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NORMAS PARA
FABRICAÇÃO DE
BLOCOS E PAVERS
Conheça as normas para fabricação de blocos e
pavimentos vigentes no Brasil. Prepare sua fábrica
para não ser surpreendido e use isso ao seu favor
para conquistar os melhores clientes em sua região.
Com a palavra, o autor
Não tem jeito. Todo trabalho técnico estará sempre sujeito ao atendimento de uma ou mais
normas. A existência de normas regulando uma atividade, processo ou produto é algo
muito bom. Além de prover uma direção segura para que não nos coloquemos em situação
de contingência - sujeitos a multas, judicialização de relacionamentos comerciais, etc. -
provê um paradigma, criando uma distinção para quem busca a excelência.
Foi muito agradável poder desenvolver este E-book, porque ele acaba por abrir os olhos para
uma área considerada inóspita, e algumas vezes até mesmo repulsiva.
A tentativa foi de mostrar o lado prático da normalização e como ela afeta o nosso dia-a-dia,
elucidando alguns conceitos básicos.
A minha sugestão é que você faça uma auto-avaliação durante a leitura. Faça anotações e
registre os aspectos que são dissonantes em relação ao padrão da norma. Aproveite para
refinar os seus conceitos.
Este material não esgota o assunto e estará sempre em atualização, pois de tempos em
tempos as normas sofrem modificações. Agora mesmo, enquanto escrevo este texto, a
norma 7211, que trata de agregados para a produção de concretos, está em consulta
nacional, a penúltima fase para a sua atualização.
Boa leitura. Aproveite, pois, foi escrito para ajudá-lo a crescer como empreendedor.
Introdução
A construção civil está a cada dia implementando os conceitos da indústria 4.0 em seus
canteiros e seus processos. Mesmo neste contexto, em que a tecnologia tem sido a grande
parceira na melhoria da qualidade na gestão e na produção, a existência das normas é
fundamental.
O sistema de normalização, pode-se dizer, sempre dará o “tom” de tudo aquilo que deve ser
produzido, independente das ferramentas utilizadas.
Há quem diga que um sistema de normalização seja um fator limitante para a criatividade e
que o mercado deveria ser o grande fiel da balança. Quem estivesse fora do padrão seria
automaticamente excluído pelo mercado. Contudo, não é isso que se observa. A chamada
“segunda linha” de produtos continua firme e forte no mercado.
Nesse contexto o sistema de normalização é nosso aliado e funciona como um guia para
atingir nossos objetivos.
Não é uma transcrição pura e simples das normas, mas uma visão comentada do que está
descrito em cada uma.
Nos próximos parágrafos você vai entender o que são as normas, como são elaboradas e
qual a importância delas para o negócio de produção de blocos de concreto. A primeira coisa
que precisa ser compreendida é exatamente “o que é uma norma”.
Deste conceito podem ser extraídas algumas palavras-chave que podem nos ajudar a
entender melhor (Infográfico 1).
Este conceito parece complicado, mas basta analisar separadamente algumas palavras para
entender melhor:
Consenso: qualquer norma deve ser elaborada a partir da opinião de todas as pessoas
envolvidas naquele assunto: fabricantes, fornecedores, pesquisadores, o governo, usuários,
etc. Deve haver uma “concordância” geral entre eles sobre o tema.
Regras, diretrizes e características: uma norma tem várias funções, entre elas a de
estabelecer as características e padrões que um determinado produto, serviço ou método
de avaliação deve apresentar ou seguir.
Uso comum e repetitivo: as normas não são específicas para aplicação em determinadas
circunstâncias ou por pessoas especializadas mas, sim, por qualquer pessoa ou empresa a
qualquer momento em que estiver lidando com aquele tema.
Ordenação: Qualquer empresa ou pessoa que deseja fornecer o produto ou serviço descrito
naquela norma deve se submeter aos padrões estabelecidos por ela.
Os objetivos de um sistema de
normalização
À primeira vista pode parecer que as normas são elementos complicadores da atividade
empresarial, pois de certa forma acabam impondo certos limites. Mas ao se analisar os
benefícios de normalização fica clara a sua importância para qualquer tipo de negócio ou
atividade industrial.
Proteção: define os requisitos que permitem aferir a qualidade dos produtos e serviços;
Seria um absurdo não é mesmo? Pois bem, um sistema de normalização nacional evita este
tipo de conflito.
Como são elaboradas as
normas?
Mas, como surge uma norma? É possível elaborar uma norma sobre qualquer assunto? Não
é bem assim...
Depois de um tempo, alguns meses, as sugestões são recolhidas e consideradas. Elas podem
ser acatadas ou não.
Finalmente, o projeto ganha uma redação final e é votada na comissão a sua aprovação ou
não.
Depois de aprovada a norma é publicada e entra em vigor, normalmente, um mês após a sua
publicação. Veja o Infográfico 3, que resume o processo:
Essa não é uma questão nova. E quando digo isso estou falando que lidamos com este
problema, literalmente, há milênios. Vou dar 2 exemplos. Um da construção civil e um mais
geral.
O primeiro deles vem da Babilônia, há cerca de 2150 AC. Você já deve ter ouvido falar do rei
Hamurabi, que escreveu um famoso código, cheio de punições severas, baseadas no
princípio da reciprocidade.
É de lá que vem a famosa “Lei de Talião”: “Olho por olho, dente por dente”.
Art. 25
§ 227 - "Se um construtor edificou uma casa para um homem livre, mas não reforçou
seu trabalho, e a casa que construiu caiu e causou a morte do dono da casa, esse
construtor será morto".
O outro exemplo de como este tema é antigo aconteceu um pouco mais tarde na história.
Cerca de 1.200 a 700 AC, entre os Fenícios, um povo que tinha um comércio internacional
muito forte, estabeleceu-se uma punição muito severa para os artesãos.
Felizmente isso não vigora por aqui, porém, o nosso código civil, não deixa estes problemas
de qualidade da construção civil passarem em branco e tem algumas previsões. Veja:
Art. 615
Art. 616:
"No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode quem encomendou a obra, em
vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento do preço."
A outra legislação, que muito afeta as empresas que fornecem produtos ou serviços, é a lei
nº 8.078\90, que entrou para a nossa história como “CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR”. Veja o que ele diz sobre o tema:
Não se pode perder de vista que o consumidor está cada vez mais consciente dos seus
direitos e isso tem levado à famosa “judicialização” das relações comerciais.
Essa é uma consequência direta da existência de normas para o desenvolvimento do negócio
de produção de blocos de concreto.
O fabricante deve estar consciente que as Normas possuem dois aspectos inseparáveis.
O primeiro aspecto é o mais evidente, que é a sua utilidade quanto à orientação para a
produção correta dos blocos de concreto dentro das especificações. É o caráter orientativo
das normas.
O segundo aspecto, que fica evidente somente quando ocorre um problema, e este vai parar
na justiça, é a transformação da normalização de “orientativa” em uma espécie de
“legislação”, que regula a produção do bem ou serviço. E é aí que a coisa pega!
As consequências não são tão simples, especialmente porque o fornecedor, no caso de uma
disputa judicial, já entra no processo como culpado.
Cabe a ele provar que não fez nada de errado e nem o produto está defeituoso. É o chamado
ônus da prova. Cabe ao fornecedor se defender perante a justiça.
Quais são os principais tipos de
normas?
As normas não são todas iguais, e há tipos específicos para determinados fins. Elas se
diferenciam pelo conteúdo que regulamentam. Pode-se listar os seguintes tipos
basicamente:
Simbologia (SB): fixar convenções gráficas, ou seja, símbolos, que devem ser associados a
produtos ou indicações de serviços.
Terminologia (TB): definir, relacionar e/ou dar equivalência em diversas línguas de termos
técnicos empregados, em um determinado setor de atividade, visando ao estabelecimento
de uma linguagem uniforme.
No caso dos blocos de concreto para alvenaria, sejam estruturais ou não, há duas normas
que qualquer fabricante precisa conhecer a fundo, e na sua versão mais atualizada:
● ABNT NBR 6136: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos
● ABNT NBR 12118: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos de
ensaio.
Se você tem dúvida sobre qual é a versão mais atualizada, basta consultar o site da ABNT
(https://www.abntcatalogo.com.br) e efetuar uma busca pelo número da norma.
Estas duas normas devem ser utilizadas em conjunto. A primeira (ABNT NBR 6136) trata das
características que um bloco de concreto deve possuir e a segunda (ABNT NBR 12118) sobre
os métodos padronizados para avaliar estas características.
Antes de mais nada é preciso deixar claro uma coisa. No mercado, de modo geral, é possível
encontrar 2 tipos de produtos: o “BLOCO DE CONCRETO” e o “BRÓCO”. É claro que isto é só
uma piada, mas toda brincadeira tem seu fundo de verdade.
O “BRÓCO” é aquele produto que não atende às especificações da norma. Está fora do
padrão tanto em termos de geometria quanto em termos das suas propriedades físicas e
mecânicas, como resistência, absorção de água, retração, etc. É o resultado da ação
intencional de um fabricante que não se importa com padrões de qualidade.
É por isso que a norma existe, para prover a orientação quanto ao padrão a ser seguido. E os
consultores estão aí para isso também. Ajudar a colocar a norma em prática.
O objetivo aqui não é reproduzir a norma, mas sim, destacar algumas das informações que
encontramos nela para entender a sua importância.
Esta norma é bem didática. Ela começa introduzindo algumas palavras e expressões que são
importantes, como, por exemplo: área bruta, dimensões modulares, família de blocos,
classe, etc. Isso facilita a leitura da norma. Veja o significado destas palavras no item
“Termos e definições” ao final.
Em seguida ela apresenta as exigências (ou requisitos) para os materiais que vão ser
utilizados na produção do concreto, como o cimento, a água, os agregados, aditivos e
adições. Pode-se resumir assim as exigências:
● Cimento: deve atender às exigências da ABNT NBR 16697. Anteriormente cada tipo
de cimento tinha uma norma própria, mas agora elas foram unificadas. Uma dica
(que não está na norma): se o cimento tiver o SELO DE QUALIDADE DA ABCP, ele
atende à norma.
● Água: se a água for potável, pode ser utilizada sem problemas. Em geral, ela deve
atender à NBR 15900-1.
● Agregados: devem atender a ABNT NBR 7211, que é a norma de agregados para
concreto. A norma impõe que os agregados devem ter dimensão máxima
característica inferior à metade da menor espessura da parede do bloco. (Obs.: para
saber mais sobre agregados para blocos baixe o nosso E-book “Guia completo de
agregados para blocos e pavers”).
● Aditivos e adições: não há restrições ao uso de aditivos (NBR 11768) e nem de
adições (corantes, sílica ativa, metacaulim). O importante é que o bloco atenda
sempre aos requisitos físico-mecânicos.
Nessa parte, a norma estabelece as dimensões dos blocos para cada família (20 x 40; 15 x
40; etc.), a espessura mínima das suas paredes e os valores mínimos para a resistência à
compressão, absorção e retração.
Tabela 2 – Designação por classe, largura dos blocos e espessura mínima das paredes do
blocos
Vou colocar as tabelas no final para não atrapalhar a sua leitura, ok?
A norma ainda impõe que os lotes devem ser identificados e transportados cubados ou
paletizados.
Na sequência ela trata sobre como estes parâmetros devem ser inspecionados, que norma
aplicar (no caso é a ABNT NBR 12118), o tamanho da amostra e as condições para aceitação
da produção.
Veja como as coisas estão ligadas: são estas dimensões fornecidas pela norma que os
fabricantes de formas e equipamentos devem seguir e, à medida que a utilização dos
moldes acontece, você precisa verificar, caso contrário os produtos ficam “fora da bitola”.
A norma traz, inclusive, qual é a tolerância nas dimensões a ser observada. Fique atento.
Tabela 2 – Designação por classe, largura dos blocos e espessura mínima das paredes dos
blocos
Antes de entrar na NBR 12118 é preciso falar um pouco sobre a composição de lotes e
número de peças a serem amostradas.
A primeira coisa que você precisa entender é “o que é um lote”. É uma definição importante
e se ele não for tomado adequadamente pode invalidar o resultado dos ensaios de
inspeção.
“O lote de inspeção deve ser formado por um conjunto de blocos com as mesmas
características, produzidos sob as mesmas condições e com os mesmos materiais.”
Isso significa o seguinte: se você tiver mais do que 1 máquina, você terá mais de um lote. Se
o material mudar ao longo do dia, por exemplo, você começou a utilizar uma carga nova de
cimento, terá que formar outro lote. Embora seja o mesmo tipo de cimento, mesmo
fabricante, etc., é um novo lote de material. A rigor é isso.
Quantidade mínima de
Quantidade de blocos da blocos para ensaio
amostra dimensional e resistência à Quantidade
compressão axial de blocos para
Quantidade de blocos
ensaios de
do lote
absorção e
*Desvio *Desvio
área líquida
Prova Contraprova padrão não padrão
conhecido conhecido
ATÉ 5.000 7 ou 9 7 ou 9 6 4 3
5.001 A 10.000 8 ou 11 8 ou 11 8 5 3
ACIMA DE 10.000 9 ou 13 9 ou 13 10 6 3
É bem comum pensarmos que a média das resistências dos rompimentos à compressão
representa a resistência do lote. A norma, contudo, estabelece um resultado mais rigoroso e
é nesse momento que a gente entende a importância de reduzir a variabilidade da
produção.
Para explicar isso direito vou colocar essa informação no final em separado e vou dar um
exemplo de cálculo.
Uma vez que você fez os ensaios a norma traz uma tabela (Tabela 5) com os critérios para
aceitação ou rejeição dos lotes. Os critérios devem ser atendidos simultaneamente. Veja a
seguir:
Tabela 5 (NBR 6136) - Aceitação e rejeição
● homogeneidade do concreto
● compacidade
● arestas vivas
● ausência de trincas
● ausência de fraturas
● defeitos outros
A verificação dimensional vai avaliar se ele atende à Tabela 1 e a Tabela 2 da norma onde
constam as dimensões nominais dos blocos e das paredes.
Se os blocos não estiverem aplicados, estes devem ser devolvidos e substituídos pelo
fabricante. Caso estejam aplicados, deve-se verificar o que está prescrito no contrato de
venda e compra.
A ABNT NBR 12118
Você sabe como testar seus blocos? Tem gente que acha que não precisa, tem gente que
tem até medo de testar e descobrir que está fraco. E tem gente também que faz os testes
mais esquisitos...
Vira e mexe eu vejo alguém colocando um bloco no chão, de lado ou de topo, e subindo em
cima para mostrar como ele é forte. É até engraçado ver o sujeito pulando em cima do
bloco.
Olha, não sou contra os testes “qualitativos” que a gente faz para acompanhar a produção.
Vamos falar sobre eles também um pouco mais à frente. A gente pode pesar, molhar para
ver a absorção superficial, bater com um martelo para ouvir o som metálico, etc.
Tudo isso é importante e nos dá pistas sobre a situação geral dos blocos. Mas....
Mas quando se trata de comprovar para um cliente que os blocos estão dentro do padrão, a
história é outra. É ai que entra a ABNT NBR 12118.
Se você puder, tenha um laboratório em sua fábrica. Se não puder, separe um valor mensal,
pelo menos, para mandar testar uma amostra da sua produção em um laboratório.
Faça isso por dois motivos: O primeiro é porque você vai ter uma visão realista do seu
trabalho e, segundo, você poderá utilizá-lo como argumento de venda. Em alguns casos o
cliente vai até exigir isso de você.
Não deixe de fazer os testes qualitativos para acompanhar a sua produção, eles são uma
forma rápida de checar se as coisas estão indo bem. Ok?
É só você responder às seguintes perguntas: você gostaria que seus blocos fossem testados
de qualquer maneira? Como ter certeza que aquele resultado está correto?
Pois bem, esta norma veio para padronizar os métodos de ensaio que devem ser
empregados para determinar as propriedades físicas e mecânicas especificadas e que devem
ser alcançadas pelos blocos.
Nela você vai encontrar um breve “glossário” com os termos e definições mais utilizados.
Você pode encontrá-los ao final do E-book no tópico “Termos e definições”.
A especificação do tipo e das características mínimas que os equipamentos devem ter para
realizar os testes com precisão também está descrita nela.
Esta é uma norma muito interessante. Ela traz em um único documento as especificações
que a peça deve atender e ao mesmo tempo os métodos de ensaio. É bem prática.
É preciso chamar a atenção para um detalhe importante. Muitas fabricantes reclamam que
os critérios da norma são muito exigentes e que não é qualquer equipamento que consegue
produzir peças dentro do padrão, sendo as hidráulicas automáticas as máquinas ideais.
Estas peças vão compor o revestimento do pavimento, que neste caso, por ser articulado, é
considerado flexível. Ele vai atuar combinadamente com as demais camadas compondo a
estrutura do pavimento.
O “paver” deve suportar não somente o trânsito de pedestres, no caso das calçadas, mas
também o trânsito de veículos (leves ou pesados) quando aplicados em estacionamentos,
portos, pátios logísticos, aeroportos ou vias públicas. Sem contar as áreas de armazenagem.
Ela apresenta no item “requisitos específicos” não somente uma classificação quanto ao
formato (TIPO I, II, III e IV), mas dá detalhes quanto à geometria da peça (dimensões,
tolerâncias, espaçadores, chanfro, arestas e ângulo de inclinação).
Do mesmo modo que as normas para blocos, ela também traz uma série de definições para
o entendimento das suas especificações. Você poderá encontrá-las no tópico “Termos e
definições”.
No final deste tópico vou colocar exemplos de peças dos quatro tipos descritos na norma.
Quero chamar à atenção para o fato de que a norma permite a utilização de agregados
reciclados, industriais além dos naturais.
Uma dica importante, que vale ouro embora não esteja no contexto da normalização, é a
seguinte: infelizmente muitas fábricas ainda apresentam muita perda em termos de peças
que se quebram ou apresentam defeitos, ficam fora de bitola, etc. Além do que algumas
máquinas, literalmente, vazam a massa por diversos pontos, que acabam caindo no solo.
Estes blocos defeituosos, juntamente com esta massa que vaza, são compostos por
materiais selecionados, portanto, possuem um valor intrínseco alto que deve ser
recuperado.
Outro comentário importante: esta porção de massa que “vaza” ou mesmo que se origina de
peças de concreto que se rompem na saída da esteira, deve voltar ao misturador em no
máximo 45 min. Depois disso deve ser descartada.
O pavimento tem que resistir não somente às cargas verticais que vem dos veículos, mas
igualmente ao “giro” provocado pelos pneus, quando estes vão fazer curvas. Os locais de
estocagem são mais sensíveis a este problema por causa das empilhadeiras, pois elas giram
sobre o próprio eixo.
Uma ressalva importante que a norma apresenta é que as peças entregues com menos de
28 dias devem apresentar no mínimo 80% do 𝑓𝑝𝑘 especificado na Tabela 6 no momento da
sua instalação.
Neste sentido, o tipo de cimento utilizado na produção das peças faz toda a diferença.
Observe o Gráfico 1.
FONTE: ABCP(2002)
preocupe. A norma também ensina como calcular. Vamos mostrar isso em detalhe num
tópico específico.
A resistência à abrasão também está especificada, embora seja facultativa. Mas lembre-se:
seu cliente pode exigir a comprovação disso e seria muito bom você estar preparado, (Tabela
7).
A norma impõe critérios para a análise visual da peça de concreto. A peça tem que
apresentar aspecto homogêneo, arestas regulares e ângulos retos.
● Rebarbas;
● Delaminação;
● Descamação;
● Outros defeitos.
Tabela 7 – Critérios para resistência à abrasão
A norma dá uma orientação muito importante, que pode eliminar muita dor de cabeça: se a
peça for colorida a cor tem que ser combinada com o cliente. Minha dica: mostre algumas
peças para o cliente, dentre as cores que você fabrica e solicite a aprovação dele.
Outro item muito importante estabelecido na norma é o critério para aceitação e rejeição do
lote de peças.
Se a quantidade de defeitos superar 5% do lote, este pode ser rejeitado. Contudo, a norma
prevê que as peças defeituosas podem ser substituídas, a critério do comprador.
Como eu disse, esta norma traz todas as indicações para a realização dos testes de
verificação das peças. Os métodos estão todos descritos nos ANEXOS que vão de “A” até “C”.
O Anexo “D” traz os formatos dos tipos de peças descritos na norma. Vamos a eles. Para
ilustrar a sua aplicação vou trazer algumas imagens que estão disponíveis na publicação da
ABCP “Praças, caminhos e pátios - Obras brasileiras com pisos intertravados de concreto”.
Peças tipo I
Peças tipo II
Peças de concreto com formato único, diferente do retangular e que só podem ser
assentadas em fileiras.
Peça tipo IV
Conjunto de peças de concreto de diferentes tamanhos, ou uma única peça com juntas
falsas, que podem ser utilizadas com um ou mais padrões de assentamento.
Com relação à absorção, a norma estabelece que a amostra deve apresentar uma absorção
média menor ou igual a 6%, porém, nenhuma peça poderá ter absorção individual superior
a 7%.
Do mesmo modo que os blocos, a inspeção é realizada sobre lotes de fabricação. O conceito
de lote já foi descrito e você poderá relembrá-lo no item “Termos e definições”. A diferença
aqui é o tamanho do lote.
A norma adota como tamanho de lote 300 m² de piso. Devem ser retiradas 6 peças a cada
lote e 1 peça adicional a cada 50m² suplementar, até um total de 32 peças.
Você sabia que praticamente todos os códigos de obras no Brasil especificam a necessidade
de reservar cerca de 20 a 30% de um lote como área permeável?
Pois bem, existem alguns tipos de peças de concreto vibro-prensadas para piso que ajudam
a resolver esta questão. Elas estão descritas na NBR 16.416 – “Pavimentos permeáveis de
concreto – Requisitos e procedimentos.
Esta norma não é exclusiva sobre peças de concreto, fala sobre os pavimentos permeáveis
em geral, mas traz os requisitos que o revestimento executado em pavimentação
intertravada deve atender, os tipos de peças que podem ser utilizadas e as características
dessas peças.
Além do pavimento executado no local com o concreto permeável, a norma cita outros 4
tipos de revestimentos:
Neste tipo de revestimento a penetração da água ocorre pelas juntas entre as peças de
concreto. Veja a Figura 12:
Este caso se refere à passagem da água através de aberturas (áreas vazadas) existentes nas
peças de concreto. Figura 13.
Nesta situação, a percolação da água ocorre através da própria peça, que é composta de um
concreto sem finos e possui um elevado índice de vazios. Veja na figura 14.
Neste caso, a percolação também ocorre através da placa, porém difere do tipo anterior
(peças de concreto permeável) porque são de maiores dimensões e não são intertravadas
(Figura 15).
Se você tem interesse em se aprofundar quanto aos detalhes dos pavimentos permeáveis,
visite o site da ABCP (https://abcp.org.br/download/), faça o seu cadastro e tenha acesso à
informação de qualidade sobre o assunto.
A norma diz que é possível fazer uma avaliação prévia do material de revestimento em
laboratório. Pode ser só da camada de revestimento ou uma simulação do pavimento como
um todo.
A norma também especifica a espessura mínima das peças. Se for para tráfego apenas de
pedestres deve ser de 60mm; para tráfego leve 80mm.
Como você pode perceber, o desafio para produzir estas peças é bem grande, pois,
excetuando as placas, é necessário atingir resistências mecânicas elevadas.
Isso não é fácil de conseguir, por causa da grande quantidade de vazios que a peça de
concreto deve possuir.
Fica mais evidente ainda a necessidade de utilizar uma máquina de elevada compressão,
como é o caso das máquinas hidráulicas automáticas e ter um traço bem desenvolvido (um
consultor em materiais cimentícios pode ajudá-lo).
Com este artigo finalizamos a apresentação das normas para produção das peças de
concreto.
Do mesmo modo que os demais ensaios, é necessário estabelecer um lote para a sua
realização.
Os pontos para execução do ensaio devem ser escolhidos aleatoriamente, não deve haver
água acumulada sobre o pavimento e, por fim, o ensaio deve ser realizado com um
intervalo mínimo a 24 h da última chuva.
● O pavimento deve ser limpo através de uma varredura que remova, lixo, sedimentos
e outros elementos que não estejam aderidos;
● Fixar o anel de infiltração no local utilizando-se massa de calafetar na superfície
externa de modo a evitar vazamentos;
● Executar a pré-molhagem do pavimento vertendo água no interior do anel e
anotando o tempo; Inicialmente o pavimento é pré-molhado com 3,6 L de água. Se o
tempo da pré-molhagem for inferior a 30 s, utiliza-se 18 L de água no ensaio, ou
novamente 3,6 L se o tempo de pré-molhagem for superior a 30 s.
● Iniciar o ensaio em até 2 min depois da pré-molhagem;
● Verter a água no anel de infiltração mantendo o nível da água entre as duas
marcações internas do anel (10 mm e 15 mm);
● Marcar o tempo, acionando o cronômetro assim que a água atingir a superfície do
pavimento permeável e para o cronômetro quando não houver mais água livre na
superfície. Registrar o tempo com precisão de 0,1s.
Caso o pavimento tenha alguma inclinação , o nível de água deve ser mantido entre as duas
marcas na parte mais baixa do aclive.
O ensaio pode ser realizado até duas vezes no mesmo local no mesmo dia, com intervalo
máximo de 5 min e sem a necessidade da realização de pré-molhagem. Neste caso o
resultado do coeficiente será a média dos dois ensaios.
𝐶.𝑚
𝐾 = , onde
(𝑑² . 𝑡 )
Contudo, em termos de avaliar a produção no dia a dia da produção e efetuar uma previsão
se os produtos terão um bom desempenho ou não, há alguns testes práticos que podem ser
utilizados. Eles não substituem os testes normalizados, apenas ajudam a orientar a
produção e detectar algum desvio.
Vamos lá!
Teste da massa
Para peças com a mesma geometria, obtidas de um mesmo equipamento, não havendo
variação no traço pode-se estabelecer uma correlação entre a massa da peça e a sua
resistência. Quanto maior for a massa da peça maior será a sua resistência.
Esta é uma forma bastante prática de se ter uma ideia a respeito da compactação que a peça
possui. Ele consiste em derramar uma pequena quantidade de água sobre a superfície
horizontal do bloco ou paver e observar a velocidade com que a água é absorvida.
No caso dos blocos o ideal é que a água não seja absorvida em menos de 5 segundos. No
caso dos pavers ela deve permanecer sobre a peça praticamente sem ser absorvida.
Teste da chuva
Após uma chuva rápida e um certo tempo de sol, cerca de 15 min, observe os blocos e
pavers no estoque. Peças que apresentarem uma coloração escura estarão indicando que
possuem uma maior absorção e uma maior porosidade. Aquele lote potencialmente pode
apresentar problemas com abrasão ou resistência.
Os blocos e pavers devem possuir arestas vivas e bem definidas, isto é um indicativo de que
foram produzidos com concreto adequado e com umidade compatível com o equipamento.
Se as arestas forem irregulares deve-se verificar a dosagem e o teor de umidade utilizado
Teste da Ressonância
Quando pavers, especialmente, são batidos um contra o outro, o som emitido pode nos dar
pistas sobre a compactação. Pavers compactos emitem um som mais firme e estridente, já
os pavers mais porosos o som se apresenta mais abafado e grave.
Este ensaio possui uma metodologia descrita em norma, mas é possível ter-se uma
aproximação em campo do valor da densidade de um modo um pouco mais simples. Este é
um teste bastante interessante pois nos informa de um modo mais seguro a respeito da
compacidade da peça e, portanto, da sua resistência.
Este dispositivo prático que nos dá a medida direta da densidade dos pavers e blocos e
pode ser construído tendo como base a conhecida “lei do empuxo” descrita a milênios por
Arquimedes.
A mesma técnica pode ser utilizada tanto para pavers como para blocos. No caso dos blocos
o recipiente deve ser um pouco maior, ou então ele deve ser introduzido fracionadamente.
Esta é a situação mais comum, pois nem todos os fabricantes enviam regularmente blocos
para análise em um laboratório independente.
𝑛
𝑖= 2
, se 𝑛 for par;
(𝑛−1)
𝑖= 2
, se 𝑛 for impar;
𝑓𝑏(1), 𝑓𝑏(2), ..., 𝑓𝑏(𝑖−1), são os valores de resistência à compressão individuais dos corpos de
Quant.de
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 18
de blocos
ψ 0,89 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,04
● 4, 65
● 5, 25
● 4, 75
● 4, 89
● 6, 75
● 5, 32
● 4, 80
● 4, 55
PASSO 1 - Colocar em ordem crescente de valores as resistências observadas
● 𝑓𝑏(1) = 4, 55
● 𝑓𝑏(2) = 4, 65
● 𝑓𝑏(3) = 4, 75
● 𝑓𝑏(4) = 4, 80
● 𝑓𝑏(5) = 4, 89
● 𝑓𝑏(6) = 5, 25
● 𝑓𝑏(7) = 5, 32
● 𝑓𝑏(8) = 6, 75
𝑛
𝑖= 2
, se 𝑛 for par;
(𝑛−1)
𝑖= 2
, se 𝑛 for impar;
8
𝑖= 2
=4
4,55+4,65+4,75
𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 2[ 4−1
] − 4, 8
𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 4, 5 𝑀𝑃𝑎
PASSO 4 - Comparar com o valor de ψ. 𝑓𝑏𝑘(1)
ψ. 𝑓𝑏𝑘(1) = 0, 93 * 4, 55 = 4, 23 𝑀𝑃𝑎
Como 𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 4, 5 𝑀𝑃𝑎 é maior que 4, 23 𝑀𝑃𝑎, mantém-se o valor de 4, 5 𝑀𝑃𝑎 para a
Desse modo, diz-se que este lote de blocos pode ser classificado, de acordo com a Tabela 3
da norma, como de função estrutural da classe B em termos de resistência. Ainda falta a
determinação dos outros parâmetros para concluir a classificação.
Essa situação ocorre quando o fabricante possui um resultado de ensaio realizado por um
laboratório qualificado a menos de 6 meses antes do ensaio.
𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 𝑓𝑏𝑚 − 1, 65 * 𝑆𝑑
onde
𝑆𝑑 é o desvio-padrão do fabricante.
A norma impõe a condição de que a determinação do desvio padrão deve estar baseada em
pelo menos 30 corpos de prova, obtidos em intervalos regulares de produção. Cada faixa de
resistência deve ter o seu próprio desvio padrão.
Aqui cabe um comentário. Para obter o desvio padrão do fabricante é necessário obter pelo
menos 30 resultados de ensaios realizados por um laboratório qualificado. Estes corpos de
prova devem ser retirados da produção dentro de um determinado intervalo.
Por exemplo, se forem retirados 6 corpos de prova por semana, e enviados ao laboratório
para rompimento, será necessário o envio de 5 lotes de para se obter o primeiro desvio
padrão do fabricante. Cada lote que for analisado alimenta o cálculo do desvio padrão, até o
limite de 6 meses. Ou seja, ao final de seis meses o primeiro lote a entrar no cálculo deve ser
descartado, e assim sucessivamente.
Vamos ver um exemplo de cálculo de desvio padrão utilizando como base um exemplo
adaptado da Khan Academy:
2
∑(𝑥𝑖−𝑥)
𝑆𝑑 = (𝑛−1)
● 4, 65
● 4, 78
● 4, 49
● 4, 66
● 4, 89
● 4, 63
● 4, 65 − 4, 68 =− 0, 03
● 4, 78 − 4, 68 = 0, 1
● 4, 49 − 4, 68 =− 0, 19
● 4, 66 − 4, 68 =− 0, 02
● 4, 89 − 4, 68 = 0, 21
● 4, 63 − 4, 68 =− 0, 05
● (− 0, 03)² = 0, 0009
● (0, 1)² = 0, 0100
● (− 0, 19)² = 0, 0361
● (− 0, 02)² = 0, 0004
● ( 0, 21)² = 0, 0441
● (− 0, 05)² = 0, 0025
0, 0936 / (6 − 1) = 0, 0187
0, 0187 = 0, 137
O desvio padrão (𝑆𝑑) deste conjunto de valores é 0,137 e representa o desvio padrão da
fábrica.
Diga-se de passagem que seria um tremendo resultado. Significa que 95% dos blocos vão
apresentar resistência variando de 4, 68 ± 0, 137, ou seja 4, 54 e 4, 82.
𝑠𝑑
𝐶. 𝑉. =
𝑥
0,137
𝐶. 𝑉. = 4,68
= 𝑂, 𝑂29
O American Concrete Institute apresenta na norma ACI 214(2002) a seguinte tabela para
julgamento do 𝐶. 𝑉. (Tabela 9):
Tabela 9 - Coeficiente de variação para variação global pelo ACI 214 (2002)
Para a obtenção do 𝑓𝑏𝑘,𝑒𝑠𝑡 será necessária a ruptura de pelo menos 6 corpos de prova (6
blocos).
Procedimentos de cálculo
60 0,95
80 1,0
100 1,05
2
∑(𝑓𝑝−𝑓𝑝𝑖)
𝑠= (𝑛−1)
megapascals (MPa);
● 𝑛 é o número de peças da amostra;
● 𝑠 é o desvio-padrão da amostra, expresso em megapascals (MPa);
● 𝑡 é o coeficiente de STUDENT, fornecido pela Tabela A.2, em função do tamanho da
amostra.
Vamos imaginar que a produção diária de uma fábrica de pavers seja de 500 m². Dessa
forma, ela terá que separar aleatoriamente 10 peças (6 peças referentes a 300 m² e 4 peças
referentes aos 200 m² que ultrapassam os 300 m² - 1 peça a mais para cada 50 m²). Este
lote se refere a peças com dimensão nominal de 10 cm x 20 cm x 6 cm e a resistência deve
alcançar 35 MPa.
1 35,8
2 36,5
3 35,1
4 34,9
5 35,7
6 36,6
7 38,1
8 35,6
9 37,2
10 36,6
● 36, 21 − 35, 8 = 0, 41
● 36, 21 − 36, 5 = − 0, 29
● 36, 21 − 35, 1 = 1, 11
● 36, 21 − 34, 9 = 1, 31
● 36, 21 − 35, 7 = 0, 51
● 36, 21 − 36, 6 = − 0, 39
● 36, 21 − 38, 1 = − 1, 89
● 36, 21 − 35, 6 = 0, 61
● 36, 21 − 37, 2 = − 0, 99
● 36, 21 − 36, 6 = − 0, 39
2
∑ (𝑓𝑝 − 𝑓𝑝𝑖) = 0, 41² + (− 0, 29)² + 1, 11² + …. + (− 0, 39)² + (1, 89)² = 8, 689
8,689
𝑠= 10−1
= 0, 983
𝑡 = 0, 883
𝑓𝑝𝑘,𝑒𝑠𝑡 = 𝑓𝑝 − 𝑡 × 𝑠
Para a obtenção do 𝑓𝑝𝑘,𝑒𝑠𝑡 será necessária a ruptura de pelo menos 6 corpos de prova (6
peças).
● As amostras devem ser colocadas para saturar em água (23 + 5 °C) , pelo menos 24
h antes do ensaio;
● Retificar a superfície superior dos pavers garantindo a sua planicidade. Isto poderá
ser feito com o uso de pasta de enxofre, argamassa ou por meio de equipamento de
retífica.
● Utilizando a régua metálica e o paquímetro tirar todas as medidas do corpo de prova,
anotando em mm (vai facilitar os cálculos);
● Introduzir o acessório para ruptura na prensa e zerar o registrador de carga;
● Posicionar o paver centralizadamente sobre parte inferior do dispositivo de ruptura e
posicionar o superior;
● Efetuar o carregamento do bloco mantendo uma velocidade média de 550kPa/s com
variação de 200KPa/s até à ruptura do bloco;
● Anotar o valor do carregamento, em Newtons;
● Calcular a resistência de cada corpo de prova em MPa; para tanto basta dividir a
carga em Newtons pela área bruta do acessório de ruptura em mm². O mostrador de
carga da sua prensa pode indicar a carga em kN. Neste caso basta multiplicar por
1000 antes de dividir pela área;
● Efetuar o procedimento estatístico adequado para a determinação do 𝑓𝑝𝑘,𝑒𝑠𝑡 daquele
lote.
Links interessantes
Vou listar agora alguns sites que podem te ajudar a obter informações técnicas atualizadas.
CONCRETESHOW
Ângulo de inclinação: ângulo externo entre a parede lateral e a face inferior da peça de
concreto
Área bruta: área da seção perpendicular aos eixos dos furos, sem desconto das áreas dos
vazios
Área Líquida: área média da seção perpendicular aos eixos dos furos, descontadas as áreas
médias dos vazios.
Aresta: linha de interseção, entre dois planos ou faces, que se refere às linhas das faces
superior e inferior e das paredes laterais da peça de concreto.
FONTE: https://www.aecweb.com.br
Chanfro (paver): perfil inclinado entre a face superior e as paredes laterais da peça de
concreto.
Dupla camada: peça de concreto produzida com duas camadas de concreto de composições
diferentes.
Pavimento intertravado: pavimento flexível cuja estrutura é composta por uma camada de
base (ou base e sub-base), seguida por camada de revestimento constituída por peças de
concreto justapostas em uma camada de assentamento e cujas juntas entre as peças são
preenchidas por material de rejuntamento e o intertravamento do sistema é proporcionado
pela contenção.
Resistência à compressão: relação entre a carga de ruptura e a área bruta do corpo de prova
quando submetido ao ensaio de compressão axial.