A ARTE E A ESCRITA DO EGITO

E DA GRÉCIA ANTIGA
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

DISCIPLINA: História da Arte I – 2021.1

ALUNO: MICHEL BARBOSA SANTOS – DRE: 121076627

DOCENTE: Enéas Valle

DESIGN DE PRODUTO – PROJETO DE PRODUTO 2021.1

INTRODUÇÃO

Ao comparar o Egito e a Grécia, percebe-se grande importância. Pois, a Grécia surgiu de povos que
migraram da Ásia e da Europa e se concentraram no Mediterrâneo, beirando o Oriente Médio.
Igualmente, o Egito se estabeleceu pela migração de pessoas nas proximidades do Vale do Nilo, devido
ao clima exageradamente árido em outros lugares.

Ambas civilizações se estabeleceram em lugares que, naquele período, concentravam pessoas oriundas de
outros territórios. Aproximadamente, a civilização egípcia surgiu cerca de 3 000 a.C. e a civilização grega
se iniciou cerca de 1 100 a.C., tendo sua transfiguração gradativa devido aos povos que migraram da
Ásia e da Europa.

A civilização grega se estendeu de Bálcãs até outras partes do Mediterrâneo, chegando nas regiões do
Mar Negro, contribuindo significativamente em várias áreas do conhecimento, se estabelecendo ao norte
da África. A civilização egípcia prosperou através da fertilidade que o rio Nilo trouxera sobre aquela
região, dando crescimento econômico através da agricultura, fazendo tal civilização mais sofisticada no
seu tempo.

ARQUITETURA,
CONSTRUÇÕES
E ESCULTURAS

O Antigo Egito

Os egípcios já haviam se
desenvolvido quando os gregos,
de alguma forma, se
relacionaram com os mesmos.
Eles, como civilização, já
conservavam um conhecimento
para construção, tendo uma
percepção considerável sobre
geometria, matemática e
mecanismo de mão-de-obra,
devido a manipulação de pedra,
tendo como principal construção
os túmulos dos faraós.
Registro das Pirâmides de Gizé
Na sua arquitetura, era uma população qualificada a construir com pedra, cujo arquiteto comandava
essas construções e os escultores, como parte desse sistema de produção, esculpiam as pedras em bloco
para as obras. Esses avanços arquitetônicos, assim com a arte e a tecnologia, durante o Império Antigo,
partiu do crescimento da produtividade agrícola e do desenvolvimento da administração. Com o excesso
de recursos disponíveis e recrutamento de camponeses, numa estabilidade econômica, o Estado havia a
capacidade de patrocinar e custear construções colossais e as obras de arte da realeza. As pirâmides são o
marco da arquitetura egípcia pelas suas projeções, mas também pelo seu sentido figurativo ligado a
crença do povo. Pois, acreditava-se que a alma do Faraó seria encaminhada aos deuses. Por isso, então, o
teto foi projetado com um ângulo agudo.

A ARTE E A ESCRITA DO EGITO E DA GRÉCIA ANTIGA: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS

 Deve-se também considerar as esfinges que, como
escultura, que é um ícone de imagem de um ser híbrido
(cabeça de homem e corpo de leão e/ou cabeça um animal
com corpo de leão) que também está dentro da arquitetura
dessa civilização. Essas esfinges têm um sentido místico,
revelando o ilusionismo escultural, como representação
simbólica da crença. Portanto, a compreensão da
arquitetura e da arte egípcia carece de um conhecimento
religioso para definir o porquê das esculturas. Supõe-se
que eram um tipo de representação escultural como forma
de homenagem ou exaltação a algum faraó, pregoando um
A esfinge de Gizé
pensamento de hierarquia a ser respeitada.

Um ponto importante a considerar é que recentes descobertas encontraram túmulos nas pirâmides dos
construtores da mesma, o que denota que não eram considerados escravos (por serem sepultados no
mesmo lugar que os considerados soberanos), mas era mais uma contribuição possivelmente remunerada.

Registro das Pirâmides de Gizé

“Nem por ETs, nem por pessoas escravizadas: as pirâmides do Egito foram construídas com a mão de obra
assalariada de trabalhadores locais. [...]túmulos humildes para trabalhadores das pirâmides foram
encontrados a uma distância surpreendentemente curta das tumbas dos faraós. [...]isso já é uma das provas
de que aquelas pessoas não eram escravizadas, pois, se o fossem, jamais teriam sido sepultadas tão perto dos
soberanos. [...]os arqueólogos descobriram todos os bens incluídos para que os trabalhadores das pirâmides
pudessem seguir pela passagem para a vida após a morte. Tal benesse também não seria concedida caso eles
fossem escravizados[...]” – Hypeness.

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As estátuas esculpidas é uma a
manifestação do simbolismo
sobre a arquitetura,
expressando,
inseparavelmente, o
relacionamento com a
escultura.

Essas figuras seguem um

padrão, isto é, dar origem a
representações que se
aproximam do que é supõe-se
ser real no sentido espiritual e
hierático.
O templo de Karnak - Cidade de Tebas, Egito

A finalidade dessas construções

é trazer a civilização a um mesmo conhecimento e entendimento, unificando o povo, sempre com a
aproximação da realidade social e religiosa da civilização, o que faz dessas esculturas uma projeção do
conceito de ilusionismo escultural.

Templo de Luxor - Cidade de Tebas, Egito

Não se trata de um manifesto ilusionista pictórico, mas, antes, estabelecer uma forma de pensamento
igualitário. As construções são pensados num comportamento coletivo do povo egípcio através da
religião, cujos formatos eram planejados empiricamente pelo ajuntamento dos mesmos.

As esculturas nas construções egípcias fabulavam o ensino aos de práticas e costumes civis,
demonstrando riqueza e poder do Estado.

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A Grécia Antiga

A civilização grega mana tempos depois. Pois os gregos aprenderam a trabalhar pedra com os egípcios,
fazendo adaptações no aprendizado, o que deu origem ao que se sintetiza como racionalismo. Diferente
dos egípcios, que fizeram construções semelhantes, os gregos tinham uma lógica do uso de tais formas.

Semelhantemente as construções de ambos povos tinham um sentido ligado a religião. Porém, o que
diverge entre elas é que os gregos projetara os templos, por exemplo, proporcionalmente com o objetivo
de minimizar as construções, deixando a arquitetura matematicamente precisa.

Eles calculavam a sustentação

(com a base parecida dos egípcios e
as colunas no tamanho e na
expressão exatas) e o teto (formato
para unificar as colunas e dar o
sentido de telhado triangular), ao
que criaram um padrão
arquitetônico juntando escultura e
arquitetura nas colunas de
sustentação: coluna dórica, coluna
jônica e coluna coríntia.
Isso para que adequação visual
estivesse de acordo com o templo
específico para um determinado
deus mitológico.

A arquitetura grega não depende

de uma compreensão
profundamente religiosa, mesmo
sendo feita a partir de um princípio
religioso. Pois, há uma iniciação
Colunas Jônica, Coríntia e Dória, respectivamente. mais racional nas construções.

Suas estruturas detinham grande simetria, engenharia e proporção e cálculo matemático, considerando
as três dimensões (largura, altura e profundidade) e aspectos físicos como peso e textura, por exemplo.

Templo de Hera, Paestum O conceito arquitetônico visava o teor estético (o

Belo), caráter público (talvez o ambiente em
conceito aberto dê esse sentido de fluxo de
pessoas), rigor nas formas e etc., que
desencadeou em toda a civilização e nas cidades
do Estado grego.

Os gregos atingiram um nível de imaginação que

os levaram ao ilusionismo, devido as suas
esculturas reais. O ilusionismo pictórico se
originou na Grécia Antiga, que foi antecedido
pelo naturalismo egípcio.

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 O ilusionismo, dava ao artista certa liberdade, ao que compreendia
poder alterar algumas percepções e formas para dar sentido místico
próprio sobre a obra, por exemplo, as escultura dos deuses – essa era
basicamente a síntese pelo qual Platão refutou o ilusionismo, criticando
negativamente o movimento artístico.

O movimento artístico abraçou tanto a escultura como a pintura.

Porém, antes, os gregos faziam suas esculturas também usando a
técnica da frontalidade, com projeções semelhantes a dos egípcios, que
é considerado como período arcaico.

No que tange relação arte, arquitetura e religião, devido as processões

ao deus Dionísio como manifestação cultural e religiosa, passaram a
projetar anfiteatro como uma inovação arquitetônica oriunda do
ilusionismo adaptado para o homem ser a própria expressão artística,
trazendo dois extremos: comédia e tragédia.

O que também está nessa adaptação de performance são os estádios

que os gregos criaram, devido a competição oriunda de Olympia, onde
surgiu os Jogos Olímpicos.

Isso, futuramente, levou do ilusionismo escultural a uma expressão

não simbólica, mas a uma figura que tinha um significado real, o
ilusionismo pictórico, que fora iniciado pela pintura grega.

Estádio Panatenaico Essas pinturas gregas podiam competir com as esculturas, devido ao
uso de técnicas para aproximação da realidade.

PINTURA
E ESCRITA

Grécia

O ilusionismo pictórico na pintura grega

permitiram representar símbolos naturalista que
se aproximam da realidade, pois, eles imitaram as
ações humanas com aparência de volume.

Eles também adaptavam suas obras sobre

cerâmicas e objetos, com o tecido, por exemplo.
Além disso, também usavam a pintura sobre Kouros Kroisos, c. 530 a.C

cerâmica e utilizavam objetos como decoração.

Suas representações iniciais também partiram da

Lei da Frontalidade, mas depois expandiram suas
representações com outras técnicas com o
surgimento do ilusionismo.
Vaso de Cerâmica Pintura Vermelha

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A língua grega, durante maior parte da sua língua era apenas falada e as comunidades que usavam
transmitiam oralmente sua cultura. Só depois 1 500 a.C. a escrita, já existente na Ásia, foi adotada pelos
gregos. Essa é uma das diferença com o Antigo Egito, pois já exerciam a escrita há milênios.

No grego antigo a
língua fora escrita por
dois silabários, a
escrita linear B e o
silabário cipriota, que
depois, no final da
Idade das Trevas os
gregos passaram a
utilizar uma escrita do
tipo alfabético.

Assim como os antigos

a seu tempo,
esculpiam em pedra e
pergaminhos.

Egito

A pintura egípcia possui um simbolismo e é

bidimensional, cujo seu aspecto é naturalista seguindo
conceito religioso, que representa a vida terrena e a vida
num plano não ambíguo segundo a religião do povo.

Os antigos egípcios usavam a Lei da Frontalidade para

expressar nas pinturas movimento, posição e dimensão de
forma simbólica, isso antes da Grécia Antiga ser uma
civilização modernizada ao seu tempo.

Eles também projetavam uma diagramação para

organizar hierarquicamente as representações
bidimensionais, podendo ser considerada um escrita
ilustrativa e decoração ornamental das construções.

“O faraó contratava artistas para desenhar e

pintar nas paredes das pirâmides, que viriam
a ser os seus túmulos. Essas pinturas
detalhavam a vida deles e seu entorno, de
modo que essa arte registra parte da história
do Egito.”
– Laura Aidar

Pintura na tumba da Sercedotisa Hetpet

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A escrita no Egito Antigo tem sua organização em hieróglifos, mas também possui outras duas formas de
escrita: a hierática, que é um formato cursivo para fins comercial; e demótica, que é mais simplificado e
mais popular.

Como na imagem ao
lado, os registros da
escrita egípcia era
entalhar sobre um
superfície rochosa ou
sólida figuras que
comunicavam algo,
mas supostamente
essa civilização
também escrevia em
papiros. Eles
alinhavam as formas
de acordo com o
planejamento sobre a
superfície a ser
preenchida.

Sobre a pintura e a escrita, se conclui que ambas civilizações marcaram a história com comunicação. A
egípcia, há milênios, mostrou que a diagramação e linguagem visual é importante. Na civilização grega,
temos a importância de sistematização da língua com a construção do alfabeto.

BIBLIOGRAFIA
(LINKS & IMAGENS)

https://www.hypeness.com.br/2021/02/piramides-do-egito-como-foram-construidas/
https://www.significados.com.br/arquitetura-grega/
https://www.infoescola.com/artes/arte-egipcia/
https://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0918
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Egito
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/grecia-antiga.html
https://www.todamateria.com.br/arquitetura-grega/
https://ambientevirtual.nce.ufrj.br/mod/lightboxgallery/view.php?id=268868
https://www.todamateria.com.br/arte-egipcia/

OBRIGADO!

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