratificação dos dados 3. Histograma
por meio de textos, gráficos e tabelas 3.1. Definição
com a indicação dos itens críticos
3.2. Construção
7. Elaborar cartas de controle (variáveis e
atributos) com os dados oriundos do 3.3. Medidas de centralização e
processo dispersão
8. Identificar as características dos produtos 3.3.1. Média
e processos e seus pontos de controle 3.3.2. Mediana
9. Monitorar a eficácia do produto e 3.3.3. Amplitude
processo
3.3.4. Desvio padrão
10. Identificar possíveis desvios no processo
com base nos resultados do 4. Polígono de frequência
monitoramento 4.1. Definição
11. Propor ajustes no processo de acordo 4.2. Construção
com os desvios detectados
5. Distribuição normal
12. Gerar relatório com os resultados do
monitoramento do produto e processo 5.1. Origem da curva normal
13. Interpretar cartas de controle de produto 5.2. Medidas de centralização e
e processo dispersão
14. Calcular as capacidades do processo e 5.3. Características da curva normal
da máquina 5.4. Propriedades da curva normal: áreas
15. Interpretar curva de distribuição normal e médias
para identificar produtos não conformes 6. Cartas de controle
16. Realizar a gestão do planejamento 6.1. Definição
avançado da qualidade (APQP)
6.2. Estabilidade do processo
6.3. Diário de bordo

41
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
MONITORAMENTO DO PRODUTO E DO PROCESSO: 180 horas
Capacidades Sociais, Organizativas e 7. Cartas de controle para variáveis
Metodológicas
7.1. Construção com valores médios
1. Demonstrar capacidade de análise critica
7.2. Plano de coleta de dados
(9)
7.3. Definição do tamanho da amostra
2. Demonstrar organização com as
informações (11) 7.4. Formas de coleta de amostra
3. Demonstrar iniciativa (7) 7.5. Frequência de retirada das amostras
4. Demonstrar raciocínio lógico (9) 7.6. Tipos de carta de controle para
variáveis
5. Demonstrar visão sistêmica (4)
7.7. Construção e interpretação da carta
6. Trabalhar em equipe (8)
de média e de amplitude
7. Demonstrar rigor técnico
7.8. Análise da estabilidade do processo
8. Estudos de capacidade do processo
8.1. Definição
8.2. Preenchimento do papel normal
8.3. Cálculo de capacidade do processo
8.4. Índice de Capacidade Potencial do
Processo – Cp
8.5. Índice de Capacidade Real do
Processo – Cpk
8.6. Determinação da porcentagem de
itens fora da especificação
9. Estudos da capacidade potencial da
máquina
9.1. Definição
9.2. Cuidados que antecedem o
demonstrativo da capacidade
9.3. Procedimento operacional
9.4. Cálculo de Capacidade de Máquina
Real e Potencial – Cm e Cmk
9.5. Classificação final da Máquina
10. Estudo da capacidade potencial do
processo
10.1. Definição
10.2. Procedimento operacional
10.3. Cálculo da Capacidade Potencial
do Processo – Pp e Ppk
10.4. Limitações do procedimento
11. Cartas de controle para atributos
11.1. Definição

42
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
MONITORAMENTO DO PRODUTO E DO PROCESSO: 180 horas
11.2. Tipos
11.3. Construção das Cartas de
Atributos
11.3.1. “np”
11.3.2. “p”
11.3.3. “c”
11.3.4. “u”
12. Monitoramento da eficácia do
processo por meio de pré-controle:
Gráfico do Farol
12.1. Definição
12.2. Cálculo dos Limites e Zonas
12.3. Etapas de Construção
12.4. Critérios para ajustes no processo
12.5. Recálculo das frequências de
coletas das amostras
12.6. Limitações de uso do Pré Controle
12.7. Significado Estatístico do Pré
Controle
13. Monitoramento do desempenho do
produto por meio de inspeção
13.1. Definição
13.2. Critérios
13.3. Satisfação de clientes
13.4. Atendimento as características
especificadas para o produto e
serviço
13.5. Procedimentos
13.5.1. Inspeção 100%
13.5.2. Inspeção amostral
13.5.3. Inspeção de recebimento
13.5.4. Inspeção de expedição
13.6. Autocontrole
13.6.1. Definição
13.6.2. Procedimentos de
execução
14. APQP – Planejamento Avançado da
Qualidade, do Produto e Plano de
Controle

43
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
MONITORAMENTO DO PRODUTO E DO PROCESSO: 180 horas
14.1. Definição
14.2. Aplicação
14.3. Fases
14.3.1. Planejamento e definição
do programa
14.3.2. Verificação do projeto e
desenvolvimento do
produto (DFMEA)
14.3.3. Verificação do projeto e
desenvolvimento do
processo (PFMEA)
14.3.4. Análise Retroalimentação e
Melhorias
14.3.5. Plano de controle
14.3.6. Validação de produto e
processo – Processo de
Aprovação de Peças de
Produção – PPAP

Referências básicas
 CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e Operações -
Manufatura e Serviços: Uma Abordagem Estratégica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
 MONTGOMERY, Douglas C.. Introdução ao Controle Estatístico da Qualidade. Rio
de Janeiro, LTC, 2013.
 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Gerenciamento de Processos
Produtivos Através de Abordagem Sistêmica. São Paulo: Editora Senai-SP, 2014.
128 p.

Referências complementares
 SENAI-SP. Controle de Qualidade Industrial. São Paulo: Editora SENAI-SP, 2015.
 POSSARLE, Roberto. Análise dos Modos de Falha e Seus Efeitos (FMEA). São
Paulo: Editora SENAI-SP, 2017.
 VIEIRA, Sonia – Estatística para a Qualidade. Rio de Janeiro, Elsevier, 2012.
 BERSSANETI, Fernando Tobal. BOUER, Gregório. Qualidade: Conceitos e
Aplicações em Produtos, Projetos e Processos. São Paulo: Blucher, 2015. 189 p.

44
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
DOCUMENTOS DA QUALIDADE: 75 horas
Objetivo geral: Documentos da Qualidade tem como objetivo a aquisição de
capacidades técnicas referentes elaboração, identificação e controle das informações
documentadas do sistema de gestão da qualidade, bem como as capacidades sociais,
organizativas e metodológicas adequadas a diversas situações profissionais.
Competências Específicas e de Gestão
Capacidades Técnicas Conhecimentos
1. Definir método para controle dos 1. Informações Documentadas
documentos
1.1 Histórico
2. Elaborar mapeamento de processo
1.2 Definição
3. Elaborar procedimentos da qualidade
1.3 Formato da documentação
4. Elaborar instruções de trabalho
1.4 Identificação,
5. Padronizar documentos da qualidade
1.5 Análise Crítica e aprovação da
conforme normas regulamentadoras
documentação
6. Elaborar procedimentos para aprovação
1.6 Atualização
dos documentos
1.7 Política e Objetivos da Qualidade
7. Controlar versões de documentos em
meio físico e informatizado 1.8 Escopo do Sistema de Gestão da
Qualidade;
8. Informar as partes interessadas sobre as
novas versões dos documentos 1.9 Interação entre processos
9. Garantir que as novas versões de 1.10 Procedimentos;
documentos estejam disponíveis nos 1.11 Instruções de trabalho
locais de uso (meio físico ou eletrônico)
2. Controle de Informação
10. Identificar as versões dos documentos Documentada
para evitar uso não intencional
2.1 Distribuição
2.2 Acesso
Capacidades Sociais, Organizativas e
Metodológicas 2.3 Recuperação
1. Demonstrar capacidade de análise critica 2.4 Uso
(9) 2.5 Armazenamento,
2. Demonstrar organização com as 2.6 Preservação
informações (11)
2.7 Controle das alterações
3. Demonstrar assertividade na
comunicação (8) 2.8 Retenção,
4. Demonstrar iniciativa (7) 2.9 Disposição.
5. Demonstrar raciocínio lógico (9) 2.10 Proteção (segurança)
6. Demonstrar visão sistêmica (4)
7. Trabalhar em equipe (8)

45
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
DOCUMENTOS DA QUALIDADE: 75 horas
Referências básicas
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO/TR 10013: Diretrizes para
a documentação de sistema de gestão da qualidade. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
 RODRIGUES, Marcos Vinicios. Ações para a qualidade: Gestão Estratégica e
Integrada para a Melhoria dos Processos na Busca da Qualidade e
Competividade. 5. Ed. Rio de Janeiro

Referências complementares
 SENAI. Leitura e Interpretação da NBR ISO 9001:2015 - Fundamentos. São Paulo:
Editora SENAI-SP, 2017.
 SENAI. Leitura e Interpretação da NBR ISO 14001:2015 – Fundamentos. São Paulo:
Editora SENAI-SP, 2017.
 CARPINETTI, Luiz Cesar Ribeiro; GEROLAMO, Mateus Cecílio. Gestão da Qualidade
ISO 9001:2015. Requisitos e Integração com a ISO 14001:2015. São Paulo: Atlas,
2016.
 MELO, Carlos Henrique Pereira – ISO 9001:2008 – Sistema de Gestão da Qualidade
para Operações de Produção e Serviços. São Paulo, Editora Atlas S.A., 2009

46
MÓDULO FINAL
UNIDADE CURRICULAR
MELHORIA CONTÍNUA DE PRODUTO, PROCESSO E SISTEMA: 180 horas
Objetivo geral: Melhoria Contínua de Produto, Processo e Sistema tem como objetivo
a aquisição de capacidades técnicas referentes ao diagnóstico das oportunidades de
ações de melhoria, utilizando metodologias da qualidade, para aumentar a eficiência e
eficácia dos produtos, processos e sistemas, bem como as capacidades sociais,
organizativas e metodológicas adequadas a diversas situações profissionais.
Competências Específicas e de Gestão
Capacidades Técnicas Conhecimentos
1. Estratificar indicadores de desempenho 1. Diagnósticos de ações de melhoria
2. Selecionar as ferramentas ou 1.1. Tipos de melhoria
metodologias para a solução do
1.1.1. Melhoramento revolucionário
problema
1.1.2. Melhoramento contínuo
3. Identificar falhas ou modos de falhas no
sistema 1.1.3. Tipos de desperdícios
4. Comparar tecnologias utilizadas nos 1.2. Tipos de falhas
diferentes processos existentes em 1.2.1. Falhas como uma
empresas oportunidade
5. Elaborar plano de ação, considerando as 1.2.2. Medição de falhas
partes interessadas e as áreas
envolvidas 1.2.3. Mecanismos para detectar
falhas – Poka Yoke
6. Avaliar leiaute para identificação de
desperdícios 1.3. SWOT - forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças
7. Elaborar plano de investimentos
1.4. Benchmarking
8. Elaborar planilha de custos
2. Ferramentas e metodologias para
9. Verificar viabilidade do plano de melhoria melhorias
10. Elaborar cronograma de atividades, 2.1. Mapa Mental
inclusive com uso de softwares
específicos. 2.2. Kaizen,
11. Aplicar técnicas e procedimentos 2.3. MASP
específicos da empresa na implantação 2.4. PDCA
do plano de ação
2.5. DMAIC (6 Sigmas)
12. Simular a implantação do plano de ação
para verificação da sua eficácia 3. Etapas para realização de melhorias
13. Efetivar a padronização das mudanças 3.1. Análise das partes interessadas
nos documentos (procedimentos, (stakeholders)
instruções de trabalho, plantas etc) 3.2. Etapas de realização
14. Implementar a padronização das 3.3. Sequencialização das ações
melhorias por extensão nos documentos
relacionados aos processos, produtos e 3.4. Matriz de prioridades
sistemas similares 3.5. Definição de prazos
3.6. Definição de entregas
Capacidades Sociais, Organizativas e 3.7. Matriz de responsabilidades
Metodológicas
3.8. Análise do caminho crítico - PERT -
1. Demonstrar capacidade de análise critica

47
MÓDULO FINAL
UNIDADE CURRICULAR
MELHORIA CONTÍNUA DE PRODUTO, PROCESSO E SISTEMA: 180 horas
(10) CPM
2. Demonstrar organização com as 3.9. Aplicativos para planejamento e
informações (10) monitoramento
3. Ter assertividade na comunicação (10) 3.9.1. Cronogramas, datas, prazos,
caminho crítico,
4. Demonstrar iniciativa (9)
responsabilidades
5. Demonstrar raciocínio lógico (10)
3.9.2. Organização de mapas
6. Demonstrar visão sistêmica (11) mentais
7. Trabalhar em equipe (10) 4. Documentação das ações de melhoria
4.1. Plano de ação
4.2. Planilhas de custos
5. Indicadores de Desempenho
5.1. Definição de Indicadores
5.2. Interpretação de Indicadores
5.2.1. Produtividade
5.2.2. Eficiência
5.2.3. Qualidade
6. Plano Logístico
6.1. Definição de Rota
6.1.1. VSM – Value Stream Map
6.1.2. Diagrama espaguete
6.2. Custos com deslocamento
6.2.1. Movimentação interna
6.2.2. Serviços externos
6.3. Custos com hospedagem
6.3.1. Estoque
6.3.2. Assistência ao cliente
6.4. Estudo financeiro
6.4.1. Mão de obra
6.4.2. Materiais
6.4.3. Horas do processo
6.4.4. Maquinas, equipamentos e
infraestrutura
6.4.5. Contratação de serviços

48
Referências básicas
 WERKEMA, Cristina. Métodos PDCA e DMAIC e suas ferramentas analíticas. Rio de
Janeiro: Editora Elsevier Brasil, 2013.
 WERKEMA, Cristina. Criando a Cultura Lean Seis Sigma. Rio de Janeiro. Elsevier,
2012

Referências complementares
 SENAI. Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) – Fundamentos. São
Paulo. Editora SENAI-SP, 2017.
 ROCHA, Alexandre Varanda. Gestão da Qualidade e Processos. Rio de Janeiro.
Editora FGV, 2012.
 SMALLEY Art; SOBEK II, Durward K. Entendendo o pensamento A3: Um
componente crítico do PDCA da Toyota. Porto Alegre. Bookman, 2010
 Jr, João Batista de Azevedo. Fundamentos da Qualidade. São Paulo. Editora SENAI,
2016

49
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
GESTÃO DE PESSOAS: 75 horas
Objetivo geral: Gestão de Pessoas tem como objetivo a aquisição de capacidades
técnicas referentes a condução de equipes, buscando o consenso dos envolvidos, a
negociação de prazos e responsabilidades, bem como as capacidades sociais,
organizativas e metodológicas adequadas a diversas situações profissionais.
Competências Específicas e de Gestão
Capacidades Técnicas Conhecimentos
1. Conduzir equipes de acordo com os 1. Liderança
interesses da empresa
1.1 Estilos de liderança
2. Mediar os interesses individuais da
1.1.1 Autocrático
equipe de acordo com o objetivo do
projeto 1.1.2 Democrático
3. Apresentar os resultados das ações de 1.1.3 Liberal
melhorias para as partes interessadas 1.2 Perfil do líder
4. Entrevistar agentes do processo em 1.2.1 Humano
função do problema a ser melhorado
1.2.2 Educador
5. Definir pessoas para compor a equipe
multifuncional 1.2.3 Treinador
6. Avaliar o desempenho das pessoas 1.2.4 Comunicador
7. Negociar com as partes interessadas a 1.2.5 Gestor de mudanças
implantação das ações de melhoria 1.3 Diferenças individuais
8. Dar feedback aos agentes do processo 1.3.1 Definição
1.3.2 Preconceitos
Capacidades Sociais, Organizativas e 1.3.3 Julgamento
Metodológicas
1.3.4 Rotulagem de pessoas
1. Demonstrar organização com as
informações (10) 1.4 Percepção
2. Demonstrar assertividade na 1.4.1 Definição
comunicação (10) 1.4.2 Ilusões perceptivas
3. Demonstrar iniciativa (9) 1.4.3 Organização perceptiva
4. Demonstrar visão sistêmica (11) 1.5 Comunicação interpessoal
5. Trabalhar em equipe (10) 1.5.1 Estrutura da personalidade
1.5.2 Subdivisão dos estados de
ego
1.5.3 Transações
2. Administração de Conflitos
2.1 Identificação
2.2 Formas
2.3 Visão positiva do conflito
2.4 Possíveis causas do conflito

50
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
GESTÃO DE PESSOAS: 75 horas
2.5 Níveis de conflito
2.6 Tipos de conflito
2.7 Áreas de conflito
2.8 Conflitos interpessoais nas
organizações
2.9 Consequências do conflito
3. Condução de reuniões
3.1 Definições dos objetivos
3.2 Tipos
3.2.1 Formais
3.2.2 Informais
3.3 Preparação e estratégias
3.3.1 Seleção de participantes
3.3.2 Definição da pauta
3.3.3 Escolha do local
3.3.4 Definição de recursos
3.4 Desenvolvimento
3.5 Registro da memória
4. Entrevistas
4.1 Tipos
4.1.1 Por estrutura (fechada)
4.1.2 Focalizada (semi-estruturada
ou semi-dirigida)
4.1.3 Informal (aberta ou não-
estruturada)
4.2 Diretrizes para a realização da
entrevista
4.3 Plano geral de entrevistas
4.3.1 Definição de estratégias
4.3.2 Definição de recursos
4.3.3 Uso eficiente do tempo
5. Avaliação de Desempenho: Análise
de conhecimento técnico e perfil de
comportamento
5.1 Definição do perfil
5.2 Critérios de avaliação
5.3 Estratégias de avaliação de
desempenho

51
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
GESTÃO DE PESSOAS: 75 horas
6. Feedback
6.1.1 Tipos
6.1.2 Procedimentos
7. Negociação
7.1 Estilos e princípios de negociação
7.2 Questões preliminares de uma
negociação
7.3 Táticas/estratégias de negociação
7.4 Atitudes que devem ser evitadas ao
negociar
7.5 Administração de interesses
7.5.1 Abordagens
7.5.2 Técnicas de administração da
divergência
7.5.3 Técnicas de administração da
interdependência
7.5.4 Barganha distributiva e
integrativa
7.5.5 Técnicas de barganha

Referências básicas
 SENAI-SP. Liderança. São Paulo. Editora SENAI-SP, 2014.
 MACÊDO, Ivanildo Izaias De. Gestão de Pessoas. São Paulo. Editora FGV, 2012.

Referências complementares
 MARTINELLI, Dante P.; ALMEIDA, Ana Paula de. Negociação e solução de
conflitos. São Paulo: Atlas, 1998.
 TONET, Helena Correa. Liderança e Gestão de Pessoas em Ambientes
Competitivos. São Paulo. Editora FGV, 2012.
 STOECKICHT , Ingrid Paola. Negociação. São Paulo. Editora FGV, 2009.
 ROBBINS, Stephen. A verdade sobre gerenciar pessoas: e nada mais que a
verdade. São Paulo: Pearson Education, 2003.

52
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
AUDITORIA DE PRODUTO, PROCESSO E SISTEMA: 120 horas
Objetivo geral: Auditoria de Produto, Processo e Sistema tem como objetivo a
aquisição de capacidades técnicas referentes ao planejamento e a realização de auditoria,
tendo em vista a verificação da conformidade do produto, do processo e do sistema de
gestão, bem como as capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a
diversas situações profissionais.
Competências Específicas e de Gestão
Capacidades Técnicas Conhecimentos
1. Preparar auditorias de produto, de 1. Auditoria - Norma NBR 19011
processo e de sistema.
1.1. Definição
2. Analisar registros de auditorias anteriores
1.2. Princípios
3. Analisar a documentação técnica
1.3. Gerenciamento
aplicável aos produtos, processos e
sistemas que fazem parte do escopo da 1.4. Atividades
auditoria 1.4.1. Preparo
4. Elaborar plano de auditoria 1.4.2. Condução
5. Elaborar lista de verificação a ser 1.5. Competências e comportamento do
utilizada durante a realização da auditor
auditoria
2. Auditoria do produto
6. Elaborar itinerário para a realização da
auditoria 2.1. Preparo do plano
7. Verificar a conformidade do produto, do 2.2. Análise do processo de inspeção
processo e do sistema 2.3. Condução de auditoria
8. Identificar correlações entre as variáveis 2.3.1. Documental
e seus impactos no produto
2.3.2. Física
9. Registrar os resultados da avaliação do
produto (conformidades e não- 2.4. Registros de auditoria
conformidades) 3. Auditoria do processo
10. Avaliar se o processo está sendo 3.1. Preparo do plano de auditoria
executado de acordo com o projeto
3.2. Análise das características do
11. Identificar correlações entre os processo
parâmetros e seus impactos no
desempenho do processo 3.3. Condução de auditoria
12. Verificar se as metas estabelecidas 3.3.1. Documental
estão relacionadas com os objetivos 3.3.2. Física
corporativos
3.4. Registros de auditoria
13. Entrevistar o auditado
4. Auditoria do sistema
14. Analisar o conjunto das não
conformidades apontadas durante o 4.1. Preparo do plano de auditoria
período de auditoria 4.2. Análise das características do
15. Elaborar relatórios com as constatações sistema
da auditoria, em função das evidencias 4.3. Condução de auditoria
coletadas e padrões utilizados
4.3.1. Documental
16. Comunicar as conformidades, não

53
MÓDULO ESPECÍFICO
UNIDADE CURRICULAR
AUDITORIA DE PRODUTO, PROCESSO E SISTEMA: 120 horas
conformidades e oportunidades de 4.3.2. Física
melhoria identificadas na auditoria
4.4. Registros de auditoria

Capacidades Sociais, Organizativas e


Metodológicas
1. Demonstrar capacidade de análise critica
(17)
2. Demonstrar capacidade para resolver
conflitos
3. Demonstrar organização com as
informações (18)
4. Demonstrar assertividade na
comunicação (9)
5. Demonstrar raciocínio lógico (17)
6. Demonstrar visão sistêmica (16)
7. Trabalhar em equipe (3)

Referências básicas
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 19011, Diretrizes
para Auditorias de Sistemas de Gestão Rio de Janeiro, 2012.
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001, Sistemas de
Gestão da Qualidade- Requisitos Rio de Janeiro, 2015.

Referências complementares
 MELO, Carlos Henrique Pereira – ISO 9001:2008 – Sistema de Gestão da Qualidade
para Operações de Produção e Serviços. São Paulo, Editora Atlas S.A., 2009
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/TS 16949, Sistemas
de gestão da qualidade- Requisitos particulares para aplicação da ABNT ISO
9001:2008 para organizações de produção automotiva e peças de reposição
pertinentes Rio de Janeiro, 2010.

54
f) Organização de Turmas

As turmas matriculadas iniciam o curso com um número mínimo de 24 e máximo de 40


alunos.

g) Estágio Supervisionado

Este curso não prevê a realização de estágio supervisionado. O SENAI-SP oferecerá o


Programa de Aperfeiçoamento Profissional Técnico de Nível Médio, em forma de Vivência
Profissional.

h) Prática profissional na empresa e atendimento às disposições da Portaria


nº 723, de 23 de abril de 2012, expedida pelo Ministério do Trabalho

Na condição de política pública regulamentada, compete ao Ministério do Trabalho definir os


parâmetros da oferta de programas que se prestem ao cumprimento de cotas de
aprendizagem. Considerando o disposto pelo artigo 20 do Decreto Federal nº 5.598, de 1º
de dezembro de 2005, o qual dispõe que a definição das atividades teóricas e práticas do
aprendiz são de responsabilidade da entidade formadora à qual compete fixá-las em plano
de curso, no que concerne aos programas sob responsabilidade do SENAI-SP, as seguintes
disposições, referentes ao artigo 12 e aos §§2º e 3º do artigo 10 da Portaria nº 723/2012,
são plenamente atendidas a partir das informações que seguem:

Preliminarmente, os conteúdos de formação humana e científica, dispostos pelo inciso III do


artigo 10 da Portaria nº 723/2012 são ministrados em caráter transversal nos termos
autorizados pela Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012 do Conselho Pleno do Conselho
Nacional de Educação. O SENAI atende a esta disposição uma vez que a instituição é
integrante do Sistema Federal de Ensino conforme disposto pelo artigo 20 da Lei Federal nº
12.513, de 26 de outubro de 2011.

1. Nos casos em que os alunos são contratados na condição de aprendizes, cujos


contratos de aprendizagem estão circunscritos às atividades teóricas e práticas
exclusivamente no SENAI (aplicável inclusive em classes descentralizadas ou
entidades conveniadas), circunstância prevista nos termos do caput do artigo 23 do

55
Decreto Federal nº 5.598/2005, no §1º do artigo 11 da Portaria nº 723/2012, e cuja
circunstância de desenvolvimento é descrita como “condições laboratoriais” na oferta
disposta no Catálogo Nacional de Aprendizagem Profissional – CONAP (anexo I da
referida portaria), tais atividades são compreendidas dentro do SENAI, conforme
modelo de operacionalização A (apresentado a seguir). Neste caso, as atividades
teóricas e práticas atenderão à distribuição de carga horária prevista na Portaria
723/2012 no modelo 50% de atividades teóricas e 50% de atividades práticas.

2. Nos casos de turmas mistas, com aprendizes cujos contratos de aprendizagem


compreendem atividades teóricas e práticas somente no SENAI, e aprendizes que
também farão atividades práticas suplementares nas instalações do empregador ou
em estabelecimento concedente desta atividade prática (doravante denominado
simplesmente “empresa”), as atividades podem ser realizadas apenas na escola ou na
parceria escola e empresa, conforme também previsto no modelo de
operacionalização A (apresentado a seguir). Neste caso, as atividades teóricas e
práticas atenderão à distribuição de carga horária prevista na Portaria 723/2012 ora no
modelo mínimo de 30% de atividades teóricas e máximo de 70% de atividades práticas,
ora no modelo de 50% de atividades teóricas e 50% de atividades práticas, dependendo
da carga horária total do programa de aprendizagem. É importante salientar que as
atividades desenvolvidas na escola devem ser concomitantes às atividades
desenvolvidas na empresa.

3. Nos casos de aprendizes com contratos de aprendizagem cujas atividades teóricas e


práticas ocorrem no SENAI, articuladas a atividades práticas suplementares na
empresa, a carga horária do programa de aprendizagem é realizada na escola e na
empresa, conforme modelo de operacionalização B (apresentado a seguir). Neste
caso, as atividades teóricas e práticas atenderão à distribuição de carga horária prevista
na Portaria 723/2012 no modelo mínimo de 30% de atividades teóricas e máximo de
70% de atividades práticas, dependendo da carga horária total do programa de
aprendizagem. É importante salientar que as atividades desenvolvidas na escola devem
ser concomitantes às atividades desenvolvidas na empresa.

Modelos de Operacionalização

Carga Horária - Programa para fins de cumprimento de Cotas de Aprendizes

56
PROGRAMA DE
SENAI EMPRESA
MODELOS APRENDIZAGEM
Carga horária Teórica Carga horária Prática Carga horária Prática Carga horária TOTAL

A 562,5 h 562,5 h 0 - 750 h 1125 h - 1875 h


(turmas sem prática
profissional na empresa ou (Sendo que as primeiras 56 horas devem ser
turmas mistas: com ou sem desenvolvidas exclusivamente nas dependências (Pode variar de 0 a 750 (Pode variar de 1125 a 1875
prática profissional na da escola, antes de o aluno frequentar a horas) horas)
empresa) empresa)

675 h 450 h 225 - 1125 h 1350 h - 2250 h


B
(turmas fechadas para (Sendo que as primeiras 67 horas devem ser
empresas que desenvolvam desenvolvidas exclusivamente nas dependências (Pode variar de 225 a (Pode variar de 1350 a 2250
prática profissional na da escola, antes de o aluno frequentar a 1125 horas) horas)
empresa) empresa)

Outros modelos que atenderem às exigências legais quanto às porcentagens das cargas
horárias referentes à teoria e à prática, bem como formação preliminar, também poderão ser
ofertados, desde que submetidos à validação da Gerência de Educação.

As atividades práticas na empresa observarão os seguintes parâmetros:

I. Deverão ser desenvolvidas somente após transcorridas as horas de formação


preliminar de fase escolar no SENAI, que correspondem a 10% da carga horária de
atividades teóricas desenvolvidas no SENAI, em atendimento ao disposto pelo artigo
11 da Portaria nº 723/2012 e para efeito do cumprimento da distribuição dos
percentuais acima dispostos. Observada essa disposição, as unidades escolares
têm liberdade de articulação com a empresa para a definição do início da prática
profissional suplementar. Neste sentido, por exemplo, nada obsta o desenvolvimento
de atividades práticas suplementares na empresa, desde que transcorridos 50% da
carga horária da fase escolar, ou concentrados apenas nos períodos de recesso de
atividades do SENAI, não coincidentes com as férias trabalhistas, nos termos do §2º
do artigo 136 da CLT;

II. Atenção deve ser dada às normas técnicas, de qualidade, de preservação ambiental,
de saúde e segurança no trabalho e, em especial, o disposto pelo Decreto Federal nº
6.481, de 12 de junho de 2008;

III. As atividades serão objeto de planejamento integrado entre a unidade escolar


ofertante e a respectiva empresa, devidamente registrado em documento específico
e suplementar a este plano de curso, doravante denominado “Guia de

57
Aprendizagem”, no qual constarão as atividades a serem desenvolvidas pelo
aprendiz na empresa, nos termos do §1º do artigo 23 do Decreto Federal nº
5.598/2005;

IV. As atividades deverão ser planejadas de forma articulada àquelas realizadas na fase
escolar do SENAI, à luz do disposto pelo §1º do artigo 10 da Portaria nº 723/2012,
evitando-se a hipótese de ineditismo, e em prol da maior abrangência possível de
experiências (sem prejuízo do disposto no inciso II), tendo em vista confrontar a
amplitude do plano de curso com a diversidade produtiva e ou tecnológica da
empresa. Assim, de forma a evitar casos de rotinização e precarização, convém
antes discutir a redução da prática profissional suplementar na empresa ou até
mesmo sua eliminação;

V. Ações que antecedem a esta atividade, como capacitação de tutores (prerrogativa


decorrente do disposto pelo §1º do artigo 23 do Decreto Federal nº 5.598/2005) e
análise das instalações da empresa, bem como aquelas que sucedem ao
desenvolvimento do Guia de Aprendizagem, como ações de supervisão em prol da
melhoria contínua, deverão ser implementadas, considerando a responsabilidade do
SENAI na gestão do programa (parágrafo único do artigo 6º do Decreto Federal nº
5.598/2005);

VI. Toda prática profissional suplementar na empresa com emprego do Guia de


Aprendizagem deverá ter sua carga horária apurada para que conste no histórico
escolar do aluno, respeitando o limite disposto nos modelos A e B;

VII. As atividades práticas na empresa não poderão ser desenvolvidas após a fase
escolar em atenção ao disposto pelo art. 11 da Portaria 723/2012, de forma a evitar
a sistemática de prática profisisonal na empresa subsequente à fase escolar. Na
melhor das hipóteses, tais atividades deverão coincidir seu término no mesmo dia;
na pior, na mesma semana. Portanto, as atividades práticas na empresa
em períodos de recesso de atividades do SENAI, não coincidentes com as férias
trabalhistas, nos termos do §2º do artigo 136 da CLT, são perfeitamente possíveis,
desde que respeitado o limite de jornada diária de 6 horas, nos termos do art. 432
da CLT.

V. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E


EXPERIÊNCIAS ANTERIORES

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Em conformidade com o artigo 36 da Resolução CNE/CEB nº 6/12, a Unidade Escolar:

“pode promover o aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores do


estudante, desde que diretamente relacionados com o perfil profissional de conclusão da
respectiva qualificação ou habilitação profissional, que tenham sido desenvolvidos:

I - em qualificações profissionais e etapas ou módulos de nível técnico regularmente


concluídos em outros cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio;
II - em cursos destinados à formação inicial e continuada ou qualificação profissional de, no
mínimo, 160 horas de duração, mediante avaliação do estudante;
III - em outros cursos de Educação Profissional e Tecnológica, inclusive no trabalho, por
outros meios informais ou até mesmo em cursos superiores de graduação, mediante
avaliação do estudante;
IV - por reconhecimento, em processos formais de certificação profissional, realizado em
instituição devidamente credenciada pelo órgão normativo do respectivo sistema de
ensino ou no âmbito de sistemas nacionais de certificação profissional.”

A avaliação será feita por uma comissão de docentes do curso e especialistas em


educação, especialmente designada pela direção, atendidas as diretrizes e procedimentos
constantes na proposta pedagógica da Unidade Escolar.

VI. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação, promoção, recuperação e retenção de alunos são os definidos


pelo Regimento Comum das Unidades Escolares SENAI, aprovado pelo Parecer CEE nº
528/98, e complementados na Proposta Pedagógica da unidade escolar.

VII. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

59
Para o Curso Técnico de Qualidade foi elaborada, pela Gerência de Inovação e de
Tecnologia – GIT, uma descrição dos ambientes contemplando a infraestrutura necessária
para o desenvolvimento do curso. Esta descrição está disponível para download no Sistema
de Gestão de Serviços Educacionais e Tecnológicos do SENAI-SP – SGSET.

A unidade escolar é dotada de Biblioteca com acervo bibliográfico adequado para o


desenvolvimento do curso e faz parte do sistema de informação do SENAI.

VIII. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO

O quadro de docentes para o Curso Técnico de Qualidade é composto, preferencialmente,


por profissionais com nível superior e experiência profissional condizentes com as unidades
curriculares que compõem a organização curricular do curso, segundo os seguintes
critérios9:

 Licenciatura na área ou na unidade curricular, obtida em cursos regulares ou no


programa especial de formação pedagógica;

 Graduação na área ou na unidade curricular, com licenciatura em qualquer outra área;

 Graduação na área ou na unidade curricular e mestrado ou doutorado na área de


educação;

 Graduação em qualquer área, com mestrado ou doutorado na área da unidade


curricular.

Na ausência desses profissionais, a unidade escolar poderá contar, para a composição do


quadro de docentes, com instrutores de prática profissional, que tenham formação técnica
ou superior, preparados na própria escola.

IX. CERTIFICADOS E DIPLOMAS

9
Conforme disposto nas Indicações CEE nºs 08/00 e 64/07.

60
O diploma de técnico é conferido ao concluinte da habilitação profissional de Técnico em
Qualidade que comprove conclusão do ensino médio.

O aluno que não comprovar a conclusão do ensino médio receberá uma declaração da qual
deverá constar que o diploma de técnico só será fornecido após o atendimento às
exigências da legislação vigente.

O tempo para a conclusão da habilitação é de no máximo 5 anos a partir da data da


matrícula no curso.

61
COMITÊ TÉCNICO SETORIAL DA ÁREA DE GESTÃO
Data: 23 e 24 de maio de 2012

Local: Escola SENAI “Almirante Tamandaré” – São Bernardo do Campo

Representantes do SENAI/SP:

 Valdir Peruzzi, coordenador pedagógico da Escola SENAI “Almirante Tamandaré”

 Osvaldo Bariani, instrutor de treinamento da Escola SENAI “Almirante Tamandaré”

 Benedito C. Gazzaneo, gerente da Gerência de Gestão da Qualidade

 Fernando Sancler, analista da Gerência de Gestão da Qualidade

 Luciana Carneiro, analista da Gerência de Gestão da Qualidade

Representantes do meio acadêmico:

 Eduardo Linzmayer, professor associado do Instituto Mauá de Tecnologia

Representantes de empresas:

 Alexandre S. Zanini, coordenador da qualidade da Termomecânica

 Francisco Milani Filho, coordenador da qualidade da ZF do Brasil

 Maria Cristina de R. Trindade, coordenadora de RH da ZF do Brasil

 Ana Cristina Molheiro, supervisora do sistema da qualidade da FORD

 Flávio de Oliveira, analista da qualidade da Volkswagen

 José Cláudio da Costa, supervisor de ferramentaria da Alcoa Alumínio S.A

Observadores:

 Renato Cesar C. Apolônio, coordenador de estágios da Escola SENAI “Almirante


Tamandaré”

Coordenação:

 Debora Dias Leister Batista, especialista da Gerência da Educação do SENAI/SP

 Márcio José do Nascimento, especialista da Gerência da Educação do SENAI/SP


SENAI-SP, 2018

Diretoria Técnica

Coordenação Gerência de Educação

Elaboração Gerência de Educação

Gerência de Gestão da Qualidade

Escola SENAI “Almirante Tamandaré”


CONTROLE DE REVISÕES

REV. DATA NATUREZA DA ALTERAÇÃO


0 11/12 Emissão
1 11/07/13 Alteração no texto referente ao Estágio supervisionado.
Adequação da organização curricular com atualização do
2 12/2014
conteúdo formativo
3 7/2015 Correção da palavra “estratificando” item 2.1.2, página 12. FRF
Reestruturação do curso no que se refere a:
 Junção das unidades curriculares Princípios da
Qualidade e Fundamentos da Administração
Organizacional
 Alteração da carga horária da unidade curricular
4 01/2016
Sistemas de Medidas e Representação Gráfica de 60
horas para 90 horas
 Adequação dos fundamentos técnicos e científicos, do
conhecimento e das capacidades técnicas, sociais,
organizativas e metodológicas
5 4/2016 Alteração da redação do Item 7 – Instalações e Equipamentos.
Ajuste da carga horária para 1125 horas e atualização do
6 4/2018
desenho curricular .(Débora e Márcio)

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