Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3 Prova Bimestral 3° Filosofia
3 Prova Bimestral 3° Filosofia
Para indicar o que os gregos tinham chamado de pólis, os romanos de res publica, e que um grande pensador político, o
francês Jean Bodin, meio século depois de Maquiavel, chama de república.
BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. Brasília: Universidade de Brasília, 1994.
A novidade no estudo da política, consagrada pela teoria de Maquiavel em relação a concepções anteriores, baseia-se na:
a) Afirmação da crueldade humana e da necessidade da lei para bloquear as paixões.
b) Compreensão da natureza humana como recurso de manipulação política.
c) Concepção da política como objeto humano, separado da ética e da religião.
d) Concepção paternalista do governo como zelador do patrimônio coletivo e do bem comum.
e) Impotência do povo perante o poder político, impossibilitado de interferir na história.
2 – Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo
acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem
diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-
arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite
o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
Em “O Príncipe”, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor
demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao:
4. É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a riqueza, […]
[os muito ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados […] Ao contrário,
aqueles que vivem em extrema penúria desses benefícios tornam-se demasiados humildes e
rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil
e que outros, incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma
autoridade despótica. (Aristóteles, A Política.)
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o bom exercício do poder
político pressupõe
a) o confronto social entre ricos e pobres. b) a coragem e a bondade dos cidadãos.
c) uma eficiente organização militar do Estado. d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos.
e) um pequeno número de habitantes na cidade
5 - Rousseau construiu uma obra que se apresentou significativa para a afirmação do mundo
moderno. Historicamente, contribui para refletir sobre a educação quando escreveu a obra Emílio.
No seu livro, Rousseau propõe:
a) a manutenção das tradições cristãs, enfatizando a disciplina religiosa.
b) o fim de muitos preconceitos, ressaltando a bondade humana.
c) a prevalência do mando dos homens, pela sua capacidade de disciplinar.
d) o cuidado com a ética, pois os humanos são egoístas e vaidosos.
e) a ruptura com todas as religiões, cheias de superstições e preconceitos.
7 - De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os
indivíduos fazem de sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem um
terceiro o monopólio do exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de
8 - O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um atento observador da sociedade de sua época. Em um
de seus livros, publicado em 1755, Rousseau escreveu: “O primeiro que, tendo cercado um pedaço de terra, se
apressou em dizer isso me pertence, e encontrou pessoas muito ingênuas para crer no que ele dizia, foi o
verdadeiro fundador da sociedade civil.”
9 - Gilberto Cotrim (2006. p. 212), ao tratar da pós-modernidade, comenta as ideias de Michel Foucault, nas
quais “[...] as sociedades modernas apresentam uma nova organização do poder que se desenvolveu a partir do
século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se concentra apenas no setor político e nas suas formas de
repressão, pois está disseminado pelos vários âmbitos da vida social [...] [e] o poder fragmentou-se em
micropoderes e tornou-se muito mais eficaz. Assim, em vez de se deter apenas no macro poder concentrado no
Estado, [os] micropoderes se espalham pelas mais diversas instituições da vida social. Isto é, os poderes
exercidos por uma rede imensa de pessoas, por exemplo: os pais, os porteiros, os enfermeiros, os professores, as
secretarias, os guardas, os fiscais etc.” Fonte: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São
Paulo: Saraiva, 2006.
Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de Foucault, a principal função dos micropoderes no
corpo social é interiorizar e fazer cumprir:
a) O ideal de igualdade entre os homens.
b) O total direito político de acordo com as etnias.
c) As normas estabelecidas pela disciplina social.
d) A repressão exercida pelos menos instruídos.
e) O ideal de liberdade individual.