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CURSO AUXILIAR EM NECROPSIA

MATÉRIA

TANATOLOGIA FORENSE

Modulo II
Sentado

Decúbito dorsal ou supina

Decúbito ventral ou prona

Lateral D
Genupeitoral

Lateral E.
Suspensão Incompleta
Submersão Completa ou
Incompleta
Suspensão
Completa

Posição. de Lutador
TANATOLOGIA FORENSE

É a parte da medicina legal que se ocupa da morte e dos problemas médico-


legais com ela relacionados.

É uma palavra de origem grega:

Tanathos- mortes .

Logia - ciência ou estudo.

Forense /Legal - Jurídico, Judicial.


Tanatologia Forense
É praticada desde o exame do local, no estudo das circunstâncias
que rodearam a morte, na informação clínica ou legal, no estudo minucioso do
cadáver e nos exames complementares para a elaboração de um relatório que
será enviado à autoridade judicial que requisitou a necropsia.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO SERVIÇO DE


TANATOLOGIA FORENSE

 Perícias oficiais médico-legais em cadáveres


vítimas de morte violenta ou suspeita,

 Identificação de corpos com identidade


ignorada.
TANATOLOGIA FORENSE
É o ramo das ciências forenses que partindo do exame do local,
da informação acerca das circunstâncias da morte e atendendo aos
dados do exame de necropsia, procura estabelecer:

 A identificação do cadáver ;
 O mecanismo da morte ;
 A causa da morte;
 O tempo da morte.

É o componente da medicina legal que


está ligada aos fenômenos da morte.
Estuda a morte e as consequências
jurídicas a ela inerentes.
CONCEITUAÇÃO DE TANATOLOGIA FORENSE OU SUBDIVISÕES

Tanatosemiologia: Estuda os sinais e os fenômenos cadavéricos.

Tanatognose: Estuda o conjunto de sinais biológicos para permitem afirmar o


estado de morte real.

Cronotanatognose: Estuda o tempo decorrido entre a morte e o exame


cadavérico.
Tanatoscopia: É o exame do cadáver
para verificação da causa e tempo da
morte.
Tanatoconservação:
São técnicas de conservação do
cadáver.
Tanatolegislação:
É o conjunto de dispositivos legais
concernentes à morte e ao cadáver.
:

TANATÓRIOS OU LABORATÓRIOS:

São conjuntos de estruturas onde são recepcionados os cadáveres para exames


de necropsias, estudo de anatomia etc... Tais como: expurgo, mesa, exaustor,
armários etc.
É a parte da medicina legal que se ocupa da morte e dos problemas médico-
legais com ela relacionados.

Parte da tanatologia forense responsável pelo diagnostico da causa morte.

Parte da tanatologia forense responsável pelo diagnóstico do tempo morte. .


TANATOLOGIA FORENSE

Morte: do latim mors; Óbito : do latim obitu;


Falecimento, Passamento e Desencarne.
DIREITO CIVIL
CONCEITO DE MORTE:

O Direito Civil é um conjunto de normas que


regulamentam as relações jurídicas das
pessoas entre si. A personalidade de direito da
pessoa física (natural), inicia-se com o
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro
(art.2º, Código Civil Brasileiro) e tem o seu fim
determinado pela morte.

(art.6º, Código Civil Brasileiro).


TANATOLOGIA FORENSE

MORTES DAS CÉLULAS:

APOPTOSE:
Sem apresentar inflamação ou
doença (em vida).

NECROSE:
Quando a morte celular ocorre
em grupo, desencadeiam uma
reação inflamatória( em vida).

AUTOLISE:
É a destruição das células pela ação descontrolada das suas
próprias enzimas.
DEFINIÇÃO DE MORTE

A Organização Mundial de Saúde (OMS), define a morte como:

Cessação dos fenômenos vitais


com a parada das funções
cerebrais.

É a cessação de todos os fenômenos vitais e cerebrais de modo


definitivo, total e permanente .
CRITÉRIOS ATUAIS PARA DIAGNÓSTICAR A MORTE

Até pouco tempo, o critério utilizado para apontar que alguém havia
morrido era, Parada da respiração, juntamente com a parada cardíaca.
Apesar disso é complicado determinar o exato instante da morte, pois ela
não é um acontecimento imediato e sim um sequenciamento de
fenômenos gradativos, ocorridos nos diversos órgãos e sistemas do
organismo que mantém a vida.

A morte atualmente é definida por critérios estabelecidos pelo:

Conselho Federal de Medicina - CFM.


CRITÉRIOS PARA DIAGNOSTICAR E CONFIRMAR A MORTE

 Nenhuma respiração espontânea por no mínimo sessenta minutos.


 Nenhuma respiração reflexa e nenhuma alteração do ritmo cardíaco por pressão
ocular ou do seio carotídeo.
 EEG linha flat sem ritmo em todas as derivações pelo menos sessenta minutos.
 Dados de laboratório básicos, incluindo estudo eletrolítico.
 Divisão das responsabilidades da morte com outros colegas.

A Morte é a cessação dos


fenômenos vitais pela parada da
funções cerebral, respiratória e
circulatória.
DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE

MORTE APARENTE

Provocada por estados patológicos que simulam a morte:


Tríade de thoinot

O indivíduo se mantém vivo por tênues ou


débeis sinais de circulação as funções vitais
se reduziram a um mínimo tal que dão a
impressão errônea da morte. Corre nas
intoxicações graves produzidas por soníferos
e nos congelamentos.
DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE
MORTE RELATIVA

É um estado temporário de morte, com parada “cardiorrespiratória” ou


parada de outras funções vitais. Este estado pode ser modificado e o
indivíduo pode ser recuperado por manobras artificiais (reanimação) Parada
cardíaca reversível.

MORTE REAL OU ABSOLUTA


É a verdadeira morte, ocorrendo
paralisação total, definitiva,
permanente e irreversível de
todos os fenômenos e atividades
vitais e cerebral.
DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE

MORTE CEREBRAL OU ENCEFÁLICA


É o comprometimento de forma irreversível do cérebro incluindo o tronco
encefálico (Ausência de circulação sanguínea e oxigênio).

É a morte do cérebro, incluindo o tronco cerebral que desempenha


funções vitais como o controle da respiração.

Quando isso ocorre, a parada cardíaca é


inevitável. Embora ainda haja batimentos
cardíacos, a pessoa com morte cerebral não
pode respirar sem os aparelhos e o coração não
baterá por mais de algumas poucas horas. Por
isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do
indivíduo.
Conselho Federal de Medicina

O Conselho Federal de Medicina (CFM), na Resolução nº 2.173/17 substitui a de nº


1.480/97 e atende o que determina a lei nº 9.434/97 e o decreto presidencial nº
9.175/17, que regulamentam o transplante de órgãos no Brasil.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ESTABELECE NOVAS REGRAS PARA DETERMINAR


MORTE CEREBRAL.
Como era: O médico suspeitava de morte
cerebral e poderia começar imediatamente o
protocolo de confirmação.
Como fica: Após a suspeita, o paciente deve ter
acesso a todos os tratamentos possíveis por no
mínimo seis horas. Passado esse período, o
processo de confirmação pode ser iniciado
totalizando 7 horas.

Além dos neurologistas, também estarão habilitados a diagnosticar morte


encefálica: intensivistas, intensivistas pediátricos, neurocirurgiões e médicos de
emergência. Familiares também poderão indicar um profissional de confiança.
APARELHOS SERÃO DESLIGADOS APÓS A CONFIRMAÇÃO.

Não será mais possível que o paciente fique no hospital com os aparelhos ligados. Antes,
o médico deveria aguardar uma posição da família. Agora, se não for possível a doação
de órgãos, seja pela decisão de familiares ou por circunstâncias da morte, os aparelhos
serão desligados após o período de tratamento e confirmação.
EXAMES CLÍNICOS E COMPLEMENTARES
Além do exame clínico, que deve ser realizado por dois
médicos diferentes, com um intervalo mínimo de uma
hora entre o primeiro e o segundo, o paciente deve ser
submetido a um teste de apneia e a exames
complementares. EXAMES:
Angiografia cerebral, eletroencefalograma, doppler transcraniano e cintilografia.

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS CANDIDATOS A DOADORES

Determinada a morte encefálica, 15 órgãos são excluídos os possíveis doadores


podem ser doados: coração, pulmões, fígado,
pâncreas, intestinos, rins, córneas, escleras, com: Doenças transmissíveis, neoplasia,
ossos, cartilagens, tendões, meniscos, fáscias, uso de drogas injetáveis e recusa do
valva cardíacas e membrana amniótica.
familiar.
DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE

Morte Anatômica
Parada total e permanente de todas as funções orgânicas.
Morte Histológica
Morte de células que compõem vários tecidos e órgãos.
Fetal
Morte de um produto da concepção antes da expulsão ou da extração completa do
corpo da mãe independente da duração da gravidez.
Materna
Morte de uma mulher durante uma gestação ou dentro de um período de 42 dias
após o término da gestação, independente da duração ou localização da gravidez.
Catastrófica
É toda morte violenta de origem natural ou de ação dolosa do homem em que por um
mesmo motivo, ocorre um grande número de vítimas fatais.
ASPECTOS JURÍDICOS DA MORTE

Morte natural:
patológica e etária.

Morte violenta:

(não natural) é aquela que resulta de fatores externos não relacionados com
a curva vital. Essa morte pode ser provocada por: Suicídio, acidente e Crime.

Morte suspeita:

Não sabe se foi violenta ou natural.


Morte agônica:
Previsível e esperada, culmina na evolução de uma doença ou de um grave
estado pós-traumático, sempre dentro do prognóstico do médico.
Morte súbita:
Não pode ser violenta, tem que ser natural, inesperada, não é morte
fulminante.
ASPECTOS JURÍDICOS DA MORTE

Morte presumida:
Há casos em que não foi possível encontrar o cadáver para exame, nem há
testemunhas que presenciaram ou constataram a morte, mas é extremamente
provável a morte de quem estava em perigo de vida. Nesses casos, não há certeza
da morte, se houver um conjunto de circunstâncias que indiretamente induzam a
certeza, a lei autoriza ao juiz a declaração da morte presumida.
TANATOGNOSE :
É o diagnóstico da causa morte

O Momento da morte sendo :

 Parada cardiorrespiratória
irreversível.

 Morte cerebral ou
encefálica, entre outras...

 O que prova o fim da vida


irreversível.
Palavra de origem grega:
TANATOCRODIAGNOSE,
DIAGNÓSTICO CRONOLÓGICO DA MORTE cromo = Tempo.
CRONOTAQUIMETRAGEM Tanathos = morte.
gnoses = conhecimento.
CRONOTANATOGNOSE.

É o diagnóstico do tempo da morte, pela observação das evidências ou dos sinais


abióticos, influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema,
derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais
como: A luz, temperatura, vento e outros.

"Também chamado de realidade da morte”.


CRONOTANATOGNOSE

É o capítulo da Tanatologia Forense, que estuda os meios de determinação do


tempo transcorrido entre a morte e o exame necroscópico.
CRONOTANATOGNOSE
Cronotanatognose
Vários fatores, fenômenos e sinais podem ser analisados para uma estimativa
mais aproximada da hora do óbito, como: Aferição da temperatura hepática,
análise da fauna cadavérica e análise de sinais de morte,
exemplo: Os Livores cadavéricos, Midríase, Miose e enrijecimento do cadáver,
que se instala no sentido :Craniocaudal e desaparece no mesmo sentido

SINAIS CADAVÉRICOS :

 Sinais imediatos;
 Sinais consecutivos;

 Sinais Destrutivos;
 Sinais Conservativos;
Cronotanatognose

Fenômenos abióticos imediatos , avitais ou vitais negativos

FENÔMENOS BIÓTICOS
É o conjunto de todos os organismos vivos como plantas, animais e
decompositores, que vivem num ecossistema.

FENÔMENOS ABIOTICO
É o conjunto de todos os fatores não vivos de um ecossistema, mas que
influenciam no meio biótico, como temperatura, pressão, pluviosidade, relevo, etc.

ECOSSISTEMA
É o conjunto do meio biótico com o abiótico interagindo entre si.
SINAIS IMEDIATOS
SINAIS DE PROBABILIDADES DE MORTES

Os sinais abióticos imediatos são todos os sinais que ocorrem no


momento da morte.

 Parada cardíaca;
 Parada respiratória;
 Perda de consciência;
 Perda de sensibilidade;
 Imobilidade – perda do tônus muscular , repouso .
 Fácies Hipocrática ou cadavérica.
 Arreflexia - relaxamento dos esfíncteres ,dilatação das pupilas, abertura dos
olhos, queda da mandíbula na parte inferior, eliminação de fezes e urina.
 Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e doloroso.
 Ausência de pulso.
 Pálpebras parcialmente cerrada ou entreabertas.
 Perda das funções cerebrais – Ausência de respostas elétricas.
SINAIS CONSECUTIVOS

SINAIS CERTEZA DE MORTE.


Os fenômenos abióticos consecutivos são aqueles que vão se estabelecer ao
longo do tempo, em função da parada da função metabólica e se dividem em:

 Resfriamento paulatino do corpo;


 Evaporação tegumentar;
 Rigidez cadavérica;
 Espasmo cadavérico;
 Manchas de hipóstase e livores cadavérico;
 Desidratação;
 Retração do globo ocular (desidratação);
 Perda do brilho da córnea;
 Midríase ou Pupilas dilatadas; Miose ou Pupilas Contraídas.

Fenômenos cadavéricos:
ordem física
Desidratação, resfriamento cadavérico e livores cadavéricos.
Ordem química
Autólise, rigidez muscular, putrefação, maceração e processos
conservadores do cadáver.
SINAIS IMEDIATOS

PALLOR MORTIS OU LIVIDEZ MORTIS

É a descolorização da pele que ocorre logo após, poucos minutos da morte,


devido a perda de sangue nos capilares e veias.
SINAIS MEDIATOS / CONSECUTIVOS

FENÔMENOS OCULARES:

 O pacificação do cristalino;

 Pálpebras semicerradas;

 Midríase;

 Miose;

 Mancha na esclerótica ou sinal de sommier e Larchar;

 Sinal de Stenon Louis;

 Tache Noire;

 Sinal de Ripault

 Evaporação ocular.
SINAIS MEDIATOS / CONSECUTIVOS
MIDRÍASE - DILATAÇÃO MIOSE - CONTRAÇÃO

PÁLPEBRAS CERRADAS
PÁLPEBRAS SEMICERRADAS
1° Sinal de Stenon Louis
Fino véu (poeira) que recobre a superfície
da córnea. Tela viscosa; diminuição ou
perda da tensão do globo ocular; turvação
da córnea transparente; mancha negra da
esclera. Instala a partir da morte.

2º - MANCHA NA ESCLERÓTICA OU SINAL DE SOMMER E LARCHER


Uma mancha preta que aparece em primeiro
lugar, no canto externo do olho e, em seguida,
os órgãos internos que permaneceram com
os olhos abertos após a morte. É causada
por desidratação e secagem da esclera,
através do qual a transparência é visto pelo
pigmento da coroide.
De 2 a 8 horas da morte.
EVAPORAÇÃO OCULARES:
3º - TACHE NOIRE OU MANCHA NEGRA

Ocorre na córnea e pode ser observado


até 48 horas após a morte. Ocorre
quando as pálpebras do morto
permanecem abertas, formando uma
mancha inicialmente amarelada, mas
que vai atingir tons de vermelho escuro
e preto.

4º - SINAL DE RIPAULT

A partir das 48 horas da morte, exercendo-


se a pressão digital lateralmente no globo
ocular, pode ocorrer a deformação da Íris e
da pupila.
SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS
(EVAPORAÇÃO TEGUMENTAR):

DESIDRATAÇÃO CUTÂNEA.

 Diminuição do volume com consequente “crescimento” de unhas e


pelos.
 Decréscimo de massa (peso).
 Pergaminhamento da pele.
 Dessecamento das mucosas dos lábios.
SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS
1º TRÍADE DA MORTE
HIPÓSTASE OU LIVORES.

É uma mancha que irá se depositar na área de declive do corpo, em

razão da força da gravidade, que forçará os elementos pesados do


sangue (as hemácias) a se deslocarem, chegando a formar uma placa de
cor vermelha e rosa sendo depositadas nas malhas dos tecidos.

Os vasos sanguíneos sofrerão


autólise e as hemácias através
de manchas formam tatuagens.
Início 30 minutos a 4 hora, fixo
em torno de 12 horas.
SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS

IMPORTÂNCIA DOS LIVORES DE HIPÓSTASES

 Sinal de certeza da morte;

 Estabelecer o tempo morte na Cronotanatognose;

 Deslinde da causa morte;

 Definir se o cadáver foi mudado de posição.


SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS

A Coloração dos livores ou hipóstases de acordo com a causa da morte pode variar
de cor, exe.:
Intoxicação pelo monóxido de carbono:
Assume coloração vermelho-carmim por causa da formação da
carboxiemoglobina, que tem cor vermelho-cereja;

Intoxicação pelo cianeto e pelo fluracetato:

Há bloqueio da respiração
celular e do consumo de
oxigênio, o que leva a
manutenção de altos teores de
oxiemoglobina no sangue,
tornando os livores vermelho.
Os livores aparecem também nos órgãos
internos chamados de hipóstases viscerais.
Os livores podem tomar coloração diferente
dependendo da causa da morte:

1. Róseo carmim > monóxido de carbono.


2. Róseo claro > afogamento.

3. Vermelho > ácido cianídrico.

4. Escuro > asfixias em geral.

5. Azul ardósia > intoxicação por produtos metahemoglobinizantes.


SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS

2º Tríade Morte - Resfriamento Cadavérico, Arrefecimento, Algor, Algidez


,Frigor Mortis ou Frialdade Cadavérica.

Lento nas 3 primeiras horas (0,5°C/hora).


Rápido nas 6 horas seguintes (1ºC ou +/hora).
Nas últimas horas volta a ser lento.

Se o ambiente estiver quente, em lugar do resfriamento, poderá se dar o


aquecimento do cadáver, já que a sua temperatura tende a se igualar a do
ambiente. A produção de calor pelo metabolismo não para de imediato, pois os
tecidos permanecem vivos e só morrendo aos poucos.
Cálculo da redução de temperatura conforme algumas
literaturas
Para: Delton Croce júnior:

0.5°C nas três primeiras horas e 1°C nas


seguintes até atingir a temperatura
ambiente.

Para : Flaminio Fávero; Zarzuela e


Glaister:
Estimam uma redução de 1,5°C/horas.

EQUAÇÃO DE GLAISTER:

Estima quantas horas se passaram desde a morte, usando uma função


linear da temperatura retal.
Nº de horas = (36.9 °C - [temperatura retal em Celsius]) ×1.2.
Pode-se afirmar que a determinação da temperatura retal ajuda a avaliar a
hora da morte quando tomada nas primeiras 18 horas.
REGRA
Para DELTON CROCE: 0,5 – 0,5 – 0,5 – 1,0 – 1,0 – 1,0 – 1,0 – 1,0 - 1,0 - 0,5 – 0,5 – 0,5

Para :Flaminio Fávero; zarzuela e Glaister:


1,0 – 1,0 – 1,0 – 1,5 – 1,5– 1,5– 1,5 – 1,5 - 1,5 - 1,0 – 1,0 – 1,0
SINAIS CONSECUTIVOS
3º Tríade Da Morte
Rigidez Cadavérica: Rigor

Inicia partir da 3ª hora, pela pálpebra e mandíbula (musculo masseter) ,


seguindo-se a nuca e membros superiores e, por último os membros
inferiores. No Sentido cefálico - caudal ou crânio .

Cronologia
Lei de Nysten – Sommer.
Aparecimento - 1 a 2 horas após a
morte, grau máximo - 8 horas e
desfazimento em 24 hs .
Pode durar de 1 a 2 dias para depois
desaparecer na mesma ordem em
que apareceu.
SINAIS CONSECUTIVOS

REGRA DE NYSTEN-SOMMER-LARCHER

 O aparecimento pode ser tardio ou precoce.


 A instalação será sempre nas menores massas musculares para
maiores.
 A rigidez se desfaz com a instalação da putrefação a partir das 24 horas.

Pálpebras, mandíbula e nuca 1ª a 2ª horas após a morte.


Membros superiores 2ª a 4ª horas após a morte.

Musculo torácico 4ª a 6ª horas após a morte.


Membros inferiores 6ª a 8ª horas após a morte.

Desaparece na mesma sequencia,


finalizando cerca de 24 a 48 horas.
SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS

Rigidez cadavérica: Rigor

O endurecimento decorre da contração muscular. Para o músculo contrai-


se é necessário que as proteínas actínia e miosina unam-se, sendo estas
responsáveis pela contração. Quando ATP - é a abreviatura de Adenosina-
5 trifosfato é a principal fonte de energia intracelular para os tecidos .
FENÔMENOS ABIÓTICOS MEDIATOS/ CONSECUTIVOS

Livor mortis: Manchas de hipóstase ou livores cadavérico.


Algor mortis : Esfriamento cadavérico
Rigor mortis : Rigidez cadavérica
Desidratação: Ressecamento cadavérico

Mnemônico

LARD
Livor, Algor, Rigor e Desidrata
LAR
Livor , Algor e Rigor
Tríades da Morte
Livor, algor e rigor.
ESPASMO CADAVÉRICO

Sinal de Kossu - É a manutenção da ultima atitude adotada antes da morte.

Fenômeno muito discutido e raro. Significa a manutenção da última atitude pelo


individuo antes de morrer, fixada até a instalação da rigidez.
É como se os músculos pudessem se manter contraídos após a morte sem a fase
de relaxamento que antecede a rigidez. (Sinal de kossu ).
SINAIS TRANSFORMATIVO TARDIOS DESTRUTIVOS

A autólise é o processo pelo qual uma célula se autodestrói espontaneamente. Há


uma instabilidade da membrana lisossômica causada por fatores físicos ou químicos
que promove a ruptura da mesma, levando ao "derrame" enzimático que irá
promover a digestão da parte orgânica da célula ..É o processo pelo qual
uma célula se autodestrói espontaneamente. Nos vivos lento e acelerado no pós
morte . O primeiro fenômeno destrutivo é a autólise.

“A morte é ácida
( Roberto Blanco).
SINAIS TRANSFORMATIVOS TARDIOS DESTRUTIVOS

PUTREFAÇÃO
Se inicia após a autólise, pela ação de
micróbios aeróbios, anaeróbios, em geral
sobre o ceco e a porção inicial do intestino
grosso, que determina o aparecimento da
mancha verde abdominal de Brouardel.

É dividida em 4 fases:

1º Fase - Cromática ou Coloração – 20 horas.

2º Fase - Gasoso ou enfisematoso - 2º ao 8º dia.

3º Fase - Coliquativo ou Redutora; - 2 a 3 meses

4º Fase - Esqueletização. - 3 anos.


MANCHA VERDE ABDOMINAL DE BROUARDEL
Primeiro local da fase de coloração:

Quase sempre se localiza na fossa ilíaca direita.


Justifica-se esta região devido ao ceco ser o
segmento intestinal de maior proporção, mais
distendido e mais próximo a parede abdominal,
nesta parte do intestino há maior concentração de
gases e bactérias.

Aparece a partir da 18ª hora após a morte. Essa mancha verde se estende
a todo o corpo depois do 3º ao 5º dia e sua tonalidade se acentua cada
vez mais , dando uma coloração verde-enegrecida ao corpo. Esse
fenômeno cadavérico sofre grande variação de temperatura, em regiões
de clima quente a putrefação instala-se rapidamente. Cronologia do
aparecimento.
verão - 18 a 24h - inverno - 36 a 48h.
MECANISMO E EVOLUÇÃO:
Atividade bacteriana

Clostrídium welchii, formação de gás


metano, gás carbônico, amônia e gás
sulfídrico.

Gás sulfídrico + hemoglobina = sulfohemoglobina ou sulfometahemoglobina.

Verde progressão por todo o corpo.


Escurecimento progressivo de verde
enegrecido a negro.

Encontramos numerosas espécies de


bactérias saprófitos no corpo humano,
especialmente na pele, aparelho digestivo e
na flora vaginal.
SINAIS TARDIOSTRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS
1º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO
Cromática ou Coloração

Tonalidade escurecida da pele, tem


inicio em 18 a 24 horas de morte e
dura de 7 a 12 dias, com cheiro
característico (gás sulfídrico).

Todo fenômeno cadavérico pode ser


lento ou acelerado, conforme o meio
ambiente que ele foi encontrado.
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS

2º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO


Gasoso ou Enfisematoso (expansiva)

Inicia em uma semana e dura cerca de 30 dias. Com aumento do volume do


cadáver também podendo ter enfisema cutâneo.

Gasoso ou Enfisematoso (expansiva)


SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS
2º FASE OU PERÍODO - Gasoso ou Enfisematoso (expansiva)

ASPECTO GIGANTESCO
 Protrusão ocular ou exoftalmia.
 Protrusão lingual;
 Distensão dos órgãos genitais masculinos.
 Posição de lutador
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS

Gasoso ou Enfisematoso (expansiva)


Circulação póstuma de Brouardel.

Desenho produzido pelos vasos sanguíneos subcutâneos preenchidos por


sulfa hemoglobina e hematina (2º ao 8º dia), ou 36 e 48 horas após a morte.
Escoamento passivo do sangue da periferia, destacamento da epiderme e
coloração escura do sangue. A Circulação póstuma de Brouardel se da entre
a fase de Coloração e Gasoso, mas é visível na 2º fase .
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS - Gasoso ou Enfisematoso

Os gases da putrefação podem ser inflamáveis e não inflamáveis.

.
No primeiro dia de morte os gases não são inflamáveis

O dióxido de carbono (CO2)

Do Segundo ao quarto dia, os gases


são inflamáveis.

Gases Hidrocarbonetos (HC).


Hidrogênio - Elemento químico Hidrogênio (H).

A partir do quinto dia retornam os


gases não inflamáveis . ( N e NH4).

Gás Natural Amônio ou Amônia (NH4)


Sinais tardios destrutivos - gasoso ou enfisematoso

.
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS
3º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO
Coliquativo ou Redutora / Liquefativa

Dissolução pútrida com liquefação de vísceras e dos tecidos moles,


desidratação e enrugamento de 2 a 3 meses, onde esse estado dificulta os
exames de pele e identificação visual .
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS
4º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO
Esqueletização

Pela ação da fauna e do meio ambiente com destruição dos tecidos,

restando apenas o esqueleto, cabelos e dentes em 3 anos.


SINAIS TARDIOS
DESTRUTIVOS

Maceração

asséptica – fetos

Meio liquido estéril sem


bactérias.

Destruição em meio líquido em ambientes úmidos e quentes. Comum nos fetos e


nos afogados com formação de bolhas de conteúdo líquido e pardacento. Observa-
se no cadáver o destacamento de amplos retalhos de tegumentos cutâneos. O
corpo perde a consistência inicial, o ventre se achata e os ossos se livram dos
tecidos, ficando como se estivessem soltos. Não há mancha verde abdominal de
Brouardel, pois no feto não há bactéria e o processo de putrefação bacteriana
começa nos orifícios naturais. Nos afogados a putrefação bacteriana começa nas
partes superiores devido a parte do crânio ser mais pesada, permanecendo em
declive.
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS

Maceração:

séptica – afogados

Meio liquido contaminado com


bactérias.
ENTOMOLOGIA FORENSE :

É o estudo de artrópodes, em especial os insetos. Os insetos pertencem ao grupo


de animais mais diversificado existente na Terra, possuem mais de 800 mil espécies
descritas - mais do que todos os outros grupos de animais juntos
FAUNA CADAVÉRICA

Os insetos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do


planeta.

Foi MÉGNIN que estabeleceu com


segurança como surgem os
trabalhos ou legionários da morte.
Ele também estabeleceu com
segurança que esse processo se da
em numero de 08 turmas sendo:
Legiões ou turmas.

Nos Estados Unidos , existe uma fazenda específica para tal estudos
chamada de : Fazenda cadavérica
Fauna cadavérica
FAUNA CADAVÉRICA
Acontece quando o cadáver permanece insepulto e abandonado
sobre o solo por razoável tempo, nele se instalam pequenos animais
principalmente insetos denominados como fauna cadavérica. Existe uma
certa ordem de instalação destes animais:

 Dípteros - Moscas comuns e verdes;


 Coleópteros - Besouros;
 Lepidópteros - Borboletas e mariposas;
 Ortópteros - Baratas;
 Himenópteros – Formigas.

O estudo da fauna cadavérica pode ser importante para a Cronotanatognose, pois


o aparecimento de determinados insetos está relacionado ao tempo de morte.
As famílias de Dípteros, com importância na entomologia forense no Brasil são:
As principais famílias de coleóptero
Fauna cadavérica:

1- LEGIÃO - Dípteros:

Moscas verdes, moscas domesticas e mosquitos, que surge entre 8º a 15º


dias.
2 - LEGIÃO – Dípteros Sarcophaga.
Moscas diversas surge em torno do
15º a 30º dias, quando os odores
são acentuados;

3 - LEGIÃO – Coleópteros polífonos - Demester


Lardarius.
Espécie de insetos que alimentam também de
plantas, surge em torno de 20º a 30º dias
permanecendo três a seis meses após a morte.
4 - LEGIÃO - Díptero Pyophila Patasionis coleóptero

Surgem depois da fermentação da matérias graxas


( óleos e gorduras), surge em torno de 30º a 40º dias,
permanecendo três meses após a morte;

5 – LEGIÃO
Dípteros Tyreophora Cynophila

Mosca Antiguíssima surgem na fase de liquefação, normalmente na


mudança do estado gasoso para liquido. Surge após 50ª dias, se houver a
espécie no local.
6 - LEGIÃO – Ácaros Uropada Numulária

Responsável pela retirada de todos os humores


(fluidos corporais), deixando-os completamente
dessecados ou mumificados.
surge em torno de 25 dias, permanecendo até a
retirada de todo humores;

7- LEGIÃO - Lepidópteros Aglossa Cuprealis


Destroem todos os ligamentos e tendões ,
aparecem entre 12 a 24 meses.
8 – LEGIÃO - Coleópteros Tenebrio Obscuros - Consomem todos os detritos
deixados pelos outros insetos em torno 3 anos após a morte.
NECRÓFAGOS
São insetos que se alimentam dos tecidos dos corpos decompostos,
adultos e imaturos:

Dípteros Coleópteros Lepidópteros

Ortópteros
Himenópteros
SINAIS TRANSFORMTIVO TARDIOS CONSERVATIVOS
Saponificação ou Adipocera

A Adipocera e um Processo de reação química.


Saponific - Converter em sabão.

ADIPO - Gordura. CERA - Cera.


Hidrólise básica: É o processo de saponificação,
que é o resultado da quebra do triglicerídeos
(gorduras e óleos) em sais de ácidos graxos ...

A hidrólise pode ser dividida em:


hidrólise ácida, hidrólise básica e hidrólise neutra.

Ácido graxo, é um ácido carboxílico (COOH) de cadeia alifática. São considerados


componentes orgânicos, ou em outras palavras, eles contêm carbono e hidrogênio
em suas moléculas. Estes ácidos são produzidos quando as gorduras são
quebradas.
SINAIS TRANSFORMTIVO TARDIOS CONSERVATIVOS
Saponificação ou Adipocera

mm2
Slide 85

mm2 maurilio machado; 15/12/2020


SINAIS TRANSFORMTIVO TARDIOS CONSERVATIVOS

Saponificação ou Adipocera
Para que se forme, há necessidade de que se inicie a putrefação, adquire
consistência untuosa, mole, como o sabão ou a cera, às vezes quebradiça, e
tonalidade amarelo escura, exalando odor de queijo rançoso, pois as
enzimas bacterianas têm que começar a hidrólise das gorduras neutras
(triglicerídeos) para que os ácidos graxos sejam liberados. Embora não
percebida, a Adipocera já começa a se formar após a 1ª semana, mas só a
vemos quando os teores dos ácidos graxos atingem 70%, ao cabo de 3
meses e 100% em 6 meses.

Ocorre principalmente nos cadáveres inumados em lugares úmidos e com


má ventilação (valas comuns).
SINAIS TRANSFORMTIVO TARDIOS CONSERVATIVOS

Ocorre principalmente nos cadáveres inumados em lugares úmidos e com má ventilação


(valas comuns).
SINAIS TRANSFORMATIVOS TARDIOS CONSERVATIVOS

Mumificação:
É um processo de conservação do cadáver que depende de condições
que facilitem uma evaporação rápida, de modo a retardar o processo de
putrefação.
Em vez de se decomporem pela putrefação, endurecem pela
desidratação. Ocorre em ambientes de temperatura elevada, secos e
muito bem ventilados, como em solos arenosos e presença da fauna
cadavérica.

Natural:
Desidratação e ressecamento do corpo e da
pele provocados pela ventilação, devido a
alta temperatura do solo.

Artificial:
Requer processo especializado formalização e
embalsamamento ou tanatopraxia.
PETRIFICAÇÃO OU CALCIFICAÇÃO

Refere-se à uma ocorrência rara de um fenómeno


médico em que um feto morre durante a gestação e
fica retido na cavidade abdominal. O organismo
materno envolve o feto com cálcio, encapsulando-o,
originando assim o Litopédio. Pode ficar retido por
vários anos ou mesmo décadas.
CORIFICAÇÃO

Fenômeno muito raro: cadáveres inumados em


urnas metálicas (zinco) têm o corpo preservado da
decomposição pela inibição dos fatores
transformativos.
ATENÇÃO: O cadáver inumado após ser preparado por
técnicas de conservação, onde é utilizado vários tipos de
produtos químicos, favorece a corificação.

CONGELAMENTO

Um cadáver submetido a baixíssima


temperatura e por tempo prolongado
pode se conservar integralmente por
muito tempo.
CADÁVER
É o nome dado a um corpo, após a sua morte, enquanto este ainda
conserva parte de seus tecidos e enquanto conserva a aparência
humana.
Após a decomposição de todas as vísceras, músculos e tecidos, o mesmo
passa a ser denominado como ossada.
O termo carcaça é aplicado para se referir ao corpo de animais
vertebrados e insetos mortos e jamais para um cadáver.
O conceito exclui dizer:
Arcabouço ósseo (esqueleto);
Cinzas humanas;
Restos mortais;
Múmia.

Configurará delito previsto no art. 211 do Código Penal da LEI 2.848/40


“Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele".
POSSE DO CADÁVER
O corpo é principio inviolável e inalienável. Não sendo pessoa e passa a ser
coisa, de natureza extra patrimonial, inacessível aos negócios.

NATUREZA JURÍDICA DO CADÁVER

Natureza jurídica do cadáver de interesse penal


(OBJETO).

Natureza jurídica do cadáver de interesse civil


(BEM FORA DO COMÉRCIO).

Natureza jurídica das cinzas de um cadáver cremado


( RES NULIUNS) ou Coisa Alguma.
INUMAÇÃO:

Consiste no sepultamento do cadáver. Confirmada a realidade da morte e


após o registro do atestado de óbito no cartório, o cadáver é
habitualmente sepultado em inumatórios.
CREMAÇÃO VALE DO CERRADO
CREMAÇÃO

Consiste na incineração do cadáver reduzindo-o a cinzas.

Pré-requisitos associados à cremação por ser um processo irreversível, a começar


pela certidão de óbito do falecido e a permissão de um médico legista.
Além disso, se a pessoa não deixou sua vontade escrita e documentada, é preciso
obter um formulário de autorização de cremação preenchido e assinado pelo
parente mais próximo. Como é impossível determinar a causa da morte depois da
cremação, alguns estados também têm um período de espera de 24 a 48 horas
após a morte, principalmente em casos de morte violenta.
A cremação processa-se em fornos aquecidos a eletricidade. Constituídos de um
coletor de cinzas, à temperatura de 900°C a 1200°C ,que reduzem o cadáver a
cinzas. O tempo varia conforme o peso. Sendo o restos da queima triturado em um
liquidificador industrial , transformando o cadáver totalmente em cinzas. O prazo
para entregar as cinzas aos familiares pode ser de 10 a 30 dias.
Cremação sem serviços Fúnebre - R$ 4.194,50
Cremação com Serviços Fúnebre - R$ 6.500,00
Despedida Fúnebre
CREMAÇÃO
1. A CREMAÇÂO começa quando a pessoa ainda está viva, precisa registrar em
cartório a vontade de ter seu corpo transformado em pó.
2. depois da cerimonia fúnebre o cadáver é levado para uma câmara fria.

3. Os falecidos passam 24 horas no frio.


Nesse período, a família ou a polícia
podem requisitar o corpo de volta, no
caso de mortes violentas como
assassinatos.

4. Depois de um dia na câmara fria, o cadáver entra em um forno com todas


as roupas e ainda dentro do ataúde , apenas as alças de metal são retiradas.
Sustentado por uma bandeja que impede o contato direto com o fogo, o
esquife é submetido a uma temperatura de 1200ºC. Esse calor faz a madeira
do ataúde e as células do corpo evaporarem ou volatilizarem, passando
direto do estado sólido para o gasoso. O cadáver começa a sumir
5. Depois de até duas horas no forno, apenas partículas inorgânicas como os óxidos
de cálcio que formam os ossos resistem à onda de calor. Esses restos são
colocados no chamado moinho, uma espécie de liquidificador que tritura os ossos
com bolas de metal que chacoalham de um lado para o outro.

6. O moinho funciona por cerca de 25 minutos.


Depois dessa etapa, as cinzas em pó são
guardadas em urnas e entregues à família do
morto.
No final do processo, uma pessoa de 70 quilos fica
reduzida a menos de um quilo de pó. Em uma cidade
como São Paulo, uma cremação custa a partir de 105
reais, metade do preço de um enterro simples
Columbário Urnas Sala de Cerimônia

Câmara fria Forno


EXUMAÇÃO
Consiste no desenterramento do cadáver, não importa o local onde se encontra
sepultado.

Art. 163 do Código Processo


Penal Decreto Lei 3689/41
Exumar um cadáver ou sua ossada,
sob observância das disposições
legais é diligência indispensável,
quando se suspeita após o
sepultamento: Ter sido violenta a
causa jurídica da morte ou para
dirimir dúvidas porventura fluídas da
primeira necropsia ou para
verificação de identidade ou
simplesmente para translado do
corpo.
EXUMAÇÃO

As formalidades legais implicam à presença em dia e hora previamente marcados


pela autoridade policial (art. 6º, §1º, do CPP) dos peritos, escrivão, administrador do
cemitério um representante da família do morto e testemunhas. A exumação que se
processa sem a observância das disposições legais constitui infração penal .

Art. 164 do Código Processo Penal - Decreto Lei 3689/41.

Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados,


bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados
no local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994).
NATIMORTO:

Denominação dada ao feto que morreu dentro


do útero ou durante o parto, ou seja, quando
ocorre óbito fetal.
Não há necessidade de (DO), para fetos com:
 menos 20 semanas;
 menos de 500g;
 Menos de 25 centímetros

É obrigatório o (DO), para fetos que tiverem:

 20 semanas ou mais;
 igual ou mais de 500g ;
 Igual ou mais de 25 centímetros .
ATESTADO DE ÓBITO

O Ministério da Saúde implantou, desde 1976, um modelo único de Declaração de


Óbito (DO) para ser utilizado em todo o território nacional, como documento base do
Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM.

O que é a Declaração de Óbito (DO)?

É o documento-base do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério


da Saúde (SIM/MS). É composta de três vias autocopiativas, prenumeradas
sequencialmente, fornecida pelo Ministério da Saúde e distribuída pelas Secretarias
Estaduais e Municipais de saúde conforme fluxo padronizado para todo o país.

LEI Nº 11.976, DE 7 DE JULHO DE 2009.

Dispõe sobre a Declaração de Óbito e a realização de estatísticas de


óbitos em hospitais públicos e privados.
ATESTADO DE ÓBITO

Esse documento tem como finalidade principal, confirmar a morte, definir


a causa mortes e satisfazer o interesse médico-sanitário.

É através do atestado de óbito que se estabelece o fim da existência


humana e da personalidade civil. Lei n. 6.015/73, art. 77: Ver alteração
da lei .......

O Decreto Federal n. 20.931/32, Art. 16: É vedado ao médico o direito de


atestar o óbito de pessoa a quem não tenha dado assistência. Ficando
os Serviços de Verificação de Óbito encarregado de atestar a morte.
LEI DOS TRANSPLANTES:
DO DOADOR VIVO:

A lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997,


dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e
partes do corpo humano para fins de
transplante e tratamento e dá outras
providências, aos maiores e capazes,
independente de sexo; todavia, em se
tratando de parte da medula óssea, poderá
ser autorizada judicialmente, com o
consentimento de ambos os pais ou
responsáveis legais, se o ato não oferecer
risco para a saúde do doador menor ou
incapaz.
LEI DOS TRANSPLANTES:
DOADOR MORTO:

A retirada de tecidos, órgãos e partes, poderá ser efetuada no corpo de pessoas


com morte encefálica, confirmada, segundo os critérios clínicos e tecnológicos
definidos em Resolução CFM Nº 2.173, de 23/11/2017.

DO RECEPTOR:
O transplante ou enxerto só se fará com o consentimento expresso do
receptor, aposto em documento que conterá as informações sobre o
procedimento e as perspectivas de êxito ou insucesso e as sequelas
previsíveis, após devidamente aconselhado sobre a excepcionalidade e
os riscos do procedimento
OUTRAS LEIS
LEI N° 8.501, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1992
Destino do cadáver não reclamado.

CODIGO PENAL - DECRETO LEI Nº 2.848 DE 07 DE DEZEMBRO DE 1940 ,ART. 212.


Vilipendiar cadáver ou suas cinzas.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: DECRETO-LEI 3.689 DE 03/10/1941.


DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL.

•Art. 158: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame


de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser
feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame
externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou
quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não
houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
Art. 163.
Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará
para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da
qual se lavrará auto circunstanciado.

Art. 164.
Os cadáveres serão sempre
fotografados na posição em
que forem encontrados, bem
como, na medida do
possível, todas as lesões
externas e vestígios deixados
no local do crime.
CÓDIGO PENAL, DECRETO LEI 2.848/40,
CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS

Art. 209. Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:


Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Art. 210. Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:


Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 211. Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:


Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 212. Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:


Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Biografias para estudos da Medicina Legal /Tanatologia Forense

 França, Genival Veloso de - Medicina Legal e Direitos civil.

 Franklin, Reginaldo – Odontologia legal e Antropologia Forense.

 Vanrell, Jorge Paulet – Direito civil.

 Prestes Jr., Luiz Carlos e Ancillotte – Manual em Necropsia.

 Delton Crose Junior – Manual Medicina Legal.

 Hygino de C. Hércules - Medicina Legal.

 Mathus Fonseca Galvão – Medicina Legal - Professor.


 Nelson – Medicina Legal e Sexologia Forense – Professor.

 André Uchôa – ( concurso de delegados ), Delegado e Professor.

 Pedro Barreto – Jurídico – Portal F3.


 Marcelo Machado – Processo Penal – Professor.

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