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NORMALIZAÇÃO

Conceito
Como Elaborar Normas

O processo de elaboração de um Documento Técnico ABNT é iniciado a partir de uma demanda,


que pode ser apresentada por qualquer pessoa, empresa, entidade ou organismo regulamentador,
que estejam envolvidos com o assunto a ser normalizado.

A pertinência da demanda é analisada pela ABNT e, sendo viável, o assunto é levado ao Comitê
Técnico correspondente para inserção em seu Programa de Normalização Setorial (PNS). Caso não
exista Comitê Técnico relacionado ao assunto, a ABNT propõe a criação de um novo Comitê
Técnico, que pode ser um Comitê Brasileiro (ABNT/CB), um Organismo de Normalização Setorial
(ABNT/ONS) ou uma Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE).

O assunto é discutido amplamente pelas Comissões de Estudo, com a participação aberta a


qualquer interessado, independentemente de ser ou não associado à ABNT, até atingir consenso,
gerando então um Projeto de Norma.

Antes do Projeto de Norma ser submetido à Consulta Nacional pela ABNT, ele é
editorado e recebe a sigla ABNT NBR e seu respectivo número. Após ser editorado,
o Projeto de Norma é submetido à Consulta Nacional, com ampla divulgação, dando
assim oportunidade a todas as partes interessadas para examiná-lo e emitir suas
considerações. A Consulta Nacional é realizada pela internet, podendo ser acessada
pelo link http://www.abnt.org.br/consultanacional. A relação dos Projetos de Norma
em Consulta Nacional é publicada também no Diário Oficial da União.


Durante a Consulta Nacional, qualquer pessoa ou entidade pode enviar comentários
e sugestões. Todos os comentários são analisados e respondidos pela Comissão de
Estudo responsável, que realiza reunião para análise das considerações recebidas.
Todos os interessados que se manifestaram durante o processo de Consulta
Nacional são convidados a participar desta reunião, a fim de deliberarem, por
consenso, se este Projeto de Norma deve ser aprovado como Documento Técnico
ABNT.


Por fim, as sugestões aceitas são consolidadas no Projeto de Norma, que é
homologado e publicado pela ABNT como Documento Técnico ABNT. A relação das
Normas Brasileiras em vigor está disponível para consulta no ABNTCatálogo (http://
www.abntcatalogo.com.br/).


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Definição
Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à
utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto.
Consiste, em particular, na elaboração, difusão e implementação das Normas.

A normalização é, assim, o processo de formulação e aplicação de regras para a solução ou


prevenção de problemas, com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a
promoção da economia global. No estabelecimento dessas regras recorre-se à tecnologia como o
instrumento para estabelecer, de forma objetiva e neutra, as condições que possibilitem que o
produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atendam às finalidades a que se
destinam, sem se esquecer dos aspectos de segurança.

Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que
fornece regras, diretrizes ou características mínimas para atividades ou para seus resultados, visando
à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.

A norma é, por princípio, de uso voluntário, mas quase sempre é usada por representar o consenso
sobre o estado da arte de determinado assunto, obtido entre especialistas das partes interessadas.

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Voluntariedade das Normas

Tipicamente, as normas são de uso voluntário, isto é, não são
obrigatórias por lei, e então é possível fornecer um produto ou serviço
que não siga a norma aplicável no mercado determinado.

Em diversos países há obrigatoriedade de segui-las, pelo menos em
algumas áreas (para o caso brasileiro, é o Código de Defesa do
Consumidor).

Por outro lado, fornecer um produto que não siga a norma aplicável no
mercado-alvo implica esforços adicionais para introduzi-lo nesse
mercado, que incluem a necessidade de demonstrar de forma
convincente que o produto atende às necessidades do cliente e de
assegurar que questões como intercambialidade de componentes e
insumos não representarão um impedimento ou dificuldade adicional.

Do ponto de vista legal, em muitos mercados, quando não é seguida a
norma aplicável, o fornecedor tem responsabilidades adicionais sobre o
uso do produto.


Fonte: Ferramenta da Competitividade
5
As Normas
tornam o desenvolvimento, a fabricação e o fornecimento de produtos e serviços mais eficientes,
mais seguros e mais limpos;
facilitam o comércio entre países tornando-o mais justo;
fornecem aos governos uma base técnica para saúde, segurança e legislação ambiental, e avaliação
da conformidade;
compartilham os avanços tecnológicos e a boa prática de gestão;
disseminam a inovação;
protegem os consumidores e usuários em geral, de produtos e serviços; e
tornam a vida mais simples provendo soluções para problemas comuns.

As normas asseguram as características desejáveis de produtos e serviços, como qualidade,


segurança, confiabilidade, eficiência, intercambialidade, bem como respeito ambiental – e tudo isto a
um custo econômico.

Quando os produtos e serviços atendem às nossas expectativas, tendemos a tomar isso como certo e
a não ter consciência do papel das normas. Rapidamente, nos preocupamos quando produtos se
mostram de má qualidade, não se encaixam, são incompatíveis com equipamentos que já temos, não
são confiáveis ou são perigosos. Quando os produtos, sistemas, máquinas e dispositivos trabalham
bem e com segurança, quase sempre é porque eles atendem às normas.

As normas têm uma enorme e positiva contribuição para a maioria dos aspectos de nossas vidas.
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Quando elas estão ausentes, logo notamos.
Página PrincipalNormalizaçãoConceitoObjetivos
Objetivos
O objetivo da normalização é o estabelecimento de soluções, por consenso das partes interessadas,
para assuntos que têm caráter repetitivo, tornando-se uma ferramenta poderosa na autodisciplina
dos agentes ativos dos mercados, ao simplificar os assuntos, e evidenciando ao legislador se é
necessária regulamentação específica em matérias não cobertas por normas.

Qualquer norma é considerada uma referência idônea do mercado a que se destina, sendo por isso
usada em processos: de regulamentação, de acreditação, de certificação, de metrologia, de
informação técnica, e nas relações comerciais Cliente – Fornecedor.

São objetivos, segundo o ABNT ISO/IEC Guia 2:2006, dentre outros:

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Importância/Benefícios

As normas asseguram as características desejáveis de produtos e serviços,
como qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência, intercambiabilidade,
bem como respeito ambiental – e tudo isto a um custo econômico.


Quando os produtos e serviços atendem às nossas expectativas, tendemos
a tomar isso certo e a não ter consciência do papel das normas.
Rapidamente, nos preocupamos quando produtos se mostram de má
qualidade, não se encaixam, são incompatíveis com equipamentos que já
temos, não são confiáveis ou são perigosos. Quando os produtos, sistemas,
máquinas e dispositivos trabalham bem e com segurança, quase sempre é
porque eles atendem às normas.


As normas têm uma contribuição enorme e positiva para a maioria dos
aspectos de nossas vidas. Quando elas estão ausentes, logo notamos. São
inúmeros os benefícios trazidos pela normalização para a sociedade, mesmo
que ela não se dê conta disso. São exemplos de benefícios técnicos,
econômicos e sociais obtidos com as normas em setores da vida e do
trabalho:
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A padronização das roscas de parafusos ajuda a fixar cadeiras, bicicletas
para crianças e aeronaves, bem como resolve os problemas de reparo e
manutenção causados pela falta de padronização, que antes eram um
grande problema para os fabricantes e usuários de produtos.

As normas que estabelecem um consenso internacional em terminologia
tornam a transferência de tecnologia mais fácil e segura. Elas são uma etapa
importante no avanço de novas tecnologias e na difusão da inovação.

Sem as dimensões padronizadas de contêineres de carga, o comércio
internacional seria mais lento e mais caro.

Sem a normalização de telefones e de cartões bancários, a vida seria mais
complicada.

A falta de normalização pode até afetar a própria qualidade de vida de
pessoas com deficiência, por exemplo, quando são barradas no acesso a
produtos de consumo, transportes e edifícios públicos, se as dimensões das
cadeiras de rodas e as entradas não forem padronizadas.

Símbolos normalizados fornecem avisos de perigo e informações através
das fronteiras linguísticas.

O consenso sobre os graus de diferentes materiais permite uma referência
comum para fornecedores e clientes nos negócios.
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Um acordo sobre um número suficiente de variações de um produto para atender às
aplicações mais atuais permite economias de escala com benefícios no custo para
produtores e consumidores. Um exemplo é a padronização dos tamanhos de papel.

A normalização dos requisitos de desempenho ou de segurança de equipamentos
garante que as necessidades dos usuários serão atendidas, ao mesmo tempo em que
permite que fabricantes individualmente tenham a liberdade de projetar suas próprias
soluções sobre como atender a essas necessidades.

Protocolos de computadornormalizados permitem que os produtos de diferentes
fornecedores "conversem" entre si.

Documentos normalizados aceleram o trânsito de mercadorias ou identificam as cargas
sensíveis ou perigosas que podem ser manuseadas por pessoas que falam línguas
diferentes.

A padronização de conexões e interfaces de todos os tipos assegura a compatibilidade
dos equipamentos de origens diversas e a interoperabilidade de diferentes tecnologias.

Um acordo sobre métodos de ensaio permite comparações significativas de produtos, ou
desempenha um papel importante no controle da poluição, por ruído, vibração ou
emissões de poluentes.

As normas de segurança para máquinas protegem as pessoas no trabalho, no lazer, no
mar - e até mesmo no dentista

Sem o acordo internacional contido nas normas técnicas sobre grandezas e unidades
métricas, as compras e o comércio seriam puro acaso, a ciência não seria científica e o
desenvolvimento tecnológico seria deficiente.

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Quem se beneficia com as normas

Para as empresas, a adoção de normas significa que os fornecedores podem
desenvolver e oferecer produtos e serviços que atendam às especificações que
têm ampla aceitação em seus setores. Empresas que utilizam Normas
Internacionais podem competir em muito mais mercados ao redor do mundo.

Para os inovadores de novas tecnologias, as normas sobre aspectos como
terminologia, compatibilidade e segurança, aceleram a disseminação das
inovações e seu desenvolvimento em produtos possíveis de serem fabricados e
negociados.

Para os clientes, a compatibilidade da tecnologia em todo o mundo, que é atingida
quando produtos e serviços são baseados em normas, fornece aos clientes uma
ampla gama de ofertas. Eles também se beneficiam dos efeitos da concorrência
entre fornecedores.


Para os governos, as normas proporcionam as bases tecnológicas e científicas
que sustentam a saúde, a segurança e a legislação ambiental.


Para o comércio internacional, as Normas Internacionais criam uma "igualdade"
para todos os concorrentes nesses mercados. A existência de normas nacionais
ou regionais divergentes pode criar barreiras técnicas ao comércio. As Normas
Internacionais são os recursos técnicos pelos quais a política de acordos
comerciais pode ser colocada em prática. 11

Para os países em desenvolvimento, as Normas Internacionais que representam
um consenso internacional sobre o estado da arte, são uma fonte importante de
know-how tecnológico. Ao definir as características dos produtos e serviços
esperados para atender aos mercados de exportação, as Normas Internacionais
fornecem aos países em desenvolvimento uma base para tomar as decisões
certas ao investir seus escassos recursos, e assim evitando desperdícios.


Para os consumidores, a conformidade dos produtos e serviços de acordo com
as normas oferece garantias sobre sua qualidade, segurança e confiabilidade.


Para qualquer pessoa, as normas contribuem para a qualidade de vida, em geral
assegurando que o transporte, máquinas e ferramentas utilizados sejam
seguros.


Para o planeta que habitamos, as normas sobre a qualidade do ar, da água e
dos solos, sobre as emissões de gases e de radiação e sobre os aspectos
ambientais de produtos, podem contribuir para os esforços em preservar o meio
ambiente.

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Níveis de Normalização

É o alcance geográfico, político ou econômico de envolvimento na normalização,
que pode ser realizada no âmbito de:


a) um país específico – denominada Normalização Nacional;


b) uma única região geográfica, econômica ou política do mundo – denominada
Normalização Regional;


c) vários países do mundo – denominada Normalização Internacional.


De forma sistematizada a Normalização é executada por organismos que
contam com a participação das partes interessadas no assunto objeto da
normalização e que têm como principal função a elaboração, aprovação e
divulgação de normas.


Os níveis da normalização costumam ser representados por uma pirâmide, que
tem em sua base a normalização empresarial, seguida da nacional e da regional,
ficando no topo a normalização internacional. 13
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Esta pirâmide poderia conter outros níveis de normalização situados entre o empresarial e o
nacional, que seriam:

a) O das Normas Setoriais ou de Associações, compostas por entidades de classe,
representativas de setores produtivos, que são válidas para o conjunto de empresas a elas
associadas. As normas do American Petroleum Institute (API) são um exemplo clássico.

b) O dos grupos de empresas que formam consórcios que elaboram normas para
determinados empreendimentos.
Nível internacional: normas técnicas de abrangência mundial, estabelecidas por uma
Organização Internacional de Normalização. São aceitas pela Organização Mundial do
Comércio (OMC) como a base para o comércio internacional.

Nível regional: normas técnicas estabelecidas por uma Organização Regional ou Sub-
Regional de Normalização, para aplicação em um conjunto de países de uma região, como a
Europa ou o Mercosul. São denominadas Normas Regionais e aplicáveis ao conjunto de
países representados na Organização Regional.

Exemplo: Normas da Associação Mercosul de Normalização (AMN)ou Comitê Europeu de
Normalização (CEN).

Embora assim considerada, a Associação Mercosul de Normalização (AMN) não é uma
organização regional de normalização, pois o seu âmbito é o de um bloco econômico. Ela é
uma associação civil reconhecida como foro responsável pela gestão da normalização
voluntária do Mercosul, sendo composta atualmente pelos organismos nacionais de
normalização dos quatro países membros, que são IRAM (Argentina), ABNT (Brasil), INTN
(Paraguai) e UNIT (Uruguai). As normas elaboradas nesse âmbito são identificadas com a
sigla NM.

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Nível nacional: normas elaboradas pelas partes interessadas (governo,
indústrias, consumidores e comunidade científica de um país) e emitidas
por um Organismo Nacional de Normalização, reconhecido como
autoridade para torná-las públicas. Aplicam-se ao mercado de um país e,
frequentemente, são reconhecidas pelo seu ordenamento jurídico como
a referência para as transações comerciais. Normalmente são
voluntárias, isto é, cabe aos agentes econômicos decidirem se as usam
ou não como referência técnica para uma transação.

Exemplo: Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
ou Associação Alemã de Normas Técnicas (DIN).

Nível empresarial: normas elaboradas por uma empresa ou grupo de
empresas com a finalidade de orientar as compras, a fabricação, as
vendas e outras operações.

Exemplo: Normas Petrobras ou procedimentos de gestão da qualidade.

Nível de associação: normas desenvolvidas no âmbito de entidades
associativas e técnicas para o uso de seus associados. Mas, também,
chegam a ser utilizadas de forma mais ampla, podendo se tornar
referências importantes no comércio em geral.
Exemplo: American Society for Testing and Materials (ASTM). 16


Como Participar

A participação no processo de normalização é aberta a qualquer parte interessada e pode ser feita de
diversas formas:

Solicitando a elaboração de um Documento Técnico ABNT – Qualquer pessoa pode demandar a
elaboração de um Documento Técnico ABNT, para problemas existentes ou potenciais, que sejam
recorrentes em diversas empresas. Para isto, deve encaminhar uma solicitação à Gerência de
Planejamento e Projetos, preenchendo o Formulário de Demanda (https://goo.gl/PbqaB6).

Destacamos que os Documentos Técnicos ABNT ficam disponíveis para que qualquer interessado
possa desenvolver o mesmo produto, sistema ou processo. Dessa forma, não é possível elaborar
Documentos Técnicos ABNT para produtos patenteados.

Participando da elaboração de uma Norma Brasileira – Os representantes das partes interessadas no
assunto em questão podem participar das reuniões das Comissões de Estudo (CE) responsáveis pela
elaboração ou revisão da Norma. Basta solicitar sua participação na Comissão de Estudo pelo link
(https://www.abntcatalogo.com.br/ssl/login.aspx). Os trabalhos das Comissões de Estudo podem ser
acompanhados pelo ABNT Livelink (https://isolutions.iso.org).

É possível entrar em contato direto com os Comitês Técnicos de seu interesse pelos e-mails e telefones
disponíveis na listagem presente em http://www.abnt.org.br/normalizacao/comites-tecnicos.

Fazendo recomendações aos Projetos de Norma – Quando a CE aprova o Texto-Base, este é
adequado e editorado como Projeto de Norma e é disponibilizado em Consulta Nacional. Nesta fase,
qualquer pessoa pode recomendar a aprovação ou desaprovação do texto, ou sugerir modificações. A
Consulta Nacional pode ser acessada pelo site www.abnt.org.br/consultanacional.

Revisitando o conteúdo das Normas Brasileiras – Todos os anos, as Normas Brasileiras que
completaram cinco anos de publicação têm seu conteúdo analisado em um processo chamado Análise
Sistemática. Neste momento é feita uma Consulta Nacional específica à sociedade, para avaliar a
necessidade de tais normas serem revisadas, mantidas ou canceladas, pelo site
www.abnt.org.br/consultanacional. 17

Comitês Técnicos


Os Comitês Técnicos são órgãos de coordenação, planejamento e execução das
atividades de normalização técnica relacionadas com o seu âmbito de atuação, que
devem garantir que as CE representem toda a variedade de partes interessadas no
assunto objeto de estudo.

Os Comitês Técnicos possuem um foro específico, denominado Conselho Técnico,
onde seus Superintendentes ou Gestores têm assento e debatem as principais
questões relacionadas ao desenvolvimento de Normas Brasileiras e os processos
envolvidos neste trâmite.

Os Comitês Técnicos podem ser classificados, em função de sua estrutura e
amplitude do âmbito de atuação, em:

Comitê Brasileiro: órgão técnico da estrutura da ABNT, formado por Comissões de
Estudo.

Organismo de Normalização Setorial: entidade técnica setorial, com experiência em
normalização, credenciada pela ABNT para atuar no desenvolvimento de Normas
Brasileiras do seu setor, também formada por Comissões de Estudo.

Comissão de Estudo Especial: órgão técnico da estrutura da ABNT, criado quando o
assunto de seu escopo não está contemplado no âmbito de atuação de outro Comitê
Brasileiro ou Organismo de Normalização Setorial já existente. 18

As atribuições do Conselho Técnico são:

Cumprir e fazer cumprir os estatutos e as resoluções da Assembleia Geral e do Conselho Deliberativo,
os Manuais de Funcionamento e as Instruções Internas da ABNT;

Eleger, entre seus membros, o Presidente e o Vice-presidente, com mandato de três anos, sendo
permitida reeleição;

Examinar e esclarecer controvérsias sobre o âmbito de atuação dos Comitês Técnicos da ABNT;

Deliberar sobre a criação de Comissões de Estudo;

Emitir parecer sobre convênios entre a ABNT e quaisquer organizações interessadas em normalização;

Emitir parecer sobre a criação, extinção, denominação e âmbito de atuação dos Comitês Técnicos;

Emitir parecer sobre a política de normalização técnica a ser encaminhada pela Diretoria Executiva da
ABNT ao Conselho Deliberativo;

Emitir parecer sobre eventual intervenção em Comitês Técnicos.

Compete ao Presidente do Conselho Técnico:

Cumprir e fazer cumprir as Deliberações do Conselho Técnico;

Estabelecer a pauta, convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Técnico;

Receber os comunicados da Diretoria Executiva da ABNT e dos Comitês Técnicos sobre matérias de
competência do Conselho Técnico;

Compatibilizar, em conformidade com a legislação vigente, as decisões tomadas no âmbito restrito do
Conselho Técnico;

Comunicar à Diretoria Executiva da ABNT e ao Conselho Deliberativo as deliberações do Conselho
Técnico.

Ao Vice-presidente do Conselho Técnico compete auxiliar o Presidente, desempenhando as atribuições
que lhe forem designadas e, nos casos de impedimento ou licença do Presidente, substituí-lo
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Macrossetor

A crescente demanda por Normas Técnicas vem resultando no surgimento de novos
Comitês Técnicos na ABNT.


Para possibilitar uma melhor visão dos assuntos que são abordados na Normalização,
estes Comitês foram divididos em grupos, denominados Macrossetores da Normalização.


Lista de Macrossetores

Macrossetor

Agricultura e Tecnologia de Alimentos

Construção civil. Infraestrutura

Embalagem, Transporte e Distribuição de bens

Energia, Eletroeletrônica, Tecnologia da informação e comunicações

Máquinas e Equipamentos mecânicos, Equipamentos de transporte

Produtos domésticos e comerciais, Entretenimento, Esportes

Qualidade e Tecnologias de gestão

Química, Materiais e Tecnologias de fabricação

Saúde, Segurança e Meio ambiente

Serviços
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Consulta Nacional

O que é ?

Quando surge a necessidade da normalização de determinado tema, a ABNT
encaminha o assunto ao Comitê Técnico responsável, onde será exposto aos
diversos setores envolvidos. Uma vez elaborado o Projeto de Norma com o
assunto solicitado, ele é então submetido à Consulta Nacional. Neste processo,
o Projeto de Norma, elaborado por uma Comissão de Estudo representativa
das partes interessadas e setores envolvidos com o tema, é submetido à
apreciação da sociedade. Durante este período, qualquer interessado pode se
manifestar, sem qualquer ônus, a fim de recomendar à Comissão de Estudo
autora a aprovação do texto como apresentado; a aprovação do texto com
sugestões; ou sua não aprovação, devendo, para tal, apresentar as objeções
técnicas que justifiquem sua manifestação.


Sendo assim, é muito importante contarmos com a sua opinião sobre o
conteúdo dos Projetos em Consulta Nacional, para que possamos ter Normas
Brasileiras que realmente representem os interesses da sociedade, bem como
possam ser plenamente aplicadas e gerar todos os benefícios inerentes à
normalização.

Participe, dando a sua contribuição - ela certamente ajudará na melhoria da
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qualidade de nossos documentos.


Clique Análise Sistemática

Seguindo as boas práticas internacionais de atualização de Normas Técnicas, a
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) revisita o conteúdo de suas Normas
Brasileiras a cada cinco anos da sua publicação, ou última confirmação. Este processo
é denominado Análise Sistemática.

Por meio deste processo de Análise Sistemática, o grupo de Normas Brasileiras que se
encaixam nos requisitos acima é submetido à análise pelos Comitês Técnicos e suas
respectivas Comissões de Estudo.

Esta análise verifica se o conteúdo técnico da Norma Brasileira se mantém atual e se
esta pode ser confirmada. Em caso afirmativo, a confirmação ocorre de forma imediata.

Se o Comitê Técnico decidir que a norma necessita de revisão, ela é incluída no
programa de normalização setorial do Comitê Técnico e trabalhada no ano corrente.

Se o conteúdo da Norma Brasileiro não for mais aplicável ao setor, o Comitê Técnico
solicita o seu cancelamento. Neste caso, uma proposta de cancelamento é
disponibilizada no site da Consulta Nacional (www.abnt.org.br/consultanacional) pelo
período de 30 dias, para que toda a sociedade possa se manifestar se concorda com o
cancelamento da norma.

Em 2015 serão analisadas as normas que foram publicadas ou confirmadas em 2010.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail gprsp@abnt.org.br ou pelo telefone
(11) 3017.3673.para adicionar texto

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Bombeiro Civil, o

que faz e Quais os


Seus Deveres ?

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Bombeiro Civil, o que faz?

O bombeiro civil é o profissional exclusivo de Segurança Contra
Incêndio (SCI) que presta serviço em uma planta industrial, uma
edificação ou em um evento, podendo ser pública ou privada.


O exercício da profissão em território nacional foi sancionado na
lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, é define o profissional de
bombeiro civil como:


Art. 2º - Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos
termos desta Lei, exerça, em caráter habitual, função remunerada
e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado
contratado diretamente por empresas privadas ou públicas,
sociedades de economia mista, ou empresas especializadas em
prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.

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O Bombeiro Civil é um profissional específico na segurança contra incêndio de uma
edificação ou de uma planta.


Na maior parte das empresas será dele a visão técnica dos pontos críticos e a
orientação para minimizar ou inibir os riscos relacionados à segurança contra
incêndio.
Deste profissional demanda outra necessidade, a gestão dos equipamentos de
segurança contra incêndio.

Há dois momentos importantes das instalações dos sistemas de segurança contra
incêndio:

1. Cuidado com o projeto de liberação da edificação antes de ser ocupadas,
chamamos de medidas de proteção.

2. Cuidado com a edificação ou planta em uso/ocupada.

O bombeiro civil irá atuar no momento da ocupação da edificação, para isso é
necessário um bom conhecimento da gestão dos equipamentos e dos sistemas de
segurança contra incêndio.

O sistema de segurança contra incêndio é composto por diversos equipamentos, mas
o bombeiro civil, na grande maioria, não aprende durante o curso como manter um
bom funcionamento ou como orientar o bom gerenciamento.

Por isso há necessidade de aprofundar conhecimentos relacionados aos sistemas
presente no ambiente protegido.
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Os principais sistemas que devem fazer parte de vistorias internas e rotineiras são:


1 – Extintores de Incêndio,


2 – Hidrantes e Mangotinhos


3 – Chuveiros Automáticos (Atenção, mais conhecido como SPRINKLER)


4 – Sinalização e Iluminação


5 – Detecção e Alarme


6 – Saídas de emergência (rotas de fuga)


7 – Brigada de Incêndio


8 – Compartimentação (Atenção principal voltada para materiais de acabamento)
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O Bombeiro Civil não é um brigadista.

A brigada de emergência ou brigada de incêndio é um grupo de pessoas
voluntárias ou indicadas, ou seja, trabalha em outros setores da empresa
e sua tarefa principal não tem relação com a segurança contra Incêndio


Ela passa por treinamento de capacitação para executar vistorias
promovendo a prevenção dos riscos e em um momento de emergência
fará o combate e retirada das pessoas.


O Bombeiro Civil não é um bombeiro militar.

O bombeiro civil tem função muito diferente da função do bombeiro
público, a atuação desses dois profissionais deve ser complementar em
caso de incêndio.


O Bombeiro Civil deve saber o momento de acionar o Bombeiro Público,
tendo em mente o tempo de resposta (tempo entre o acionamento do
bombeiro público e a chegada no local da emergência) e os equipamentos
que o bombeiro deverá fazer uso para atender aquela emergência
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Obs.: O tempo de resposta necessário é aquele em que a ajuda externa, neste caso do bombeiro
público, chegará com os equipamentos adequados à sua edificação.


O Bombeiro Civil deve concentrar esforços, na maior parte do tempo, na prevenção, para que o
princípio de incêndio não ocorra.


Se o princípio de incêndio acontecer, ele deverá seguir um protocolo estabelecido, que consiste em
primeiro orientar a retirada das pessoas, e só depois, iniciar o combate ao princípio de incêndio.


Neste caso, os procedimentos planejados devem estar escritos e claros para toda a equipe.


Neste planejamento deve estar definido o momento correto de acionar Corpo de Bombeiros local e
como passar as informações de forma objetivas e clara.


A ABNT prevê o Bombeiro Civil desde 2000, quando foi lançado lançado a primeira ABNT/NBR 14608.


De lá pra cá, a norma passou por algumas correções e relançamentos.


De acordo com a NBR 14608/2007, o Bombeiro Civil deve ter feito treinamento e está capacitado para
prestar serviços de prevenção e atendimento a emergências.


Ele vai atuar primeiro na proteção da vida, depois na proteção do meio ambiente e do patrimônio.
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Atribuições do Bombeiro Civil

O bombeiro civil deve se dedicar principalmente à
prevenção. Vejamos alguns pontos importantes.

Conhecer o Plano de Emergência Contra Incêndio da
Planta


01 ° O bombeiro profissional civil assim como a
brigada voluntária deve ter pleno conhecimento do
plano de emergência. O profissional deve ter bem
definido o passo-a-passo para ação no momento da
emergência. Não é competência do profissional
bombeiro civil implementar o plano de emergência,
contudo, ele deve gerar informações que resultem
num plano bem contextualizado. 29

02 Identificar os Perigos e Avaliar os
Riscos Existentes


Identificar perigos é um exercício
fundamental para antecipar suas ações
quando for acionado. Relatar os riscos é
muito importante para gerar informações
especificas para a confecção do plano
de emergência.
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03 Inspecionar Cada Equipamento de
Combate a Incêndio


Realizar com frequência uma varredura nos
equipamentos de proteção contra incêndio. Se
não existir, faça uma planilha com as datas das
inspeções. Como medida suplementar de
segurança, vá até as empresas que fazem os
testes e manutenções e confira ponto a ponto
as normas regulamentadoras de cada
equipamento.
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04 Registrar Suas Atividades Diárias e Relatar
Formalmente as Irregularidades Encontradas, Com
Propostas e Medidas Corretivas Adequadas e
Posterior Medida De Execução


Muitos prevencionistas tem desconhecimento, mas
a NBR 14023 exige o preenchimento de registros
diários da atividade do bombeiro. Em casos de
incêndio, estes registros podem e devem servir de
base para a investigação do sinistro.
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A NBR 14608

A Quantidade Mínima de Bombeiros Civis

No anexo A, uma tabela possui a quantidade de profissionais exigidos de acordo com o tipo de
edificação, grau de risco e área total construída.


Formação do Bombeiro Civil

No anexo B, encontramos o detalhamento do curso e a quantidade mínima de horas para cada parte.


Mínimo de 210 horas de treinamento, sendo 94 horas de aulas teóricas e 116 horas de aulas práticas.


Ainda é estipulado que o aproveitamento mínimo aceitável para conclusão de curso é de 80%.


O treinamento tem validade de 12 meses e deve ser renovado sempre que expirar a validade.


Um ponto importante é a atenção quanto ao uniforme, a NBR 14608 deixa claro que o uniforme não
pode ser similar ao utilizado pelo bombeiro militar. No momento do incêndio deve ser possível
identificar quem é o bombeiro civil e quem é o bombeiro militar.
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Bombeiros Militares

Os bombeiros militares públicos estão associados a instituição de forças armadas. Suas
principais funções são: prevenção e combate a incêndio, situações de pânico, busca e
salvamento de pessoas e defesa civil.


Bombeiros Voluntários

O bombeiro voluntário também é pode ser definido como bombeiro civil (por não pertencer a
uma organização militar), mas esse profissional pode atuar da mesma forma que bombeiros
militares, como bombeiros públicos.

O bombeiro voluntário que fará atendimento público não está capacitado com base apenas na
NBR14608, o objetivo da NBR14608 é outro.

Perceba então que há necessidade de maior capacitação para atendimentos públicos.

Este tipo de atendimento deve estar previsto em leis municipais, estaduais ou federais.

A responsabilidade com estes atendimentos é um outro ponto que não pode ser deixado de
lado.

Há uma responsabilidade intrínseca criada com o ato de atender uma vítima ou um chamado
de emergência.

Esses bombeiros voluntários compõem a corporação de bombeiros civis, que geralmente são
formados por organizações não governamentais (ONGs).

Eles prestam serviços de forma voluntária sem fins lucrativos.
Simplificando, esse é um bombeiro público, porém não militar.
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A primeira cidade brasileira que instalou este tipo de profissional, foi
Joinvile em Santa Catarina, cerca de 125 anos atrás.


Há uma estimativa que aponta cerca de 75 cidades entre a região sul e
sudeste que prestam o serviço de bombeiros com uma corporação civil
e voluntária, seguindo o exemplo de Joinvile.


É importante destacar o trabalho da BUSF – Bombeiros Unidos Sem
Fronteiras. Para ter mais informações veja a entrevista com o Bolívar
Fundão Filho abaixo.


Você vai entender quais os procedimentos que devem ser seguidos
para criar corretamente uma corporação de bombeiros voluntários na
sua cidade
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Brigada de Incêndio

A brigada de incêndio é composta de uma equipe que
pode ser voluntária ou indicada.


Os integrantes são previamente treinados para participar
da prevenção e do combate a incêndio, prestação de
primeiros socorros e evacuação de ambientes.


Essas ações são limitadas a empresas, organizações e
estabelecimentos.

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A Obrigatoriedade do Bombeiro Civil

No Brasil, possuímos uma lei que reconhece o bombeiro civil como profissão, há uma
frente parlamentar que estuda o texto para a sua regulamentação.

Há também normas estaduais que quantificam e obrigam a presença desses
profissionais em edificações, planta e eventos.

Há ainda a NBR 14608 que orienta a presença deste profissional de acordo com o
risco.

Quando falamos sobre obrigatoriedades, devemos entender que as leis e normas, em
sua maioria, estão preocupadas em garantir condições mínimas de segurança.

E isso não é exclusivo para o profissional bombeiro civil, mas para todo o sistema de
segurança contra incêndio.

Ressalto que o objetivo da segurança contra incêndio é salvar vidas e patrimônios,
definitivamente, a prevenção não é o lugar para economias ou aventureiros.

Perceba, a resposta imediata dada pelo bombeiro civil pode ser o ponto que separa o
princípio de incêndio de uma grande catástrofe com morte.

Mesmo que a edificação, planta ou evento não exija ter um profissional bombeiro civil,
leve em consideração a possibilidade de contrata-lo.

A obrigatoriedade, ou não, e a quantidade de bombeiro civis dependem basicamente
de duas variáveis: a classificação de risco da edificação e da área total construída.

De acordo com as normas estaduais essa obrigatoriedade e o dimensionamento são
diferentes das exigidas na NBR 14608, normalmente menos ri
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Nos Estados

No Rio de Janeiro, por exemplo, essa exigência está baseada na resolução
Secretaria do Estado da Defesa Civil 279 (SEDEC 279).


Essa resolução reúne informações de brigada de incêndio, brigada voluntária de
incêndio e bombeiro civil, nela encontramos em qual situação é obrigatório.


Lembramos… se seu estado ou região possui legislação sobre bombeiro civil,
você deve seguir ela antes de recorrer a NBR.


O Estado de São Paulo possui a Instrução Técnica 17, na parte 2 ela vai orientar
a implementação de treinamento desse profissional.


As IT’s de São Paulo são um material base bem completo e você pode ter como
referencia, nesse caso, para dimensionamento e aplicabilidade do profissional
de bombeiro civil.


Se seu estado não aborda o tema bombeiro civil, você deverá recorrer a NBR
14608. 38

Bombeiro Civil Líder e Bombeiro
Civil Mestre

O que é Bombeiro Civil Líder e
Bombeiro Civil Mestre

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