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ANÁLISE DO FILME: REDENÇÃO

Aluna: Juliana Nathalie Maciel Ferreira


Matrícula: 2021121041
Turma: 1 A.
“Eles condenam o que não podem entender”, é com essa frase, dita pelo
personagem principal, que dou início a minha resposta acerca de como a
opinião pública, a imprensa e os grupos sociais, pensam e agem segundo suas
verdades e suas concepções do que é certo e do que é errado. Ao analisarmos
todo o contexto do filme, nos deparamos com o seguinte cenário: um líder de
gangues, tido como violento e perigoso, é acusado pela morde de quatro
pessoas, tendo assim, como consequência, a pena de morte. Vários anos se
passam e o que se percebe é uma mudança radical em seu comportamento,
onde esse homem, olha para si e para sua trajetória e reconhece o quanto
errou, o quanto fez mal pra muitos e também para si mesmo. Arrependido de
tudo que fez, esse homem vai em busca de sua redenção, tentando através de
sua história, mudar a vida de crianças e adultos que estão sujeitos a entrarem
no mesmo caminho que ele entrou. A busca por essa redenção, com toda
certeza não foi nada fácil, pois embora de um lado existissem pessoas
dispostas a abraçarem a causa e a mudança do indivíduo, por outro lado
tinham pessoas que desacreditavam em tal mudança. O contexto exposto, é
apenas um de muitos exemplos, onde a opinião pública, bem como, os
mecanismos da imprensa se fazem presente expondo suas opiniões que
muitas vezes podem incidir de maneira positiva ou negativa na vida daqueles
que se encontram em uma situação de vulnerabilidade, isso se da pelo fato de
que tais opiniões refletem e influenciam o pensamento de tantos outros que
não estão a par da situação discutida, por exemplo, no caso citado pelo filme,
muitos puderam fomentar a sua opinião acerca da liberdade do indivíduo com
base no ponto de vista exposto pela mídia, mídia essa que possuí forte
influência sobre aqueles que a acompanha, podendo assim, criar a sua própria
verdade e estimular os outros à segui-la também, verdade essa, que nem
sempre é abordada por esses veículos da maneira correta ou até mesmo
verdadeira. Nesse sentido, a opinião pública aliada a esses aparatos de
comunicação, podem incidir ferozmente sobre a vida de um indivíduo, o
culpando e o condenado por suas ações, muitas vezes até de maneira injusta.
E é nesse sentido que a frase dita pelo personagem: “Eles condenam o que
não podem entender” se enquadra.
O filme também traz para discussão a condenação à morte, que mostra
claramente como o sistema em vigor pode sim, dificultar os progressos sociais.
A pena de morte, na minha opinião, não é a melhor forma de punir alguém
pelos delitos cometidos, por mais cruéis que esses delitos sejam. Tal tipo de
condenação, impede os progressos sociais na medida em que esta
condenação não da ao indivíduo a chance de se redimir de seus feitos, pois
mesmo o indivíduo se arrependendo, o próprio, não terá mais a chance de
fazer tudo diferente. Por isso a minha resposta é sim! Eu acredito na redenção
das pessoas, acredito que sim, elas podem se arrepender e aprender com os
seus erros, e até mesmo mudar a vida de muitos com o seu testemunho, assim
como feito pelo personagem do filme. É claro que devem pagar pelo o que
fizeram e que consequentemente possam arcar com todas as consequências,
mas eu não acredito que a sentença à morte seja a única saída para punir
alguém.
O meio social pode influenciar diretamente o comportamento do indivíduo, seja
de maneira negativa ou até mesmo positiva, pois o meio no qual o indivíduo
está inserido, bem como, o contexto social no qual ele se encontra irá defini-lo.
O personagem do filme, cresceu em um ambiente no qual a violência e o medo
se faziam presentes, por tal motivo, o personagem, na tentativa de sobreviver,
aliou-se a essa violência e encontrou na criminalidade a única forma de se
defender. Tal exemplo só mostra o quanto o meio social pode sim, intervir no
comportamento do indivíduo, que no caso do personagem, contribuiu de
maneira negativa em seu comportamento, porém quando na prisão o
personagem tem acesso ao conhecimento e se encontra isolado desse
ambiente no qual ele necessita ser violento pra sobreviver, ele para e pensa
em suas atitudes e a mudança ocorre.
Stanley Tooky Williams, o dono da história no qual o filme foi baseado, foi
morto no dia 13 de dezembro de 2005, tal morte reflete nas consequências das
posições radicais na vida dos indivíduos, pois a partir daí, mesmo com o
arrependimento, Stanley não poderia mais continuar com seus projetos, cujo
objetivo era evitar que mais pessoas entrassem para a criminalidade e
acabassem tendo o mesmo fim que ele, ou seja, tal posição radical interferiu
diretamente, não só no progresso social de Stanley, mas também, no
progresso social de milhares de outras pessoas.

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