Proposta de Modelo de Processos de Negócios para a Faculdade de
Gestão de Turismo e Informática UCM-Pemba
Proposal of Business Model Processes for the Tourism Management
and Informatics Faculty UCM-Pemba Reengenharia de Processos de
Negocios como meio de Reducao de Disperdicio
Gilda Januário Muhai
Faculdade de Gestão de Turismo e
Informática UCM-Pemba
gildajanye@mail.com
Resumo
A gestão de processos de negócio (BPM)
é um fator crucial para o sucesso das
organizações dos dias de hoje. Ter os
processos de negócios bem modelados
contribui significativamente na eficiência
e na redução de redundância de
actividades; Uma das etapas do BPM é a
modelação de processo, que elucida
como os mesmos são efectuados. É nesta
vertente que o presente artigo apresenta a
uma proposta de modelo de processos de
negócio para a Faculdade de Gestão de
Turismo e Informática (FGTI) da UCM,
dando uma nova visão de execução das
actividades inseridas nestes processos de
negócio, com vista a proporcionar maior
eficiência e eficácia no decurso dos
mesmos e ainda melhorar a colaboração
entre os seus intervenientes. Para
fundamentar a proposta foram
documentados mapeados os processos
actuais, usando o Business Process
Model Notation tomados como caso de
estudo 5 (cinco), numa abordagem
qualitativa, onde ilustram-se como as
actividades fluem no Sistema de
Informação (SI) da FGTI e seus actores e
a posterior a proposta, desenhada apartir
de analise empírica e intuitiva, que
Abdul Gafar Manuel Meque
Faculdade de Gestão de Turismo e
Informática UCM-PembaFEG
ameque@ucm.ac.mz
comparativamente aos processos iniciais
apresentam redução significativa no
consumo de recursos. Para a modelação
foi usada a ferramenta BPMN Bizagi
Modeler.
Numa analise comparativa
Palavras-chave: Processos de Negócio,
Gestão de Processos de Negócio, BPMN.
Abstract
The Business process management
(BPM) is a crucial factor for the success
of today's organizations. One of the steps
of BPM is process modeling, which
elucidates how they are performed. It is
in this strand that the present article
presents a proposal for a business
process model for UCM's Tourism
Management an Informatics (FGTI),
giving a new vision of the execution of
the activities included in these business
processes, in order to provide greater
efficiency and effectiveness in the
course of their work and to improve
collaboration between their stakeholders.
To substantiate the proposal, the current
processes, taken as case study 5 (five),
were documented in this document in a
qualitative approach, which illustrates
how the activities flow in the
 Information System (SI) of the FGTI and
its stakeholders and after the proposal.
The BPMN Bizagi Modeler tool was
used to model the entire processes.
Keywords: Business Processes, Business
Process Management, BPMN.
1 Introdução
Com a crescente competitividade do mercado
global e o crescimento massivo das TIC, urge a
necessidade das instituições terem domínio sobre
o seu funcionamento global e da gestão de
informação produzida nas suas operações, o que
propicia ao conhecimento das suas necessidades.
Nesta vertente surge a tendência das instituições
buscarem uma nova forma de atuação e
organização, voltada aos seus processos de
negócio, para melhor gerir e controlar os seus
activos.
Para representação dos processos de negócio
surgiram os softwares BPMS (Business Process
Manangement Systems) que auxiliam de forma
colaborativa, a ilustração do fluxo entre
actividades internas e externas de uma
organização/instituição. É nesta vertente que o
presente artigo versa sobre a modelagem de
processos de negócio, aplicando a técnica BPMN
(Business Process Management Notation ),
tendo como objectivo documentar os processos
de negócio da FGTI e apresentar uma proposta
de modelo com a finalidade de melhorar os
actuais processos, tomado como caso de estudo
alguns processos de negócio da FGTI.
2 Quadro Teórico
A modelagem de processos de negócio envolve
um conjunto de actividades que permitem que a
sua representação e prossecução sejam
analisadas. Envolve também mecanismos e
recursos. Desta forma rebusca-se no artigo
conceitos que relevam a pesquisa.
2.1 Processo de Negócio
Por definição processo de negócio é um conjunto
de actividades interdependentes e ordenadas,
realizadas por um grupo de participantes, com
vista a alcançar um objectivo de um negócio,
seguindo um conjunto de regras ou padrões
específicos (CASACA, 2018).
Os processos de negócios podem ser
classificados como processos primários,
processos de suporte e de gestão. A sua
categorização vai de acordo com a sua
importância, sendo que os primários
correspondem aos processos do negócio
principal, os de suporte complementam os
primários e os de gestão auxiliam a monitoria
dos outros processos.
2.2 Gestão de Processos de Negócio (BPM)
Segundo Jacobs e Costa (2018) “O BPM consiste
num conjunto de atividades que são
desenvolvidas de forma coordenada entre o
ambiente técnico e o ambiente organizacional.”
A Gestão por Processos ou Business
Process Management (BPM) é uma
abordagem sistemática de gestão
que trata de processos de negócios
como ativos, que potencializam
diretamente o desempenho da
organização, primando pela
excelência organizacional e
agilidade nos negócios. ‘Isso
envolve a determinação de recursos
necessários, monitoramento de
desempenho, manutenção e gestão
do ciclo de vida do processo.
Fatores críticos de sucesso na gestão
por processos estão relacionados a
como mudar as atitudes das pessoas
e ou perspetivas de processos para
avaliar o desempenho dos processos
das organizações. (MPF, 2013, p.
17)
Em suma, o BPM é um conjunto de actividades
que visam visualizar processos de negócios
existentes de forma a avaliar o seu desempenho,
identificar erros de processos, visualizar pontos
de melhoria e transformar os processos para
melhor desempenho da organização. Sua
finalidade é racionalizar os recursos existentes, o
tempo e custos.
2.3 Modelagem de Processos de Negócios
Um dos subprocessos do BPM é a modelagem de
processos de negócios. Esta pressupõe a
visualização comportamento dos processos de
negócio existentes, em notação gráfica.
Para o sucesso da modelagem de processos a
escolha da linguagem a usar é preponderante.
Existem diversas linguagens de notação de
processos de negócios. Seguir listam-se algumas
linguagens:
 Business Process Model and Notation
(BPMN);
 Unified Modeling Language (UML);
 Clored Petri nets (CPN);
 Event Driven Process (EPC);
 Integration Definition (IDEFO/IDEF3);
 Data Flow Diagram (DFD).
CASACA (2018), concluiu de o BPMN oferece
mais possibilidades em relação às outras
liguagens, visto que, de acordo com os critérios
de comparação por ele usados, esta liguagem
apresenta mais aspectos de avaliação. Fonte: Adaptado de BPM GLOBAL TRENDS,
Para a modelação da proposta presente artigo, 2014. Recuperado em
tomou-se como liguagem de notação o BPMN. https://pt.slideshare.net/BPMGlobalTrendsAdmPub/r
evista-bpm-globaltrends-6-edicao.

2.4 BPMN

O BPMN é uma linguagem de modelação de

processos, que fornece uma notação gráfica para
elaboração de modelos de processos de negócio.
Segundo MPF (2013), o BPMN transmite de
forma clara e padronizada a lógica das atividades
e as mensagens entre os diferentes participantes
proporcionando o entendimento geral sobre os
processos.
No contexto aqui patente, o software usado para
a modelação foi o Bizagi Modeler BPMN, este
como outros softwares de desenvolvimento de
modelos de processos de negócio permite
visualizar em forma de diagramas os processos,
ilustrar a iteração entre pessoas, e os demais
recursos.
A notação BPMN usa recursos para a
representação dos seus processos conforme
ilustra a figura:
Figura1: Processo de Inscrição e Matrícula de
Estudante
3 Processos de Negócio da FGTI
(Situação actual)
O negócio principal da FGTI é o ensino, para tal,
são executadas várias activides que possibilitam
a existência de estudantes, o
ensino/aprendizagem e a disponibilização de
resultados da aprendizagem dos estudantes. Estas
actividades estão envolvidas em vários processos
de negócio e de acordo com a sua categoria,
podendo ser processos primários, de suporte ou
ainda de gestão.
Para a prossecução dos processos de negócio,
para além de actividades pré-definidas, a FGTI
auxilia-se de recursos tecnológicos,
informacionais e humanos.
Dentre os vários processos de negócio que a
FGTI possui, de acordo com o pressuposto de
elaboração do artigo aqui patente, foram
escolhidos 5 (cinco) processos que foram
representados e subsequentemente a proposta de
modelo. Os processos de negócio aqui
representados são:
 Inscrição e matrícula de estudantes;
 Cadastro e atribuição de conta de
estudantes no Moodle;
 Pedido de correção de notas de testes;
 Pedido de declaração de notas;
  Pedido de realização de exames
extraordinários ou especiais e ou
externos.
3.1 Inscrição e Matrícula de Estudantes
A inscrição e matrícula são os primeiros
processos de acesso aos serviços da FGTI para o
negócio principal da instituição, estes processos
são efectuados sequencialmente num mesmo
período, desta forma apresentam-se como um
único processo. Para tal os candidatos a
estudantes obedecem aos seguintes pré-
requisitos:
 Fotos tipo passe (quatro para
licenciatura, duas para mestrado e
doutoramento);
 Cópia autenticada de Certificado de
habilitações do nível anterior ao que
pretende se inscrever (licenciatura,
mestrado e doutoramento);
 Cópia autenticada de documento de
identificação;
 Declaração Militar para o nível de
Licenciatura.
Este processo tem como participantes os
candidatos, como também um grupo de
funcionários de departamentos e ou sectores que
interagem até que o candidato se torne
efectivamente estudante. Após a primeira
inscrição e matrícula, nos anos a subsequentes os
estudantes fazem apenas matrículas. A seguir a
ilustração do processo.
Figura2: Processo de Inscrição e Matrícula de
Estudante
Fonte: Adaptado pela Autora
3.1.1 Descrição do processo de Inscrição e
Matrícula de Estudante
O processo de inscrição e matrícula inicia
(figura2) quando o estuante já tem conhecimento
sobre os requisitos e decide prosseguir. Para tal:
1. O estudante dirige-se a faculdade e
solicita requisitos para efectuar a
inscrição;
2. A secretaria informa sobre os requisitos;
3. O estudante reúne os requisitos;
4. O estudante efectua o depósito do valor
da taxa de matrícula;
5. O estudante dirige a faculdade,
precisamente à Secretaria, onde
apresenta os documentos pré-requisitos
e adicionalmente o comprovativo de
depósito da taxa de inscrição;
6. Por sua vez a Secretaria (um
funcionário da Secretaria), recebe os
documentos e disponibiliza o formulário
de inscrição ao estudante;
7. Este preenche e devolve;
8. A Secretaria efectua o registo da
inscrição no Primavera. Efectuado o
registo, emite-se o nib do estudante;
9. De seguida emite-se o recibo de
inscrição e solicita-se o pagamento da
matrícula através do nib gerado que
consta no recibo;
10. O estudante deposita o valor de
matrícula e volta para apresentar à
Secretaria;
11. A Secretaria recebe o comprovativo de
pagamento e disponibiliza o formulário
 de matrícula;
12. O estudante preenche o formulário de
matrícula e devolve;
13. A Secretaria efectua o registo da
matrícula no Primavera e emite o recibo
da matrícula e este é disponibilizado ao
estudante;
14. O estudante recebe o comprovativo de
matrícula e o processo termina.
15. Na sequência a Secretaria envia os
documentos ao Registo Académico
(R.A.) para criação do processo
individual do estudante e arquivo dos
mesmos.
16. Caso o estudante não seja novo ingresso
(esteja inscrito), o mesmo efectua a
renovação anual da matrícula. Para tal,
ele segue a sequência do décimo passo
até ao fim.
3.2 Cadastro e Atribuição de Conta de
Estudantes no Moodle
O cadastro e atribuição de contas de estudantes
depende o processo anterior, isto é, os estudantes
estarem devidamente inscritos e matriculados
(Figura2). Também devem estar registados no
sistema do R.A., o eSURA.
O processo tem como participantes quatro
departamentos e ou sectores, a Secretaria, o R.A.,
o ITC e as Coordenações dos cursos. A seguir a
ilustração do processo.
Figura3: Processo de Cadastro e Atribuição de
Conta de Estudantes no Moodle

3.1.2 Análise do processo de Inscrição e

Matrícula de Estudante

O processo de inscrição e matrícula de estudante

(Figura2) ocorre entre dois atores, no qual o
protagonista é a secretaria, o estudante depende
da mesma para que a sua inscrição ou matrícula
seja efectuada. Verifica-se que o processo segue
uma sequência de actividades, as quais carecem
de tempo significativo entre os dois
intervenientes. O estudante primeiro faz a
inscrição e depois a matrícula em momentos
distintos de acordo com as instruções da
secretaria. A Secretaria efectua uma tarefa de
cada vez influenciando no tempo de execução do
processo. A validação dos dados depende Fonte: Adaptado pela Autora
principalmente dos pagamentos efectuados.
Recursos envolvidos:
 Estudante: cópia de BI, 2 cópias de
certificado, certificado militar, fotos tipo
passe (4), dinheiro das taxas, tempo para
efectuar depósitos duas vezes e para se
dirigir a faculdade pelo menos em dois
momentos distintos.
3.2.1 Descrição do processo de Cadastro e
 Secretaria: dois formulários, um de Atribuição de Conta de Estudantes no
inscrição e outro de matrícula para cada Moodle
novo estudante, caso seja renovação de
matrícula um formulário. Um O processo de cadastro e atribuição de conta
computador (hardware) que contém o de estudantes no Moodle (Figura3) inicia
sistema Primavera (software), tempo depois da inscrição do estudante, no
para atendimento ao estudante em pelo momento em é gerado um nib, e culmina
menos dois momentos distintos duas com a disponibilização de contas aos
folhas de papel de recibo. estudantes, ora vejamos:
 1. A Secretaria envia os documentos Este processo conta com a iteração de cinco
dos estudantes ao R.A., departamentos e ou sectores. A seguir a
adicionalmente uma lista gerada no ilustração do processo.
sistema Primavera que contém nibs
dos estudantes; Figura4: Processo de Pedido de Correção de
2. O R.A. efectua o registo de Notas
estudantes no sistema eSURA;
3. A posterior o R.A. emite a lista de
estudantes de cada curso e envia ao
ICT;
4. O ICT por sua vez regista cada
estudante no Moodle e atribui contas
(emails) e senhas iniciais dos
mesmos;
5. O ICT envia as contas e senhas
alistadas aos coordenadores dos
cursos;
6. Por fim os coordenadores
disponibilizam as contas e senhas
aos estudantes.

3.2.2 Análise do processo de Cadastro e

Atribuição de Conta de Estudantes
no Moodle

O processo de cadastro e atribuição de conta

de estudante (Figura3) ocorre com a iteração de
quatro atores, Secretaria, Registo Académico,
ICT e Coordenação. A atribuição efectiva da
conta e sua respectiva senha decorre no TCT, no
entanto o processo passa inicialmente pela
Secretaria e Registo Académico e a posterior
pela Coordenação para a disponibilização destes.
Ocorrem três registos sobre os mesmos dados.
Os dados inseridos são os mesmos inicialmente
inseridos na plataforma primavera.
Recursos envolvidos:
 Secretaria: plataforma Primavera, lista
impressa no papel;
 Registo Académico: plataforma eSURA,
lista impressa em papel;
 ICT: plataforma Moodle, lista impressa
no papel;
 Coordenação: lista impressa pelo ICT.
3.3 Pedido de Correcção de Notas de Testes
O processo de pedido de correcção de nota
ocorre (Figura4) quando o estudante constata que
a nota que consta na pauta de frequência não
corresponde e decide comunicar ao docente.
Fonte: Adaptado pela Autora
3.3.1 Descrição do processo de Pedido de
Correcção de Notas de Testes
O processo de pedido de correcção de nota de
testes (Figura4) inicia quando o estudante
averigua que uma das notas que constam da
pauta de frequência não é verdadeira e decide
reclamar até que a mesma seja corrigida e
publicada. O processo segue a seguinte
sequência:
1. O estudante comunica ao docente que a
nota que consta da pauta não está
correcta e apresenta o teste físico;
2. O docente confere o teste;
3. Depois redige uma carta dirigida ao
magnífico reitor solicitando a correcção
da nota e anexa a cópia do teste em
causa;
4. O docente submete à Direcção
Pedagógica e aguarda a resposta;
5. A Direcção Pedagógica encaminha à
Reitoria por email;
6. Por sua vez, a Reitoria autoriza a
correcção da nota, respondendo a
 correspondência pelo mesmo meio que a O processo de pedido de declaração de notas é
recebeu, decorrente de uma necessidade do estudante, em
7. A Direcção Pedagógica comunica ao que o mesmo recorre à faculdade para adquirir
docente que o pedido foi autorizado e ao esta. A seguir a ilustração do processo.
Registo Académico que houve uma
solicitação de correcção de nota que foi Figura5: Processo de Pedido de Declaração de
autorizado pela Reitoria; Notas
8. O docente entra em contacto com o
Registo Académico, onde se procede a
correcção da nota do teste;
9. O docente comunica ao estudante que a
correção do teste será efectuada;
10. O Registo Académico actualiza pauta e
solicita a assinatura;
11. O docente assina a pauta;
12. O Registo Académico publica a pauta;
13. Depois de publicada a pauta;
14. E o estudante confere a nova.

3.3.2 Análise do processo de Pedido de

Correcção de Notas de Testes

O processo de pedido de correção de notas

(Figura4) decorre com a iteração de 5 actores,
tendo o estudante como actor externo. A reitoria
é a entidade máxima que autoriza o pedido, para
que o mesmo seja de facto executado, o processo
passa por muitos intervenientes. Avaliado o
fluxo, a redundância de controlos não garante
que não haja fraude. São usados vários recursos,
regidos por burocracias para o mesmo. A base
fundamental do processo é o teste em questão.
Este processo pode ser executado sem
necessariamente precisar chegar a Reitoria.
Recursos envolvidos:
 Estudante: teste em causa;
 Docente: carta física redigida num
computador, tempo seguir o processo até
solucionar-se o problema;
 Direcção Pedagógica: meios eletrónicos
para o envio do pedido, tempo de espera
de resposta e comunicação aos
intervenientes;
 Reitoria: meios eletrónicos para autorizar
pedido;
 Registo Académico: sistema eSURA,
papel para publicação da pauta de
frequência.
3.4 Pedido de Declaração de Notas
Fonte: Adaptado pela Autora
3.4.1 Descrição do processo de Pedido de
Declaração de Notas
O processo de pedido de declaração de notas
(Figura5) inicia quando o estudante deposita o
valor da taxa e culmina quando o mesmo tem a
declaração almejada, este deve durar no máximo
cinco dias. A O processo segue a seguinte
sequência:
1. O estudante deposita o valor da taxa e
apresenta à secretaria;
2. A Secretaria fornece o formulário de
pedido de declaração ao estudante;
3. O estuante preenche e submete;
4. A Secretaria dá entrada do documento e
encaminha a sector de Administração;
5. A Administração verifica a situação
financeira do estudante;
6. Caso o estudante seja devedor indefere o
pedido, adicionalmente informa o valor
em dívida e envia o documento à
secretaria;
7. Por sua vez a secretaria comunica
através do documento o indeferimento e
 o valor em dívida;
8. O estudante recebe a comunicação e
decide mediante suas condições se
desiste do processo ou regulariza a
situação;
9. Caso o estuante decida regularizar, o
mesmo efectuua o pagamento e volta a
submeter o pedido;
10. Caso o estudante tenha a situação
financeira regular, a Administração
autoriza e encaminha o pedido para o
Registo Académico;
11. O Registo Académico emite a declaração
e envia-a para assinatura;
12. A Direcção da Faculdade na pessoa da
directora efectua a assinatura da
declaração e devolve-a à Secretaria;
13. A Secretaria efectua uma cópia da
declaração, de seguida disponibiliza a
declaração ao estudante e envia a cópia
ao Registo Académico para ser
arquivada;
14. O estudante recebe a declaração;
15. Registo Académico arquiva a cópia da
declaração no processo individual do
estudante.
3.5 Pedido de Realização de Exames
Extraordinários ou Especiais e ou
Externos
O pedido de realização de exames extras depende
principalmente de o estudante ter admitido ao
exame, isto é, é a condição essencial, adicionada
da fundamentação do motivo que impossibilitou
de realizar o exame em tempo útil ou ainda por
reprovação.
O exame extraordinário é solicitado em caso do
estudante ter ficado com apenas uma disciplina
para culminar o curso.
O exame especial é solicitado se o estudante é
afetado pela mudança de currículo e a disciplina
em causa não tem equivalência do novo
currículo.
O exame externo é solicitado em caso do
estudante ter reprovado nos exames normais e de
recorrência. A seguir a ilustração do processo.
Figura6: Processo de Pedido de Realização de
Exames Extraordinários ou Especiais e ou
Externos

3.4.2 Análise do processo de Pedido de

Declaração de Notas

Este processo decorre com a iteração de cinco

intervenientes, o estudante, a Secretaria, a
Administração, o Registo Académico e a
Direcção da Faculdade. O processo passa por
uma sequência de passos para se verificar a
situação financeira do estudante, no entanto, a
secretaria também faz uso do Primavera. O a
emissão da declaração de notas do estudante só é
validada quando se constata que o mesmo se
encontra em situação financeira regular.
Recursos usados:
 Estudante: tempo e dinheiro; Fonte: Adaptado pela Autora
 Secretaria: folha de formulário,
tempo para seguir a sequência até a
entrega do documento, este tempo 3.5.1 Descrição do processo de Pedido de
deve ser de 5 dias úteis; Realização de Exames Extraordinários
 Administração: sistema Primavera; ou Especiais e ou Externos
 Registo Académico: sistema eSURA
O processo de pedido de realização de exames
e arquivos individuais dos estudantes; extraordinários ou especiais e ou externos inicia
 Direcção da Faculdade: esferográfica e quando o estudante solicita a realização do
carimbo. mesmo e culmina com a autorização ou não
deste. Para tal o processo segue a seguinte
sequência:
1. O estudante escreve uma carta e submete
à Secretaria;
2. A Secretaria recebe e encaminha o
pedido à Direcção Pedagógica;
3. A Direcção Pedagógica solicita parecer
ao Registo Académico;
4. O registo Académico verifica o estado
do estudante em relação à admissão a
referente disciplina;
5. Caso o estudante tenha admitido à
disciplina o Registo Académico emite
parecer favorável;
6. A Direcção Pedagógica autoriza a
realização do exame;
7. A Secretaria emite a carta de autorização
ao exame e solicita o pagamento pelo
mesmo;
8. O estudante recebe a autorização, paga a
taxa de exame e aguarda a data de
realização do mesmo;
9. A Secretaria emite o comprovativo de
pagamento.
10. Caso o estudante não tenha admitido ao
exame ou ainda tenha eliminado as
quatro oportunidades de realização do
mesmo o Registo Académico emite
parecer desfavorável;
11. A Direcção Pedagógica a indefere o
pedido e a Secretaria comunica que o
pedido foi indeferido.
3.5.2 Análise do processo de Pedido de
Realização de Exames Extraordinários
ou Especiais e ou Externos
O processo de pedido de realização de exames
extras ocorre com a iteração de 4 intervenientes,
o estudante, a Secretaria, a Direcção Académica
e o Registo Académico. Para que o processo de
facto se efective o Registo Académico deve
emitir o parecer, e o mesmo só é positivo se o
estudante tiver admitido ao exame na disciplina
em causa. Este me a possibilidade de mais duas
oportunidades de fazer o exame, depois das
quatro possibilidades o estudante deve repetir a
disciplina.
Recursos usados:
 Estudante: documento físico
redigido num computador, tempo de
espera;
 Secretaria: tempo de tramitação do
processo, computador para redação
de resposta, plataforma primavera
para emitir recbo;
 Direcção Pedagógica: tempo para a
sequência até ao parecer;
 Registo Académico: sistema
eSURA.
Avaliados os recursos e procedimentos usados
nos processos acima descritos pôde-se constatar:
 A maior parte dos processos não tem
período previamente estimado de
execução do processo, dependendo da
flexibilidade dos intervenientes dos
processos;
 Os processos obedecem a muita
burocracia de tal forma que há muito
desperdício de tempo na execução dos
mesmos, havendo actividades que podem
ser concorrentes, reduzindo desta forma
o custo operacional, como o caso do
processo de inscrição e matrícula, onde o
estudante tem que efectuar dois
depósitos em momentos diferentes para a
concretização e um mesmo processo,
como também o preenchimento de
formulários;
 A faculdade possui meios electrónicos de
processamento de dados, no entanto
funcionam de forma isolada havendo
redundância de registos em tarefas que
poderiam ser actualizadas de forma
automática.
4 Proposta de Modelo de Processos de
Negócio
Dos processos acima arrolados constata-se que
são funcionais, pois através deles são alcançados
os objectivos que se pretendem. No entanto para
gerar maior eficiência na prossecução dos
mesmos apresenta-se abaixo a proposta de
modelo de processos de negócio.
4.1 Processo de Inscrição e Matrícula de
Estudante
Para flexibilizar o processo de inscrição e
matrícula, torna-lo mais disponível ao estudante,
a proposta apresenta o processo com três opções,
das quais uma o estudante pode proceder a
inscrição e matrícula presencialmente, outra em
que o estudante pode efectuar as mesmas na
plataforma online e a opção para os estudantes
que renovam a matrícula efectuam pela
plataforma, abdicando-se de ir à faculdade para
efectuar a mesma. A Figura abaixo ilustra o
processo no seu todo coma as opções
mencionadas.
Figura7:Proposta de Processo de Inscrição e
Matrícula de Estudante
Fonte: Adaptado pela Autora
4.1.1 Descrição da proposta de processo de
Inscrição e Matrícula
Propõem-se que o processo siga a sequência
abaixo.
Para a inscrição e matrícula presencial:
1. O estudante dirige-se à secretaria, onde
apresenta os pré-requisitos;
2. De seguida a secretaria disponibiliza os
formulários de inscrição e matrícula;
3. O estudante preenche-os, anexa os
documento conferidos e devolve à
Secretaria.
4. Este por sua vez a Secretaria recebe os
formulários;
5. A Secretaria efectua o registo da
inscrição e da matrícula;
6. A plataforma Primavera gera o cadastro,
a Secretaria imprime a ficha de pré-
inscrição e solicita pagamento das taxas;
7. Caso o estudante possa efectuar o
pagamento imediato, a secretaria
disponibiliza o PoS, no qual o estudante
efectua o pagamento, caso não, o
estudante tem 48 horas para proceder;
8. Efectuado o pagamento o processo é
validado automaticamente e a secretaria
imprime o comprovativo;
9. O estudante recebe comprovativo e
termina o processo;
10. Caso o estudante não efectue o
pagamento em 48 horas o sistema
bloqueia e o mesmo deve solicitar
reabertura do processo.
Para a inscrição e matrícula online:
1. O estudante acede a plataforma web,
preenche os formulários de inscrição e
matrícula e anexa a documentação;
2. O estudante acede a folha de pagamento
e escolhe a forma de pagamento;
3. O estudante efectua o pagamento;
4. O estudante visualiza a ficha de inscrição
que pode a imprimir caso deseje,
adicionalmente visualiza a nota de
solicitação de documentos físicos que
devem ser enviados em 5 dias;
5. O estudante efectua o envio de
documentos e seus processos de
inscrição e matrícula está finalizado.
Para a renovação de matrícula online:
1. O estudante acede a plataforma e
preenche o formulário de matrícula;
2. O mesmo escolhe a forma de pagamento
a efectua,
3. Efectua o pagamento da taxa de
matrícula;
4. Visualiza a ficha de matrícula a qual
pode imprimir e assim termina o
processo.
Pode-se verificar que há uma redução
significativa de sequências do processo em todos
os casos. Os processos online são mais amigáveis
para os estudantes, podendo estes efectuar sem
sair de casa, salvo o momento em que deve
enviar os documentos físicos. O tempo de
execução dos processos também reduz
significativamente.
4.2 Cadastro e Atribuição de Conta de
Estudantes no Moodle
A proposta de cadastro e atribuição de contas no
moodle é completamente automática, esta decore
em simultâneo com algumas actividades do
processo de inscrição e matrícula. Quando a
aplicação efectua o cadastro do estudante, a
mesma replica o cadastro nas outras aplicações
que se fazem necessárias. Abaixo a ilustração do
processo.
Figura8:Proposta de Processo de Cadastro e
Atribuição de Conta de Estudantes no Moodle
Fonte: Adaptado pela Autora
4.2.1 Descrição da proposta de processo de
Cadastro e Atribuição de Conta de
Estudantes no Moodle
Propõem-se que cadastro e atribuição de conta
de estudantes no moodle decorra da seguinte
forma:
1. O processo inicia depois da secretaria
acionar o cadastro de estudante, onde o
Primavera gera o cadastro;
2. Adicionalmente o mesmo efectua
replias do cadastro para dos sistemas
eSura e Moodle que se comunicam a
ele;
3. Por sua vez o Moodle depois de
efectuar o registo cria a conta de
estudante a pré senha e disponibiliza ao
Primavera;
4. O Primavera lista a conta do estudante
na ficha de inscrição;
5. Caso o estudante tenha feito a inscrição
online o Primavera envia por email a
conta e a pré-senha (a qual deve ser
imediatamente alterada);
6. Cas o estudante tenha feito a inscrição
presencial a responsabilidade de
informar como aceder à plataforma è da
secretaria.
A proposta reduz o número de intervenientes
para o cadastro e criação de contas no moodle. O
tempo de execução do processo é inexistente,
não se percebendo, por este decorrer em
simultâneo com a inscrição do docente. O
processo usa menos recursos financeiros como
papel, menos recursos tecnológicos, sendo que
ninguém precisa digitar novamente os dados.
4.3 Processo de Pedido de Correcção de
Notas de Testes
A proposta de pedido de correção de notas que
abaixo se apresenta reestrutura a actual
(Figura4), minimizando os intervenientes.
Avaliado o processo constatou-se que o mesmo
passa por vários departamentos em que o mesmo
é encaminhado, de acordo com as funções
exercidas nota-se que não se faz necessário a
autorização para correção de notas de teste ao
mais alto nível da instituição, podendo ser
autorizado a nível da Direcção Académica. O
fluxo de informação não precisa necessariamente
ser efectuado presencialmente. No entanto faz-se
necessário efectuar a conferência do teste
presencialmente. O processo decorre como
ilustra a figura abaixo:
Figura9:Proposta de Processo de Pedido de
Correção de Notas
Fonte: Adaptado pela Autora
4.3.1 Descrição da proposta de processo de
Pedido de Correcção de Notas de Testes
Propõem-se que o processo de pedido decorra da
seguinte forma:
 1 O estudante constata que a nota que
consta no sistema (nesta proposta
mostra-se um cenário em que a consulta
de notas é efectuada no Moodle) não
corresponde a nota do teste. Desta forma,
o estudante comunica ao docente e
adicionalmente apresenta o teste físico;
2 O docente confere o testo, caso a
reclamação seja legítima o docente
efectua uma solicitação de correcção da
mesma na plataforma, detalhando a nota
incorrecta e a real adicionalmente
fundamenta a solicitação;
3 O sistema emite um alerta de solicitação
à Direcção Pedagógica, esta, autoriza a
alteração;
4 Por sua vez o sistema emite um alerta de
solicitação ao Registo académico e este
efectua a correcão da nota no mesmo,
este actualiza;
5 O sistema envia uma notificação ao
estudante e este verifica a nota retificada.
Neste processo, o sistema tem protagonismo na Fonte: Adaptado pela Autora
medida em que, minimiza o tempo alertando aos
intervenientes as alterações efectuada. Há
minimização de tempo de respost ao estudante e 4.4.1 Descrição do processo de Pedido de
menos recursos envolvidos. Declaração de Notas

A proposta de pedido de declaração de notas

4.4 Processo de Pedido de Declaração de
Notas
A proposta de pedido de declaração também
enfatiza a realização de pedidos à distância. Para
além do pedido efectuado, a proposta também
ilustra a iteração entre os diversos sectores da
FGTI que interagem para a efectivação do
pedido. A figura abaixo ilustra a proposta de
modelo:
Figura10: Proposta de Processo de Processo de
Pedido de Declaração de Notas
propõem que o processo decorra da seguinte
forma:
1. O estudante acede a plataforma e solicita
a declaração de notas;
2. O sistema visualiza o seu ambiente e
verifica a situação financeira do
estudante, caso o mesmo tenha dívidas o
sistema bloqueia a da proposta acção e
visualiza a dívida;
3. Caso a situação do estudante seja regular
o sistema gera a declaração e emite um
alerta ao Registo Académico;
4. O Registo académico emite a declaração
e envia para assinatura;
5. A Direcção da Faculdade efectua
assinatura da declaração, carimba e envia
à Secretaria;
6. O sistema emite uma nota de declaração
pronta;
7. A Secretaria efectua uma cópia da
declaração; e entrega a original ao
estudante a cópia envia ao Registo
Académico para ser arquivada no
processo individual do estudante.
Na proposta o fluxo de tarefas internas reduz
significativamente. A iteração com o sistema
reduz a distância entre os sectores e o estudante
dirige-se â secretaria com a certeza de que terá o
seu pedido satisfeito. Há uma redução
significativa de custos operacionais.
4.5 Pedido de Realização de Exames
Extraordinários ou Especiais e ou
Externos
A proposta de pedido de realização de exames
extras apresenta um novo cenário, em que os
pedidos são efectuados na plataforma Moodle,
para efeitos foi desenhada como modelo a figura
abaixo.
Figura11:Proposta de Processo de Pedido de
Realização de Exames Extraordinários ou
Especiais e ou Externos
Fonte: Adaptado pela Autora
4.5.1 Descrição de processo de Pedido de
Correcção de Notas de Testes
Propõem-se que o processo de pedido de pedido
de realização de exames extras decorra da
seguinte forma:
1. O estudante acede a plataforma e solicita
o exame;
2. O sistema verifica o estado do estudante
em relação à admissão a disciplina, caso
o estudante não tenha admitido ao exame
o sistema bloqueia o pedido e visualiza
uma nota de cancelamento;
3. Caso o estudante tenha admitido ao
exame e não tenha excedido a a
oportunidades de realização de exame o
sistema visualiza solicitação de
pagamento de taxa de exame;
4. O estudante efectua o pagamento da taxa
e aguarda a realização do exame;
5. O sistema visualiza o comprovativo de
pagamento o qual pode ser impresso.
A proposta reduz a interação entre vários
intervenientes, liberalizando os departamentos
para outras actividades, minimiza o tempo de
execução do mesmo, permitido que o estudante
em pouco tempo e com menos recursos proceda
seu pedido.
5 Considerações Finais
Com a produção do atrigo aqui atente, foi
possível de forma documentada ilustrar como os
processos actuais da FGTI se desenrolam, isto é
os cinco processos arrolados no artigo.
Foram tomados em atenção os cinco frameworks
de gestão de SI na descrição dos fluxos dos
processos, podendo se encontrar a descrição dos
procedimentos, os aplicativos usados, os dados
inseridos, os sectores/departamentos onde são
realizadas as actividades e com menor destaque
os recursos de hardware usados.
A proposta foi melhor gerir os desenvolvida,
como forma de mitigar a redundância de custos
operacionais, matérias e ou financeiros e de
recursos humanos constatados. Esta minimiza o
nível de burocracias procedimentares das tarefas
para se concluir os processos. E ainda tem foco
na eficácia da execução destes, observando-se a
minimização do tempo e eficiência, na medida
em que os processos são realizados com sucesso
e menos recursos possíveis.
Existe portanto a necessidade da FGTI tomar em
consideração a proposta de modelo de processos
de negócio aqui apresentada, passível a
correções, com vista a melhorar os actuais
processos e mesmo.
Referencias Bibliográficas
CASACA, J. M. (07 de 2018). Modelação de
Processos de Negócio. Porto, Portugal.
Obtido em 12 de 03 de 2019, de
http://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/11919
/1/DM_JorgeCasaca_2018_MEI.pdf
Jacobs, W., & Costa, M. (10 de 2018).
MODELAGEM DO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
UTILIZANDO O BPM E O DFSS: UM
ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA
DE PEDRAS SEMIPRECIOSAS. Brasil.
Obtido de
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2
012_TN_STO_161_940_20374.pdf

MPF, S. J. (2013). Manual de Gestão por Processos.

Brasília, Brasil. Obtido em 13 de Março de
2019, de http://www.mpf.mp.br/conheca-o-
mpf/gestao-estrategica-e-modernizacao-do-
mpf/escritorio-de-
processos/publicacoes/livros/manualdegestao
porprocessos.pdf