Matrícula: 2021121041 Turma: 1 A. “Eles condenam o que não podem entender”, é com essa frase, dita pelo personagem principal, que dou início a minha resposta acerca de como a opinião pública, a imprensa e os grupos sociais, pensam e agem segundo suas verdades e suas concepções do que é certo e do que é errado. Ao analisarmos todo o contexto do filme, nos deparamos com o seguinte cenário: um líder de gangues, tido como violento e perigoso, é acusado pela morde de quatro pessoas, tendo assim, como consequência, a pena de morte. Vários anos se passam e o que se percebe é uma mudança radical em seu comportamento, onde esse homem, olha para si e para sua trajetória e reconhece o quanto errou, o quanto fez mal pra muitos e também para si mesmo. Arrependido de tudo que fez, esse homem vai em busca de sua redenção, tentando através de sua história, mudar a vida de crianças e adultos que estão sujeitos a entrarem no mesmo caminho que ele entrou. A busca por essa redenção, com toda certeza não foi nada fácil, pois embora de um lado existissem pessoas dispostas a abraçarem a causa e a mudança do indivíduo, por outro lado tinham pessoas que desacreditavam em tal mudança. O contexto exposto, é apenas um de muitos exemplos, onde a opinião pública, bem como, os mecanismos da imprensa se fazem presente expondo suas opiniões que muitas vezes podem incidir de maneira positiva ou negativa na vida daqueles que se encontram em uma situação de vulnerabilidade, isso se da pelo fato de que tais opiniões refletem e influenciam o pensamento de tantos outros que não estão a par da situação discutida, por exemplo, no caso citado pelo filme, muitos puderam fomentar a sua opinião acerca da liberdade do indivíduo com base no ponto de vista exposto pela mídia, mídia essa que possuí forte influência sobre aqueles que a acompanha, podendo assim, criar a sua própria verdade e estimular os outros à segui-la também, verdade essa, que nem sempre é abordada por esses veículos da maneira correta ou até mesmo verdadeira. Nesse sentido, a opinião pública aliada a esses aparatos de comunicação, podem incidir ferozmente sobre a vida de um indivíduo, o culpando e o condenado por suas ações, muitas vezes até de maneira injusta. E é nesse sentido que a frase dita pelo personagem: “Eles condenam o que não podem entender” se enquadra. O filme também traz para discussão a condenação à morte, que mostra claramente como o sistema em vigor pode sim, dificultar os progressos sociais. A pena de morte, na minha opinião, não é a melhor forma de punir alguém pelos delitos cometidos, por mais cruéis que esses delitos sejam. Tal tipo de condenação, impede os progressos sociais na medida em que esta condenação não da ao indivíduo a chance de se redimir de seus feitos, pois mesmo o indivíduo se arrependendo, o próprio, não terá mais a chance de fazer tudo diferente. Por isso a minha resposta é sim! Eu acredito na redenção das pessoas, acredito que sim, elas podem se arrepender e aprender com os seus erros, e até mesmo mudar a vida de muitos com o seu testemunho, assim como feito pelo personagem do filme. É claro que devem pagar pelo o que fizeram e que consequentemente possam arcar com todas as consequências, mas eu não acredito que a sentença à morte seja a única saída para punir alguém. O meio social pode influenciar diretamente o comportamento do indivíduo, seja de maneira negativa ou até mesmo positiva, pois o meio no qual o indivíduo está inserido, bem como, o contexto social no qual ele se encontra irá defini-lo. O personagem do filme, cresceu em um ambiente no qual a violência e o medo se faziam presentes, por tal motivo, o personagem, na tentativa de sobreviver, aliou-se a essa violência e encontrou na criminalidade a única forma de se defender. Tal exemplo só mostra o quanto o meio social pode sim, intervir no comportamento do indivíduo, que no caso do personagem, contribuiu de maneira negativa em seu comportamento, porém quando na prisão o personagem tem acesso ao conhecimento e se encontra isolado desse ambiente no qual ele necessita ser violento pra sobreviver, ele para e pensa em suas atitudes e a mudança ocorre. Stanley Tooky Williams, o dono da história no qual o filme foi baseado, foi morto no dia 13 de dezembro de 2005, tal morte reflete nas consequências das posições radicais na vida dos indivíduos, pois a partir daí, mesmo com o arrependimento, Stanley não poderia mais continuar com seus projetos, cujo objetivo era evitar que mais pessoas entrassem para a criminalidade e acabassem tendo o mesmo fim que ele, ou seja, tal posição radical interferiu diretamente, não só no progresso social de Stanley, mas também, no progresso social de milhares de outras pessoas.