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EQUIPE

EDITOR CHEFE SUPORTE


Arno Alcântara Alessandra Figueiredo Pelegati
Márcia Corrêa de Oliveira
REDAÇÃO E CONCEPÇÃO Rayana Mayolino
Marcela Saint Martin Douglas Pelegati
Marra Signorelli
Raíssa Prioste FINANCEIRO
William Rossatto
REVISÃO Joline Pupim
Cristina Alcântara Douglas Pelegati

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO COORDENAÇÃO DE PROJETOS


Matheus Bazzo Arno Alcântara
Italo Marsili
DESIGN E DIAGRAMAÇÃO Matheus Bazzo
Jonatas Olimpio
Vicente Pessôa O CARA QUE NUNCA DORME
Weverson Ramos Douglas Pelegati

ILUSTRAÇÃO DA CAPA
André Martins

TRANSCRITORES
Edilson Gomes da Silva Jr
Rafael Muzzulon

Material exclusivo para assinantes do Guerrilha Way.

Transcrição das lives realizadas no Instagram do Dr. Italo Marsili.


2
ENTENDA O
SEU MATERIAL
1. O Caderno de Ativação ajudará você a incorporar
e a colocar em prática o conteúdo de uma das
fabulosas lives. É um material para FAZER.

2. No LIVES você encontrará transcrições, resumos


e uma visão geral das lives selecionadas para a
semana. É um material para se CONSULTAR.

3. Se quiser imprimir, utilize a versão PB, mais


econômica.

4. Imprima e pendure o seu PENDURE ISTO.

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A SEMANA NUMA TACADA SÓ _______________ 5

O PONTO CENTRAL _______________________ 6

CONTRA O MEDO, O TÉDIO E A REVOLTA:


A CONFISSÃO __________________________________ 11

ALIMENTAÇÃO É SAÚDE PSÍQUICA:


#HOJEOANJOCHOROU ________________________ 24

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A SEMANA
NUMA TACADA SÓ
LIVE #117
CONTRA O MEDO, O TÉDIO E A REVOLTA:
A CONFISSÃO
A confissão, como narrativa da lesão do nosso desejo
de infinito, e a humilde aceitação do perdão divino
são as armas de que dispomos para enfrentar os três
inimigos da alma — o mundo, o diabo e a carne — e
romper o ciclo de medo, tédio e revolta.

LIVE #118
ALIMENTAÇÃO É SAÚDE PSÍQUICA:
#HOJEOANJOCHOROU
A quarentena não é uma desculpa para que você
saia comendo besteira. Os picos de insulina pelo ex-
cesso de carboidrato afetarão seu humor e disposi-
ção. Admita seus deslizes e retome o controle sobre
o que você põe para dentro do corpo!

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O PONTO CENTRAL
R E S U M O D A S E M A N A

LIVE #117
CONTRA O MEDO, O TÉDIO E A REVOLTA:
A CONFISSÃO
Existem alguns inimigos da nossa alma, já identifica-
dos pela tradição: o mundo, o diabo e a carne. (Não
entenda alma como uma coisa religiosa, mas como
aquilo que há de profundo, sólido e consistente no
homem.) Esses inimigos da alma atacam o nosso de-
sejo de infinito, de que as coisas durem.

O “mundo” são aquelas forças, elementos ou entes


que nos fazem entristecer e perder o nosso centro;
que fazem com que percamos a visão do infinito e
nos apeguemos à finitude. A carne é o império das
coisas imediatas. Ela faz com que fiquemos presos,
olhando apenas para nossa saúde e bem estar. O
diabo é o acusador: é aquele que coloca idéias erra-
das na sua cabeça, leva você a fazer coisas que vio-
lam seus valores e crença, e depois o acusa, só para
envergonhá-lo.

Todo ser humano tem dentro de si um tipo de sen-


tido de infinito, mas, por causa desses inimigos da
alma, o perdemos. Para o recuperarmos, precisamos
buscar a redenção, o arrependimento que, verdadei-
ro, só existe diante de Deus. Ninguém tem a capaci-
dade de se autoperdoar; o que temos é a capacidade
de aquiescer, aceitar e amar aquele perdão que vem
de Deus.

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O movimento para a redenção é confessar claramen-
te as coisas que você guarda remordidamente (com
remorso) dentro de si. Quando nos confessamos
diante do Deus, estamos confessando diante do Infi-
nito. Deus já está restaurando em nós o senso do infi-
nito e livrando-nos do amargor. Aceitar esse perdão,
que é o restabelecimento do infinito em nós, traz
duas consequências: a felicidade e o desejo habitual
de não mais ser o sujeito que lesa o infinito.

Então, a partir de hoje temos de pegar esses pontos,


esses territórios de nossa história, e colocá-los in-
teiramente diante daquele Sujeito que pode ressig-
nificá-los com amor. Ele guardará dentro Dele, com
amor, nossos atos, palavras, ações e omissões, e nos
devolverá essa história transformada dentro do Seu
seio. Sendo assim, a confissão é a única arma do ho-
mem contra o mundo, o diabo e a carne.

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LIVE #118
ALIMENTAÇÃO É SAÚDE PSÍQUICA:
#HOJEOANJOCHOROU
Ultimamente, a maioria das pessoas, devido à ansie-
dade vivenciada no confinamento da quarentena,
tem extrapolado na alimentação. Com a moral baixa,
as besteiras começam a assumir aos poucos o lugar
na rotina alimentar em detrimento de uma nutrição
adequada.

Mudar padrões alimentares, comer excessivamente


açúcares e carboidratos, sempre com uma desculpa
para fazê-lo, é uma ilustração do quanto a saúde psí-
quica está abalada. Essa contaminação é extrema-
mente prejudicial e vai contra o caminhar saudável
do eixo intestino-cérebro, afetando o humor, a aten-
ção, a disposição, a energia e, consequentemente, o
relacionamento com os que estão ao seu redor.

Mesmo se você não pode sair de casa, deve comer


bem. Como fazer então para reposicionar seus hábi-
tos quanto à comida nesse momento de enclausura-
mento?
Denuncie-se sem peso na consciência e sem tristeza.
Fotografe o que escolheu para comer, não importa
se a comida escolhida não merece o nome de comi-
da. Se você escolheu comer uma besteira, marque o
Dr. Italo com a #HojeoAnjoChorou – pense num anjo
chorando ao presenciar cada tranqueira sendo inge-
rida por você.

Caso tenha optado por uma comida exemplar, faça o


mesmo, mas com a #AlegrianoCéu. Lembre-se: con-
tigo estão muitos outros com comportamento igual-
mente aloprado – e todos baterão fotos diante da
comida também. Por isso, não tenha vergonha! Com

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essa benéfica exposição mútua, conseguimos nos
unir em prol da saúde psíquica e física, diminuindo,
assim, a ansiedade. Aproveite também para comer
sentado com a família — será uma ótima oportunida-
de de iluminar sua mesa com alegria. Com esses no-
vos movimentos, daremos um passo rumo à melhora.

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LIVE #117

CONTRA O MEDO, O TÉDIO E


A REVOLTA: A CONFISSÃO
Todo mundo já está acostumado com a quarentena
ou ainda é cedo para dizer isso? No meio da exalta-
ção, da euforia que esses dois últimos dias causaram
em algumas pessoas, decidi falar um pouco sobre isso
para que possamos encontrar um centro nosso, calmo
e forte, desde onde possamos agir de um modo mais
adequado. Vocês estão reclamando de tédio, que os
dias estão demorando a passar. Isso é aquilo que eu
tinha avisado a vocês no primeiro dia de quarentena:
existe um ciclo psicológico que se sucede ao medo.

É sobre isto que vamos falar hoje: existem alguns ini-


migos da nossa alma. Não entenda alma como uma
coisa religiosa, mas como aquilo que existe de profun-
do, sólido e consistente no homem. Algumas pessoas
já estão começando a entrar neste ciclo de medo, té-
dio e revolta.

Algumas pessoas se revoltaram, por exemplo, contra


o último discurso do presidente. Isso pode ser justifi-
cado de vários modos, mas deixe-me lhe dizer: o tédio
começa a gerar um movimento de revolta. Isso acon-
tece. O tédio leva à revolta porque o homem não foi
feito para ficar nesse estado de amargor na boca.

Eu queria fazer uma pequena meditação e preciso que


você esteja aberto para isso. Gostaria de falar sobre os
inimigos da nossa alma. E, para tal, preciso que você
entre nessa questão de um modo mais profundo. Eu
gostaria de meditar para entendermos os motivos da

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nossa irritação, da desesperança, da falta de força,
energia, das nossas mesquinharias.

Eu falei do ciclo psicológico de medo, tédio e revolta.


Não o explorei ainda; só o enunciei, mas parece que
só enunciar basta. Você sabe mais ou menos o que é
o medo, o tédio e a revolta que miseravelmente todo
mundo experimenta dentro de si. E eu preciso de sua
calma quando for enunciá-los; tente ouvir o que eu
vou falar e identificá-los dentro de você.

A tradição deu três nomes aos inimigos da nossa alma:


o mundo, o diabo e a carne. Mesmo que você ache
que isso é “old fashion” e antigo, ouça a descrição da
coisa e veja se não é isso aí mesmo que está presente
dentro de nós.

O que é o mundo? São aquelas forças, elementos ou


entes que nos fazem entristecer e perder o nosso cen-
tro; que fazem com que percamos a visão do infinito e
nos apeguemos à finitude.

O ser humano, independentemente de sua história,


idade, ângulo de crença e inteligência, foi feito para
ter sempre os olhos postos no infinito. O infinito, no
fundo, é o desejo de todo homem, o desejo de durar,
de as coisas terem sentido. Quando nos submetemos
a uma rotina diária de exercícios e atividades físicas,
quando queremos ficar bonitos, ágeis, saudáveis e
com barriga de tanquinho, pode existir um elemento
de futilidade, mas se você for parar para pensar, isso
é — na verdade — um desejo de duração.

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Você quer durar mais! É um desejo de infinito, de que
você seja aquilo para o qual foi criado. Todo ser hu-
mano tem dentro de si um tipo de senso, de sentido;
é como se, para além dos cinco sentidos (olfato, pa-
ladar, tato, audição e visão), que fazem com que nós
operemos no mundo, o homem tivesse um sentido de
infinito, de infinitude. Vou empregar um termo impró-
prio aqui: é como se tivéssemos um faro do infinito.

Tudo quanto aparece para nós, aparece como uma


forma, um sabor, uma cor e uma duração — o infini-
to. Quando comemos uma torta de limão, uma coisa
que apetece aos sentidos, há um outro sentido, além
do paladar, olfato e visão, que pega aquela torta e faz
com que desejemos que aquela experiência dure para
sempre. É como se tivéssemos um outro sentido, o sen-
tido do infinito. Quando beijamos com intensidade a
boca de alguém que amamos, o que pretendemos ali?
Queremos que aquilo dure.

E por que o mundo, o diabo e a carne são os inimigos


da alma? É como se algo pesasse sobre esse sentido
que deseja o infinito de cada coisa. Assim como a ca-
tarata pesa sobre a visão, tirando a sua translucidez, e
as lesões auditivas pesam sobre a audição, e a sujeira
pesa sobre o tato, fazendo-o não distinguir a suavida-
de, a sensibilidade, a maciez e a aspereza das coisas,
pesam, sobre o sentido de infinito, três cataratas ou
máculas: o mundo, o diabo e a carne. E por que o mun-
do, o diabo e carne são os inimigos da nossa alma?
Porque eles fazem com que nós nos confundamos, nos
entristeçamos, esmoreçamos e percamos a esperança.

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O homem e a mulher têm medo de acabar; de que suas
ações sejam superficiais e idiotas; de que tudo seja
uma grande piada sem sentido. No fundo de todos
os nossos medos, existe este movimento de não du-
ração de finitude. Aterrorizamo-nos diante da notícia,
ou da ilusão, de que tudo acaba, de que as coisas não
duram, de que um amor, uma boa sensação, um cor-
po saudável, o dinheiro não duram. É claro que existe
um terror existencial mil vezes mais profundo: o ter-
ror de que você não dure (não só o seu dinheiro, seu
abdômen definido, sua saúde, as boas sensações de
abraçar seu filho, de beijar a boca de quem você ama,
de experimentar as delícias da vida). Temos medo de
que essas coisas não durem e isso nos aflige. Quando
o senso de infinito é lesado, ficamos apavorados.

E é isso precisamente que tem acontecido nesses dias.


O senso de infinito das pessoas foi posto de quatro, de
joelhos, lesado por uma notícia. Essa notícia do vírus é
um excesso de carne. Que é a carne como inimigo do
senso de infinito do homem? A carne é o império das
coisas imediatas. Quando recebemos muitas informa-
ções físicas, é como se voltássemos os nossos olhos
só à nossa carne, ao nosso corpo — por assim dizer.
E eles não têm uma consistência de infinito, porque
eles acabam. Por isso a carne é um dos inimigos da
nossa alma. Quando viramos os nossos olhos para a
carne, ou seja, quando o nosso desejo de durar está
na carne, necessariamente vamos nos amedrontar e
nos revoltar no próximo instante.

A revolta precisa estar bem orientada, porque, se não


estiver, afundaremos ainda mais nesse mesmo inimi-
go. O que estou tentando fazer nesses dias é exata-

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mente isto: orientar esse medo, tédio e revolta para
que possamos romper e irmos para cima, e não mais
para baixo; para que esse tempo seja propício para o
amadurecimento e a melhora. A carne, portanto, é o
inimigo da nossa alma que faz com que fiquemos pre-
sos, olhando apenas saúde e bem estar.

O diabo — entenda como você quiser — é o acusador.


Não importa se você diz que não existe diabo, que é
só você mesmo. Isso é só implicância. Não perca seu
tempo falando coisas que todo mundo sabe, que você
acha que são novidades. Todo mundo sabe que você
pode entender o diabo como o Diabo mesmo, aquele
anjo caído que se rebelou contra Deus, e pode tentar
entendê-lo de outro modo, não importa! Todo mundo
sabe disso. O diabo é aquele acusador. É aquele que
coloca idéias erradas na sua cabeça, leva você a fazer
coisas que violam seus valores e crença, e depois o
acusa. Ou seja, ele lhe sopra uma ideia ruim e depois
o acusa de ter feito aquilo, só para envergonhá-lo.

Quantas pessoas hoje não têm um sistema de acusa-


ções na cabeça? Acusam-se de coisas que fizeram —
habitualmente ou pontualmente — e vivem com um
remorso, um remordimento que não é o verdadeiro
arrependimento. Entenda uma coisa: o verdadeiro ar-
rependimento é alegre. Ele é diante de Deus, e não
diante de você mesmo. Só Deus pode perdoar. Não
podemos nos autoperdoar. O autoperdão é uma figu-
ra de linguagem, é sempre insuficiente. “Ah, mas eu
me perdoei.” Entenda: dizendo isso, você acabou de
se assoberbar em nível máximo. Você diz isso como
se fosse o sujeito que fez o Universo e tem a chave de
perdoar e não perdoar as coisas.

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Francamente falando, com um pouco de honestidade:
quem é você para perdoar alguma coisa? Você foi o
sujeito que fez a cagada e ainda se perdoa? É assim
que funciona a vida? Você agora é o bandido, o defen-
sor, o promotor e o juiz? Você é o réu e o tribunal? É
evidente que isso é uma figura de linguagem.

Ninguém tem a capacidade de se autoperdoar; o que


temos é a capacidade de aquiescer, aceitar e amar
aquele perdão que vem de Deus. Então, entenda isto
quando você fala que se perdoou: se você se perdoou,
entre muitas aspas, e encontrou uma paz verdadeira,
você é um sujeito que, graças a Deus, conseguiu pe-
dir perdão diante de Deus e, ao ser perdoado, aceitou
aquele perdão. Veja que maravilha! Esse é o movimen-
to exato que acontece dentro de você, da sua alma!

Algumas pessoas, diante das pequenas barbaridades


cometidas no dia a dia, vão se aconselhar com o dia-
bo. E ele vai sorrir para a sua cara e acusá-lo. Isso é o
bom e velho remorso, que é remorder algo de gosto
amargo — as nossas faltas, os nossos erros têm um
gosto amargo. Quando os mordemos novamente, não
virá um sabor delicioso de mel, mas de fel. Quando os
mordemos e volta um sabor amargo à nossa boca, fa-
zemos careta e nos encolhemos. Encolher-se é perder
o senso de infinito de que o homem precisa para ser
homem. Encolhemo-nos diante da vida e ficamos com
medo de não durar.

É isso que acontece quando nos aconselhamos com


esse inimigo específico da nossa alma, quando ele
toma a dianteira da nossa vida — entenda que aqui não

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há um giro teológico. Isso daqui é concreto — os meus
maus pensamentos, as minhas más ações, as coisas
que eu sei que estão equivocadas, minhas inclinações
esquisitas devem ser avaliadas diante de Deus. Quan-
do nos avaliamos diante do acusador, é óbvio que ele
vai botar na nossa cara: “Olha só esse bichinho colado
na terra e incapaz. Esconda-se, paralise-se! É melhor
alguém paralisado do que alguém que age e faz essas
cagadas que você faz. Fique quietinho. Quando você
resolve fazer algo, olha o que você faz. Quando você
faz algo, você aborta uma criança, trai alguém, briga
com seus filhos, fica pensando só em sensualidade e
nos seus egoísmos. Então pare, paralise-se. Olhe toda
a sua história e veja como você não vale nada. É me-
lhor ficar quieto. Dê a mim sua vida, eu sei o que fa-
zer com ela, você não sabe!” Isso é o eco demoníaco,
a palavra do demônio em nossa cabeça; o verbo do
demônio no nosso espírito e na nossa alma. Se você,
aterrorizado com suas faltas e com seus erros, aconse-
lha-se com o diabo, você irá transferir essa autoridade
de ação para ele.

Aconselhar-se com Deus traz um outro movimento.


Não é um movimento de permissividade, como se Ele
permitisse tudo, batesse palma e gostasse dos seus er-
ros, graves ou não. Ele faz outra coisa: entende e res-
significa. Como sempre se disse: Ele sempre tira um
bem de um mal. O que significa isso?

Imagine que você fez uma cagada monstruosa: traiu


a mulher, abortou uma criança, fez uma coisa terrível,
que vem remoendo há tanto tempo. Quando você se
aconselha com o bom Deus, Ele lhe diz: “Isso daqui é
terrível mesmo, mas eu sou Bom. Estou olhando o seu

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rim e o seu coração; só Eu sondo os rins e os corações.
Estou sondando o seu interior e sei que você tem o de-
sejo de infinito, o desejo de Mim. E é por isso que Eu
vou soprar mais uma vez em sua alma o perdão. Que-
ro você bem disposto a partir de hoje — com ânimo,
com alma, com olhos brilhando, com um coração que
pulsa, com um pulmão que se infla, expande e devol-
ve o amor que estou colocando dentro do seu peito
agora. Porque Eu te amo, meu filho”.

É a isso que chamamos de perdão — essa compreen-


são, sem atenuar a gravidade do crime cometido, junto
com o amor que inspira, que eleva, que nos devolve a
integridade do nosso senso de infinito. É como se ele
tirasse as cataratas do seu olho, aquele ressecamento
do seu ouvido, a sujeira da sua pele; ou seja, tira a su-
jeira do seu sexto sentido, o sentido de infinito. Isso é
o que o perdão verdadeiro faz.

Nesse sentido, o diabo é realmente um inimigo do ho-


mem, porque ele suja, cega, ensurdece o seu senso
de infinito; ele tira de você sua operação mais básica,
que é o desejo de durar na eternidade. O homem pre-
tende que suas ações durem.

Entenda que o remorso é sempre mau conselheiro.


Todo mundo tem um peso na alma. Aqueles que ain-
da não fizeram essa experiência profunda continuam
carregando no bolso algo como balas de fel: ao colo-
cá-las na boca, em vez de se alegrarem e terem o pala-
dar adoçado, fazem uma careta, encolhem-se, perdem
o senso de infinito. Um dos inimigos da nossa alma é
esse sujeito.

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Então, a partir de hoje, temos de pegar esses pontos,
esses territórios de nossa história, e colocá-los intei-
ramente diante d’Aquele sujeito que pode ressignifi-
cá-los com amor. E, quando você fala que se perdoou
— não irei tirar isso do seu linguajar, mas quero que o
compreenda de verdade —, isso é verdade apenas se
o “autoperdão” for um amor ao perdão que você rece-
beu do Alto; um amor ao seu sistema de infinito que
voltou a ficar de pé, à demolição da finitude. Só isso
é o autoperdão verdadeiro. Ele não é uma força que
você tenha para se perdoar, mas um olhar amoroso
de agradecimento, de gratidão ao perdão que você
recebeu de Deus.

O primeiro movimento para isso é confessar claramen-


te as coisas que você guarda remordidamente dentro
de si. E você vai entender como essas coisas tiram de
você a operação mais humana, que é a operação de
durar, o desejo de durar. Quando estamos muito ape-
gados às coisas que fizemos e cometemos, perdemos
a capacidade de durar. O homem tem desejo de infini-
to. Nutrir o sentido que pode nos dar essa percepção
do infinito é a operação mais excelente do homem
neste mundo.

Estou falando de aconselhar-se com o Bom Deus por


meio de um ato de confissão. O que é confessar-se?
Vamos lá: todo mundo sabe onde o calo aperta na
consciência. Você vai revisitar isso uma vez e respon-
der: o que é que aconteceu? Você vai contar, narrar
o que aconteceu — pode ser até escrevendo. Escreva
num papelzinho, escondido, o que aconteceu.

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Imagine que você cometeu uma injustiça contra o
seu primo, falando palavras injustas e falsas. Você
criou um sistema de fofocas imenso, e isso o remorde
há muito tempo. Você terá de pegar esse fato e nar-
rá-lo, relembrá-lo: “Ah, eu inventei tal coisa sobre o
meu primo… Não foi bem invenção, meu primo é um
pouco assim, mas acho que inventei algumas coisas
e comentei com uma pessoa fofoqueira da família…
Eu não sou fofoqueiro, sou só invejoso, mas fiz pulve-
rizar aquela meia-verdade contra o meu primo, para
que todo mundo pensasse mal dele.” Você vai narrar o
movimento que aconteceu dentro de você e descobrir
como esse seu ato lhe retirou o senso de infinito.

Esse ato retira o senso de infinito pelo seguinte: você,


ao cometê-lo, queria que o seu primo não durasse.
Queria que ninguém se lembrasse mais dele. O seu
movimento não foi para a duração das coisas, mas
para sua decomposição. É por isso que você tem cul-
pa! A culpa é sempre um movimento da lesão do infi-
nito que temos dentro de nós. Então você vai confes-
sar esse ato, encontrando a lesão do infinito, e pedir
para que Deus o perdoe.

Quando nos confessamos diante de Deus, estamos


nos confessando diante do Infinito. Deus restaura em
nós o senso do infinito e nos livra do amargor. Acei-
tar esse perdão, esse restabelecimento do infinito em
nós, traz duas consequências: a felicidade e o desejo
habitual de não mais ser o sujeito que lesa o infinito
em cada ato. No caso concreto do primo, você tenderá
a não mais agir como um invejoso.

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Uma confissão bem feita tem poder de cura. Não é
cura apenas pela paz que sentimos ao receber o per-
dão de uma culpa que carregávamos — é claro, existe
essa cura, porque a culpa que pesava dilui-se no in-
finito de Deus. Ocorre, entretanto, mais do que isso.
Você tenderá a não mais agir do mesmo modo. Uma
confissão bem feita leva você à melhora, porque você
fica mais atento.

Hoje é o dia de revisitar esses territórios de finitude


da nossa alma que tanto têm nos entristecido. Temos
de narrar com valentia esses movimentos e encontrar
neles o que lesou o sentindo de infinito — sentido de
infinito é o que temos de buscar em tudo. Confesse
encontrando o movimento de lesão do infinito.

Uma vez que você se confessa diante de Deus, res-


tabelece-se em você uma alegria, um movimento de
transcendência, uma certa paz, uma calma. O toque
na profundidade do seu espírito volta a ser a morada
habitual desse mesmo espírito. Uma força começa a
aparecer, que vem do Alto, e essa força é o que nos
impede de ter medo.

Uma confissão bem feita é o encontro narrativo com


aquilo que o diminuiu, que lesou o seu sentido de infi-
nito. Você encontra esse movimento e o mostra diante
do Infinito, diante de Deus. Esse Deus, que é uma pes-
soa, olha para aquilo e lhe conta uma outra história.
Você conta para Ele a história de um homem que de-
sejou a destruição, a finitude. Ele recebe esse movi-
mento de inveja que queria destruir o primo, esse mo-
vimento de medo que destruiu uma vida no próprio

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ventre, que lesou um projeto de família, Ele recebe o
medo dessas histórias, ouve-as com amor e lhe con-
ta uma nova história. Ele diz: “Obrigado por confiar e
ter Me contado isso. Agora que você Me contou, isso
é meu. E, como é meu, é infinito. Eu amo você.” E de-
pois disso Ele lhe devolve um beijo. Isso é o perdão de
Deus. É a certeza de que vamos durar. Ele conta para
nós a história da nossa duração infinita dentro Dele.
Isso é a conversa que temos com Deus quando nos
confessamos. Ele guarda dentro dele, com amor, nos-
sos atos, palavras, ações e omissões, e nos devolve
essa história transformada dentro do Seu seio. Aceitar
esse amor é o único movimento que podemos fazer.
Você vai falar: “Obrigado, bom Deus, eu vou honrar
minha história infinita desejando o amor.” Isso cura a
culpa e cura as nossas ações.

Só um movimento pode ser feito neste dia de hoje: re-


visitar narrativamente essas coisas que andamos fa-
zendo e que nos tiram o senso de infinito, aterrorizan-
do-nos com o medo e a culpa. Somente uma narrativa
bem feita — a partir desse centro que destrói o nosso
sentido da infinitude — e confessada diante Daquele
que é infinito pode restabelecer em nós o senso de
infinito. É isso que nos dá a força, a paz e o desejo de
viver uma vida plena, que dure, que se traduza em um
desejo de que aqueles que estão do nosso lado tam-
bém durem na eternidade com amor.

A confissão bem feita, portanto, tem efeitos de paz,


de cura e de generosidade amorosa. Porque nós, de
algum modo, vamos desejar fazer a mesma coisa com
quem está do nosso lado: vamos desejar ouvir as his-
tórias deles e transformá-las em eternidade e infini-

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tude benévola. Vamos querer, no fundo, que aqueles
que estão ao nosso lado durem felizes na eternidade:
isso é o amor!

O amor é o desejo de que aqueles que amamos durem


felizes na eternidade. Esse movimento só é encontrado
a partir de uma confissão. O ato de confessar-se desse
jeito é fundamental para nos dar a paz, a alegria, a for-
taleza e a disposição em servir amorosamente aque-
las almas que estão ao nosso lado, de tal modo que
elas também encontrem essa paz na eternidade, esse
desejo de infinitude na eternidade. Esse é o antídoto
contra esse caos instaurado pelo medo, pela culpa e
pelo aconselhamento com esse segundo inimigo da
nossa alma. Vamos fazer o exercício da confissão no
dia de hoje.

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LIVE #118

ALIMENTAÇÃO É SAÚDE PSÍ-


QUICA:
#HOJEOANJOCHOROU
Hoje, dia 27 de março de 2020, sexta feira, é um dia im-
portante, pois estamos alegres nesta live de quarentena.
Agora, eu olharia para o céu e colocaria uma música feliz
e animada (gringa e divertida), rompendo essa neblina
do Rio de Janeiro e chegando até o azul do topo. Quero
falar algumas coisas que não têm a ver com o que está-
vamos falando até este dia. A vida é feita tanto das coi-
sas que importam como das que não importam. Se tudo
isso é vida, logo tudo importa. “Dilminha que habita em
mim, esta é a ideia”.

Retomando, hoje falarei sobre suas refeições, essas tran-


queiras que você anda comendo na quarenta, pois sou
seu guru. Você está chutando o balde com açúcares e
carboidratos! Todo estamos fazendo isso – o ansioso
dentro de casa, o enfermeiro saindo amedrontado para
atender “os Coronavírus”. Então, a ansiedade te leva a
comer besteiras, especialmente os chocolates. Então,
quero que todos sejam os X9’s de suas próprias vidas, ou
seja, deverão declarar as porcarias que andam comendo.
Hoje, vocês farão isto: quando comerem um chocolate
ou alguma besteira, batam foto e me marquem com uma
carinha chorando. Toda vez que uma pessoa come um
Kit Kat, um bolo de fubá com recheio de goiabada, duas
focaccias, mais pães franceses do que o normal e, não
satisfeita, pega uma Coca-Cola na geladeira, um Anjo lá
do Céu chora. Quando sua vida é contaminada assim é

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isso que acontece. Denuncie-se para mim sempre que
fizer isso hoje – e eu farei o mesmo, só é me acompa-
nhar nos stories. Afinal, também estou “chutando o pau
da barraca” há 20 dias, o que se nota nas minhas boche-
chas ressaltadas. Vamos nos denunciar mutuamente.

Fotografe suas refeições, coloque #HojeoAnjoChorou e


me marque. Todos saberão que um Anjo chorou por sua
causa. Quando você se exibir fotografando a salada com
franguinho, o café da manhã com aveia e coisas sau-
dáveis, vou olhar e ignorar, pois não gosto de pessoas
exibidas. Ou seja, quando você me marcar com #Ale-
grianoCéu, mostrando seu mingau de claras, sua dieta
invejavelmente saudável, vou ignorar seu exibicionismo.
Só quero as podreiras da sua vida. Então, começaremos a
resolver essas tranqueiras. Eu farei o mesmo! Haja Anjo!

Não baixe o moral. O primeiro lugar onde isto acontece


é no seu sedentarismo e nessa alopração no momento
da alimentação. A mudança de padrões alimentares é a
consequência óbvia e natural da ansiedade – todos sa-
bem disso. Nos dias atuais, todos estão ansiosos. Há uma
mudança nos padrões alimentares e de sono. Há mudan-
ça comportamental também. É isso que desejo observar
em você neste dia. Quando seu padrão alimentar se alte-
ra, você percebe que alguma coisa não anda bem na sua
cabeça. O seu padrão alimentar é o reflexo óbvio da tua
saúde psíquica. Para eu consertá-lo, precisarei dar um
jeito na sua cabeça. Não adianta encarar essas coisas
com peso, seriedade e tristeza. Faremos do jeito que fun-
ciona, ou seja, vamos fazer um Anjo sorrir. Esta é a coisa!

Antes do confinamento, gastei R$600,00 em chocolates.

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Pensei: “a loja vai fechar”. Então, comprei tudo isso. De
vez em quando, aproveito e pego um desses chocola-
tes, que estão em cima da geladeira. Exagerei nesse es-
toque para uma semana. Peço desculpas, mas faço es-
sas coisas também. O que andamos fazendo não está
legal! Então, hoje é o dia para reposicionarmos essa coi-
sa. Alimentação é saúde psíquica e física. É disposição!
Até quem conseguia se exercitar está assim. Que quebra
chata! Deveria ser o contrário: se estamos em casa, pre-
cisamos comer adequadamente (cozinhando nossa co-
mida, evitando comprar chocolates e nos livrando das
coisas ruins da geladeira). Não somos obrigados a inge-
rir a comida da rua. Fora de casa, até temos a desculpa
da falta de opções. No lar, deveria haver uma desculpa a
menos. Você pode preparar seu arroz, seu macarrão in-
tegral, suas verduras. Mas, antes de recomeçar, preciso
que você se denuncie. Fotografe até as coisas que pen-
sou em comer. Depois, repare no que vai fazer: comerá
ou não fará isto? Quero ver seu almoço. Não tenha ver-
gonha! Eu não vou te julgar, só vou te expor.

Hoje é o dia de exposições mútuas! Vamos recomeçar!


Eu preciso de você alegre, bem disposto, com alguma
energia e o mínimo de organização na comida. Amanhã,
pare com tudo de errado. Hoje é o dia de se denunciar
e ver o quão ridículo está. Pense: “O que ando fazendo
comigo? Estou piorando a situação”. Fotografe! É só co-
mida! Ela precisa ser prazerosa e gostosa. Uma das coi-
sas boas na alimentação é possibilitar um momento de
convívio com os demais. A refeição também vale para
se criar um ambiente de conversa, isto é, de estar com
as outras pessoas. Aproveite que estão todos em casa
e acrescente o elemento da convivência, da alegria. É
o estar junto aliado ao que você coloca para dentro do

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organismo. Quando você come sozinho, acaba apostan-
do tudo na comida – algumas pessoas fazem isso, ainda
mais quando estão ansiosas.

Ao compartilhamos as fotos, tentaremos diminuir um


pouco dessa ansiedade, do tipo “além de mim, outros
também estão fazendo o mesmo, então vamos retomar
o padrão de alimentação juntos”. “Ah, Italo! Nunca perdi
o fio da meada”. Perfeito! Você, disciplinado, será a pes-
soa ideal para nos animar. A seguidora Cissa falou algo
muito bom: “A mesa bem posta me ajuda a ser mais fe-
liz”. Nós não devemos almoçar em pé. Almoce sentado,
com alguém à frente. Colocar guardanapo de pano tam-
bém é algo que muda todo o status da sua cabeça – um
dia tente fazer isso, não precisa ser hoje. Não é preciso
fazer substituições. Apenas se denuncie! Escreva o que
iria comer e também o que comeu. Marque a mim. Isto é
importante para toda a comunidade. Isso significa: “Não
estou sozinho. Chutei o balde junto com uma galera. O
próprio Dr. Italo deu uma aloprada. A única meia dúzia
que não fez isso nos ajudará na recuperação alimentar”.
O seguidor Ricardo falou que está diariamente sem errar.
Ajude-nos! No meio das trevas, colocarei alguns pontos
de luz para conseguirmos nos guiar no meio dos stories
de hoje.

Na live anterior, que abordou assuntos mais profundos,


falei: “Sem remorso! Pense no daqui para a frente”. Se co-
mer besteira, só é me marcar para que eu possa repostar:
#HojeoAnjoChorou. Não é algo para te expor, mas sim
para demonstrar que todos extrapolaram. Isso gera uma
força psicológica, é o “a partir de amanhã, vamos retomar
juntos, comeremos adequadamente”. Comer é funda-
mental para a sua vida. Só vou citar de modo abreviado:

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ao comer mal, seu trato gastrointestinal fica inflamado,
levando a várias consequências, tal como o estado de
lesão crônica no epitélio e na sua mucosa intestinal, que
faz a expressão de um determinada enzima responsá-
vel por transformar o que você ingere, o triptofano, em
serotonina; no buraquinho do seu intestino, você passa
a ter serotonina, que não deveria estar ali, mas no seu
cérebro. Com baixa serotonina no cérebro, você passa a
ter sintomas de ansiedade, anedonia, indisposição. Co-
meça a pensar que está tudo ruim e a ter choros fora
do padrão. Então, existe essa saúde que começa na sua
barriga. Você sabe disto! É para relembrarmos.

Aquele grande capítulo da Medicina nos últimos anos,


chamado Eixo Intestino-Cérebro, demonstra que existe
uma conversa séria entre intestino e cérebro. Se o primei-
ro não estiver funcionando, o segundo funcionará meio
mal. E não estou falando somente do órgão ao mencio-
nar o cérebro. Estou me referindo a todo o comporta-
mento de vocês, a disposição, a alegria, a energia, a ca-
pacidade de atenção. Esta é a coisa. Por isso, eu preciso
do seu cérebro funcionando bem. Para que isto aconte-
ça, necessito do seu intestino mais ou menos adequado
– então é preciso comer direito. “Ah, Italo! Não ligo para
a estética”. Tudo bem! Você é minoria. Todos ligam para
a estética, o que é muito bom. Você não se importa com
isso, mas eu me importo com sua disposição. Você tam-
bém deveria atentar para sua capacidade de concentra-
ção e seu sono – algo que eu faço. Só é comer adequa-
damente.

O sugar rush – esses picos de açúcar – leva a reper-


cussões comportamentais, tal como a alteração de hu-
mor. Eu gostaria que você ficasse não só mais bonito (a)

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no final de 2020, mas também mais saudável. As coisas
sempre caminham de mãos dadas? Não, mas, na maior
parte das vezes, isso acontece – não é absoluto: existem
pessoas bonitas que não estão saudáveis e pessoas que
têm saúde, mas não estão bonitas. Porém, é exceção! Em
regra, as coisas estão de mãos dadas.

Então, a conversa de hoje é mais leve, tranquila e igual-


mente importante. Não seja aquele intelectualzinho de
nariz empinado, do tipo “só gosto quando o Dr. Italo fala
de assuntos ligados a espírito, religião, antropologia”. As-
sim, você não será ninguém, não irá construir algo que
valha a pena. A saúde, a disposição e o relacionamento
com os outros são coisas igualmente importantes; sem
elas, não conseguimos ter uma vida. Por isso, eu quero
que você se denuncie hoje. Ao tomar o café da manhã,
se você aloprar, bata uma foto e me marque, colocando
#HojeoAnjoChorou – se não extrapolar, coloque #Ale-
grianoCéu. Vamos nos ajudar mutuamente. Eu nem sei o
que vou comer no café da manhã. Ontem, eu falei com a
Ana: “Eu queimei meus dois liquidificadores. Com tudo
fechado, não conseguirei comprar um novo. Então, não
poderei fazer aquele shake padrão indicado pela Mandy
– é o que eu gosto de ingerir no café da manhã”. Aí tudo
passa a ser desculpa quando você quer uma desculpa.
Em vez de procurar pelo mixer (aparentemente guarda-
do) para fazer o shake, fui comer o alfajor, que não estava
guardado. Meu café da manhã por dois dias seguidos foi
comendo chocolate – depois, peguei um novo liquidifi-
cador com minha mãe, que tem tudo duplicado na casa
dela. Também descobri que o mixer estava numa parte
armário, embaixo do liquidificador. Mas estou alegre, eu
gosto desse shake que faço – a Mandy me indicou, como
havia falado. É uma delícia mesmo. Hoje, mostrarei como

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se faz. A seguidora Emília falou: “Alfajor com café é mui-
to bom”. Meu café da manhã foi este mesmo. A fome foi
mais alta do que minha vergonha. Inclusive, comi pizza
também – só para vocês saberem.

Hoje, vou fazer um tutorial, mas não sigam, pois existe a


chance de a receitar sair errada. Só que eu não ligo, pois
a receita do shake errada é melhor do que a certa do al-
fajor. Então, prefiro beber meu shake errado do que um
alfajor certo. Após esta live, farei o shake. Tenho todos os
ingredientes aqui. Vou até marcar a Mandy, para que ela
observar se estou acertando ou não. Nem vou consultar
a receita, farei do jeito habitual. Depois, a Mandy dirá se
fiz certo ou não, aí repostarei, a fim de que vocês saibam
como eu me saí. Não preparem o shake imediatamente,
pode ser que eu faça de maneira errada.

Retomando, peço que me marquem. Todas as besteiras


que fizerem hoje serão importantes. Botem lá #HojeoAn-
joChorou. Se comerem bem, quero que me marquem
também. Aí daremos um joinha elogiando, pois alguém
conseguiu encontrar luz nesse vale de trevas – mas a
maior parte de nós está comendo chocolate no café da
manhã.

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@italomarsili
italomarsili.com.br

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