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CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 2

DISTRIBUIÇÃO DAS AULAS - 1º ANO


1º SEMESTRE:
40h

TEMA CONTEÚDOS / AULA CARGA HORÁRIA

Aula 1: Apresentação da Disciplina Projeto de Vida 50’


Aula 2: Conhecendo as Normas/Regras da Escola 50’
ACOLHIDA
Aula 3: Memória Fotográfica I 50’
5h
Aula 4: Memória Fotográfica II 50’
Aula 5: Cápsula do Tempo 50’
Aula 6: A Importância da Saúde Emocional 50’
Aula 7: Auto Retrato I 50’
Aula 8: Auto Retrato II 50’
Aula 9: Autoestima 50’
Aula 10: Meus Pensamentos 50’
SAÚDE Aula 11: O Que Ficou de Bom e de Ruim 50’
EMOCIONAL Aula 12: Ser adolescente 50’
15h Aula 13: Controle Emocional I 50’
Aula 14: Controle Emocional II 50’
Aula 15: Vamos falar sobre racismo? 50’
Aula 16: Racismo não é bullying, é crime! 50’
Aula 17: O que fazer com o racismo? 50’
Aula 18: Como eu Me vejo? 50’
Aula 19: Bullying: Dentro dos Nossos Muros 50’
Aula 20: Bullying: Eu Participo? 50’
Aula 21: A Importância da Saúde Física e Mental 50’
Aula 22: Namoro e Amizade I 50’
Aula 23: Homem e Mulher – Relações de Gênero I 50’
Aula 24: Homem e Mulher – Relações de Gênero II 50’
Aula 25: Paternidade/Maternidade: Agora ou Depois? I 50’
SAÚDE FÍSICA
Aula 26: Paternidade/Maternidade: Agora ou Depois?
11h 50’
II
Aula 27: O que são Drogas? 50’
Aula 28: O Crack e outras Drogas 50’
Aula 29: Em Busca dos Porquês 50’
Aula 30: Ouvi Dizer... 50’
Aula 31: Qualidade de vida 50’
Aula 32: O que Significa Comunidade? 50’
Aula 33: Minha Comunidade tem Identidade 50’
Aula 34: Comunidade: Lugar Aberto às Diferenças 50’
SAÚDE Aula 35: Direitos Humanos e Cidadania I 50’
COMUNITÁRIA Aula 36: Direitos Humanos e Cidadania II 50’
9h Aula 37: Comunidade: Meus Vínculos Afetivos 50’
Aula 38: Conflitos na Comunidade 50’
Aula 39: Transformando a Comunidade (Sensibilização) 50’
Aula 40: Concordo ou Discordo? 50’
CARGA HORÁRIA TOTAL 1º SEMESTRE 40H
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SEMANA DE ACOLHIDA
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 4

TEMA SEMANA DE ACOLHIDA


Apresentação da Disciplina de Projeto de Vida

AULA  Integrar a turma.


 Sensibilizar os estudantes para o que eles vão

1 OBJETIVOS vivenciar durante o ano.


 Apresentar a proposta da unidade curricular.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO:
Vivência: Carrossel
O professor convida o grupo a fazer uma grande roda e pede que todos deem as mãos.
(Antes explicar a “circulação da energia” – a mão esquerda recebe /a mão direita doa).
O professor dá números (1,2) para todo o grupo e pede que os de número 01 deem um
30’ passo a frente. Em seguida, forma dois círculos (um dentro do outro) e explica que,
quando começar a tocar a música, eles devem girar em direções opostas. Explicar então
que, quando a música parar, os de dentro devem se virar formando uma dupla com a
pessoa em frente a ela, do círculo de fora. Eles vão conversar sobre o tema que o
professor propor.
 O professor coloca uma música alegre. Quando a música para, o jovem do
círculo de dentro conversa com o jovem a sua frente, do círculo de fora.
Assuntos: nome, onde mora, escola de origem, um sonho, algo que gosta,
expectativa com o início do ano letivo. Circula várias vezes. Na última, os pares
formam uma grande roda e um apresenta o outro.
Fonte: adaptado de exercício proposto no livro Aprendendo a Ser e a Conviver,
SERRÃO,Margarida e BALEEIRO, M. Clarisse. FTD, 1999. Pg.101
DESENVOLVIMENTO
15’ O professor apresenta para a turma a unidade curricular PROJETO DE VIDA – as
saúdes que serão trabalhadas ao longo do ano. Utilizar slides disponíveis no
material de suporte ao professor.

ENCERRAMENTO
5’ Cada estudante traz uma palavra que represente o sentimento do dia.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Equipamento de som
 Música animada
 PPT do Projeto de Vida
 Kit multimídia
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TEMA SEMANA DE ACOLHIDA


Conhecendo As Normas/Regras da Escola e Construindo O
Contrato de Convivência
AULA  Apresentar e esclarecer as Normas/Regras de
funcionamento da escola.
2 OBJETIVOS
 Construir com os estudantes o contrato de
convivência da turma.
 Observar atitudes, saberes, conhecimentos
prévios trazidos pelos estudantes.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
Atividade: Aquecimento: 1, 2, 3
O professor aquece a turma falando que começarão o dia com um jogo. Depois,
pedir que formem um círculo e fiquem atentos às REGRAS:
1ª Regra: Explicar que irão contar de um a três, rodando o circulo (um, dois, três;
um, dois, três...). Cada pessoa fala um número. O primeiro da sequencia fala o
número 1. O segundo da sequencia o número 2 e assim por diante. Apontar um
estudante para começar. Passar a sequência duas vezes com todo o grupo.
2ª Regra: Quando o número a ser pronunciado for o número UM, ao invés de falar
o número, o estudante bate palma. Os outros números devem ser pronunciados
15’ normalmente. Passar a sequência duas vezes com todo o grupo.
3ª Regra: Quando o número a ser pronunciado for o numero DOIS, ao invés de
falar o número, o estudante bate com as duas mãos na barriga. O número 3 deve
ser pronunciado normalmente. Começa a complicar. Passar a sequência duas
vezes com todo o grupo.
4ª Regra: Quando o número a ser pronunciado for o número TRES, ao invés de
falar o número, dar um pulo. O professor passa a sequência duas vezes com todo
o grupo.

Quem for errando, vai saindo do jogo. Ao final, o professor pergunta o que
acharam e solicita que reflitam sobre cumprimento de regras.
DESENVOLVIMENTO
O professor:
 sonda o nível de conhecimento da turma sobre as normas/regras da
escola;
 divide o quadro branco ao meio;
 coloca de um lado o que os estudantes sabem sobre as normas/regras
da EEEP e do outro lado o que eles gostariam de saber (Por ex.: horários
de funcionamento; o que acontece quando o estudante se atrasa;
sistema de avaliação; dentre outras).
30’
Abre-se uma discussão esclarecendo as dúvidas.

Construção do contrato de convivência:

Inicialmente o professor explica o que é o contrato de convivência e a sua


importância para a turma.

A seguir, o professor divide a turma em grupos de 05 estudantes e orienta para


que escrevam o que consideram NECESSÁRIO constar no Contrato. Depois, cada
grupo apresenta sua produção e o professor vai listando em uma folha de papel
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A1 ou madeira o que os estudantes vão trazendo, formando o contrato (atenção


para os itens que aparecem repetidos e para os que não apareceram e são
essenciais para a convivência grupal, como o sigilo e o respeito aos conteúdos
trazidos nos grupos). Ao final os estudantes assinam o contrato.

ENCERRAMENTO
Orienta para que um estudante de cada equipe avalie a aula com uma palavra.
5’
Observação: o professor solicita aos estudantes que tragam para a próxima aula
uma fotografia que eles gostam muito/ que seja a cara deles/ que seja significativa.

MATERIAIS NECESSÁRIOSS
 Papel ofício
 Caneta
 Papel Madeira ou A1
 Pincel atômico
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TEMA SEMANA DE ACOLHIDA


Memória Fotográfica – I
 Fortalecer o vínculo entre os estudantes.
AULA  Possibilitar a percepção de si e do outro, de uma
forma vivencial.
3 OBJETIVOS
 Resgatar as memórias de cada um, valorizando as
histórias pessoais.
 Promover maior conhecimento e entrosamento
grupal e uma convivência mais solidária e
cooperativa.
TEMPO ATIVIDADES

INTRODUÇÃO
O professor convida a todos para sentarem em círculo no chão e orienta para
5’
que os estudantes façam exercícios de respiração e de contato consigo mesmo,
ao som de uma música suave.
DESENVOLVIMENTO
Vivência: Memória Fotográfica
Após o momento do relaxamento, o professor pede que cada jovem coloque a
sua frente a foto que trouxe e fique em contato com ela, lembrando o momento
em que foi tirada. Cada um, voluntariamente, inicia a explicação da razão da
escolha daquela foto para compartilhar. Ao concluir a última participação, o
professor comenta o sentido do compartilhamento destes “fragmentos de vida”,
tão importantes para cada um.
Ressaltar com o grupo a questão do sigilo. O que foi compartilhado pertence
40’ somente ao grupo, não deve ser levado ao ambiente exterior.
Sugestão para quem tem turmas menores:
Montagem de um “Ritual”: colocam-se alguns elementos da cultura local em um
tecido grande no meio do círculo.
O professor introduz um bastão como um elemento utilizado nas culturas
indígenas. Quando uma pessoa fala, pega o bastão e diz: “eu sou fulano e vou
contar uma história”. Em seguida, coloca a sua foto num local escolhido no tecido
e conta a história da foto. Ao final diz: “Eu sou fulano e falei”, passando o bastão
para outro integrante. Ao final, o professor conclui da mesma forma proposta
acima.
ENCERRAMENTO
5’ O professor informa para a turma que as apresentações continuarão na
próxima aula.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Fotografias (Cada estudante traz uma foto, não precisa estar
necessariamente da própria pessoa, basta que seja significativa para
ele);
 Aparelho de som;
 Música suave;
 Objetos da cultura popular de acordo com a região (chapéu de palha,
rapadura)
 Bastão
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TEMA SEMANA DE ACOLHIDA


Memória Fotográfica II
 Fortalecer o vínculo entre os estudantes.
AULA  Possibilitar a percepção de si e do outro, de uma
forma vivencial.
4 OBJETIVOS
 Resgatar as memórias de cada um, valorizando as
histórias pessoais.
 Promover maior conhecimento e entrosamento
grupal e uma convivência mais solidária e
cooperativa.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor convida a todos para sentarem em círculo no chão e orienta para
5’
que os estudantes façam exercícios de respiração e de contato consigo mesmo,
ao som de uma música suave.
DESENVOLVIMENTO
40’
O professor retoma a vivência “Memória fotográfica” iniciada na aula anterior.
ENCERRAMENTO
O professor faz um fechamento coletivo, fazendo alusão à importância de cada
um, do respeito aos sentimentos e valores dos outros, dos laços construídos e
5’
da formação do grupo que é feito com a contribuição de cada pessoa.
Finaliza-se com um agradecimento grupal através de apertos de mãos com os
colegas dos lados.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Fotografias (Cada estudante traz uma foto, não precisa estar
necessariamente da própria pessoa, basta que seja significativa para
ele)
 Aparelho de som
 Música suave
 Objetos da cultura popular de acordo com a região (chapéu de palha,
rapadura)
 Bastão
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TEMA SEMANA DE ACOLHIDA


Viajando na cápsula do Tempo
AULA  Sensibilizar os estudantes para o que eles vão
vivenciar durante o ano.

5 OBJETIVOS  Dar continuidade à Acolhida ao 1º ano de Projeto de


Vida.

 Abertura ao Novo; Amabilidade e


Conscienciosidade
COMPETÊNCIA
SOCIOEMOCIONAL

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO:
Vivência: A CAMISETA
 Perguntar ao grupo: “Vocês sabem o que é alquimia?” Esperar que eles falem
sobre a transformação de metais simples em ouro. Falar que eles estão
prestes a participar de uma transformação, em algo que será como ”ouro”
5’ para o grupo.

DESENVOLVIMENTO
40’  Explicar que eles agora, vão desenvolver uma “alquimia”: eles vão,
inicialmente, transformar a folha de papel em um barco.
 Perguntar ao grupo se eles sabem fazer barquinhos de papel. Pedir a alguém
que sabe que venha ao centro e vá explicando o “passo-a-passo” para a
turma.
 (Eles podem confeccionar seus barcos em pequenos trios, de forma a que,
aqueles que não sabem montar, tenham a ajuda dos outros)
 Enquanto eles estão construindo, fazer uma alegoria com o Barco – que
nesse momento, se prepara para leva-los a outras “terras”, onde estão: a
investigação, os projetos, a descoberta!
 Quando todos concluem seus barcos, prepará-los para um novo processo
“alquímico”: eles deverão rasgar, em formato de “U” as pontas do barco –
dos dois lados e da “vela” com cuidado, devem “desmanchar” o barco e ver o
que forma.
 Surpresa!!!! Todos agora tem uma camiseta! Eles deverão colocar NA FRENTE
o seu nome e NO VERSO ou DENTRO, sua expectativa!!!! Na sequencia,
disponibilizar lápis de cores e outros materiais para que customizem suas
camisetas.
 Convidá-los agora, a formar um círculo. Explicar que eles irão criar uma
“cápsula do tempo” (quem do grupo sabe o que é uma cápsula do tempo?) e
nela, colocarão suas camisetas. Nela também, poderão colocar algo – uma
foto, uma imagem, qualquer coisa que represente O MOMENTO PRESENTE.
 Cada um irá apresentar sua camiseta, (o jovem não necessariamente lê o que
colocou, mas dirige-se ao centro do círculo e coloca a camiseta na caixa).
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 10

 Convidá-los, após todos terem depositado as camisetas, a customizar a caixa


também, afinal, ela guarda sonhos, expectativas e características desse grupo
e deve ter sua cara.
Ao final, fechar lembrando que nossa trajetória será assim: de transformações,
de alquimias, de desenvolvimento de habilidades, mas sobretudo, de
fortalecimento do grupo. Ressalta também que as transformações vão
ocorrendo ao longo da vida , das vivências e que nada é estático, que podemos
ir evoluindo e se reinventando!

Obs: Professor solicite que na próxima aula tragam uma foto que eles gostam
muito, que é muito significativa!
ENCERRAMENTO
5’  Convidá-los, após todos terem depositado as camisetas, a customizar a caixa
também, afinal, ela guarda sonhos, expectativas e características desse grupo
e deve ter sua cara.
Opcional: se houver local, eles podem guardar em um buraco, uma cripta, ou
local diferenciado, onde possam, ao final, resgatar.
MATERIAISNECESSÁRIOS
 Folha A4
 Tintas, pinceis, caixa de sapato, envelope branco
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 11

SAÚDE EMOCIONAL
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 12

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


A Importância da Saúde Emocional
AULA  Resgatar e valorizar a história individual de cada estudante.
 Intensificar a relação do estudante consigo e a visão que
6 OBJETIVOS cada um tem de si mesmo.
 Promover a reflexão sobre a personalidade dos estudantes.
 Refletir sobre a importância da saúde emocional.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor explica: na aula de hoje, iniciaremos o estudo de uma saúde presente
em todas as nossas ações: nossa saúde emocional e questiona:
“O que vocês entendem por isso?”
Em seguida, o professor propõe uma atividade relacionada ao nome de cada um.
Os estudantes realizam a atividade e falam sobre as lembranças/ reminiscências
que a atividades lhes trouxerem.
Atividade: Origem do nome
25’ O professor divide a turma em grupos de cinco estudantes. Cada estudante deve
contar a origem do seu nome dentro da equipe:
 Quem escolheu o seu nome?
 Em que situação isso aconteceu?
 Foi uma homenagem a alguém?
 Você se identifica com seu nome?
 Você conhece algum significado para o seu nome?
Depois, o professor solicita um voluntário por grupo, para falar qual o sentimento
que essa lembrança lhe traz.
DESENVOLVIMENTO
O professor faz uma leitura coletiva do texto “A importância da saúde emocional”.
15’
Coloca, juntamente com os estudantes, os pontos principais, correlacionando com
os aspectos da vida compartilhados coletivamente.
ENCERRAMENTO
10’ O professor solicita que 03 voluntários façam uma proposta para melhorar a saúde
emocional do grupo.
MATERIAL NECESSÁRIO
Caderno do Estudante – Texto: A Importância da Saúde Emocional
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 13

ANEXO
SAÚDE EMOCIONAL
AULA 6

A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE EMOCIONAL1

A Organização Mundial de Saúde- OMS define saúde emocional como “um estado de bem
estar onde o indivíduo realiza suas próprias habilidades, lida com os fatores estressantes
normais da vida, trabalha produtivamente e é capaz de contribuir com a sociedade”.
Ser saudável emocionalmente se refere às características psicológicas e de comportamento
positivas, pois não se restringe a ausência de problemas de saúde mental, como ansiedade
ou depressão.
A saúde emocional está relacionada à inteligência emocional.

Pessoas emocionalmente saudáveis possuem:


 Mais saúde física
 Maior produtividade
 Maior senso de contentamento
 Mais entusiasmo com a vida e capacidade de rir e se divertir
 Maior habilidade de lidar com o estresse e as adversidades
 Maior sentido de significado e propósito
 Mais flexibilidade para aprender e se adaptar às mudanças
 Maior equilíbrio entre trabalho e lazer
 Mais autoconfiança e autoestima
 Mais controle sobre suas emoções e comportamentos
 Mais resiliência*

*RESILIÊNCIA: Capacidade que o ser humano possui de reverter situações adversas,


de usar a força contrária de um dado evento a seu favor, de recuperar-se.

1
Fonte: http://espiritualounaturalube.blogspot.com.br/2011/05/o-que-e-saude-emocional.html -
Acesso em 30/01-/13
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 14

TEMA SAÚDE EMOCIONAL

AULA 
Auto Retrato I
Resgatar e valorizar a história individual de cada estudante.
 Intensificar a relação do estudante consigo e a visão que cada
7 OBJETIVOS

um tem de si mesmo.
Promover a reflexão sobre a personalidade dos estudantes.
 Refletir sobre a importância da saúde emocional.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
5’ O professor organiza a turma e desenvolve um clima de introspecção ao som de
uma música suave.
DESENVOLVIMENTO
Vivência: Criando um personagem
O professor ambienta a sala para a vivência e solicita que cada estudante desenhe
uma figura humana. Em seguida, pede que respondam por escrito às solicitações que
lhes serão feitas, descritas a seguir*:
 Saindo da cabeça do personagem, fazer um balão com três ideias que
ninguém irá modificar;
 Saindo da boca, fazer um balão com uma frase que foi dita e da qual se
arrependeu e outra frase que precisa ser dita e ainda não foi;
 Do coração, sair uma seta, indicando três paixões que não vão se extinguir.
Chamar a atenção do grupo para o fato de que o objeto da paixão não precisa
necessariamente ser alguém, podendo tratar-se de uma ideia, uma atividade
40’ e etc.
 Na mão direita, escrever um sentimento que este tem disponível para
oferecer;
 Na mão esquerda do personagem, escrever algo que ele tem necessidade de
receber;
 No pé esquerdo, escrever uma meta que deseja alcançar;
 No pé direito, escrever os passos que precisa dar em relação a essa meta.
O professor leva desenhado um boneco em um flip-chart ou cartolina, com as setas
designando o que deverá ser escrito em cada um para facilitar a compreensão da
técnica.

*Fonte: Adaptação do livro Aprendendo a Ser e a Conviver, SERRÃO, Margarida e BALEEIRO,


M. Clarisse. FTD, 1999. Pg.70
ENCERRAMENTO
10’ O professor recebe os personagens criados e lembra que, na próxima aula cada
estudante deverá apresentar o seu.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Som e música instrumental
 Papel /Lápis
 Flip-chart ou cartolina
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 15

TEMA SAÚDE EMOCIONAL

AULA 
Auto Retrato II
Resgatar e valorizar a história individual de cada estudante.
 Intensificar a relação do estudante consigo e a visão que cada
8 OBJETIVOS

um tem de si mesmo.
Promover a reflexão sobre a personalidade dos estudantes.
 Refletir sobre a importância da saúde emocional.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor recepciona os estudantes ao som de uma música suave e entrega os
5’
autorretratos desenhados na aula anterior. Em seguida, solicita que os estudantes
sentem no chão e entrem em contato com suas produções.
DESENVOLVIMENTO
Apresentação dos personagens:
Nesse momento, o professor convida aqueles que se sentirem a vontade para
40’
apresentar o seu autorretrato, deixando cada um à vontade. É importante não forçar
nenhum jovem a falar. Mas é necessário estimular todos os estudantes a
compartilharem seus personagens.
ENCERRAMENTO
5’
O professor solicita que três estudantes falem o que representou a aula.
MATERIAIS NECESSÁRIOS

 Aparelho de som
 Música instrumental
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 16

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


AULA Autoestima
 Possibilitar aos estudantes uma reflexão sobre seu valor,
9 OBJETIVO sua importância para os outros componentes do grupo e
para si mesmo.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor inicia a aula provocando uma tempestade de ideias:
20’  O que é autoestima?
 O que é autoconfiança?
Após, cada estudante responde o “teste da autoestima” no caderno do estudante.
DESENVOLVIMENTO
O professor lê com os estudantes o texto “O que é autoestima”. Após a leitura,
solicita que façam uma reflexão das principais ideias do texto.
25’ Observação: Nessa aula, o professor trabalha com os estudantes que os
pensamentos e intenções, crenças e valores pessoais, movem nosso
comportamento. Crenças são aprendidas, adquiridas e podem ser
modificadas.
ENCERRAMENTO
O professor conclui solicitando aos estudantes que façam uma reflexão sobre:
5’  Quais seus pensamentos e crenças pessoais?
 O que você pensa de si mesmo?
O professor ressalta: na próxima aula, falaremos mais sobre esse assunto.
MATERIAL NECESSÁRIO
 Caderno do Estudante – Texto: O que é autoestima?
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 17

ANEXO
SAÚDE EMOCIONAL
AULA 9
O QUE É AUTOESTIMA? 2

A forma como nos sentimos acerca de nós mesmos é algo que afeta crucialmente todos os aspectos
da nossa experiência. Nossas reações aos acontecimentos do cotidiano são determinadas por quem
e pelo que pensamos que somos. Os dramas da nossa vida são reflexos das visões mais íntimas que
temos de nós mesmos.
A autoestima é a chave para entendermos a nós mesmos e aos outros. De todos os julgamentos que
fazemos, nenhum é tão importante quanto o que fazemos sobre nós mesmos. A autoestima positiva
é requisito importante para uma vida satisfatória.
Vamos entender o que é autoestima. Ela tem dois componentes: o sentimento de competência
pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a autoestima é a soma da autoconfiança
com o autorrespeito. Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios
da vida (entender e dominar os problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios
interesses e necessidades).
Ter uma autoestima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, isto é, competente e
merecedor, no sentido que acabamos de citar. Ter uma autoestima baixa é sentir-se inadequado à
vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas ERRADO COMO PESSOA. Ter uma autoestima
média é flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar
essa inconsistência no comportamento – às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo –
reforçando, portanto, a incerteza.
A capacidade de desenvolver uma autoconfiança e um autorrespeito saudáveis é inerente à nossa
natureza. Entretanto, infelizmente, uma grande quantidade de pessoas não se sente assim. Muitas
sofrem de sentimentos de inadequação, insegurança, dúvida, culpa e medo de uma participação
plena na vida – um sentimento vago de “eu não sou suficiente”.
Poderemos nunca chegar a uma visão feliz de nós mesmos devido a informações negativas vindas
dos outros, ou porque falhamos em nossa própria honestidade, integridade, responsabilidade e
autoafirmação, ou porque julgamos nossas próprias ações com uma compreensão e uma compaixão
inadequadas.
Entretanto, a autoestima é sempre uma questão de grau. Não conheço ninguém que seja totalmente
carente de autoestima positiva, nem que seja incapaz de desenvolver autoestima. Desenvolver a
autoestima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da
felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que
nos ajudam a atingir nossas metas e a nos sentirmos realizados.
Desenvolver a autoestima é expandir nossa capacidade de ser feliz. Se entendermos isso,
poderemos compreender o fato de que para todos é vantajoso cultivar a autoestima.

COMO PODEMOS MELHORAR NOSSA AUTOESTIMA?3


A autoestima fortalece, dá energia e motivação.
Vamos, então, pensar em práticas simples, mas bastante efetivas, para nosso dia-a-dia?

2
Fonte: fragmentos de texto de Nathaniel Branden.
http://www.jecelo.com/livros/Dreamweaver/Arquivos/A/Autoestim-Comoaprenderagostardesimesmo. Acesso
02.02.2013
3
Fonte: http://www.ilv.com.br/noticias/2004/11novembro/portal/autoestima/oquee.html. 30/01/13 – 15h
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 18

1. Viver conscientemente. Participe intensamente daquilo que faz, busque estar aberto a
qualquer informação ou conhecimento que afirme interesses, valores, planos e metas.

2. Ter autoaceitação. Consiga ouvir críticas ou ideias diferentes sem se tornar hostil ou
competitivo.

3. Ter senso de responsabilidade. Cada um de nós é responsável pelo próprio bem-estar. A


pergunta não é "De quem é a culpa?", mas sempre "O que precisa ser feito?"

4. Integridade pessoal. Diga a verdade, honre compromissos e sirva de exemplo dos valores que
declaramos admirar. Trate os outros de maneira justa.

5. Lar em ordem. Abra portas e janelas e comece uma limpeza. Faça isso em todas as
dependências. Lembre-se, só fica o NECESSÁRIO!

6. Comer bem. Respeite os momentos das refeições. Evite falar sobre problemas. Acalme-se.

7. Prestar atenção em você. Perceba os seus pensamentos - os negativos e os positivos. Você


não é seus pensamentos, mas eles têm uma enorme força sobre a sua vida. Se você tem mais
pensamentos negativos, isto demonstra que você é uma pessoa negativa. Você pode mudar a
sua vida, mudando a qualidade de seus pensamentos, cultivando os positivos e os elevados.

8. Ter objetivos materiais e espirituais. O verdadeiro bem-estar só é alcançado por meio dos
objetivos espirituais. Procure se tornar uma pessoa mais paciente e amiga, além de sincera e
simples. Principalmente, uma pessoa que tenha fé e confiança na vida.

9. Fazer exercícios, meditar! Escolha um exercício que lhe agrade: caminhar, dançar e nadar são
os mais recomendados. O mais difícil é tomar a decisão de começar.

10. Utilizar seus talentos. Todos têm dons e talentos. Descubra quais são eles e comece a
colocá-los em prática.

11. Aceitar a vida. Pare já de reclamar. Volte sua mente para o que a vida oferece de bom. Ajude
ao próximo, aceite as pessoas como elas são e, principalmente, se aceite como você é, seu corpo,
sua personalidade. Mas aceitar não significa se acomodar com os problemas e dificuldades da
vida. Busque a força para mudar o que pode mudar e a aceitação para o que não pode ser
diferente.
12. Visitar a natureza. Pelo menos uma vez por mês, faça uma visita à mãe natureza. Pisar
descalço na terra descarrega as energias negativas. Não se esqueça: você é parte da natureza e
deve estar em harmonia com ela se quiser manter ou recuperar a qualidade de sua vida.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 19

ANEXO
SAÚDE EMOCIONAL
AULA 9

AVALIE SUA AUTOESTIMA4


O teste a seguir foi elaborado pela psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress
Management Association no Brasil (Isma-BR), a pedido de VEJA, com base numa pesquisa
internacional sobre autoestima. Marque a alternativa que mais se aplica ao seu caso. Ao final,
some quantas vezes cada alternativa foi marcada e multiplique pelo valor correspondente:
Raramente – 1 ponto / Ás vezes – 2 pontos / Sempre – 3 pontos.
Raramente Às vezes Sempre

1. Fico ofendido ao receber críticas

2. Quando passo por períodos de stress, minha saúde fica


debilitada e acabo doente

3. Faço coisas contra a minha vontade para agradar aos


outros e ser aceito no grupo

4. Costumo exagerar meus defeitos e minimizar minhas


qualidades

5. Ao conhecer alguém bem-sucedido, fico pensando: "Por


que não sou assim?"

6. Sinto que não posso contar com meus amigos, porque


nossa amizade é superficial

7. Sou perfeccionista e exijo muito mais de mim mesmo que


dos outros

8. Relacionar-me com outras pessoas é uma tarefa árdua, que


exige um enorme esforço

9. Antes de apresentar algum trabalho ou projeto, sinto que


vou fracassar

10. Evito criar intimidade com outras pessoas

11. Sinto-me inseguro ao encarar um novo desafio

12. Culpo-me quando as coisas não saem como o planejado

4
Fonte: Adaptado a partir do original disponível em: http://veja.abril.com.br/040707/teste_capa.shtml.
Acesso em 30.01.2013
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 20

13. Quando meu sucesso é reconhecido, desconfio dos elogios

14. Acho que pedir ajuda diante de um problema é sinal de


fraqueza

15. Antes de um compromisso social, fico inseguro

TOTAL
:

Avaliação
Até 17 pontos
Você tem uma visão positiva de si mesmo. Orgulha-se de ser quem é e valoriza suas habilidades
De 18 a 31 pontos
Sua autoestima pode melhorar. Preste atenção em como se sente em relação a si mesmo e aos
outros e, a partir daí, concentre seus esforços para reconhecer seu devido valor
Acima de 31 pontos
Sua autoestima está muito baixa. Essa percepção negativa que você tem de si mesmo pode
prejudicar sua qualidade de vida e seu prazer de viver. Se achar que não consegue melhorar a
autoestima sozinho, busque ajuda com profissionais que lhe inspirem confiança.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 21

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


AULA Meus Pensamentos

10  Possibilitar aos estudantes uma reflexão sobre seu valor,


OBJETIVO sua importância para os outros componentes do grupo e
para si mesmo.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor, convida a turma para assistir a mídia: Superação 2.
Link da mídia: http://www.youtube.com/watch?v=TnMBu55MoqE. Acesso em 12.09.2013
Após passar a mídia, o professor pergunta aos estudantes:
20’  Que tipo de pensamento tinha sobre si o rapaz que canta na mídia? Será que
ele sabia o potencial que tinha?
 O que ele precisou fazer para descobrir isso? Ficou em casa ou foi a luta?
 O que impulsionou o rapaz a enfrentar suas dificuldades?
DESENVOLVIMENTO
O professor entrega o instrumental: Pensamentos que temos sobre nós mesmos e
solicita que os jovens escrevam:
 Três pensamentos que você tem a seu respeito e que os considera
negativos.
 Três pensamentos que você tem a seu respeito e que os considera
25’ positivos.
Nesse momento, o professor trabalha com os estudantes: para descobrir o talento que
temos, muitas vezes precisaremos modificar alguns pensamentos negativos que temos
sobre nós mesmos.

Para isso, é necessário vencermos alguns sentimentos/pensamentos ruins que


favorecem a nossa baixa autoestima: medo, vergonha, raiva, ressentimento e etc.
ENCERRAMENTO
5’ O professor solicita cinco voluntários para compartilhar com o grupo três ações que
procurará incorporar a sua vida de forma a fortalecer sua autoestima.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Mídia: Superação 2
 Caderno do Estudante: Instrumental - Pensamentos que temos sobre
nós mesmos
 Kit multimídia
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 22

ANEXO
SAÚDE EMOCIONAL
AULA 10

Pensamentos que temos sobre nós mesmos


ESCREVA:
Três pensamentos que você tem a seu respeito e que os considera negativos:

1 _______________________________________________________

2 _______________________________________________________

3 _______________________________________________________

ESCREVA:
Três pensamentos que você tem a seu respeito e que os considera positivos:

1
________________________________________________________

2
________________________________________________________

3
________________________________________________________
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 23

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


AULA O Que Ficou de Bom e de Ruim
 Possibilitar aos estudantes uma reflexão sobre seu
11 OBJETIVO
autoconhecimento, seu valor, o que ficou de bom e de ruim
e a importância de contar consigo mesmo.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
5’ Com uma música suave, o professor começa a aula dizendo que todos farão uma
viagem no tempo. Solicita que por um instante, eles sintam a suavidade da música.
DESENVOLVIMENTO
Após a ambientação com a música, o professor faz a leitura coletiva do texto “Lobos”.
30’ Em seguida, pergunta a turma: “Qual o lobo que vocês tem alimentado mais?”.
Após a reflexão, o professor realiza uma roda de conversa sobre os dois lobos, sobre
os sentimentos que cada um tem alimentado mais.
ENCERRAMENTO
Atividade: Shopping Avaliativo
O professor forma dois círculos diferentes: um círculo grande externo e outro círculo
pequeno ao centro. O círculo pequeno deverá conter apenas 10 alunos – avaliação
15’
feita pelo círculo pequeno.
Nesta atividade de avaliação, os estudantes irão dizer o que compram e o que não
compram da aula do dia, ressaltando pontos positivos e negativos, como se
estivessem escolhendo o que comprar em um shopping.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Som e música instrumental
 Tarjetas
 Lápis
 Caderno do Estudante –Texto: Lobos
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 24

ANEXO
SAÚDE EMOCIONAL
AULA 11

LOBOS5

Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das
pessoas. Disse-lhe:
- A batalha é entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.

Um é MAU: a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si,
culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego.

O outro é BOM: alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade,


benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:

- Qual é o lobo que vence?

O velho índio respondeu:

- Aquele que nós alimentamos!

5
Fonte: http://www.novaquahog.com/2011/04/reflita-com-o-lobo.html - Acesso em 30.01.13 – 15h
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 25

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


Ser Adolescente6
 Possibilitar aos estudantes uma reflexão sobre a
AULA adolescência, características desse período e questões
comuns em relação aos colegas.
OBJETIVO
12
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
Recepcionar com a brincadeira tem na adolescência com a letra... ?
Em círculo, entregar um recipiente em que estejam todas as letras do alfabeto destacadas
5’ individualmente, ao som de uma música animada o professor passará o recipiente pelo
círculo e quando a música parar o aluno que estiver segurando o recipiente deverá dizer a
primeira ideia que vem à sua cabeça sobre o que há na adolescência com a letra sorteada, o
círculo deverá continuar a enumerar as ideias até que alguém erre.
DESENVOLVIMENTO
1. Grupo em semicírculo em frente ao quadro de giz.
2. Distribuir para cada pessoa uma folha de papel e um lápis.
3. O professor escreve na quadro a palavra ADOLESCENTE, pedindo ao grupo que crie
novas palavras, utilizando-se das letras que compõem esta fase da vida. Deixar claro
que é preciso respeitar o número de vogais e consoantes contidas na palavra matriz,
ou seja, as palavras criadas não devem ultrapassar o número de vogais e consoantes
existentes na palavra original. Exemplo: elo, ânsia, ídolo etc. Tentar listar o maior
25’
número possível de palavras.
4. Cada participante lê sua lista de palavras, enquanto o professor as escreve no
quadro.
5. Formar subgrupos, solicitando que tentem construir uma frase sobre a adolescência
que contenha o maior número de palavras ditas. Escrever no papel metro.
6. Apresentação das frases feitas pelos grupos.
7. Fechamento: O professor ressalta nas frases apresentadas os pontos mais
significativos sobre adolescência.
ENCERRAMENTO
20’
Em círculo cada aluno deverá dizer uma palavra sobre Adolescência
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Som e música instrumental - Papel / Lápis

6
BALEEIRO, Maria Clarice e SERRÃO, Margarida. Aprendendo a ser e a conviver – 2 ed. – São Paulo:
FTD, 1999.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 26

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


Controle Emocional I

AULA Trabalhar com o grupo as diferentes possibilidades de
lidar com sentimentos e situações.
 Trabalhar a forma de relacionar-se com o outro diante de
13 OBJETIVOS
dificuldades.
 Exercitar a mediação de conflitos e a superação de
desafios.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor escreve a palavra CONFLITO no quadro e faz um círculo em volta dela.
Em seguida, o professor pergunta para a turma:
 O que significa conflito?
5’  O que vem à cabeça de vocês quando escutam a palavra conflito?
À medida que os estudantes trouxerem os significados de conflito, o professor faz
uma lista de associações que os jovens sugerirem.
Por fim, o professor define conflito como sendo uma controvérsia ou
desentendimento entre duas ou mais pessoas.
DESENVOLVIMENTO
O professor passa a mídia sobre conflitos: “Tempo de recomeçar 1” contida no
material de apoio ao professor.
(Fonte da mídia: Trecho do filme Tempo de Recomeçar, 2001).
http://www.youtube.com/watch?v=3ZY1I15C6ww - Acesso 30.10.13
Vivência: Sentimentos x Conflitos
40’ O professor forma duplas na sala e distribui uma folha de papel ofício e lápis. Em
seguida, o professor pede que os estudantes pensem sobre situações difíceis que já
passaram, ou que passam, e de como reagiram. Então, cada dupla escolhe uma única
situação: a mais forte. Quando todas as duplas tiverem escolhido a sua situação, o
professor pede que encontrem uma maneira mais gentil de agir dentro da situação
difícil que escolheram. O professor solicita que os estudantes escrevam a situação na
folha.
ENCERRAMENTO
O professor solicita que cada dupla coloque seus nomes na folha e recolha as
produções. Na próxima aula, cada dupla apresentará a situação escolhida e a
5’
melhor maneira de agir dentro da situação difícil que escolheram.
Por fim, o professor recolhe todas as produções e traz na próxima aula para a
apresentação das duplas.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Folhas de Ofício
 Lápis
 Mídia: Tempo de Recomeçar 1
 Kit multimídia
 Caixa de som
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 27

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


Controle Emocional II
AULA  Trabalhar com o grupo as diferentes possibilidades de lidar
com sentimentos e situações.
14 OBJETIVOS  Trabalhar a forma de relacionar-se com o outro diante de
dificuldades.
 Exercitar a mediação de conflitos e a superação de desafios.
TEMPO
INTRODUÇÃO
O professor inicia a aula entregando para as duplas as produções feitas na aula anterior.
5’
Em seguida, solicita que todos sentem em um círculo e que as duplas formadas na aula
anterior sentem perto.
DESENVOLVIMENTO
O professor explica que este é um momento de ouvir as duplas e a maneira mais gentil
que escolheram para cada situação. Logo, reforça com o grupo que ninguém pode dar
opinião sobre as escolhas que as duplas fizeram.
35’
Observação: As duplas terão 1 minuto e meio para se apresentar. Observar o tempo
das apresentações para que todas as duplas se apresentem.

ENCERRAMENTO
O professor finaliza com exibição da mídia: “Tempo de recomeçar 2”, contida no
material de apoio ao professor.
(Fonte da mídia: Trecho do filme Tempo de Recomeçar, 2001).
(http://www.youtube.com/watch?v=tWENCurJ3c0) – Acesso 30.10.13
10’
É interessante que o professor reforce com os jovens que o personagem do filme antes
não conseguia estabelecer nenhum contato positivo com os pais, e que aos poucos foi
aprendendo uma nova maneira de se comunicar e de se colocar.
Observação: Professor, solicitar que os estudantes tragam na próxima aula um
espelho pequeno, de bolso.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Som e música instrumental
 Papel/Lápis
 Mídia Tempo de recomeçar 2
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 28

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


AULA Vamos falar sobre Racismo
 Aprofundar questões ligadas ao conceito de racismo;
15 OBJETIVOS  Perceber as diversas formas que o racismo pode exercer;
 Identificar a estrutura do racismo no dia a dia
TEMPO
INTRODUÇÃO
O professor recebe a turma com a música “Respeite meus cabelos brancos” (Chico César). Na
parede estará afixado um cartaz com a pergunta: “vamos falar de racismo?” – se houver
possibilidade, a letra da música poderá ficar projetada na parede da sala;
Com o grupo devidamente acomodado, o professor provoca a reflexão sobre a questão presente
no cartaz. Cada aluno poderá partilhar de seus sentimentos, indicando suas impressões;
10’ O professor concluirá o momento inicial quando perceber que o grupo forneceu opiniões
consistentes e propositivas. Para tanto, motivará a sala no processo de participação.
Sugestões de perguntas norteadoras:
 Por que é importante fala sobre racismo?
 A escola deve abordar esta temática?
 Como se posicionar diante de um ato racista?
Existe alguma forma de evitar o racismo?
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO 1
Na sequência, o professor entrega uma tarjeta para cada aluno, motivando-os a completarem,
individualmente, a frase “identifico situações de racismo quando...”;
Cada aluno deve fazer sua complementação e, ao final, colocar sua resposta em um saco/caixa
(preparado previamente pelo professor);
Quando todas as respostas estiverem prontas e armazenadas, o professor convidará o grupo
para formar um círculo no centro da sala, de preferência sentados ao chão dela. No chão
também estará desenhado um círculo médio (pode ser com fita, barbante ou mesmo com giz);
Com o grupo sentado/organizado, o professor faz circular o saco/caixa com as tarjetas,
orientando que cada aluno pegue uma, com atenção para não pegar a sua própria, e comente,
na sequência, a resposta do colega;
O grupo decide- após um momento de reflexão - quais tarjetas ficarão dentro ou fora do círculo;
O professor conduz a atividade colaborando com a construção das reflexões que
surgirem. Não é necessário que todas as tarjetas sejam avaliadas. A atividade segue
até que fique clara a importância de sabermos fazer leituras críticas da realidade para
35’ colaborar com a desnaturalização das violências, incluindo, claro, a violência racial.
DESENVOLVIMENTO 2
Dando sequência à construção da narrativa temática, o professor convidará o grupo para assistir
ao vídeo “2 minutos para entender desigualdade racial no Brasil”, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ufbZkexu7E0. Acesso em 05/03/2018.
Após a exibição do vídeo, o professor dividirá a sala em 06 grupos. Cada grupo trabalhará com
um aspecto abordado no vídeo e montará uma pequena esquete teatral que retrate o aspecto
escolhido.
Sugestões de aspectos, a partir do vídeo:
 Educação
 Pobreza
 Falta de acesso aos bens de consumo
 Falta de saneamento básico e saúde
 Homicídio de mulheres e homens negros
 Falta de representatividade racial nos grupos de promoção e leis
Cada grupo terá 05 minutos para preparar sua esquete e mais 05 minutos para apresentá-la ao
grupo;
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 29

É muito importante que as esquetes tragam elementos de superação e solução para evitar o
risco de reforçar o problema racial encenado;
Ao final das apresentações, o professor fecha a reflexão apontando elementos que
foram trazidos nas esquetes e provoca a turma a pensar sobre a relação entre
violência, bullying e racismo (em preparação ao assunto da próxima aula)
ENCERRAMENTO
5’
O professor diz a turma que nas próximas aulas eles irão discutir mais sobre racismo.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Som e música instrumental
 Papel/Lápis
 Mídia Tempo de recomeçar 2

MATERIAL DE SUPORTE PARA ESTUDANTES – SAÚDE EMOCIONAL – AULA 15

Respeitem Meus Cabelos, Brancos

Respeitem meus cabelos, brancos


Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 30

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


AULA Racismo não é Bullying, é crime!
 Refletir sobre expressões de conotação racista utilizadas no
16 OBJETIVOS
dia a dia
 Diferenciar bullying de racismo
 Reconhecer e atuar frente a uma situação de racismo
TEMPO
INTRODUÇÃO
O professor acolhe a turma, dividindo os estudantes em 13 trios. Cada trio irá receber uma
palavra ou expressão e discutir o significado de tal expressão internamente. Após cinco minutos,
o professor pede que cada trio apresente sua palavra/expressão e solicita que um componente
do trio apresente a discussão realizada.

Palavras/expressões para trabalho em trio:


1. Amanhã é dia de branco
2. Serviço de preto
3. A coisa tá preta
4. Mercado negro
5. Denegrir
6. Inveja branca
7. Da cor do pecado
8. Mulata
9. Não sou tuas negas
10. Nasceu com um pé na cozinha
20’ 11. Negra com traços finos
12. Cabelo de Bombril
13. Barriga suja
Observação: O professor deve fazer uma leitura prévia do texto “13 expressões racistas que
precisam sair do seu vocabulário” de Stephanie Ribeiro, para expor as ideias centrais em
completude as colocações dos estudantes.

Ao final das exposições, o professor pergunta a turma:


 Vocês já ouviram estas frases/expressões? Você já falou alguma delas?
 O que vocês percebem de comum nestas frases e expressões?
 Como vocês se sentiram ao analisar o uso destas frases/expressões.

O professor deve contextualizar com a turma que mais de 300 anos de passado escravista não
se apagam facilmente. Sinal disso é a extensa lista de expressões das quais as pessoas nem
percebem a conotação racista. Palavras dizem muito sobre a história e a cultura de uma
sociedade. Quando expressões como “mulata” ou “a coisa tá preta” se tornam naturais, é indício
do quanto a opressão e o preconceito estão incorporados à visão de mundo das pessoas. Entre
sutilezas, brincadeiras e aparentes elogios, a violência simbólica se amplia quando expressões
como estas são repetidas.
DESENVOLVIMENTO
O professor lembra a turma que recentemente eles têm estudado sobre resolução de conflitos
e uma prática comum dentro das escolas: o bullying. Então, convida a turma para assistir a mídia
“Os porquês de Vaneza”.
15’ Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wyxzYcFKfYM. Acesso em 04.03.2018.
Ao final da exposição da mídia, o professor continua a provocação:
 Você já presenciou alguma situação parecida com Vaneza dentro do ambiente escolar?
Como foi?
 Você interferiu na situação? Por quê?
 Você acha que racismo é bullying?
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 31

Convidar a turma para a leitura dialogada do texto: “Precisamos falar sobre a


diferença entre bullying e racismo pelo bem dos jovens negros” de Silvia Nascimento.
ENCERRAMENTO
O professor convida a turma para ouvir a música: Olhos coloridos, na versão de Sandra de Sá e
Seu Jorge.
10’
Ao final da música, o professor pede a turma para dizer como se sentiram na aula de hoje e o
que eles, enquanto indivíduos sociais participativos, podem fazer para mudar esta realidade
no Brasil.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 32

MATERIAL SUPORTE AO PROFESSOR – SAÚDE EMOCIONAL – AULA 13


TEXTO DE SUPORTE PARA ACOLHIDA

13 expressões racistas que precisam


sair do seu vocabulário7
Vire e mexe me perguntam como não ser racista. E, sinceramente, eu acho a resposta tão
complicada, afinal somos educados para o inverso: o racismo é imposto e naturalizado, e,
mesmo não querendo (existem casos que ele é sim intencional), muitos acabam reproduzindo
o discurso opressivo para com negros.
Desconstruir esse discurso, até em expressões simples e que aparentemente não parecem ser
ofensivas, mas no fundo são, é necessário e urgente. Pensando em quebrar esse ciclo, te mostro
13 exemplos de racismo cotidiano presente em expressões e palavras que ouvimos com
frequência, mas que devem ser eliminadas do vocabulário já.
1- “Amanhã é dia de branco”
Qualquer pesquisa rápida no Google mostrará mais de uma origem para essa expressão, e a
maioria negando que ela tem algum cunho racista. Porém, vivemos em um país onde a
escravidão do povo negro durou mais de 300 anos, e os escravos, mesmo sendo forçados a
trabalhar, geralmente eram vistos como “vagabundos”.
As consequências disso duram até hoje, o negro é sempre visto como a pessoa que faz “corpo
mole”, aquele “malandro” que não faz nada. Inclusive, entre as opiniões que mais afloram
quando o assunto é cotas sociais para negros, a de que não existe esforço da nossa parte é a
mais frequente. Tanto que podemos fazer um paralelo entre essa e a expressão seguinte.
2- “Serviço de preto”
Comum no nosso dia a dia, essa expressão é usada para desqualificar determinado esforço e/ou
trabalho, ou seja, fazer “serviço de preto” é igual a ser desleixado. O negro sempre é associado
a algo ruim, o “bom” trabalho seria o do branco. Não dá para ser ingênuo e achar que não existe
o teor racista, ainda mais quando associamos a outras dessas expressões que colocam o negro
como o oposto de positivo, como:
3- “A coisa tá preta”
A expressão “a coisa tá preta” fala por si só: se a coisa está preta, é porque ela não está
agradável, ou seja, uma situação desconfortável é o mesmo que uma situação negra? Isso é
racismo.
4- “Mercado negro”
O mercado negro é aquele que promove ações ilegais, e mais uma vez é a palavra negro sendo
usada com conotação desfavorável. O negro, na expressão, significa ilícito.
5- “Denegrir”
Já a palavra “denegrir” é recorrente quando acreditamos que estamos sendo difamados, é uma
palavra vista como pejorativa, porém seu real significado é “tornar negro”. Se tornar algo negro
é maldoso, temos mais um caso de racismo.
6- “Inveja branca”
Finalizando a leva de palavras e expressões que associam negro e preto à comportamentos
negativos, o exemplo 6, que mostra a “inveja branca” como sendo a inveja boa, “positiva”.
7- “Da cor do pecado”
Outra expressão que faz a mesma associação de que negro = negativo, só que de forma mais
subliminar, não recorrendo a termos como negro ou preto. Geralmente essa expressão é usada

7
Disponível em: Protagonismo político https://pragmatismo.jusbrasil.com.br/noticias/191503582/13-
expressoes-racistas-que-precisam-sair-do-seu-vocabulario. Acesso em 04.03.2018.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 33

como elogio, porém vivemos em uma sociedade pautada na religião, onde pecar não é nada
positivo, ser pecador é errado, e ter a sua pele associada ao pecado significa que ela é ruim. Não
é uma expressão que remete a um adjetivo positivo, é simplesmente uma ofensa racista
mascarada de exaltação à estética e, quase sempre, direcionada a mulheres negras.
8- “Morena”, “mulata” (por vim seguidos de tipo exportação)
Usado para mulheres e homens, mas mais comum serem usadas para descrever as mulheres,
principalmente quando seguidas pelo termo “tipo exportação”. Aqui o objetivo é amenizar o
que somos, “clareando” o negro. Não existe justificativa para negar que alguém é negro,
possivelmente você pode estar incomodado em dizer “negro”, e se está é porque acredita que
chamar alguém de negro é ofensivo, sendo assim embranquece a pessoa – transformando-a em
“morena” ou “mulata”, e isso é racismo.
9- Negra “de beleza exótica” ou com “traços finos”
O 8 e 9 são próximos, quando se imagina que ser uma mulher negra bonita é ser “tipo
exportação”, ter “traços finos” e assim poder ser a dona de uma “beleza exótica”. Ser negro e
poder ser considerado bonito está relacionado a não ter traços negros, mas sim aqueles
próximos ao que a branquitude pauta como belo, que é o padrão de beleza europeu. Sim, isso
é racismo, e dos mais comuns que a gente vê por ai, estão nos hipersexualizando e exotificando
quando usam essas expressões.
10- “Não sou tuas negas”
Facilmente explicável se lembrarmos de que quando se tratava do comportamento para com as
mulheres negras escravizadas, assédios e estupros eram recorrentes. A frase deixa explícita que
com as negras pode tudo, e com as demais não se pode fazer o mesmo, e no tudo está incluso
desfazer, assediar, mal tratar, etc, etc.
11- “Cabelo ruim”, “Cabelo de Bombril”, “Cabelo duro” e, a mais desnecessária, “Quando não
está preso está armado”
A questão da negação da nossa estética é sempre comum quando vão se referir aos nosso cabelo
Afro. São falas racistas usadas, principalmente na fase da infância, pelos colegas, porém que se
perpetuam em universidades, ambientes de trabalho e até em programas de televisão, com a
presença negra aumentando na mídia. Falar mal das características dos cabelos dos negros
também é racismo.
12- “Nasceu com um pé na cozinha”
Expressão que faz associação com as origens, “ter o pé na cozinha” é literalmente ter origens
negras. A mulher negra é sempre associada aos serviços domésticos, já que as escravas podiam
ficar dentro das casas grandes na parte da cozinha, onde, inclusive, dormiam no chão (sua
presença dentro da casa grande facilitava o assédio e estupro por parte dos senhores). Pós-
abolição, continuamos sendo estereotipadas como as mulheres da cozinha, já que somos
maioria nos serviços domésticos, visto todas as políticas que tentaram e tentam barrar a
ascensão negra.
13- “Barriga suja”
Outro termo que faz relação à origem é usado quando a mulher tem um filho negro. Se ela teve
um filho negro, algo impuro – como uma “barriga suja” – explica esse fato. É uma das que mais
me causa desconforto.
É claro que existem inúmeras outras expressões que apontam claramente o racismo no
cotidiano, e, infelizmente, inúmeras pessoas, mesmo sabendo dos fatos e tendo acesso às
explicações, vão dizer que tudo é pura banalidade e, provavelmente, continuar usando essas
palavras e expressões.
Quando apontamos racismo, a tendência é ouvirmos algo como “não sou racista, tenho amigos
e/ou parentes negros”, ou ainda “eu conheço um negro e ele não liga”. O mais irônico é que,
quando um negro reproduz conceitos racistas, que vão desde achar que não existe racismo a
não se incomodar de ser chamado de moreno, ou achar desnecessárias todas essas explicações
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 34

aqui dadas, ele logo é taxado como sendo “um negro de alma branca”. Traduzindo: usam uma
fala racista para “louvar” seu comportamento não questionador.
É necessário empatia e consciência para que essas palavras e expressões sejam abandonadas de
vez. O objetivo desse texto é simples: ENEGRECER ideias.

MATERIAL DE SUPORTE PARA ESTUDANTES – SAÚDE EMOCIONAL – AULA 13


TEXTO 01
Precisamos falar sobre a diferença entre bullying e racismo pelo bem dos jovens negros8
O sucesso mundial da série 13 Reasons Why da Netflix trouxe de volta o debate sobre como o
bullying pode levar os jovens a se auto-agredirem ou até se matarem. De acordo com a
Organização Mundial de saúde, suicídio é a segunda cause de morte de jovens no mundo,
ficando atrás apenas de acidentes de carro e na frente de perdas de vidas por conta do HIV.
Apesar de não ter nenhum estudo conclusivo sobre o tema, de quais seriam as principais causas,
o bullying nessa era tão digital, onde além de ações em espaço físicos públicos, os agressores
também usam redes sociais para atacar a vítima (cyberbullying), não podem ser ignorado.
Nenhum recorte de raça é feito sobre a questão do bullying que costuma ser confundido com o
racismo, mas não é. Primeiro porque racismo é crime, portanto, atitudes racistas são caso de
polícia; segundo, porque o jovem negro pode ser vítima de pessoas que mesmo com perfil
agressivo não atacaria uma pessoa branca, quando seu alvo é escolhido apenas pela cor de pele,
mesmo que a vítima seja um bom aluno, de boas condições financeiras e trânsito social.
“É uma linha muito tênue que separa o racismo do bulllying . Nesse vídeo “os porquês de
Vaneza” é uma situação clássica de racismo, quando falam que ela é macaca e usam dos
atributos físicos e genéticos para falar dela”, explica a pedagoga e Mestre em educação Clélia
Rosa.
Para ela aqui no Brasil as pessoas têm dificuldades em enxergar o racismo, até mesmo as pessoas
negras, por conta de uma construção estrutural. “As pessoas negras têm dificuldades de
reconhecer que estão sendo discriminadas pelo aspecto racial”, aponta a pedagoga.
Rosa também ressalta o aspecto criminal do racismo e às vezes a conveniência das instituições
de ensino o caracterizar como bullying para não sofrerem retaliações. “Ás vezes chamar um ato
de racismo de bullying é uma estratégia para livrar a pessoa que está o cometendo, mas a vítima
continua sendo oprimida, rechaçada e deprimida, mas quem cometeu não tem o preso da lei”.
“Não podemos entrar nessa onda do bullying, a pessoa negra pode sofrer as duas coisas e no
caso da Vaneza é um caso clássico de racismo, infelizmente”, alerta Clélia.
Jovens vítimas de racismo nas escolas agem como algumas vítimas de violência sexual, tendo
medo de dizer aos pais o que aconteceu (como foi o caso da atriz Vaneza Oliveira), se sentido
culpadas. Vale ficar atento a mudanças de comportamento, como atitudes depressivas ou
agressivas, além da queda de desempenho escolar. A escola também tem que se envolver e
pode ser acionada na diretoria de ensino em caso de omissão.

TEXTO 02 Eles estão baratinados


Música: Olhos Coloridos9 Também querem enrolar
Os meus olhos coloridos Você ri da minha roupa
Me fazem refletir Você ri do meu cabelo
Eu estou sempre na minha Você ri da minha pele
E não posso mais fugir Você ri do meu sorriso
Meu cabelo enrolado A verdade é que você
Todos querem imitar Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro

8
Texto adaptado de Silvia Nascimento. Disponível em: https://mundonegro.inf.br/precisamos-falar-sobre-
diferenca-entre-bullying-e-racismo-pelo-bem-dos-jovens-negros/. Acesso em 04.03.2018.
9
Disponível em: https://www.letras.mus.br/sandra-de-sa/74666/. Acesso em 04.03.2018.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 35

Sarará crioulo
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Que eu estou sempre na minha
Ah e não posso mais fugir
Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar
Você ri da minha roupa (ri da minha roupa)
Você ri do meu cabelo (ri do meu cabelo)
Você ri da minha pele (ri da minha pele)
Você ri do meu sorriso (ri do meu sorriso)
Verdade é que você (verdade é que você)
Tem sangue crioulo (tem sangue crioulo)
Tem cabelo duro (tem cabelo duro)
Ah sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Sarará crioulo (sarará crioulo)
Compositor: Osvaldo Costa
Letra de Olhos Coloridos ©
Warner/Chappell Music, In
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 36

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


AULA O que fazer com o Racismo?
 Aprender sobre as formas legais de proteção contra o racismo
17 OBJETIVOS
 Entender como funciona o fluxo de proteção para casos de
racismo
 Perceber a importância de desenvolver a autoproteção
TEMPO
INTRODUÇÃO
A aula inicia com o professor dando boas vindas e explicando que o grupo terá mais
uma oportunidade para aprofundar na temática sobre preconceito racial. Na ocasião,
5’ perguntará aos estudantes grupo: alguém sabe como agir diante de uma situação de
racismo?;
 Após a participação de 2 ou 3 alunos, o professor conduz a turma para a
atividade seguinte, que será em grupo.
DESENVOLVIMENTO
Dando seguimento, o professor divide a sala em 05 grupos e sorteia entre eles 05 casos
reais de racismo (ver material de suporte) que tiveram repercussão na mídia brasileira.
Os casos estarão impressos em folhas de papel separadas – uma para cada grupo;
Com os grupos divididos, cada um com seu caso, o professor dá 5 minutos para que os
alunos entendam a situação apresentada e pensem numa forma de enfrentamento
legal para as vítimas presentes na história;
Para a apresentação, os grupos falarão do seu caso para os demais integrantes da sala
e, na sequência, dirão suas impressões e decisões acerca do caso estudado – tudo
cuidadosamente acompanhado pelo professor.
PERGUNTAS QUE PODEM AJUDAR NO TRABALHO DOS GRUPOS:

 O que será possível fazer diante desta situação?


 Qual a forma mais acertada para que essa situação se resolva?
 O que é possível e o que não é possível fazer diante deste cenário?
40’
Há uma forma legal de solicitar ajuda neste caso?
DESENVOLVIMENTO 2

Na sequência, os estudantes são convidados a ler o texto Saiba como agir em caso de
racismo. Disponível em: Protagonismo político
https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/saiba-como-agir-em-caso-de-
racismo/. Acesso em 05.03.2018.
Após a leitura, os estudantes retomam os casos estudados nas equipes e tentarão
desenhar um passo a passo de ação presente na denúncia – com a ajuda das dicas
presentes no texto;
Para as apresentações, cada grupo deixará claras, passo a passo, as ações pensadas
para o fluxo de atendimento e de direitos de cada vítima;
O professor conduz todo o processo, garantindo que todos participem e que as
apresentações estejam dentro da perspectiva da conscientização do fluxo de proteção
e de garantia de direitos.
ENCERRAMENTO
Para concluir a aula, o professor chama todos ao centro da sala, pede que se façam
5’
um círculo, abraçados, e gritem a palavra PROTEÇÃO, como um forte e convicto grito
de guerra.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 37

MATERIAL DE SUPORTE PARA ESTUDANTES – SAÚDE EMOCIONAL – AULA 17


TEXTO
Saiba como agir em caso de racismo10
Segundo o artigo 140 do parágrafo 3 do Código Penal Brasileiro, ofender a honra de qualquer
pessoa com a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem pode
resultar em ação penal por injúria racial.
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado. A denúncia pode ser
feita por e-mail (ouvidoria@seppir.gov.br), por telefone (0xx61 2025-7001 / 7002 / 7003 / 7004
/ 7005) ou de forma presencial (endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco A, 9º andar, CEP
70.054-906 - Brasília).
Após análise, será aberto um procedimento administrativo e a ação é encaminhada aos órgãos
responsáveis pela identificação, apuração e responsabilização dos autores do delito.
A denúncia deve conter dados pessoais do denunciante, descrição dos fatos com o nome dos
agentes e das vítimas, se for possível identificá-las; boletim de ocorrência e, se possível, fotos e
gravações.
A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial é a instituição que recebe as
denúncias, por meio da Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial e também faz as seguintes
recomendações:
- Quem for vítima ou testemunhar um caso de racismo deve procurar uma autoridade
policial para pedir o fim da ação criminosa;
- Em casos de flagrante, o autor do crime deve ser preso. Também é importante permanecer no
local da ocorrência e identificar possíveis testemunhas, pedindo seus nomes e contatos;
- É importante registrar a queixa na Delegacia de Polícia Civil mais próxima, com nomes das
testemunhas, além de pedir ao policial para anotar na queixa o desejo de que o agressor seja
processado e o crime investigado por meio de um inquérito e não por TCO (Termo
Circunstanciado de Ocorrência);
- Caso a autoridade policial se recuse a fazer o registro, a vítima deve procurar a Ouvidoria da
Polícia Civil para denunciar a falha na conduta do atendente.
Como denunciar crimes de discriminação racial pela internet:
Esses crimes podem ser denunciados pelo site da Policia Federal ou pelo e-
mail denuncia.ddh@dpf.gov.br. Em casos de crimes de ódio na internet tire sempre print ou foto
da página do agressor para poder apresentar as imagens como prova.
Disque Racismo:
Com o objetivo de proteger os direitos da população negra, indígena, cigana, ribeirinha e
quilombola, o disque racismo também zela pelas matrizes de religiões africanas. As vítimas
podem ligar para o número 156 de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Nos sábados, domingos
e feriados, das 8h às 18h.
Denúncias em delegacias: A pessoa vitima de racismo deve fazer boletim de ocorrência na
delegacia de área ou encaminhar-se ao DECRADI, no DHPP, ao lado da estação da Luz, sendo
de extrema importância a presença de testemunhas. Em caso de agressão física, a vítima não
deve trocar de roupa, limpar os ferimentos e/ou lavar-se. Todos esses fatores servem como
prova. Em caso de agressão física, o exame de corpo de delito é indispensável e na falta de uma
testemunha, gravações e vídeos também servem como indício de prova.
Disque 100
Desde o dia 16 de dezembro de 2015, o Disque 100, serviço do governo federal para receber
denúncias de violações de direitos humanos, conta com dois módulos novos: um que recebe
denúncias de violações contra a juventude negra, mulher ou população negra em geral e outro

10
Disponível em: Protagonismo político https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/saiba-
como-agir-em-caso-de-racismo/. Acesso em 05.03.2018.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 38

específico para receber denúncias de violações contra comunidades quilombolas, de terreiros,


ciganas e religiões de matriz africana.

MATERIAL DE SUPORTE PARA ESTUDANTES – SAÚDE EMOCIONAL – AULA 17


CASO 01 - Episódios de racismo são recorrentes no Brasil – alguns vem à tona, mas a grande
maioria não. O caso mais recente aconteceu no último fim de semana, após um menino de 8
anos ser expulso da calçada de uma loja da grife Animale, na Rua Oscar Freire, em São Paulo,
por uma funcionária do próprio estabelecimento. O pai da criança, um americano erradicado no
Brasil, Jonathan Duran, por meio de relato no Facebook, fez um desabafo afirmando que “em
certos lugares em São Paulo, a pele do seu filho não pode ter a cor errada”. A loja quer colocar
toda a culpa na funcionária, dando a impressão que esse tipo de situação não acontece da porta
para dentro”, afirmou o estrangeiro em entrevista à EXAME.com. Segundo Duran, ele e sua
família nunca havia vivido nada semelhante, por isso, em um primeiro momento, o choque com
a situação foi inevitável. “Mas até esperávamos que um dia pudesse acontecer”, disse.
CASO 02 - No início de 2013, por meio de uma denúncia feita no Facebook, um casal do Rio de
Janeiro chamou a atenção do país após o filho, de 7 anos na época, negro e adotado, ter
sido vítima de preconceito racial em uma concessionária da BMW. O casal e o filho foram todos
à loja Autokraft, na Barra da Tijuca, para olhar um automóvel. No local, o garoto ficou em um
espaço separado assistindo a um desenho animado na televisão, enquanto eles foram
encaminhados pela recepcionista ao gerente de vendas da loja. A discriminação aconteceu
quando o menino foi procurar os pais e se aproximou deles. Um gerente da loja se dirigiu a ele
dizendo que não poderia ficar no local. “Aqui não é lugar para você. Saia da loja”, teria dito o
funcionário da concessionária ao garoto. Indignados com a situação, os pais da criança criaram
a página no Facebook “Preconceito racial não é mal-entendido” e o episódio ganhou
repercussão nacional.
CASO 03 – Um simples jogo de futebol pela Copa do Brasil, em agosto do ano passado, foi
cenário para outro episódio de racismo. Depois de ver seu time perder por 2 a 0 do Santos, a
gremista Patrícia Moreira da Silva foi flagrada por câmeras chamando Aranha, goleiro do time
rival, de macaco. Patrícia não foi a única a ofender o goleiro, outros torcedores do Grêmio
também o insultaram. Na época, Aranha chegou a declarar que ficou chateado com a
situação. “Já estou dando o recado para ficarem espertos na próxima partida aqui. Tem leis
sobre isso, existe campanha no futebol para combater isso, e a gente sabe que o torcedor usa
de várias maneiras para desestabilizar o adversário. Dói muito, mas tive de fazer minha parte e
reagir”, afirmou o goleiro, que pediu para uma câmera filmar os insultos.
CASO 04 – Também no ano passado, Edson Lopes, um cabo da Polícia Militar, foi vítima de um
episódio de racismo em um supermercado de Vitória, no Espírito Santo. O policial afirmou na
ocasião que foi obrigado a se despir para provar aos seguranças do estabelecimento que não
estava roubando dois vinhos comprados minutos antes do ocorrido. Por ser negro e estar
usando bermuda e chinelo, Lopes declarou na ocasião que os seguranças o confundiram com
ladrão.
CASO 05 – São Paulo – Na última quinta-feira, a rede de lojas de departamento Riachuelo foi
alvo de denúncias por racismo, ao publicar uma campanha em que uma mulher negra servia
uma branca. Porém, este não foi o primeiro caso. Marcas como Nivea, Dove, Bombril e
Microsoft já protagonizaram episódios assim e tiveram que se desculpar perante aos
consumidores. No caso da Riachuelo, a empresa divulgou a campanha para o Dia Internacional
da Mulher. Nela, uma mulher negra serviu de uma branca. Com o conceito “O dia da mulher
brasileira”, o filme de trinta segundos traz uma modelo branca como principal, seguida dos
braços, mãos e sombras de uma mulher negra colocando acessórios da Riachuelo - como colares
e sapatos - nela. A reação dos internautas nas redes foi tão negativa que a marca retirou o vídeo
da campanha do Youtube horas após a publicação.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 39

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


Como eu Me vejo?
AULA
 Refletir a relação com o próprio corpo e com os
18 OBJETIVOS
sentimentos envolvidos.
 Fortalecer a autoestima e autoimagem.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
Vivência: Conexão com o corpo
Com o auxílio de uma música suave, o professor solicita que os estudantes fechem
os olhos, permaneçam em silêncio e em uma posição confortável. Pede que os
estudantes pensem em cada parte do corpo, nomeando essas partes, começando
pela cabeça, indo até os pés, solicitando que os estudantes façam contato mental
com cada parte, relaxando os músculos.
À medida que os estudantes entram em contato com as partes do seu corpo, o
professor solicita que eles identifiquem mentalmente e em silêncio, as partes de que
mais gosta e de que menos gosta.
15’ Em seguida, o professor comunica que eles mandem em voz baixa uma mensagem
positiva à parte do corpo que mais gostam. Depois uma mensagem positiva em voz
baixa para a parte do corpo que menos gostam.
Lentamente solicite que abram os olhos e permaneçam em silêncio.
O professor pede que alguns estudantes compartilhem com a turma os sentimentos
vividos após a vivência:
 Como estão se sentindo?
 O que mais chamou atenção sobre si mesmo?
Atenção: O ideal é que a vivência seja feita com a turma espalhada pela sala, os
estudantes deitados e depois sentados em círculo no chão. Se não for possível, faça
apenas sentados no chão em círculo.
DESENVOLVIMENTO
30’
Leitura e reflexão do Texto: Ser o que se é
ENCERRAMENTO
5’
Através de uma palavra, alguns estudantes expressam como se sentiram nesse dia.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Aparelho de som
 Música suave
 Caderno do Estudante – Texto: Ser o que se é
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 40

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


Bullying: Dentro dos Nossos Muros
AULA  Levar os estudantes a refletir sobre o comportamento e
as práticas violentas entre os jovens.
19 OBJETIVOS
 Introduzir o tema bullying.
 Identificar as características do bullying.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor inicia a aula questionando os estudantes: “o que significa a palavra
BULLYING?”.
5’ Em seguida, o professor passa o trecho da novela Malhação, contido no material de
apoio ao professor, e discute com os estudantes o que eles acham. (Investigar se eles
associam a mídia ao tema BULLYING).
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=KXsL6ANJa5M
DESENVOLVIMENTO
O professor diz aos estudantes que nesta e nas próximas aulas, eles discutirão um
tema bastante em voga entre crianças e adolescentes: o bullying.
O professor divide a turma em 5 equipes. Cada equipe faz a leitura do texto sobre
BULLYING e planejam uma apresentação de uma situação de Bullying utilizando as
seguintes linguagens:
Equipe 1 – peça teatral
Equipe 2 – jogral
30’ Equipe 3 – poesia
Equipe 4 – paródia
Equipe 5 – texto sentido
As produções das equipes serão apresentadas na próxima aula.
ORIENTAÇÃO:
O tema BULLYING é muito delicado. Reforçar com os estudantes que o
momento é de reflexão pessoal e que não devemos “apontar o dedo” para
ninguém.
ENCERRAMENTO
O professor conclui a aula com a definição do termo BULLYING: uma situação que se
caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva,
5’
por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na
palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. (Fonte: Revista Escola. Disponível
em: http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em 27.07.2016 ).
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Folhas de papel oficio
 Fita durex/ gomada
 Kit multimídia
 Caderno do Estudante – Texto: BULLYING
 Mídia da Malhação
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 41

ANEXO
SAÚDE EMOCIONAL
AULA 19

BULLYING: BRINCADEIRAS QUE FEREM11

Bullying é um termo que pode causar estranhamento a muita gente. De origem inglesa e sem
tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos, que podem
ocorrer em qualquer ambiente social – em casa, no clube, no local de trabalho etc –, mas é na
escola que se manifesta com mais frequência.

O bullying é um problema mundial, e pode ser encontrado em qualquer escola, não se


restringindo a um tipo específico de instituição. Esse 'fenômeno' começou a ser pesquisado há
cerca de dez anos na Europa, quando se descobriu que ele estava por trás de muitos transtornos
entre adolescentes. Geralmente os pais e a escola não davam muita atenção para o fato, que
acreditavam não passar de uma ofensa boba demais para ter maiores consequências.

No Brasil a situação não é diferente. Quem já não teve um apelido ofensivo na escola? Ou
mesmo sofreu na mão de um grupo de colegas que o transformava em 'bode expiatório' de
brincadeiras no colégio? Exemplos não faltam.

O assunto vem ganhando corpo e se tornando pauta de veículos de comunicação de massa,


alertando a população para as formas existentes, os malefícios que causam em quem é vítima
dessa prática e a importância de pais e professores educarem as crianças e adolescentes para
respeitarem as diferenças.

Formas de Bullying:
 Verbal – insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”.
 Física e mental – bater, empurrar, beliscar, roubar , furtar ou destruir pertences das vítima.
 Psicológica e moral – humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar.
 Virtual ou ciberbullying – realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet,
etc. Esse tipo é uma das formas mais agressivas e vem ganhando cada vez mais espaço. Ele extrapola os
muros da escola e expõe a vitima a escândalos públicos. Muitas vezes os praticantes se valem do
anonimato e, sem nenhum constrangimento, atingem a vitima da forma mais vil possível. Traumas e
consequências do bullying virtual são dramáticos.
Transtornos causados pelo Bullying
 Desinteresse pela escola  Anorexia e bulimia
 Problemas comportamentais  Fobia escolar
 Transtorno do pânico  Ansiedade generalizada
 Depressão  Em casos mais graves doenças mentais.

Você sabia...
De acordo com o professor, advogado e mestre em Direito das Relações Sociais, Luciano
Marchesini, o praticante do bullying pode sofrer processos e responder judicialmente pelas

11
Fonte: adaptado de texto do site: http://desmontandotexto.blogspot.com.br/2010/08/bullying-
brincadeiras-que-ferem.html Acesso em 27/07/2016 .
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 42

agressões. ”Se o autor for maior de 18 anos, ocorrerá uma ação penal cuja pena vai variar
conforme a gravidade da situação. Se o agressor tiver menos de 18 anos, ele irá responder por
um processo conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e os pais
respondem judicialmente. A pena também varia conforme o agravante”, explica.

Para casa:
Para você, o que é bullying? Você conhece algum caso? Qual seu sentimento diante desse tema?
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 43

TEMA SAÚDE EMOCIONAL


AULA Bullying: Eu Participo?

20 OBJETIVO
 Dar continuidade à reflexão sobre o comportamento e as
práticas violentas entre os jovens

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor solicita que as equipes da aula anterior sentem juntas. Após a
organização da sala, o professor passa a mídia “Meninas Malvadas”.
10’
(Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=53DyooSiSUM. Acesso em 12.01.2013).
Em seguida, inicia uma reflexão sobre os estudantes que atuam como plateia ativa
ou como torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo.
DESENVOLVIMENTO
30’ Cada equipe apresenta sua produção feita na aula anterior. Aproximadamente 5
minutos por equipe.
ENCERRAMENTO
Com os estudantes em pé, o professor distribui uma folha de papel para cada um, e
solicita que preguem a folha nas costas, uns dos outros. Ao som de uma música
alegre, eles andam pela sala escrevendo nas costas dos companheiros que forem
encontrando uma mensagem positiva e de aceitação, ressaltando a importância dele
10’ na sua vida ou uma qualidade.
(Professor: estar atento para que todos tenham escrito e recebido mensagens).

O professor encerra a atividade solicitando que leiam as mensagens escritas pelos


colegas. Quem quiser, comenta como se sentiu com a atividade e com as palavras
recebidas. Não há necessidade de ler o que foi escrito.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Folhas de papel oficio
 Fita Gomada.
 Kit multimídia: aparelho de som
 Música
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 44

SAÚDE FÍSICA
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 45

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA 
A Importância da Saúde Física e Mental
Refletir com estudantes sobre o conceito de saúde física.
21 OBJETIVOS  Discutir a importância da nossa saúde física.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor informa a turma: a partir de agora, discutiremos outro ponto importante
para a construção do nosso Projeto de Vida. As próximas vinte aulas serão destinadas
a discussão da importância da nossa Saúde Física.

O professor distribui um balão a cada estudante do grupo. Solicita que escrevam em


um pequeno pedaço de papel o que é saúde física. Em seguida solicita que dobrem
20’
o papel e coloquem-no dentro do balão. Após esse momento, cada estudante deve
encher o seu balão. Ao sinal do professor, todos jogam o seu balão para o alto. Ao
outro sinal, deixam os balões caírem no chão e logo em seguida cada estudante deve
estourar o balão mais próximo, recolhendo o papel em seu interior. A seguir, voltam
aos seus lugares e cada um lê, em voz alta, o que está escrito no papel que recolheu.
Professor desfecha construindo com as informações dos estudantes, um conceito de
Saúde Física.
DESENVOLVIMENTO
20’
O professor promove a leitura e discussão do texto: A Importância da Saúde
ENCERRAMENTO
10’ O professor convida os estudantes a ficarem em pé e solicita que dez estudantes
respondam: O que aprendi hoje?
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Caderno do Estudante – Texto: A Importância da Saúde.
 Balões
 Tarjetas pequenas
 Kit multimídia (Som e música animada).
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 46

ANEXO
SAÚDE FÍSICA
AULA31

A IMPORTANCIA DA SAÚDE12

A saúde não é uma condição que depende apenas do indivíduo. Não se pode falar em saúde
sem levar em conta os diferentes modos de vida, cultura, situação econômica e social. Para
ter saúde, a pessoa precisa ter acesso aos serviços públicos de saúde, mas também às escolas e
aos alimentos; precisa ter água potável, coleta e destinação do esgoto e do lixo; precisa de
relações saudáveis com as outras pessoas e de lazer.
Não se pode imaginar um corpo sadio sem a garantia de acesso a essas condições. Há, portanto,
uma relação entre a saúde individual e a coletiva: se a responsabilidade sobre o próprio corpo é
individual, é do poder público a responsabilidade de promover a saúde dos cidadãos, garantindo
o acesso da população aos serviços de saúde, saneamento, educação, a moradia, alimentação,
trabalho, salário digno, lazer, conforme o texto constitucional.
Sabemos que este conceito de saúde ainda está longe de se concretizar na realidade da maioria
da população brasileira. Entretanto, a sociedade pode organizar-se para avaliar, reivindicar e
propor ações junto ao poder público, visando à melhoria da saúde e da qualidade de vida dos
cidadãos. Ter saúde, então, é ter o conjunto de elementos determinantes da saúde, que propicia
qualidade de vida. O corpo expressa a satisfação ou não das necessidades acima referidas;
quando satisfeitas, podemos dizer que se encontra em equilíbrio dinâmico. Nosso corpo é um
todo, em que os diferentes aparelhos e sistemas realizam funções específicas para a
manutenção desse todo.
Assim, tão importante quanto saber a maneira pela qual o corpo transforma, transporta e
elimina substâncias, obtém energia, é compreender as relações entre os diversos conjuntos de
órgãos que realizam cada uma dessas funções, conferindo integridade ao corpo e fazendo dele
uma totalidade. Esse sistema integrado que é o corpo interage com o ambiente e reflete a
história de vida do sujeito; o corpo não é uma unidade isolada, mas em interação com o
ambiente, com o qual estabelece trocas de calor, de materiais, de afetos, de conhecimentos.
A maneira como tais interações se estabelecem, permitindo ou não a realização das
necessidades biológicas, afetivas, sociais e culturais, fica registrada no corpo. Por isso se diz que
o corpo reflete a história de vida do sujeito. As carências de ordem nutricional, afetiva, de
inserção social, por exemplo, desenham o corpo, interferem na sua arquitetura e no seu
funcionamento, enquanto perdurarem esses determinantes. Se assim concebemos o corpo,
compreendemos que ele apresenta um equilíbrio dinâmico.
Nossa temperatura e pressão variam ao longo do dia, repetindo-se todos os dias essa variação.
O nível de açúcar no sangue, por exemplo, varia ao longo do dia, conforme os horários de nossa
alimentação; suamos mais ou menos, urinamos mais ou menos, conforme a temperatura
ambiental e conforme as atividades que realizamos. Portanto, esse equilíbrio não é estático: é
dado pelo conjunto de variações que se verificam ao longo dos dias, meses e anos. Em outras
palavras, nosso corpo apresenta funções rítmicas, isto é, que se repetem com determinados
intervalos de tempo. Esses ritmos apresentam um padrão comum para a espécie humana, mas
apresentam também variações individuais.

1212
Fonte: Saúde, uma questão de cidadania / Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e
Ação Comunitária – CENPEC – São Paulo;CENPEC; FEBEM, SEE/SP; 2003. Coleção Educação e Cidadania.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 47

Nosso corpo apresenta um padrão estrutural e funcional comum, que nos identifica enquanto
espécie; mas cada corpo é único, o que nos identifica enquanto individualidades. Se há
necessidades básicas gerais, há também necessidades individuais.
Por isso, o conhecimento sobre o corpo humano, para o estudante, deve estar associado a um
melhor conhecimento de seu próprio corpo, semelhante aos demais, mas especial, por ser seu
e único, e com o qual ele tem uma intimidade, uma percepção subjetiva que ninguém mais pode
ter.
O estudo do funcionamento do corpo será também, assim, oportunidade para se desenvolverem
atitudes de respeito e apreço por si mesmo. Ele é um sistema: tem emoções, sentimentos que,
junto com os aspectos físicos, constituem dimensões que se interconectam. Além disso, nosso
corpo é sexuado e fonte de prazer.
A sexualidade faz parte da vida e nela intervêm fatores biológicos, psíquicos, sociais e culturais.
Tem um significado muito mais amplo que a reprodução. Assim, tão importante quanto o estudo
da anatomia e fisiologia dos aparelhos reprodutores masculino e feminino – da gravidez, do
parto, da contracepção, das formas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
– é a compreensão de que nosso corpo é sexuado, que as manifestações da sexualidade
assumem formas diversas ao longo do desenvolvimento humano e que, como qualquer
comportamento, sofre influência da cultura e das convenções sociais.
Esse conhecimento abre possibilidades para o indivíduo conhecer-se melhor, perceber e
respeitar suas necessidades e as dos outros e realizar escolhas dentro daquilo que lhe é
oferecido pela cultura (família, comunidade, jornais, revistas, rádio, TV, entre outros).
Os estudantes vivem um momento de vida em que são intensas as transformações no corpo,
nas emoções, nos interesses, nas relações com o mundo; em que rupturas e reconstruções são
necessárias ao desenvolvimento de um projeto particular de vida.
Conforme o Artigo 7o do Estatuto da Criança e do Adolescente, “A criança e o adolescente têm
direito à proteção, à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso em condições dignas de
existência”.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 48

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Namoro e Amizade
 Refletir com os estudantes sobre relacionamentos
22 OBJETIVO afetivos, baseados em relações de namoro ou
amizade.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor inicia perguntando aos estudantes quando começamos a nos preocupar
com o corpo, com a aparência?
Quando percebemos que estamos crescendo, amadurecendo?
Será que a preocupação com o corpo / aparência pode está ligado ao inicio do
namoro?
E como a amizade e o namoro repercutem?
10’
Convidá-los a participar da atividade do Leque:
O professor entrega uma folha de ofício em branco para circular pelos estudantes, com
o título “Amizade é:”. Cada estudante escreve o que acha que é Amor e dobra a folha.
O seguinte escreve no outro lado, após a dobra, não lendo o que o anterior escreveu e
começa a montar um leque. Da mesma forma, circula outra folha com o título:
“Namoro é:”. Outro leque é formado. O professor segura os dois leques e pede que os
estudantes escutem a música a seguir
DESENVOLVIMENTO
O professor divide a turma em cinco grupos e promove a leitura e discussão do texto:
35’ É Namoro ou Amizade?
Após a leitura o professor realiza uma breve discussão sobre as principais ideias do
texto.
ENCERRAMENTO
5’
Avaliação: Que Bom! Que Pena! Que Tal?
MATERIAL NECESSÁRIO
 Caderno do Estudante – Texto: É Namoro ou Amizade?
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 49

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Homem e Mulher – Relações de Gênero I

 Refletir com os estudantes sobre as diferenças entre ser


23 OBJETIVO
homem e ser mulher na sociedade atual.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor explica aos estudantes que será exibida uma mídia que retrata papéis e
comportamentos comuns aos homens e mulheres de hoje.
Exibição da Mídia: Era uma vez, outra Maria.
25’
1ª Parte: Link: http://www.youtube.com/watch?v=BxMLYl_ANrA Acesso em 12.04.2013
2ª Parte: Link : http://www.youtube.com/watch?v=wpw2GYaO-Bc Acesso em 12.04.2013
Observação: O professor pede aos estudantes que tomem nota sobre o que mais chamou
atenção durante a exibição da mídia.
DESENVOLVIMENTO
O professor pergunta ao grupo:
 O que vocês entendem por “gênero”?
20’
 Existem diferenças entre “ser homem” e “ser mulher”?
Em seguida, o professor convida a turma para a leitura do texto: Homens, Mulheres
e Gênero.
ENCERRAMENTO
Em círculo o professor solicita que alguns voluntários citem algumas diferenças entre o
5’
universo masculino e o feminino.
Encerra, lembrando que, na próxima aula, o assunto continuará a ser aprofundado.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Caderno do Estudante – Texto: Homens, Mulheres e Gênero.
 Kit multimídia
 Mídias
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 50

ANEXO
SAÚDE FÍSICA
AULA 23

HOMENS, MULHERES E GÊNERO13


O que é gênero, afinal?

A expressão "gênero" começou a ser utilizada para marcar que as diferenças entre homens e
mulheres não são apenas de ordem física e biológica. Como não existe natureza humana fora
da cultura, a diferença sexual anatômica não pode mais ser pensada isolada do "caldo de
cultura" no qual sempre está imersa.

Ou seja, falar de relações de gênero é falar das características atribuídas a cada sexo pela
sociedade e sua cultura. A diferença biológica é apenas o ponto de partida para a construção
social do que é ser homem ou ser mulher. Sexo é atributo biológico, enquanto gênero é uma
construção social e histórica. A noção de gênero, portanto, aponta para a dimensão das relações
sociais do feminino e do masculino.

Atualmente, reivindica-se a inclusão da categoria gênero, assim como etnia, na análise dos
fenômenos sociais, com o objetivo de tornar visíveis as diferenças existentes entre os seres
humanos que, por vezes, encobrem discriminações.

A compreensão do conceito de gênero possibilita, por outro lado, identificar os valores


atribuídos a homens e mulheres bem como as regras de comportamento decorrentes desses
valores.

Outro aspecto importante relacionado ao gênero é o da cidadania. Como sabemos, as mulheres


foram, por muito tempo, excluídas de direitos como, por exemplo, frequentar a escola, votar,
ter propriedades, trabalhar sem autorização do marido ou pai.

Isso ocorria por uma série de razões. A estrutura familiar contribuía para barrar a participação
feminina na vida pública porque necessitava das mulheres na esfera privada, cuidando dos filhos
e da casa. Utilizavam-se as diferenças biológicas entre homens e mulheres, sobretudo quanto à
reprodução, para afirmar que elas eram inferiores ou, pelos menos, incapazes, como as crianças.
Portanto, não tinham condições de exercer funções públicas de responsabilidade.

Se começamos a pensar nessas relações e nos papéis atribuídos a homens e mulheres,


conseguimos perceber como os tempos mudaram, principalmente no Ocidente. O estereótipo
do homem forte, viril e provedor, e da mulher frágil, delicada e submissa já foi bem mais
marcante no imaginário das pessoas e nas relações sociais. Hoje parece haver bem menos
exemplares desses tipos e, em especial para as novas gerações, esses modelos já não respondem
aos seus anseios nem ao modo como se percebem e se relacionam.

A realidade, no entanto, ainda apresenta muitas discriminações ligadas ao gênero, apesar de até
o aspecto legal já ter sido alterado. Isto vem sendo objeto de reflexão, estudos e debates, pois
não há cidadania plena sem o exercício do direito à diversidade. E cidadania também se reflete
no relacionamento familiar, nas relações de poder da vida a dois, nos aspectos afetivos.

13
Fonte: http://luz.cpflcultura.com.br/19 - O posto do oposto: há uma crise dos gêneros na
contemporaneidade? Flávia Gouveia. Acesso em 03/01/2013.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 51

Crise... Que crise?


Mas, afinal, é possível dizer que há uma crise dos gêneros na atualidade? Entre pessoas do sexo
masculino ou feminino, quem ganhou mais e quem perdeu mais?

Em cada período histórico e em cada cultura, algumas expressões do masculino e do feminino


são dominantes e servem como referência ou modelo, mas isto não significa que devem ser
tomadas como paradigmas. Podemos pensar que há tantas maneiras de ser homem ou mulher
quantas são as pessoas. Cada um, apesar dos estereótipos de gênero, tem o seu jeito próprio de
viver e expressar sua sexualidade. Isso precisa ser entendido e respeitado pelos estudantes.

O que os grupos marginalizados desejam, afinal e desde sempre, é liberdade e respeito mútuo
entre os seres humanos. Parece simples, mas a realidade mostra como não é. A nova
configuração que muitos chamam de “crise do macho” pretende apenas democratizar espaços
antes dominados pelos homens que se ajustavam bem ao padrão sócio comportamental vigente
até a Segunda Guerra Mundial.

Essa mudança no sentido da pluralidade livre está em franca marcha. Que as crises e lutas sejam
meios para que as conquistas pelos direitos humanos prossigam.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 52

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Homem e Mulher - Relações de Gênero ll
 Discutir como os estudantes percebem os papéis
24 OBJETIVO sexuais entre homens e mulheres na sociedade.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor inicia a aula com as seguintes indagações:
 O que significa “masculino” e “feminino”?
5’
 É o mesmo que “macho” e “fêmea”?
O professor anota as ideias principais e, a partir delas, retoma o conceito
anteriormente trabalhado, para dar sequência ao exercício seguinte.
DESENVOLVIMENTO
O professor divide a turma em 06 grupos (03 grupos do sexo masculino e 03 grupos
do sexo feminino). Pede que os grupos do sexo masculino, discutam os seguintes
pontos:
 As vantagens e desvantagens de ser mulher.
40’ Para os grupos do sexo feminino:
 As vantagens e desvantagens de ser homem.
Após a discussão, os grupos devem preparar uma lista com as referidas vantagens e
desvantagens de ser homem e ou mulher. (20 minutos)
O professor informa que cada grupo terá três minutos para apresentação.
Fonte: Manual do multiplicador adolescente. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1997, 160p.
2. Ministério da Saúde. Saúde e desenvolvimento da juventude brasileira. Pág.30
ENCERRAMENTO
5’ O professor realiza o fechamento da aula com as principais reflexões ditas durante
as apresentações.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Cartolinas
 Pincel Atômico
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 53

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Paternidade/Maternidade: Agora ou Depois? I

 Refletir com os estudantes sobre o impacto que um bebê teria


25 OBJETIVO
em suas vidas agora e no futuro.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor informa à turma que as duas próximas aulas abordarão o tema da gravidez
precoce. Deixa no ar a pergunta: que impactos uma gravidez pode trazer à saúde física
e ao projeto de vida de uma pessoa?
O professor distribui uma folha de papel ofício para cada estudante e pede para
dividirem a folha em quatro partes. Em seguida pede para que respondam em cada
20’ parte, as seguintes questões:
 Como evitar uma gravidez precoce?
 Para você, o que representa ter um filho na adolescência?
 Pais adolescentes são responsáveis suficientemente para cuidarem da futura
criança?
 Um filho durante a adolescência mudaria o seu projeto de vida?

DESENVOLVIMENTO
O professor divide a turma em cinco grupos e solicita que pensem na forma como um
filho afetaria suas vidas, com base nas questões anteriores. Em seguida, cada grupo
25’
apresenta suas análises.
Fonte: Atividade adaptada a partir da original disponível em
http://abennacional.org.br/revista/cap6.3.html. Acesso em 07.04.2013
ENCERRAMENTO
O professor realiza o fechamento da aula com uma pergunta:
 O impacto de um filho na adolescência na vida de uma moça é o mesmo
5’ que na vida de um rapaz?

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Folhas de Papel Ofício
 Canetas
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 54

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Paternidade/Maternidade: Agora ou Depois? II

26 OBJETIVO
 Realizar uma reflexão sobre a possibilidade de uma gravidez
precoce, dentro de um relacionamento afetivo.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor solicita que individualmente, os estudantes preencham a tabela do
10’ caderno do estudante, destacando dois pontos positivos e dois negativos com a
chegada dos filhos na vida das pessoas.

DESENVOLVIMENTO
O professor forma cinco grupos de até 8 pessoas e solicita que escolham alguém para
coordenar. Distribui para cada grupo as três folhas com "A história de Maria" (anexa) e
esclarece as funções da coordenação no grupo.
 As funções do coordenador são: distribuir as partes do estudo de caso,
para que todos leiam e respondam as questões ao final de cada página;
35’ permitir que todos os membros do grupo se posicionem; e anotar as
respostas em uma folha em branco.
Observação: Professor - é importante que você se reúna um pouco antes com quem
coordenará, para tirar dúvidas quanto à atividade. Deixar bem claro que só se passa à
parte seguinte da história depois de discutidas as questões.
 Após o tempo determinado, pede que as respostas de cada grupo sejam
apresentadas em plenária, pelo coordenador.
5’ ENCERRAMENTO
O professor reflete sobre a iniciação sexual da população estudantil, a gravidez na
adolescência, a importância de planejar a contracepção e a relação entre a utilização
de preservativos e o prazer do homem e da mulher.

MATERIAL NECESSÁRIO
 Caderno do Estudante – Tabela: Ficha de Trabalho
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 55

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA O Que são Drogas?

27 OBJETIVO
 Provocar no grupo uma reflexão questionadora sobre
o uso de drogas na adolescência e juventude.

TEMPO ATIVIDADES
15’ INTRODUÇÃO
O professor inicia ressaltando para a turma que eles iniciarão, a partir de alguns
questionamentos indiretos já trazidos em aulas anteriores, a refletir sobre outro
importante tema, que tem um apelo forte entre jovens: as drogas.
O professor realiza uma tempestade de ideias sobre o que os estudantes sabem
sobre drogas, anotando ideias centrais em tarjetas ou no quadro, para roteiro da
discussão.
Observação: O texto de suporte, anexo, deve ser lido previamente pelo professor: (O
que são drogas?). Porém, o texto não será discutido em sala.
30’ DESENVOLVIMENTO
O professor antes de exibir a mídia, contextualiza que o grupo de jornalistas traz
questões polêmicas sobre o uso de drogas.
Mídia: Dr. Dráuzio Varela no programa Roda Viva.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=dCXlSfK-3L4 Acesso em 25.04.2013
Após o vídeo, o professor retoma a discussão, pontuando:
 Não se pode generalizar como semelhantes os efeitos de drogas que são
distintas.
 A questão do prazer, que aos poucos é substituído pelo desejo mais
frequente e insaciável, que leva ao vício e a autodestruição.
 A disseminação nas sociedades – drogas lícitas e ilícitas.
 A fuga da realidade.
 A associação com a violência.
5’ ENCERRAMENTO
O professor solicita três estudantes que comentem: para eles, qual a relação entre
drogas – prazer – risco - proteção?
MATERIAL NECESSÁRIO
 Mídia: Dr. Dráuzio Varela
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 56

ANEXO
SAÚDE FÍSICA
AULA 38

MATERIAL DE SUPORTE DO PROFESSOR

O QUE SÃO DROGAS?14

Droga é toda substância que, quando introduzida no organismo de um ser vivo, modifica uma
ou mais de suas funções. Qualquer substância ou ingrediente que se usa em farmácia.
Droga de abuso (psicotrópicas) é a droga que, por agir sobre os mecanismos de gratificação do
cérebro, é usada com propósitos não médicos, devidos aos efeitos estimulantes, euforizantes e/
ou tranquilizantes.
Substâncias entorpecentes, alucinógenas, excitantes, etc. (ex: a maconha, a cocaína, crack,
morfina e outras), são ingeridos, em geral, com o objetivo de alterar transitoriamente a
personalidade. É aquela que age no cérebro, modificando o seu funcionamento, trazendo como
consequência alterações do comportamento e do psiquismo.
Vício é quando alguma droga causa dependência física. Quando uma pessoa está viciada em
uma substância, ela depende da droga, assim como o organismo normal depende dos alimentos
para o seu metabolismo. A pessoa normal adoece sem alimentos.
O viciado adoece sem a droga. E, não é apenas uma doença imaginária ou psicológica. Ele cria
uma dependência físico-química, isto é, a droga modifica a química do organismo e este só irá
funcionar se a droga estiver presente.
É a síndrome do caráter social, psicológico e biológico, que se manifesta quando o uso de uma
determinada droga adquire maior importância do que outros tipos de comportamentos antes
predominantes. Overdose é o uso de uma única vez, de uma quantidade de droga além da que
o organismo, nas condições normais, suportaria.
Dependência Física é o aparecimento de transtornos físicos intensos, quando se interrompe o
uso da droga. Na dependência física, a droga é necessária para que o indivíduo funcione
normalmente e quando ela não é usada, aparecem os sintomas que se agrupam e passam a ser
chamados de síndrome de abstinência, que irá variar dependendo do tipo de droga utilizada.
Dependência Psíquica é a condição na qual se encontra o usuário da droga que apresenta um
sentimento intenso de satisfação e um impulso psicológico que o obriga a usar a droga periódica
e continuamente para produzir prazer e evitar desconforto.

14
Fonte:http://www.tribosestudantes.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=45

Acesso em 31.01.2013
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 57

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA O Crack e outras Drogas

 Compreender com os estudantes os riscos relacionados ao uso


28 OBJETIVO
do Crack.

TEMPO ATIVIDADES
5’ INTRODUÇÃO
O professor pergunta aos estudantes: O que mais marcou durante a aula passada?
Escutar e refletir com os jovens as contribuições trazidas pelo grupo.
20’ DESENVOLVIMENTO
O professor convida a turma para leitura e discussão do texto: Conversando sobre
Drogas.
25’ ENCERRAMENTO
Ao som da música Drogas da banda Catedral, o professor solicita que os estudantes
produzam um texto-sentido sobre o tema: Drogas.
Observação: O professor deve recolher as produções e em momento posterior, na aula
seguinte, realizar uma devolutiva sobre os textos sentido.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Kit multimídia
 Caderno do Estudante: Texto – Conversando sobre Drogas
 Música Drogas – Catedral

ANEXO
SAÚDE FÍSICA
AULA 39
CONVERSANDO SOBRE DROGAS15

O corpo é uma máquina fantástica! Você pode perceber isso quando assiste a um vídeo daqueles
antigos do Pelé, quando vê uma bailarina dançando, quando você mesmo faz uma jogada
daquelas, que decide o jogo.
Mas, como toda máquina, vai sofrendo desgastes na medida em que é usado. Uma das formas
de usar mal o corpo é colocando nele aditivos desnecessários. A droga é isso: um aditivo de que
o corpo não precisa.
Existem drogas legais, isto é, aquelas que não são proibidas para maiores de 18 anos como o
cigarro, o álcool, os remédios para dormir e emagrecer. Existem as drogas ilegais como a
maconha, a cocaína, o crack, a heroína e tantas outras. Essas, independente de idade, costumam
trazer problemas com a polícia, juizados da infância e adolescência, traficantes e outros “micos”
do mesmo tipo.
Mas todas têm algo em comum: dão, a quem usa, enquanto estão fazendo efeito, a falsa
sensação de força, poder e segurança. Mas, na verdade, vão acelerando o desgaste da
“máquina”, de forma irreversível.

15
Fonte: adaptado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/capa_adolescentes.pdf . Acesso
03/11/2013.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 58

PESQUISAS
De acordo com pesquisa publicada em novembro de 2010, pela Confederação Nacional de
Municípios - CNM, 98% das cidades brasileiras estão enfrentando problemas com a circulação
ou consumo de crack e outras drogas.
A CNM, preocupada com a alarmante proliferação do uso de drogas no País, em especial o crack,
realizou um levantamento em 3.950 cidades - 71% do total dos Municípios - com o intuito de
mapear a existência e a intensidade desse problema, além de verificar como o Poder Público
municipal está organizado e qual a participação da União e dos Estados.
O resultado da pesquisa indica que aproximadamente 98% dos Municípios brasileiros já
enfrentam dificuldades relacionadas à existência do crack e outras drogas. Os Municípios foram
questionados a respeito da presença do crack e da existência e desenvolvimento de políticas
públicas voltadas à prevenção e ao enfrentamento do uso da droga.
Constatou-se ainda, que mais de 91% não possuem programa municipal de combate ao crack e
nenhum tipo de auxílio dos governos federal e estadual para desenvolver ações no âmbito da
prevenção e enfrentamento ao crack e outras drogas, promovendo tratamento adequado e a
reinserção social e profissional dos usuários de drogas. A CNM aplicou um questionário
diretamente aos Municípios para saber quais as ações que estão sendo realizadas no âmbito do
enfrentamento e do consumo de crack e outras drogas, quais as estruturas existentes, quais os
recursos disponíveis e se o Programa do Governo Federal havia chegado aos Municípios de
alguma maneira.

O contato foi feito, preferencialmente, com os Secretários Municipais de Saúde, por


conhecerem melhor o problema em sua cidade. De acordo com o resultado da pesquisa, pode-
se afirmar que a presença do crack e de outras drogas deixou de ser um problema relacionado
aos grandes centros urbanos e se alastrou para quase a totalidade dos Municípios do País, a
maioria dos gestores está preocupada com o tema e, de alguma, forma atua no combate ao
crack.
A amostragem da pesquisa é expressiva e retrata a situação em 71% dos Municípios brasileiros.
CRACK, NEM PENSAR!
E o que é e como afeta o nosso organismo, essa droga que se alastra sem controle pelas cidades
brasileiras?
O crack é a forma menos pura da cocaína e tem um poder infinitamente maior de gerar
dependência, pois a fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas. Ao prazer
intenso e efêmero, segue-se a urgência da repetição. Além de se tornarem alvo de doenças
pulmonares e circulatórias que podem levar à morte, os usuários se expõem à violência e a
situações de perigo que também podem matá-lo.

CONSEQUENCIAS PARA A SAÚDE

Intoxicação pelo metal


O usuário aquece a lata de refrigerante para inalar o crack. Além do vapor da droga, ele aspira
o alumínio, que se desprende com facilidade da lata aquecida. O metal se espalha pela corrente
sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos.
Fome e sono
O organismo passa a funcionar em função da droga. O dependente quase não come ou dorme.
Ocorre um processo rápido de emagrecimento. Os casos de desnutrição são comuns. A
dependência também se reflete em ausência de hábitos básicos de higiene e cuidados com a
aparência.
Pulmões
A fumaça do crack gera lesão nos pulmões, levando a disfunções. Como já há um processo de
emagrecimento, os dependentes ficam vulneráveis a doenças como pneumonia e tuberculose.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 59

Também há evidências de que o crack causa problemas respiratórios agudos, incluindo tosse,
falta de ar e dores fortes no peito.
Coração
A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva a aumento da
presença de adrenalina no organismo. A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da
pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer.
Ossos e músculos
O uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos,
chamada rabdomiólise.
Sistema Neurológico
Oscilações de humor: o crack provoca lesões no cérebro, causando perda de função de
neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor,
baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos. O tratamento permite
reverter parte dos danos, mas às vezes o quadro é irreversível.
Prejuízo cognitivo: pode ser grave e rápido. Há casos de pacientes com seis meses de
dependência que apresentavam QI equivalente a 100, dentro da média. Num teste refeito um
ano depois, o QI havia baixado para 80.
Doenças psiquiátricas: em razão da ação no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves também
podem ocorrer, com psicoses, paranoia, alucinações e delírios.
Sexo
O desejo sexual diminui. Os homens têm dificuldade para conseguir ereção.
Há pesquisas que associam o uso do crack à maior suscetibilidade a doenças sexualmente
transmissíveis, em razão do comportamento promíscuo que os usuários adotam.
Morte
Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) e relacionadas ao
enfraquecimento do organismo (tuberculose). A causa mais comum de óbito é a exposição à
violência e a situações de perigo, por causa do envolvimento com traficantes, por exemplo.

AMOR PRÓPRIO AMOR PRÓPRIO AMOR PRÓPRIO AMOR PRÓPRIO


E aí, o que fazer? Como passar tranquilo, bem longe dos convites, das ofertas, da tentação de
“curtir uma onda”, achando que vai só uma vez e não vai te pegar? Como não sucumbir ao que
parece o caminho mais fácil, quando se estiver sem graça, sem rumo, sem achar sentido nas
coisas?
Como estar alerta para não transformar uma brincadeira, uma participação nos programas da
turma de conhecidos, em um poço onde fica difícil encontrar o fim?
É isso: gostar de você mesmo! Parece bobagem, mas a gente precisa lembrar de dar sempre um
“trato” naquele cara que mora no espelho.
Ninguém precisa ser um super-herói para ter boas qualidades. Todo mundo tem. E é preciso
valorizá-las e cuidar delas. Quanto aos defeitos, só olhe para eles se for transformá-los.
E, com certeza, eles serão sempre menores que suas qualidades.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 60

ANEXO
SAÚDE FÍSICA
AULA 38
Drogas16
Catedral

Ter que se iludir ao se encontrar


Com mecanismos de uma bruta ilusão
E não sentir o que é real
O que é viver, o que é ser,
Se já não sente se ser.

Drogado é ânsia de não ter querer


Pra que fugir
Se os problemas
Sempre vão amanhecer com você
E não tem fim
Droga, de só querer usar mais drogas
Há tanta coisa pra saber,
São tantos rumos pra tomar,
São tantas provas pra vencer,
Mas como se você
Em uma seringa precisar se esconder
Pra não enfrentar,
A covardia sempre vai te perturbar
Vai acabar com você.

16
Fonte: http://letras.mus.br/catedral/44959/ Acesso em 23.05.2013
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 61

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Em Busca dos Porquês
 Estimular a reflexão sobre os motivos que levam uma pessoa a usar
29 OBJETIVO
drogas.
TEMPO ATIVIDADES
10’ INTRODUÇÃO
O professor faz uma rápida devolutiva dos textos-sentido, lembrando de ressaltar,
especialmente, o que identificou de positivo. Convida então a turma para a atividade
seguinte.
35 DESENVOLVIMENTO
O professor solicita que os estudantes formem grupos de 4 pessoas.
 A seguir, distribui tiras de papel e uma caneta colorida para cada estudante
do grupo. Explica que a proposta de trabalho é de se fazer um levantamento
dos motivos que levam um estudante a usar drogas.
 Solicita que cada grupo identifique o maior número de motivos que puder,
sem censura, e que escreva cada um deles em uma tira de papel, bem
grande e legível.
 Quando os grupos tiverem terminado, o professor solicita que os grupos
colem cada tira com os motivos identificados na parede. Junto com os
estudantes, o professor lê os motivos, tirando os repetidos e pedindo
explicações quando não entender.
Em seguida, o professor distribui o texto “Em busca dos porquês” para todos, solicita
que alguém leia em voz alta e que os demais acompanhem a leitura. Ao final, pergunta
a que conclusão chegaram.
5’ ENCERRAMENTO
O professor pergunta aos estudantes: O que essa aula acrescentou no conhecimento
de cada estudante sobre o tema drogas?
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Canetas coloridas, tiras de papel de mais ou menos 6 cm
 Fita adesiva
 Caderno do Estudante - Texto : Em busca dos Porquês.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 62

ANEXO
SAÚDE FÍSICA
AULA40

Em busca dos Porquês...17

Às vezes, a gente fica se perguntando: se todo mundo sabe que as drogas são prejudiciais à
saúde, então por quê tanta gente usa?
Parece uma pergunta tão simples de responder e de repente percebemos que é justamente o
contrário.
Para começo de conversa, é bom saber que, historicamente, a humanidade sempre procurou
por substâncias que produzissem algum tipo de alteração em seu humor, em suas percepções,
em suas sensações.
Em segundo lugar, não é possível determinar um único porquê. Os motivos que levam algumas
pessoas a se utilizarem de drogas variam muito. Cada pessoa tem necessidades, impulsos ou
objetivos que as fazem agir de uma forma ou de outra e a fazer escolhas diferentes.
Se fôssemos fazer uma lista, de acordo com o que os especialistas dizem sobre o que motiva as
pessoas ao uso da droga, veríamos que as razões são muitas e que nossa lista ainda ficaria
incompleta. Quer ver?
 Curiosidade;
 Para esquecer problemas, frustrações ou insatisfações;
 Para fugir do tédio;
 Para escapar da timidez e da insegurança;
 Por acreditar que certas drogas aumentam a criatividade, a sensibilidade e a potência
sexual;
 Insatisfação com a qualidade de vida;
 Saúde deficiente;
 Busca do prazer;
 Enfrentar a morte, correr riscos;
 Necessidade de experimentar emoções novas e diferentes;
 Ser do contra;
 Procura pelo sobrenatural.
Bom, já deu para perceber que a tarefa não é fácil. Então, se queremos entender e combater o
uso/abuso das drogas, precisamos saber que não é possível generalizar os motivos que levam
uma pessoa a usar drogas. Cada usuário tem os seus próprios motivos.
E é necessário conhecer as motivações das pessoas, para compreender atitudes aparentemente
incompreensíveis. E esta regra vale para qualquer situação, não só para as drogas....

17
Fonte: http://es.slideshare.net/eliana890/drogas-e-escola Acesso em 18.09.2012
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 63

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Ouvi Dizer...

 Refletir com os estudantes sobre o envolvimento, de pessoas


30 OBJETIVO
inseridas em nosso cotidiano, com as drogas.

TEMPO
5’ INTRODUÇÃO
O Professor inicia a aula dizendo que eles darão continuidade ao tema: O crack e
outras drogas.
45’ DESENVOLVIMENTO
O professor convida os estudantes a participar da vivência a seguir:
Vivência: Ouvi dizer...*
Primeiro momento
Afixar cartazes (no mínimo 2) com a frase “Ouvi dizer...” espalhados pela sala. Cada
estudante escreve uma palavra que expresse o que ele vê e/ou ouve das pessoas da
comunidade a respeito do mundo das drogas e das vítimas da dependência.
Em outro cartaz, escreve a frase: “E o que estão fazendo?” uma palavra que expresse
o que está sendo feito para mudar a problemática das drogas em sua comunidade e
na sociedade de modo geral (esclarecer que aqui serão discutidas as ações práticas
que a comunidade/sociedade em geral tem executado para lidar com a problemática
das drogas).
Segundo momento
O professor divide os estudantes em grupos e solicita que comparem os cartazes e
discutam quais os impactos das drogas para a saúde física. Importante discutir com
os estudantes sobre a implicação que cada um tem com o tema.
O professor lança a pergunta: e eu com isso?
Terceiro momento
O professor solicita que alguns grupos falem sobre o que conversaram.
*Adaptação de vivência contida o Livro “Aprendendo a Ser e a Conviver”, SERRÃO
,Margarida e BALEEIRO, M. Clarisse. FTD, 1999. pg 215
5’ ENCERRAMENTO
Em seguida o professor solicita que cinco estudantes, sem falar, possam através de
uma imagem corporal, avaliar como foi o dia de hoje.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Cartolinas
 Pincel Atômico
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 64

TEMA SAÚDE FÍSICA


AULA Qualidade de Vida

 Ressignificar com os estudantes o sentido e significado do


31 OBJETIVO
termo qualidade de vida no seu cotidiano.
TEMPO ATIVIDADES
10’ INTRODUÇÃO
O professor convida a turma para ouvir a música Qualidade de Vida do cantor e
compositor Eddy Luem.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=jQ0v3nUdZHY – Acesso 30.10.2103
30’ DESENVOLVIMENTO
Após a exibição da mídia, o professor divide a turma em cinco grupos e solicita que
respondam as seguintes questões:
 Para vocês, o que significa Qualidade de Vida?
 Os fatores externos (segurança, trânsito, estabilidade financeira) influenciam
na qualidade de vida? Por que?
O professor promove a leitura e discussão do texto em equipe: Como tem sido a sua
vida? Qual é a qualidade que a sua vida tem? - Dra.Olga Inês Tessari.
10’ ENCERRAMENTO
O professor sugere que alguns estudantes falem sobre os principais aprendizados da
aula.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Música Qualidade de Vida
 Kit multimídia
 Caderno do Estudante – Texto: Como tem sido a sua vida? Qual é a qualidade
que a sua vida tem? - Dra.Olga Inês Tessari .
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 65

ANEXO
SAÚDE FÍSICA
AULA 31

COMO TEM SIDO A SUA VIDA?18

Dra Olga Inês Tessari


Segundo a Organização Mundial de Saúde (1991), a qualidade de vida pode ser definida como
a manutenção da saúde, em seu maior nível possível, em todos os aspectos da vida humana:
físico, social, psíquico e espiritual.
Uma série de estudos científicos comprova: se o aspecto emocional/psicológico não está bem,
a consequência é o surgimento de problemas de saúde e doenças, pois a estabilidade emocional
é o alicerce básico para que uma pessoa se mantenha saudável como um todo!
A maior parte dos problemas de saúde que acometem as pessoas hoje em dia está relacionada
às preocupações e às obrigações do dia a dia. Preocupar-se demais é viver de menos, é caminhar
para o estresse, o grande vilão da atualidade! Estressados dormem mal, irritam-se facilmente,
são impacientes, não conseguem manter a concentração nas suas atividades, geralmente têm
“brancos de memória”; além disso, podem gerar conflitos e confusões à toa com as pessoas a
sua volta e sentem-se muito mal consigo mesmos por não se sentirem com o controle de suas
vidas!
O bem estar emocional/psicológico consiste em estar de bem com a vida, aceitar-se como você
é, saber lidar com as adversidades e os problemas da vida, sem se deixar abater ou paralisar-se
por conta deles, valorizando cada um dos momentos vividos: se foi um momento bom,
comemore muito e se foi um momento ruim, aprenda com a experiência para evitar que ele
aconteça novamente. Lamentar-se ou permanecer sofrendo só colabora para que o emocional
se abale!
O bom da vida consiste nas mínimas coisas: sorrir para as pessoas, cumprimentar seus vizinhos,
dançar, cantar, observar a natureza, ter uma conversa boa e agradável com as pessoas a sua
volta sem hora para acabar, brincar com as crianças, sonhar e dar asas à criatividade e à
imaginação positiva, criando e recriando momentos bons que somente você mesmo é capaz de
saber! São esses pequenos momentos de descontração que colaboram para a estabilidade
emocional e que servem como antídoto contra o stress.
E como diz o ditado: uma boa vida é aquela que é bem vivida! Que tal redefinir para si mesmo o
que é viver bem?

18
Fonte: O texto acima foi adaptado a partir do original, disponível em:
http://www.olgatessari.com/id504.htm, acesso em 17.01.2013.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 66

SAÚDE COMUNITÁRIA
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 67

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


AULA O que Significa Comunidade?

32 OBJETIVO  Compreender e discutir diferentes conceitos sobre comunidade.

TEMPO ATIVIDADES
10’ INTRODUÇÃO
O professor anuncia que começará com o grupo, a partir desta aula, um novo assunto:
Comunidade. Vamos tentar descobrir qual a essência dessa palavra?
O Professor convida todos os alunos a ficarem em círculo sentados em suas cadeiras e coloca
uma bala (Exemplo: ice kiss) na mesa de cada estudante. O professor avisa que tem um desafio:
 Cada estudante abre sua balinha com apenas uma mão, sem usar a boca e sem a ajuda
de ninguém.
 Tempo de 1 minuto.
 Ao acabar o tempo o professor observa quem conseguiu o desafio e dá outro comando
para os estudantes que não conseguiram. O comando é: Cada estudante vai tentar abrir
sua balinha com apenas uma mão, mas com a ajuda de um colega, que também só
usará uma mão. Conseguirá atingir o objetivo quem abrir sua balinha e ajudar ao menos
um amigo a abrir a sua também. O estudante que conseguir ajudar mais de um colega
atingirá o desafio com êxito. (Tempo de 2 minutos.)
O professor abre a plenária e pergunta qual foi o sentimento de cada estudante quando:
 Não conseguiu abrir sua balinha?
 Como foi ajudar um colega e ser ajudado?
Depois o professor termina a atividade perguntando se “Podemos viver em uma ilha”, isolado
de tudo e todos.
20’ DESENVOLVIMENTO
O professor convida os estudantes a preparar “O Quitute da Comunidade” e coloca uma panela
ao centro da sala, com uma colher de pau. Em seguida, pergunta:
 Quais os ingredientes necessários para a formação de uma comunidade?
O professor distribui folhas em branco e pede para cada estudante dividir e cortar a folha em
vários papéis, no qual possa escrever suas ideias. (12 minutos)
Ao finalizar o tempo, o professor pede para os estudantes colocarem todos os ingredientes
dentro da panela, após recolher todos os papéis, o professor mexe bem os ingredientes com a
colher, avisando que o “quitute” está ficando gostoso.
Em seguida, lê para os estudantes o que tem escrito em cada papel e pergunta se todos
concordam com os ingredientes colocados naquele “quitute” (8 minutos)
Observações: O professor acrescenta palavras caso não citadas pelos estudantes.
Exemplos: Grupos Diferentes/ Diversidade/ Interações/ Relações/ Trocas/ Brigas/ Conflitos/
Rompimento/ Sentimentos/ Respeito/ Apoio/ Lugar/ Decisões/ Convenções/ Ciclo/ Mudanças/
Representante.
20’ ENCERRAMENTO
Leitura coletiva do texto: Comunidade e Sociedade. Após a leitura, o professor pergunta à
turma:
 Aqui na escola, essa turma é uma comunidade ou uma sociedade?
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Panela Grande / colher de pau/ papel oficio/ caneta
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 68

 Caderno do Estudante / Kit Multimídia

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 29
COMUNIDADE E SOCIEDADE19

Comunidade e sociedade são os grupos sociais mais comuns. Sabemos que ninguém consegue
viver sozinho e que todas as pessoas precisam umas das outras para viver. Essa convivência
caracteriza os grupos sociais e, dependendo do tipo de relações estabelecidas entre as pessoas,
esses grupos poderão se distinguir.

As comunidades geralmente são grupos formados por familiares, amigos e vizinhos que
possuem um elevado grau de proximidade uns com os outros. Na sociedade esse contato não
existe, prevalecendo os acordos racionais de interesses. Uma diferenciação clara entre
comunidade e sociedade é quando uma pessoa negocia a venda de uma casa, por exemplo, com
um familiar (comunidade) e com um desconhecido (sociedade). Logicamente, as relações irão
ser bastante distintas entre os dois negócios: no negócio com um familiar irão prevalecer as
relações emotivas e de exclusividade; enquanto que na negociação com um desconhecido, o
que irá valer é o uso da razão.

Nas comunidades, as normas de convivência e de conduta de seus membros estão interligadas


à tradição, religião, consenso e respeito mútuo. Na sociedade, é totalmente diferente. Não há o
estabelecimento de relações pessoais e na maioria das vezes, não há tamanha preocupação com
o outro indivíduo, fato que marca a comunidade.Por isso, é fundamental haver um aparato de
leis e normas para regular a conduta dos indivíduos que vivem em sociedade.

19
Fonte: Artigo adaptado do texto Comunidade e Sociedade, publicado no portal Mundo Educação.

http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/comunidade-sociedade.htm Acesso em 18/01/2011


CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 69

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


AULA Minha Comunidade tem Identidade.
 Levar os estudantes a fazer uma reflexão sobre suas
33 OBJETIVOS
Comunidades
 Despertar ou fortalecer o desejo desses estudantes de melhor
conhecerem e se apropriarem da história da sua comunidade.

TEMPO ATIVIDADES
5’ INTRODUÇÃO
O professor começa a aula pedindo para os estudantes lembrarem como foi a aula passada
e verifica se a ideia do que é comunidade ficou clara.
Em seguida escreve na lousa:
Comunidade é: “Um tipo de vida em sociedade onde todos são chamados pelo nome. Esse
“ser chamado pelo nome”, significa uma vivência em sociedade na qual a pessoa, além de
possuir um nome próprio, isto é, além de manter sua identidade e singularidade, tem
possibilidade de participar, de dar a sua opinião, de manifestar seu pensamento, de ser
alguém” (Guareschi, 1996, p. 63).
40’ DESENVOLVIMENTO
O que sei da minha comunidade?
1º momento: O professor divide a turma em 5 grupos de forma que os estudantes não
tenham o controle da formação do grupo. (Dica: numerar os estudantes em círculo.
Exemplo: Paulo é o 1, Joana o 2, Maria o 3. Pedir para que se juntem os de mesmo
número : “grupo dos número 1, 2, 3, etc”.)
2º momento: O professor entrega uma cartolina a cada grupo, para que possam após a
conversa – desenhar e/ ou anotar as ideias centrais.
3º momento: Cada grupo terá um tema específico e irá conversar sobre o que sabem
deste tema, referenciando-se na comunidade em que vivem. (25 minutos)
4º momento: Cada grupo terá 3 minutos para se apresentar. (15 minutos)
Grupos:
Grupo 1: Fala sobre como a comunidade se formou (Os seus discursos podem
representar o senso comum, e eles podem trazer mais de uma teoria)
Grupo 2: Que tipo de pessoas vivem nesta comunidade (características, religiões,
profissionais etc.)
Grupo 3: Que trabalhos existem na Comunidade? Onde seus moradores trabalham?
Como a comunidade se sustenta financeiramente?
Grupo 4: Quais os problemas sociais mais graves da comunidade ?
Grupo 5: Que redes de proteção existem? (Onde podem pedir ajuda. Exemplo: igreja,
líder espiritual, político do bairro, líder comunitário, diretor da escola e etc).
Observação: Caso os alunos sejam oriundos de várias comunidades, os grupos podem ser
formados pelas comunidades onde residem.
5’ ENCERRAMENTO
O professor pede que alguns estudantes falem: “Qual a identidade mais forte em minha
comunidade”?

MATERIAIS NECESSÁRIOS
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 70

 Cartolinas
 Pincéis

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 33

Esquadros20
Adriana Calcanhotto

Eu ando pelo mundo


Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome Pela janela do quarto
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo Pela janela do carro
Cores!
Pela tela, pela janela
Passeio pelo escuro
Quem é ela? Quem é ela?
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve Eu vejo tudo enquadrado
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca Remoto controle...
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Pra sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...
Eu ando pelo mundo
Eu ando pelo mundo
Divertindo gente E os automóveis correm
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome Para quê?
Nos meninos que têm fome...
As crianças correm

Para onde?
Cores de Almodóvar e de Frida Kahlo”. Transito entre dois lados
Almodóvar cineasta que abusa de cores em seus filmes, alguns filmes com dramas bem pesados,
o que contrasta com o colorido. Frida Kahlo pintora mexicana:
De um lado “Pensavam que eu era uma
surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.” A vida de
Frida foi composta por uma sucessão de tragédias, queEu elagosto
transportou tudo para sua arte.
de opostos
Porém, otimismo de Frida era invejável, mesmo com os percalços percorridos pela artista,
exaltava a vida, em seus quadros muito coloridos. Exponho o meu modo

Me mostro

20
Fonte: http://letras.mus.br - Acesso 9.03.13 Eu canto para quem?
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 71

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 33

O MUNDO É O MESMO, MAS O MEU OLHAR É DIFERENTE.


1

10
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 72

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


Comunidade: Lugar Aberto às Diferenças
AULA  Refletir sobre a ideia de que as diferenças podem gerar
grandes oportunidades de aprendizado
34 OBJETIVOS
 Discutir a construção de valores, a exemplo do respeito mútuo
e da justiça social.
TEMPO ATIVIDADES
10’ INTRODUÇÃO
O professor coloca a música do cantor Criolo e solicita que os estudantes prestem atenção na
letra, na sonoridade da música.
Música - "Diferenças" - Link: http://www.youtube.com/watch?v=VlQPopAtJb4 – Acessado
em 13.09.2013
 O professor pergunta para os estudantes como eles se sentem com as diferenças.
Quem tem facilidade ou quem tem dificuldade de se relacionar com o diferente?
Quem tem amigos cegos? Surdos? Com deficiência física? (Os que não tem, indagar
se eles sabem a razão.) .

25’ DESENVOLVIMENTO
O professor pede para o grupo ficar em pé e informa que a sala será dividida por uma linha
imaginária em duas partes. Um lado da sala representará o sim e o outro lado da sala
representará o não. Informa que fará algumas perguntas e os estudantes devem
responder indo para o lado da sala que tem a ver com sua resposta.
Perguntas:
 Quem gosta de programas de jornalismo policial? Exemplos: Cidade 190, Barra
Pesada e etc.?
 Quem gosta de ouvir funk? / Quem gosta de forró?
 Quem gosta de futebol?/ Quem gosta mais de música estrangeira que brasileira?
 Quem já sofreu algum tipo de preconceito?
 Quem já foi injusto com seus pais?
 Quem já se decepcionou com algum amigo?
 Quem já perdoou alguém? / Quem é que gosta de política?
(Fica a critério do professor o número de perguntas que ele quer fazer).
O professor abre uma roda de conversa na intenção de mostrar que, apesar das pessoas
gostarem de coisas diferentes, em muitas coisas elas fazem escolhas iguais. Ressalta a
importância de que mesmo com todas as diferenças, em algum momento estamos do
mesmo lado de alguém, compartilhando da mesma experiência de vida.
15’ ENCERRAMENTO
O professor pede para formarem um círculo em pé e joga um objeto para algum estudante
dizendo: “Somos diferentes em ___________________, mas somos iguais em___________.”
O objeto deve passar até que todos tenham oportunidade de falar.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Música Diferenças - Cantor: Criolo
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 73

 Caderno do Estudante
 Kit multimídia

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 34

Diferenças (Tabu Brasil)21


Composição: Criolo

"Quem vê de longe pode não gostar


Não entender e até censurar
Quem tá de perto diz que apenas é
Cultura, crença, tradição e fé"
A gente vê, a gente ouve, a gente quer
Mas será que a gente sabe como é?
Quem vê de longe pode não gostar
Não entender e até censurar
Quem tá de perto diz que apenas é
Cultura, crença, tradição e fé
Terra de avião é céu
Piso de jangada é mar
Viver pra poder chegar
Na curva do vento
Recorte no tempo
Os extremos vão se encontrar
Viver pra poder contar
A gente vê, a gente ouve, a gente quer
Mas será que a gente sabe como é?
Na rosa o olho visitar
Pétalas e espinhos no mesmo lugar
Pétalas e espinhos no mesmo lugar

21
Fonte: http://letras.mus.br/criolo-doido/diferencas-tabu-brasil/ - Acesso 9.03.13
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 74

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


Direitos Humanos e Cidadania I
AULA Com os estudantes:
 Refletir sobre o sentido e a origem do que entendemos
35 OBJETIVOS por direito.
 Discutir sobre a violência como desrespeito ao direito.
 Conhecer a Declaração dos Direitos Humanos.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor:
 Explica ao grupo que iniciamos nesta aula, um novo Tema: Saúde Comunitária.
E que, dentro deste tema, um importante assunto terá espaço em nossas
discussões: os direitos humanos.
10’  Pergunta aos estudantes: O que são Direitos Humanos? Apesar de estarem
ligados às liberdades individuais, como os DH se relacionam com o
comunitário?

Após a reflexão inicial, o professor avisa que será passado um vídeo de 9 minutos sobre
o que são direitos humanos e pede para que todos prestem bem atenção, pois o vídeo
é legendado.
A História dos Direito Humanos.
Link: http://www.youtube.com/watch?v=PFw7o5DKOvM – Acessado em 13.09.2013
(Professor atenção: indicar erro de português na legenda: “emperador” ao invés de
Imperador)
DESENVOLVIMENTO
30’ O professor convida a turma para a Vivência dos Direitos Humanos. (anexo)

ENCERRAMENTO

O professor solicita voluntários para avaliar a aula do dia.


10’
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Video: Direitos Humanos
 Caixa de Cartões e Figuras Geométricas
 Cartões nas cores: Verde, Amarelo e Rosa
 Kit multimídia
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 75

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 35

VIVÊNCIA SOBRE DIREITOS HUMANOS:

1. Separando os subgrupos - Preparar uma caixa de cartões com várias formas: círculos,
triângulos, quadrados, retângulos, nas cores: verde, amarelo, rosa. Entregar um para
cada pessoa. Usar as formas para distribuir o grupo em subgrupos, de acordo com a
forma.

2. Dispor em tarjetas artigos da declaração dos direitos humanos e entregar, em


média, 03 para cada grupo, para serem discutidos.

3. Propor que cada um relacione com a vida: os direitos que já são respeitados e os que
ainda não são.

4. Escreve-se nos cartões verdes o que já existe e é reconhecido; nos amarelos o que
precisa de mais atenção e respeito; nos rosas o que ainda precisa ser alcançado
porque ainda não é reconhecido e respeitado pela sociedade ou países.

5. Após a conversa, cada grupo seleciona um ou dois artigos discutidos para serem
apresentados em plenária.

6. Forma-se um grande círculo onde cada subgrupo expõe para os demais grupos o que
foi conversado acerca dos direitos humanos, ilustrando com fatos vivenciados ou
noticiados (de violação, de lutas pelo reconhecimento, de conquistas, mobilizações
etc.).

À medida que conclui, cada equipe afixa os cartões no painel (ou parede) dos direitos humanos.
O professor anota e complementa se necessário, esclarecendo, sobretudo, os equívocos e
lançando perguntas que ajudem na reflexão – (a percepção negativa de direitos humanos).
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 76

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 35

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS22


Artigo I - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e
devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza,
origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Artigo III - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV - Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos
em todas as suas formas.
Artigo V - Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI - Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm
direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer
incitamento a tal discriminação.
Artigo VIII - Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos
que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo IX - Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X - Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal
independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal
contra ele.
Artigo XI - Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua
culpabilidade tenha sido provadas de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido
asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão
que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena
mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo XII - Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais
interferências ou ataques.
Artigo XIII – Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado;
Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.
Artigo XIV - Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Este
direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por
atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XV - Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. Ninguém será arbitrariamente privado de sua
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo XVI - Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm
o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua
duração e sua dissolução. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
Artigo XVII - Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. Ninguém será
arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo XVIII - Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a
liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela
prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Artigo XIX - Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras.
Artigo XX - Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. Ninguém pode ser obrigado a
fazer parte de uma associação.
Artigo XXI - Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermédio de
representantes livremente escolhidos. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. A

22
Fonte: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm acesso em 10.10.13
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 77

vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e
legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo XXII - Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço
nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos
econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXIII - Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de
trabalho e à proteção contra o desemprego. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração
por igual trabalho. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure,
assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se
necessário, outros meios de proteção social. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para
proteção de seus interesses.
Artigo XXIV - Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias
periódicas remuneradas.
Artigo XXV - Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à
segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de
subsistência fora de seu controle. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas
as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo XXVI - Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem
como a instrução superior, esta baseada no mérito. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento
da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais.
A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos,
e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. Os pais têm prioridade de direito n
escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Artigo XXVII - Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes
e de participar do processo científico e de seus benefícios. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais
e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XVIII - Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades
estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo XXIV - Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua
personalidade é possível. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações
determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e
liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma
sociedade democrática. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente
aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX - Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a
qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado
à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 78

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


Direitos Humanos e Cidadania II

AULA Com os estudantes:


 Refletir sobre o sentido e a origem do que entendemos
36 OBJETIVOS
por direito.
 Discutir sobre a violência como desrespeito ao direito.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO

5’ O professor solicita que voluntários tragam um resumo do que foi trabalhado na aula
anterior e três ideias centrais decorrentes das apresentações realizadas.
DESENVOLVIMENTO

35’ Vivência: O que são direitos e de onde vêm os direitos? (em anexo)

ENCERRAMENTO
Em círculo, o professor convida os estudantes para encerrar a aula citando algo que
10’ acreditam ser fundamental para todos os seres humanos do mundo.

MATERIAL NECESSÁRIO
 Kit Multimídia
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 79

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 36

Vivência: O que são direitos e de onde vêm os direitos?


a) O professor propõe que o grupo discuta o tema direitos, usando a técnica dos círculos
concêntricos: o grupo se organiza em duas rodas uma dentro da outra; as pessoas da roda de
dentro ficam de frente para as da roda de fora, formando pares.
b) o professor combina com o grupo o código da atividade: quando for dita a palavra circular, as
duas rodas vão girar para a direita; quando for dita a palavra parar, as duas rodas vão parar, e
as pessoas da roda de fora ou de dentro, conforme instruções do facilitador, vão responder
rapidamente a uma pergunta que será feita em voz alta. Explicar que o processo se repetirá
várias vezes, com perguntas diferentes, e que ora os participantes da roda de fora vão responder
e os da roda de dentro vão ouvir, ora o inverso. Ressaltar que quem estiver ouvindo só pode
fazer perguntas de esclarecimento e não pode opinar sobre a resposta do par. Refazer ao final,
o grande círculo e solicitar que os participantes comentem as respostas que ouviram e deram às
perguntas.
 O que é um direito?
 Por que os seres humanos estabelecem direitos?
 Quem define os direitos? Quem tem direito a ter direitos?
 O que faz um direito valer de fato como direito, isto é, ser respeitado?
 Quem é responsável por garantir os direitos das pessoas?
 É possível viver em grupo sem estabelecer os direitos de cada um?
 Quais são os direitos das crianças e dos adolescentes?
 Os direitos das crianças e adolescentes estão sendo respeitados?
 Todo mundo que tem direito, tem também deveres e responsabilidades?
 Quais são os deveres e responsabilidades dos alunos?
Reflexão: O professor finaliza esta etapa do trabalho, explicando ao grupo que a definição de
direitos e sua distribuição entre as pessoas e grupos são construções humanas, históricas,
instituídas no próprio processo de convivência e organização social. Por isso variam, não só
no tempo, mas também no espaço, entre as culturas.
Apresentar exemplos de conhecimento comum para que os alunos entendam a ideia do
processo sociocultural de construção dos direitos: a escravidão, até o século XIX, não era
considerada crime porque se acreditava que os negros não eram iguais aos brancos; portanto,
era “natural” que não tivessem os mesmos direitos que estes últimos. Em muitos países do
mundo, ainda hoje se considera que as mulheres não podem ter os mesmos direitos que os
homens. Sugerir, então ao grupo que conheçam um pouco da história dos Direitos Humanos na
cultura ocidental.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 80

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


AULA Comunidade: Meus Vínculos Afetivos
37 OBJETIVO
 Estimular os estudantes a identificar coisas que devem
valorizar e fortalecer, dentro da comunidade.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
Atividade: Com quem posso contar.
O professor:
10’  Entrega a cada estudante um balão e pede que comecem a enchê-los,
mentalizando todos os sentimentos bons para sua vida.
 Coloca uma música bem alegre e solicita aos estudantes que joguem o
balão para cima e troquem também com os seus amigos.
 Sinaliza ainda que quando ele tocar em uma pessoa, essa ficará
paralisada e os outros não podem deixar o balão dela cair e nem o seu.
 Reflete sobre a importância da atividade, comparando-a com o
funcionamento de uma rede de apoio.
 Pergunta aos estudantes: Quais são as redes de apoio que eles
conhecem? Quem faz parte da rede de apoio? Quais os “apoios” que
precisamos e que gostaríamos de contar?
DESENVOLVIMENTO
30’
Vivência: Valorizando Nossa Comunidade (anexo)

ENCERRAMENTO
10’ O professor convida a turma para ficar de pé em círculo e solicita que os estudantes
completem a seguinte frase:
 O melhor em nossa comunidade é....
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Folha A4
 Canetas, Pincéis e Lápis
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 81

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 37

VIVÊNCIA: VALORIZANDO NOSSA COMUNIDADE

O professor inicia a abordagem falando misteriosamente sobre um “produto muito especial”,


um produto único que só pessoas verdadeiramente especiais conhecem.

O professor destaca que o produto tem um nome bastante peculiar e cita o nome do produto
como: “Nossa Comunidade”.

Neste momento o professor coloca sobre o centro do círculo uma caixa de presente,
devidamente embalada com um laço bem bonito (escrever em cima: “Nossa Comunidade”).
Explica que eles vão criar uma breve propaganda, falando maravilhas sobre este produto.

Após este momento, o professor inicia o passo a passo da atividade:

1. Distribui folhas em branco para cada um e disponibiliza pincéis coloridos.


2. Solicita que cada estudante desenhe ou pinte uma propaganda, valorizando as coisas
boas em sua comunidade.
3. Também é possível pensar no tipo de público que se sentiria atraído pela propaganda.
Como lojas, bancos, restaurantes que pudessem abrir estabelecimentos na sua loja.
4. Cada estudante apresentará sua propaganda ao grupo. Ao final das apresentações o
professor encerra a vivência falando sobre o produto: “Nossa Comunidade” e aborda o
quanto é importante reconhecer as qualidades deste “produto”.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 82

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


Conflitos na Comunidade
 Identificar as consequências subjetivas decorrentes de
AULA conflitos e injustiças.
 Investigar sobre a história dos problemas, como forma de
38 OBJETIVOS
subsidiar uma mudança positiva.
 Refletir sobre a importância do diálogo e da tolerância para a
construção de uma cultura de paz.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO

10’ O professor pergunta para os estudantes, como eles resolvem seus conflitos e brigas.
Pede depoimentos para exemplificar. Após as falas, o professor exibe o vídeo da
campanha Conte até 10.
Link: http://www.youtube.com/watch?v=0sJQXEuJFJg - Acessado em 12.09.2013
DESENVOLVIMENTO
35’
Vivência: Entendendo Como Nasce um Conflito (anexo)

ENCERRAMENTO
5’ O som da música “A paz” de Gilberto Gil, o professor convida a turma para ficar de pé
em círculo. Em seguida, pergunta: E vocês, o que os deixa em PAZ?
“A regra de ouro da conduta é a tolerância mútua, porque nunca pensamos todos da
mesma forma e sempre veremos só uma parte da verdade sobre diferentes ângulos.”
Ghandi
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Música: A Paz – Gilberto Gil
 Vídeo: Conte até 10 (Parte I e II)
 Kit multimídia
 Papel
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 83

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 38

Entendendo como nasce um conflito

1. O professor entrega uma folha de papel ofício a cada estudante e pede que
dividam a folha em três partes. Na parte central, desenham ou descrevem
uma situação de conflito, briga ou agressão que tomaram conhecimento e
que os marcou negativamente.

2. Após terem feito o desenho ou descrito a situação, pede que desenhem ou


escrevam na primeira parte da folha o que gerou o problema, suas causas.

3. Na terceira parte da folha, pede que desenhem ou descrevam como terminou


a situação conflitiva relatada.

4. O professor fica atento aos temas apontados pelos estudantes como


conflitivos, podendo ser compartilhados. Além disso, elas também podem
fornecer um dado quantitativo sobre todas as temáticas que podem gerar
conflitos para aquele grupo desenvolvendo uma série de reflexões com o
grupo, em uma ou mais aulas.

5. Uma primeira discussão pode ser sobre as causas dos conflitos. O grupo é
levado a compreender como os conflitos geralmente se iniciam e como
evitaria tais situações.

6. Outra discussão deve abordar as formas de resolução de conflitos apontadas,


mesmo que o caminho indicado tenha sido de violência ou de não solução.

7. Em seguida, o professor discute como os estudantes pensam que tais conflitos


seriam encaminhados, buscando alternativas que não impliquem violência ou
agressões.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 84

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 38
A Paz23

A paz
Invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais

A paz
Fez o mar da revolução
Invadir meu destino; a paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz

Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz

Eu vim
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais"

23
Fonte: http://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/a-paz.html#ixzz2hKwJUjDy acesso em 10.10.13
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 85

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


AULA Transformando Minha Comunidade (Sensibilização)
 Desenvolver com os estudantes, projetos de ação solidária.
39 OBJETIVOS  Propor formas de superação de problemas sociais ocorridos
na comunidade.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
10’ O professor convida a turma para assistir o vídeo: O mundo é feito de gente!
Link: http://www.youtube.com/watch?v=UETGlfmKbok – Acessado em 11.09.2013.

DESENVOLVIMENTO
O professor:
40’  Abre plenária sobre a mídia exibida e pergunta aos estudantes de que
forma cada um deles pode vir a contribuir para transformar a sua
comunidade. (Tempo: 5 minutos)
 Em seguida, exibe a mídia: Voluntariado Giz - Link:
http://www.youtube.com/watch?v=sAw1MbcaPIE – Acessado em
11.09.2013.
 Após exibição da mídia, convida os estudantes para fazerem parte da
transformação da comunidade e cita exemplos de comunidades que eles
podem ajudar a transformar. Exemplos: comunidade escolar, bairro,
comunidade religiosa.
Projeto: Como Vou Transformar a Minha Comunidade
(anexo)
Observação: O professor deve informar aos estudantes, que na próxima aula será a
apresentação do projeto.•
10’ ENCERRAMENTO
O professor lança a seguinte pergunta para turma: Por que ajudar a minha
comunidade?
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Kit multimídia
 Cartolina e Papel A4
 Pincéis
 Mídias: O mundo é Feito de Gente! / Voluntariado Giz
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 86

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 39

ASPECTOS A SEREM TRABALHADOS NA AULA:


 CONVOCAÇÃO
 DEFINIÇÃO DO QUE FAZER
 DIAGNÓSTICO

1. Professor solicita que os estudantes se dividam em grupos (de cinco participantes


cada) ,deixando claro que o número de membros deve ser respeitado, após a divisão
dos grupos. É necessário que o professor conceda um tempo de 10 minutos para que
os estudantes se organizem.

2. Após a divisão dos grupos, o professor distribui cartolinas, folhas de papel A4 e pincéis
para que se inicie o esboço de um pré-projeto.

3. O professor salienta que nesta aula, os estudantes devem anotar o nome dos
participantes convocados, definir qual ação irão realizar e o diagnóstico da ação. (Caso
exista dificuldade, o professor pode retornar a exibir a mídia “Voluntariado Giz”).

4. O Professor orienta os estudantes sobre a comodidade para a realização da atividade


dentro da comunidade escolar, pois assim todos podem participar de maneira mais
intensa e contar com o apoio mais próximo do professor em caso de dúvidas.

5. A título de mobilização, o professor encerra este momento com palavras de estímulo


e entusiasmo, gerando expectativa para o compartilhamento da experiência, na
próxima aula.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 87

TEMA SAÚDE COMUNITÁRIA


AULA Concordo ou Discordo?
40 OBJETIVO
 Provocar um posicionamento do grupo frente a uma
questão frequente, que acontece em Comunidades.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO

O professor relembra que nas aulas anteriores, eles conversaram sobre ações que
10’ integram amigos, mas também sobre conflitos que são por vezes, gerados entre grupos.
O professor pergunta:
 Que situações desagregadoras, onde não se tem harmonia, são mais
comuns em nossos bairros?

DESENVOLVIMENTO

35’ Após ouvir as contribuições, o professor convida o grupo para a atividade: Concordo ou
Discordo. (anexo)

ENCERRAMENTO
5’ O professor abre para comentários tais como:
 Quais os sentimentos ou dificuldades de concordar ou discordar?
 Quais os princípios que nos fizeram concordar ou discordar?
 Quando é conosco, a situação pode ser “relativa”?
 Nossas opiniões foram baseadas em preconceitos?
MATERIAL NECESSÁRIO
 Material para vivência
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 88

ANEXO
SAÚDE COMUNITÁRIA
AULA 39

CONCORDO - DISCORDO
Previamente, o professor espalha cartelas no chão ou sobre uma mesa.
Em seguida, separa o grupo em duplas. Cada uma das duplas discute sobre um tema
(frase, expressão ou pequeno caso), onde, um dos dois coloca todos os prós, e o outro,
todos os contras. Ou seja, um concorda com o que está escrito na cartela, o outro
discorda. O professor orienta que cada dupla, antes de pegar sua cartela, escolha quem
vai concordar e quem vai discordar. Solicita-se finalmente que UM dos membros de cada
dupla vá até as cartelas e pegue uma.
Cada dupla tem cinco minutos para sua discussão, persuasão, aceitação, réplicas e
tréplicas. As duplas com situações iguais, se reúnem, após a primeira discussão, dando
continuidade agora, em grupos de 6.
Sugestões:
o Achado não é roubado, quem perdeu foi relaxado.
o Quem come do meu pão, experimenta meu cinturão.
o Infidelidade: os direitos são iguais?
o Existem situações em que é melhor mentir a criar uma briga entre amigos
ou familiares.
o Adoro um “paredão” de som, as pessoas tem que respeitar minhas
preferências também. E é música.
o Havia um carro estacionado na frente da garagem de minha casa. O dono
depois falou: é só um minutinho!
o Tem uma praça nova no meu bairro. Tenho o direito de colocar uma
banca, pois o governo está incentivando empreendedores locais.
o Como estava fora da escola, consegui uma carteira de estudante
falsificada, afinal, preciso de uma para me deslocar de ônibus pela cidade.
o Não faço coleta seletiva de lixo, porque quase ninguém faz.
o Minha casa não tem TV a Cabo, mas todo mundo na minha rua fez um
“gato”, puxou um fio irregularmente, para ter acesso. Afinal, está muito
caro e nós também queremos ver outros canais.
o Posso pegar o sinal de wi-fi do meu vizinho, sem permissão?
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 89

DISTRIBUIÇÃO DAS AULAS - 1º ANO


2º SEMESTRE: 20h
TEMA CONTEÚDOS / AULA CARGA HORÁRIA

Aula 41: Saúde Intelectual 50’


Aula 42: As Novas Gerações: Eu Quero e Quero Agora! 50’
Aula 43: Estilos de Aprendizagem I 50’
Aula 44: Estilos de Aprendizagem II 50’
Aula 45: Desenvolvendo Opiniões 50’
SAÚDE Aula 46: Jornal Vivo 50’
INTELECTUAL
12h Aula 47: Qual o seu tipo de inteligência? – I 50’
Aula 48: Minha Estrela Intelectual I 50’
Aula 49: Minha Estrela Intelectual II 50’
Aula 50: Habilidade de Aprender I 50’
Aula 51: Habilidade de Aprender II 50’
Aula 52: Que tal um tempinho a mais? 50’
Aula 53: Introdução ao Tema 50’
Aula 54: Liderança 50’
Aula 55: A Importância do Trabalho em Equipe I 50’
Aula 56: A Importância do Trabalho em Equipe II 50’
SAÚDE
RELACIONAL Aula 57: Convivência no Contexto Escola 50’
8h Aula 58: Quando eu Arrumo o homem, Arrumo o 50’
Mundo.
Aula 59: O Sonho Brasileiro 50’
Aula 60: Rito de encerramento 50’

CARGA HORÁRIA TOTAL 2º SEMESTRE 20H


CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 90

SAÚDE INTELECTUAL
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 91

TEMA SAÚDE INTELECTUAL


AULA Introdução ao Tema
 Trabalhar o conceito de Saúde Intelectual e a sua importância
41 OBJETIVO
para o cotidiano.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
Atividade: O Cubo Intelectual
O professor convida a turma a ficar em círculo e lança a pergunta:
 O que vocês entendem por saúde intelectual?
Em seguida, o professor insere, no centro da sala, o cubo com imagens referentes à saúde
intelectual solicitando que alguns voluntários opinem sobre as imagens escolhidas por
25’ eles.
Exemplo de imagens: ler e acessar a Internet, assistir filmes, estudar partituras, poemas e
etc. (anexo)
O professor, pergunta:
 O que estas imagens escolhidas têm a ver com os conceitos que vocês
trazem sobre Saúde Intelectual?
 Vamos entender mais um pouco sobre isso?
DESENVOLVIMENTO
O professor convida os estudantes para leitura e discussão do texto: O que é Saúde
10’
Intelectual?

ENCERRAMENTO
15’
O professor solicita estudantes para avaliarem a aula de hoje.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Cubo Intelectual
 Caderno do Estudante – Texto: O Que é Saúde Intelectual?
 Tarjetas
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 92

ANEXO
SAÚDE INTELECTUAL
AULA 41

O QUE É SAÚDE INTELECTUAL?24


Ter uma boa saúde intelectual é estar contribuindo com sua própria qualidade de vida.
Como estabelecer tal saúde?
Simples, mantenha-se informado, tenha o hábito de ler, de preferência leituras que agreguem
algo de bom a você, à sua dimensão profissional, social, religiosa.
Assista bons filmes: atualmente podemos observar que existem filmes belíssimos que nos
passam mensagens de sabedoria, otimismo, esperança, confiança, mudança, coragem, etc.
Ocupe sua mente com coisas boas e proveitosas. Não dê espaço à inutilidade e futilidade, você
é merecedor do que há de bom e melhor!
Não use como muleta, desculpas como “já estou velho pra isso”, “meu tempo é corrido”. Se
você se organizar, consegue desenvolver essa capacidade de melhoria na sua qualidade de vida.
Com o tempo, você estará tão habituado a realizar a tarefa de ler um livro, que o que antes
exigia disciplina e esforço, torna-se algo prazeroso e desejável. Experimente experimentar!
Existem pessoas que sabem muito e não conseguem aplicar o conhecimento no dia-a-dia.
Conhecimento precisa ser útil e isso acontece quando ele é colocado em prática, quando circula.
Sua saúde intelectual representa o quanto você tem se dedicado ao conhecimento e as
maneiras que escolhe para adquiri-lo.
A vida por si só, já é uma grande fonte de conhecimento para quem tem sabedoria.
Ampliar seus horizontes, melhorar seu desempenho pessoal e profissional através de cursos,
filmes, viagens, participação em eventos, teatro, cinema e principalmente na internet - torna
possível o aprendizado de algo novo.
A mais acessível forma de trabalhar essa saúde é através do hábito da leitura, que desenvolve o
intelecto, a memória, melhora a criatividade, contribui para que você se expresse melhor, seja
mais seguro e capaz. Busque ainda emitir opiniões sobre os fatos que você acessa, em seu
cotidiano, de forma a também desenvolver o raciocínio crítico. Pergunte-se o “por que” e o
“como” dos acontecimentos, ao invés de se contentar com o “o que”.
Fazer escolhas certas, ler notícias que tragam o conhecimento necessário, preferir programas
saudáveis na televisão, e as boas amizades, são fontes para o conhecimento.
Aproveite para dedicar tempo para saber quem é você e como estão suas relações com os outros
e com o Mundo. Através do autoconhecimento e do acesso a conteúdos e informações
significativas, construímos, ao mesmo tempo, uma percepção mais ampla, mais real, mais crítica
de nosso entorno – e isto é fundamental no conjunto das saúdes que representam uma boa
qualidade de vida!

24
Fonte: Adaptado a partir do original disponível em http://www.blog.geninhogoes.com.br/o-que-e-
saude-intelectual-Acesso Acesso em 01.08.2013
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 93

TEMA SAÚDE INTELECTUAL


AULA 
As Novas Gerações: Eu Quero e Quero Agora!
Proporcionar um entendimento acerca das gerações.

42 OBJETIVOS Refletir sobre o modo como os jovens de hoje se comportam e
como isso impacta no mercado consumidor.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O Professor lança a pergunta para a turma:
 O que é Geração X? Geração Y? E Geração Z? (Tempestade de Ideias: deixar
15’ realmente eles trazerem as mais diversas interpretações)
Após esse momento, o professor passa a mídia: Gerações
Link: http://www.youtube.com/watch?v=fX34AyvgyA8&feature=youtu.be Acesso em
31.07.2013
DESENVOLVIMENTO
O professor:
 Faz a leitura do Texto: Semelhanças e Diferenças entre as Gerações X,
Y e Z.
20’  Após a leitura, lança aos estudantes algumas indagações:
 Será que as distintas gerações reagem intelectualmente diferente?
 Qual o impacto das características da sua geração no mercado de
trabalho?

ENCERRAMENTO
O Professor projeta as imagens, perguntando aos estudantes que geração elas
15’
representam. Faz o fechamento destacando características comuns da geração Z, com
as que foram elencadas pelo grupo.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Caderno do Estudante - Texto: Semelhanças e Diferenças entre as
Gerações X, Y e Z
 Kit multimídia
 Mídia: Gerações
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 94

ANEXO
SAÚDE INTELECTUAL
AULA 49
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS GERAÇÕES X, Y E Z25
Em relação à idade, a geração X é composta por adultos de 30 a 45 anos, a Y é formada por
pessoas de 20 a 30 anos e a Z por crianças e adolescentes de até 17 anos. Em sua maioria, a
Geração X nasceu após acontecimentos como a chegada do homem à lua e viu surgir o
videocassete e o computador pessoal. A Geração Y, por sua vez, é mais inserida no mercado de
consumo e representa a transição em massa para a Era Digital.
As gerações estão ficando cada vez mais próximas: antes, as gerações se caracterizavam por um
período de cerca de 40, 50 anos – “a geração dos meus avós”, “dos meus pais”, “a minha”. Hoje,
se observarmos, esse tempo “encurtou” para cerca de 10 anos, tamanhas as diferenças que
acontecem de uma década a outra. No entanto, à semelhança dos estudos anteriores, as
gerações também guardam características das precedentes. Semelhante à Y, a Geração Z
também é inquieta, menos fiel às tradições e acostumada a fazer tarefas múltiplas. A diferença,
no entanto, é que a nova geração tem todas as características de forma mais acentuada, pois se
desenvolveu junto com os avanços tecnológicos mais recentes.
A geração Z aparece por volta do meio dos anos 1990. Ela está cada vez mais preocupada com
a sustentabilidade e disposta a não pagar por produtos e serviços que podem ser encontrados
gratuitamente na internet. A geração Z já nasce utilizando joystick, jogos virtuais, o controle
remoto e o celular no berço, enquanto a Y viu isso acontecer. Se a Y quer as coisas de forma
rápida, a Z apresenta esta característica de forma mais aguda. Ela não conhece o mundo sem
tecnologia: fazer downloads gratuitos de músicas, filmes e livros são um hábito comum a esses
consumidores, que não pagam por isso com a mesma frequência que a geração X ou Y.
Assim é que, o conceito de gerações, antes muito utilizado pela área de recursos humanos,
ganha importância também no mercado. Mesmo não sendo possível rotular pessoas apenas de
acordo com a sua faixa etária, a definição pode facilitar o conhecimento e o desenvolvimento
da estratégia das empresas.
O que mais compram são produtos relacionados à moda e à tecnologia, especialmente celular.
Além disso, apesar dos estudantes da geração Z ainda não estarem inseridos no mercado de
consumo, eles influenciam os pais na hora da compra, fazem pesquisa na internet e vão à loja
física.
Essas novas gerações apresentam um pensamento mais rápido, pragmático, múltiplo, abstrato,
familiarizado com o virtual – avanços claros desde o início da Era Digital.
Qual será, então, a próxima geração? Que características terá?

25
Fonte: adaptado de Wordpress. Acesso em: 01.08.2013
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 95

TEMA SAÚDE INTELECTUAL


AULA 
Estilos de Aprendizagem I
Discutir diferentes estilos de aprendizagem.
43 OBJETIVOS
 Provocar o grupo a identificar que estilo de aprendizagem é
próprio a cada indivíduo.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor inicia a aula, retomando o “aprender a aprender”: que sentidos mais
mobilizamos, quando buscamos conhecer algo ou alguém?

Atividade: Descobrindo Diferentes Elementos


O professor organiza a sala em círculo e solicita quatro voluntários para participarem
da atividade. Quando estes voluntários se apresentarem, vão escolher um colega para
auxiliá-los. Cada voluntário será vendado e terá que adivinhar o que lhe for
apresentado pelo colega escolhido ou pelo professor.
10’  Kit 1 (Paladar): pimenta, açúcar, limão, sal, achocolatado
 Kit 2 (Olfato): farinha, milho, goma seca, café
 Kit 3 (Audição): caixa de fósforo, caixa com grãos, caixa com metais
 Kit 4 (Tato): Lixa, algodão, geleca, água
Após as apresentações, o professor reflete com os estudantes sobre a experiência,
ouvindo inicialmente os voluntários: que sentido você utilizou, predominantemente?
foi fácil? O que foi mais difícil?
Observação: Professor, ouvir a turma sobre a experiência, correlacionando com as
diferentes formas de se conhecer o Mundo.
DESENVOLVIMENTO

Atividade: Teste - Estilos de Aprendizagem


O professor:
 Solicita que os estudantes respondam o teste: estilos de aprendizagem.
 Discute o resultado dos testes e as estratégias que poderiam ser eleitas para
melhorar a aprendizagem dos estudantes.
30’  Questiona: O que ficou mais claro para você, com o teste?
 Esclarece, ao final, que este teste está mais relacionado com os três sentidos
que mais mobilizamos no contato com o conhecimento, mas que também
utilizamos o olfato e o paladar.

Observação: Importante também iniciar um trabalho de associação entre o primeiro


contato com o mundo, através dos sentidos; e as “inteligências” que nos ajudam a
decodificar a informação.
ENCERRAMENTO
O professor solicita que os estudantes tragam, para a aula seguinte, algum objeto
10’
que lembre o acesso ao conhecimento e que registrem as aprendizagens do dia em
um texto sentido.
MATERIAL NECESSÁRIO
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 96

 Caderno do Estudante - Teste: Estilos de Aprendizagem

ANEXO
SAÚDE INTELECTUAL
AULA 43

TESTE: Você é visual, auditivo ou cinestésico?


Qual é seu registro predominante? Este teste lhe ajudará a comprová-lo.
Qualifique cada pergunta com 0, 1 ou 2 pontos, depois reflita sobre o que acontece com você.

A) Quando lhe apresentam a uma pessoa:


1. Para você é suficiente vê-la para saber como é.
2. Precisa falar com ela uns minutos para poder conhecê-la.
3. Basta lhe dar um aperto de mão para saber com que tipo de pessoa está lidando.

B) Diante de uma entrevista importante de trabalho com alguém que não conhece:
4. Leva preparado tudo o que você vai dizer.
5. Tem visto fotos dessa pessoa ou lido tudo que ela escreve.
6. O que mais lhe preocupa é se você se sentirá bem ou mal durante a entrevista.

C) Nos seus momentos livres prefere:


7. Ver TV
8. Praticar algum esporte ou se reunir com seus amigos
9. Escutar sua música favorita

D) Diante do seu automóvel:


10. O comprou pelo seu design.
11. Está muito atento aos ruídos do motor ou da suspensão.
12. O que mais lhe importa é que seja cômodo, veloz e silencioso.

E) Quando vai comer em um restaurante:


13. O escolhe em função do sabor e o cheiro de seus pratos.
14. O importante para você é a apresentação, o colorido dos alimentos
15. Não suporta um local cheio de ruídos ou de música no volume alto

F) Diante de seu chefe:


16. Prefere que lhe diga as coisas, não que lhe envie por escrito
17. As instruções são mais claras por escrito
18. O importante é que acha um ambiente de comodidade.

G) Em geral:
19. Gosta de observar os demais
20. Não pode ficar quieto sem se movimentar mais de dez minutos seguidos
21. Fala com você mesmo em voz alta

H) Com um amigo:
22. Se fixa na expressão do seu rosto
23. Se fixa na sua atitude
24. Se fixa no que diz e no tom de sua voz
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 97

I) Quando recebe uma carta:


25. Você mesmo a lê, não suporta que a leiam
26. É importante o cheiro e a textura do papel
27. Volta a relê-la na sua mente

J) Em um lugar:
31. O ruído não te incomoda para trabalhar
32. Percebe imediatamente o ambiente desse lugar
33. Não suporta os ruídos das crianças, os timbres ou as sirenes.

K) Em um bate-papo:
34. As projeções visuais lhe incomodam
35. Precisa ver projeções e esquemas
36. O que importa é a temperatura da sala.

L) Diante de um conhecido:
37. Para saber que ele te escuta é imprescindível que ele esteja te olhando
38. Importa-lhe o tom, o ritmo, o timbre de sua voz.
39. O que importa de verdade são os sentimentos que sente por ele.

M) Vendo a TV:
40. A imagem só serve para enriquecer os diálogos e a música.
41. Chora ou ri segundo o argumento do filme
42. Faz comentários em voz alta

N) É primavera:
43. Você nota o canto dos pássaros ao acordar pela manhã
44. O maravilhoso é a mistura de diferentes tons de verde
45. Nota uma sensação interior difícil de explicar com palavras
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 98

ANEXO
SAÚDE INTELECTUAL
AULA 43
TABELA DE RESULTADOS
TESTE: Você é visual, auditivo ou cinestésico?
Escreva as cifras nas colunas e some o total de cada coluna:

V= Visual
K= Cinestésico
A= Auditivo
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 99

TEMA SAÚDE INTELECTUAL


AULA Estilos de Aprendizagem II
 Apresentar diferentes estilos de aprendizagem para reflexão da
44 OBJETIVO
turma.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
10’ O professor organiza a turma em circulo e após esse momento pergunta como foi
descobrir o seu estilo de aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
O professor solicita que cada estudante apresente o objeto que lhe lembra o acesso ao
conhecimento.
Cada estudante terá 1 minuto para apresentar o seu objeto
30’
Observação: Professor, o objetivo dessa aula é fazer com que o estudante perceba
que o conhecimento pode ser adquirido de modos diferentes e que cada pessoa pode
se apropriar de seu estilo.

ENCERRAMENTO
Encerrar perguntando aos estudantes se há ligação entre o objeto que cada um trouxe
10’ com o resultado do seu estilo de aprendizagem?
Pedir para que alguns falem.

MATERIAL NECESSÁRIO
 Objeto que lembre o acesso ao conhecimento
(Observação: é interessante o professor trazer um “kit” com alguns objetos, para o
caso de alguns esquecerem)
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 100

TEMA SAÚDE INTELECTUAL


AULA 
Desenvolvendo Opiniões
Desenvolver no grupo a capacidade de formular opinião própria com base
45 OBJETIVOS

em argumentos consistentes.
Estimular a elaboração do pensamento sintético e a capacidade de
apresentação.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor:
 Estimula uma síntese, pelo grupo, das principais informações da aula anterior.
 Lembra que somos os principais responsáveis por nossa formação intelectual,
ressaltando a importância de nos colocarmos frente às questões de nosso
5’
cotidiano.
 Questiona os estudantes: costumo ter opiniões próprias? costumo analisar
criticamente? costumo sintetizar assuntos que estão em discussão nas Redes
Sociais e na mídia de um modo geral?(sair do hábito de responder de forma
monossilábica, do tipo: gostei, é bom, massa, legal, “paia”, normal, etc)
DESENVOLVIMENTO

Atividade: Temas Diversos – Uma Opinião

O professor distribui aleatoriamente para os estudantes, 25 tarjetas com um Tema e dá 5


minutos para que eles pensem em como apresentar esse tema para o grupo, na forma de
opinião. Cada um terá um minuto para emitir sua opinião, não podendo ultrapassar esse tempo.
Sugestão de Temas: a globalização, o mundo da Informática, Google, Twitter, preservação da
40’
Amazônia, preservação do rio Cocó (CE); o que está na moda; a verdadeira amizade; Facebook;
um bom trabalho; família significa; um Irmão; meu estágio; a música no coração; minha cidade;
3 sonhos; do que mais gosto de lembrar; ser cidadão; crianças e adolescentes; Rotinas em uma
Empresa; Cultura corporativa; “Deus Ajuda a Quem Cedo Madruga”; A Evolução do Trabalho; o
Mar; Um livro; Escravidão à Tecnologia.
Observação: professor, solicitar que as opiniões, embora sintéticas, tenham início, meio e fim.
Explicar que não cabe aqui o questionamento às opiniões trazidas, mas o exercício de formular
opiniões mais elaboradas.
ENCERRAMENTO
5’ O professor solicita que alguns estudantes falem qual a expectativa para a próxima aula.

MATERIAL NECESSÁRIO
 Tarjetas com temas
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 101

TEMA SAÚDE INTELECTUAL


AULA Jornal Vivo
 Analisar criticamente com os estudantes as
46 OBJETIVO reportagens/notícias, representando-as através da linguagem
corporal.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO

O professor solicita inicialmente voluntários para falar sobre a experiência de exercitar


5’ diferentes inteligências, vivenciada nas últimas aulas.
Em seguida, indaga a turma: o que vocês entendem por jornal vivo? Tempo para reflexões.
Anota ideias centrais. Convida-os então à experienciar um “Jornal vivo”.

DESENVOLVIMENTO
O professor seleciona previamente cinco reportagens atuais. Divide a sala em cinco equipes
e entrega uma reportagem para cada uma.
40’
Orientações: as equipes deverão apresentar a reportagem para a turma através de uma
peça. As demais equipes deverão adivinhar do que trata a reportagem.

ENCERRAMENTO
5’ O professor solicita que cada equipe através de um gesto corporal avalie a aula do dia.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 A critério das equipes - som, figurino e etc.
(PROFESSOR: IMPORTANTE disponibilizar um “kit” com peças que possam ser utilizadas pelos
grupos na dramatização. Identificar previamente, pelas reportagens sugeridas, o que os grupos
podem necessitar)
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 102

TEMA ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA Qual o seu tipo de inteligência? - I
 Identificar qual o tipo de inteligência mais significativa
47 OBJETIVOS

de cada estudante.
Valorizar as diferentes inteligências.

INTRODUÇÃO
O professor:
 Pergunta aos estudantes o que eles entendem por inteligência. Pede
para que sintetizem o que compreenderam, no bloco de aulas anterior
(Saúde Intelectual), sobre o que são “Inteligências Múltiplas”.
15’
 Relembra o teste que o grupo fez em uma aula anterior, sobre o sentido
dominante, ao perceber o mundo (Você é cinestésico, auditivo ou
visual?) e explicar que hoje, irão tentar descobrir qual é o tipo de
inteligência dominante em cada um.

DESENVOLVIMENTO
O professor:
Faz uma leitura coletiva do teste: Qual é o seu tipo de inteligência? e
solicita que os estudantes preencham.
 Pede aos estudantes silêncio e se possível, coloca uma música
30’
instrumental.
 Após terminarem, pergunta se eles ficaram surpresos com o resultado
do teste.

Observação: O professor solicita que cada estudante faça, para a próxima aula, uma
pesquisa sobre pessoas famosas que se destacaram no tipo de inteligência semelhante
à sua e ressalta que no próximo encontro o assunto será abordado.
ENCERRAMENTO
5’ O professor solicita que alguns estudantes expressem com uma palavra como estão se
sentindo após descobrirem o seu tipo de inteligência.
MATERIAL NECESSÁRIO
 Som e música instrumental
 Caderno do Estudante - Teste: Qual é o seu tipo de Inteligência?
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 103

TEMA ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA Minha Estrela Intelectual I
 Promover reflexões com os estudantes sobre AÇÕES que
48 OBJETIVO podem aprimorar a saúde intelectual de cada um.

INTRODUÇÃO
O professor lê para a turma a frase abaixo e em seguida pergunta aos estudantes o que
eles acham.
10’ “Para conhecer aquilo que você não conhece, você precisa IR aonde não esteve, VER o
que ainda não viu, FAZER o que ainda não fez e SER o que ainda não foi.”
Joyce Wycroff, escritor

DESENVOLVIMENTO
O professor:
 Entrega para cada estudante o instrumental: ESTRELA INTELECTUAL e
solicita que preencha.
30’  Lê as orientações e explica como preencher o instrumental.
 Entrega lápis de cor e canetas coloridas para que eles possam pintar suas
estrelas, se desejarem.
 Após concluírem a atividade, recolhe as produções para que na próxima
aula, eles possam apresentar a sua estrela intelectual.
ENCERRAMENTO
Professor solicita cinco voluntários diferentes dos da aula anterior. Entrega um jogo de
10’
dominó para jogarem. Convida os outros para apoiá-los. O que ganhar, escolhe um
colega para comentar os aprendizados do dia.
MATERIAL NECESSÁRIO
 Caderno do Estudante – Instrumental: ESTRELA INTELECTUAL
 Lápis de cor
 Som e música
 Jogo de dominó
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 104

ANEXO
ENTRE O SONHO E A AÇÃO
AULA 48

ESTRELA INTELECTUAL

ORIENTAÇÕES: Você deve preencher a estrela abaixo de acordo com a sua Saúde Intelectual.
Pensando em ações que deseja fazer para aprimorá-la ainda mais. Por exemplo: Logo abaixo do
item IR, você deve escrever um local que você poderia visitar, que ajudaria a melhorar a sua
saúde intelectual. Proceda do mesmo modo em relação aos outros itens. Se quiser, pinte sua
estrela da maneira que desejar.

“Para conhecer aquilo que você não conhece, você precisa IR aonde não
esteve, VER o que ainda não viu, FAZER o que ainda não fez e SER o que
ainda não foi.”

Joyce Wycroff, escritor

SAÚDE INTELECTUAL

IR VER

------------------------------------- -------------------------------------

FAZER SER

------------------------------------- -------------------------------------

NOME: ____________________________________________________________
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 105

TEMA ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA Minha Estrela Intelectual II
 Promover reflexões com os estudantes sobre ações que
49 OBJETIVO podem aprimorar a saúde intelectual de cada um.

INTRODUÇÃO

O professor solicita que os estudantes sentem no chão, façam um círculo e pergunta:


5’ como eles se percebem? O que pensam de si, no nível intelectual?

DESENVOLVIMENTO
O professor entrega para os estudantes o instrumental – Estrela Intelectual e diz que
40’
cada um terá 1 minuto para sua apresentação.

ENCERRAMENTO
O professor solicita dois estudantes voluntários. Entrega a eles um jogo de damas e
5’ pede ao restante do grupo que dê suporte aos participantes, sem atrapalhar o jogo.
Aquele que ganhar, avalia a aula com uma palavra.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Instrumental: Estrela Intelectual
 Jogo de Damas
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 106

TEMA ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA Habilidade de Aprender I
 Refletir com os estudantes sobre o potencial de
50 OBJETIVO
aprender que cada estudante possui.
INTRODUÇÃO

O professor prepara o ambiente e o deixa o mais harmonioso possível e solicita que


10’
os estudantes, mentalmente, façam uma retrospectiva da rotina diária, o que fazem
desde o momento que acordam até a hora de dormir.

DESENVOLVIMENTO
O professor entrega para cada estudante o Teste: Habilidade de Aprender e solicita
35’ que cada um faça o seu teste. Após concluírem o teste, o professor pergunta aos
estudantes qual foi o porcentual de cada um.

ENCERRAMENTO
5’
O professor recolhe o Teste de cada estudante, para trazer na próxima aula.

MATERIAL NECESSÁRIO
 Caderno do Estudante – Teste: Habilidade de Aprender
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 107

ANEXO
ENTRE O SONHO E A AÇÃO
AULA 50
Teste: Habilidade de Aprender26
NOME:_______________________________________________________________

 Você vai encontrar logo abaixo dez afirmações. Avalie com que frequência essas
afirmações ocorrem na sua vida e dê nota de 1 a 5 para cada uma delas,
considerando os seguintes critérios:
1- Nunca
2- Raramente
3- Às vezes
4- Quase sempre
5- Sempre
 Terminando o teste, multiplique o total de pontos por 2 e identifique quanto
do seu potencial estudantil você está utilizando. Por exemplo, se você fez 36
pontos, multiplique 36 por 2.
36 x 2 = 72
 Isso significa que você está utilizando 72% da sua habilidade de aprendizado.
TESTE

1 Sou uma pessoa motivada para estudar


2 Gosto de ler e tenho a leitura como hábito
3 Memorizo com facilidade e o faço após compreender bem o assunto
4 Gosto de raciocínio lógico
5 Distingo com facilidade minhas prioridades
6 Faço anotações com clareza na sala de aula
7 Sou organizado e tenho regularidade nos meus estudos
8 Participo das aulas e presto atenção nelas
9 Escrevo bem e gosto de fazer redações
10 Tenho facilidade para fazer provas
11 TOTAL

TOTAL: _____ x 2 = ____ %

26
Fonte: Teste retirado do livro Preparando-se para concursos públicos e para o exame da OAB.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 108

TEMA ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA Habilidade de Aprender II

51 OBJETIVO  Refletir com os estudantes sobre o potencial


de aprender que cada um possui.
INTRODUÇÃO
5’ O professor entrega aos estudantes os testes que foram feitos na aula
anterior.

DESENVOLVIMENTO

O professor pergunta aos estudantes, que AÇÕES, de acordo com o teste


feito, são necessárias para melhorar ainda mais o porcentual de cada um. O
40’ professor entrega também o Instrumental ESCREVA UMA AÇÃO. Para cada
item do teste, o estudante deve fazer uma AÇÃO que considera importante
e necessária para melhorar o seu porcentual.

ENCERRAMENTO

O professor solicita que alguns estudantes falem como se sentem com as


novas AÇÕES que irão realizar.
5’
Observação: professor, solicitar que tragam, na próxima aula, todas as
produções – instrumentais preenchidos – do Bimestre.

MATERIAL NECESSÁRIO

 Caderno do Estudante – Instrumental: Escreva uma ação


CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 109

ANEXO

ENTRE O SONHO E A AÇÃO

AULA51

ESCREVA UMA AÇÃO

Veja o seu resultado para cada item do teste e ESCREVA UMA AÇÃO que deseja fazer para
melhorar o seu desempenho intelectual.

1 Gosto de ler e tenho a leitura como


hábito

2 Sou uma pessoa motivada para estudar

3 Memorizo com facilidade e o faço após


compreender bem o assunto

4 Gosto de raciocínio lógico

5 Distingo com facilidade minhas


prioridades

6 Faço anotações com clareza na sala de


aula

7 Sou organizado e tenho regularidade


nos meus estudos

8 Participo das aulas e presto atenção


nelas

9 Escrevo bem e gosto de fazer redações


CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 110

10 Tenho facilidade para fazer provas

TEMA ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA Que Tal um Tempinho a Mais?

52  Refletir sobre a importância de se reservar um tempo para


investir na saúde intelectual.
OBJETIVOS  Refletir sobre a importância do planejamento diário para a
vida de cada um.
 Com o grupo, organizar suas produções em um portfólio.
INTRODUÇÃO

O professor inicia a aula perguntando aos estudantes como eles organizam o seu
5’ tempo. Se eles têm dificuldade de encontrar tempo para estudar, brincar e etc.

É necessário reservar um TEMPO para investir na saúde intelectual?

DESENVOLVIMENTO

O professor:

 Entrega para cada estudante o Instrumental Organizando o tempo.


35’  Explica as etapas do Instrumental e solicita que os estudantes façam o
seu instrumental.
 Reserva agora, um tempo para que eles criem um “portfólio” com todos
os instrumentais trabalhados no bimestre, com o Título MINHA SAÚDE
INTELECTUAL.

ENCERRAMENTO

O professor conclui a aula dizendo que utilizar o tempo de forma apropriada é


fundamental para o sucesso do projeto intelectual.
10’
Solicita que alguns estudantes falem como foi aprender a organizar o seu tempo,
apresentando seu portfólio.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 111

MATERIAIS NECESSÁRIOS

 Caderno do Estudante - Instrumental: Organizando o Tempo


 Material para a produção do portfólio: papel 60kg., revistas, tesouras,
cola, canetas coloridas, perfurador, barbante ou lã

ANEXO

ENTRE O SONHO E A AÇÃO

AULA 52

1. ORGANIZANDO O TEMPO

Como é a sua rotina? A que horas você acorda? Quantas horas fica na escola? Quais horários
destina às refeições: almoço, jantar e lanches? O que costuma fazer quando não tem nada para
fazer?

 EXEMPLO DE UMA ROTINA DIÁRIA

00:00 05:30 DORMIR

5:30 06:30 ACORDAR, BANHO E TOMAR CAFÉ

07:00 12:00 ESCOLA

12:00 13:00 ALMOÇO

13:00 17:00 ESCOLA

17:00 18:00 VOLTAR PARA CASA

18:00 22:00 JANTAR, BANHO, TELEVISÃO

22:00 00:00 DORMIR

 AGORA MONTE A SUA ROTINA


CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 112

SAÚDE RELACIONAL
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 113

TEMA SAÚDE RELACIONAL


AULA Introdução ao Tema
 Ampliar a noção do conceito de Integração.
53 OBJETIVOS
 Valorizar o respeito às diferenças individuais e exercitar
diferentes papéis gerenciais para facilitar a convivência em
grupo.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor resume as reflexões das últimas aulas, onde conversaram com o sobre
Meio Ambiente e como cada um deve se comprometer com sua preservação.
Lembra: a relação que temos com o meio ambiente vai nos inspirar para, a partir
desta aula, retomarmos um pouco como nos relacionamos entre nós mesmos.

O professor distribui uma tarjeta para cada estudante e solicita que respondam,
20’
individualmente, por escrito, a seguinte pergunta: o que é integração?
Divide o grupo em trios para que estes discutam seus conceitos e elaborem um único
conceito a partir do consenso de todos, escrevendo-o em uma tarjeta;
Junta dois trios, formando um sexteto e repete o procedimento anterior, escrevendo
o conceito numa nova tarjeta;
Cada sexteto apresenta seu conceito fixando sua tarjeta num painel;
Solicita que, a partir do painel, o grupo construa o seu conceito sobre integração.
DESENVOLVIMENTO
25’
O professor convida para leitura e discussão da Fábula da Convivência
ENCERRAMENTO
O professor solicita que a turma faça um círculo grande com um círculo pequeno de
5’
10 estudantes. Os 10 deverão dizer uma palavra sobre a importância da boa
convivência.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Caderno do Estudante – Fábula da Convivência
 Tarjetas
 Pincel Atômico
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 114

ANEXO
SAÚDE RELACIONAL
AULA 53

FÁBULA DA CONVIVÊNCIA27

Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas
camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se
adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver
começou a se unir, e juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo
aquele forte inverno.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos,
justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, e afastaram-se feridos,
magoados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros.
Doíam muito...
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os
que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma
que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver,
resistindo à longa era glacial.

Sobreviveram...

27
Fonte: http://www.betafm.com.br/fabuladaconvivencia.htm Acesso em 12.02.2012
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 115

TEMA SAÚDE RELACIONAL


AULA Liderança

 Trabalhar o conceito de liderança a partir de uma


54 OBJETIVO
atividade lúdica.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor lança a pergunta para os estudantes:
10’  Qual o papel de uma boa liderança em um trabalho a ser
desenvolvido em grupo?
O professor anota no quadro as ideias centrais.
DESENVOLVIMENTO
Vivência: Desafio da Garrafa (anexo).
30’ Na reflexão sobre a vivência, o professor pergunta aos jovens como se
sentiram ao realizar o trabalho e o que perceberam. A convivência grupal, o
cumprimento das regras, a solidariedade e companheirismo e a liderança são
aspectos a serem observados durante a execução do exercício.
10’ ENCERRAMENTO
Alunos em círculo, dez alunos respondem à pergunta: Qual é a função de um líder
no grupo?
MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Material para a vivência proposta:
- 1 rolo de barbante;
- 1 garrafa;
- 1 caneta;
- som e duas músicas harmonizantes;
- 1 tesoura.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 116

ANEXO
SAÚDE RELACIONAL
AULA 54

DESAFIO DA GARRAFA28

Ver em: http://www.youtube.com/watch?v=ao4mURk1s1A

Material:
- 1 rolo de barbante;
- 1 garrafa;
- 1 caneta;
- som e duas músicas harmonizantes;
- 1 tesoura.

Tempo aproximado: 30 minutos.


Disposição do grupo:em círculo, em pé. Sala livre de mesas e cadeiras. Ambiente que permita
ao círculo se movimentar livremente.

DESENVOLVIMENTO
Informar ao grupo que será dado um desafio para resolver. Se alguém descumprir as regras do
jogo será, literalmente, cortado do grupo.
Em um canto da sala, estarão cortados tantos barbantes quanto o número de participantes,
amarrados por um nó (tamanho aproximado de um metro e meio). Cada participante segura em
uma ponta do barbante, amarra-o na cintura, formando um círculo. Em seguida, colocar uma
garrafa no chão afastada do círculo. O educador amarra uma caneta no ponto de encontro dos
barbantes e solicita 6 voluntários (que receberão vendas), orientando os próximos passos.
Desafio:
Transportar a caneta para dentro da garrafa, obedecendo as seguintes regras:
- as pessoas vendadas poderão se comunicar verbalmente;
- as pessoas sem vendas só poderão se comunicar por gestos;
- é proibido colocar as mãos no barbante;
- é proibido deixar o barbante frouxo.

Quem desobedecer às regras será cortado do grupo.


Aguardar por 5 minutos para planejamento e colocar a música.

O que poderá ocorrer:


- alguns conseguem cumprir as regras, outros são cortados;
- o grupo consegue colocar a caneta dentro da garrafa e, geralmente, acha que o desafio foi
cumprido.

28
Fonte: http://pt.scribd.com/doc/52954575/26 Acesso em 28.09.2013
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 117

TEMA SAÚDE RELACIONAL


AULA A Importância do Trabalho em Equipe I

55 OBJETIVO
 Refletir sobre o trabalho em equipe nas relações
profissionais contemporâneas.

TEMPO ATIVIDADES

10’ INTRODUÇÃO

O professor convida a turma para assistir as mídias: pinguins (link:


http://www.youtube.com/watch?v=WgEMh8Dz_fI acesso em 09.10.13) e
sapateado (link http://www.youtube.com/watch?v=x2WU1qf5ITo acesso em
09.10.12). Em seguida, pergunta aos estudantes:
 Por que cultivar boas relações é tão importante no Mundo do Trabalho de
hoje?

DESENVOLVIMENTO

O professor forma equipes de cinco jovens e realiza a leitura e discussão do Texto:


Trabalho em Equipe.
40’
As equipes devem, na sequência, preparar e apresentar em cartazes as ideias
centrais identificadas no texto.

10’ ENCERRAMENTO
O professor solicita cinco estudantes para avaliar. Cada um deve escolher UMA
postura que precisa desenvolver, com o intuito de aprimorar sua participação em um
trabalho em equipe.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Mídias: “pinguins” e “sapateado”;
 Caderno do Participante - Texto: Trabalho em Equipe;
 Papel madeira para apresentação das ideias centrais.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 118

ANEXO
SAÚDE RELACIONAL
AULA 55

TRABALHO EM EQUIPE29
Trabalhar em equipe é parte essencial da vida profissional. O trabalho em equipe tornou-se a
prática preferida das instituições, na medida em que sistemas hierárquicos tradicionais dão
lugar a métodos de trabalho mais polivalentes e horizontalizados.
Para um bom trabalho em equipe é preciso integrar seus componentes, envolver todos em torno
do mesmo objetivo, manter a motivação, maximizar o desempenho do grupo, conduzir os
trabalhos mantendo o foco na missão, avaliar os resultados alcançados, entre outras coisas.
Neste sentido, coordenar os trabalhos de uma equipe envolve uma série de habilidades e
competências para a gestão. É necessário criar integração entre os membros do grupo para que
o trabalho flua em direção às metas coletivas.
O coordenador da equipe é alguém capaz de cuidar para que o trabalho do grupo esteja baseado
na colaboração, no respeito mútuo, na abertura para perspectivas diversas, na capacidade de
escutar e de comunicar-se com efetividade.
O desenvolvimento da equipe, por sua vez, tem por objetivo aumentar a efetividade de um
grupo que precisa trabalhar para o alcance de resultados. Quando as pessoas juntam esforços
para resolver os problemas comuns, a integração e o fortalecimento da própria equipe estarão
igualmente sendo trabalhados.

Mediante o trabalho, o ser humano, ao produzir algo, produz também a si próprio. A atividade
individualizada, isolada, muitas vezes não consegue alcançar os resultados esperados, dada a
fragmentação existente na divisão do trabalho e os limites do próprio ser humano no
desenvolvimento da tarefa.

A interação propiciada pelo trabalho em grupo vem contribuir, e muito, para que haja um
enriquecimento sempre maior dos membros que participam da atividade pela influência
inevitável que ocorre entre todos. Os melhores talentos de uma pessoa impulsionam os
melhores de outra e de mais outra para produzir resultados muito além do que qualquer uma
delas poderia conseguir individualmente.

Um grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua forma de trabalhar e
procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento. Seu crescimento e
desenvolvimento resultam do modo como os conflitos são enfrentados e resolvidos. Quando as
equipes trabalham no seu ponto máximo, com participação ativa de seus integrantes, os
resultados podem, mais do que apenas se somar, se multiplicar!

29
Fonte: Trechos de artigo de Homero Reis, em http://www.admite-se.com.br/. Publicação:
23/04/2013 10:07 | Atualização: 25/04/2013
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 119

TEMA SAÚDE RELACIONAL


AULA A Importância do Trabalho em Equipe II

56 OBJETIVO  Refletir sobre o trabalho em equipe nas relações


profissionais contemporâneas.

TEMPO ATIVIDADES

10’ INTRODUÇÃO

O professor coloca uma música ambiente (instrumental) e pede que todos andem
pela sala observando o espaço, as pessoas e a forma como estão andando (rápido,
devagar etc.). Cada um, ao encontrar alguém, deve fazer um elogio. O professor
explica que os estudantes deverão dizer o nome para o maior número de pessoas. O
professor dá instruções como: mais rápido, mais devagar, bem devagar, para frente,
para trás. Proponha que continuem andando conforme as instruções e formando
grupos de dois, de três e de quatro, sucessivamente até formarem cinco grupos.
Finalmente, peça que cada grupo cumprimente o outro. Dê meio ou um minuto para
inventarem um cumprimento.

O professor pergunta ao grupo como foi realizar a atividade, o que foi mais fácil, mais
difícil.

DESENVOLVIMENTO

40’ O professor divide a turma em grupos e solicita que cada um apresente de maneira
criativa (mímicas, cartazes, paródias, etc.) cada lição do texto O Voo dos Gansos.

10’ ENCERRAMENTO

O professor solicita a cinco estudantes que destaquem duas coisas interessantes da


aula.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

 Caderno do Estudante - O Voo dos Gansos.


 Cartolinas, tesouras, colas, revistas.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 120

ANEXO

SAÚDE RELACIONAL

AULA 56

O Voo dos Gansos30

Ah...! Se entre amigos fossemos gansos...!!!

Na próxima temporada, quando vir os gansos emigrarem dirigindo-se para um lugar


mais quente para passar o inverno, repara que voam em forma de "V". Talvez te
interesse saber por que eles assim o fazem. Ao voar em formação de "V" o bando inteiro
aumenta em 71% o alcance do voo em relação ao de um pássaro voando sozinho.

Lição 1:

Compartilhar da mesma direção e sentido do grupo permite chegar mais rápido e


facilmente ao destino, porque ajudando-nos uns aos outros os resultados são
melhores.

Quando um ganso sai da formação, sente a resistência do ar e a dificuldade de voar


sozinho. Então, rapidamente retorna à formação para aproveitar o poder da elevação
dos que estão à sua frente.

Lição 2:

Permanecendo em sintonia e unidos junto àqueles que se dirigem conosco na mesma


direção,

O esforço será menor. Será mais fácil e agradável alcançar as metas. Estaremos
dispostos a aceitar e oferecer ajuda.

Quando o ganso líder se cansa... muda para o final da formação, enquanto outro assume
a dianteira. Os gansos voando em formação grasnam para dar coragem e alento aos que
vão na frente, para que assim mantenham a velocidade.

Lição 3:

Compartilhar a liderança:

30
Fonte: http://www.fernandosantiago.com.br/voogans.htm Acesso em 10.09.13
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 121

Respeitar-nos mutuamente o tempo todo;

Dividir os problemas e os trabalhos mais difíceis;

Reunir habilidades e capacidades;

Combinar dons, talentos e recursos.

Os gansos voando em formação grasnam para dar coragem e alento aos que vão na
frente, para que assim mantenham a velocidade.

Lição 4:

Quando há coragem e alento, o progresso é maior. Uma palavra de ânimo a seu tempo
motiva, ajuda, dá forças. Produz o melhor dos benefícios. Quando um ganso adoece, fica
ferido ou está cansado... e deve sair da formação, outros saem da formação e o
acompanham para ajudá-lo e protegê-lo. Permanecem com ele até que morra, ou seja,
capaz de voar novamente; e então alcançam seu bando, ou se integram em outra
formação.

Lição 5:

Estejamos unidos, um ao lado do outro, apesar das diferenças, tanto nos momentos
difíceis, como nas horas de trabalho. Se nos mantivermos um ao lado do outro,
apoiando-nos e unidos; se tornarmos realidade o espírito de equipe; se, apesar das
diferenças, pudermos formar um grupo para enfrentar todo tipo de situações; se
entendermos o verdadeiro valor da amizade; se tivermos consciência do sentimento de
partilha, a vida será mais simples e o voo dos anos mais prazeroso!
amigos...sejamos gansos!!!
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 122

TEMA SAÚDE RELACIONAL


AULA Convivência no Contexto Escolar

57 OBJETIVO
 Refletir e discutir com os jovens sobre como promover
um ambiente saudável e produtivo no contexto escolar.

TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO

O professor realiza uma tempestade de ideias sobre quais são os principais


desafios encontrados na escola para que se tenha uma boa convivência? Anota
15’ no quadro todos os pontos citados pelos estudantes.

Convida a turma para assistir a mídia: “Convivência Escolar”


http://www.youtube.com/watch?v=KrqXMR-f-DM Acesso em 09.10.13
Caminhos da Escola – Convivência Escolar – Ep7 - Editado
DESENVOLVIMENTO

30’
Após, reflete com os estudantes sobre as diversas formas de intervenção para
compreender, administrar conflitos e promover uma convivência saudável na
escola:

 Família
 Gestão Escolar
 Responsabilização e implicação dos jovens
 Alianças e parcerias
5’ ENCERRAMENTO

Solicita aos estudantes que digam quais os principais aprendizados da oficina


realizada.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Mídia “Caminhos da Escola – Convivência Escolar”.
 Kit Multimídia.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 123

TEMA ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA Quando eu Arrumo o homem, Arrumo o Mundo
 Provocar no grupo uma reflexão sobre o
58 OBJETIVO comprometimento de, coletivamente, buscar um mundo
mais sustentável onde viver.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
O professor propõe a continuidade do jogo com a bola e convida a todos para ficarem
de pé e circularem pelo espaço da sala, ao som de uma música alegre. Depois, traz
uma bola e pede que façam um círculo. Pede que comecem a jogar a bola para um
colega, sem deixar cair.
Quando a música parar, aquele que tem a bola se dirige ao quadro e pega uma tarjeta
virada. Lê a pergunta e responde. A música volta e o último estudante lança a bola a
outro colega.
Perguntas:
25’ 1. Afinal, o que precisamos para uma vida feliz?
2. Qual o caminho para a construção de ações solidárias e sustentáveis?
3. Como a promoção da Paz afeta o Planeta? Cite dois exemplos.
4. Você considera importante o conhecimento de si e do outro?
Justifique.
5. Você considera importante construir boas relações em seu entorno?
Exemplifique.
6. Onde começa um mundo melhor?

DESENVOLVIMENTO
O professor convida o grupo a ler coletivamente o texto “Arrumar o Homem”.
20’ Pergunta: quem já conhecia? Qual sua ideia principal?

ENCERRAMENTO
O professor solicita voluntários para comentar: “Arrumar o homem é a tarefa
das tarefas, se é que se quer arrumar o Mundo...”.
5’

(Observação: professor: perguntar como está o processo de realização da


atividade de proteção ambiental na Escola)

MATERIAIS NECESSÁRIOS

 Kit multimídia
 Tarjetas
 Bola
 Música animada
 Caderno do Estudante
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 124
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 125

ANEXO

ENTRE O SONHO E A AÇÃO

AULA 58

ARRUMAR O HOMEM31

Dom Lucas Moreira Neves, Jornal do Brasil, Jan. 1997

Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória que estou para contar. Não posso,
porém, duvidar da veracidade da pessoa de quem a escutei e, por isso, tenho-a como
verdadeira. Salva-me, de qualquer modo, o provérbio italiano: "Se não é verdadeira... é
muito graciosa!"
Estava, pois, aquele pai carioca, engenheiro de profissão, em sossego, admitindo que, para um
engenheiro, é sossego andar mergulhado em cálculos de estrutura. Ao lado, o filho, de 7 ou 8
anos, não cessava de atormentá-lo com perguntas de todo jaez, tentando conquistar um
companheiro de lazer.

A ideia mais luminosa que ocorreu ao pai, depois de dez a quinze convites a ficar quieto e a
deixá-lo trabalhar, foi a de pôr nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça trazido da última
viagem à Europa. "Vá brincando enquanto eu termino esta conta", sentencia entre dentes,
prelibando pelo menos uma hora, hora e meia de trégua.

O peralta não levará menos do que isso para armar o mapa do mundo com os cinco continentes,
arquipélagos, mares e oceanos, comemora o pai-engenheiro.

Quem foi que disse hora e meia? Dez minutos depois, dez minutos cravados, e o menino já o
puxava triunfante: "Pai, vem ver!" No chão, completinho, sem defeito, o mapa do mundo.

Como fez, como não fez? Em menos de uma hora era impossível. O próprio herói deu a chave
da proeza: "Pai, você não percebeu que, atrás do mundo, o quebra-cabeça tinha um homem?
Era mais fácil. E quando eu arrumei o homem, o mundo ficou arrumado!"

"Mas esse garoto é um sábio!", sobressaltei, ouvindo a palavra final. Nunca ouvi verdade tão
cristalina: "Basta arrumar o homem (tão desarrumado quase sempre) e o mundo fica
arrumado!"

Arrumar o homem é a tarefa das tarefas, se é que se quer arrumar o mundo.

31
Fonte: www.vestibular1.com.br/revisao/simulado_portugues_VI.doc acesso em 10.10.13
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 126

ENTRE O SONHO E A AÇÃO


AULA TEMA
O Sonho Brasileiro
 Motivar o grupo a identificar as forças da
59 OBJETIVO Juventude, na construção de uma sociedade
mais integrada, harmônica e sustentável.
TEMPO ATIVIDADES
INTRODUÇÃO
Apresentação da mídia “Sonho Brasileiro – Manifesto”
http://vimeo.com/30918170 acesso em 10.10.13
15’
Você concorda? O professor provoca análise de pontos de destaque,
na apresentação, enfocando a JUVENTUDE brasileira.

DESENVOLVIMENTO
O professor divide o grupo em equipes de cinco integrantes e os
30’ convida para a montagem de um painel coletivo (detalhamento
anexo).

ENCERRAMENTO
Lembrando que estamos chegando perto do final do 2º ano, o professor
convida a turma para trazer uma palavra de compromisso para o próximo
ano e promove um abraço coletivo.
5’
(perguntar como está o processo de realização da atividade de proteção
ambiental na Escola)

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Mídia Sonho Brasileiro
 Som/Música
 Cartolinas, revistas, tesoura, cola,
 Tarjetas de cartolina branca para integrar as palavras no
Mural
 Papel madeira para o Mural
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 127

ANEXO
ENTRE O SONHO E A AÇÃO
AULA 59

PAINEL COLETIVO

 O professor inicia convidando a todos para ficar em pé e distribui pequenas figuras


geométricas de cinco formatos diferentes, para constituir as equipes.

 Realiza um exercício de relaxamento e introspecção, colocando uma música


tranquila e solicitando aos estudantes que, no pequeno grupo, fechem os olhos,
relaxem e pensem em uma palavra que represente um sentimento positivo, de
integração maior de cada um com a Humanidade. (professor tem que estar
atento para que não se repitam palavras).

 O grupo partilha suas palavras e vota, escolhendo UMA para representar o grupo.

 O professor então, distribui uma folha de cartolina para cada grupo


(preferencialmente colorida) e pede que escrevam a palavra escolhida, em
grandes letras. Essas letras deverão ser preenchidas com colagem ou desenhos,
que façam um vínculo com a mensagem da palavra.

 Após concluída essa parte, os estudantes, por equipe, recortam a palavra, que será
utilizada no segundo momento.

 Finalizando este momento, as palavras serão apresentadas e cada grupo fala o


porquê das escolhas.

SEGUNDO MOMENTO:

 Os grupos se reúnem e pensam em uma frase, que irá integrar todas as palavras
apresentadas. Montar como painel, na parede.
CADERNO DO PROFESSOR – PROJETO DE VIDA ANO I 128

TEMA RITO DE ENCERRAMENTO


AULA
 Coordenar um Rito de Encerramento das atividades do
60 OBJETIVO ano, retomando as expectativas colocadas na Camiseta,
na primeira semana de aula.
INTRODUÇÃO

 O professor cria, antecipadamente, um clima de celebração, ambientando a sala,


organizando o espaço. Convida os estudantes a sentarem-se em círculo
(preferencialmente, no chão).
 Pede que, neste momento, fechem os olhos e entrem em contato consigo,
silenciando seus pensamentos. (se possível, colocar música suave)
 Começa então a falar: em nossa última aula, falamos sobre passado, presente,
20’
futuro... falamos de “infinitivos”; de verbos que representam fases de nossa
vida....
 Este ano – o primeiro no Ensino Médio, em uma Escola Profissional - como ele
irá marcar sua vida?
 (começa a colocar pequenas tarjetas em frente a cada estudante) Se você fosse
escolher UM VERBO, para representar o nosso ano, em Projeto de Vida, qual
seria?
 Pede que abram os olhos e respondam essa pergunta.
DESENVOLVIMENTO

E agora, o grande momento!


20’
O professor coloca uma música animada e fala que vai distribuir as camisetas
confeccionadas na Semana de Acolhida. Pede que leiam suas expectativas.... elas se
concretizaram? Faltou algo? Superou-se em algum aspecto? Em qual?

ENCERRAMENTO

10’ Ainda em círculo, pede que cada um apresente seu verbo e compare com sua camiseta.

Ao final, sugere um abraço coletivo e uma palavra de compromisso com o próximo ano.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

 Pequenas tarjetas
 Camisetas confeccionadas pelos estudantes na Semana de Acolhida
 Música suave e música alegre

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