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ESCOLA ESTADUAL “BENEDITO WALDEMAR DA SILVA” – IPIAÇU- MG

3ª Prova Bimestral de Filosofia 3° A e B

Professor(a): Ms.Cleuza Leite


Aluno(a):
1 – Vilão ou herói, o certo é que com O Príncipe, Maquiavel funda a Ciência Política e cria o emprego moderno do termo
“Estado”, “universalmente consagrada pela terminologia dos tempos modernos e da idade contemporânea”.
BONAVIDES, Paulo. Ciência política. São Paulo: Malheiros, 1995.

Para indicar o que os gregos tinham chamado de pólis, os romanos de res publica, e que um grande pensador político, o
francês Jean Bodin, meio século depois de Maquiavel, chama de república.
BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. Brasília: Universidade de Brasília, 1994.

A novidade no estudo da política, consagrada pela teoria de Maquiavel em relação a concepções anteriores, baseia-se na:
a) Afirmação da crueldade humana e da necessidade da lei para bloquear as paixões.
b) Compreensão da natureza humana como recurso de manipulação política.
c) Concepção da política como objeto humano, separado da ética e da religião.
d) Concepção paternalista do governo como zelador do patrimônio coletivo e do bem comum.
e) Impotência do povo perante o poder político, impossibilitado de interferir na história.

2 – Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo
acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem
diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-
arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite
o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).

Em “O Príncipe”, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor
demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao:

a) Valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.


b) Rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
c) Afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
d) Romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
e) Redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.
3 – (UFU 1/1999) Para John Locke, filósofo político inglês, os direitos naturais do homem eram:
a) família, propriedade e religião. b) liberdade, propriedade e servidão.
c) propriedade, servidão e família. d) liberdade, igualdade e propriedade.
e) família, religião e pátria.

4.  É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a riqueza, […]
[os muito ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados […] Ao contrário,
aqueles que vivem em extrema penúria desses benefícios tornam-se demasiados humildes e
rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil
e que outros, incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma
autoridade despótica. (Aristóteles, A Política.)

Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o bom exercício do poder
político pressupõe
a) o confronto social entre ricos e pobres. b) a coragem e a bondade dos cidadãos.
c) uma eficiente organização militar do Estado. d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos.
e) um pequeno número de habitantes na cidade
5 - Rousseau construiu uma obra que se apresentou significativa para a afirmação do mundo
moderno. Historicamente, contribui para refletir sobre a educação quando escreveu a obra Emílio.
No seu livro, Rousseau propõe:
a) a manutenção das tradições cristãs, enfatizando a disciplina religiosa.
b) o fim de muitos preconceitos, ressaltando a bondade humana.
c) a prevalência do mando dos homens, pela sua capacidade de disciplinar.
d) o cuidado com a ética, pois os humanos são egoístas e vaidosos.
e) a ruptura com todas as religiões, cheias de superstições e preconceitos.

6 -  A partir do livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault, considere as seguintes afirmações a respeito da


disciplina:
I. Ela é exercida de diferentes formas e tem como finalidade única a habilidade do corpo.
II. Ela pode ser entendida como a estratégia empregada para o controle minucioso das operações do corpo,
sendo seu efeito maior a constituição de um indivíduo dócil e útil.
III. Ela se constitui também pelo controle do horário de execução de atividades, em que o tempo medido e
pago deve ser sem defeito e, em seu transcurso, o corpo deve ficar aplicado a seu exercício.
De acordo com as afirmações acima, podemos dizer que:

a) Todas as afirmações estão corretas.    b) A afirmação I está incorreta.   


c) Apenas a afirmação III está correta.    d) As alternativas II e III estão incorretas.   

7 - De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os
indivíduos fazem de sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem um
terceiro o monopólio do exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de

a) liberalismo. b) despotismo. c) socialismo. d) anarquismo. e) contratualismo.

8 - O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um atento observador da sociedade de sua época. Em um
de seus livros, publicado em 1755, Rousseau escreveu: “O primeiro que, tendo cercado um pedaço de terra, se
apressou em dizer isso me pertence, e encontrou pessoas muito ingênuas para crer no que ele dizia, foi o
verdadeiro fundador da sociedade civil.”

Segundo este argumento, a sociedade civil


a) Alcançou níveis de felicidade social desconhecidos dos homens naturais.
b) Estabeleceu uma condição de prolongada paz social entre os homens.
c) Resultou de uma situação de desigualdade social entre os homens.
d) Promoveu a compreensão entre os homens por meio da divisão das riquezas.
e) Transformou os homens em seres indolentes e incapazes para o trabalho.

9 - Gilberto Cotrim (2006. p. 212), ao tratar da pós-modernidade, comenta as ideias de Michel Foucault, nas
quais “[...] as sociedades modernas apresentam uma nova organização do poder que se desenvolveu a partir do
século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se concentra apenas no setor político e nas suas formas de
repressão, pois está disseminado pelos vários âmbitos da vida social [...] [e] o poder fragmentou-se em
micropoderes e tornou-se muito mais eficaz. Assim, em vez de se deter apenas no macro poder concentrado no
Estado, [os] micropoderes se espalham pelas mais diversas instituições da vida social. Isto é, os poderes
exercidos por uma rede imensa de pessoas, por exemplo: os pais, os porteiros, os enfermeiros, os professores, as
secretarias, os guardas, os fiscais etc.” Fonte: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São
Paulo: Saraiva, 2006.

Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de Foucault, a principal função dos micropoderes no
corpo social é interiorizar e fazer cumprir:
a) O ideal de igualdade entre os homens.
b) O total direito político de acordo com as etnias.
c) As normas estabelecidas pela disciplina social.
d) A repressão exercida pelos menos instruídos.
e) O ideal de liberdade individual.

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