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GUIAS ALIMENTARES

Profa. Luiza Antoniazzi Gomes de Gouveia


Profa. Christina Montuori
Fonte: Ministério da Saúde
Coordenação- Geral de Alimentação e Nutrição

O Guia Alimentar para a População


Brasileira

Promovendo a Alimentação Saudável


1ª Edição – 2006
2ª Edição - 2014
Guia Alimentar para a População Brasileira
2014
 2º guia alimentar oficial para população brasileira
(2014) – Substitui o Guia Alimentar de 2006.

 Conjunto de informações e recomendações:


promover a saúde de pessoas, famílias e
comunidades e da sociedade brasileira como um todo
(hoje e no futuro).

Recomendação da OMS: atualizar periodicamente as


recomendações sobre alimentação adequada e
saudável (a partir de 2011 - Ministério da Saúde -
processo de elaboração de uma nova edição do Guia).
Um novo olhar
Conceito de Alimentação Adequada e Saudável

• Deve estar de acordo com as necessidades de cada


fase do curso de vida e com as necessidades
alimentares especiais;
• Referenciada pela cultura alimentar;
• Acessível do ponto de vista físico e financeiro;
• Harmônica em quantidade e qualidade;
• Baseada em práticas produtivas adequadas e
sustentáveis;
• Quantidades mínimas de contaminantes físicos,
químicos e biológicos.
Grandes Eixos
Estrutura do Guia - 2014
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 1: Princípios

a) Alimentação é mais que ingestão de nutrientes:


• alimentos que contêm e fornecem os nutrientes;
• como os alimentos são combinados entre si e preparados;
• modo de comer e às dimensões culturais e sociais das
práticas alimentares.

Alimentos específicos, preparações


culinárias (combinação e preparo
desses alimentos) e modos de
comer: parte importante da cultura de
uma sociedade (forte relação com
pertencimento social, sensação de
autonomia, prazer pela alimentação,
estado de bem-estar).
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 1: Princípios

b) Recomendações sobre alimentação devem estar em


sintonia com seu tempo:
• padrões alimentares: rápidas mudanças (em especial
para os países emergentes);
• as principais mudanças -> substituição de alimentos
in natura ou minimamente processados e preparações
culinárias à base desses alimentos por produtos
industrializados prontos para consumo.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 1: Princípios

c) Alimentação adequada e saudável tem origem em um


sistema alimentar socialmente e ambientalmente
sustentável:
Recomendações sobre alimentação devem levar em conta
o impacto das formas de produção e distribuição dos
alimentos e a integridade no ambiente.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 1: Princípios

d) Diferentes saberes (experimentais, clínicos,


populacionais, antropológicos) geram o conhecimento
para a formulação de guias alimentares;
e) Guias alimentares ampliam a autonomia nas
escolhas alimentares (ACESSO A INFORMAÇÕES
CONFIÁVEIS)!
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.
• Na Classificação NOVA os alimentos são
categorizados em 04 grupos:
– in natura ou minimamente processados;
– óleos – gorduras – sal – açúcar: extraídos de
alimentos in natura ou diretamente da natureza
(temperar e cozinhar alimentos e criar
preparações culinárias);
– Processados;
– Ultraprocessados.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.
• Alimentos in natura - obtidos diretamente de plantas
ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite).
Consumo sem sofrer qualquer alteração após
deixarem a natureza.
• Alimentos minimamente processados - alimentos in
natura foram submetidos a alterações mínimas
(antes da aquisição). Ex.: grãos secos, polidos e
empacotados ou moídos na forma de farinhas
(massas com farinha e água), raízes e tubérculos
lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e
leite pasteurizado (leite fermentado na forma de
iogurtes e coalhadas).
Legumes, verduras, frutas, batata, mandioca e outras raízes e
tubérculos in natura ou embalados, fracionados, refrigerados ou
congelados;
Arroz branco, integral ou parboilizado, a granel ou embalado; milho em
grão ou na espiga, grãos de trigo e de outros cereais; feijão de todas
as cores, lentilhas, grão de bico e outras leguminosas; cogumelos
frescos ou secos;
frutas secas, sucos de frutas e sucos de frutas pasteurizados e sem
adição de açúcar ou outras substâncias;

castanhas, nozes, amendoim e outras oleaginosas sem sal ou açúcar;


cravo, canela, especiarias em geral e ervas frescas ou secas;

farinhas de mandioca, de milho ou de trigo e macarrão ou massas


frescas ou secas feitas com essas farinhas e água;

carnes de gado, de porco e de aves e pescados frescos, resfriados ou


congelados;

leite pasteurizado, ultrapasteurizado (‘longa vida’) ou em pó, iogurte


(sem adição de açúcar); ovos; chá, café, e água potável.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.
• Alimentos extraídos (de alimentos in natura) ou
diretamente da natureza
• Utilizar em quantidades pequenas para temperar e
cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
• Contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a
alimentação sem que fique nutricionalmente
desbalanceada

Exemplos: óleos (soja, milho, girassol, oliva),


gorduras (manteiga, banha de porco, gordura de
coco), açúcar (de mesa branco, demerara ou
mascavo) e sal (refinado ou grosso).
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.
• Alimentos processados – fabricados essencialmente
com a adição de sal e açúcar a um alimento in natura
ou minimamente processado. Alteram
desfavoravelmente a composição nutricional dos
alimentos dos quais derivam.

Exemplos: legumes em conserva, frutas em caldas,


produtos enlatados, queijos e pães.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.
• Alimentos processados – frequentemente consumidos
como ingredientes de preparações culinárias, como
no caso do queijo adicionado ao macarrão e das carnes
salgadas adicionadas ao feijão, ou como pães e peixes
enlatados compondo refeições baseadas em alimentos
in natura ou minimamente processados.

Porém: sós ou em combinação com outros alimentos


processados ou ultraprocessados substituindo
alimentos in natura e minimamente processados (não
são recomendados por este guia)
Alimentos processados

Cenoura, pepino, ervilhas, palmito, cebola,


couve-flor preservados em salmoura ou
em solução de sal e vinagre; extrato ou
concentrados de tomate (com sal e ou
açúcar); frutas em calda e frutas
cristalizadas; carne seca e toucinho;
sardinha e atum enlatados; queijos; e pães
feitos de farinha de trigo, leveduras, água
e sal.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.
• Alimentos ultraprocessados – fabricados por
diversas etapas e técnicas de processamento e
vários ingredientes, muitos deles de uso
exclusivamente industrial.
• São alimentos nutricionalmente desbalanceados
(alta densidade energética, rico em açúcar, em
gordura, em sal, pobre em fibras, etc.).
• As formas de produção, distribuição,
comercialização e consumo afetam de modo
desfavorável a cultura, a vida social e o meio
ambiente.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.

Principais Exemplos: refrigerantes, biscoitos


recheados, “salgadinhos de pacote”, “macarrão
instantâneo, etc.
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.

1) Alimentos in natura ou minimamente processados –


deve ser a BASE DA ALIMENTAÇÃO (sem agregação
de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras
substâncias).
2) Alimentos usados para temperar e nas preparações
culinárias – devem ser usados em PEQUENAS
QUANTIDADES (contribuem para diversificar e
tornar mais saborosa a alimentação).
3) Alimentos processados – LIMITAR o uso,
consumindo-os em pequenas quantidades (como
ingredientes das preparações ou acompanhamento
de refeições baseadas nos alimentos in natura ou
minimamente processados).
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 2: Recomendações gerais sobre a escolha
de alimentos.
4) Alimentos ultraprocessados – EVITAR o consumo,
pois são nutricionalmente desbalanceados. Tendência
de consumo em excesso e substituição dos alimentos
in natura ou minimamente processados (devido
formulação e apresentação).
Partes do Guia - 2014
ATENÇÃO:

Entre os alimentos processados e


ultraprocessados, os que mais fornecem
calorias são: pães e sanduíches, bolos
industriais, biscoitos doces e guloseimas em
geral, refrigerantes, “salgadinhos de pacote”,
bebidas lácteas, salsichas e outros embutidos e
queijo.
REGRA DE OURO:

Prefira sempre
alimentos in natura
ou minimamente
processados e
preparações
culinárias a
alimentos
ultraprocessados.
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 3: Combinação de alimentos na forma de
refeições.
Orientações específicas para a população saber
combinar os alimentos, nas suas principais refeições
(café da manhã, almoço, jantar e pequenas refeições –
lanches intermediários).

 Capítulo 4: Ato de comer e a comensalidade.


Aspectos importantes e influenciadores do prazer
proporcionado pela alimentação (comer com
regularidade e atenção, em ambientes apropriados e
em companhia). Convivência (família, amigos –
interação social).
Café da Manhã
Almoço
Almoço
Jantar
Jantar
Pequenas refeições
Partes do Guia - 2014
 Capítulo 5: Obstáculos para a adesão às
recomendações deste guia.
• Informação: em abundância, mas poucas são
confiáveis;
• Oferta: alimentos ultraprocessados têm apelo da
propaganda, dos descontos e das promoções.
• Custo: uma análise mais apurada – relação custo X
benefício (ultraprocessados X in natura ou
minimamente processados).;
• Habilidades culinárias: devemos fortalecê-las;
• Tempo: organize-o;
• Publicidade: Fique atento!
Dez passos para a alimentação
saudável (2014)
1) Fazer de alimentos in natura ou
minimamente processados a base da
alimentação.

2) Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em


pequenas quantidades ao temperar e
cozinhar alimentos e criar preparações
culinárias.

3) Limitar o consumo de alimentos


processados.

4) Evitar o consumo de alimentos


ultraprocessados.
5) Comer com regularidade e atenção, em
ambientes apropriados e, sempre que
possível, com companhia.

6) Fazer compras em locais que ofertem


variedades de alimentos in natura ou
minimamente processados.

7) Desenvolver, exercitar e partilhar


habilidades culinárias.

8) Planejar o uso do tempo para dar à


alimentação o espaço que ela merece.
9) Dar preferência, quando fora de casa, a
locais que servem refeições feitas na hora.

10) Ser crítico quanto a informações,


orientações e mensagens sobre alimentação
veiculadas em propagandas comerciais.

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