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FUNDAÇÕES PROFUNDAS

TUBULÕES A CÉU ABERTO E A AR COMPRIMIDO


Introdução

TUBULÕES
Tubulão é um tipo de fundação
profunda, caracterizado por
transmitir a carga da estrutura ao
solo resistente, por compressão
através de sua base alargada,
diferenciando-se assim dos
demais tipos de fundação
profunda, como estacas por
exemplo, que transmitem as
cargas ao solo por meio dos
atritos, lateral e de ponta.
Por ter essa característica de
transmissão de carga, seu
desempenho se assemelha ao das
fundações diretas.
TUBULÕES

A CÉU ABERTO

As fundações em tubulão a céu aberto são


indicadas basicamente para obras que
apresentam cargas elevadas ou em áreas com
dificuldades de acesso a técnicas mais
mecanizadas.

Normalmente os tubulões a céu aberto são executados


acima do lençol freático, pois a escavação manual da
base, ou mesmo do fuste, não pode ser executada abaixo
do nível d’água. Nada impede, entretanto, que se estenda
a escavação utilizando-se de rebaixamento do lençol.
TUBULÕES

A CÉU ABERTO

Sem contenção lateral

Esses tubulões têm seu fuste


aberto por escavação manual
ou mecânica, sendo sua base
escavada manualmente. Não
utilizam nenhum escoramento
lateral. Desta forma, o fuste e a
base, em especial, devem ser
executados em solos que
apresentem um mínimo de
coesão capaz de garantir a
estabilidade da
escavação.
TUBULÕES

A CÉU ABERTO
Com contenção parcial

Essas contenções parciais têm


ordem de 2,0 metros e o solo é
escorado antes de se
prosseguir com a escavação.
Desta forma, escava-se dois
metros e, em seguida, realiza-
se a contenção. Este processo
se repete até o fim do fuste,
além disso, os revestimentos
são, em geral, recuperados.
Visualmente, o resultado final
assemelha-se ao procedimento
de contenção lateral contínua.
Chicago e Gow são modelos
desse tipo de tubulão.
TUBULÕES

A CÉU ABERTO

Com contenção contínua

Possuem contenções por todo o


fuste. Certos tipos de
equipamentos cravam uma
camisa metálica desde a
superfície, ao mesmo tempo em
que realizam mecanicamente a
escavação. Esta contenção pode
ser retirada simultaneamente à
concretagem.
TUBULÕES COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS

A CÉU ABERTO
TUBULÕES COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS

A CÉU ABERTO
TUBULÕES COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS

A CÉU ABERTO
TUBULÕES

AR COMPRIMIDO

Também indicados para obras que


apresentam cargas elevadas, como
pontes e viadutos.
Os tubulões a ar comprimido são executados
abaixo do lençol freático, utilizando-se
equipamentos que equilibram a pressão interna
com a da água, de modo que ele “expulsa” – inibi
– a entrada de água no ambiente de trabalho.

Eles são pouco empregados no mundo todo, visto os


riscos e custos envolvidos, notando-se uma queda
crescente no Brasil.
TUBULÕES

AR COMPRIMIDO

Clássico

Esse tipo emprega o uso de


uma camisa (ou anéis) de
concreto e é inteiramente
realizado sob pressão.
É utilizada a campânula
sobre o fuste, que aumenta e
mantém o ar comprimido
durante as escavações
manuais. Os anéis de
concreto tem diâmetro
externo igual ao do fuste e
se movem verticalmente por
peso próprio.
TUBULÕES

AR COMPRIMIDO
Tipo Benotto

Esse tipo emprega o uso de


uma camisa de aço e a
cravação da mesma é realizada
com auxilio de equipamento,
por meio de movimentos
rotatórios e percussão, ao
mesmo tempo em que é
realizada a escavação.
A princípio, a escavação do
fuste é realizada a céu aberto.
Identificado o nível do lençol
freático, o processo de
escavação e de concretagem é
realizado com auxílio de ar
comprimido.
TUBULÕES

AR COMPRIMIDO

Esquema geral para um


tubulão a ar comprimido
TUBULÕES COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS

AR COMPRIMIDO
TUBULÕES COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS

AR COMPRIMIDO
TUBULÕES

SOBRE ROCHAS

Ao se considerar a execução
de um tubulão sobre rocha, é
importantíssimo estudar a
relação das cargas entre a
fundação e a rocha, uma vez
que é muito difícil prever
como a rocha irá se
comportar.
Se a rocha está inclinada, ela
recebe um devido tratamento
para evitar o deslizamento da
base do tubulão, que pode
ser por escalonamento ou
por chumbamento.
TUBULÕES

VANTAGENS
Os custos de mobilização e
de desmobilização são
menores que os de bate-
estacas e outros
equipamentos;

As vibrações e ruídos
provenientes do processo
construtivo são de baixa
intensidade, praticamente
inexistentes;

Pode-se identificar o solo


retirado durante a
escavação e compará-lo às
condições do subsolo
previstas no projeto;
TUBULÕES

VANTAGENS O diâmetro e o comprimento


do tubulão podem ser
modificados durante a
escavação para compensar
condições de solo
diferentes das previstas;

As escavações podem
atravessar solos com
pedras e matacões, sendo
possível penetrar em vários
tipos de materiais, inclusive
em rochas;

É possível apoiar cada pilar


em um único fuste, em lugar
de apoiar em diversas
estacas.
TUBULÕES
Grau de periculosidade
DESVANTAGENS elevado para o trabalhador,
uma vez que pode haver
desmoronamentos durante a
escavação (provenientes de
erros na execução),
envenenamento do ar por
lençol freático contaminado,
riscos com descompressão
acelerada que podem levar
desde a paralisia até a morte
do trabalhador por embolia.

Sua execução deve ser


acompanhada com muito
rigor para evitar acidentes
que podem ser fatais,
incluindo a necessidade de
equipamentos e de mão-de-
obra especializada.
TUBULÕES
Limitações: o tubulão a céu
DESVANTAGENS aberto pode ser limitado em
função do lençol freático,
caso não seja possível
esgotar a água; o tubulão a
ar comprimido é limitado em
34 metros abaixo no nível de
lençol freático, por questão
da compressão e os riscos
que ela proporciona.
TUBULÕES

DIMENSIONAMENTO
Peso próprio compensado
pelo atrito lateral ao longo
do fuste.

Base apoiada em SPT ≥ 20

Ø fuste ≥ 0,70 m

h≤2m

i = 0,20 m
TUBULÕES

DIMENSIONAMENTO
Em todas as fases da obra deverá ser observado o que dispõe as Normas
Regulamentadoras da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e suas alterações
bem como as Normas Técnicas Nacionais (ABNT) e na ausência as Normas
Internacionais
Todas as atividades deverão ser previamente planejadas, levando em conta o que
determina:
-NBR 6122/2010- que trata de Projeto e execuções de fundações que em seu anexo J
– trata dos procedimentos de execução de tubulões a céu aberto e no anexo K – trata
dos procedimentos executivos dos tubulões a ar comprimido. Nos dois anexos, no
que diz respeito ao concreto, ele deve atender as seguintes exigências: consumo de
cimento não pode ser inferior a 300 kg/m³ e o fck≥20 Mpa aos 28 dias, entre outras
exigências.

TUBULÕES

SEGURANÇA NO TRABALHO
TUBULÕES

SEGURANÇA NO TRABALHO

NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
§ item 18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rocha;
§ Item 18.14 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas;
§ Item 18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas;
§ NBR 9061/85 – Segurança de Escavação a Céu Aberto;
§ Recomendações Técnicas de Procedimento – Escavações, Fundações
e. Desmonte de Rochas (FUNDACENTRO).
Nas escavações com equipamentos atender o que dispões a Norma
Regulamentadora n° 12 – Segurança do Trabalho em Máquinas e
Equipamentos.
- Os escoramentos dever ser verificados diariamente e inspecionados
periodicamente.
- Quando da utilização de escoramentos de madeira ou quando da
existência de gases inflamáveis, devem ser tomadas precauções
especiais contra incêndio.
- A escavação deverá ter sinalização de advertência, inclusive noturna, e
barreira de isolamento em todo o seu perímetro.
TUBULÕES COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS

SEGURANÇA NO TRABALHO

*QUADRO III

TABELAS DE DESCOMPRESSÃO
TUBULÕES

SEGURANÇA NO TRABALHO
Conclusão

NOTAS:
(*) A descompressão, tanto para o 1º estágio quanto entre os estágios
subsequentes, deverá ser feita à velocidade não-superior a 0,4
kgf/cm2/minuto;
(**) não está incluído o tempo entre estágio;
(***) para os valores-limite de pressão de trabalho use a maior
descompressão.

16
TUBULÕES

SEGURANÇA NO TRABALHO
Conclusão

16
TUBULÕES

SEGURANÇA NO
TRABALHO
Descida em tubulão com
cadeirinha e cinto 4 pontos
com trava quedas.

Descida em tubulão com


camisa de croncreto.
TUBULÕES

SEGURANÇA NO
TRABALHO
Com equipe de medicina
hiperbárica (UHE Simplício
Chiador BH).

Tubulões 3ª ponte do Lago


Paranoá DF.
TUBULÕES

SEGURANÇA NO
TRABALHO
Colocação do cinto
paraquedista.

Colocação do dispositivo
trava queda.
TUBULÕES

SEGURANÇA NO
TRABALHO
Detalhe da fixação do cinto
de segurança ao dispositivo
trava queda.

Vista externa da campânula.


TUBULÕES

SEGURANÇA NO
TRABALHO
Vista do interior, na base do
tubulão.

Vista do escoramento da
camisa de concreto.
TUBULÕES

SEGURANÇA NO
TRABALHO
Funcionário descendo pelo
balde de terrra da
campânula...

Base de um tubulão a ar
comprimido aberto em
alteração de rocha-basalto.
TUBULÕES COMPARATIVO ENTRE SISTEMAS CONTRUTIVOS

SEGURANÇA NO TRABALHO

Dois operários caíram dentro de um tubulão em uma obra no Bairro


Luxemburgo, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com o
Corpo de Bombeiros, os homens caíram no buraco de aproximadamente
15 metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro durante o
trabalho na Rua Júlia Nunes Guerra. Publicação: 05/06/2012 09:47
TUBULÕES

SEGURANÇA NO TRABALHO

O acidente aconteceu na manhã desta terça-feira e mobilizou os


militares no resgate às vítimas. De acordo com os bombeiros, apesar do
susto, os homens foram retirados com segurança e apresentaram apenas
escoriações. Eles foram encaminhados para o hospital pelo Serviço Móvel
de Atendimento de Urgência (Samu).
TUBULÕES

VISITA
TUBULÕES

Conclusão
VISITA

16
TUBULÕES

Conclusão
VISITA

16
TUBULÕES

Conclusão
VISITA

16
TUBULÕES

Conclusão
VISITA

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BIBLIOGRAFIA

LIVROS E SITES

HACHICH, Waldemar et al. Fundações: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Pini, 1998

MARANGON, Prof. M. Geotecnia de Fundações. Disponível em:


http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/GF05-Funda%C3%A7%C3%B5es-Profundas-
Estacas-Sem-Desloc.pdf. Acesso em 05 de novembro, 2014.

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE


ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. Fundações. Disponível em:
http://www.essel.com.br/cursos/biblioteca_tecnica/civil/Tipos%20de%20fundacoes.pdf.
Acesso em 05 de novembro, 2014

Fundações. Disponível em: http://www.npc.ufsc.br/gda/humberto/I02.pdf. Acesso em 02


de novembro, 2014.
Diego Oliveira
José Tadeu
Michael Matos
Rafael Vieira
Vinicius Henrique
Vitor Viana

NOVEMBRO/2014
Edifícios - Noturno

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