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ESTADO DE MATO GROSSO

PODER JUDICIÁRIO
6ª VARA DE ALTA FLORESTA

DECISÃO

Processo: 1002633-31.2021.8.11.0007.

AUTOR: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO

REU: HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA RITA LTDA - EPP, MARCELO VINICIUS DE MIRANDA

Vistos.

Trata-se de ação civil pública de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência,
ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso , em face de MARCELO
VINÍCIOS DE MIRANDA e HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA RITA , a fim de
determinar aos demandados que adotem todas as providências de seu cargo, para suprirem
todas as irregularidades apontadas no Relatório de Vistoria Técnica nº
04/2021/WRSA/SES/MT e SMSAF/MT, prestando serviço de qualidade, sob pena de
multa diária no importe de R$ 100.000,00 (cem mil) reais, a ser aplicada à pessoa jurídica
e sócio-administrador, bem como sejam os demandados condenados ao pagamento de
indenização por dano moral coletivo, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), a ser
revertido ao Fundo Municipal de Saúde, de modo a viabilizar melhoramentos na estrutura
de saúde pública existente em âmbito local (ID 54249742).
Recebida a inicial, determinou-se a intimação dos requeridos para se manifestarem quanto
ao pedido liminar (ID 54349663).

O Ministério Público apresentou manifestação nos autos, juntando Relatório de Visita


Técnica Conjunta nº 04/2021/ERSAF/SES/MT, com esclarecimentos do Hospital
requerido. O Parquet considerou não estar inteiramente comprovado que as irregularidades
foram integralmente sanadas, devendo-se aguardar a vistoria técnica para efetiva
avaliação, pugnando pela concessão da tutela de urgência pleiteada na inicial (ID
54480982).

Os requeridos se manifestaram quanto a tutela de urgência, prestando esclarecimentos


sobre as irregularidades apontadas, pugnando pelo indeferimento da liminar (ID
54628455).

A tutela de urgência foi indeferida pelo juízo, por entender que os contratos estavam sendo
substancialmente cumpridos pelo réu, mesmo no ápice da pandemia. Por fim, o magistrado
requisitou ao CRM/MT, bem como à Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, a
realização de nova vistoria técnica a ser realizada de forma conjunta no Hospital e
Maternidade Santa Rita, mais especificadamente nos setores de atendimento à COVID-19
(ID 54940285).

O Ministério Público juntou descritivo de visita in loco realizada pela Secretaria de Estado
de Saúde no Hospital e Maternidade Santa Rita, no período de 11 a 13/05/2021,
informando que a SES realizou inspeção no referido nosocômio, no entanto destacou que
ainda seria apresentado o Relatório de Auditoria, após análise documental (ID 55854815).

Os requeridos apresentaram contestação nos autos suscitando preliminar de ilegitimidade


passiva, especificamente quanto ao requerido Dr. MARCELO VINÍCIUS DE MIRANDA.
No mérito, pontuaram o contexto da pandemia, a ilegalidade do relatório técnico,
depoimento do médico Wagner Miranda Júnior, irregularidade cometidas pela Prefeitura
Municipal de Alta Floresta, ausência de irregularidades, das fiscalizações posteriores e
ausência de dano moral coletivo. Nos pedidos, requereram a decretação do segredo de
justiça, por conter informações de pacientes, o acolhimento da preliminar de ilegitimidade
passiva e a total improcedência da demanda (ID 56183776).

Juntou-se o Relatório de Visita Técnica nº 05/2021/ERSAF/SES/ME e SMSAF/MT (ID


57146585).

Certificou-se o decurso do prazo para que o CRM enviasse o relatório (ID 57405952).

O r. juízo deferiu parcialmente a tutela de urgência, determinando que Hospital e


Maternidade Santa Rita, “promova, no prazo de 30 dias a regularização das inconsistências
apontadas no item “9”, subitens “e” e “f” e item “10”, devendo, portanto: 1) adquirir
máscaras para VNI, bem como o aparelho nominado “gasômetro”; 2) regularização as
inconsistências apontadas nas fls. 11, 12, 13 e 14 do Relatório de Visita Técnica Conjunta
nº 05/2021 ERSAF/SES/MT e SMSAF/MT, ou seja, adequar a aquisição de
medicamentos, controles de entrada – por meio do Sistema Hórus-, armazenamento – em
local com controle de umidade; refrigerador com controle de temperatura e em local
adequado e organizado, com as devidas identificação dos medicamentos (lote, validade e
descrição), abastecimento – por meio de carrinhos em regulares condições de
funcionamento, e saída de fármacos aos pacientes, por meio do Sistema Hórus, TUDO O
MAIS CONFORME O ITEM 10 DO NOVO RELATÓRIO TÉCNICO” (ID 57447257).

Os requeridos juntaram pedido de reconsideração da liminar, aduzindo, em suma, que


estão tomando todas as providências para realizar as adequações apontadas pela equipe de
vistoria (ID 58890409).

O Ministério Público impugnou a contestação rechaçando os argumentos lançados na peça


contestatória apresentada pelos demandados, bem como requereu o julgamento antecipado
da lide, nos termos do art. 355 do CPC/2015 e a manutenção da liminar deferida (ID
59548238).

Os requeridos reiteraram o pedido de reconsideração da liminar (ID 59827147).

Antes de decidir quanto ao cumprimento da liminar, o r. juízo entendeu necessário


aguardar a vistoria a ser realizada pelo Conselho Regional de Medicina (ID 59927094).

O Ministério Público reiterou a manifestação de ID 59548238, pugnando pela manutenção


da medida liminar deferida no ID 57447257, até a apresentação do novo relatório de visita
técnica determinado pelo juízo (ID 60566246).

Juntou-se cópia da decisão prolatada em sede de Agravo de Instrumento ajuizado pelos


requeridos, através do qual o TJMT deferiu o efeito suspensivo para suspender a
obrigatoriedade de adquirir máscaras VNI (até que seja estipulada a quantidade), bem
como quanto o aparelho nominado “gasômetro” (ID 60916768).

O parquet juntou Relatório Consolidado de Auditoria nº 101 e pugnou por vista dos autos
após a apresentação do novo relatório de visita técnica determinado por este Juízo e do
relatório de vistoria a ser realizada pelo CRM (ID 61808147).

Juntou-se Relatório Técnico de Inspeção Sanitária nº 2870.9307.2021, Termo de


Notificação D-3204 e Auto de Infração D-3202, recebido da Coordenadoria de Vigilância
Sanitária e Saúde do Trabalhador da SES (ID 63561149).

Por fim, o CRM juntou Relatório de Vistoria Técnica nº 205/2021/MT e Termo de


Notificação nº 205/2021/MT (ID 66915983).
Na sequência, o Ministério Público manifestou pela reapreciação da tutela provisória de
urgência, para determinar, sem prejuízo das medidas deferidas anteriormente na decisão de
ID 57447257, que o HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA RITA e o Sr. MARCELO
VINÍCIOS DE MIRANDA, adotem todas as providências de seu cargo, a fim de sanar
todas as irregularidades apontadas nos Relatórios de Vistoria Técnica, elaborados pela
Auditoria Geral do SUS – AGESUS (ID 61809294), Coordenadoria de Vigilância
Sanitária e Saúde do Trabalhador da SES (ID 63561149), além das irregularidades
contidas no Auto de Infração D-3202 (ID 63561149), e Conselho Regional de Medicina
(ID 67268464), no prazo máximo de 15 (quinze) dias, prestando serviço de qualidade, sob
pena de multa diária no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil) reais por dia, a ser
aplicada a ambos os demandados.

É o relatório.

DECIDO.

A matéria ora enfocada, como se sabe, deve ser analisada à luz dos requisitos processuais
elencados no Código de Processo Civil, mormente, os requisitos próprios da natureza do
processo, o fumus boni iuris e o periculum in mora.

Conforme a sistemática do Código de Processo Civil, a tutela provisória é gênero do qual


são espécies: tutela de urgência, que se subdivide em tutela satisfativa (que o código
denomina de antecipada) ou cautelar – sendo que ambas podem ser requeridas antecedente
ou incidentalmente – e tutela de evidência.

Isso é o que se dessume do disposto no art. 294 do CPC, que classifica a tutela provisória
de acordo com o fundamento que autoriza sua concessão:
“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo
único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em
caráter antecedente ou incidental.”

Assim, compete ao Magistrado verificar dois pressupostos para a concessão da tutela de


urgência, quais sejam: a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado
útil do processo. Então, aqueles dois clássicos pressupostos da tutela de urgência (fumaça
do bom direito e perigo da demora) foram agora transformados nos seguintes termos:
probabilidade do direito e perigo ao resultado útil do processo.

É o que está estabelecido no caput do art. 300 do CPC:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1º
Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la. § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia. § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”

Noutra banda, em comparação com a tutela de urgência, a tutela de evidência igualmente


exige a plausibilidade do direito invocado, mas prescinde da demonstração do risco de
dano, ou seja, nesta hipótese o direito da parte requerente é tão óbvio que deve ser
prontamente reconhecido pelo Magistrado.

Vejamos a disposição trazida no art. 311 do CPC:


“Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o
abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as
alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de
pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito,
caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de
multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir
liminarmente.”

No caso dos autos, verifico que a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo restaram plenamente demonstrados.

Isso porque, foram realizadas mais 03 (três) vistorias técnicas no interior do Hospital e
Maternidade Santa Rita, todas com intuito de verificar a qualidade da prestação do serviço
público de saúde pelo citado nosocômio, bem como o atendimento das normas regentes de
cumprimento obrigatório por instituições prestadoras de serviços médicos, notadamente
aos leitos de UTI Covid, após o deferimento parcial da liminar por este juízo.

Quais sejam: 1) No dia 20/07/2021, a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso,


através da Auditoria Geral do SUS – AGESUS apresentou relatório consolidado de
Auditoria nº101, referente a fiscalização realizada na UTI COVID do Hospital e
Maternidade Santa Rita, apontando as irregularidades descritas ao ID61809294-pág.54 e
realizando as recomendações descritas ao ID61809294-pág.57; 2) No dia 20/07/2021, a
Coordenadoria de Vigilância Sanitária e Saúde do Trabalhador da SES – Secretaria de
Estado de Saúde, também realizou vistoria no HMSR, encaminhando aos autos o Relatório
Técnico de Inspeção Sanitária nº2870.9307.2021, Termo do Notificação D-3204 e Auto de
Infração D3202, lavrado em face do Hospital e Maternidade Santa Rita, cujas conclusão
estão elencadas ao ID63561149, determinando as medidas elencadas ao
ID63561149-pág.51, inclusive lavrando Auto de Infração nº3202 para que sejam sanadas
120 (cento e vinte) irregularidades (ID63461153); 3) No dia 28/07/2021, o Conselho
Regional de Medicina realizou vistoria técnica no Hospital e Maternidade Santa Rita,
apontando as irregularidades descritas ao ID67268464 – pág.22, recomendando as
providencias enumeradas ao ID67268464-pág.19.

Assim, diante de todo o cenário apresentado nos relatórios de vistoria, realizados pelos
órgãos fiscalizatórios, no Hospital e Maternidade Santa Rita, ainda persistem diversas
irregularidades a serem sanadas, portanto, evidente está o risco potencial à população, pois
trata-se do único hospital de prestação de serviço público na linha de frente no tratamento
de pacientes infectados pelo vírus COVID-19.

O perigo de dano e o risco ao resultado útil do processo são patentes, visto que o Hospital
e Maternidade Santa Rita foi contratado pelo Poder Público para prestar toda a assistência
médica necessária a população de Alta Floresta e região, sendo, como já dito, linha de
frente no tratamento de pacientes acometidos pela COVID-19, devendo, para tanto, manter
a regularidade, adequação e presteza no serviço, provendo a estrutura básica necessária
para atendimento clínico, tudo com observância a todas as normativas vigentes impostas
aos prestadores de assistência médica/hospitalar.

O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo decorrem da omissão do Hospital


e Maternidade Santa Rita em continuar sem prover as adequações estruturais,
medicamentosas, instrumentais e profissionais básicas no interior do nosocômio, a fim de
garantir atendimento em saúde adequado aos pacientes acometidos com COVID-19.
Assim, é imprescindível o deferimento da tutela de urgência, com a finalidade de adequar
as necessidades da demanda ao caso concreto, garantindo a prevalência do interesse
público e a realização de um serviço médico seguro e de qualidade, adequado aos paciente
acometidos com COVID-19 em acordo com a Resolução CFM nº2056/2013 e RDC
Anvisa nº07/2010.
Portanto, diante das deficiências estruturais apontadas nos três relatórios pormenorizados
realizados pelos órgãos fiscalizatórios, há notório risco a saúde dos pacientes que
necessitam de atendimento no estabelecimento requerido.

Posto isso, DEFIRO a tutela de urgência pretendida e DETERMINO que HOSPITAL


E MATERNIDADE SANTA RITA PROMOVA, no prazo de 15 (quinze) dias, a
regularização DE TODAS AS INCONSISTÊNCIAS APONTADAS: 1) no relatório
apresentado pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, descritas ao
ID61809294-pág.54; 2) no relatório apresentado pela Coordenadoria de Vigilância
Sanitária e Saúde do Trabalhador da SES – Secretaria de Estado de Saúde, descritas ao
ID63561149, e, 3) no relatório apresentado pelo Conselho Regional de Medicina, descritas
ao ID 67268464 - pág. 22.

DEVE HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA RITA sanar todas as


irregularidades apontadas, bem como, promover, NO MESMO PRAZO, o necessário
para atender todas as recomendações enumeradas pelos órgãos fiscalizadores, quais
sejam:

“1. Prover a função de Diretor Técnico através de designação formal feita pela
administração do hospital;

2. Designar formalmente Responsável Técnico médico, enfermeiro, fisioterapeuta que


tenham o título de especialista em Medicina Intensiva para responder pelas UTI’s e
farmacêutico;

3. Instituir Responsável Técnico farmacêutico habilitado no âmbito da assistência


farmacêutica hospitalar;

4. Elaborar e apoiar a implantação e implementação das comissões, protocolos, guias,


manuais e planos hospitalares visando a segurança ao paciente e aos profissionais que
atuam na instituição;
5. Verificar periodicamente as condições físicas dos filtros do sistema de climatização nas
UTI’s e mantê-los em condições de operação, promovendo a substituição quando
necessária;

6. Atualizar a cada doze meses as manutenções do Grupo Gerador;

7. Organizar as escalas dos médicos plantonistas, zelando para que não haja lacunas
durante as 24 horas de funcionamento da instituição;

8. Planejar, organizar, coordenar e executar os serviços da assistência de enfermagem;

9. Manter quadro de fisioterapeutas com quantitativo adequado a prestação máxima de 30


horas semanais de trabalho aos leitos de UTI;

10. Manter profissional farmacêutico durante todo o horário de funcionamento do


hospital;

11. Garantir o abastecimento, dispensação e controle do estoque da farmácia hospitalar;

12. Planejar as aquisições de medicamentos e insumos, garantindo abastecimento,


dispensação e controle do estoque da farmácia hospitalar;

13. Regularizar o Alvará de Segurança Contra Incêndio e Pânico;

14. Adequar a estrutura física da farmácia hospitalar aos padrões mínimos de


funcionamento; 15. Atualizar os cadastros e manutenções dos dados no CNES de forma
rotineira;

16. Adequar o espaço físico das enfermarias improvisadas, retirando leitos em excesso,
assim como, desativar enfermarias que não possuem ambientes obrigatórios a adequada
assistência ao paciente (enfermarias sem banheiro), instalar portas nas enfermarias
respeitando o preconizado pela legislação em vigor, garantindo a segurança ao paciente e
a biossegurança, num prazo de 5 dias;

17. Elaborar cronograma de correção das referidas inconformidades.”

“31.1. SERVIÇO HOSPITALAR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - Estrutura da


Unidade: 31.1.1. Área externa para desembarque de ambulâncias é coberta: Item
recomendatório de acordo com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa 50/02
Unidade Funcional: 2 – Atendimento imediato.

31.2. RECURSOS ASSISTENCIAIS – UTI: 31.2.1. Assistência clínica neurológica: Item


recomendatório de acordo com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010:

31.2.2. Assistência clínica hematológica: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.2.3. Assistência clínica hemoterápica: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.2.4. Assistência oftalmológica: Item recomendatório de acordo com Resolução CFM Nº


2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.2.5. Assistência clínica ginecológica: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.2.6. Serviço de fibrobroncoscopia: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010.

31.3. RECURSOS ASSISTENCIAIS – UTI:

31.3.1. Dificuldade para acesso aos recursos descritos: Item recomendatório de acordo
com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010.

31.4. RECURSOS ASSISTENCIAIS – UTI:

31.4.1. Assistência fonoaudiológica: Item recomendatório de acordo com Resolução CFM


Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.4.2. Assistência clínica vascular: Item recomendatório de acordo com Resolução CFM
Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.4.3. Assistência de terapia ocupacional para UTI adulto: Item recomendatório de


acordo com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010.

31.5. UNIDADE DE INTERNAÇÃO:

31.5.1. Distância entre os leitos no mínimo de 80cm: Item recomendatório de acordo com
Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa nº 50/02;
31.5.2. Área de circulação entre leitos e parede: Item recomendatório de acordo com
Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 50/2002.

31.6. RECURSOS ASSISTENCIAIS – UTI:

31.6.1. Assistência farmacêutica: Item recomendatório Resolução CFM 2056/2016;


31.6.2. Assistência odontológica: Item recomendatório Resolução CFM 2056/2016. 31.7.
RECURSOS ASSISTENCIAIS - UTI – 2:

31.7.1. Assistência farmacêutica: Item recomendatório de acordo com Resolução CFM Nº


2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.2. Assistência fonoaudiológica: Item recomendatório de acordo com Resolução CFM


Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010; 31.7.3. Assistência odontológica: Item
recomendatório de acordo com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.4. Assistência clínica vascular: Item recomendatório de acordo com Resolução CFM
Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.5. Assistência de terapia ocupacional para UTI adulto: Item recomendatório de


acordo com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.6. Assistência clínica neurológica: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.7. Assistência clínica hemoterápica: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.8. Assistência clínica hematológica: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.9. Assistência de otorrinolaringologia: Item recomendatório de acordo com


Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.10. Assistência oftalmológica: Item recomendatório de acordo com Resolução CFM


Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.11. Assistência clínica ginecológica: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;
31.7.12. Serviço de endoscopia digestiva alta e baixa: Item recomendatório de acordo com
Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.13. Serviço de fibrobroncoscopia: Item recomendatório de acordo com Resolução


CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.14. Grupo de cuidados paliativos e controle de sintomas (dor): Item recomendatório


de acordo com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010;

31.7.15. Dificuldade para acesso aos recursos descritos: Item recomendatório de acordo
com Resolução CFM Nº 2056/2013 e RDC Anvisa Nº 07/2010.”

Decorrido o prazo de (15 quinze) dias, determino a realização de nova Visita Técnica
Conjunta à ser realizada pelo Escritório Regional de Saúde de Alta Floresta e a Secretaria
Municipal de Saúde de Alta Floresta, devendo, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar
nos autos relatório técnico, esclarecendo se foram sanadas TODAS as deficiências, SEM
PREJUÍZO DO FECHAMENTO/LACRAÇÃO DO ESTBELECIEMTNO
REQUERIDO, PELOS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS.

Consigno que, em caso de descumprimento da medida liminar, no prazo de 15 (QUINZE)


dias de sua intimação, incidirá em desfavor da parte ré multa MENSAL no valor de
R$100.000,00 (cem mil reais), limitada a 12 (doze) meses, a ser convertida em prol de
SERVIÇOS MUNICIPAIS DE SAÚDE, a ser vistoriada pelo Ministério Público Estadual;

Por fim, em relação descumprimento da decisão judicial que deferiu parcialmente a liminar
determinando o Hospital e Maternidade Santa Rita “promova, no prazo de 30 dias a
regularização das inconsistências apontadas no item “9”, subitens “e” e “f” e item “10”,
devendo, portanto: 1) adquirir máscaras para VNI, bem como o aparelho nominado
“gasômetro”; (Suspenso pelo TJMT) 2) regularização as inconsistências apontadas nas fls.
11, 12, 13 e 14 do Relatório de Visita Técnica Conjunta nº 05/2021 ERSAF/SES/MT e
SMSAF/MT, ou seja, adequar a aquisição de medicamentos, controles de entrada – por
meio do Sistema Hórus-, armazenamento – em local com controle de umidade;
refrigerador com controle de temperatura e em local adequado e organizado, com as
devidas identificação dos medicamentos (lote, validade e descrição), abastecimento – por
meio de carrinhos em regulares condições de funcionamento, e saída de fármacos aos
pacientes, por meio do Sistema Hórus, TUDO O MAIS CONFORME O ITEM 10 DO
NOVO RELATÓRIO TÉCNICO” (ID 57447257), mantenho a liminar deferida, devendo o
requerido providenciar o necessário para o seu atendimento, no mesmo prazo acima
determinado.

CUMPRA-SE COM URGÊNCIA.

Alta Floresta/MT.

ANTÔNIO FÁBIO DA SILVA MARQUEZINI

Juiz de Direito

Assinado eletronicamente por: ANTONIO FABIO DA SILVA MARQUEZINI


https://clickjudapp.tjmt.jus.br/codigo/PJEDACJGZXFHN

PJEDACJGZXFHN

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