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PARECER JURÍDICO.

Requerente: ROSA SILVA

EMENTA

HOMICÍDIO QUALIFICADO- Direito à Vida - Motivo Irrelevante – Sanidade


Mental do Agente – Conversão da Pena em Medida de Segurança. Parecer
Favorável a condenação por crime Tipificado no art.121, § 2º, II do CP.

RELATÓRIO

Trata-se de homicídio qualificado praticado pelo demandado Carlos Santos


contra sua amásia Natalia Silva por motivo irrelevante.

A ação começou quando o autor após ter ingerido bebida alcoólica no bar, e ao
regressar para sua residência nota que Natalia Silva não havia preparado o
jantar, em seguida com uma faca de cozinha desfere golpe violento sobre a
vitima causando-lhe ferimentos acentuado no tórax.

Mesmo sendo socorrida por vizinhos, levada ao hospital e submetida a


intervenção cirúrgica esta não consegue sobreviver as ferimentos e chega a
óbito dias após o incidente.

O demandante preso em razão flagrante delito, desencadeou indícios de


insanidade mental, por sua vez, o magistrado determinou a instauração do
processo que no qual foi concluída pelos peritos que o réu Carlos Santos
estava em pleno gozo de sua saúde mental ao tempo do crime e que sua
incapacidade absoluta de compreender o caráter criminoso do fato e de
determinar-se de acordo com esse entendimento superveniente.

É o relatório

FUNDAMENTAÇÃO

O demandado Carlos Santos deve ser atribuído a responsabilidade de


homicídio qualificado porque fomentou a morte de Natalia Silva uma vez que o
resultado do homicídio foi pelo fato da vitima não haver preparado o jantar e
também por ter o réu regressado à residência num estado de embriaguez no
momento do ocorrido, alem disso, o fato caracteriza-se no direito penal como
homicídio qualificado pelo motivo fútil estabelecido no art. 121, § 2º, II do CP,
onde o agente terá pena de reclusão de 12 a 30 anos.

Ainda que a defesa do demandante aduza que o mesmo possui indícios de


insanidade mental no decorrer da ação penal, este, não deve ser considerado,
no que tange a aprovação concreta de que este era mentalmente são ao tempo
do crime.

Logo, não há isenção de pena em se tratando de doença mental, pois o réu


tinha o absoluto discernimento do ilícito cometido.

Segundo o art. 183 da LEP e 97 do CP se confirmado a inimputabilidade do


agente e esta ser provisória o réu será levado a um hospital adequado para
sua recuperação e se ao contrario, converter-se-á em medida de segurança.

Tendo em vista os fatos mencionados acima, o agente mediante ao resultado


obtido é culpado devido à conduta deste, ser tipificada e considerada lesiva a
um bem jurídico tutelado para a constituição federal Brasileira, sofrendo assim
as sanções penais correspondentes ao crime.

CONCLUSÃO

Ante, o exposto opino pela culpabilidade do réu por homicídio baseado no


delito tipificado no art. 121, § 2º, II do CP.

É o parecer.

Rio de janeiro, 29 de Outubro de 2020.

Advogada

OAB

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