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Método du nouy

Para medir directamente a tensão interfacial usando uma microbalança, é necessário colocar
um prato, um anel, uma vara ou outra sonda, com forma simples, em contacto com a
interface. Se a sonda for completamente molhada por um dos fluidos, este fluido irá aderir à
sonda e subir como resultado da força capilar, aumentando a área interfacial e conduzindo a
uma força que tende a puxar a sonda em direcção ao plano da interface. Esta força de
restauração está directamente relacionada com a tensão interfacial e pode ser medida por
uma microbalança. A força (𝐹) que actua ao longo da linha de contacto da terceira fase é
exactamente igual ao peso do pé de menisco líquido acima do plano da interface. Esta força,
medida pela microbalança, é usada para calcular a tensão interfacial. o aparelho opera no
modo de desprendimento, a tensão interfacial é medida através da medição da força
necessária para separar o anel ou a placa do contacto com a interface.

Método Gota pendante

As técnicas de análise da forma de interfaces curvas é particularmente atraente para os


investigadores, porque não requerem instrumentação muito avançada. A configuração
experimental apenas exige uma câmara com lente de baixa ampliação, para registar a forma
da gota. A tensão interfacial pode ser facilmente calculada a partir das dimensões de uma gota
pendente, gota séssil, ou menisco líquido retiradas da imagem fotográfica, e usando soluções
numéricas para a resolução das equações características de cada técnica.

Os Instrumentos modernos usam um software para a análise de imagens, cujo papel é o de


igualar o perfil gota inteira, o que se traduz num melhor ajuste da curva teórica que descreve a
forma da gota. Estes avanços melhoraram significativamente a precisão das técnicas e
reduziram o tempo de medição, proporcionando também uma oportunidade para a análise do
processo de envelhecimento da interface.

Gota giratória

Os grupos apresentados até então são denominados de métodos clássicos de medição da


tensão interfacial. Quando se trata de medir tensões interfaciais ultra-baixas e de partículas
extremamente pequenas, estes métodos não são muito precisos. Este grupo caracteriza-se por
ser composto por métodos mais precisos. Para a medição de tensões interfaciais muito baixas
(na ordem dos 10-6 mN/m), o método mais adequado é o método da gota giratória, enquanto
para medir a tensão interfacial de gotas de diâmetro da ordem dos micrómetros, a técnica
mais aconselhada é a da micropipeta. O método da gota giratória baseia-se no facto da
aceleração gravitacional ter pouca influência sobre a forma de uma gota de um líquido em
suspensão noutro líquido, quando estes se encontram no interior de um tubo horizontal que
gira em torno do seu eixo longitudinal. Para velocidades de rotação baixas (), a gota de
líquido assume uma forma elipsoidal. Enquanto para velocidades suficientemente grandes, a
gota adopta a forma de um cilíndrico, e a tensão interfacial pode ser calculada a partir do raio
(𝑟), da diferença de densidades entre os líquidos no interior do tubo e da velocidade de
rotação. No método da micropipeta, a tensão interfacial pode ser calculada de duas formas.
Na primeira técnica (técnica convencional), a gota é capturada na ponta de uma micropipeta
de vidro e, em seguida, sugada para o seu interior (Figura 2.10a). A tensão interfacial é
calculada a partir da diferença de pressão mínima necessária para sugar a gota. No entanto,
esta técnica é limitada quando a gota não adere bem à superfície da micropipeta, pois é
necessária uma diferença de pressão elevada. É para evitar esta limitação que surge a segunda
técnica, onde se utilizam duas micropipetas, com uma força de separação entre elas para
deformar a gota (Figura 2.10b). Nesta técnica, a tensão interfacial é determinada a partir da
relação entre a força de separação das pipetas e a deformação da gota.

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