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Suevos e Visigodos
A partir do século III
assistimos ao vacilar
do poder imperial que
irá, por fim, levar à
queda do Império em
475. No século IV
chegam os primeiros
povos germânicos ao
território: os Alanos e
os Vândalos. Os
primeiros instalam-se
no coração da
Meseta. Os segundos
atravessam para África. Em 409 chegam os Suevos, que acabam por
se instalar num território que vai da Galiza ao Tejo e às cordilheiras
asturianas, controladas pelos rebeldes Vascos. Tal como os Alanos,
os Suevos tinham fugido da sua terra natal, o vale do Elba, para
escaparem aos Hunos. Fundaram um reino com capital em Bracara
Augusta e tendo por principais cidades Lucus Augusta (Lugo), Portus
Cale e Asturica Augusta (Astorga). Eram cristãos e assim mantiveram
activas as dioceses do seu reino, principalmente Bracara. Portuscale
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No ano de
711, no
decurso de
um conflito
entre
Rodrigo e
Ágila,
herdeiros
do trono
visigodo, as
tropas do
muçulmano
Tárique atravessam o
Mediterrâneo e desembarcam em
Gibraltar, respondendo assim ao
pedido de ajuda de Ágila.
Contudo, após a derrota e morte
de Rodrigo na Batalha de
Guadalete, nesse mesmo ano, Ágila perde o controlo da situação e
deixa aberta para os árabes a porta do domínio do território. Os
visigodos, sem rei, fugiram para as montanhas das Astúrias e
Cantábria. Os árabes invasores, comandados por Muça,
conquistaram facilmente o burgo de Portucale e incendiaram a
cidade. Contudo, o domínio árabe foi curto e sem expressão. Logo
em 750, a cidade foi retomada pelos cristãos comandados por
Afonso I, rei das Astúrias para cair novamente sob jugo maometano.
Seria definitivamente reconquistada em 868 pelas tropas de Vímara
Peres. Ao tomar a cidade de presúria, o nobre asturiano assegurou
para si o domínio e senhorio da cidade, tornando-se assim o primeiro
Conde de Portucale e fazendo nascer o Condado Portucalense. Com
a fronteira fixa no rio Douro, a cidade ganha enorme importância
militar e assiste a uma renovação urbana e a algum crescimento. O
condado prosseguiria na família de Vímara Peres. O seu filho, Lucídio
Vimaranes, fundou um pequeno palácio junto a uma aldeia que
rebaptizou como Vimaranis. Nasceu assim Guimarães. Pouco
depois, a Condessa Mumadona, ao enviuvar, mandou construir para
si um convento e uma torre para o proteger. Nasceram assim o
Convento de Santa Maria da Oliveira e o Castelo de Guimarães, que
hoje são tão conhecidos de todos.
Lencastre. O
casamento
cimentou a
aliança luso-
britânica firmada
no Tratado de
Windsor e
decorreu na
catedral
portuense. O
monarca, que
muito amou a cidade, voltaria várias vezes, ficando no Paço
Episcopal ou no Convento de São Francisco, sendo dos reis que
mais beneficiou o Porto. O Infante D. Henrique acabou mesmo por
nascer no Porto, em 1394, numa das estadias do rei na cidade. D.
João I concedeu vários privilégios à cidade, autorizou a criação da
Bolsa de Comércio (antepassada das companhias de seguros) e de
uma casa da moeda. Foi ainda ele quem mandou abrir a Rua Nova,
que hoje é a Rua do Infante D. Henrique e à qual chamava de "minha
rua formosa" por ser comprida, recta e larga, contrastante com a
malha urbana serpenteante do burgo. Entretanto, em 1386, como o
monte do Olival estava desocupado, apenas com campos e hortas, o
rei decide transferir os judeus para uma judiaria que cria no topo do
monte, isolada do resto da cidade por taipas de madeira. A
urbanização do Olival foi em grande parte possível graças à judiaria e
à acção dos franciscanos e dominicanos. Em 1406, após intensas
negociações entre D. João I e o Bispo D. Gil Alma, o senhorio da
cidade passa para a Coroa, e a cidade conquista a sua autonomia.
A cidade quinhentista
estava dividida em
três núcleos
essenciais dentro da
muralha: a Sé, a
Ribeira e o Olival. Os
centros de maior
aglomeração de
pessoas eram a
Praça da Ribeira
(centro comercial da
cidade), a Rua Nova
(onde residiam os
indivíduos de mais grada condição) e
o Largo de São Domingos (onde se
fazia a feira). Das portas da cidade
(Carros, Cimo de Vila, Nobre, Olival e
Sol) saíam estradas para Guimarães,
Braga, Penafiel, Foz do Douro e
Entre-os-Rios. Ao longo do século XV
foram construídas novas igrejas,
capelas e os conventos dos Lóios e Santa Clara. Albergarias davam
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O Porto
foi
libertado em 1809 e
conseguiu nos anos
seguintes recuperar
da tragédia humana,
económica e
anímica que foram
as invasões de
Napoleão. Contudo,
os portuenses, e em
particular a
burguesia, estavam
insatisfeitos pois,
apesar da paz ter voltado, o país continuava entregue a uma
guarnição inglesa e a uma junta de governo, enquanto o rei estava
ausente no Brasil. Por outro lado, o fim do exclusivo comercial
português nos portos brasileiros causara imensos prejuízos aos
comerciantes, que tinham agora a feroz competência estrangeira em
pleno solo brasileiro. A emissão de moeda no Rio de Janeiro e a
elevação do brasil a Reino, unido com Portugal, foram também
factores de descontentamento. Logo se formava no Porto o Sinédrio,
uma associação secreta que preparou um golpe. A 24 de Agosto de
1820, o golpe
rebentou e as tropas
saíram dos quartéis,
clamando pelo
regresso da Corte e
pela adopção de
uma constituição, e
que teve imediata
adesão em Lisboa.
Nos meses
seguintes, com
efeito, forma-se uma
junta de governo que providencia a convocatória de Cortes
Constituintes e o regresso da Família Real. Iniciava-se o
Constitucionalismo, de curta duração, pois a não-aceitação da
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Contudo, o
Porto de
Oitocentos
não foi
apenas
guerra e
conflito
armado.
Foi
igualmente
uma
época de
um
dinamismo
económico sem
paralelo para a
cidade, que se
expande para o
dobro do seu
tamanho no inicio do
século, causando a
urbanização de uma
vasta área rural em
redor do burgo.
Centenas, milhares de pessoas migram dos campos para a grande
cidade em busca de oportunidades de vida. Surgem as grandes
indústrias e fábricas, espalhadas por toda a cidade: tabacos, tecidos,
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O Porto
participou
activamente no
movimento contra o
Ultimato em 1890.
No ano seguinte, a
31 de Janeiro,
estalou na cidade
um golpe militar
republicano,
derrotada pelas
forças leais a D.
Carlos I. Em 1910,
com a implantação
da República, seria palco de levantamentos monárquicos, sempre
rechaçados com violência. Ficou célebre o pronunciamento militar da
Monarquia do Norte em 1919, liderado pelo General Paiva Couceiro.
O século XX foi, contudo, uma época de crescimento mais lento e
ordenado, mas ainda alimentado pelo êxodo rural. O crescimento da
cidade é, contudo, ordenado segundo os Planos Directores, que se
têm vindo a suceder, adaptados à realidade que a cidade enfrenta. O
surgimento do trânsito automóvel iria forçar a um repensar de toda a
malha urbana. Em 1915 é terminada a
Avenida da Boavista, e no ano
seguinte é iniciada a abertura da
Avenida dos Aliados, o novo espaço
central da cidade, coroada pela nova
Câmara, concluída em 1957. Surgem
novos serviços e equipamentos:
melhores estradas e estruturas, vias
de acesso, cinemas e centros
comerciais. Nasce o Teatro de São João, das mãos do génio de
Marques da Silva, a Zona Industrial das Sete Bicas (cuja rainha é a
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