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ENTENDA O SEU MATERIAL
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O SER HUMANO NASCEU PARA SER
FERMENTO NA TERRA
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plesmente pô-las para correr. O melhor conselho é: reze
por essas pessoas e esteja disponível para elas. Você só
não vai estar mais disponível para elas no mesmo am-
biente no qual você se encontrava antes.
Além disso, é preciso entender que uma mudança
no círculo de amizades também faz parte da vida. A al-
gumas amizades estamos vinculados por laços de san-
gue, como estamos vinculados aos nossos pais, nossos
irmãos etc. Essas são para sempre. A outras amizades
estamos vinculados por uma apropriação infantil, por
conservarmos algumas memórias que vivenciamos jun-
tos numa certa fase da vida. Essas são muito transitórias,
e é quase como dizer que não é amizade coisa nenhu-
ma, pois um amigo serve para lembrar daquilo de bom
que você tem e você esqueceu. Esse tipo de amizade é
estabelecido por vínculos mais fortes, que são os valo-
res em comum: somos amigos porque acreditamos em
coisas semelhantes, temos projetos e ambições seme-
lhantes, enfim, temos uma visão de vida compartilhada.
As amizades mesmo são as feitas na vida adulta,
embora muitos pensem que as amizades verdadeiras
são as de infância. Acontece que, se você amadureceu, o
mais provável é que as suas amizades sejam as da vida
adulta, e não as de infância. As amizades da criança
não são fundamentadas em valores firmes, mas numa
série de experiências, que vão ser substituídas por ou-
tras, fazendo com que cada um vá para o seu canto.
Eu não me refiro aqui apenas às amizades, mas a
todas as pessoas com as quais convivemos. Um estu-
dante, na universidade, terá de conviver com muitos
colegas de classe, os quais não chegará a chamar de
amigos. Não podemos tratar essas pessoas com des-
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prezo e distância. Ao contrário, as olharemos com amor,
pois talvez possamos dar para essa pessoa um pouco de
esperança, levantar o seu olhar, que pode estar caído por
uma desesperança. Isso é uma alma apostólica no sentido
mais profundo do termo. Uma alma apostólica é olhar para
as pessoas e querer devolver-lhes um pouco da esperan-
ça que foi ou está sendo perdida, independentemente de
quem estiver cruzando o nosso caminho.
Nós não convivemos apenas com as nossas amizades,
essas que escolhemos e vamos cultivando, existe todo um
ambiente que precisamos influenciar positivamente com a
nossa esperança e alegria, com a nossa visão otimista da
vida. Não podemos adotar uma visão sectária, de se fechar
num gueto. Não se trata de “nós contra eles”, mas de “nós
para eles”. Esta é a nossa visão — ser o fermento na massa,
o sal na terra, a luz no mundo. O símbolo do Cristianismo
é uma cruz, que também é um sinal de mais. E o mais é
soma, não é divisão ou subtração. Devemos sempre ter na
nossa cabeça a seguinte idéia: estamos neste mundo para
somar. Precisamos doar o nosso coração com uma grande
esperança e alegria para os outros e fazer com que a espe-
rança renasça em seu peito.