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Escola Geny

Língua Portuguesa - 2021


6º C

Texto enviado no grupo em 25/02/2021

Poema: O herói

Judas Isgorogota

“_ Papai, o que é um herói?


Eu pergunto porque tenho grande vontade de ser herói também ...

Será que posso ser herói sem entrar numa guerra?


Será que posso ser herói sem odiar os homens
E sem matar alguém?”

O homem que já sofrera as mais fundas angústias


E as mais feias misérias
Trabalhando a aridez de uma terra infecunda
Para que não faltasse o pão no pequenino lar;

O homem que as mais humildes ilusões perdera


No seu cotidiano e ingrato labutar;
Aquele homem, ao ouvir a pergunta do filho:
_ “Papai, o que é um herói?”
Nada soube dizer, nada pôde explicar...

Tomou de uma peneira


E cantando saiu, outra vez a semear!

Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/ji07.html>.

Acesso em: 05 de março de 2016.


Entendendo a poema:

01 – Preencha o quadro abaixo com informações relativas à estrutura do poema.


Título e Autor:
Número de
estrofes:
Número de versos:

02 – Qual dúvida inquietava o garoto, personagem do poema?

03 – Na visão do autor, o que é ser herói?

04 – Foram utilizados diferentes adjetivos para caracterizar a dura vida do pai do


garoto. Identifique a que cada um deles se refere:
a) fundas:
b) feias:
c) infecunda:
d) pequenino:

Poesia. Poema. Prosa.


Lembrando: o conteúdo foi explicado para os alunos durante as aulas
presenciais.

Copiar o conteúdo no caderno.


Gramática – Semana: 01/03/2021

Orientação:
Copie o conteúdo no caderno e leia-o para responder às atividades.
Substantivos
Os substantivos são palavras que nomeiam os seres, lugares, sensações,
sentimentos, objetos e ações, entre outros elementos.
Os substantivos dividem-se em:
1. Comuns – os que designam seres da mesma espécie: menina, país,
mesa.
2. Próprios – os que se aplicam a um ser em particular: Maria, Brasil.
3. Concretos – os que designam seres de existência real (mulher, carro)
ou seres imaginários que podem ser representados como se existissem:
fada. Bruxa, saci.
4. Abstratos – os que designam qualidades, sentimentos, ações e
estados: beleza, amor, viagem, vida.
5. Simples – os que são formados de um só radical: chuva, tempo.
6. Composto – os que são formados por mais de um radical: guarda-
chuva, passatempo.
7. Primitivo – os que não se derivam de outra palavra: pedra, dente.
8. Derivados – os que se derivam de outra palavra: pedreiro, dentista.
9. Coletivos – os que exprimem uma coleção de seres da mesma espécie:
cardume, manada, bando.

Atividades
1. Assinale as alternativas em que há apenas substantivos:
( ) beleza, belo, injustiça, injusto.
( ) criança, sol, motorista, pássaro.
( ) rua, vida, amor, paz, paisagem.
( ) nosso, incrível, perdão, bom.

Os substantivos próprios são


escritos com inicial maiúscula.
2. Reescreva o texto abaixo corrigindo os erros.
genésio entrou na avenida rui barbosa, parou em frente à
loja bremer, cumprimentou seu amigo jorge e seguiu para
são bernardo.

Interpretação Textual – Semana 08/03/2021 - Correção

Orientação: o aluno deverá ler o texto com atenção, posteriormente, escrever


as perguntas no caderno, ler e respondê-las de acordo com o texto.
Não há necessidade de copiar o texto no caderno
.

Crônica: O menino no espelho

Fernando Sabino

[...]
Levantava a perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os
braços e ele fazia o mesmo. Coçava a orelha, e ele também.
Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim,
porque um dia descobri, com pasmo, que enquanto eu levantava a perna
esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava
a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O escudo da escola,
por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do uniforme, na blusa
dele era no direito.
Para testar, coloco a mão direita espalmada sobre o espelho. Como era de
se esperar, ele ao mesmo tempo vem com sua mão esquerda, encostando-a na
minha. Sorrio para ele e ele para mim. Mais do que nunca me vem a sensação
de que é alguém idêntico a mim que está ali dentro do espelho, se divertindo em
me imitar. Chego a ter a impressão de sentir o calor da palma da mão dele contra
a minha. Fico sério, a imaginar o que aconteceria se isso fosse verdade. Quando
volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele continua a sorrir. Como se
agora estou absolutamente sério?
Um calafrio me corre pela espinha, arrepiando a pele: há alguém vivo dentro
do espelho! Um outro eu, o meu duplo, realmente existe! Não é imaginação, pois
ele ainda está sorrindo, e sinto o contato de sua mão na minha, seus dedos aos
poucos entrelaçarem os meus.
Puxo a mão com cuidado, descolando-a do espelho. Em vez da outra mão
se afastar, ela vem para fora, presa à minha. Afasto-me um passo, sempre a
puxar a figura do espelho, até que ela se destaque de todo, já dentro do meu
quarto, e fique à minha frente, palpável, de carne e osso, como outro menino
exatamente igual a mim.
– Você também se chama Fernando? – pergunto, mal conseguindo
acreditar nos meus olhos.
– Odnanref – responde ele, e era como se eu próprio tivesse falado: sua
voz era igual à minha.
– Odnanref?
Sim, Odnanref. Fernando de trás para diante. Era em tudo semelhante a
mim, menos em relação à direita e à esquerda, que nele eram o contrário, sendo
natural, pois, que seu nome, isto é, o meu fosse ao contrário também. Por uma
coincidência, Odnanref era o meu nome de guerra, na sociedade secreta Olho
de Gato.
– Por isso mesmo – confirmou Odnanref, dando-me um tapinha nas costas
e rindo, feliz: - Foi você que me desencantou, adotando o meu nome. Senão eu
jamais teria vindo, pois a lei do mundo dos espelhos proíbe terminantemente que
a gente venha ao mundo de vocês. A menos que alguém consiga desvendar o
nosso encanto. O meu era esse, e você adivinhou. Eu só estava esperando que
você me puxasse, como acabou de fazer. [...]
Deslumbrado com a perspectiva de ter alguém igual a mim, como um
perfeito irmão gêmeo, eu não imaginava as dificuldades que iria enfrentar. A falta
de minha imagem no espelho, por exemplo, era uma delas: me criava problemas
para pentear os cabelos ou escovar os dentes sem poder me ver.
Combinamos que, a partir de então, ele me substituiria quando eu quisesse,
mas jamais deveríamos ser vistos juntos. Ninguém poderia desconfiar de nossa
existência dupla, pois com isso se acabaria o encanto, significando o seu
imediato regresso, para todo o sempre, ao interior do espelho.
[...]
Fernando Sabino. O menino no espelho. 44. Ed. Rio de Janeiro:
Record, 2004.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano
– Ensino Fundamental – IBEP p. 18.
Por dentro do texto:

Quando um texto possui imagens e não possui palavras, dizemos que ele é
visual. Quando possui apenas palavras, ele é verbal. Quando o texto
compõe-se de imagens e palavras ao mesmo tempo, ele é multissemiótico.

01 – Observe as características do texto que acabou de ler e responda: Ele é


verbal, visual ou multissemiótico? Explique.
Ele apresenta apenas palavras, portanto, é um texto verbal.
02 – Ao se olhar no espelho, o menino vê sua imagem, isto é, seu reflexo. É
normal que um espelho reflita imagens invertidas?
Sim

03 – Localize no texto o parágrafo que revela que o espelho reflete a imagem de


maneira invertida e identifique um trecho que comprove essa afirmação.
Segundo parágrafo. “[...] um dia descobri, com pasmo, que, enquanto eu
levantava a perna esquerda, ele levantava direita; enquanto eu coçava a orelha
direita, ele coçava a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O
escudo da escola, por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do
uniforme, na blusa dele era no direito.

04 – Releia o trecho a seguir. “Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo


assombrado que ele continua a sorrir. Como, se agora estou
absolutamente sério?”

a) O fato narrado nesse trecho surpreende o menino? Por quê?


Sim, porque não se trata de algo que acontece normalmente: as imagens do
menino que ele vê refletido não acompanham os movimentos que ele faz diante
do espelho.

b) Identifique nesse trecho a frase que mostra o estranhamento do menino diante


do outo que está dentro do espelho.
“Como, se agora estou absolutamente sério?”

05 – No texto, o fato de a imagem do espelho ser a própria imagem do


personagem, mas agir de outra maneira, possibilita uma relação entre o menino
e o outro que está dentro do espelho?
Sim, conforme é narrado no texto, o menino conversa com a imagem do espelho
e fica deslumbrado com a possibilidade de existir alguém igual a ele, como se
fosse um irmão gêmeo.

06 – Mesmo agindo de maneira diferente, o outro que está dentro do espelho é


o próprio menino e ele conversa com sua imagem. Responda:
a) O texto narra um fato que pode acontecer na realidade ou é uma ficção, criada
pela imaginação do autor?
É uma ficção, pois, na realidade, é impossível que uma imagem do espelho
converse com alguém.

b) O que você achou da ideia de um personagem conversar com sua imagem


refletida no espelho? Você já conhecia uma história assim?
Resposta pessoal.
Semana: 15/03/2021

Gramática - Adjetivo

 Leia atentamente a explicação sobre a classe de palavras chamada


Adjetivo

• ADJETIVO

As palavras usadas para dar características a outras palavras, principalmente


a substantivos, são chamadas de Adjetivos.

Ex: Inseto grande.


Inseto pequeno.
Inseto venenoso.
Inseto voador.

Neste caso, a palavra “inseto” é um substantivo pois dá nome a uma


determinada classe de animais.

Já as palavras “grande”, “pequeno”, “venenoso” e “voador” são chamadas de


adjetivos, pois dão características à palavra “inseto”.

 Leia atentamente o fragmento de texto


 Escreva o título do texto em seu caderno, copie as perguntas e
responda

Os três porquinhos

Era uma vez três porquinhos que vinham de muito longe procurando um
bonito lugar onde pudessem construir suas casinhas.
- Meu nome é Gomes, sou esperto e brincalhão, faço meus irmãos rirem o
tempo de montão.
- Meu nome é Hugo, sou arteiro e guloso, adoro docinhos... Hum! para mim
valem mais que ouro!
- Meu nome é Oto, sou muito corajoso e trabalhador, quando faço alguma
coisa, faço sempre com amor.
Chegando num lindo bosque, decidiram que ali era o lugar ideal para
construírem suas casas.
(www.saladeatividades.com.br)

Atividades - Correção
1) Das características descritas abaixo, circule quais delas pertencem aos
três porquinhos:
a) Esperto
b) Engraçado
c) Nervoso
d) Guloso
e) Arteiro
f) Corajoso e trabalhador
g) Bonito
h) Limpo
i) Brincalhão

2) No trecho “Chegando num lindo bosque, decidiram que ali era o lugar
ideal para construírem suas casas.” Os adjetivos grifados se referem aos
substantivos, respectivamente:
(a) bosque, casas
(b) lugar, casas
(c) bosque, lugar
(d) floresta, casas

3) Circule o adjetivo encontrado em cada frase:


a) As goiabas doces eram vendidas pelos feirantes.
b) Naquele sítio os visitantes comem muitos doces.
c) Uma velha atendeu-me na porta.
d) Uma saia velha foi encontrada na rua.
e) As pessoas acharam o homem estranho.

4) Escreva três adjetivos sobre: (pessoal)


a) você:____________
b) sua família:___________
c) seu bairro:____________
d) sua escola:____________

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Data: 31/03/2021

Se possível, acesse os links para saber mais de adjetivos.


https://www.youtube.com/watch?v=TVk5QoO-res&ab_channel=Aula365-Brasil

https://www.youtube.com/watch?v=POW6FaAl8hI&t=30s&ab_channel=ProfFab%
C3%ADolaDias

 Leia o texto atentamente


 Escreva o título do texto em seu caderno, copie as perguntas e
responda
Tromba ou focinho?

Na verdade, o tamanduá tem mesmo é um focinho bem comprido, que permite


a caça de muitas formigas e cupins – cerca de 30 mil por dia! Ele localiza
formigueiros e cupinzeiros com seu olfato apurado e captura as presas com sua
língua grande e pegajosa. Os insetos grudam facilmente e ele os engole sem
mastigar, porque é banguela!
(Revista “Ciência Hoje das Crianças”. Edição 284. Disponível em:
<http://capes.cienciahoje.org.br>.)

1) No trecho “[…] um focinho bem comprido […]”, o termo bem foi


empregado para:
(a) definir o sentido do adjetivo “comprido”.
(b) intensificar o sentido do adjetivo “comprido”.
(c) complementar o sentido do adjetivo “comprido”.
(d) excluir o sentido do adjetivo “comprido”

2) No segmento “Ele localiza formigueiros e cupinzeiros com seu olfato


apurado […]”, o adjetivo grifado poderia ser substituído por:
(a) firme.
(b) pesado.
(c) aguçado.
(d) estranho

3) Sublinhe os adjetivos presentes nesta parte do texto:


“[…] captura as presas com sua língua grande e pegajosa.”

4) Os adjetivos sublinhados na questão anterior caracterizam:


(a) o tamanduá.
(b) as presas do tamanduá.
(c) a língua do tamanduá.
(d) o olfato

5) Em “[…] porque é banguela!”, o adjetivo “banguela” indica:


(a) um estado do tamanduá.
(b) um modo de ser do tamanduá.
(c) uma característica do tamanduá.
(d) uma vontade do tamanduá

6) Pense e escreva um substantivo para cada adjetivo, conforme exemplo:


(pessoal)
Ex: a) _garota_ esperta
b)________ limpa
c) ________ nublado
d) ________ florida
e) ________ doente
f) _________ triste
g)_________ enroladas

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Próxima atividade

 Leia atentamente a tirinha.


 Copie as perguntas e responda no caderno.
1) Quem são os personagens da tirinha?
Menino Maluquinho e Carolina (Carol).
2) Por que nessa historinha aparecem vários pontos de exclamação?
Porque expressam emoção na fala.
3) No terceiro quadrinho, além de gritar, o que mais Carol fez ao
descobrir o saco plástico?
Quis sair dali o mais rápido.
4) Por que Carol chegou à conclusão que fosse poluição?
Porque o plástico não faz parte do mar e só poderia ter parado ali
devido a poluição.
5) Observe a seguinte frase: O saco plástico foi jogado por banhistas. O
diminutivo da palavra grifada é:
(a) sacolão
(b) sequilho
(c) sacola
(d) saquinho
6) “Carol é uma menina muito medrosa”, o adjetivo desta frase é:
(a) Carol
(b) menina
(c) muito
(d) medrosa

7) Escreva três atitudes que poderiam ser tomadas para acabar com a
poluição tanto nas praias como em todo planeta.
Resposta pessoal.

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Próxima atividade

Leia o texto e faça o que se pede.

O conto da mentira
Rogério Augusto

Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe
largava a louça na pia e corria até a sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em matemática, gol de
cabeça em campeonato de rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar
igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não
existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você contará uma
verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia seguinte…
Então, aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a um programa na TV.
A apresentadora ligou para o número do telefone da casa dele. Felipe tinha sido
sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É verdade, mãe! A moça quer falar com
você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta. É verdade!”.
A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em silêncio.
Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então, ele começou a reduzir suas
mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se
um escritor. Voltou a criar histórias. Agora, sem culpa e sem medo. No momento
está escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de ganhar uma
bicicleta porque mentia…

Questões

Questão 1 – Identifique a ordem dos acontecimentos no conto:


( 4 ) Felipe utiliza a criação de histórias como uma ferramenta profissional.

( 2 ) O pai do garoto o alerta quanto às consequências do ato de mentir.

( 3 ) Felipe deixa de ganhar a bicicleta do programa de televisão.

( 1 ) Felipe conta inúmeras mentiras em casa.

A sequência correta é:

a) 1, 2, 3, 4.

b) 4, 2, 3, 1.

c) 4, 3, 1, 2.

d) 2, 1, 4, 3.
Questão 2 – O que motivou Felipe a reduzir as suas mentiras?
Quando ele deixou de ganhar a bicicleta do programa de televisão.

Questão 3 – Releia:
“Voltou a criar histórias. Agora, sem culpa e sem medo.”

Explique por que, agora, Felipe não se sente culpado e com medo de contar
mentiras:

O fato de Felipe, quando criança, não ter ganhado a bicicleta, em consequência


de suas mentiras, fez com que reduzisse e até parasse de conta-las. Porém
agora, adulto, pode criar histórias sem medo e sem receio, visto que fez parte de
sua profissão: escritor.

Questão 4 – Justifique o emprego das aspas no conto:


As aspas foram utilizadas, ao longo do conto, para a demarcação das falas das
personagens ( Felipe, a sua mãe e o seu pai), diferenciando-as do que foi dito
pelo narrador do conto.

Questão 5 – Identifique os referentes das palavras sublinhadas:

a) “A mãe tentava assustá-lo […]”.


R. Refere-se ao garoto Felipe.

b) “Felipe ria na cara dela […]”.

Refere-se à mãe.

c) “A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da


bicicleta.”.

Refere-se à “apresentadora de TV”.

d) “Até que um dia deixou de contá-las.”

Refere-se às “mentiras”.

Questão 6 – Percebe-se traço da informalidade em:

a) “Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.

b) “Então, aconteceu o que seu pai alertara.”.


c) “Continuou preparando o jantar em silêncio.”.

d) “É a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque


mentia…”.

Semana: 05/04 a 09/04/21 – 6º C

ATIVIDADE 1– “CONTO OU NÃO CONTO?”


Leia o texto, coloque a data de hoje no caderno de Língua Portuguesa,
copie e responda as questões abaixo:
CONTO OU NÃO CONTO? Abel Sidney
– ...eu nem te conto!
– Conta, vai, conta!
– Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém?
– Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma
hora...
– Não precisa exagerar! O que vou contar não é nada assim tão sério. Não
precisa jurar.
– Está bem...
Depois de muitos anos, ainda me lembro em detalhes sobre o que eu e minha
prima conversávamos. Éramos muito pequenas e eu passava as férias em sua
casa. Nunca brincamos tanto, quanto naqueles dias!
Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar.
– Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar
eu vou ficar de mal.
– Eu não vou contar, já disse!
O segredo não era nada sério, coisa mesmo de criança naquela idade. E ela
acabou contando...
– Minha mãe saiu para fazer compras e eu fiz um bolo. Eu quebrei dois ovos,
misturei com a farinha de trigo e o açúcar. Não deu nada certo. Com medo, eu
arrumei tudo, joguei o bolo fora e até hoje minha mãe não sabe de nada...
– Meu Deus, sua doida! Você teve coragem de fazer uma coisa dessas?!
– Tive. Se a minha mãe descobrir, eu não quero nem imaginar o que ela fará
comigo!! Posso ficar uma semana de castigo. Ou até mais...
A minha língua coçou. Um segredo daqueles não poderia ficar guardado. Na
primeira oportunidade em que eu fiquei sozinha, procurei minha tia, que estava
preparando o almoço.
– Tia, preciso contar uma coisa pra senhora.
– Pois conte, que estou ouvindo. Não posso te dar mais atenção, senão o almoço
não sai...
– É que eu tenho um segredo pra te contar e não sei se devo...
– O segredo é seu ou dos outros?
– Dos outros... Quer dizer, da prima!
– E por que você quer contar os segredos alheios?
– Bem, eu pensei que a senhora quisesse saber o que aconteceu...
– Ah, minha filha, deixa eu te fazer apenas uma pergunta: a dona do segredo te
autorizou a contá-lo?
– Na verdade, não!
– E por qual motivo você me contaria, então?
– É que... Bem, o que ela fez não é muito certo...
– E você vai dedurar a sua prima? Se for alguma coisa muito grave ela ficará de
castigo. E você não terá com quem brincar. Você já pensou nisso?
– Não...
– Pois pense. E depois volte aqui para conversarmos...
Eu não sabia onde enfiar a cara, de tanta vergonha. E para que ninguém
descobrisse os meus pensamentos, me escondi na casinha do fundo do quintal.
Na hora do almoço, saí de lá, pois a fome, nessas horas, é uma sensata
conselheira. E minha tia, com muito cuidado, voltou a tratar do assunto.
– Eu preciso contar uma coisa pra vocês... Minha avó, quando eu era pequena,
me ensinou uma coisa que nunca mais me esqueci. E hoje, ouvindo uma notícia
no rádio, lembrei-me dela. Ela dizia que nós temos uma boca e dois ouvidos; por
isso, nós temos que mais ouvir do que falar. E mais: nem tudo o que ouvimos,
devemos passar adiante, pois quem conta um conto, aumenta um ponto. E se o
que se conta é um segredo, pior ainda. Por isso, nessas horas em que a nossa
língua coça, o melhor é lembrar que em boca fechada não entra mosquito...
E contou também histórias de outras gentes: mexeriqueiros, dedos-duros,
fofoqueiros, enfim, a turma do leva e traz...
Naquela tarde, ainda preocupada que lessem os meus pensamentos, fiquei
murchinha, daqui para ali, inventando o que fazer...
Só no dia seguinte, quando minha prima decidiu contar para mim outro dos seus
segredos, foi que eu tomei coragem de me sentar ao seu lado, bem quietinha.
Disse ela:
– Sabe, o outro segredo é mais sério que o primeiro...
E fez suspense – disse, repentinamente que estava com sede e foi buscar água
na cozinha...
Depois de retornar, bebeu a água bem devagarinho, até recomeçar:
– Olha, eu tenho um grande defeito. Às vezes eu me escondo na cozinha, para
ouvir a conversa de minha mãe com as outras pessoas. E por acaso, eu estava
ontem, tranquilamente sentada no meu cantinho secreto, quando alguém chegou
para conversar com ela. Como esta pessoa é minha conhecida (e eu gosto muito
dela), não posso contar o que aconteceu por lá... É uma pena! Eu só posso dizer
que essa pessoa é uma língua de trapo, uma linguaruda...
Nunca rimos tanto!
Eu, na verdade, não sabia se me sentia agradecida ou envergonhada...
E passados tantos anos, ainda hoje nós fazemos questão de relembrar este
episódio.
Nossos filhos compreendem, então, porque somos tão amigas e cúmplices. E
olha que eles nem imaginam o que ocorreu anos depois, quando éramos jovens
e começamos a paquerar, sem saber, o mesmo cara...
Bem, mas isto é segredo e eu não posso contar!
SIDNEY, Abel. Conto ou não conto? Ilustrações de Rosana Almendares.
Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_
action=&co_obra=105130. Acesso em: 20 ago. 2020. (adaptado)
ATENÇÃO! Copie esta explicação no caderno
No foco narrativo em primeira pessoa, predominam palavras e
expressões da língua, como
pronomes e verbos que marcam a presença do narrador personagem, isto
é, aquele que participa
da história e se manifesta como “eu” /” nós”.
No foco narrativo em terceira pessoa, o narrador é observador; não
participa da história como
personagem. Ele narra os acontecimentos a partir da observação (“de
fora” da história). Nesse
caso, predominam marcas linguísticas de terceira pessoa, por exemplo
“ele” / “eles”.

LÍNGUA E LINGUAGEM: O GÊNERO TEXTUAL CONTO


1. O conto lido (Conto ou não conto? de Abel Sidney), inicia-se com um diálogo
entre duas personagens.
a) Quem são essas personagens?

As personagens são a narradora – protagonista e a prima.

b) Em que parágrafo elas se apresentam?


7º parágrafo.
c) Copie o trecho do texto em que os personagens se apresentam.

“Depois de muitos anos, ainda, me lembro em detalhes sobre o


que eu e minha prima conversamos”.

d) Logo no início do texto, para resgatar lembranças, o narrador se manifesta em


primeira ou em terceira pessoa?
O narrador manifesta-se em 1ª pessoa., já que se apresenta também como
personagem protagonista.
e) Transcreva um trecho que ilustre sua resposta e destaque palavras e
expressões que comprovem o foco narrativo.
“Depois de muitos anos, ainda me lembro em detalhes sobre o
que eu e minha prima conversamos. Éramos muito pequenas e eu
passava as férias em sua casa. Nunca brincamos tanto, quanto
naqueles dias!”

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