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Aula 11

Português p/ PM-CE (Soldado) Com


Videoaulas - 2020

Autor:
Décio Terror Filho
Aula 11

30 de Abril de 2020
Décio Terror Filho
Aula 11

FIGURAS DE LINGUAGEM. SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS E


EXPRESSÕES. RELAÇÕES DE SINONÍMIA E DE ANTONÍMIA.
Sumário

1 – Campos semânticos, hiperonímia, hiponímia ................................................................................................. 3

2 – Sinonímia e antonímia ................................................................................................................................... 8

3 – Polissemia ................................................................................................................................................... 24

4 – Homonímia e paronímia ............................................................................................................................. 31

1) Uso dos porquês ....................................................................................................................................... 31

1) Porquê (junto e com acento).................................................................................................................. 31

2) Por quê (separado e com acento) ........................................................................................................ 31

3) Porque (junto e sem acento) .................................................................................................................. 32

4) Por que (separado e sem acento)......................................................................................................... 32

2. Mau e mal ................................................................................................................................................. 34

1) Mau....................................................................................................................................................... 34

2) Mal ....................................................................................................................................................... 34

3. Mas – más – mais ..................................................................................................................................... 35

4. Há – a – à ................................................................................................................................................ 35

1) Emprega-se o há:.................................................................................................................................. 35

2) Emprega-se o a (preposição): .............................................................................................................. 36

5. Senão – se não ........................................................................................................................................ 36

6. A fim de – afim ......................................................................................................................................... 37

7. A par ou ao par? ...................................................................................................................................... 37

5 – Denotação e Conotação ............................................................................................................................. 61

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6 – Figuras de linguagem ................................................................................................................................. 77

1 – Figuras de som (aliteração, assonância, onomatopeia, homeoteleuto) ................................................... 77

2 – Figuras de palavras (comparação, metáfora, metonímia, catacrese, perífrase, sinestesia, antonomásia, )


...................................................................................................................................................................... 78

3 – Figuras de pensamento (antítese, paradoxo, eufemismo, ironia, hipérbole, personificação, apóstrofe,


gradação) ..................................................................................................................................................... 80

4 – Figuras de sintaxe (elipse, zeugma, silepse, polissíndeto, assíndeto, pleonasmo, anáfora, anacoluto,
hipérbato, hipálage). .................................................................................................................................... 82

7 – Lista de questões para revisão .................................................................................................................. 99

8 – Gabarito .................................................................................................................................................. 138

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Olá, pessoal!

Vamos a mais uma aula!!!!!

As questões de semântica têm muita relação com a interpretação do texto, pois dependem
sobremaneira do contexto em que estão inseridas.

Nesta aula, procurei trabalhar cada conteúdo com o máximo de prática em questões. Para tanto,
tomei a liberdade de lançar mão de questões de várias bancas.

Vamos ao primeiro tópico:

1 – CAMPOS SEMÂNTICOS, HIPERONÍMIA, HIPONÍMIA


As palavras podem associar-se de várias maneiras. Quando se relacionam pelo sentido, temos um campo
semântico. Não se trata de sinônimos ou antônimos, mas de aproximação de sentido num dado contexto.

Ex.: perna, braço, cabeça, olhos, cabelos, nariz → partes do corpo humano

azul, verde, amarelo, cinza, marrom, lilás → cores

martelo, serrote, alicate, torno, enxada → ferramentas

batata, abóbora, aipim, berinjela, beterraba → legumes

Observações

a) Também constituem campos semânticos palavras como flor, jardim, perfume, terra, espinho, embora não
pertençam a um grupo delimitado; mas a associação entre elas é evidente.

b) As palavras podem pertencer a campos semânticos diferentes. Veja o caso de abóbora, citada há pouco.
Ela também serve para indicar cor, o que a colocaria no segundo grupo de palavras.

c) Essas palavras também podem ser associadas no grupo de hiperônimos e hipônimos que serão vistos em
seguida.

Hiperônimo:

Quando há vocábulos reunidos em grupo fazendo parte um mesmo campo semântico, podem-se
associar esses vocábulos aos hiperônimos e hipônimos. O prefixo “hiper” e “hipo” significam,
respectivamente, generalização e especificação. Assim, hiperônimo é uma palavra que apresenta um
significado mais abrangente do que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais específico).

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Por exemplo:

Legume (sentido mais geral) é hiperônimo de batata (sentido mais específico).

Fruta (sentido mais geral) é hiperônimo de abacaxi (sentido mais específico).

Doença (sentido mais geral) é hiperônimo de catapora (sentido mais específico)

Por associação, hipônimo são palavras que se relacionam pelo sentido dentro de um conjunto,
ligando-se por afinidade ou por um ser parte do outro.

Por exemplo:

Banana ou laranja (sentido mais específico) são hipônimos de fruta (sentido mais geral)

Azul ou preto (sentido mais específico) são hipônimos de cor (sentido mais geral)

Alface ou couve (sentido mais específico) são hipônimos de verdura (sentido mais geral)

Veja o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é hiperônimo de gripe porque em seu
significado contém o de gripe e o sentido de mais uma série de palavras como dengue, malária, câncer. Então
se conclui que gripe é hipônimo de doença.

A relação existente entre hiperônimo e hipônimo é fundamental para a coesão textual.

Exemplo:

Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela seca. São pessoas famintas,
maltrapilhas, destruídas.

Note que a palavra “pessoas” é um hiperônimo da palavra “refugiados”, uma vez que “pessoas”
apresenta um significado mais abrangente que seu hipônimo “refugiados”.

Outro exemplo:

Dois soldados da Polícia Militar foram baleados na noite de ontem. O comandante da operação informou
que os militares já estão fora de perigo.

Neste exemplo, a palavra “militares” é um hiperônimo da palavra “soldados” e foi utilizado para evitar
a repetição do substantivo anteriormente expresso. A fim de ampliar o conteúdo, como tenho feito em aulas
anteriores, vou lançar mão de questões de várias bancas. Assim, podemos ser bem didáticos e vamos
entender passo a passo cada tópico.

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1. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)


No texto o autor faz uso de algumas palavras que um bom jogador der ter: COMPROMISSO, HONRA e
RESPONSABILIDADE.
Tais palavras pertencem ao mesmo campo semântico que:
A) prostração.
B) dedicação.
C) distração.
D) isenção.
E) divertimento.

Comentário: As palavras compromisso, honra e responsabilidade remetem à ideia de dedicação. Assim, a


alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

2. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)


“Bruno não foi formado no FLAMENGO. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O que fez de sua
vida não é culpa do CLUBE, mas serve de advertência para todos os clubes.”
As palavras (FLAMENGO – CLUBE) nessa ordem estabelecem uma relação de:
A) hiponímia.
B) polissemia.
C) holonímia.
D) hiperonímia.
E) meronímia.

Comentário: No exemplo acima, a palavra Flamengo é o nome de um clube. Assim, Flamengo é um termo
mais especifico (hipônimo) e “clube”, mais abrangente, (hiperônimo).

Na ordem FLAMENGO – CLUBE, há uma relação de hiponímia. Logo, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

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3. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)


“O caso de Bruno é, OBVIAMENTE, uma aberração.”
A palavra destacada está sendo utilizada pelo autor com o intuito de:
A) generalizar a afirmação.
B) incluir um termo.
C) retificar a afirmação.
D) intensificar a afirmação.
E) não deixar dúvidas.
Comentário: Uma coisa que é óbvia, é algo claro, que não deixa margem à dúvida. Assim, a alternativa (E) é
a correta.
Gabarito: E

4. (FGV / AL-RO - Analista Legislativo – Taquigrafia – 2018)


“W.E.Collinson, baseado em um artigo de G. Devoto, mostra as seguintes diferenças entre sinônimos: um
termo mais geral que outro, um termo mais intenso que outro, um termo mais emotivo que outro, um termo
que implica aprovação ou censura, um termo é mais profissional que outro, um termo é mais literário que
outro, um termo é mais coloquial que outro, um termo é mais local ou dialetal que outro, um dos sinônimos
pertence à fala infantil; algumas dessas categorias trazem subdivisões.
O par abaixo que mostra um termo sinônimo de conteúdo mais geral que o anterior é:
A) companheiro/amigo.
B) rico/milionário.
C) martelo/ferramenta.
D) sentimento/amor.
E) demência/loucura.

Comentário: A questão pede a alternativa em que a segunda palavra tenha um sentido mais amplo/geral do
que a primeira.

Dessa forma, a alternativa (A) está errada, pois “companheiro” tem valor mais geral (hiperônimo),
enquanto “amigo” tem valor mais específico.

A alternativa (B) está errada, pois “rico” tem valor mais geral (hiperônimo), enquanto “milionário”
tem valor mais específico.

A alternativa (C) é a correta, pois a palavra “martelo” tem valor mais específico e a palavra
“ferramenta” tem valor mais geral, sendo um hiperônimo.

A alternativa (D) está errada, pois “sentimento” tem valor mais geral (hiperônimo), enquanto “amor”
tem valor mais específico.

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A alternativa (E) está errada, pois “demência” tem valor mais geral (hiperônimo), enquanto “loucura”
tem valor mais específico.

Gabarito: C

5. (CEPERJ / ALERJ Assessoramento às Comissões – 2011)


Fragmento do texto: Decência e genuína seriedade são os requisitos exigidos de homens dedicados à coisa
pública.
A palavra “requisitos” guarda, com as palavras “decência” e “seriedade”, relação semântico-coesiva de:
A) sinonímia B) polissemia C) paronímia
D) hiperonímia E) antonímia

Comentário: Note que a palavra “requisitos” tem valor geral, e as palavras “Decência” e “genuína” têm valor
específico. Por isso, a palavra “requisitos” é um hiperônimo (valor geral).

Gabarito: D

6. (FCC / DPE RS – 2010)


Fragmento do texto: O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a
obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada.
Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos
na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive
hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações
étnico-raciais.
A palavra animais estabelece ligações com espécies que estão em extinção. Qual a propriedade semântica
dessa relação?
(A) Hiperonímia. (B) Sinonímia. (C) Homonímia.
(D) Paronímia. (E) Antonímia.

Comentário: Entre a palavra “animais” (nome mais específico) e “espécie” (nome mais generalizado), há um
desnível. Há várias espécies (humana, vegetal, animal etc). Assim, “animais” está dentro do grupo de
“espécies”. Portanto, há uma relação de hiperonímia: “espécies” é hiperônimo e “animais” é hipônimo.

Quanto às demais alternativas, a sinonímia trabalha o mesmo valor semântico entre as palavras
(estudante/aluno/discente). A homonímia trabalha a mesma palavra com significado diferente: manga (de
roupa), manga “fruta” e manga “tubo de vidro ou cristal para lâmpadas”. A paronímia trabalha palavras
parecidas, mas com sentidos diferentes: deferir/diferir, infligir/infringir. A antonímia trabalha o sentido
oposto das palavras (mau/bom; feliz/triste).

Gabarito: A

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7. (Cesgranrio / Petrobras Superior – 2010)


Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos?
Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha
condição, contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem
ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais
complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer
amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas
relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida; se deixar,
limite o espaço.
Analise o trecho:
“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida;”
Qual das palavras a seguir confere sentido mais específico à palavra “coisa”?
(A) Insegurança. (B) Situação. (C) Atitude.
(D) Distorção. (E) Configuração.

Comentário: A palavra “coisa” tem sentido generalizante. A questão quer uma palavra que especifique o
sentido.

Pela estrutura sintática, percebemos que a palavra “coisa” será especificada após os dois-pontos. Na
oração após os dois-pontos, há uma atitude a ser tomada (“não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida”).
Veja:

“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar ...”

Assim, entendemos que a palavra “coisa” se refere a uma atitude (alternativa C).

Gabarito: C

2 – SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Sinonímia: é um item de suma importância para a interpretação de textos e também para a coesão
referencial, pois se pode retomar palavra anteriormente expressa por seu sinônimo, evitando a repetição
viciosa. Há sinonímia quando duas ou mais palavras têm o mesmo significado em determinado contexto.

O comprimento da sala é de oito metros.

A extensão da sala é de oito metros.

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A substituição de comprimento por extensão não altera o sentido da frase, pois os termos são
sinônimos.

Em verdade, as palavras são sinônimas em certas situações, mas podem não ser em outras. É a
riqueza da língua portuguesa falando mais alto. Pode-se dizer, em princípio, que face e rosto são dois
sinônimos: ela tem um belo rosto, ela tem uma bela face. Mas não se consegue fazer a troca de face por
rosto numa frase do tipo: em face do exposto, aceitarei.

Esse tema tem relação direta com a interpretação de texto. A prova normalmente lista expressões
com o mesmo sentido contextual. Então o que é mais importante é a atenção na interpretação.

Antonímia: é o emprego de palavras de sentido contrário, oposto.

Requer os mesmos cuidados da sinonímia. Na realidade, tudo é uma questão de bom vocabulário.

Ex.: É um menino corajoso. É um menino medroso.

Ex.: É um menino corajoso. É um menino medroso.

8. (IBADE / IABAS Dentista 2019)


Fragmento do texto: A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de como a vida moderna se
tornou imprevisível. É uma característica do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um
mundo “VUCA” (Volatilly, uncertainty, complexity and ambiguity em inglês) – um mundo volátil, incerto,
complexo e ambíguo.
A palavra “Volátil”, que representa a consoante inicial da sigla VUCA, tem o significado de:
A) Instável.
B) Devoluto.
C) Anárquico.
D) Inconsútil.
E) Vulnerável.

Comentário: A palavra “volátil”, no contexto acima, significa instável, inconstante, mutável.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

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9. (IBADE / IABAS Técnico de Enfermagem 2019)


Observe o significado das palavras destacadas com aspas:
I. “Era o típico poeta 'bissexto'.”
II. "... numa época em que os aspectos tecnológicos da medicina se acentuam cada vez mais, em 'detrimento'
do lado humanístico.”
Elas foram corretamente substituídas por seus sinônimos em:
A) excêntrico-atendimento.
B) sexagenário - consonância.
C) heteróclito-acolhimento.
D) mirabolante-desacato.
E) esporádico-prejuízo.

Comentário: A palavra “bissexto” define o ano em que o mês de fevereiro tem 28 dias, isso ocorre de quatro
em quatro anos, ou seja, não é algo frequente. Assim, podemos estender esse significado ao contexto acima
em que o poeta é bissexto, ou seja, aparece de vez em quando, esporádico.

A palavra “detrimento” no contexto acima significa prejuízo, isto é, o lado humanístico é prejudicado
pela tecnologia da medicina.

Assim, a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

10. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Auxiliar de Professor da Educação Básica 2019)


Fragmento do texto: Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a
porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro.
Na primeira linha do texto o autor faz uso de uma palavra que não é muito utilizada no português brasileiro,
ABLUÇÃO. Seu significado pode ser extraído do contexto em que está inerido. Mantendo o sentido do texto,
a frase “faço minhas abluções” pode ser substituída por:
A) belisco-me
B) questiono-me
C) lavo-me
D) espreguiço-me
E) exercito-me

Comentário: A palavra “abluções” significa “ação ou efeito de abluir(-se); lavagem”. Assim, a frase “faço
minhas abluções” pode ser substituída por “lavo-me” e a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

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A água da Rainha
A etimologia não é uma ciência exata. Definir a origem de palavras muitas vezes envolve mais palpite
e fantasia do que rigor escolástico. Será verdade que “toast”, a palavra inglesa para “brinde”, vem do hábito
de mergulhar uma torrada (também “toast” em inglês) numa taça de bebida, que fazia a ronda dos convivas
até voltar para quem tinha proposto o brinde, que a comia? Na corte de Henrique 8.º da Inglaterra a torrada
seria colocada num copo contendo a água do banho da rainha e o copo faria a ronda dos cortesãos –
presume-se que reunidos em torno da banheira da rainha, com a rainha ainda dentro –, cabendo ao último
gentil-homem o privilégio de comê-la. A torrada. Encontrei esta versão num livro fascinante chamado
Neologismos Indispensáveis e Barbarismos Dispensáveis, de Domingos de Castro Lopes, que nem o Google
conhece, publicado em 1909. Sim, tenho ido longe para me distanciar do tétrico noticiário do dia.
Mas o costume de beber a água do banho da rainha seria anterior ao século 16. Escreve Castro Lopes
(atualizei a ortographia): “Reinava como soberana em Alcázar a bela D. Maria de Padilha, amante de Pedro,
o Cruel. A célebre favorita tinha adotado para seu uso o ‘Banho das Sultanas’, para o qual entrava em
presença da corte, exigindo a polidez que cada cortesão bebesse no covo da mão da favorita um pouco da
água do banho. Recusou-se a fazê-lo um dos grandes da Espanha e perguntou-lhe o príncipe a razão de tal
injúria. ‘Depois de ter provado o molho’, respondeu ele, ‘receio que se me abra o apetite para o peixe’”.
Castro Lopes odiava galicismos e anglicismos. Propôs alguns neologismos para substituir barbarismos
dispensáveis. Em vez de “turista”, que vem do “tourist” dos ingleses, “aqueles insulares que muito incita a
bossa da locomoção”, sugeriu “ludâmbulo” – de “ludus”, divertimento, passatempo, e “ambulo”, andar,
passear. Assim como existem sonâmbulos, existiriam ludâmbulos, os que passeiam pelo mundo para se
divertir. Como o “ludopédio” para substituir “futebol”, do Chico Buarque, a sugestão do Castro Lopes não
teve futuro. Valeu a sua boa intenção, neste e em outros casos, de proteger nossa bela língua dos invasores.
Pelo menos ele foi poupado de ver “entrega” virar “delivery” e “caipira” virar “country”.
Curioso, na frase do Castro Lopes sobre os ingleses citada, o uso da palavra “bossa”. Com o sentido
de compulsão, se bem entendi. Não sou nenhum filólogo, mas essa bossa pra mim é nova.
(Luís Fernando Verissimo, O Estado de S. Paulo, 08.04.2018. Adaptado).

11. (Instituto Mais / Sumaré SP Técnico Legislativo 2018)


Em relação à origem do termo “brinde”, pode-se deduzir do texto que, curiosamente, ele
(A) vem do antigo hábito de molhar uma torrada em um copo contendo a água de banho da Rainha.
(B) não tem nada a ver com o hábito de molhar uma torrada num copo, como muitos pensam.
(C) não se relaciona com o termo “toast” em inglês.
(D) vem de uma tradição inglesa muito anterior ao século 16.

Comentário: A origem do termo “brinde” vem do hábito de molhar uma torrada, em inglês “toast”, em um
copo contendo a água de banho da Rainha. Comprove:

Na corte de Henrique 8.º da Inglaterra a torrada seria colocada num copo contendo a água do banho da
rainha e o copo faria a ronda dos cortesãos – presume-se que reunidos em torno da banheira da rainha, com
a rainha ainda dentro –, cabendo ao último gentil-homem o privilégio de comê-la. A torrada.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

A alternativa (B) está errada, pois contradiz a alternativa (A).

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A alternativa (C) está errada, pois o termo “brinde” vem do inglês “toast”, proveniente da torrada
embebida na água de banho da rainha.

A alternativa (D) está errada, pois a tradição que vem de antes do século 16 é o costume de beber a
água do banho da rainha, mas sem a torrada.

Gabarito: A

12. (Instituto Mais / Sumaré SP Técnico Legislativo 2018)


“Curioso, na frase do Castro Lopes sobre os ingleses citada, o uso da palavra “bossa”. Com o sentido de
‘compulsão’, se bem entendi”. Assinale a alternativa que é sinônima ao termo destacado.
(A) Impulso.
(B) Impulsão.
(C) Mania.
(D) Constrangimento.

Comentário: A palavra “compulsão” é a tendência à repetição, mania. Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

13. (Instituto Mais / Sumaré SP Técnico Legislativo 2018)


“A célebre favorita tinha adotado para seu uso o ‘Banho das Sultanas’, para o qual entrava em presença da
corte, exigindo a ‘polidez’ que cada cortesão bebesse no covo da mão da favorita um pouco da água do
banho”. Assinale a alternativa que é antônima ao termo destacado.
(A) Gentileza.
(B) Grosseria.
(C) Aticismo.
(D) Polimento.

Comentário: A palavra “polidez”, no contexto, significa delicadeza, cortesia, civilidade. Assim, seu antônimo
é “grosseria”. Logo, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

14. (Instituto Mais / Sumaré SP Contador 2018)


“O hemisfério direito é ‘dominante’ em muitas capacidades cognitivas superiores”. Assinale a alternativa
que é sinônima ao termo destacado.
(A) Prepotente.
(B) Impulsivo.
(C) Relativo.
(D) Prevalecente.

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Comentário: No contexto, a palavra “dominante” significa predominante, prevalecente.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

15. (Instituto Mais / Sumaré SP Contador 2018)


“Esse fato traz um problema ‘intransponível’ para a ideia de que cada um de nós possui um self único e
indivisível”. Assinale a alternativa que apresenta o antônimo do termo destacado.
(A) Excedível.
(B) Insuperável.
(C) Irremovível.
(D) Ínvio.

Comentário: A palavra “intransponível”, no contexto, significa aquilo que não pode ser ultrapassado. Assim,
seu antônimo é “excedível”, que pode ser ultrapassado, transponível.

Portanto, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

16. (IBADE / SEPLAG-SE Guarda de Segurança do Sistema Prisional 2018)


O sentido da palavra destacada, expresso na frase: “A travessia é perigosa, feita em embarcações
PRECÁRIAS, geralmente superlotadas.” pode ser identificado como:
A) indefinidas.
B) incertas.
C) insuficientes.
D) duvidosas.
E) arriscadas.

Comentário: Embarcações precárias são aquelas que são inseguras, com poucos meios de segurança. Assim,
dentre as alternativas, a que está mais próxima disso é a alternativa (E): embarcações arriscadas, que
transmitem riscos, insegurança.

Gabarito: E

17. (IBADE / SEPLAG-SE Guarda de Segurança do Sistema Prisional – 2018)


Fragmento de texto: Para os que conseguem fazer a travessia e chegar ao próspero continente europeu, os
problemas não terminam. O destino final dessa massa humana são os países menos afetados pela crise
econômica que há anos ronda o Velho Continente, como Alemanha, Suécia e Áustria. Para chegar até lá, os
migrantes precisam cruzar diversos países, onde nem sempre são bem recebidos. A resposta de muitos

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governos é carregada de racismo e xenofobia, com um discurso que defende medidas extremas, que vão de
prisão à deportação dos migrantes.
“A resposta de muitos governos é carregada de racismo e XENOFOBIA.”, a palavra que melhor substitui a
destacada, de acordo com o contexto, é:
A) indiferença.
B) tolerância.
C) perseguição.
D) preconceito.
E) temor.

Comentário: Xenofobia é a aversão a pessoas e coisas estrangeiras. Essa aversão não significa “indiferença”,
“tolerância”, “perseguição” ou “temor”. Ela se enquadra em “preconceito” e o próprio contexto nos indica
essa relação.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

18. (IBADE / SEPLAG-SE Guarda de Segurança do Sistema Prisional – 2018)


Fragmento do texto: A maioria dos refugiados vem da África e do Oriente Médio. A Guerra da Síria é a maior
responsável pelo crescimento neste atual fluxo. Desde 2011, o país enfrenta uma sangrenta guerra civil que
parece longe de terminar. Estima-se que o conflito no país já matou mais de 250 mil pessoas e provocou o
deslocamento de outras 5,5 milhões, o que corresponde a um quinto da população do país.
Depois dos sírios, os maiores grupos de migrantes, por nacionalidade, são formados por afegãos (2,5
milhões), Sudaneses do sul (1,4 milhão) e somalis (1 milhão). São países envolvidos em conflitos internos,
que provocam fuga em massa de sua população.
No trecho: “Depois dos sírios, os maiores grupos de MIGRANTES, por nacionalidade, [...]”, o termo destacado
refere-se a:
A) refugiados políticos que são perseguidos.
B) qualquer pessoa que muda de região ou país.
C) pessoas que pedem asilo político internacional.
D) todos os indivíduos fugitivos de seus países.
E) seres humanos que precisam se esconder.

Comentário: A migração é o deslocamento de pessoas, seja por qualquer motivo. Note que as alternativas
(A), (C), (D) e (E) especificam demais os motivos dos deslocamentos, já a alternativa (B) retrata melhor o
valor semântico de migrantes: qualquer pessoa que muda de região ou país.

Gabarito: B

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19. (IBADE / Prefeitura de João Pessoa - PB Agente de Controle Urbano – 2018)


Fragmento de texto: Imagine se um dia todos os lixeiros de sua cidade decidirem não trabalhar. O caos será
generalizado, se a greve se prolongar e, talvez só assim, esses profissionais serão valorizados pela população.
O serviço social da limpeza urbana é imensurável: trata-se de saúde, segurança e conforto público.
No primeiro parágrafo, o vocábulo IMENSURÁVEL significa:
A) que não se desenvolve.
B) que não pode ser medido.
C) que não possui relevância.
D) que não pode ser demonstrado.
E) em que não se tem autonomia.

Comentário: Pela formação da palavra “imensurável”, observamos que “mensurar” (medir) recebeu o
prefixo “i(n)-”, que transmite noção de oposição. Assim, imensurável é aquilo que não se consegue medir e
a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

20. (INSTITUTO AOCP / TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Técnico Judiciário - Área Administrativa – 2018)
Assinale a alternativa em que a palavra em destaque NÃO pode ser substituída por aquela entre parênteses
sem que isso resulte em mudança de significado.
a) “E então veio um chamado: ‘Meninas e meninos, entrem no avião!’”. (chamamento)
b) “Só que meu pai era categoricamente contra.”. (inevitavelmente)
c) “Antes da guerra ainda tive tempo de me casar e ter uma filha.”. (conflagração)
d) “[...] os homens foram enviados para combater [...]”. (pugnar)
e) “Agora vivia junto com minha filha, passamos quase o tempo todo em acampamentos.”. (bivaques)

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a palavra “chamado” tem como sinônimo a palavra
“chamamento”.

A alternativa (B) é a errada, pois o advérbio “categoricamente” significa definitivamente, enquanto


“inevitavelmente” significa de maneira inevitável.

A alternativa (C) está correta, pois as palavras “guerra” e “conflagração” são sinônimas.

A alternativa (D) está correta, pois as palavras “combater” e “pugnar” são sinônimas.

A alternativa (E) está correta, pois as palavras “acampamentos” e “bivaques” são sinônimas.

Gabarito: B

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21. (AOCP / FUNPAPA Assistente de Administração – 2018)


Sobre a significação das palavras, assinale a alternativa correta.
a) Em “Ao mesmo tempo em que é crucial monitorar e prever as falhas de um equipamento, não se pode
perder de vista os futuros riscos que rondam um setor.”, a palavra em destaque significa o mesmo que
“fulcral”.
b) Em “Esse e outros fatores, como a maior exigência por qualidade, prometem pressionar ainda mais o
setor, que já está apreensivo.”, a palavra em destaque significa o mesmo que “indignado”.
c) Em “Esse e outros fatores, como a maior exigência por qualidade, prometem pressionar ainda mais o
setor, que já está apreensivo.”, a palavra em destaque significa o mesmo que “desenvolver”.
d) Em “O Hospital Johns Hopkins conseguiu diminuir o tempo de espera por atendimento ao instituir o
primeiro centro de análise preditiva com foco na experiência dos pacientes.”, a palavra em destaque
significa o mesmo que “rápida”.
e) Em “Um deles, a transformação demográfica da sociedade.”, a palavra em destaque significa o mesmo
que “topográfica”.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois as palavras “crucial” e “fulcral” são sinônimas.

A alternativa (B) está errada, pois “apreensivo” significa preocupado, receoso. Enquanto “indignado”
significa revoltado.

A alternativa (C) está errada, pois “pressionar” significa fazer pressão. Enquanto “desenvolver”
significa fazer crescer, melhorar.

A alternativa (D) está errada, pois “preditiva” significa “habilidade em gerar previsões testáveis”.
Enquanto “rápida” significa “que se efetua em pouco tempo, instantâneo”.

A alternativa (E) está errada, pois “demográfica” significa “populacional”, no contexto, uma
transformação da sociedade em questão de números. Enquanto “topográfica” é relativo a topografia, relevo.

Gabarito: A

22. (AOCP / SUSIPE-PA Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2018)


Fragmento do texto: A Poetas Populares (Os nomes dos poetas populares / Deveriam estar na boca do povo
/ No contexto de uma sala de aula / Não estarem esses nomes me dá pena), de Antonio Vieira, ela emendou
Trenzinho Caipira, num dos momentos mais bonitos – como foi quando ela cantou Romaria. A leitura de um
longo trecho de Grande Sertão Veredas também foi um dos pontos altos.
No trecho “(...) de Antonio Vieira, ela emendou Trenzinho Caipira, num dos momentos mais bonitos (...)”, a
palavra que mais se aproxima do sentido da palavra em destaque utilizada nesse contexto é
a) banir.
b) acrescentar
c) afirmar.
d) indagar.

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e) descrever.

Comentário: “Emendar” significa acrescentar, “ato de ligar uma peça a outra”.

Logo, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

23. (INSTITUTO AOCP / ITEP - RN Agente de Necrópsia – 2018)


Nos seguintes trechos do texto “Ficou amuado, triste.” e “[...] ao me colocar no lugar desse octogenário
hiperativo [...]”, as palavras em destaque significam, respectivamente:
a) doente, pessoa que está na faixa dos oitenta anos de idade e aquele que sofre de pressão alta.
b) pasmo, pessoa que perdeu parte dos reflexos e aquele que tem problemas de vista.
c) pessoa com baixa autoestima, aquele que está com quadro inicial de depressão e aquele que é muito
ativo.
d) aborrecido, pessoa que está na faixa dos oitenta anos de idade e aquele que é excessivamente ativo.
e) infeliz, pessoa que possui problemas cardiovasculares e aquele que é mentalmente muito ativo.

Comentário: A alternativa (D) é a correta, pois “amuado” significa aborrecido; “octogenário” significa
“pessoa que está na faixa dos oitenta anos de idade” e “hiperativo” significa “aquele que é excessivamente
ativo”.

Gabarito: D

24. (INSTITUTO AOCP / ITEP - RN Agente de Necrópsia – 2018)


As expressões em destaque nos trechos “[...] vamos encontrar coisas que você consiga fazer no dia a dia com
o aval do médico [...]” e “[...] envelhecer é um desafio sob vários pontos de vista” podem ser substituídas,
sem alteração de sentido ou prejuízo para a compreensão, por:
a) “o atendimento” e “modos de vida”.
b) “a autorização” e “aspectos”.
c) “o financiamento” e “casos clínicos”.
d) “a consideração” e “problemas”.
e) “a proibição” e “casos específicos”.

Comentário: A palavra “aval” significa autorização e a expressão “pontos de vista” significa aspectos,
diversos modos de observar.

Portanto, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

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25. (Instituto Mais / Prefeitura Municipal de Limeira Fiscal Tributário 2017)


“Agora o hábito se difundiu, e dá para desmerecer posicionamentos de todo o espectro político”.
Assinale a alternativa que serve de antônimo ao termo destacado.
(A) Valorizar.
(B) Merecer.
(C) Ironizar.
(D) Desfazer.

Comentário: No contexto, a palavra “desmerecer” significa desvalorizar, rebaixar. Assim, seu antônimo,
dentre as alternativas, é “valorizar”.

Portanto, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

26. (Instituto Mais / AHM SP Analista de Saúde ANS Psicologia 2017)


“Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “mitigar” a intolerância religiosa”.
Assinale a alternativa em que é possível substituir o termo destacado, sem que haja prejuízo de seu
significado.
(A) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “transformar” a intolerância
religiosa.
(B) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “enfrentar” a intolerância
religiosa.
(C) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “desvalorizar” a intolerância
religiosa.
(D) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “destacar” a intolerância religiosa.
(E) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “diminuir” a intolerância religiosa.

Comentário: A palavra “mitigar” significa abrandar, suavizar, diminuir, atenuar. Assim, a palavra “diminuir”
substitui o termo destacado, sem prejuízo do significado.

Portanto, a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

27. (IBADE / SEE -PB - Professor de Educação Básica 3 – 2017)


Em “Ter parceiro único pode se tornar COISA DO PASSADO.”, o segmento destacado pode ser substituído,
sem alteração de sentido, e mantendo coerência, por:
A) usual.
B) obtuso

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C) rudimentar
D) atrofiado.
E) antigo.

Comentário: A expressão “coisa do passado” significa algo antigo. Assim, a alternativa correta é a (E).

Gabarito: E

28. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017)


Considere o excerto: “A pessoa que tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando
comportamentos positivos, como modéstia e empatia.” De acordo com o contexto, o sentido do elemento
grifado pode ser adequadamente entendido como
a) apatia.
b) indiferença.
c) alteridade.
d) moderação.
e) singeleza.

Comentário: A palavra “empatia” significa alteridade; “capacidade de se identificar com outra pessoa, de
sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende etc.”.

Portanto, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

29. (INSTITUTO AOCP / EBSERH Assistente Administrativo (HRL - UFS) – 2017)


Em “Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos diante de uma incoerente quimera: o autoengano.”, a
palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por
a) verdade.
b) ilusão.
c) tristeza.
d) constatação.
e) situação.

Comentário: A palavra “quimera” significa ilusão, fantasia, sonho.

Portanto, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

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30. (Instituto Mais / AHM SP Farmácia 2017)


O texto afirma que “Os três (entrevistados) viveram toda a adolescência e boa parte da vida adulta com
culpa, vergonha e insatisfação ‘permanente’ com o corpo”. Assinale a alternativa que serve de sinônimo ao
termo destacado.
(A) Eventual.
(B) Variável.
(C) Inconstante.
(D) Permissivo.
(E) Constante.

Comentário: A palavra “permanente”, no contexto, significa contínuo, constante, ininterrupto.

Portanto, a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

31. (Instituto Mais / Prefeitura Municipal de Limeira Fiscal Tributário 2017)


“Quando o pensamento político se torna ferramenta para arregimentar seguidores, ele deixa de lado a
função que esperamos dele.”
Assinale a alternativa que serve de sinônimo ao termo destacado.
(A) Arregoar.
(B) Convencer.
(C) Obrigar.
(D) Alistar.

Comentário: A palavra “arregimentar”, no contexto, significa reunir, formar um corpo de tropas, alistar.
Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

32. (VUNESP / UNESP Assistente Administrativo – 2016)


Fragmento do texto: O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só perde
a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para obter novos recursos, pois não
possui carteira de trabalho assinada.
Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências de reversão de padrões
positivos da última década – o aumento da informalidade, o retorno de jovens ao mercado de trabalho e a
alta do desemprego.
Na frase do último parágrafo – Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão... –, o termo em destaque é
antônimo de
a) indispensável.

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b) benévolo.
c) implacável.
d) malvado.
e) contundente.

Comentário: A palavra “perverso” tem relação com aquele ou aquilo que sugere má índole, tendência a
crueldades, tem relação com maldade.

Dessa forma, sabemos que o oposto é benévolo e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

33. (INSTITUTO AOCP / EBSERH Médico - Cirurgia Cardiovascular (HC-UFG) – 2015)


Em “... um sorriso agridoce, grisalho de nostalgia.", o termo destacado significa
a) saudade.
b) indiferença.
c) indecisão.
d) morbidez.
e) languidez.

Comentário: A palavra “nostalgia” significa saudade. Portanto, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

34. (FGV / SSP AM – Assistente Operacional – 2015)


“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que lá ocorrem, há um acidente
de automóvel. Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige
propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser considerados antônimos; o mesmo ocorre
na frase abaixo:
(A) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas.
(B) Uma má sinalização não indica uma boa administração.
(C) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.
(D) Um bom motorista não dá maus exemplos.
(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios.

Comentário: No pedido da questão, a palavra “má” indica a qualidade ruim da sinalização. A palavra “boa”
significa grande quantidade. Assim como neste contexto não ocorrem antônimos (sentidos opostos),
devemos achar uma alternativa que também não haja esse sentido oposto.

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Na alternativa (A), “boa” e “má” transmitem sentidos opostos. O primeiro com valor positivo e o
segundo negativo. Assim também percebemos nas alternativas (B), (D) e (E).

Porém, na alternativa (C), o adjetivo “má” transmite uma ideia de característica negativa, enquanto
“boa” transmite uma intensificação, isto é, uma repreensão exemplar, profunda. Assim, não são antônimos.

Gabarito: C

35. (FGV / TJ RJ – Analista Judiciário – 2015)


“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem deprimente, não há
maniqueísmo.”
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos (bela/feia, justa/injusta,
exultante/deprimente) no segmento destacado é:
a) transferido/mantido;
b) inédito/desconhecido;
c) impávido/orgulhoso;
d) eficaz/eficiente;
e) habitual/inóspito.

Comentário: Os pares marcam uma relação antônima, isto é, de sentidos contrários.

Assim, a alternativa (A) é a correta, pois “transferido” transmite uma ideia de mudança; já “mantido”
uma ideia de estagnação. Assim, há antônimo, oposição!

Na alternativa (B), “inédito” tem sentido daquilo que é original, incomum; já “desconhecido” significa
aquilo que não é conhecido. Não são palavras sinônimas, nem antônimas.

Na alternativa (C), “impávido” tem sentido de destemido; já “orgulhoso” é aquele que é altivo,
vaidoso. Não são palavras sinônimas, nem antônimas.

Na alternativa (D), de certa forma “eficaz” e “eficiente” têm aproximação semântica. Em


determinadas áreas profissionais, há diferença de aplicação. Mesmo assim, os dicionários as caracterizam
como sinônimas.

Na alternativa (E), “inóspito” é o lugar de difícil acesso, em que não se consegue viver; já “habitual”
é aquilo que é comum, rotineiro. Não são palavras sinônimas, nem antônimas.

Gabarito: A

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36. (FGV / Prefeitura de Recife Agente – 2015)


Entrevista com Maria Egler Mantoan
O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e
compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É
para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados,
para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo.
Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas
que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.
Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a
experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita
dificuldade de vencer os preconceitos.
A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que,
por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre
dependentes e terão uma vida cidadã pela metade.
Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que
ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.
(Extraído de www.revistaescola.abril.com.br)
Assinale a alternativa que, segundo o texto, apresenta a oposição entre não inclusão e inclusão.
(A) estar junto X estar com (D) comprometimento mental X superdotados
(B) conviver X compartilhar (E) entender X reconhecer
(C) interagir X aglomerar
Comentário: Note que a questão não pede apenas uma simples relação de oposição, mas tal relação entre a
não inclusão e a inclusão.

Assim, percebemos que o primeiro parágrafo conceitua a inclusão, com expressões que envolvem o
compartilhamento, como “entender e reconhecer o outro”, “conviver e compartilhar com pessoas diferentes
de nós”.

Porém, no segundo parágrafo, o conectivo “Já” transmite valor de contraste, oposição, entre apenas
estar junto, aglomerando-se, e estar com alguém, interagindo com o outro.

Dessa forma, conseguimos perceber que o conectivo “já” reforça a oposição entre “estar junto” e
“estar com”, pois o segundo transmite a ideia de compartilhamento, algo que o primeiro não contém.

A alternativa correta, portanto, é a (A).

Gabarito: A

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3 – POLISSEMIA
É a capacidade que as palavras têm de assumir significados variados de acordo com o contexto.

Ele anda muito. Mário anda doente. Aquele executivo só anda de avião. Meu relógio não anda mais.

O verbo andar tem origem no latim ambulare. Possui inúmeros significados em português, dos quais
destacamos apenas quatro. Trata-se, pois, de uma mesma palavra, de uso diverso na língua. Nas frases do
exemplo, significa, respectivamente, caminhar, estar, viajar e funcionar.

37. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Contador 2019)


Fragmento do texto: A memória do já vivido e a sua narração numa história é o que possibilita a construção
da História e das nossas histórias pessoais. Só os feitos e os acontecimentos narrados em histórias são
capazes de salvaguardar nossa existência e nossa identidade.
No texto foram empregados, com significados diferentes, os vocábulos História (com inicial maiúscula) e
história (com inicial minúscula). Do ponto de vista semântico, tal emprego constitui um fato de:
A) antonímia.
B) polissemia.
C) sinonímia.
D) homonímia.
E) paronímia.

Comentário: A palavra “história” significa histórias menores, específicas, acontecimentos. Já a palavra


“História” refere-se à história mundial do ser humano, aquela contada nos livros de história.

Com isso, observamos significados diferentes para a mesma palavra, ou seja, o emprego das palavras
constitui uma polissemia e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

38. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)
“Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma POLÍTICA preventiva a
respeito dos jogadores.”
“O brasileiro espera que a POLÍTICA no Brasil, siga os caminhos da ética.”
Ao observar a palavra destacada nos trechos acima, pode-se dizer que se trata de:

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A) holonímia.
B) polissemia.
C) homonímia.
D) meronímia.
E) metonímia.

Comentário: A palavra “política” no primeiro exemplo significa “conjunto de ações”. Já, no segundo exemplo,
significa “arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido, influência da
opinião pública, aliciação de eleitores etc.”.

Há, portanto, polissemia das palavras e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

39. (Fundatec / Prefeitura de Foz do Iguaçu – PR Agente – 2016)


Fragmento do texto: Todas essas medidas, no entanto, são paliativas, ou seja: são apenas para minimizar ou
combater uma situação já existente. A melhor forma de lidar com esse problema, na verdade, é realizar uma
devida prevenção, através da construção de sistemas eficientes de drenagem, da desocupação de áreas de
risco, da criação de reservas florestais nas margens dos rios, da diminuição dos índices de poluição e de
geração de lixo, além de um planejamento urbano mais consistente.
O sentido de consistente (l. 6) no texto assemelha-se a qual dos seguintes casos?
a) O bolo ficou bem consistente, pois faltou fermento.
b) Aquele atleta tem musculatura consistente.
c) A parede era pouco consistente e desmoronou.
d) Suas metas para a empresa eram bem consistentes.
e) Fizemos um lanche bem consistente após o jogo.

Comentário: O vocábulo “consistente”, originalmente, tem sentido de “compacto”, “grosso”, “duro”. Por
extensão de sentido, pode-se entender no contexto que há necessidade de um planejamento urbano mais
adequado, mais viável. Tal sentido é o mesmo encontrado na alternativa (D), pois se entende que as metas
para a empresa eram viáveis, adequadas.

A alternativa (A) está errada, pois “consistente”, neste contexto, é o mesmo que duro.

A alternativa (B) está errada, pois “consistente”, neste contexto, é o mesmo que robusto, duro.

A alternativa (C) está errada, pois “consistente”, neste contexto, também é o mesmo que robusto,
duro.

A alternativa (E) está errada, pois “consistente”, neste contexto, é o mesmo que robusto, vigoroso,
forte.

Gabarito: D

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40. (FGV / DPE RO – Técnico Administrativo – 2015)


“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787, se deu
três anos após o país voltar a respeitar o direito de patentes...”.
Nesse segmento do texto, o verbo “dar” mostra o sentido de “ocorrer”; a opção em que o sentido desse
mesmo verbo está corretamente indicado é:
(A) deu o dinheiro a um necessitado / ceder, entregar;
(B) deram-lhe uma joia pelo quadro / oferecer;
(C) deram-lhe 100 mil pela estatueta / trocar;
(D) deu na TV que vai chover / assistir;
(E) elas sempre se dão bem nas provas / pensar, refletir.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois se entende que alguém entregou o dinheiro (doou) a um
necessitado.

Na alternativa (B), o verbo “deram” tem o sentido de “troca”: trocaram uma joia pelo quadro.

Na alternativa (C), tem o sentido de pagamento: pagaram-lhe 100 mil reais pela estatueta.

Na alternativa (D), tem o sentido de informação, afirmação, cientificação: informou-se na TV que vai
chover.

Na alternativa (E), tem o sentido de bom desempenho: elas sempre têm bom desempenho nas
provas.

Gabarito: A

41. (FGV / TCE BA – Agente público – 2013)


Fragmento do texto: As cidades são os centros da atividade econômica da Europa, assim como da inovação
e do emprego. Mas também elas se debatem com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência
para a suburbanização, a concentração da pobreza e do desemprego em zonas urbanas e os problemas
resultantes de um crescente congestionamento. Problemas tão complexos como esses requerem
imediatamente respostas integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego, bem
como respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e de coesão europeias têm como
objetivo fazer face a estes desafios.
Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento urbano para o período entre
2007 e 2013, o que representa 6,1% do orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante,
3,4 mil milhões de euros destinam‐se à reabilitação de sítios industriais e terrenos contaminados, 9,8 mil
milhões de euros a projetos de regeneração urbana e rural, 7 mil milhões de euros a transportes urbanos
limpos e 917 milhões de euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura nos domínios da
investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da saúde e da cultura têm também
um impacto significativo nas cidades.
“Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e
2013”.

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O verbo “afetar”, nesse segmento do texto, tem o seguinte significado:


(A) “fingir; simular”.
(B) “produzir lesão em”.
(C) “afligir, comover, abalar”.
(D) “aplicar em”.
(E) “apresentar a forma de”.

Comentário: O verbo “afetar” tem vários sentidos possíveis:

1. Fingir; simular: A imagem de bonzinho afetou a de uma pessoa honesta.

2. Produzir lesão em; lesar: A tuberculose afetou-lhe o pulmão direito.

3. Afligir, comover, abalar: Afetou-o muito a morte do amigo.

4. Dizer respeito a; concernir, interessar: Afirmou que, naquilo que o afetava, nada tinha a opor.

5. Apresentar, imitar (a forma de uma coisa ou de um ser): afetar a forma de um losango.

Mas cabe aqui mais um sentido, o que se encontra neste contexto. Veja que o verbo “afetar”, no
texto, é transitivo direto e indireto e se encontra na voz passiva: Foram afetados cerca de 21,1 milhões de
euros ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013.

Assim, entendemos que cerca de 21,1 milhões de euros foram afetados ao desenvolvimento urbano
para o período entre 2007 e 2013, isto é, aplicados no desenvolvimento urbano para o período entre 2007
e 2013.

Assim, a alternativa correta só pode ser a (D).

Gabarito: D

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42. (Funrio / FURP Assistente Administrativo – 2010)


TEXTO: TREM DAS ONZE
Não posso ficar nem mais um minuto com você.
Sinto muito, amor, mas não pode ser.
Moro em Jaçanã... Se eu perder esse trem,
Que sai agora às onze horas,
Só amanhã de manhã.
E além disso, mulher, tem outra coisa:
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar.
Sou filho único, tenho minha casa para olhar.
Eu não posso ficar...
(Adoniran Barbosa: CD “Demônios da Garoa – série BIS”. EMI, 2007, disco 2, faixa 02)
Ao dizer, quase ao final da canção, que tem “uma casa para olhar”, o eu-poético emprega o verbo olhar com
o mesmo valor semântico que se encontra em
A) A cartomante olhava as cartas uma a uma.
B) A menina é tão nova e já olha o irmãozinho.
C) Os atletas olhavam entusiasmados para o gramado.
D) Alguns olhavam minhas ordens com desconfiança.
E) Olhe bem suas palavras para não se arrepender.

Comentário: A palavra “olhar”, no contexto da música, significa tomar conta, cuidar.

Na alternativa (A), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”, “observar”.

A alternativa (B) é a correta, pois se percebe que a menina, mesmo sendo nova, toma conta do irmão,
tem cuidado com ele.

Na alternativa (C), o verbo “olhar” significa simplesmente “ver”, “observar”.

Na alternativa (D), o verbo “olhar” tem o sentido de “perceber”, “examinar”, “sondar”.

Na alternativa (E), o verbo “olhe” tem o sentido de prestar atenção, tomar cuidado.

Gabarito: B

43. (Funrio / Investe Rio Administrador – 2010)


Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo portam o mesmo sentido.
A) Com a finalidade de aplicar o que aprendera com seu avô, ele aplicou todos os seus recursos em ações
imobiliárias.

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B) A baleia azul chega a atingir seis metros de comprimento e quase nunca chega às costas sul-americanas.
C) Ele viu que realmente estava com sede quando viu o companheiro tomar um refrigerante estupidamente
gelado.
D) Chamará toda a turma para vir à reunião, quando vir que os desentendimentos foram todos superados.
E) Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se destacasse o mais importante.

Comentário: Na alternativa (A), a primeira ocorrência do verbo “aplicar” significa pôr em prática, empregar;
a segunda ocorrência significa investir. Vamos reescrever a frase com sinônimos:

Com a finalidade de empregar o que aprendera com seu avô, ele investiu todos os seus recursos em ações
imobiliárias.

Na alternativa (B), a primeira ocorrência do verbo “chegar” significa atingir um ponto, alcançar; a
segunda ocorrência significa atingir certo lugar, ir. Vamos reescrever a frase com sinônimos:

A baleia azul alcança seis metros de comprimento e quase nunca vai às costas sul-americanas.

Na alternativa (C), a primeira ocorrência do verbo “ver” significa perceber; a segunda ocorrência
significa olhar. Vamos reescrever a frase com sinônimos:

Ele percebeu que realmente estava com sede quando olhou o companheiro tomar um refrigerante
estupidamente gelado.

Na alternativa (D), a primeira ocorrência de “vir” significa deslocar-se, chegar; a segunda ocorrência,
na realidade, é o verbo “ver” flexionado no tempo futuro do subjuntivo “vir” (quando eu vir os meus amigos,
quando tu vires meus amigos, quando ele vir os meus amigos, quando nós virmos os meus amigos, quando
vós virdes os meus amigos, quando eles virem os meus amigos. Assim, a segunda ocorrência significa “ver”,
“observar”, “olhar”.

Veja:

Chamará toda a turma para deslocar-se à reunião, quando observar que os desentendimentos foram todos
superados.

A alternativa (E) é a correta, pois “destacar”, nos dois contextos, significam fazer sobressair, dar vulto
ou relevo a:

Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se destacasse o mais importante.

Gabarito: E

44. (Cesgranrio / Petrobras Superior – 2010)


O valor semântico atribuído ao verbo dar, apresentado entre parênteses, está INCORRETO na frase
(A) Lamentavelmente, deu pouco tempo do seu dia para uma reflexão. (dedicar)
(B) Embora tivesse magoado algumas pessoas, não se deu conta. (percebeu)

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(C) Daqui a um tempo, dará por terminado o seu problema maior. (considerar)
(D) O seu primeiro erro se deu quando tentou ajudar um amigo em apuros. (concedeu)
(E) No presente, a vida se dá tão pessimista. (apresenta)

Comentário: Note que, na alternativa (D), podemos entender que “conceder” significa doar, dar algo a
alguém. Isso não ocorreu no contexto. Nesta frase, o verbo “dar” encontra-se no sentido de “ocorrer”.

Gabarito: D

45. (Cesgranrio / PROMINP Médio – 2010)


A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a mesma construção sintática
com que é usado em “ele pegou um balde grande de plástico,” é:
(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado.
(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos.
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas.
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora.
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar.

Comentário: No contexto, o verbo “pegou” está no sentido de “apanhar”, “segurar”.

(A): “pegam” tem o mesmo sentido de abstraem, entendem.

(B): “Pegar” tem o mesmo sentido de conquistar, conseguir.

(C): “Pegou” tem o mesmo sentido de receber algo por influência.

(D): “Pegou” tem o mesmo sentido do verbo do pedido da questão: “apanhar”. Porém, a construção sintática
é diferente. Este verbo é transitivo indireto, e o da frase da questão é transitivo direto.

(E): “Pegou” tem o mesmo sentido da frase acima e a mesma regência: são transitivos diretos. Portanto, é a
alternativa correta.

Gabarito: E

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4 – HOMONÍMIA E PARONÍMIA
Vamos, agora, trabalhar alguns vocábulos de particularidades interessantes: os homônimos,
parônimos e expressões afins.

Homônimas são palavras de som ou grafia iguais e sentidos diferentes. Há dois tipos de homônimos:
os homônimos homógrafos e homônimos homófonos.

Os homógrafos são palavras que têm a mesma grafia, podendo ter ou não a mesma pronúncia e
sentido diferente: sede (/é/ lugar principal), sede (/ê/ desejo veemente) e sede (/ê/ necessidade de ingerir
líquido).

Já os homófonos são palavras que têm a mesma pronúncia, mas grafia e sentido diferentes:
incipiente/insipiente, cessão/seção/sessão.

Já os parônimos são palavras muito parecidas na pronúncia e na grafia, mas não são idênticas.
Exemplos: delatar/dilatar, iminente/eminente.

Vamos, agora, elencar alguns vocábulos que têm caído nas provas:

1) Uso dos porquês

1) Porquê (junto e com acento)

É usado quando for sinônimo de motivo, causa, indagação. Por ser substantivo, admite artigo e pode
ir ao plural:

Os considerandos são os porquês de um decreto.

O Relator explicou o porquê de cada emenda.

Qual é o porquê desta vez?

2) Por quê (separado e com acento)

É usado quando a expressão aparecer em final de frase, ou sozinha:

Brigou de novo, por quê?

Brigou de novo? Por quê?

Ria, ria sem saber por quê.

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3) Porque (junto e sem acento)

É usado nos seguintes casos:

a. Para introduzir explicação, causa, motivo, podendo ser substituído por conjunções causais como
pois, porquanto, visto que:

Traga agasalho, porque vai fazer frio.(conjunção coordenativa explicativa = pois)

A reunião foi adiada porque faltou energia.(conjunção subordinativa causal = pois)

Porque ainda é cedo, proponho esperarmos um pouco mais. (conjunção subordinativa causal = como)

b. Nas frases interrogativas a que se responde com “sim” ou “não”:

Ele não votou o projeto porque estava de licença?

Essa medida provisória está na pauta de votação porque é urgente?

Na realidade, a conjunção “porque” continua sendo subordinativa adverbial causal. A diferença é que
na própria pergunta já se dá a causa (oração subordinada adverbial causal).

c. Como conjunção de finalidade (= para que), levando o verbo para o subjuntivo. Esta construção é
arcaica, mas vez por outra tem sido encontrada:

Rezo porque tudo corra bem.

Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.

Contemporaneamente, para exprimir finalidade, objetivo, prefere-se usar para que em lugar de porque: Rezo
para que tudo corra bem.

4) Por que (separado e sem acento)

É usado nos seguintes casos:

a. nas interrogativas diretas e indiretas:

Por que você demorou tanto? (interrogativa direta)

Quero saber por que meu dinheiro está valendo menos. (interrogativa indireta)

b. sempre que se puder inserir as palavras motivo, razão:

Não sei por que ele se ofendeu. (Não sei por que motivo ele se ofendeu.)

O funcionário explicou por que havia faltado. (O funcionário explicou por que motivo havia faltado.)

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c. quando a expressão puder ser substituída por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais,
confirma-se que há pronome relativo “que” antecedido da preposição “por”:

A estrada por que passamos está em péssimo estado de conservação.

(A estrada pela qual passamos está em péssimo estado de conservação.)

Esse é o motivo por que a reunião foi adiada.

(Esse é o motivo pelo qual a reunião foi adiada.)

d. quando “que” for conjunção integrante iniciando oração subordinada substantiva objetiva indireta
ou completiva nominal, com imposição da preposição “por” pelo verbo ou nome, respectivamente:

Torcemos por que tudo se resolva logo. (= torcemos por isso)

O Relator estava ansioso por que começasse a votação. (= ansioso por isso)

Não se pode confundir este último caso com o uso da conjunção de finalidade (conforme acima - nº
3, letra c). Veja a diferença:

Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.

Note que o nome opinião, anterior à conjunção, não exigiu a preposição por. Além disso, percebe-se
a intenção, a finalidade de não expressar sua opinião: para que não desanimasse os colegas.

O Relator estava ansioso por que começasse a votação.

Aqui, o nome ansioso exige a preposição por, razão pela qual deve ser separada do que.

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2. Mau e mal

1) Mau

Mau é antônimo de bom. Pode aparecer como:

a. adjetivo – varia em gênero e número:

Não era mau rapaz, apenas um pouco preguiçoso.

Não eram maus rapazes, apenas um pouco preguiçosos.

Obs.: (feminino) Não era má atriz nas novelas, mas boa cantora no palco.

b. palavra substantivada:

Os bons vencerão os maus.

2) Mal

Mal é antônimo de bem. Pode aparecer como:

a. advérbio – não varia:

O candidato foi mal recebido.

Fizeram mal em dizer tais coisas.

b. substantivo – varia em número:

O mal nem sempre vence o bem.

Há males que vêm para o bem.

c. conjunção (corresponde a quando)– não varia:

Mal cheguei, ele saiu.

d. mal é também um prefixo:

mal-educado, malcriado, mal-humorado

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3. Mas – más – mais

1. Mais pode ser um pronome ou um advérbio. É o contrário de menos:

a. advérbio (indica intensidade) – modifica verbo ou adjetivo:

Converse menos e trabalhe mais.

A garota está mais bonita hoje.

b. pronome indefinido (indica quantidade) – modifica um substantivo:

Comprei mais lâmpadas para a sala de aula.

2. Mas é uma conjunção adversativa (indica oposição). Equivale a porém, todavia, contudo:

Ele pretendia apoiá-la, mas na última hora desistiu.

3. Más é adjetivo:

Ela é uma má aluna.

4. Há – a – à

1) Emprega-se o há:

a. Com referência ao verbo fazer, indicando tempo decorrido:

Não o vejo há quinze dias.

Não se encontram há tempos.

Saiu daqui há duas horas.

b. Quando se trata de forma do verbo haver:

Há um artigo interessante nesta revista.

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2) Emprega-se o a (preposição):

a . Com referência a tempo futuro:

A dois minutos da peça, o ator ainda retocava a maquilagem.

b. Com referência a distância:

Morava a cinco quadras daqui.

3) Emprega-se o a (artigo) quando se antepõe a substantivo feminino:

A apólice tornou-se grande trunfo na mão do advogado.

4) Emprega-se o à quando houver crase da preposição a com o artigo a ou com o demonstrativo a:

Rendeu à colega uma homenagem semelhante à que recebera.

5. Senão – se não

1. A palavra senão é usada equivalendo a :

a. do contrário (conjunção)

Saia daqui, senão vai se molhar.

b. a não ser, salvo, exceto (preposição):

Não podia acreditar, senão vendo com os próprios olhos.

Não faz outra coisa, senão reclamar.

c. mas sim, porém (conjunção adversativa)

Não tive a intenção de exigir, senão de pedir.

Aconselhava não como chefe, senão como amigo.

d. defeito, falha (substantivo):

Fez um discurso perfeito, sem nenhum senão. (Esta é a forma que se usa na expressão “senão vejamos”.)

2. A expressão se não é usada equivalendo a caso não (conjunção condicional e hipotética):

Esperarei mais um pouco; se não vier, irei embora. (caso não venha)

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Se não buscares, não encontrarás.

O dispositivo está na Constituição, se não no Regimento Interno.

6. A fim de – afim

1. A expressão a fim de indica finalidade; corresponde a para:

Cheguei cedo a fim de terminar meu serviço.

(Deve-se evitar estar a fim de no sentido de estar com vontade de em textos mais elaborados, pois trata-se
de modismo, de gíria. Seu emprego só se justifica em textos coloquiais: Eu não estou a fim de sair hoje.)

2. A palavra afim (numa única palavra) corresponde a semelhante ou parente por afinidade:

A Matemática e a Física são ciências afins.

A língua portuguesa é afim da espanhola.

7. A par ou ao par?

1. A expressão a par equivale a ciente, informado, prevenido; em geral, emprega-se com o verbo estar:

O diretor não estava a par do assunto.

2. A expressão ao par emprega-se em relação a câmbio; indica título ou moeda de valor idêntico:

O real já esteve ao par do dólar. As ações foram cotadas ao par.

A lista a seguir mostra os distintos significados das palavras e expressões que podem gerar dúvidas:

Abaixo-assinado: documento em geral de reivindicação, protesto ou solidariedade assinado por várias


pessoas: Não faltaram abaixo-assinados contra a reforma da Previdência.

Abaixo assinado: cada uma das pessoas que assinam um abaixo-assinado: Nós, abaixo assinados, vimos
manifestar...

Abjeção: baixeza, degradação: Em um ambiente de abjeção, as pessoas perdem o respeito.

Objeção: réplica, contestação, obstáculo: O projeto tramitou sem encontrar nenhuma objeção.

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Absolver (absolvição): inocentar, perdoar: O tribunal absolveu o réu.

Absorver (absorção): embeber em si, recolher em si, fazendo desaparecer por incorporação ou assimilação:
O novo órgão absorveu as funções das duas secretarias que foram extintas.

Acender: pôr fogo: Acender uma fogueira; ligar: Acender a lâmpada.

Ascender: subir, elevar-se: Ascender na carreira.

Acento: sinal gráfico, tom de voz: Nos discursos que fazia, era mestre em pôr o acento certo nas palavras
certas.

Assento: banco, cadeira: O Brasil reivindica assento no Conselho de Segurança da ONU.

Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, falou acerca de seus projetos.

A cerca de: preposição “de” + quantidade aproximada: Brasília fica a cerca de duzentos quilômetros de
Goiânia.

Há cerca de: verbo “há” + quantidade aproximada: O povoado existe há cerca de um século; Atualmente, há
cerca de trezentos moradores vivendo em suas ruelas.

Acessório: suplementar, adicional, secundário: As questões acessórias serão discutidas posteriormente;


aquilo que se junta ao principal, complemento: Comprou acessórios de informática.

Assessório: assessorial; relativo a assessores.

Acidente: acontecimento casual, imprevisto: Encontraram-se por acidente em uma solenidade; desastre: Por
sorte, ninguém se feriu no acidente.

Incidente: episódio; dificuldade passageira: O incidente da agressão ao diplomata desencadeou uma crise
entre os dois países.

Alto: de grande dimensão vertical, elevado: alto-falante, muro alto.

Auto: de si mesmo; ato público; registro escrito de uma ocorrência: automóvel; autos do processo.

À medida que: à proporção que, ao passo que (expressa o desenvolvimento de ação simultânea a outra): À
medida que amadurecem, as pessoas aumentam sua capacidade de compreensão; A situação foi se
aclarando, à medida que a testemunha relatava os fatos.

Na medida em que: pelo fato de que, uma vez que; porque (expressa causa ou a ideia de utilização de dado
preexistente): Na medida em que o Relator apresentar seu parecer, a Comissão poderá votá-lo
imediatamente; Devemos usar nossas prerrogativas de cidadãos, na medida em que elas existem.

Amoral: que não tem senso de moral; moralmente neutro: Diz-se que a ciência é amoral.

Imoral: contrário à moral, aos bons costumes; indecoroso; libertino: Conduta imoral.

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Moral: que está conforme os princípios socialmente aceitos: Encerrou o discurso com uma anedota de cunho
moral.

Ante: preposição: em frente a, perante: A verdade está ante nossos olhos; em consequência de; diante de:
Ante os protestos, recuou da decisão. (Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.)

Ante: pref. expressa anterioridade: anteontem, antessala.

Anti: pref. expressa contrariedade, oposição: antiácido, antirregimental.

Ao encontro de: para junto de: Com os braços abertos, caminhou ao encontro dos colegas; favorável a,
concordante ou compatível com: Suas ideias vêm ao encontro do que o projeto defende (as ideias concordam
com o que o projeto defende).

De encontro a: contra; em prejuízo de: Tropeçou, indo de encontro à mesa; Suas ideias vão de encontro ao
que o projeto defende (as ideias são contrárias ao que o projeto defende).

Ao invés de: ao contrário de (deve ser empregado quando houver oposição real entre uma coisa e outra):
Ao invés de aprovar, rejeitou; Ao invés de rir, chorou.

Em vez de: em lugar de; em substituição a: Em vez do Presidente, falou o Vice-Presidente; Em vez de pôr o
projeto em votação, suspendeu a sessão; ao invés de: Em vez de rir, chorou.

Aonde: usa-se com verbos de movimento (ir a, dirigir-se a, chegar a, etc.): Aonde vai o Brasil?; A comissão
aonde (à qual / para a qual) foi encaminhado o projeto irá apreciá-lo hoje.

Onde: usa-se com verbos que não dão ideia de movimento: Onde está o projeto no momento?; A comissão
onde (em que / na qual) se encontra o projeto irá apreciá-lo hoje; Onde será a reunião?

Aparte: interrupção ao orador: “Concedo o aparte ao nobre Colega.”

À parte: isoladamente: O destaque apresentado foi votado à parte.

Apreçar: perguntar o preço.

Apressar: dar pressa.

A princípio: no começo, inicialmente: A princípio, ninguém acreditava que o projeto seria aprovado.

Em princípio: antes de qualquer consideração; de maneira geral; em tese: Em princípio, as leis visam ao bem
comum.

No princípio: mesmo que a princípio.

Aresto: acórdão, solução de um julgado.

Arresto: apreensão judicial de bens para garantir futura cobrança de dívida; embargo.

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Arrochar (arrocho): apertar muito: Arrochar o salário.

Arroxar: variação do verbo arroxear “tornar roxo”.

Ascendente: ancestral, antepassado (pai, avô, etc.): O avô materno foi o ascendente que mais o estimulou a
seguir a carreira política.

Descendente: pessoa que descende de outra (filho, neto, etc.): Os descendentes souberam consolidar o
império industrial iniciado pelo patriarca.

À toa: com a reforma ortográfica, é a mesma grafia para adjetivo (irrefletido; inútil): Um gesto à toa e para
locução adverbial de modo (a esmo; irrefletidamente): Uma pessoa que vive à toa.

Avocar: chamar; atribuir a si; arrogar-se: Avoca a si poderes de que não está investido.

Evocar: lembrar; invocar: De maneira saudosa, vive evocando o passado.

Invocar: pedir a proteção ou a ajuda de; chamar: Invocou o apoio de seus pares.

Caçar (caça): perseguir para aprisionar ou matar: A polícia caçou os fugitivos até encontrá-los.

Cassar (cassação): anular, revogar: A portaria cassou as aposentadorias concedidas irregularmente.

Cardeal: adj. principal, fundamental. • subst. prelado: O cardeal foi quem celebrou a missa.

Cardial: cárdico, cardíaco.

Cavaleiro: que anda a cavalo; cavalariano.

Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre.

Cela: pequeno quarto de dormir.

Sela: assento que se põe sobre cavalgadura.

Censo: levantamento de dados estatísticos; recenseamento: De acordo com o Censo 2000, há 171 milhões
de brasileiros.

Senso: faculdade de julgar, de sentir; juízo, entendimento: O estudo da Filosofia desenvolve o senso crítico.

Cerrar: fechar; unir fortemente: Cerrou as mãos e soltou um grito; Encontrou todas as portas cerradas.

Serrar: cortar com serra ou serrote: Os fugitivos serraram as grades da cela.

Cessão: ato ou efeito de ceder: Agradeceu ao orador a cessão do aparte; transferência de posse ou direito:
Cessão sem ônus.

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Seção: setor, repartição: Trabalha na Seção de Editoração; subdivisão de um todo: Um extenso capítulo com
muitas seções.

Sessão: espaço de tempo em que se realiza um trabalho: A sessão solene estendeu-se por mais de três horas;
A primeira sessão do filme começará às 17 h.

Chá: bebida: Em vez de chá, tomou café.

Xá: antigo soberano do Irã.

Cheque: ordem de pagamento.

Xeque: chefe muçulmano; lance de xadrez. (xeque-mate = o rei morreu ou o rei está morto)

Pôr em xeque: pôr em dúvida ou dificuldade.

Comprimento: dimensão longitudinal de um objeto; tamanho: A sala tem 10 m de comprimento.

Cumprimento: ato ou efeito de cumprir: o cumprimento de uma promessa; gesto ou palavra de elogio ou
de saudação: Recebeu emocionado os cumprimentos dos colegas.

Concertar: fazer acordo; combinar: Os Líderes concertaram a votação para hoje. Concerto: acordo; ajuste: O
projeto foi aprovado graças ao concerto entre os partidos; harmonia: O concerto das nações; espetáculo
musical: O concerto foi aplaudido de pé.

Consertar (conserto): reparar; restaurar: Mandou consertar o relógio.

Coser: costurar.

Cozer: cozinhar.

Deferir (deferimento): atender: A Diretora deferiu prontamente o pedido; outorgar, conceder: Os jurados
deferiram o prêmio ao jovem cientista.

Diferir (diferimento): adiar: A empresa diferiu o pagamento; ser diferente: Esses projetos diferem apenas no
acessório, sendo idênticos no essencial.

Defeso /ê/: adj. proibido: É defeso utilizar tributo com efeito de confisco; não sujeito a, isento. subst. período
do ano em que é proibido caçar ou pescar: O defeso da lagosta.

Defesso /é/: que se fatigou; cansado.

Delatar (delação): denunciar; revelar (crime ou delito): No interrogatório, o assaltante delatou seus
comparsas.

Dilatar: aumentar as dimensões ou o volume (dilatação): O calor dilata os sólidos; adiar, diferir, prorrogar
(dilação): O Governo dilatou o prazo para pagamento do imposto.

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Demais e por demais: excessivamente, em demasia: A discussão deixou-a irritada demais (ou: por demais
irritada).

De mais: a mais: A conta veio com trinta reais de mais. (Na dúvida entre demais e de mais, lembrar que de
mais é intercambiável com de menos.)

Descrição: ato ou efeito de descrever; retrato: Fez uma descrição sumária da situação.

Discrição: qualidade de discreto, do que não atrai a atenção: Veste-se com discrição; discernimento; poder
(discricionário) da autoridade de agir.

Descriminalizar: isentar de culpa; excluir a criminalidade: Há uma tendência de se descriminalizar a


maconha.

Descriminar: mesmo que descriminalizar.

Discriminar: diferençar, distinguir; separar: Discriminar o bem do mal.

Desidioso: em que há desídia; preguiçoso; negligente.

Dissidioso: em que há dissídio, divisão; conflituoso, desarmonioso.

Destratar: maltratar com palavras.

Distratar: desfazer (trato, acordo).

Discente: relativo a alunos: O corpo discente reclamou daquele professor.

Docente: relativo a professores: O corpo docente avaliou os recursos dos alunos.

Dorso: costas.

Torso: tronco.

Elidir: fazer elisão “supressão”; excluir, eliminar: A elisão fiscal é lícita.

Ilidir: rebater, contestar, refutar: No tribunal, foi capaz de ilidir as provas que o incriminavam.

Eludir: evitar ou esquivar-se com astúcia ou com artifício: Eludir a lei.

Iludir: causar ilusão em; enganar; burlar: Suas promessas já não iludem ninguém.

Emenda: correção de falta ou defeito, alteração: A emenda aperfeiçoou o projeto; regeneração.

Ementa: resumo, síntese (de lei, decisão judicial, etc.): Muitas ementas terminam com a expressão “e dá
outras providências”.

Emergir: vir à tona; surgir, manifestar-se.

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Imergir: fazer submergir; mergulhar, afundar.

Emigrar (emigrante): sair de um país para ir viver em outro: Milhares de descendentes de japoneses
emigraram do Brasil para o Japão.

Imigrar (imigrante): entrar em outro país para nele viver: A maioria dos alemães que imigraram para o Brasil
fixaram-se no Sul.

Migrar (migrante): mudar periodicamente de região ou país; passar de um lugar para outro.

Eminente: proeminente; sublime; ilustre, notável: O eminente professor marcou época com aulas
memoráveis.

Iminente: que está a ponto de acontecer: Com o transbordamento do rio, a inundação da cidade é iminente.

Empoçar: formar poça.

Empossar: dar ou tomar posse.

Espectador: aquele que assiste a um espetáculo.

Expectador: aquele que permanece na expectativa.

Esperto: atento; perspicaz; ativo.

Experto: especialista, perito.

Espiar: observar secretamente, espionar.

Expiar: remir (a culpa), cumprindo pena; purificar-se.

Estada: ato de estar; permanência: A estada da comitiva na capital foi de três dias.

Estadia: prazo concedido para carga e descarga de um navio mercante num porto.

Observação: O dicionário Aurélio (2009) categoriza este vocábulo também com valor de estada,
permanência, mesmo este uso sendo condenado por muitos.

Estático: imóvel como estátua; sem movimento; parado, hirto. “Olhava, estática, os destroços espalhados
pelo chão”.

Extático: posto em êxtase, absorto, enlevado.

Estrato: camada; faixa ou camada de uma população: Estratos sociais.

Extrato: coisa que se extraiu de outra; resumo: Extrato bancário; perfume.

Flagrante: registrado no momento da realização: Prisão em flagrante; evidente.

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Fragrante: perfumado.

Florescente: que floresce; próspero: pomares florescentes.

Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência: Comprei uma lâmpada fluorescente.

Florescer: florir; prosperar, desenvolver-se: A indústria do turismo floresce a cada dia.

Fluorescer: emitir radiação de fluorescência.

Incerto: duvidoso; impreciso.

Inserto: inserido; introduzido.

Incipiente: que está no começo.

Insipiente: ignorante; tolo.

Incontinente: adj. imoderado, desregrado; sensual, lascivo.

Incontinente ou incontinênti: adv. imediatamente, logo, sem intervalo: Os bombeiros responderam


incontinente/ incontinênti ao chamado.

Indefeso /ê/: sem defesa; desprotegido.

Indefesso /é/: incansável; incessante.

Infligir: impor, aplicar (pena, castigo): Na votação, os partidos de Oposição infligiram uma dura derrota ao
Governo.

Infringir: desobedecer a; transgredir: Quem infringe o Código Penal está sujeito a ser levado preso.

Intemerato: não corrompido; puro.

Intimorato: que não sente temor; destemido.

Intercessão: ato de interceder, de intervir.

Interse(c)ção: cruzamento; corte.

Mandado: ordem escrita emitida por autoridade pública: Mandado de prisão.

Mandato: concessão de poderes para desempenho de uma representação; procuração; delegação: Mandato
parlamentar.

Melhora: recuperação de mal físico ou moral; mudança para melhor estado ou condição.

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Melhoria: melhoramento; aprimoramento; mesmo que melhora “mudança para melhor estado ou
condição”.

Óptico: respeitante à óptica “ciência da visão”; relativo à visão ou ao olho; ocular.

Ótico: relativo ao ouvido; que é eficaz contra os males do ouvido.

Ordinal: que denota ordem, posição.

Ordinário: conforme ao costume; comum; frequente; vulgar.

Original: que não ocorreu antes; novo; autêntico; com caráter próprio; primitivo.

Originário: oriundo, proveniente; que não se alterou.

Paço: palácio real ou episcopal.

Passo: ato ou jeito de andar.

Pleito: questão em juízo; discussão; eleição: Ele elegeu-se no pleito do ano passado. Pleitear: demandar em
juízo; falar a favor de; fazer por conseguir: Pleitear um cargo.

Preito: homenagem; respeito; assunto.

Render preito: fazer declaração de louvor, gratidão, respeito.

Posar (pose): assumir atitude, modos ou ares de algo que se quer aparentar; fazer pose: Posar para fotos.

Pousar (pouso): descer, baixar em pouso: O avião pousou; pernoitar: Pousaram em um hotel à beira da
estrada.

Preceder: anteceder, vir antes; ter precedência.

Proceder: vir, provir; originar-se.

Preeminente: que ocupa lugar mais elevado; superior; sublime.

Proeminente: que sobressai; que avança em ponta; preeminente.

Prescrever (prescrição): preceituar; receitar: O médico prescreveu repouso; perder o efeito: O prazo para
cobrança da dívida prescreveu.

Proscrever (proscrição): banir; expulsar; vetar: A Constituição proscreve a pena de banimento.

Prever: ver antecipadamente.

Prover: abastecer; regular; nomear para um cargo; deferir.

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Provir: vir de; originar-se; resultar: Certas doenças provêm da falta de saneamento básico.

Ratificar (ratificação): confirmar, validar.

Retificar (retificação): corrigir.

Recrear: proporcionar recreação a; divertir(-se).

Recriar: criar de novo.

Reincidir (reincidência): tornar a incidir, recair em; repetir.

Rescindir (rescisão): tornar nulo (contrato); cancelar.

Remição: ato ou efeito de remir “tornar a obter, resgatar”; liberação de pena ou dívida.

Remissão: ato ou efeito de remitir “perdoar”; perdão; ação ou efeito de remeter.

Repreensão: ato de repreender; censura; advertência.

Repressão: ação de reprimir; contenção; impedimento.

Saldar: pagar o saldo de; liquidar (contas).

Saudar: cumprimentar; aclamar.

Segmento: porção de um todo: Segmento de mercado.

Seguimento: continuação: Dar seguimento ao trabalho.

Sob: debaixo de: A lixeira fica sob a mesa; debaixo de autoridade, comando, orientação: Agiu sob o manto
da lei; Sob esse ponto de vista, o argumento dele está correto; Ficou sob a mira do assaltante.

Sobre: em cima de: O livro está sobre a mesa; acima de, em lugar superior: Nem sempre sabemos que forças
atuam sobre nós; a respeito de: No discurso, falou sobre a seca.

Sobrescrever ou sobrescritar: escrever (no envelope) nome e endereço do destinatário.

Subscrever ou subscritar: assinar.

Sortir: prover, abastecer: Sortiu a despensa com as compras.

Surtir: dar como resultado: Apesar de oportuna, a medida não surtiu a mudança desejada.

Tachar: pôr defeito em, qualificar negativamente; censurar: Tachou a Oposição de revanchista; Tacharam-
no de provinciano.

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Taxar: tributar; submeter a uma taxa: O Brasil taxa pesado as importações de certos produtos; fixar o preço
de: O correio taxa as cartas com base no peso das mesmas; qualificar positivamente ou negativamente:
Taxou a Oposição de aguerrida; Taxaram-no de provinciano.

Tampouco: também não, muito menos (é usado para reforçar uma negação): Não veio, tampouco telefonou;
Não pôde encaminhar o trabalho no prazo, tampouco teve tempo de revisá-lo. (Nem tampouco é expressão
redundante, a ser evitada.)

Tão pouco: muito pouco: É pena que demonstre tão pouco interesse pelos estudos; em tal (pequeno, escasso)
grau ou quantidade: Ganha tão pouco, que mal tem dinheiro para comer.

Tráfego: movimento ou fluxo: tráfego aéreo; trânsito: Tráfego congestionado.

Tráfico: negócio, comércio: tráfico negreiro; negócio ilícito: Tráfico de entorpecentes.

Trás: atrás, detrás; após, depois de.

Traz: forma do verbo trazer.

Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas.

Vestuário: conjunto das peças de vestir; traje.

Vultoso: de grande vulto, volumoso, muito grande: Pagou pelo resgate uma vultosa soma em dinheiro.

Vultuoso: acometido de vultuosidade “inchaço no rosto”.

46. (IBADE / IABAS Dentista 2019)


Observe o emprego de “mal” no trecho em destaque.
“... as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do escorpião urbano no
Brasil”.
Agora preencha as lacunas com o adjetivo ou com o advérbio.
Ele falava ________ do governo, mas sempre se comportava ________ diante dos empregados, que o tinham
como um _______ chefe, porque, além de os pagar ________, desempenhava ______ seu papel de líder.
A sequência está correta em:
A) mau – mau – mal -mau – mau.
B) mau – mal – mau – mal – mal.
C) mau – mal – mau -mal -mau.

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D) mal – mal – mau – mal -mal.


E) mal – mau – mal – mau – mau.

Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida pelo advérbio “mal”, pois modifica o verbo “falava”. A
segunda lacuna deve ser preenchida pelo advérbio “mal”, pois modifica o verbo “comportava”. A terceira
lacuna deve ser preenchida pelo adjetivo “mau”, pois caracteriza o substantivo “chefe”. A quarta lacuna deve
ser preenchida pelo advérbio “mal”, pois modifica o verbo “pagar”. A quinta lacuna deve ser preenchida pelo
advérbio “mal”, pois modifica o verbo “desempenhava”.

Gabarito: D

47. (CETREDE / Prefeitura de Acaraú - CE Auxiliar Administrativo 2019)


Marque a opção em que as palavras são parônimas.
A) Roma / romã.
B) Viagem / viajem.
C) Seção / sessão.
D) Fases / fazes.
E) Inflação / infração.

Comentário: Palavras parônimas são muito parecidas na pronúncia e na grafia, mas não são idênticas. Dessa
forma, a alternativa em que as palavras são parecidas é a (E), uma vez que inflação significa aumento de
volume, enquanto infração significa transgredir, desobedecer.

Gabarito: E

48. (FGV / DPE-RJ Técnico Médio de Defensoria Pública 2019)


A frase em que está correto o emprego de um dos parônimos mandado/mandato é:
A) O mandado de senador dura 8 anos;
B) Impetrou mandato de segurança com pedido de liminar;
C) Não tinha mandado de busca para entrar na casa;
D) Todos desejavam que seu mandado de diretor acabasse;
E) O mandato de apreensão não havia sido expedido.

Comentário: Note que mandado é uma determinação e mandato é um período de tempo.

Assim, a alternativa (A) está errada, pois, no contexto, cabe “mandato”. Veja:

O mandato de senador dura 8 anos.

A alternativa (B) está errada, pois, no contexto, cabe “mandado”. Veja:

Impetrou mandado de segurança com pedido de liminar.

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A alternativa (C) é a correta, pois, na oração, há o sentido de determinação judicial. Logo, a palavra
“mandado” foi empregada corretamente.

A alternativa (D) está errada, pois, no contexto, cabe “mandato”. Veja:

Todos desejavam que seu mandato de diretor acabasse.

A alternativa (E) está errada, pois, no contexto, cabe “mandado”. Veja:

O mandado de apreensão não havia sido expedido.

Gabarito: C

49. (VUNESP / TJ-SP Contador Judiciário 2019)


Assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente empregado, conforme os sentidos do
texto.
A) De acordo com o Fundo Monetário Internacional, há uma eminente redução do PIB mundial para 2019.
B) É possível um conflito comercial, já que os EUA podem retificar uma terceira rodada de tarifas à China.
C) Investidores hoje otimistas logo exigirão o comprimento de medidas para que haja resultados concretos.
D) A decisão da Comissão Europeia mostra que a Itália infligiu acordos que visam evitar aumento de juros.
E) A recuperação econômica do Brasil poderá fluir bem, pois o país tem espaço para uma retomada mais
forte.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o correto é o emprego de “iminente” no sentido de que algo
está a ponto de acontecer. Veja:

há uma iminente redução do PIB mundial para 2019.

A alternativa (B) está errada, pois o correto é o emprego de “ratificar” no sentido de corrigir. Veja:

É possível um conflito comercial, já que os EUA podem ratificar uma terceira rodada de tarifas à China.

A alternativa (C) está errada, pois o correto é o emprego de “cumprimento” no sentido de cumprir.
Veja:

Investidores hoje otimistas logo exigirão o cumprimento de medidas para que haja resultados concretos.

A alternativa (D) está errada, pois o correto é o emprego de “infringiu” no sentido de desobedecer
aos acordos. Veja:

A decisão da Comissão Europeia mostra que a Itália infringiu acordos que visam evitar aumento de juros.

A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “fluir” foi empregado no sentido de correr bem, dar certo.

Gabarito: E

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50. (VUNESP - 2019 - TJ-SP - Médico Judiciário 2019)


Assinale a alternativa que mantém o sentido do texto e emprega, corretamente, termos parônimos.
A) É essencial que juntas médicas promovam seções periódicas para chegar a diagnósticos acurados.
B) Analistas discutem a cerca da migração de alguns profissionais para uma medicina mais técnica.
C) Jayme Murahovschi ratifica o ponto de vista de outros colegas que também acreditam que a profissão
está vivendo uma reviravolta.
D) A finalidade da profissão não se alterou, porém, na atual conjetura, o modus operandi passa por drásticas
mudanças.
E) Apesar das contribuições da robótica, não é fato eminente a realização de cirurgias sem a intervenção
humana.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “seções” significa de maneira geral divisão, mas o contexto
determina a palavra “sessões”, que significa “reuniões”. Note que a palavra “acurados” está bem empregada,
pois transmite a ideia de maior precisão. Veja:

É essencial que juntas médicas promovam sessões periódicas para chegar a diagnósticos acurados.

A alternativa (B) está errada, pois no lugar de “a cerca de” deveria estar empregada a locução
prepositiva “acerca de”, que significa assunto. Veja:

Analistas discutem acerca da migração de alguns profissionais para uma medicina mais técnica.

A alternativa (C) é a correta, pois a palavra “ratifica” foi empregada no sentido de “reforça”,
confirmando o contexto.

A alternativa (D) está errada, pois, no lugar de “conjetura”, deverá estar empregada a palavra
“conjuntura”, que significa situação. Veja:

A finalidade da profissão não se alterou, porém, na atual conjuntura, o modus operandi passa por drásticas
mudanças.

A alternativa (E) está errada, pois, no lugar de “eminente”, deverá estar empregada a palavra
“iminente”, que significa “imediato”. Veja:

Apesar das contribuições da robótica, não é fato iminente a realização de cirurgias sem a intervenção
humana.

Gabarito: C

51. (FACET Concursos / Prefeitura de Esperança - PB Agente Administrativo 2018)


Compare as palavras grifadas nas passagens: “– cabra desgraçado, além de fazer o malfeito, recebe o favor
e nem sequer abana o rabo.” / “Ainda o dono da cabra que baixou os seus:...”.
Do ponto de vista ortográfico, essas palavras são classificadas como:
A) sinônimas

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B) homógrafas, apenas
C) homônimas com sentidos distintos
D) parônimas
E) homófonas, apenas

Comentário: A palavra “cabra”, na primeira ocorrência, possui o sentido de “homem” e, na segunda


ocorrência, nomeia o animal.

Assim, podemos notar que “cabra” possui a mesma grafia e a mesma pronúncia, mas sentidos
diferentes. Portanto, são palavras homônimas.

Logo, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

52. (FGV / Banestes Seguros Assistente Securitário 2018)


A frase abaixo em que houve troca indevida entre parônimos ou homônimos é:
A) “A evolução da técnica chegou ao ponto de tornar-nos inermes diante da técnica” / inertes;
B) “Quem aspira a grandes coisas também deve sofrer muito” / expira;
C) “Aquele que não deixa nada ao acaso raramente fará coisas de modo errado, mas fará pouquíssimas
coisas” / ocaso;
D) “Fala como sábio a um ignorante e este te dirá que tens pouco bom senso” / censo;
E) “Ao entrar em um restaurante, todo cliente espera satisfazer desejos de ordem física e emocional. Os
cardápios devem vir de encontro a essas necessidades” / ao encontro de.

Comentário: A alternativa (A) apresenta a palavra “inermes” bem empregada, pois significa “sem meios de
defesa”, “desarmado”. Assim, podemos entender do trecho que a evolução da técnica chegou ao ponto de
tornar-nos sem meios de defesa, sem reação diante da técnica, o que cabe no contexto. De certa forma,
“inertes” também caberia neste contexto, o que transmitira a ideia de estar sem reação diante da técnica.

A alternativa (B) apresenta a palavra “aspira” bem empregada, pois tem o sentido de desejar, ter por
objetivo. Assim, entende-se do trecho que quem deseja grandes coisas também deve sofrer muito. Neste
contexto, não cabe a palavra “expira”.

A alternativa (C) apresenta a palavra “acaso” bem empregada, pois se encontra no sentido de
acontecimento fortuito, fato imprevisto, por acaso. Assim, entende-se do texto que aquele que não deixa
nada fortuitamente raramente fará coisas de modo errado, mas fará pouquíssimas coisas. Neste contexto,
não cabe “ocaso”, o qual significa desaparecimento, fim.

A alternativa (D) apresenta a palavra “senso” bem empregada, pois significa “juízo”, “sentido”. Assim,
entende-se que alguém tem pouca sensibilidade. A palavra “censo” não cabe neste contexto, pois transmite
a ideia de contagem.

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A alternativa (E) é a que devemos marcar, pois o contexto exige a ideia de afinidade, em favor de, isto
é: Os cardápios devem vir ao encontro dessas necessidades. A expressão utilizada na frase (“de encontro a”)
transmite a ideia de choque, o que não cabe no contexto.

Gabarito: E

53. (Instituto AOCP/ TRT 1ª Região Analista Judiciário 2018)


No excerto “[...] a nossa consciência de que a morte é inevitável é o principal motivo pelo qual existe a cultura
[...]”, a expressão em destaque pode ser substituída, sem gerar prejuízo gramatical, por
a) por que.
b) porque.
c) cujo.
d) por qual.
e) porquê.

Comentário: Sabemos que o pronome relativo “que” pode ser substituído por “o qual”, “a qual”, “os quais”,
“as quais”. Note que “pelo qual” é a junção da preposição “por” com o pronome relativo “o qual”.

Assim, podemos substituir “o qual” por “que” e a alternativa (A) é a correta.

...o principal motivo pelo qual existe a cultura...

...o principal motivo por que existe a cultura...

Gabarito: A

54. (INSTITUTO AOCP / UFBA Técnico em Segurança do Trabalho – 2017)

Em relação à tirinha, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.


No segundo quadrinho, o “Por que” é utilizado sem acento circunflexo e separadamente por introduzir uma
frase interrogativa. Esse termo deve ser escrito dessa mesma maneira quando for uma palavra
substantivada.

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Comentário: A afirmativa está errada, pois quando o termo “por que” for utilizado como palavra
substantivada ele deve ser escrito junto e com acento “porquê”.

Gabarito: E

55. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017)


Em “Os cientistas não sabem explicar o porquê”, a palavra destacada é assim escrita, pois
a) está sendo usada como substantivo, significando “motivo”.
b) está sendo utilizada para introduzir uma causa ou explicação.
c) funciona como pronome relativo, equivalente a “por qual razão”.
d) introduz frase interrogativa.
e) está sendo utilizada em final de frase.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a palavra “porquê” (junto e com acento) está precedida do
artigo definido “o”, logo é uma palavra substantivada, significando “motivo”.

Gabarito: A

56. (FUNDATEC / Pref Porto Alegre-RS Assistente Adm – 2016)


Fragmento do texto: O tempo parece estar passando rápido demais? Acredite: não é só para você. Isso
acontece, principalmente, porque temos muita coisa para fazer. E, ao que parece, cada vez mais coisas. Só
que, apesar do ............ de tarefas, boa parte da correria diária tem ......... com a percepção que temos do
tempo.
(...)
Se você ainda não está convencido ........... dá para fazer o relógio andar mais devagar, veja as dicas
da consultoria de planejamento financeiro para aposentadoria Key Retirement para alcançar essa façanha.
1. Tente uma ........... de concentração: Fechando as portas para a distração, a concentração cria um
estado de “hiperconsciência”, em que prestar atenção a cada sensação resulta em um estado de
contemplação.
(...)
5. Pare de correr ....... do seu fôlego: Quando a gente toma consciência da nossa própria respiração,
tomamos consciência da passagem do tempo. Fica mais fácil fazer pausas e viver o momento atual.
Visando a correção do texto, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
pontilhadas das linhas 03, 04, 05, 08 e 11.
a) exceso – aver – que – seção – atrás
b) excesso – a ver – de que – sessão – atrás
c) exceço – a ver – que – sessão – atráz
d) excesso – aver – de que – seção – atras
e) excesso – haver – de que – sessão – atraz

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Comentário: A questão faz menção ao texto, mas muitas palavras não precisam nem do contexto, para
sabermos a grafia correta.

O verbo “exceder” gera o substantivo “excesso”. Assim, já eliminamos as alternativas (A) e (C).

Na segunda lacuna, há necessidade de inserir expressão que transmita a noção de ter relação com.
Assim, cabe a expressão “a ver” e sabemos que a alternativa (B) é a correta. Agora, só devemos confirmar as
demais.

Na terceira lacuna, “convencido” rege a preposição “de”, por isso a expressão “de que” inicia uma
oração subordinada substantiva completiva nominal.

Na quarta lacuna, a palavra “sessão” significa tempo de duração de um evento, uma reunião etc.
Assim, cabe neste contexto.

Na quinta lacuna, o advérbio corretamente grafado é “atrás”.

Gabarito: B

57. (INSTITUTO AOCP / CASAN Instalador Hidráulico/Sanitário – 2016)


Assinale a alternativa em que a palavra em destaque foi utilizada adequadamente.
a) Mau chegou em casa e já brigou com a esposa.
b) A multa paga pela mineradora será mau utilizada.
c) O homem julgou mau o seu oponente.
d) Devido às suas falhas de caráter, foi considerado um homem mal.
e) Os recursos serão mal utilizados.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o correto é usar o advérbio “mal”, que, no contexto, denota
a ideia de tempo.

A alternativa (B) está errada, pois o correto é usar o advérbio “mal” oposto de “bem”.

A alternativa (C) está errada, pois o correto é usar o advérbio “mal” oposto de “bem”.

A alternativa (D) está errada, pois o correto é usar o adjetivo “mau” oposto de “bom”.

A alternativa (E) é a correta, pois o advérbio “mal” é oposto de “bem” e modifica o termo “utilizados”.

Gabarito: E

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58. (FGV / DPE MT Assistente Administrativo – 2015)


Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo sublinhado tem a grafia em dois
termos exatamente pelo mesmo motivo que em
(A) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”
(B) “Por que razão não se legaliza o jogo?”
(C) “Desconheço por que a legalização do jogo é proibida.”
(D) “Esse é o caminho por que ele veio.”
(E) “O projeto por que me empenho é de grande utilidade.”

Comentário: A frase do pedido da questão apresenta a expressão interrogativa indireta “por que”. Veja que
podemos transformar a frase interrogativa indireta em direta. Além disso, podemos subentender a palavra
“motivo” ou “razão” após tal expressão. Compare:

Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil.”

Por que não se legaliza o jogo no Brasil?

Não entendo por que (motivo) não se legaliza o jogo no Brasil.”

Por que (motivo) não se legaliza o jogo no Brasil?

Na alternativa (A), a expressão “por que” pode ser substituída por “pelo qual”. Assim, há um pronome
relativo. Compare:

“A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”

“A legalização do jogo é o motivo pelo qual luta a leitora.”

Na alternativa (B), a expressão “por que” é interrogativa direta, pois apresenta o ponto de
interrogação e podemos perceber a palavra “razão”. Veja:

Por que razão não se legaliza o jogo?

A alternativa (C) é a correta, pois apresenta a expressão interrogativa indireta. Assim como fizemos
na expressão do pedido da questão, para comprovar, também podemos transformar a frase numa
interrogativa direta e subentender a palavra “motivo” ou “razão” em seguida. Compare:

Por que a legalização do jogo é proibida?

Desconheço por que (motivo) a legalização do jogo é proibida.

Na alternativa (D), a expressão “por que” pode ser substituída por “pelo qual”. Assim, há um pronome
relativo. Compare:

Esse é o caminho por que ele veio.

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Esse é o caminho pelo qual ele veio.

Na alternativa (E), a expressão “por que” pode ser substituída por “pelo qual”. Assim, há um pronome
relativo. Compare:

O projeto por que me empenho é de grande utilidade.

O projeto pelo qual me empenho é de grande utilidade.

Gabarito: C

59. (FGV / DPE RO – Técnico-Administrativo – 2015)


Na pergunta da revista (texto 2), a forma de “Por que” aparece grafada corretamente; a frase em que a forma
sublinhada é igualmente correta é:
(A) Os médicos sabem porquê indicam os genéricos.
(B) Desconheço a razão porque eles tomam remédios de marca.
(C) Os genéricos são mais baratos por que não pagam impostos.
(D) Os pacientes preferem os genéricos por que?
(E) Queria saber o porquê de os genéricos venderem mais.

Comentário: Nesta questão, não se pede o emprego pelo mesmo motivo de uma frase do texto, mas
simplesmente o emprego correto gramaticalmente.

A alternativa (A) está errada, pois há necessidade da expressão interrogativa indireta “por que”, haja
vista que podemos subentender em seguida a palavra “motivo”, além de podermos transformar a
interrogativa indireta em direta. Veja:

Os médicos sabem por que (motivo) indicam os genéricos.

Por que (motivo) os médicos indicam os genéricos?

A alternativa (B) está errada, pois há a necessidade do uso da expressão “por que”, haja vista que
pode ser substituída por “pela qual”. Assim, há um pronome relativo. Compare:

Desconheço a razão por que eles tomam remédios de marca.

Desconheço a razão pela qual eles tomam remédios de marca.

A alternativa (C) está errada, haja vista que há necessidade da conjunção causal “porque”. Comprova-
se isso utilizando o seu sinônimo “pois”. Compare:

Os genéricos são mais baratos porque não pagam impostos.

Os genéricos são mais baratos pois não pagam impostos.

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A alternativa (D) está errada, pois em final de frase deve-se empregar “por quê”. Veja:

Os pacientes preferem os genéricos por quê?

A alternativa (E) é a correta, haja vista que houve a substantivação com o emprego do artigo “o”.

Gabarito: E

60. (FGV / Prefeitura de Cuiabá Técnico de Laboratório – 2015)


“A questão acerca da aposentadoria das mulheres...”.
Assinale a opção que indica a expressão sublinhada que está corretamente grafada.
(A) Há cerca de dez dias todos os políticos defendiam a aposentadoria.
(B) As mulheres trabalham acerca de cinco anos menos que os homens.
(C) A discussão na Câmara era a cerca da lei de aposentadoria.
(D) Nada se discutiu a cerca da nova lei.
(E) Estamos acerca de dez dias do final do ano.

Comentário: Vamos fazer um resumo do uso das expressões sublinhadas.

A expressão “cerca de” transmite quantidade aproximada (Cerca de duzentas pessoas foram ao
show.). Tal expressão pode ser precedida do verbo “haver”, com sentido de existir (Há cerca de duzentas
pessoas aqui.) ou com o sentido de tempo decorrido (Há cerca de dois anos não a vejo.). Também pode ser
precedida da preposição “a”, quando transmite sentido de tempo futuro (De hoje a cerca de dois anos estarei
em viagem.) ou lugar (Daqui a cerca de trezentos metros, vire à esquerda.).

A expressão “acerca de” é uma locução prepositiva que transmite o valor adverbial de assunto (Não
discuto acerca de política.).

Assim, a alternativa (A) é a correta, pois “Há cerca de” transmite valor de tempo decorrido.

A alternativa (B) está errada, pois se transmite apenas o valor de quantidade aproximada. Assim, o
ideal seria o emprego da expressão “cerca de”. Veja:

As mulheres trabalham cerca de cinco anos menos que os homens.

As alternativas (C) e (D) estão erradas, pois o contexto transmite valor adverbial de assunto. Assim, o
correto seria o uso de “acerca de”. Veja:

A discussão na Câmara era acerca da lei de aposentadoria.

Nada se discutiu acerca da nova lei.

A alternativa (E) está errada, pois o contexto transmite uma ideia de tempo aproximado futuro.
Assim, o ideal seria o emprego de “a cerca de”. Veja:

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Estamos a cerca de dez dias do final do ano.

Gabarito: A

61. (MPRS / MPRS Agente Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Pelo contrário: se hoje estamos aqui é ________, em momentos de risco à preservação
da própria vida (como encontrar um predador pela frente), o cérebro de nossos antepassados deu ordem
para que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios. Esse processo
orgânico, indissociável das consequências emocionais, ________ preparou para duas reações possíveis: lutar
ou fugir. Um exemplo banal: o trânsito provoca cansaço, mau humor, e disso advêm sintomas físicos;
________ dar a essa situação (que, em si, decididamente não podemos alterar) lugar tão importante em
nossa vida? É possível alterar o horário de sair de casa, o trajeto que optamos por percorrer, até mesmo a
cidade que escolhemos para viver. Principalmente, é possível olhar a fera nos olhos e, se for o caso, fugir,
sim, ________ não? Mas de forma consciente, sabendo que ainda há alguma chance de autonomia mesmo
nas ocasiões em que parece não haver margem de manobra.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas tracejadas das linhas 1, 5, 6 e 10.
(A) por que – lhes – porque – por que
(B) porque – os – por que – por quê
(C) por que – os – porque – porque
(D) por que – lhes – porque – por quê
(E) porque – os – por que – por que

Comentário: A primeira lacuna deve ser completada pela conjunção “porque”, haja vista o valor de causa.
Assim, já eliminamos as alternativas (A), (C) e (D).

O verbo “preparou” é transitivo direto e indireto. O objeto indireto é “para duas reações possíveis” e
o objeto direto deve ser preenchido com o pronome pessoal oblíquo átono “os”.

A terceira e a quarta lacuna encontram-se em frases interrogativas diretas, por isso devemos
preencher com a expressão “por que”.

Assim, a alternativa correta é a (E).

Gabarito: E

62. (Cesgranrio / CITEPE Operador Têxtil – 2012)


“A invencionice suplantou a arte.” Com a intenção de saber a causa, essa frase, na forma interrogativa, deve
ser:
(A) Por que a invencionice suplantou a arte?
(B) Por quê a invencionice suplantou a arte?
(C) Pôr que a invencionice suplantou a arte?
(D) Porque a invencionice suplantou a arte?

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(E) Porquê a invencionice suplantou a arte?

Comentário: Quando há frase interrogativa, a expressão corretamente grafada é “Por que”.

Gabarito: A

63. (Cesgranrio / Liquigás – Profissional de vendas – 2012)


Está grafado corretamente o que se destaca em:
(A) Sei porquê você chorou ontem.
(B) Não sei o por quê de tanta pressa.
(C) Ele está triste porquê foi transferido.
(D) Não sei o motivo por que ele não veio.
(E) Quero saber porque você não foi à festa.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “porquê” é um substantivo e só pode ser usado quando
antecedido de um artigo ou pronome que o determine. Neste contexto, cabe a expressão “por que”, já que
podemos subentender o substantivo “motivo” ou “razão”. Veja:

Sei por que (motivo) você chorou ontem.

Sei por que (razão) você chorou ontem.

A alternativa (B) está errada, pois a expressão “por quê” só pode ser usada em final de frase. Neste
contexto, cabe o substantivo “porquê”, por estar precedido do artigo “o”. Veja:

Não sei o porquê de tanta pressa.

A alternativa (C) está errada, pois “porquê” é um substantivo e só pode ser usado quando antecedido
de um artigo ou pronome que o determine. Neste contexto, cabe a conjunção causal “porque”, haja vista
que podemos substituir por “já que”, “pois”. Veja:

Ele está triste já que foi transferido. Ele está triste pois foi transferido.

A alternativa (D) é a correta, pois podemos substituir “por que” por “pelo qual” . Veja: Não sei o motivo
pelo qual ele não veio.

A alternativa (E) está errada, pois “porque” é uma conjunção e só pode ser usada quando expressar
causa ou explicação e podemos substituir por “já que” ou “ pois”. Neste contexto, cabe a expressão “por
que”, já que podemos subentender o substantivo “motivo” ou “razão”. Veja:

Quero saber por que (motivo)você não foi à festa.

Quero saber por que (razão)você não foi à festa.

Gabarito: D

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64. (Cesgranrio / Transpetro – Administrador – 2012)


O elemento em destaque está grafado de acordo com a norma-padrão em:
(A) O marciano desintegrou-se por que era necessário.
(B) O marciano desintegrou-se porquê?
(C) Não se sabe por que o marciano se desintegrou.
(D) O marciano desintegrou-se, e não se sabe o porque.
(E) Por quê o marciano se desintegrou?

Comentário: A alternativa (A) está errada. Devemos usar a conjunção “porque”, pois expressa causa e
podemos substituí-la por “já que” ou “ pois”. Veja:

“O marciano desintegrou-se porque era necessário.”

“O marciano desintegrou-se já que era necessário.”

A alternativa (B) está errada. Devemos usar a expressão “por quê”, pois se encontra em final de frase.
Veja:

“O marciano desintegrou-se por quê?”

A alternativa (C) é a correta, pois podemos subentender a palavra “razão” ou “motivo” em seguida.
Veja:

“Não se sabe por que (motivo) o marciano se desintegrou.”

A alternativa (D) está errada. Como está precedido do artigo “o”, ocorre substantivo “porquê”. Veja:

“O marciano desintegrou-se, e não se sabe o porquê.”

A alternativa (E) está errada, pois a expressão interrogativa não está em final de frase. Assim,
devemos retirar o acento. Veja:

“Por que o marciano se desintegrou?”

Gabarito: C

65. (Cesgranrio / Petrobras – Administrador – 2012)


Um professor de gramática tradicional, ao corrigir uma redação, leu o trecho a seguir e percebeu algumas
inadequações gramaticais em sua estrutura.
Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porque havia tanta repressão.
O professor corrigirá essas inadequações, produzindo o seguinte texto:
(A) Os grevistas sabiam o por quê da greve, mas não entendiam porque havia tanta repressão.
(B) Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porquê havia tanta repressão.

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(C) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam por que havia tanta repressão.
(D) Os grevistas sabiam o por que da greve, mas não entendiam porque havia tanta repressão.
(E) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam porquê havia tanta repressão.

Comentário: Devemos usar “porquê”, tendo em vista que o substantivo está precedido do artigo “o”. Assim,
eliminamos as alternativas (A), (B), (D).

Como podemos subentender o substantivo “motivo” ou “razão”, percebemos que há a expressão


interrogativa “por que”. Assim, eliminamos a alternativa (E), sobrando a (C) como correta. Veja:

Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam por que (motivo) havia tanta repressão.

Gabarito: C

5 – DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
As palavras podem ser empregadas em sentido literal ou figurativo. Por esse motivo, elas são
divididas em dois grupos: denotativo e conotativo.

Denotação é o sentido literal da palavra. Por exemplo, podemos dizer:

A onça é uma fera.

O vocábulo “fera” significa “animal bravio e carnívoro”. Esse é o seu sentido literal. Mas, por
associação, visto que as feras têm muita astúcia, agilidade, agressividade, esse vocábulo ganha uma
dimensão além do literal. É o que chamamos de conotação. Este sentido normalmente aparece nos
dicionários com a abreviatura “fig.”.

Por associação à ideia de agilidade, podemos dizer:

Ele é uma fera no computador.

Podemos, também, associá-lo à braveza:

O meu chefe está uma fera comigo.

Vamos a mais alguns exemplos de denotação, agora com a palavra “joia”:

Essa joia em seu pescoço está há várias gerações em nossa família.

O rubi é uma joia que encanta meus olhos.

Aquele vaso, provavelmente chinês, é uma joia de raro acabamento.

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Vamos comparar com o sentido conotativo:

Ela é uma joia de menina.

Que joia esse cachorrinho!

Minha irmã se tornou uma joia muito especial.

Assim, podemos perceber que algumas vezes o sentido denotativo de uma palavra é estendido a um
sentido conotativo.

66. (VUNESP / Câmara de Serrana SP Analista Legislativo 2019)


Por que temos filhos?
A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a reprodução é um
imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da história. A
paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais.
Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria.
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho
doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para
os pais.
Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de
ser um bem privado para tornar-se um bem público.
Embora a paternidade possa trazer recompensas emocionais, do ponto de vista estritamente
econômico, ela favorece a sociedade como um todo, enquanto a maior parte dos custos recai sobre os
genitores.
E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian Simon,
riqueza são pessoas. Quanto mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias (além de consumir
produtos) e são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos
nos últimos 200 anos.
E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a
sustentabilidade da exploração dos recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou até reduzir a
população. Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico, já que ficaria muito difícil manter taxas
positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência e até democracia representativa
podem entrar em colapso.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em cuja redação há emprego de palavra ou expressão em sentido figurado.

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(A) Mas a biologia é só parte da história.


(B) Ajudavam desde cedo com o trabalho doméstico...
(C) ... elas demoram muito até começar a trazer contribuições econômicas.
(D) E por que crianças beneficiam a sociedade?
(E) Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico...

Comentário: Novamente coloquei o texto só para você perceber o contexto em que se encontra cada
expressão, e novamente você conseguirá matar a alternativa correta, sem mesmo ler o texto na íntegra, pois
a questão pede a alternativa que apresenta linguagem figurada.

Isso é encontrado naturalmente na alternativa (E), pois certamente você percebeu que o ato de matar
a si mesmo, o suicídio, não tem relação literal com economia.

Por isso, suicídio econômico significa figurativamente tomar um direcionamento que vai prejudicar
imensamente o aspecto financeiro.

Portanto, temos certeza de que a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

67. (VUNESP / Câmara de Serrana SP Técnico Legislativo 2019)


Leia trecho da canção Bom Conselho, de Chico Buarque, para responder à questão seguinte.
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar (…)
É correto afirmar sobre o verso – Brinque com meu fogo – que há emprego de sentido
(A) próprio: é perigoso brincar com fogo e desaconselha-se a sugestão do autor.
(B) figurado: o autor não se importa com a falta de segurança do amigo.
(C) próprio: qualquer tipo de fogo acarreta destruição e demanda cuidado.
(D) próprio: os conselhos do autor merecem crédito e não desconfiança.
(E) figurado: o autor convida o amigo a compartilhar do seu estado de espírito.

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Comentário: Após o contexto dado no texto, em que “quem espera nunca alcança”, notamos que o texto
convida o leitor a ser mais ativo, que se mantenha motivado a realizar ações.

Assim, “Brinque com meu fogo” significa seguir seus passos, seu impulso, sua vontade, seu fogo.
Dessa forma, a palavra “fogo” não está sendo empregada literalmente, mas de forma figurativa. Assim,
podemos eliminar as alternativas (A), (C) e (D).

Ao ler o texto e entender sua intenção comunicativa de motivação, de ação, notamos que realmente
o autor convida o amigo a compartilhar do seu estado de espírito, e a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

68. (VUNESP / Câmara de Sertãozinho SP Escriturário 2019)


Assinale a alternativa em que o termo destacado é empregado no texto em sentido figurado.
(A) A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam minar a confiança...
(B) ... a legislação penal e códigos de ética proíbem o profissional de saúde de divulgar segredos de
pacientes...
(C) ... como o de uma epidemia fatal que avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões
internacionais...
(D) Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal registradas.
(E) Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada pela promotora do
Ministério Público...

Comentário: Esta questão é mais pontual, pois já negrita a palavra que deverá estar no sentido figurado.

Note que “minar” significa literalmente perfurar, abrir minas. Certamente, você notou que não se
perfura literalmente a confiança, mas ela pode ser invadida, diminuída por algum ato que a prejudique, não
é mesmo.

Assim, a expressão “minar a confiança” encontra-se em linguagem figurada e a alternativa (A) é a


correta.

Note que os demais vocábulos (“divulgar”, “fatal”, “cobertura”, “propugnada”) têm seus valores
literais, próprios, no contexto.

Gabarito: A

69. (VUNESP / UNICAMP Administração 2019)


Assinale a alternativa em que o termo destacado é empregado no texto em sentido figurado.
(A) Nas últimas semanas, tenho sido torturado por computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses
travados...
(B) ... meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e plugar de novo.
(C) A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la.

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(D) ... a palavra seja chamada a dirimir dúvidas e dinamitar certezas.


(E) ... que seja para continuar usando algo mais nobre do que apenas os polegares.

Comentário: Esta questão é mais pontual, pois já negrita a palavra que deverá estar no sentido figurado.

Note que “dinamitar” significa literalmente fazer explodir por meio de dinamite. Certamente, você
notou que não se explode literalmente as certezas, mas elas podem ser eliminadas, destruídas por algum
ato que acabe com elas, não é mesmo.

Assim, a expressão “dinamitar certezas” encontra-se em linguagem figurada e a alternativa (D) é a


correta.

Note que os demais vocábulos (“travados”, “plugar”, “hostil”, “polegares”) têm seus valores literais,
próprios, no contexto.

Gabarito: D

70. (VUNESP / TJ - SP Médico Judiciário 2019)


Literatura no cárcere
Desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a remição da pena pela leitura,
5.547 detentos foram beneficiados por esse projeto no Brasil. É um número baixo, se comparado com as
quase 700 mil pessoas privadas de liberdade em todo o país.
A recomendação do CNJ determina que, a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias da pena. Para
isso, o leitor deve escrever um resumo da obra que deve ser aprovado por um parecerista. Esses documentos
seguem para o juiz responsável, que julga o pedido de remição.
Medir os benefícios dessa proposta tem feito florescer debates acalorados entre os que veem na
leitura ganhos efetivos para a reintegração do indivíduo à sociedade e os que a avaliam como um privilégio
concedido a pessoas que, de algum modo, causaram danos à população. Sem entrar no mérito dessa
discussão, é fato que, dentro ou fora da prisão, as benesses da leitura são muitas e difíceis de mensurar.
Uma pesquisa feita em 2017 pela editora Companhia das Letras, que em parceria com a Fundação
Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) subsidia um projeto de clubes de leitura e remição de pena, indicou
que os ganhos são mais concretos do que se pode imaginar.
Durante um ano, 177 detentos se reuniram mensalmente para discutir uma obra selecionada pela
curadoria do projeto.
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas em si próprios, a resposta mais
frequente foi que os envolvidos conseguiram perceber uma “ampliação de conhecimentos”.
Em segundo, que se sentiam mais motivados “para traçar planos para o futuro”. Na sequência, aparecem
motivações como “capacidade de reflexão” e de “expressar sentimentos”, possibilidade de “dizer o que
pensa”, “maior criatividade” e, por último, “maior criticidade”.
Por qualquer prisma que se procure observar, esses ganhos já seriam significativos, pois no ambiente
prisional revelam uma extraordinária mudança na chave da autoestima.
(Vanessa Ferrari, Rafaela Deiab e Pedro Schwarcz. Folha de S. Paulo, 25.06.18. Adaptado)

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Assinale a alternativa em que os três fragmentos do texto apresentam sentido figurado.


(A) ... a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias... (2º parágrafo)
... 177 detentos se reuniram mensalmente... (5º parágrafo)
Por qualquer prisma que se procure observar... (último parágrafo)
(B) ... tem feito florescer debates acalorados... (3º parágrafo)
... as benesses da leitura são muitas... (3º parágrafo)
... 177 detentos se reuniram mensalmente... (5º parágrafo)
(C) ... subsidia um projeto de clubes de leitura... (4º parágrafo)
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas... (6º parágrafo)
... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)
(D) ... a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias... (2º parágrafo)
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas... (6º parágrafo)
... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)
(E) ... tem feito florescer debates acalorados... (3º parágrafo)
Por qualquer prisma que se procure observar... (último parágrafo)
... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)

Comentário: Coloquei o texto só para você perceber o contexto em que se encontra cada expressão, mas
note que você conseguiria matar a alternativa correta, sem mesmo ler o texto na íntegra, pois a questão
pede a alternativa que apresenta as três expressões com linguagem figurada.

Isso fica bem patente na alternativa (E), pois “florescer” literalmente se refere à flora, concorda? O
adjetivo “acalorados” tem o sentido literal de calor. Porém, no contexto, são os debates que são acalorados
e que florescem.

Sabemos que literalmente “prisma” significa “poliedro em que duas faces são polígonos paralelos e
congruentes, e as outras são paralelogramos”. Porém, houve uma extensão do sentido para um ponto de
vista. Assim, observar por um prisma é uma linguagem figurativa e significa ter um ponto de vista.

Por fim, você sabe que a autoestima não tem literalmente chave. Assim, entendemos que a chave da
autoestima se encontra numa linguagem figurada e tem o sentido de controle de nossas emoções.

Portanto, temos certeza de que a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

71. (GUALIMP / Câmara Municipal de Nova Venécia-ES Escriturário 2018)


A CARA VIDA MODERNA
Meu primeiro celular parecia um tijolo. Difícil de carregar. Pior ainda, de funcionar. A linha vivia com sinal
de ocupado. Mesmo assim era um luxo! Lembro quando liguei pela primeira vez para minha amiga Vera:

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— Estou em Brasília, no meu celular — contei.


— Também quero um! — ela gritou, entusiasmada.
De novidade, tornou-se essencial. Agora esses aparelhos são mínimos, fotografam, tocam músicas e
acessam a internet. Viver sem um é estar desconectado. No fim do mês vem a conta. Sempre me assusto!
As operadoras oferecem pacotes. E de pacote em pacote às vezes eu me sinto embrulhado! Compro por
puro entusiasmo uma série de serviços que não uso depois! Um amigo meu tem três celulares. Durante um
jantar, falava em todos ao mesmo tempo, enquanto eu tentava conversar. Imagino a conta!
A cada dia inventam algo que imediatamente se torna indispensável. Impossível encontrar um
adolescente que não sinta necessidade de um laptop. Se não tem, voa para uma lan house. A internet ficou
tão importante quanto as calças que estou vestindo. O laptop de um jovem ator quebrou às vésperas de ele
sair em turnê pelo país com um espetáculo. Está desesperado.
— Vou perder meu contato com o mundo!
É verdade! E-mails, redes de relacionamento e blogs são vitais para boa parte das pessoas. Tudo isso custa:
o orçamento cresce em eletricidade, conexões de banda larga e equipamentos — os avanços são rápidos, é
preciso renovar sempre. Falando em avanços: um amigo formou uma excelente coleção de clássicos de
cinema em vídeo. Jogou fora e iniciou outra ao surgir o DVD. Agora veio o Blu-ray. O coitado quase explodiu
de tão estressado! Mas é impossível permanecer com o equipamento antigo. Em pouco tempo some das
lojas. Toca comprar tudo novo!
A TV por assinatura tornou-se um sonho de consumo. E os televisores em si? Todo dia fico sabendo de
uma tela maior, mais fina e com melhor imagem. Sem falar nos eletrodomésticos, mais e mais sofisticados.
Quando comprei o meu primeiro freezer, há muito tempo, um amigo riu:
— Para que uma coisa dessas?
Hoje ninguém dispensa um freezer. Qualquer item da vida pode se sofisticar: faz-se café expresso em
casa, sorvete, iogurte e até pão. Ninguém tem tudo, é fato. Mas todo mundo tenta ter algum novo e
fantástico produto!
Passada a garantia, é difícil consertar qualquer aparelho. O preço raramente compensa. E logo quebra de
novo, mesmo porque muitos técnicos de antigamente perderam o pé nos digitais!
Viver ficou muito mais caro. Antes eu parava o carro na rua, agora é Zona Azul ou estacionamento
particular; os cinemas aumentaram o valor dos ingressos porque investem em tecnologia; cabeleireiros
sofisticaram os produtos; banho em cachorro é melhor no pet shop; é essencial um cartão de crédito, mas
vem a anuidade. Além de um bom plano de saúde, é ideal também um de aposentadoria. Tenho certeza:
daqui a pouco descobrirei algo absolutamente essencial de cuja existência até agora não tinha o menor
conhecimento!
Mas os salários não subiram na mesma proporção. No passado era mais fácil cortar gastos. Agora, não.
Muitas despesas não podem mais sair do orçamento. Contatos profissionais, bancários e muitos serviços
públicos acontecem através de celulares e da internet. Já conheci gente com falta de dinheiro para comer,
mas sem poder abdicar do celular!
Walcyr Carrasco
Assinale a alternativa que contenha expressões em sentido denotativo:
(A) “Contatos profissionais, bancários e muitos serviços públicos acontecem através de celulares e da
internet. (13º parágrafo)

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(B) “Se não tem, voa para uma lan house.” (5º parágrafo)
(C) “O coitado quase explodiu de tão estressado!” (7º parágrafo)
(D) “E de pacote em pacote às vezes eu me sinto embrulhado!” (4º parágrafo)
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois entendemos que literalmente os contatos profissionais,
bancários e muitos serviços públicos acontecem através de celulares e da internet.
Na alternativa (B), há valor conotativo, pois uma pessoa não voa, ela vai para uma lan house.
Na alternativa (C), há valor conotativo, pois uma pessoa não explodiu literalmente de tão estressada;
na realidade, ela se irritou.
Na alternativa (D), há valor conotativo, pois uma pessoa não ficou embrulhada literalmente; na
realidade, ela se equivocou.
Gabarito: A

72. (FUNDATEC / DPE-SC Técnico Administrativo – 2018)


Fragmento de texto: A libertação do trabalho excessivo foi uma das primeiras exigências do movimento
trabalhista. A partir das cinzas da Guerra Civil, o sindicalismo americano se reuniu para pleitear um dia de
oito horas. “Um movimento que correu com velocidade expressa do Atlântico para o Pacífico, da Nova
Inglaterra para a Califórnia”, como disse Karl Marx. Em 1890, centenas de milhares de pessoas aglomeraram-
se no Hyde Park, em Londres, para um protesto histórico pela mesma demanda.
As pessoas trabalham demais, não apenas as 44 horas semanais realizadas em média por trabalhadores em
tempo integral, mas também as horas extras
Considere as seguintes passagens do texto:
I. “A partir das cinzas da Guerra Civil” (l. 02).
II. “Um movimento que correu com velocidade expressa” (l. 03).
III. “As pessoas trabalham demais” (l. 07).
Quais delas estão em linguagem figurada?
A) Apenas I.
B) Apenas III.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

Comentário: A palavra “cinzas”, em seu sentido literal, significa “pó”, “resultado de queima”. Assim, no
contexto da expressão “A partir das cinzas da Guerra Civil”, tal palavra não se encontra no sentido literal.
Mas, partindo do sentido de finitude da palavra "cinza", como “pó”, resto de coisa queimada, entendemos
que a palavra "cinzas" tem o sentido de fim da guerra civil, logo, a expressão “A partir das cinzas da Guerra
Civil” foi empregada em linguagem figurada e significa que, a partir do fim da Guerra Civil, o sindicalismo
americano se reuniu para pleitear uma jornada de oito horas de trabalho.

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A expressão “Um movimento que correu com velocidade expressa” foi empregada em linguagem
figurada, pois sabemos que literalmente um movimento não corre, pois é uma pessoa ou um animal que
corre. Assim, entendemos que houve uma extensão de sentido para uma linguagem figurada, isto é, a
mobilização da classe trabalhadora se espalhou rapidamente pelo território dos Estados Unidos.

A passagem “As pessoas trabalham demais” foi empregada em linguagem denotativa, literal.

Logo, a alternativa correta é a (C).

Gabarito: C

73. (CONSULPLAN / SEDUC-PA Professor Classe I Português 2018)


Fragmento de texto: Alfabeto de emojis

“Paradoxalmente” — escreverá um historiador em 2218 — “foi a disseminação da escrita como


principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este
fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas
quanto “sol”, “cunilingus”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta
caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.
Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da
computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava
online, usarem :-) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott que aquela inocente
boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse
uma sopa de letrinhas.
Os emoticons se espalharam pelo mundo com o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos
os seres humanos aderiram imediatamente à moda. [...]
No 1º§, o suposto enunciado a ser escrito por um historiador no futuro tem seu sentido estruturado
A) de modo exclusivamente conotativo.
B) de modo exclusivamente denotativo.
C) com base em um sentido denotativo e conotativo.
D) a partir de uma linguagem em que predomina o exagero.

Comentário: No texto acima, o autor utilizou a linguagem denotativa para explicar o que é o alfabeto latino
em: O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear
realidades tão distintas quanto “sol”, “cunilingus”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”

Entendemos também que há linguagem conotativa nos trechos “’foi a disseminação da escrita como
principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte’”. e “O alfabeto latino [...]
começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.”, uma vez que a escrita, em seu
sentido literal, não criou as condições para a sua própria morte, mas sim quem a inventou e o alfabeto latino,
em seu sentido literal, não caminha em direção ao brejo, mas a substituição dele pelos emoticons usados na
escrita on-line.

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Portanto, o sentido do 1º§ do texto é estruturado com base em um sentido denotativo e conotativo.

Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

74. (VUNESP / Câmara de Nova Odessa - SP Assistente Legislativo 2018)


Cotas têm prós e contras
Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao final de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos
universitários, alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo
usou os resultados de mais de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos
cotistas chegam a ter notas melhores que os outros, por exemplo, em odontologia.
É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É
inegável que ações afirmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão
profundamente injusto como o nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são
válidas também no plano acadêmico: não se confirmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas
resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema
educacional está doente, e cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não
ataca as causas da febre. O que precisamos é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação
de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias. Não é uma utopia: acontece em muitos outros
países, inclusive mais pobres que o Brasil.
Ações afirmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos
filhos das classes mais desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens
deixa muita coisa por resolver. O mesmo levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à
média nos cursos de exatas, possivelmente os mais críticos para o desenvolvimento do país.
Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível
pular. Quem não aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada
na escola, na faculdade é simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação afirmativa foram
desperdiçados.
Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas
universidades, aprovou a criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em
competições escolares, como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por
mérito”.
Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta
oposição. Inclusive de setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é
certamente lamentável. Tomara que a inteligência prevaleça.
(Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta passagem do texto caracterizada pelo emprego de palavras em sentido
figurado.
A) O estudo usou os resultados de mais de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade...
B) ... cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre.

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C) ... alunos cotistas chegam a ter notas melhores que os outros, por exemplo, em odontologia.
D) Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
E) O mesmo levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas...

Comentário: Notamos nas alternativas (A), (C), (D) e (E) a linguagem literal, própria, mas note que, na
alternativa (B), as cotas foram comparadas a um antitérmico, o qual não ataca as causas da febre. Note que
atacar é um verbo típico da ação humana ou de um animal, mas este sentido foi estendido às cotas, as quais
são comparadas a um antitérmico. Portanto, há uma linguagem figurada.

Gabarito: B

75. (VUNESP / PC-SP Auxiliar de Papiloscopista Policial 2018)


Assinale a alternativa que se caracteriza pelo emprego de palavra ou expressão em sentido figurado.
A) Era pela madrugada que deixava a redação de jornal...
B) ... ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento...
C) ... e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem...
D) Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno.
E) E enquanto tomo meu café vou me lembrando de um homem modesto...

Comentário: A alternativa (C) é a correta, pois o coração não recebe lições literalmente. Normalmente
representamos sentimentos como se eles estivessem no coração, não é mesmo? Porém, lições de
maturidade, de humildade, de amor são captadas literalmente pelo nosso cérebro e, a partir daí,
contagiamo-nos pelo sentimento e às vezes falamos, figurativamente, que nosso coração está repleto de
amor, de afeto, de humildade etc. Portanto, há uma linguagem figurada.

Gabarito: C

76. (VUNESP / PC-SP Agente de Telecomunicações Policial 2018)


Frei Caneca e a Virgem Maria
No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no
centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, lutador incansável pela
independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo
governo de Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão,
foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse
enfrentar o suplício da forca.
Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme
quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava para o gesto
fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio
então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da Virgem
Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da
execução. O juiz mandou trazer dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da
execução de Frei Caneca. E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

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Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros
conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados tremiam com as
armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los:
– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos
temores. Tenham fé, ela já os perdoou.
E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.
(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)
A frase em que a palavra destacada está empregada em sentido conotativo (figurado) é:
A) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco.
B) Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.
C) Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros
conspiradores.
D) E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução.
E) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a palavra “sufocada”, em sentido literal, significa impedido de
respirar. Porém, no contexto, notamos que uma revolta literalmente não perde a respiração. Assim,
entendemos que a palavra “sufocada” tem um sentido estendido para impedimento, repressão. Dessa
forma, notamos, por extensão, que a revolta da Confederação do Equador foi reprimida pelo governo de
Pernambuco.

A alternativa (B) está errada, pois a palavra “despissem” está empregada em sentido literal e significa
tirar a roupa: que os monges tirassem suas vestes sagradas.

A alternativa (C) está errada, pois a palavra “desencorajar” está empregada em sentido literal e
significa ter coragem, ânimo, estímulo.

A alternativa (D) está errada, pois a palavra “execução” está empregada em sentido literal e significa
matar.

A alternativa (E) está errada, pois a palavra “hábito” está empregada em sentido literal, qual seja,
uma indumentária de religioso ou religiosa.

Gabarito: A

77. (VUNESP / PC-SP Agente de Telecomunicações Policial 2018)


Fragmento do texto: Estima-se que atualmente 160000 brasileiros trabalhem e vivam no país em condições
semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho forçado, servidão por meio de dívidas,
jornadas exaustivas e circunstâncias degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo).
Comparada aos milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra atual poderia
indicar alguma melhora, mas abrigar 160000 pessoas escravizadas é um escândalo humano de proporções
épicas. Em 1995, o governo federal reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável –

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e criou uma comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de melhorar, a situação
está ficando mais grave.
Com a expressão em destaque na passagem “…abrigar 160000 pessoas escravizadas é um escândalo humano
de proporções épicas.”, a autora está afirmando, mediante o emprego de palavras em sentido
A) próprio, que a dimensão do escândalo é verídica.
B) figurado, que a dimensão do escândalo é comovente.
C) figurado, que a dimensão do escândalo é grandiosa.
D) próprio, que a dimensão do escândalo é terrível.
E) figurado, que a dimensão do escândalo é insana.

Comentário: Um escândalo pode ter proporção literal pequena, média ou grande.

A palavra “épicas” tem relação com a epopeia, isto é, poema de longo fôlego acerca de assunto
grandioso e heroico.

Assim, quando falamos que algo é épico significa, conotativamente, que é grandioso, heroico, de
grande vulto.

Portanto, um escândalo humano de proporções épicas encontra-se em sentido figurado, trazendo a


dimensão do escândalo como grandiosa.

A alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

Cabola, gabarola, cabotino, meus colegas não me perdoavam por ostentar os livros autografados do meu pai
nos corredores da faculdade de letras. E arriscando-me a aborrecê-los mais um pouco, eu não resistia a me
referir sem cerimônia aos autores assíduos na minha casa, o João, o Jorge, o Carlos, o Manuel. O Sartre? De
passagem por São Paulo fez questão de nos visitar com a Simone, extrapolei numa aula de filosofia.
(BUARQUE, Chico. O irmão alemão. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p..47)

78. UFPel / UFPel Técnico administrativo 2018)


No trecho acima verifica-se uma ideia que sinaliza a presença de um juízo autovalorativo exacerbado. Essa
ideia está contida em
a) gabarola.
b) extrapolei.
c) ostentar.
d) arriscando-me.
e) eu não resistia.

Comentário: Note que, no contexto, o autor se gaba por ter livros autografados e esse orgulho é marcado
pela palavra “ostentar”, demonstrando um juízo de valor exacerbado por parte do autor.

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Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

79. UFPel / UFPel Técnico administrativo 2018)


A expressão “sem cerimônia” (linha 3) poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por
a) com certeza.
b) com desfaçatez.
c) com parcimônia.
d) com desembaraço.
e) com impudência.

Comentário: A expressão “sem cerimônia” significa agir com naturalidade, com liberdade, com
desembaraço.

Assim, a alternativa correta é a (D).

Gabarito: D

80. (VUNESP / Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes – Auxiliar de Apoio Administrativo – 2018)
Assinale a alternativa em que o termo em destaque está empregado no texto em sentido figurado.
(A) ... o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá...
(B) ... o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
(C) ... a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias capitalistas.
(D) ... a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini...
(E) A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava...

Comentário: A alternativa (D) é a resposta correta, pois a palavra “régua” foi empregada no sentido de
quantitativo, medida, parâmetro da desigualdade.

Gabarito: D

81. (VUNESP / Prefeitura Municipal de Serrana Assistente Social – 2018)


Fragmento do texto: Um estudo publicado pela consultoria americana McKinsey avalia que em torno de 50%
das atividades tidas como repetitivas serão automatizadas na próxima década. Nesse período, no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação. Em todo o mundo, o legado da mecanização
avançada será de até 800 milhões de pessoas à procura de oportunidades de trabalho. Desse total, boa parte
terá de se readaptar, mas 375 milhões deverão aprender competências inteiramente novas para não cair no
desemprego.
Nem tudo, entretanto, é pessimismo. Os economistas ingleses Richard e Daniel Susskind, ambos
professores de Oxford, defendem a ideia de que quando atribuições são extintas, ou modificadas, os seres

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humanos se transformam no mesmo ritmo. “O benefício é que os profissionais farão mais, em menos
tempo”, defendem. Para eles, a bonança tecnológica levará à criação de novos tipos de emprego.
Considere o sentido das palavras destacadas – legado da mecanização (4º parágrafo) e bonança tecnológica
(5º parágrafo) – nos contextos em que se encontram. É correto afirmar que
(A) ambas estão empregadas em sentido próprio, significando, respectivamente, testamento e avanço.
(B) ambas em sentido próprio, significando, respectivamente, posses e avanço.
(C) ambas estão empregadas em sentido figurado, significando, respectivamente, aquilo que é transmitido,
como efeito, e boa fase.
(D) a primeira está empregada em sentido próprio, significando bens materiais; a segunda, em sentido
figurado, significando fase posterior.
(E) a primeira está empregada em sentido figurado, significando bens transmitidos; a segunda, em sentido
próprio, significando bondade.

Comentário: Observe o contexto da palavra “legado”: Em todo o mundo, o legado (efeito) da mecanização
avançada será de até 800 milhões de pessoas à procura de oportunidades de trabalho. Note que ela foi
empregada no sentido figurado, qual seja: transmissão a outrem, resultado, como efeito. O sentido próprio
é de testamento.

Agora, observe o contexto da palavra “bonança”: Para eles, a bonança (boa fase) tecnológica levará
à criação de novos tipos de emprego. próprio: bom tempo no mar. Note que ela foi empregada no sentido
figurado, qual seja: prosperidade, boa fase, tranquilidade. O sentido próprio, é de bom tempo no mar.

Portanto, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

82. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017)


O Lado Negro do Facebook
Por Alexandre de Santi
O Facebook é, de longe, a maior rede da história da humanidade. Nunca existiu, antes, um lugar onde
1,4 bilhão de pessoas se reunissem. Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no
Facebook pelo menos uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo,
e tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora, não
consegue conceber a vida sem ele. Também pudera: o Facebook é ótimo. Nos aproxima dos nossos amigos,
ajuda a conhecer gente nova e acompanhar o que está acontecendo nos nossos grupos sociais. Mas essa
história também tem um lado ruim. Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos
torna mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos preocupados com os sentimentos dos
outros. E, de quebra, mais infelizes.
No ano passado, pesquisadores das universidades de Michigan e de Leuven (Bélgica) recrutaram 82
usuários do Facebook. O estudo mostrou uma relação direta: quanto mais tempo a pessoa passava na rede
social, mais infeliz ficava. Os cientistas não sabem explicar o porquê, mas uma de suas hipóteses é a chamada
inveja subliminar, que surge sem que a gente perceba conscientemente. Já deve ter acontecido com você.
Sabe quando você está no trabalho, e dois ou três amigos postam fotos de viagem? Você tem a sensação de

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que todo mundo está de férias, ou que seus amigos viajam muito mais do que você. E fica se sentindo um
fracassado. “Como as pessoas tendem a mostrar só as coisas boas no Facebook, achamos que aquilo reflete
a totalidade da vida delas”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, mestre pela UFRGS e coordenador do Grupo de
Estudos sobre Adições Tecnológicas. “A pessoa não vê o quanto aquele amigo trabalhou para conseguir tirar
as férias”, diz Spritzer.
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos,
pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil universitários. O
resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet, têm 40% menos empatia que os
jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as
pessoas quando não queremos ouvir seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento
indiferente acaba sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há pouco
incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda. Há muito espaço, por
outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da Universidade de Illinois com 292 voluntários
concluiu que, quanto mais amigos no Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta,
mais narcisista tende a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que tem
muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos, como modéstia e
empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o contrário.
Adaptado de Superinteressante. Disponível em: http://super.abril. com.br/tecnologia/o-lado-negro-do-
facebook/

Assinale a alternativa em que a expressão destacada esteja sendo utilizada em seu sentido denotativo.
a) “Esse comportamento indiferente acaba sendo adotado também na vida offline”.
b) “Lado Negro do Facebook”.
c) “E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador”.
d) “Seus amigos viajam muito mais do que você”.
e) “Há pouco incentivo para diminuir o ritmo”

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a expressão “vida offline” é uma expressão figurada e significa
a vida real, fora das redes sociais e da internet.

A alternativa (B) está errada, pois a expressão “lado negro” é uma expressão figurada e indica o lado
ruim, as desvantagens de algo, no caso do texto, as desvantagens da internet.

A alternativa (C) está errada, pois a expressão “a vida em rede” é uma expressão figurada e significa
a vida na rede mundial de computadores (internet) e nas redes sociais.

A alternativa (D) é a correta, pois a expressão “viajam muito mais” é uma expressão literal que, no
texto, foi empregada para falar sobre as pessoas que parecem viajar com frequência para vários lugares.

A alternativa (E) está errada, pois a expressão “diminuir o ritmo” é uma expressão figurada e, no
contexto, significa parar um pouco de prestar a atenção em si mesmo nas redes sociais para olhar para quem
precisa de ajuda.

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Gabarito: D

A fim de compreendermos bem o sentido conotativo, passemos agora para as figuras de linguagem.

6 – FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de Linguagem são recursos linguísticos que têm o intuito de dar ênfase ao discurso, sendo
classificados em figuras de som (aliteração, assonância, onomatopeia); de palavras (comparação, metáfora,
metonímia, catacrese, perífrase, sinestesia); de pensamento (antítese, paradoxo, eufemismo, ironia,
hipérbole, personificação, apóstrofe, gradação) e de sintaxe (elipse, zeugma, silepse, polissíndeto, assíndeto,
pleonasmo, anáfora, anacoluto, hipérbato).

A linguagem figurada é expressa nas chamadas figuras de linguagem, as quais são definidas abaixo:

1 – Figuras de som (aliteração, assonância, onomatopeia, homeoteleuto)

Aliteração: repetição de fonemas consonantais com intenção expressiva.

Vozes veladas, veludosas vozes,

Volúpias dos violões, vozes veladas

Vagam nos velhos vórtices velozes

Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Cruz e Souza (Aliteração em "v")

Assonância:

Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos (aa, ee, oo):

"Sou um mulato nato no sentido lato

mulato democrático do litoral."

Onomatopeia

Palavra que imita sons da natureza.

O ribombar dos canhões nos assustava.

Não aguentava mais aquele tique-taque insistente.

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“Não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)

Homeoteleuto: consiste na correspondência fonética das terminações da última sílaba de uma oração ou
verso:

Estudando e trabalhando.

Cantar e amar.

Paronomásia: é o emprego de palavras parônimas (com sonoridade semelhante) numa mesma frase,
fenômeno que é popularmente conhecido como trocadilho.

Por exemplo, quando o padre António Vieira escreve "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às
primícias", recorria à Paronomásia o Delfim Neto "Exportar é o que importa".

Outros exemplos incluem provérbios ("quem casa, quer casa") e expressões de uso corrente, como
traduttore, traditori ("tradutor, traidor").

O termo é ainda usado para designar a semelhança entre duas palavras, de línguas diferentes, mas
com a mesma etimologia.

2 – Figuras de palavras (comparação, metáfora, metonímia, catacrese, perífrase,


sinestesia, antonomásia, )

Comparação ou símile: Consiste, como o próprio nome indica, em comparar dois seres, fazendo uso de
conectivos comparativos¹ ligando o elemento comum² aos dois.

Esse líquido é azedo² como¹ limão.

A jovem estava branca² qual¹ uma vela.

Metáfora: Tipo de comparação em que não aparece o conectivo¹ nem o elemento comum² aos seres
comparados. Acompanhe a numeração na explicação de cada exemplo, pois é justamente a omissão dos
termos numerados que diferencia metáfora de comparação:

“Minha vida era um palco iluminado...”

(Minha vida era alegre, bonita² como¹ um palco iluminado.)

Tuas mãos são de veludo.

(Entenda-se: mãos macias² como¹ o veludo)

“A vida, manso lago azul...”

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(Neste exemplo, nem o verbo aparece, mas é clara a ideia da comparação: a vida é suave, calma² como¹ um
manso lago azul.)

Metonímia ou sinédoque: Troca de uma palavra por outra, havendo entre elas uma relação real, concreta,
objetiva. Há vários tipos de metonímia.

Sempre li Érico Veríssimo. (o autor pela obra)

A pessoa não leu literalmente o Érico Veríssimo, leu as obras deste escritor.

Ele nunca teve o seu próprio teto. (a parte pelo todo)

Teto representa a moradia, o lar, a casa.

Cuidemos da infância. (o abstrato pelo concreto: infância / crianças)

A palavra “infância” representa “crianças”.

Comerei mais um prato. (o continente pelo conteúdo)

A pessoa não comeu literalmente o prato, mas a comida que ali estava.

Ganho a vida com meu suor. (o efeito pela causa)

O “suor” (consequência) é o resultado do “trabalho” (causa). Assim, “suor” está no lugar de “trabalho”.

Catacrese: É um tipo especial de metáfora. É a extensão de sentido que sofrem determinadas palavras na
falta ou desconhecimento do termo apropriado. Essa extensão ocorre com base na analogia. Por isso, ela é
uma variação da metáfora. Veja um exemplo:

Leito do rio: essa expressão possui como núcleo o substantivo “leito”. Originariamente ele remete a uma
armação em que as pessoas se deitam, como uma cama. Por extensão, usamos esta palavra para significar o
lugar em que se deita (a criança se deita no leito materno, viajamos em ônibus “leito”, o fulano está no leito
de morte). Assim, também entendemos que o rio está deitado sobre o leito por onde escoa suas águas. Não
há expressão tão exemplificativa quanto “leito do rio” para imaginarmos o rio deitar-se sobre o terreno,
concorda? Por essa facilidade no entendimento, a catacrese tem um largo uso na linguagem coloquial e
naturalmente passa a ser tão usada pelos falantes e pelos escritores, que passa a ser admitida na norma
culta.

Por processos semelhantes, temos outros exemplos. Para facilitar a observação da catacrese nesses
exemplos, inseri algumas perguntas:

“dente de alho” (alho tem dente?), “barriga da perna” (perna tem barriga?), “céu da boca” (o céu cabe na
boca?), “folhas de livro” (livro é uma árvore?), “pele de tomate” (tomate é uma pessoa ou animal?), “cabeça
de prego” (prego é uma pessoa ou animal?), “mão de direção” (direção tem braço?), “braço da poltrona”
(poltrona é uma pessoa?), “pé da cama” (cama é uma pessoa?), “asa da xícara” (xícara é uma ave?), “sacar

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dinheiro no banco” (dinheiro é uma arma?), “embarcar num trem” (trem é barco?), “enterrar uma agulha no
dedo” (dedo é terra?) etc.

Perífrase: O prefixo “peri-” significa “em torno de”. Por isso, perímetro é a medida em torno da área. Dessa
forma, fica mais fácil perceber que a perífrase não usa a objetividade, nem a concisão; ela “dá voltas” até
chegar ao ponto. É o emprego de várias palavras no lugar de poucas ou de uma só:

Se lá no assento etéreo onde subiste... (assento etéreo = céu)

Morei na Veneza brasileira. (Veneza brasileira = Recife)

Não provoque o rei dos animais. (rei dos animais = leão)

Sinestesia: Consiste numa fusão de sentidos. Para ficar mais fácil guardar e não ter que decorar, veja a
estrutura desta palavra: o prefixo “sin-” significa reunião, mistura e “estes(ia)” significa sensibilidade,
sensação. Assim, sinestesia é a mistura de sensações, de sentidos. Para você nunca se esquecer, basta
associar à estrutura da palavra “anestesia” (an=sem; estesia=sentido). Se anestesia significa sem sentido,
sem dor; sinestesia é a mistura de sentidos...

Despertou-me um som colorido. (audição e visão)

Era uma beleza fria. (visão e tato)

Antonomásia: Quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto
(descritivo, especificativo etc.) do nome próprio. Exemplos:

"E ao rabi simples, que a igualdade prega” (rabi simples = Cristo)

Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)

O poeta dos escravos (= Castro Alves)

O Dante Negro (= Cruz e Souza)

O Corso (= Napoleão)

3 – Figuras de pensamento (antítese, paradoxo, eufemismo, ironia, hipérbole,


personificação, apóstrofe, gradação)

Antítese: Emprego de palavras ou expressões de sentido oposto.

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Ex.: Era cedo para alguns e tarde para outros.

“Não és bom, nem és mau: és triste e humano.” (Olavo Bilac)

Observação: a antítese tem um aprofundamento chamado de paradoxo ou oxímoro. Enquanto a antítese


ocorre por haver a aproximação de opostos, como nos dois exemplos anteriores, o paradoxo é um mesmo
elemento com características opostas, contraditórias.

Um exemplo emblemático é o seguinte poema de Luiz Vaz de Camões, o qual caracteriza o “amor” como um
sentimento contraditório:

Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.

Eufemismo: É a suavização de uma ideia desagradável. Chamado de linguagem diplomática.

Minha avozinha descansou. (morreu)

Ele tem aquela doença. (câncer)

Você não foi feliz com suas palavras. (foi estúpido, grosseiro)

Ironia: Consiste em dizer-se o contrário do que se quer. É figura muito importante para a interpretação de
textos.

“Moça linda bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta, um amor.” (Mário de
Andrade)

Observe que, após chamar a moça de burra, o poeta encerra a estrofe com um aparente elogio: um amor.

Hipérbole: Consiste em exagerar as coisas, extrapolando a realidade.

Tenho milhares de coisas para fazer.

Estava quase estourando de tanto rir.

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Vive inundado de lágrimas.

Prosopopeia ou personificação: Consiste em se atribuir a um ser inanimado ou a um animal ações próprias


dos seres humanos.

A areia chorava por causa do calor.

As flores sorriam para ela.

Apóstrofe: Chamamento, invocação de alguém ou algo, presente ou ausente. Corresponde ao vocativo da


análise sintática.

“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?!” (Castro Alves)

“Erguei-vos, menestréis, das púrpuras do leito!” (Guerra Junqueiro)

Gradação: Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou
decrescente. Quando a progressão é ascendente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax.

Veja um exemplo:

Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões...

O narrador parte de um sentido mais geral: “céu”. Da grandiosidade do céu, ele parte para a “terra”,
depois os seus ocupantes (“muita gente”), até o indivíduo (“Joana”). Por fim, a especificação ainda mais
profunda: os olhos dela.

Assim, o pensamento foi expresso em ordem decrescente de intensidade. Veja outros exemplos:

"Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor". (Olavo Bilac)
"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)

4 – Figuras de sintaxe (elipse, zeugma, silepse, polissíndeto, assíndeto,


pleonasmo, anáfora, anacoluto, hipérbato, hipálage).

Elipse (também conhecida como zeugma): Omissão de um termo, geralmente verbo, empregado
anteriormente.

“A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”

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“São estas as tradições das nossas linhagens; estes os exemplos de nossos avós.”

Na primeira frase, está subentendida a forma verbal “legisla”; na segunda está subentendido o verbo “são”.

Silepse: Concordância anormal feita com a ideia que se faz do termo e não com o próprio termo. Pode ser:

a) de gênero

Ex.: Vossa Senhoria é bondoso.

A concordância normal seria bondosa, já que Vossa Senhoria é do gênero feminino. Fez-se a
concordância com a ideia que se possui, ou seja, trata-se de um homem.

b) de número

Ex.: O grupo chegou apressado e conversavam em voz alta.

O segundo verbo do período deveria concordar com grupo.

Mas a ideia de plural contida no coletivo leva o falante a flexionar o verbo no plural: conversavam. Tal
concordância anormal não deve ser feita com o primeiro verbo.

c) de pessoa.

Ex.: Os brasileiros somos otimistas.

Em princípio, deveríamos dizer são, pois o sujeito é de terceira pessoa do plural. Mas, por estar incluído entre
os brasileiros, é possível colocar o verbo na primeira pessoa: somos.

Polissíndeto: Repetições da conjunção, geralmente “e”.

“Trejeita, e canta, e ri nervosamente.” (Padre Antônio Tomás)

“E treme, e cresce, e brilha, e afia o ouvido, e escuta.” (Olavo Bilac)

Assíndeto: É uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos:

Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.

"Vim, vi, venci." (Júlio César)

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Pleonasmo: Repetição enfática de um termo ou de uma ideia.

O pátio, ninguém pensou em lavá-lo. (lo = O pátio)

Vi o acidente com olhos bem atentos. (Ver só pode ser com os olhos.)

Anáfora: É a repetição intencional de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando assim, um
efeito de reforço e de coerência. No estudo da coesão, esse recurso é chamado de reiteração. Pela repetição,
a palavra ou expressão é enfatizada, é posta em destaque.

Observe:
Se você gritasse
Se você gemesse,
Se você tocasse
a valsa vienense
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro José!"
(Carlos Drummond de Andrade)

Anacoluto: É a quebra da estruturação sintática, de que resulta ficar um termo sem função sintática no
período. É parecido com um dos tipos de pleonasmo.

Ex.: O jovem, alguém precisa falar com ele.

Observe que o termo O jovem pode ser retirado do texto. Ele não se encaixa sintaticamente no
período. Caso disséssemos Com o jovem, teríamos um pleonasmo: com o jovem = com ele.

Hipérbato (inversão, quiasmo): É a inversão da ordem dos termos na oração ou das orações no período.

“Aberta em par estava a porta.” (Almeida Garrett)

“Essas que ao vento vêm

Hipálage: quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a um objeto é atribuída
a outro, na mesma frase. Veja um exemplo:

“O nado branco dos cisnes o fascinou.” (na realidade, os cisnes é que são brancos)

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“Acompanhava o voo negro dos urubus.” (na realidade, os urubus é que são negros)

Veja a aplicação disso!!!

ELOGIOS E BAJULAÇÕES
Elogios sinceros resistem a vendavais
Bajulações não resistem a uma brisa.
Quem tem paz sobrevive aos chacais.
O amor alimenta o poeta, a poetisa.

Elogio sincero é como sal em alimento,


Bajulação é como sujeira em ferida aberta
Ou não ter bálsamo após ferimento,
Ou como enfrentar o frio sem coberta.

Bajulações não resistem a uma brisa


Mesmo que se ouça a mais linda poetisa
Ou que se apoie em forte viga.

Elogios sinceros resistem aos vendavais


Por todos os lados a verdade impera
A falsidade não se pendura em varais.
DUARTE, Valdeci. Disponível em: <https://pagina20.net/ elogios- e-bajulacoes/>. Acesso em: 13 dez. 2018 (adaptado).

83. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


No poema, Valdeci Duarte contrapõe "elogios sinceros” a “bajulações”. Quanto à expressão “elogios
sinceros”, pode-se dizer que há:
A) paradoxo, uma vez que elogios sempre são feitos com o objetivo de obter alguma vantagem.
B) antítese, uma vez que elogios sempre são feitos com o objetivo de obter alguma vantagem.
C) pleonasmo porque elogios necessariamente são exaltações sinceras das qualidades de outrem.
D) elipse, porque há atribuição de características humanas a um ser inanimado.
E) aliteração, uma vez que se repetem sons vocálicos na construção dessa expressão.

Comentário: Na expressão “elogios sinceros” há pleonasmo, uma vez que a palavra “elogios” já transmite
uma ideia de exaltações sinceras das qualidades de outra pessoa.

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Portanto, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

84. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


Assinale a alternativa entre cujos vocábulos se verifica o emprego da figura de linguagem denominada
antítese:
A) Verdade x Falsidade
B) Poeta x Poetisa
C) Bálsamo x Coberta
D) Brisa x Viga
E) Resistem x Sobrevive

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a antítese é o emprego de palavras de sentidos opostos. Assim,
as palavras “verdade” e “falsidade” estão em relação de oposição, configurando uma antítese.

A alternativa (B) está errada, pois “poeta” e “poetisa” são palavras que mudam apenas o gênero:
masculino e feminino.

A alternativa (C) está errada, pois “bálsamo”, figurativamente, significa conforto; já coberta não é seu
oposto, tampouco sinônimo.

A alternativa (D) está errada, pois “brisa” e “viga” não são opostos, apenas são palavras de campos
semânticos diferentes.

A alternativa (E) está errada, pois “Resistem” e “Sobrevive” não são opostos, apenas são verbos de
campos semânticos diferentes.

Gabarito: A

85. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


“Elogio sincero é como sal em alimento,
Bajulação é como sujeira em ferida aberta.”
Nos versos acima destacados, observa-se o uso de uma figura de linguagem. Qual é a figura de linguagem
utilizada?
A) metonimia
B) aliteração.
C) metáfora.
D) silepse.
E) comparação

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Comentário: Note que há o elemento comparativo em “Elogio sincero é como sal em alimento, / Bajulação
é como sujeira em ferida aberta.”. Assim, a figura de linguagem utilizada no trecho é a comparação e a
alternativa (E) e a correta.

Gabarito: E

86. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


Observe os trechos abaixo, retirados do texto.
I. “Seria aquele menino a fractura por onde, naquela toda frieza, espreitava a humanidade?”
II. “O menino, murcho como acento circunflexo, subiu as escadas, ocupou seu lugar, ajeitou o cinto.”
Sabe-se que metáfora e comparação são relações que se parecem, diferenciando-se apenas por um aspecto
bem sutil. O aspecto que diferencia essas duas relações comparativas é o fato de:
A) a metáfora ser uma relação implícita, enquanto a comparação é uma relação explícita.
B) a comparação ser uma relação abstrata, enquanto a metáfora é uma relação concreta.
C) a metáfora possuir um elemento conectivo que explícita essa relação comparativa.
D) a comparação não possuir um elemento conectivo que explicite a relação comparativa.
E) a comparação ser uma relação implícita, enquanto a metáfora é uma relação explícita.

Comentário: A diferença entre a metáfora e a comparação é que a primeira é uma comparação implícita e a
segunda é explícita, isto é, possui o elemento comparativo. Veja abaixo um exemplo de cada e entenda.

I. “Seria aquele menino a fractura por onde, naquela toda frieza, espreitava a humanidade?”

II. “O menino, murcho como acento circunflexo, subiu as escadas, ocupou seu lugar, ajeitou o cinto.”

O exemplo I é uma metáfora, em que há uma comparação implícita entre o menino e a fractura, do
português de Portugal, fratura.

O exemplo II é uma comparação, pois o elemento comparativo “como” estabelece a comparação


entre o menino murcho e o acento circunflexo.

Assim, a alternativa (A) apresenta corretamente o aspecto que diferencia essas duas relações
comparativas.

Gabarito: A

87. (IBADE / CAERN Técnico em Segurança do Trabalho 2018)


O par de palavras que faz uso da mesma figura de linguagem é:
A) tráfego/tráfico.
B) assento/acento.
C) roma/amor.

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D) concerto/ conserto.
E) dúvida/duvida

Comentário: Observe que as palavras tráfego e tráfico possuem sonoridade parecida, mas o significado é
diferente. Assim, a figura de linguagem presente entre as duas palavras é a paronomásia (uso de parônimos).

A alternativa (B) está errada, pois as duas palavras possuem a mesma sonoridade, assim como ocorre
nas alternativas (D) e (E), não havendo figura de linguagem em comum.

Na alternativa (C), também não há figura de linguagem.

Gabarito: A

88. (IBADE / CAERN Técnico em Segurança do Trabalho 2018)

O poema é formado por palavras que são pronunciadas de maneira parecida, mas que tem significados
diferentes. Esse aspecto é característica da figura de linguagem:
A) paronomásia.
B) assonância.
C) onomatopeia.
D) metáfora.
E) aliteração.

Comentário: A figura de linguagem em que as palavras possuem sons parecidos, mas significados diferentes
é a paronomásia (uso de parônimos). Observe que em Luxo e Lixo há a troca das vogais alterando os
significados das palavras.

Dessa forma, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

89. (IBADE / Câmara de Cacoal-RO Agente Administrativo 2018)


Fragmento do texto: No último mirante, depois da terceira queda d'água, o vento soprava forte, anunciando
a virada de tempo na Guanabara. Dezenas de andorinhas aproveitavam a corrente de ar ascendente,

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impulsionando o voo num vertiginoso balé. Eu, conformada com as pernas, invejei a farra dos que nascem
com asas. O espetáculo pontuou o fim do passeio.
Em: “impulsionando o voo num vertiginoso balé.”, identifica-se uma figura de linguagem:
A) elipse.
B) antítese
C) metáfora.
D) catacrese.
E) eufemismo.

Comentário: Observe que há uma comparação implícita entre os movimentos do voo das andorinhas com
os movimentos do balé, devido à sincronia, delicadeza e beleza que as aves produzem no céu.

Assim, a figura de linguagem presente no texto é a metáfora e a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

90. (GUALIMP / Câmara Municipal de Nova Venécia-ES Escriturário 2018)


Fragmento do texto: Meu primeiro celular parecia um tijolo. Difícil de carregar. Pior ainda, de funcionar. A
linha vivia com sinal de ocupado. Mesmo assim era um luxo! Lembro quando liguei pela primeira vez para
minha amiga Vera:
“Meu primeiro celular parecia um tijolo.” (1º parágrafo)
Qual a figura de linguagem utilizada na frase acima?
(A) Pleonasmo.
(B) Metáfora.
(C) Sinestesia.
(D) Antítese.

Comentário: A comparação ideológica (um celular parecer com um tijolo) é típica de uma metáfora, por isso
a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

91. (FUNDATEC / AL-RS Agente Legislativo – 2018)


Observe as frases a seguir:
1. As empresas são tal qual a nossa vida: precisam de dedicação e cuidado.
2. Ao trabalhar muito, ouça Mozart.
Que figuras de linguagem são identificadas, respectivamente, nas frases acima?
A) Metáfora e Metonímia.
B) Comparação e Metonímia.

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C) Metonímia e Metáfora.
D) Metáfora e Comparação.
E) Comparação e Metáfora.

Comentário: A figura de linguagem identificada na frase 1 é a comparação. Observe que foi usado o elemento
comparativo “tal qual” para comparar as empresas com a vida.

A figura de linguagem identificada na frase 2 é a metonímia. Note que foi usado o nome do
compositor Mozart no lugar de “música clássica”.

Portanto, a alternativa correta é a (B).

Gabarito: B

92. (VUNESP / PC-SP Agente Policial – 2018)


O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida
“Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.” A frase do
pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela concepção de que ofício e prazer não
precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e
satisfação pessoal. A questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não
substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários,
metas.
Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol da produção
desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status, dinheiro. Algo de errado em querer tudo
isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque é digna a recusa à estagnação. Sim, quando ela compromete
momentos de entretenimento, minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que sombra e
água fresca são luxo e não merecimento.
Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove anos sem férias,
e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O patrimônio veio de dedicação e empenho, mas custou
caro também. Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.
Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se exerce. Momentos de
pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra justamente na possibilidade de converter o
dinheiro advindo do esforço em ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca
quentinha e viagens de barco.
(Larissa Bittar. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Há palavras empregadas com sentido figurado em:


a) “um construtor com o qual eu conversava me disse” (3° parágrafo).
b) “me perguntei se era realmente preciso escolher” (3° parágrafo).
c) “Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso” (2° parágrafo).
d) “quem acha que sombra e água fresca são luxo e não merecimento” (2°parágrafo).
e) “lamentou o pouco tempo passado com os netos” (3° parágrafo).

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Comentário: As palavras das alternativas (A), (B), (C) e (E) foram empregadas no sentido literal.

Portanto, a alternativa (D) é a correta, pois a expressão “sombra e água fresca” foi empregada no
sentido figurado e significa sossego, vida mansa, sem grandes esforços.

Gabarito: D

93. (VUNESP / PC-SP Investigador de Polícia – 2018)


Leia o texto.
Meio-dia
A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado a arrastar-se penosamente, as sombras foram
esconder-se debaixo da barriga dos cavalos, tudo parece uma infinita quarentena – mas está marcado
exatamente meio-dia nos olhos dos gatos.
(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho)
Na passagem – A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado… –, a figura presente é
a) a metáfora, associando-se a tarde à ideia de lentidão da passagem do tempo.
b) a sinestesia, misturando-se sensações para descrever a tarde vagarosa.
c) a catacrese, configurando-se a morosidade da tartaruga como ideia cristalizada.
d) o eufemismo, abrandando-se o sentido da ideia de enfado vivido na tarde.
e) a metonímia, substituindo-se a ideia de vagarosidade por tartaruga.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois há uma metáfora em “A tarde é uma tartaruga”, isto é, há
uma comparação implícita entre a tarde e a tartaruga, em que o tempo passa devagar, assim como a
tartaruga anda devagar.

Gabarito: A

94. (AOCP / SUSIPE-PA - Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2018)


Maria Bethânia emociona na abertura de Bienal
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, CONSTITUIÇÃO, 1988, p. 137).
“Eu, Maricotinha, aluna de escola pública, abrindo a Bienal do Livro. Não é lindo?”. Foi assim que Maria
Bethânia encerrou sua apresentação na sexta-feira, 26, não sem antes pedir desculpas por ter ultrapassado
os 40 minutos combinado – não que alguém tenha achado ruim ouvi-la cantar e ler trechos de poemas e
livros. A cantora, ligada ao universo literário há muito tempo, fez uma versão reduzida de seu show Bethânia
e As Palavras, antes dos discursos habituais na cerimônia de abertura da Bienal Internacional do Livro de São

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Paulo – apenas o ministro da Educação, Mendonça Filho, evitou o microfone. Até 4 de setembro, são
esperadas 700 mil pessoas no Anhembi.
Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Mia Couto, Manuel Bandeira, o professor da infância, Nestor Oliveira,
que apresentou a poesia a Bethânia e Caetano. Eles e muitos outros, todos juntos, entre um verso e outro,
uma música e outra, na voz de uma Bethânia toda de branco, cabelo preso quase até o fim do show, óculos
de grau.
A Poetas Populares (Os nomes dos poetas populares / Deveriam estar na boca do povo / No contexto de
uma sala de aula / Não estarem esses nomes me dá pena), de Antonio Vieira, ela emendou Trenzinho Caipira,
num dos momentos mais bonitos – como foi quando ela cantou Romaria. A leitura de um longo trecho de
Grande Sertão Veredas também foi um dos pontos altos.
O moçambicano Mia Couto apareceu mais de uma vez. Dele, ela leu: “Agora, meu ouro é a palavra. Agora,
a poesia é a minha única visita de família” e “Na escolinha, a menina propícia a equívocos disse que masculino
de noiva é navio”. “Que coisa linda!”, ela disse após ler esta última frase – e então cantou trecho de Oração
ao Tempo.
Na sequência, leu Velha Chácara, de Manuel Bandeira, comentou sobre o aprendizado com Nestor de
Oliveira, seu professor em Santo Amaro, na Bahia, e deu seu recado: “É possível, sim, uma boa e plena
educação nas escolas públicas. Veja eu, Maricotinha, abrindo a Bienal do Livro. Beijinho no ombro”. Ela
voltou a repetir isso – sem a referência à Valeska Popozuda – no final.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Adaptado de <https://istoe.com.br/bethania-emociona-na-abertura-da-bienal/>
Em “Veja eu, Maricotinha, abrindo a Bienal do Livro. Beijinho no ombro”, a figura de linguagem que mais se
aproxima da expressão em destaque é a
A) comparação.
B) metonímia.
C) ironia.
D) metáfora.
E) aliteração.

Comentário: Literalmente, quando uma pessoa beija o ombro de outra significa que a pessoa beijada é muito
admirada e considerada. Um beijo no próprio ombro é um gesto corporal em que a intenção seria deixar
claro o amor próprio e a autoadmiração. Mas isso tomou uma esfera de deboche a pessoas supostamente
invejosas, fazendo menção à música de uma cantora brasileira. Como deixou de ter um valor positivo e
passou a deboche, entendemos haver aí uma ironia.

Gabarito: C

95. (INSTITUTO AOCP / TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Analista Judiciário – 2018)


Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. A metáfora é uma figura de linguagem que consiste no desvio da significação própria de uma palavra,
nascido de uma comparação mental ou característica comum entre dois seres ou fatos. Um exemplo está

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na frase “Criamos museus, parques, tombamos construções, fazemos estátuas e mostras sobre o
passado.”.
II. A gradação é uma figura de linguagem que consiste em uma sequência de ideias dispostas em sentido
ascendente ou descendente. Um exemplo está na frase “Em compensação, há o tempo que corre, voa,
falta.”.
III. A prosopopeia é uma figura de linguagem pela qual fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e
sentirem como humanos. Um exemplo está na frase “Em compensação, há o tempo que corre, voa, falta.”.
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas II e III.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.

Comentário: A afirmação I está errada. A definição de metáfora realmente engloba a comparação mental,
ideológica. Porém, o exemplo se encontra no sentido denotativo. Cuidado, pois “tomar patrimônio” é realizar
o tombo, isto é, inventariar, registrar. Isso nada tem a ver com a expressão “tombar, cair”, o que sugeriria
uma linguagem conotativa.

As demais afirmações estão corretas e bastante sugestivas e didáticas.

Gabarito: C

96. (INSTITUTO AOCP / ITEP - RN Perito Criminal – 2018)


Assinale a alternativa que apresenta uma metáfora.
A) "Critico não por causa da minha dor, da minha inveja, do meu espelho.”
B) "Um juízo ponderado é excelente.”
C) "Indico apenas como algo pode ser melhor e a partir de quais critérios.”
D) "Nada posso dizer sobre aquilo do qual nada sei.”
E) "Não digo o que eu faria ou o que eu sou.”

Comentário: A metáfora se encontra na palavra “espelho”, a qual não se encontra em sentido literal, mas é
uma comparação mental com o reflexo da pessoa, daquilo que ela é.

Assim, a alternativa (A) é a correta.

As demais alternativas apresentam linguagem denotativa.

Gabarito: A

Resgatar as receitas é convocar as “almas” com o perfume doce das damas-da-noite que habitam as
frestas dos muros desgastados de adobe e as tortuosas ruas de pedras. Almas que habitam os quintais
sombreados pelas mangueiras. É evocar frases e sons retidos na argamassa das paredes de taipas. É trazer

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novamente as luzes e o brilho das licoreiras de cristal e dos saraus no Palácio Conde dos Arcos. Ouvir ecos
das vozes recitando poemas no Clube Literário. É sentir o calor do abraço de despedida e o som dos pés se
arrastando na procissão. É, quase possível, ouvir o órgão e as velas escorrendo dos castiçais na Igreja Boa
Morte. Os latidos dos cães no mercado. A voz longínqua do vendedor de bolo de arroz na tarde quente. As
“almas” das coisas podem re-existir, tocar corações, sussurrar lembranças, habitar cozinhas modernas,
pessoas diversas em outras cidades e países. Só a Arte, aqui a arte culinária, permite esse trânsito,
subvertendo o espaço-tempo linear, conduzindo a memória de cada um a lugares esquecidos, lugares nunca
visitados – enriquecer o cotidiano trivial de cada um. Uma fatia de bolo pode sim, como diz Proust, conter
toda uma infância, uma cidade, um estado e um país.
LIMA, Ana Chrisitna da Rocha. Nádia Köller – memórias e receitas de Goyaz. Goiânia: Eclea, 2017. p. 13.

97. (CS-UFG / Seneago Administrador 2018)


Predominam no texto as características da composição literária, e os sentidos, em todo o texto, são
produzidos por meio do mecanismo da
(A) pressuposição.
(B) sinestesia.
(C) comparação.
(D) sinédoque.

Comentário: Note que a autora do texto estabelece comparações entre a culinária e as memórias que as
receitas podem trazer, memórias da infância, lugares em que passamos ou vivemos, de pessoas com quem
convivemos e de momentos inesquecíveis. Confirme isso na frase em que a autora resume aquilo que as
receitas podem trazer:

Só a Arte, aqui a arte culinária, permite esse trânsito, subvertendo o espaço-tempo linear, conduzindo a
memória de cada um a lugares esquecidos, lugares nunca visitados – enriquecer o cotidiano trivial de cada
um.

Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

98. (CS-UFG / Seneago Administrador 2018)


O enunciado “É evocar frases e sons retidos na argamassa das paredes de taipas” (linhas 3 e 4), situado no
contexto geral do texto, tem o sentido de
(A) evocação de lembranças.
(B) expressão de angústias.
(C) intensificação de desejos.
(D) ensejo de esperanças.

Comentário: Todo o texto fala sobre a memória que a culinária traz. Dessa forma, o enunciado evoca
lembranças de pessoas que viviam num lugar que a pessoa frequentou.

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Note ainda que o verbo “evocar” significa tornar algo presente pelo exercício da memória; lembrar.
Dessa forma, a comida traz as memórias, evoca lembranças.

Portanto, a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

99. (CS-UFG / Seneago Administrador 2018)


No enunciado “Uma fatia de bolo pode sim, como diz Proust, conter toda uma infância, uma cidade, um
estado e um país” (linha 20) “uma fatia de bolo”, por metonímia, é o mesmo que
(A) repositório.
(B) depósito.
(C) estoque.
(D) memória.

Comentário: A fatia de bolo representa as lembranças, a memória de coisas vividas e pessoas conhecidas.

Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

100. (INSTITUTO AOCP / Câmara de Maringá- PR Assistente Administrativo – 2017)


No excerto “[…] ela me telefonou e, ao invés de perguntar assim, na lata, se eu já tinha um novo amor [...]”,
a expressão destacada expressa a figura de linguagem denominada
A) pleonasmo.
B) prosopopeia.
C) metonímia.
D) hipérbole.
E) metáfora.

Comentário: A expressão “na lata” literalmente significa recipiente. Metaforicamente significa uma fala
direta, sem rodeios. Isso ocorre porque lata original e literalmente é uma folha de flandres e passou, ao longo
do tempo, por comparação, a significar rosto, cara.

É por isso que hoje em dia falamos metaforicamente que falar na lata é falar na cara, diretamente,
sem rodeios.

Por tudo isso, notamos que a figura de linguagem é a metáfora e a alternativa (E) é a correta.

Gabarito: E

101. (INSTITUTO AOCP / EBSERH Técnico em Enfermagem – 2017)

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Dentre as alternativas a seguir, qual apresenta uma figura de estilo presente em “[...] só de pensar em se
sentar em meio a gente que, ao contrário delas, estão acompanhadas.”?
A) Sinestesia.
B) Silepse de número.
C) Silepse de gênero.
D) Eufemismo.
E) Prosopopeia.

Comentário: O predicado “estão acompanhadas” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma
“a gente”. Como tal termo é singular e o predicado se encontra no plural, há a figura de linguagem “silepse
de número” e a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

102. VUNESP/ TJ SP /Psicólogo - 2017)


Surgiu a Maria da Anália, pediu se eu podia vender um pedaço de toucinho.
– Não vou vender. Quando você engordou e matou o teu porco, eu não fui aborrecer-te.
Ela começou a dizer que queria só o toucinho. Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho igual a
raposa quando fita uma galinha. Pensei: e se eles invadir o quintal? Resolvi levar o toucinho para dentro de
casa o mais depressa possível. Fitei as tabuas do barraco, que já estão podres. Se eles invadir, adeus barraco.
Juro que fiquei com medo...
(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo – diário de uma favelada, 1993. Adaptado)
Na passagem “Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho igual a raposa quando fita uma galinha. Pensei:
e se eles invadir o quintal?”, os termos destacados denotam a seguinte figura de sintaxe:
(A) zeugma, já que o termo “povo” não aparece na última oração, mas está implícito.
(B) silepse de número, já que se alternam entre as expressões o singular e o plural.
(C) pleonasmo, já que ocorre a repetição, para fins de clareza, de um termo anteriormente expresso.
(D) silepse de pessoa, já que se tem a terceira pessoa do singular e a terceira do plural.
(E) anacoluto, já que existe a quebra da estruturação lógica e sintática da oração.

Comentário: O verbo “Fitavam” se encontra no plural, mas seu sujeito subentendido (o povo) se encontra
no singular. Assim, ocorre silepse de número, pois se esperava um verbo flexionado no número singular,
para concordar com o sujeito singular, porém, houve a flexão no número plural. Dessa forma, a alternativa
correta é a (B).

A alternativa (A) está errada, pois o fato de ter havido a omissão do sujeito “povo” diante do verbo é
caso de elipse, não de zeugma. O zeugma é uma extensão da elipse e basicamente ocorre quando se
subentende uma variação da palavra retomada, como o seguinte:

Eles estudavam Matemática, Joaquina, Português.

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Neste caso, houve zeugma, porque a palavra retomada (estudava) é uma variação da palavra original
(estudavam).

A alternativa (C) está errada, pois não houve repetição.

A alternativa (D) está errada, pois não houve silepse de pessoa, pois houve a preservação da terceira
pessoa. A modificação foi de número, pois se esperava um verbo flexionado no número singular, para
concordar com o sujeito singular, porém, houve a flexão no número plural.

A alternativa (E) está errada, pois não houve truncamento sintático, quebra da estruturação lógica e
sintática da oração.

Gabarito: B

103. (GUALIMP / Câmara Municipal de Colatina-ES Professor de Língua Portuguesa 2017)


Leia a frase de Olavo Bilac: “Meu Deus! Como é sublime um canto ardente!”
A figura de linguagem destacada denomina-se:
a) Metonímia.
b) Prosopopeia.
c) Sinestesia.
d) Eufemismo.

Comentário: A alternativa correta é a (C), tendo em vista que “canto” tem relação com o som (ouve-se o
canto); já “ardente” tem relação com o campo sensível do tato (a pele arde, por exemplo). Assim, a mistura
de campos do sentido é a sinestesia.

Gabarito: C

104. (GUALIMP / Prefeitura Municipal Domingos Martins-ES Auditor Público Interno 2016)
Desabafos de um bom marido.
Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar: duas vezes por semana, vamos a
um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às
terças-feiras, e eu às quintas. Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha
em São Paulo. Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei
a ela onde ela gostaria de ir ao nosso aniversário de casamento. "Em algum lugar que eu não tenha ido há
muito tempo!" ela disse. Então eu sugeri a cozinha. Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela
vai às compras. Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica e uma máquina de fazer pão
elétrica. Então ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar". Daí comprei pra ela
uma cadeira elétrica. Lembrem-se, o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatisticamente, 100
% dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "Sra. Certa". Só não sabia que o primeiro
nome dela era "Sempre". Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-
la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu
disse "poeira".

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No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a
mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o mundo tiveram mais descanso. "Quando o nosso
cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo.
Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma
coisa mais importante para mim. Finalmente, ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao
chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu
olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu
voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei." - Quando você terminar de cortar a grama, eu disse, "você
pode também varrer a calçada”. Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei
a andar, mas mancarei pelo resto da vida.
"O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...”.
(Texto de: Luís Fernando Veríssimo)

Marque a figura de linguagem predominante no texto, adequadamente caracterizada:


(A) Anacoluto: É a concordância com a ideia e não com a palavra dita.
(B) Silepse: é a repetição de ideias.
(C) Antítese: Emprego de termos com sentidos opostos.
(D) Ironia: consiste no emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente
do habitual.

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a concordância com a ideia e não com a palavra é chamada
de silepse, e não anacoluto. O anacoluto é o truncamento sintático.

A alternativa (B) está errada, pois a repetição de ideias é o pleonasmo, e não a silepse, a qual é a
concordância com a ideia e não com a palavra dita.

Na alternativa (C), “antítese” realmente é o emprego de termos com sentidos opostos, porém esta
figura não é a que predomina no texto.

A alternativa (D) é a correta, pois a ironia realmente consiste no emprego de uma palavra ou
expressão de forma que ela tenha um sentido diferente do habitual. Por isso a ironia é muito utilizada no
humor, nas crônicas, nas charadas, pois se afirma algo com dupla intenção. Percebemos a predominância da
ironia no texto ao se falar da relação do casamento, pois, de acordo com o título, seria falado de um bom
marido, e ao final do texto percebemos o tom de brincadeira, de ironia com a expressão:

"O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...”.

Gabarito: D

Grande abraço!!!

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7 – LISTA DE QUESTÕES PARA REVISÃO

1. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)


No texto o autor faz uso de algumas palavras que um bom jogador der ter: COMPROMISSO, HONRA e
RESPONSABILIDADE.
Tais palavras pertencem ao mesmo campo semântico que:
A) prostração.
B) dedicação.
C) distração.
D) isenção.
E) divertimento.

2. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)


“Bruno não foi formado no FLAMENGO. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O que fez de sua
vida não é culpa do CLUBE, mas serve de advertência para todos os clubes.”
As palavras (FLAMENGO – CLUBE) nessa ordem estabelecem uma relação de:
A) hiponímia.
B) polissemia.
C) holonímia.
D) hiperonímia.
E) meronímia.
3. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)
“O caso de Bruno é, OBVIAMENTE, uma aberração.”
A palavra destacada está sendo utilizada pelo autor com o intuito de:
A) generalizar a afirmação.
B) incluir um termo.
C) retificar a afirmação.
D) intensificar a afirmação.
E) não deixar dúvidas.

4. (FGV / AL-RO - Analista Legislativo – Taquigrafia – 2018)

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“W.E.Collinson, baseado em um artigo de G. Devoto, mostra as seguintes diferenças entre sinônimos: um


termo mais geral que outro, um termo mais intenso que outro, um termo mais emotivo que outro, um termo
que implica aprovação ou censura, um termo é mais profissional que outro, um termo é mais literário que
outro, um termo é mais coloquial que outro, um termo é mais local ou dialetal que outro, um dos sinônimos
pertence à fala infantil; algumas dessas categorias trazem subdivisões.
O par abaixo que mostra um termo sinônimo de conteúdo mais geral que o anterior é:
A) companheiro/amigo.
B) rico/milionário.
C) martelo/ferramenta.
D) sentimento/amor.
E) demência/loucura.

5. (CEPERJ / ALERJ Assessoramento às Comissões – 2011)


Fragmento do texto: Decência e genuína seriedade são os requisitos exigidos de homens dedicados à coisa
pública.
A palavra “requisitos” guarda, com as palavras “decência” e “seriedade”, relação semântico-coesiva de:
A) sinonímia B) polissemia C) paronímia
D) hiperonímia E) antonímia

6. (FCC / DPE RS – 2010)


Fragmento do texto: O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a
obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada.
Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos
na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive
hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações
étnico-raciais.
A palavra animais estabelece ligações com espécies que estão em extinção. Qual a propriedade semântica
dessa relação?
(A) Hiperonímia. (B) Sinonímia. (C) Homonímia.
(D) Paronímia. (E) Antonímia.

7. (Cesgranrio / Petrobras Superior – 2010)


Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos?
Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha
condição, contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem
ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais
complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer
amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas
relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida; se deixar,
limite o espaço.
Analise o trecho:

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“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida;”
Qual das palavras a seguir confere sentido mais específico à palavra “coisa”?
(A) Insegurança. (B) Situação. (C) Atitude.
(D) Distorção. (E) Configuração.

8. (IBADE / IABAS Dentista 2019)


Fragmento do texto: A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de como a vida moderna se
tornou imprevisível. É uma característica do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um
mundo “VUCA” (Volatilly, uncertainty, complexity and ambiguity em inglês) – um mundo volátil, incerto,
complexo e ambíguo.
A palavra “Volátil”, que representa a consoante inicial da sigla VUCA, tem o significado de:
A) Instável.
B) Devoluto.
C) Anárquico.
D) Inconsútil.
E) Vulnerável.

9. (IBADE / IABAS Técnico de Enfermagem 2019)


Observe o significado das palavras destacadas com aspas:
I. “Era o típico poeta 'bissexto'.”
II. "... numa época em que os aspectos tecnológicos da medicina se acentuam cada vez mais, em 'detrimento'
do lado humanístico.”
Elas foram corretamente substituídas por seus sinônimos em:
A) excêntrico-atendimento.
B) sexagenário - consonância.
C) heteróclito-acolhimento.
D) mirabolante-desacato.
E) esporádico-prejuízo.

10. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Auxiliar de Professor da Educação Básica 2019)


Fragmento do texto: Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a
porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro.
Na primeira linha do texto o autor faz uso de uma palavra que não é muito utilizada no português brasileiro,
ABLUÇÃO. Seu significado pode ser extraído do contexto em que está inerido. Mantendo o sentido do texto,
a frase “faço minhas abluções” pode ser substituída por:
A) belisco-me
B) questiono-me

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C) lavo-me
D) espreguiço-me
E) exercito-me
A água da Rainha
A etimologia não é uma ciência exata. Definir a origem de palavras muitas vezes envolve mais palpite
e fantasia do que rigor escolástico. Será verdade que “toast”, a palavra inglesa para “brinde”, vem do hábito
de mergulhar uma torrada (também “toast” em inglês) numa taça de bebida, que fazia a ronda dos convivas
até voltar para quem tinha proposto o brinde, que a comia? Na corte de Henrique 8.º da Inglaterra a torrada
seria colocada num copo contendo a água do banho da rainha e o copo faria a ronda dos cortesãos –
presume-se que reunidos em torno da banheira da rainha, com a rainha ainda dentro –, cabendo ao último
gentil-homem o privilégio de comê-la. A torrada. Encontrei esta versão num livro fascinante chamado
Neologismos Indispensáveis e Barbarismos Dispensáveis, de Domingos de Castro Lopes, que nem o Google
conhece, publicado em 1909. Sim, tenho ido longe para me distanciar do tétrico noticiário do dia.
Mas o costume de beber a água do banho da rainha seria anterior ao século 16. Escreve Castro Lopes
(atualizei a ortographia): “Reinava como soberana em Alcázar a bela D. Maria de Padilha, amante de Pedro,
o Cruel. A célebre favorita tinha adotado para seu uso o ‘Banho das Sultanas’, para o qual entrava em
presença da corte, exigindo a polidez que cada cortesão bebesse no covo da mão da favorita um pouco da
água do banho. Recusou-se a fazê-lo um dos grandes da Espanha e perguntou-lhe o príncipe a razão de tal
injúria. ‘Depois de ter provado o molho’, respondeu ele, ‘receio que se me abra o apetite para o peixe’”.
Castro Lopes odiava galicismos e anglicismos. Propôs alguns neologismos para substituir barbarismos
dispensáveis. Em vez de “turista”, que vem do “tourist” dos ingleses, “aqueles insulares que muito incita a
bossa da locomoção”, sugeriu “ludâmbulo” – de “ludus”, divertimento, passatempo, e “ambulo”, andar,
passear. Assim como existem sonâmbulos, existiriam ludâmbulos, os que passeiam pelo mundo para se
divertir. Como o “ludopédio” para substituir “futebol”, do Chico Buarque, a sugestão do Castro Lopes não
teve futuro. Valeu a sua boa intenção, neste e em outros casos, de proteger nossa bela língua dos invasores.
Pelo menos ele foi poupado de ver “entrega” virar “delivery” e “caipira” virar “country”.
Curioso, na frase do Castro Lopes sobre os ingleses citada, o uso da palavra “bossa”. Com o sentido
de compulsão, se bem entendi. Não sou nenhum filólogo, mas essa bossa pra mim é nova.
(Luís Fernando Verissimo, O Estado de S. Paulo, 08.04.2018. Adaptado).

11. (Instituto Mais / Sumaré SP Técnico Legislativo 2018)


Em relação à origem do termo “brinde”, pode-se deduzir do texto que, curiosamente, ele
(A) vem do antigo hábito de molhar uma torrada em um copo contendo a água de banho da Rainha.
(B) não tem nada a ver com o hábito de molhar uma torrada num copo, como muitos pensam.
(C) não se relaciona com o termo “toast” em inglês.
(D) vem de uma tradição inglesa muito anterior ao século 16.

12. (Instituto Mais / Sumaré SP Técnico Legislativo 2018)


“Curioso, na frase do Castro Lopes sobre os ingleses citada, o uso da palavra “bossa”. Com o sentido de
‘compulsão’, se bem entendi”. Assinale a alternativa que é sinônima ao termo destacado.
(A) Impulso.

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(B) Impulsão.
(C) Mania.
(D) Constrangimento.

13. (Instituto Mais / Sumaré SP Técnico Legislativo 2018)


“A célebre favorita tinha adotado para seu uso o ‘Banho das Sultanas’, para o qual entrava em presença da
corte, exigindo a ‘polidez’ que cada cortesão bebesse no covo da mão da favorita um pouco da água do
banho”. Assinale a alternativa que é antônima ao termo destacado.
(A) Gentileza.
(B) Grosseria.
(C) Aticismo.
(D) Polimento.

14. (Instituto Mais / Sumaré SP Contador 2018)


“O hemisfério direito é ‘dominante’ em muitas capacidades cognitivas superiores”. Assinale a alternativa
que é sinônima ao termo destacado.
(A) Prepotente.
(B) Impulsivo.
(C) Relativo.
(D) Prevalecente.

15. (Instituto Mais / Sumaré SP Contador 2018)


“Esse fato traz um problema ‘intransponível’ para a ideia de que cada um de nós possui um self único e
indivisível”. Assinale a alternativa que apresenta o antônimo do termo destacado.
(A) Excedível.
(B) Insuperável.
(C) Irremovível.
(D) Ínvio.

16. (IBADE / SEPLAG-SE Guarda de Segurança do Sistema Prisional 2018)


O sentido da palavra destacada, expresso na frase: “A travessia é perigosa, feita em embarcações
PRECÁRIAS, geralmente superlotadas.” pode ser identificado como:
A) indefinidas.
B) incertas.
C) insuficientes.
D) duvidosas.
E) arriscadas.

17. (IBADE / SEPLAG-SE Guarda de Segurança do Sistema Prisional – 2018)

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Fragmento de texto: Para os que conseguem fazer a travessia e chegar ao próspero continente europeu, os
problemas não terminam. O destino final dessa massa humana são os países menos afetados pela crise
econômica que há anos ronda o Velho Continente, como Alemanha, Suécia e Áustria. Para chegar até lá, os
migrantes precisam cruzar diversos países, onde nem sempre são bem recebidos. A resposta de muitos
governos é carregada de racismo e xenofobia, com um discurso que defende medidas extremas, que vão de
prisão à deportação dos migrantes.
“A resposta de muitos governos é carregada de racismo e XENOFOBIA.”, a palavra que melhor substitui a
destacada, de acordo com o contexto, é:
A) indiferença.
B) tolerância.
C) perseguição.
D) preconceito.
E) temor.

18. (IBADE / SEPLAG-SE Guarda de Segurança do Sistema Prisional – 2018)


Fragmento do texto: A maioria dos refugiados vem da África e do Oriente Médio. A Guerra da Síria é a maior
responsável pelo crescimento neste atual fluxo. Desde 2011, o país enfrenta uma sangrenta guerra civil que
parece longe de terminar. Estima-se que o conflito no país já matou mais de 250 mil pessoas e provocou o
deslocamento de outras 5,5 milhões, o que corresponde a um quinto da população do país.
Depois dos sírios, os maiores grupos de migrantes, por nacionalidade, são formados por afegãos (2,5
milhões), Sudaneses do sul (1,4 milhão) e somalis (1 milhão). São países envolvidos em conflitos internos,
que provocam fuga em massa de sua população.
No trecho: “Depois dos sírios, os maiores grupos de MIGRANTES, por nacionalidade, [...]”, o termo destacado
refere-se a:
A) refugiados políticos que são perseguidos.
B) qualquer pessoa que muda de região ou país.
C) pessoas que pedem asilo político internacional.
D) todos os indivíduos fugitivos de seus países.
E) seres humanos que precisam se esconder.

19. (IBADE / Prefeitura de João Pessoa - PB Agente de Controle Urbano – 2018)


Fragmento de texto: Imagine se um dia todos os lixeiros de sua cidade decidirem não trabalhar. O caos será
generalizado, se a greve se prolongar e, talvez só assim, esses profissionais serão valorizados pela população.
O serviço social da limpeza urbana é imensurável: trata-se de saúde, segurança e conforto público.
No primeiro parágrafo, o vocábulo IMENSURÁVEL significa:
A) que não se desenvolve.
B) que não pode ser medido.
C) que não possui relevância.
D) que não pode ser demonstrado.

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E) em que não se tem autonomia.

20. (INSTITUTO AOCP / TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Técnico Judiciário - Área Administrativa – 2018)
Assinale a alternativa em que a palavra em destaque NÃO pode ser substituída por aquela entre parênteses
sem que isso resulte em mudança de significado.
a) “E então veio um chamado: ‘Meninas e meninos, entrem no avião!’”. (chamamento)
b) “Só que meu pai era categoricamente contra.”. (inevitavelmente)
c) “Antes da guerra ainda tive tempo de me casar e ter uma filha.”. (conflagração)
d) “[...] os homens foram enviados para combater [...]”. (pugnar)
e) “Agora vivia junto com minha filha, passamos quase o tempo todo em acampamentos.”. (bivaques)

21. (AOCP / FUNPAPA Assistente de Administração – 2018)


Sobre a significação das palavras, assinale a alternativa correta.
a) Em “Ao mesmo tempo em que é crucial monitorar e prever as falhas de um equipamento, não se pode
perder de vista os futuros riscos que rondam um setor.”, a palavra em destaque significa o mesmo que
“fulcral”.
b) Em “Esse e outros fatores, como a maior exigência por qualidade, prometem pressionar ainda mais o
setor, que já está apreensivo.”, a palavra em destaque significa o mesmo que “indignado”.
c) Em “Esse e outros fatores, como a maior exigência por qualidade, prometem pressionar ainda mais o
setor, que já está apreensivo.”, a palavra em destaque significa o mesmo que “desenvolver”.
d) Em “O Hospital Johns Hopkins conseguiu diminuir o tempo de espera por atendimento ao instituir o
primeiro centro de análise preditiva com foco na experiência dos pacientes.”, a palavra em destaque
significa o mesmo que “rápida”.
e) Em “Um deles, a transformação demográfica da sociedade.”, a palavra em destaque significa o mesmo
que “topográfica”.

22. (AOCP / SUSIPE-PA Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2018)


Fragmento do texto: A Poetas Populares (Os nomes dos poetas populares / Deveriam estar na boca do povo
/ No contexto de uma sala de aula / Não estarem esses nomes me dá pena), de Antonio Vieira, ela emendou
Trenzinho Caipira, num dos momentos mais bonitos – como foi quando ela cantou Romaria. A leitura de um
longo trecho de Grande Sertão Veredas também foi um dos pontos altos.
No trecho “(...) de Antonio Vieira, ela emendou Trenzinho Caipira, num dos momentos mais bonitos (...)”, a
palavra que mais se aproxima do sentido da palavra em destaque utilizada nesse contexto é
a) banir.
b) acrescentar
c) afirmar.
d) indagar.
e) descrever.

23. (INSTITUTO AOCP / ITEP - RN Agente de Necrópsia – 2018)

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Nos seguintes trechos do texto “Ficou amuado, triste.” e “[...] ao me colocar no lugar desse octogenário
hiperativo [...]”, as palavras em destaque significam, respectivamente:
a) doente, pessoa que está na faixa dos oitenta anos de idade e aquele que sofre de pressão alta.
b) pasmo, pessoa que perdeu parte dos reflexos e aquele que tem problemas de vista.
c) pessoa com baixa autoestima, aquele que está com quadro inicial de depressão e aquele que é muito
ativo.
d) aborrecido, pessoa que está na faixa dos oitenta anos de idade e aquele que é excessivamente ativo.
e) infeliz, pessoa que possui problemas cardiovasculares e aquele que é mentalmente muito ativo.

24. (INSTITUTO AOCP / ITEP - RN Agente de Necrópsia – 2018)


As expressões em destaque nos trechos “[...] vamos encontrar coisas que você consiga fazer no dia a dia com
o aval do médico [...]” e “[...] envelhecer é um desafio sob vários pontos de vista” podem ser substituídas,
sem alteração de sentido ou prejuízo para a compreensão, por:
a) “o atendimento” e “modos de vida”.
b) “a autorização” e “aspectos”.
c) “o financiamento” e “casos clínicos”.
d) “a consideração” e “problemas”.
e) “a proibição” e “casos específicos”.

25. (Instituto Mais / Prefeitura Municipal de Limeira Fiscal Tributário 2017)


“Agora o hábito se difundiu, e dá para desmerecer posicionamentos de todo o espectro político”.
Assinale a alternativa que serve de antônimo ao termo destacado.
(A) Valorizar.
(B) Merecer.
(C) Ironizar.
(D) Desfazer.

26. (Instituto Mais / AHM SP Analista de Saúde ANS Psicologia 2017)


“Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “mitigar” a intolerância religiosa”.
Assinale a alternativa em que é possível substituir o termo destacado, sem que haja prejuízo de seu
significado.
(A) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “transformar” a intolerância
religiosa.
(B) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “enfrentar” a intolerância
religiosa.
(C) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “desvalorizar” a intolerância
religiosa.
(D) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “destacar” a intolerância religiosa.

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(E) Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para “diminuir” a intolerância religiosa.

27. (IBADE / SEE -PB - Professor de Educação Básica 3 – 2017)


Em “Ter parceiro único pode se tornar COISA DO PASSADO.”, o segmento destacado pode ser substituído,
sem alteração de sentido, e mantendo coerência, por:
A) usual.
B) obtuso
C) rudimentar
D) atrofiado.
E) antigo.

28. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017)


Considere o excerto: “A pessoa que tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando
comportamentos positivos, como modéstia e empatia.” De acordo com o contexto, o sentido do elemento
grifado pode ser adequadamente entendido como
a) apatia.
b) indiferença.
c) alteridade.
d) moderação.
e) singeleza.

29. (INSTITUTO AOCP / EBSERH Assistente Administrativo (HRL - UFS) – 2017)


Em “Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos diante de uma incoerente quimera: o autoengano.”, a
palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por
a) verdade.
b) ilusão.
c) tristeza.
d) constatação.
e) situação.

30. (Instituto Mais / AHM SP Farmácia 2017)


O texto afirma que “Os três (entrevistados) viveram toda a adolescência e boa parte da vida adulta com
culpa, vergonha e insatisfação ‘permanente’ com o corpo”. Assinale a alternativa que serve de sinônimo ao
termo destacado.
(A) Eventual.
(B) Variável.
(C) Inconstante.
(D) Permissivo.
(E) Constante.

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31. (Instituto Mais / Prefeitura Municipal de Limeira Fiscal Tributário 2017)


“Quando o pensamento político se torna ferramenta para arregimentar seguidores, ele deixa de lado a
função que esperamos dele.”
Assinale a alternativa que serve de sinônimo ao termo destacado.
(A) Arregoar.
(B) Convencer.
(C) Obrigar.
(D) Alistar.

32. (VUNESP / UNESP Assistente Administrativo – 2016)


Fragmento do texto: O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só perde
a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para obter novos recursos, pois não
possui carteira de trabalho assinada.
Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências de reversão de padrões
positivos da última década – o aumento da informalidade, o retorno de jovens ao mercado de trabalho e a
alta do desemprego.
Na frase do último parágrafo – Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão... –, o termo em destaque é
antônimo de
a) indispensável.
b) benévolo.
c) implacável.
d) malvado.
e) contundente.

33. (INSTITUTO AOCP / EBSERH Médico - Cirurgia Cardiovascular (HC-UFG) – 2015)


Em “... um sorriso agridoce, grisalho de nostalgia.", o termo destacado significa
a) saudade.
b) indiferença.
c) indecisão.
d) morbidez.
e) languidez.

34. (FGV / SSP AM – Assistente Operacional – 2015)

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“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e pelas batidas que lá ocorrem, há um acidente
de automóvel. Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o guarda a ele se dirige
propondo abertamente esquecer o caso por uma boa propina.”
Nesse segmento do texto 1 os termos sublinhados NÃO podem ser considerados antônimos; o mesmo ocorre
na frase abaixo:
(A) Uma boa fiscalização reprime a má conduta de motoristas.
(B) Uma má sinalização não indica uma boa administração.
(C) Uma má conduta é sempre seguida de uma boa repreensão.
(D) Um bom motorista não dá maus exemplos.
(E) Um bom automóvel não pode ter maus freios.

35. (FGV / TJ RJ – Analista Judiciário – 2015)


“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem deprimente, não há
maniqueísmo.”
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos (bela/feia, justa/injusta,
exultante/deprimente) no segmento destacado é:
a) transferido/mantido;
b) inédito/desconhecido;
c) impávido/orgulhoso;
d) eficaz/eficiente;
e) habitual/inóspito.

36. (FGV / Prefeitura de Recife Agente – 2015)


Entrevista com Maria Egler Mantoan
O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e
compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É
para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados,
para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo.
Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas
que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.
Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a
experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita
dificuldade de vencer os preconceitos.
A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que,
por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre
dependentes e terão uma vida cidadã pela metade.

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Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que
ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.
(Extraído de www.revistaescola.abril.com.br)
Assinale a alternativa que, segundo o texto, apresenta a oposição entre não inclusão e inclusão.
(A) estar junto X estar com
(B) conviver X compartilhar
(C) interagir X aglomerar
(D) comprometimento mental X superdotados
(E) entender X reconhecer

37. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Contador 2019)


Fragmento do texto: A memória do já vivido e a sua narração numa história é o que possibilita a construção
da História e das nossas histórias pessoais. Só os feitos e os acontecimentos narrados em histórias são
capazes de salvaguardar nossa existência e nossa identidade.
No texto foram empregados, com significados diferentes, os vocábulos História (com inicial maiúscula) e
história (com inicial minúscula). Do ponto de vista semântico, tal emprego constitui um fato de:
A) antonímia.
B) polissemia.
C) sinonímia.
D) homonímia.
E) paronímia.

38. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ensino Fundamental Anos Iniciais 2019)
“Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma POLÍTICA preventiva a
respeito dos jogadores.”
“O brasileiro espera que a POLÍTICA no Brasil, siga os caminhos da ética.”
Ao observar a palavra destacada nos trechos acima, pode-se dizer que se trata de:
A) holonímia.
B) polissemia.
C) homonímia.
D) meronímia.
E) metonímia.

39. (Fundatec / Prefeitura de Foz do Iguaçu – PR Agente – 2016)


Fragmento do texto: Todas essas medidas, no entanto, são paliativas, ou seja: são apenas para minimizar ou
combater uma situação já existente. A melhor forma de lidar com esse problema, na verdade, é realizar uma
devida prevenção, através da construção de sistemas eficientes de drenagem, da desocupação de áreas de
risco, da criação de reservas florestais nas margens dos rios, da diminuição dos índices de poluição e de
geração de lixo, além de um planejamento urbano mais consistente.

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O sentido de consistente (l. 6) no texto assemelha-se a qual dos seguintes casos?


a) O bolo ficou bem consistente, pois faltou fermento.
b) Aquele atleta tem musculatura consistente.
c) A parede era pouco consistente e desmoronou.
d) Suas metas para a empresa eram bem consistentes.
e) Fizemos um lanche bem consistente após o jogo.

40. (FGV / DPE RO – Técnico Administrativo – 2015)


“O programa de medicamentos genéricos, criado no Brasil em 1999 com a promulgação da Lei 9787, se deu
três anos após o país voltar a respeitar o direito de patentes...”.
Nesse segmento do texto, o verbo “dar” mostra o sentido de “ocorrer”; a opção em que o sentido desse
mesmo verbo está corretamente indicado é:
(A) deu o dinheiro a um necessitado / ceder, entregar;
(B) deram-lhe uma joia pelo quadro / oferecer;
(C) deram-lhe 100 mil pela estatueta / trocar;
(D) deu na TV que vai chover / assistir;
(E) elas sempre se dão bem nas provas / pensar, refletir.

41. (FGV / TCE BA – Agente público – 2013)


Fragmento do texto: As cidades são os centros da atividade econômica da Europa, assim como da inovação
e do emprego. Mas também elas se debatem com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência
para a suburbanização, a concentração da pobreza e do desemprego em zonas urbanas e os problemas
resultantes de um crescente congestionamento. Problemas tão complexos como esses requerem
imediatamente respostas integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego, bem
como respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e de coesão europeias têm como
objetivo fazer face a estes desafios.
Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento urbano para o período entre
2007 e 2013, o que representa 6,1% do orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante,
3,4 mil milhões de euros destinam‐se à reabilitação de sítios industriais e terrenos contaminados, 9,8 mil
milhões de euros a projetos de regeneração urbana e rural, 7 mil milhões de euros a transportes urbanos
limpos e 917 milhões de euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura nos domínios da
investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da saúde e da cultura têm também
um impacto significativo nas cidades.
“Foram afetados cerca de 21,1 milhões de euros ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e
2013”.
O verbo “afetar”, nesse segmento do texto, tem o seguinte significado:
(A) “fingir; simular”.
(B) “produzir lesão em”.
(C) “afligir, comover, abalar”.
(D) “aplicar em”.

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(E) “apresentar a forma de”.

42. (Funrio / FURP Assistente Administrativo – 2010)


TEXTO: TREM DAS ONZE
Não posso ficar nem mais um minuto com você.
Sinto muito, amor, mas não pode ser.
Moro em Jaçanã... Se eu perder esse trem,
Que sai agora às onze horas,
Só amanhã de manhã.
E além disso, mulher, tem outra coisa:
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar.
Sou filho único, tenho minha casa para olhar.
Eu não posso ficar...
(Adoniran Barbosa: CD “Demônios da Garoa – série BIS”. EMI, 2007, disco 2, faixa 02)
Ao dizer, quase ao final da canção, que tem “uma casa para olhar”, o eu-poético emprega o verbo olhar com
o mesmo valor semântico que se encontra em
A) A cartomante olhava as cartas uma a uma.
B) A menina é tão nova e já olha o irmãozinho.
C) Os atletas olhavam entusiasmados para o gramado.
D) Alguns olhavam minhas ordens com desconfiança.
E) Olhe bem suas palavras para não se arrepender.

43. (Funrio / Investe Rio Administrador – 2010)


Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo portam o mesmo sentido.
A) Com a finalidade de aplicar o que aprendera com seu avô, ele aplicou todos os seus recursos em ações
imobiliárias.
B) A baleia azul chega a atingir seis metros de comprimento e quase nunca chega às costas sul-americanas.
C) Ele viu que realmente estava com sede quando viu o companheiro tomar um refrigerante estupidamente
gelado.
D) Chamará toda a turma para vir à reunião, quando vir que os desentendimentos foram todos superados.
E) Com um marcador, ele destacou as partes do documento, para que só se destacasse o mais importante.

44. (Cesgranrio / Petrobras Superior – 2010)


O valor semântico atribuído ao verbo dar, apresentado entre parênteses, está INCORRETO na frase
(A) Lamentavelmente, deu pouco tempo do seu dia para uma reflexão. (dedicar)
(B) Embora tivesse magoado algumas pessoas, não se deu conta. (percebeu)
(C) Daqui a um tempo, dará por terminado o seu problema maior. (considerar)

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(D) O seu primeiro erro se deu quando tentou ajudar um amigo em apuros. (concedeu)
(E) No presente, a vida se dá tão pessimista. (apresenta)

45. (Cesgranrio / PROMINP Médio – 2010)


A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a mesma construção sintática
com que é usado em “ele pegou um balde grande de plástico,” é:
(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado.
(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos.
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas.
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora.
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar.

46. (IBADE / IABAS Dentista 2019)


Observe o emprego de “mal” no trecho em destaque.
“... as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do escorpião urbano no
Brasil”.
Agora preencha as lacunas com o adjetivo ou com o advérbio.
Ele falava ________ do governo, mas sempre se comportava ________ diante dos empregados, que o tinham
como um _______ chefe, porque, além de os pagar ________, desempenhava ______ seu papel de líder.
A sequência está correta em:
A) mau – mau – mal -mau – mau.
B) mau – mal – mau – mal – mal.
C) mau – mal – mau -mal -mau.
D) mal – mal – mau – mal -mal.
E) mal – mau – mal – mau – mau.

47. (CETREDE / Prefeitura de Acaraú - CE Auxiliar Administrativo 2019)


Marque a opção em que as palavras são parônimas.
A) Roma / romã.
B) Viagem / viajem.
C) Seção / sessão.
D) Fases / fazes.
E) Inflação / infração.

48. (FGV / DPE-RJ Técnico Médio de Defensoria Pública 2019)


A frase em que está correto o emprego de um dos parônimos mandado/mandato é:
A) O mandado de senador dura 8 anos;
B) Impetrou mandato de segurança com pedido de liminar;

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C) Não tinha mandado de busca para entrar na casa;


D) Todos desejavam que seu mandado de diretor acabasse;
E) O mandato de apreensão não havia sido expedido.

49. (VUNESP / TJ-SP Contador Judiciário 2019)


Assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente empregado, conforme os sentidos do
texto.
A) De acordo com o Fundo Monetário Internacional, há uma eminente redução do PIB mundial para 2019.
B) É possível um conflito comercial, já que os EUA podem retificar uma terceira rodada de tarifas à China.
C) Investidores hoje otimistas logo exigirão o comprimento de medidas para que haja resultados concretos.
D) A decisão da Comissão Europeia mostra que a Itália infligiu acordos que visam evitar aumento de juros.
E) A recuperação econômica do Brasil poderá fluir bem, pois o país tem espaço para uma retomada mais
forte.

50. (VUNESP - 2019 - TJ-SP - Médico Judiciário 2019)


Assinale a alternativa que mantém o sentido do texto e emprega, corretamente, termos parônimos.
A) É essencial que juntas médicas promovam seções periódicas para chegar a diagnósticos acurados.
B) Analistas discutem a cerca da migração de alguns profissionais para uma medicina mais técnica.
C) Jayme Murahovschi ratifica o ponto de vista de outros colegas que também acreditam que a profissão
está vivendo uma reviravolta.
D) A finalidade da profissão não se alterou, porém, na atual conjetura, o modus operandi passa por drásticas
mudanças.
E) Apesar das contribuições da robótica, não é fato eminente a realização de cirurgias sem a intervenção
humana.

51. (FACET Concursos / Prefeitura de Esperança - PB Agente Administrativo 2018)


Compare as palavras grifadas nas passagens: “– cabra desgraçado, além de fazer o malfeito, recebe o favor
e nem sequer abana o rabo.” / “Ainda o dono da cabra que baixou os seus:...”.
Do ponto de vista ortográfico, essas palavras são classificadas como:
A) sinônimas
B) homógrafas, apenas
C) homônimas com sentidos distintos
D) parônimas
E) homófonas, apenas

52. (FGV / Banestes Seguros Assistente Securitário 2018)


A frase abaixo em que houve troca indevida entre parônimos ou homônimos é:
A) “A evolução da técnica chegou ao ponto de tornar-nos inermes diante da técnica” / inertes;
B) “Quem aspira a grandes coisas também deve sofrer muito” / expira;

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C) “Aquele que não deixa nada ao acaso raramente fará coisas de modo errado, mas fará pouquíssimas
coisas” / ocaso;
D) “Fala como sábio a um ignorante e este te dirá que tens pouco bom senso” / censo;
E) “Ao entrar em um restaurante, todo cliente espera satisfazer desejos de ordem física e emocional. Os
cardápios devem vir de encontro a essas necessidades” / ao encontro de.

53. (Instituto AOCP/ TRT 1ª Região Analista Judiciário 2018)


No excerto “[...] a nossa consciência de que a morte é inevitável é o principal motivo pelo qual existe a cultura
[...]”, a expressão em destaque pode ser substituída, sem gerar prejuízo gramatical, por
a) por que.
b) porque.
c) cujo.
d) por qual.
e) porquê.

54. (INSTITUTO AOCP / UFBA Técnico em Segurança do Trabalho – 2017)

Em relação à tirinha, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.


No segundo quadrinho, o “Por que” é utilizado sem acento circunflexo e separadamente por introduzir uma
frase interrogativa. Esse termo deve ser escrito dessa mesma maneira quando for uma palavra
substantivada.

55. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017)


Em “Os cientistas não sabem explicar o porquê”, a palavra destacada é assim escrita, pois
a) está sendo usada como substantivo, significando “motivo”.
b) está sendo utilizada para introduzir uma causa ou explicação.
c) funciona como pronome relativo, equivalente a “por qual razão”.
d) introduz frase interrogativa.
e) está sendo utilizada em final de frase.

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56. (FUNDATEC / Pref Porto Alegre-RS Assistente Adm – 2016)


Fragmento do texto: O tempo parece estar passando rápido demais? Acredite: não é só para você. Isso
acontece, principalmente, porque temos muita coisa para fazer. E, ao que parece, cada vez mais coisas. Só
que, apesar do ............ de tarefas, boa parte da correria diária tem ......... com a percepção que temos do
tempo.
(...)
Se você ainda não está convencido ........... dá para fazer o relógio andar mais devagar, veja as dicas
da consultoria de planejamento financeiro para aposentadoria Key Retirement para alcançar essa façanha.
1. Tente uma ........... de concentração: Fechando as portas para a distração, a concentração cria um
estado de “hiperconsciência”, em que prestar atenção a cada sensação resulta em um estado de
contemplação.
(...)
5. Pare de correr ....... do seu fôlego: Quando a gente toma consciência da nossa própria respiração,
tomamos consciência da passagem do tempo. Fica mais fácil fazer pausas e viver o momento atual.
Visando a correção do texto, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
pontilhadas das linhas 03, 04, 05, 08 e 11.
a) exceso – aver – que – seção – atrás d) excesso – aver – de que – seção – atras
b) excesso – a ver – de que – sessão – atrás e) excesso – haver – de que – sessão – atraz
c) exceço – a ver – que – sessão – atráz

57. (INSTITUTO AOCP / CASAN Instalador Hidráulico/Sanitário – 2016)


Assinale a alternativa em que a palavra em destaque foi utilizada adequadamente.
a) Mau chegou em casa e já brigou com a esposa.
b) A multa paga pela mineradora será mau utilizada.
c) O homem julgou mau o seu oponente.
d) Devido às suas falhas de caráter, foi considerado um homem mal.
e) Os recursos serão mal utilizados.

58. (FGV / DPE MT Assistente Administrativo – 2015)


Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo sublinhado tem a grafia em dois
termos exatamente pelo mesmo motivo que em
(A) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”
(B) “Por que razão não se legaliza o jogo?”
(C) “Desconheço por que a legalização do jogo é proibida.”
(D) “Esse é o caminho por que ele veio.”
(E) “O projeto por que me empenho é de grande utilidade.”

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59. (FGV / DPE RO – Técnico-Administrativo – 2015)


Na pergunta da revista (texto 2), a forma de “Por que” aparece grafada corretamente; a frase em que a forma
sublinhada é igualmente correta é:
(A) Os médicos sabem porquê indicam os genéricos.
(B) Desconheço a razão porque eles tomam remédios de marca.
(C) Os genéricos são mais baratos por que não pagam impostos.
(D) Os pacientes preferem os genéricos por que?
(E) Queria saber o porquê de os genéricos venderem mais.

60. (FGV / Prefeitura de Cuiabá Técnico de Laboratório – 2015)


“A questão acerca da aposentadoria das mulheres...”.
Assinale a opção que indica a expressão sublinhada que está corretamente grafada.
(A) Há cerca de dez dias todos os políticos defendiam a aposentadoria.
(B) As mulheres trabalham acerca de cinco anos menos que os homens.
(C) A discussão na Câmara era a cerca da lei de aposentadoria.
(D) Nada se discutiu a cerca da nova lei.
(E) Estamos acerca de dez dias do final do ano.

61. (MPRS / MPRS Agente Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Pelo contrário: se hoje estamos aqui é ________, em momentos de risco à preservação
da própria vida (como encontrar um predador pela frente), o cérebro de nossos antepassados deu ordem
para que fosse descarregada na corrente sanguínea uma considerável carga de hormônios. Esse processo
orgânico, indissociável das consequências emocionais, ________ preparou para duas reações possíveis: lutar
ou fugir. Um exemplo banal: o trânsito provoca cansaço, mau humor, e disso advêm sintomas físicos;
________ dar a essa situação (que, em si, decididamente não podemos alterar) lugar tão importante em
nossa vida? É possível alterar o horário de sair de casa, o trajeto que optamos por percorrer, até mesmo a
cidade que escolhemos para viver. Principalmente, é possível olhar a fera nos olhos e, se for o caso, fugir,
sim, ________ não? Mas de forma consciente, sabendo que ainda há alguma chance de autonomia mesmo
nas ocasiões em que parece não haver margem de manobra.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas tracejadas das linhas 1, 5, 6 e 10.
(A) por que – lhes – porque – por que (D) por que – lhes – porque – por quê
(B) porque – os – por que – por quê (E) porque – os – por que – por que
(C) por que – os – porque – porque

62. (Cesgranrio / CITEPE Operador Têxtil – 2012)


“A invencionice suplantou a arte.” Com a intenção de saber a causa, essa frase, na forma interrogativa, deve
ser:
(A) Por que a invencionice suplantou a arte? (C) Pôr que a invencionice suplantou a arte?
(B) Por quê a invencionice suplantou a arte? (D) Porque a invencionice suplantou a arte?

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(E) Porquê a invencionice suplantou a arte?

63. (Cesgranrio / Liquigás – Profissional de vendas – 2012)


Está grafado corretamente o que se destaca em:
(A) Sei porquê você chorou ontem. (D) Não sei o motivo por que ele não veio.
(B) Não sei o por quê de tanta pressa. (E) Quero saber porque você não foi à festa.
(C) Ele está triste porquê foi transferido.

64. (Cesgranrio / Transpetro – Administrador – 2012)


O elemento em destaque está grafado de acordo com a norma-padrão em:
(A) O marciano desintegrou-se por que era necessário.
(B) O marciano desintegrou-se porquê?
(C) Não se sabe por que o marciano se desintegrou.
(D) O marciano desintegrou-se, e não se sabe o porque.
(E) Por quê o marciano se desintegrou?

65. (Cesgranrio / Petrobras – Administrador – 2012)


Um professor de gramática tradicional, ao corrigir uma redação, leu o trecho a seguir e percebeu algumas
inadequações gramaticais em sua estrutura.
Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porque havia tanta repressão.
O professor corrigirá essas inadequações, produzindo o seguinte texto:
(A) Os grevistas sabiam o por quê da greve, mas não entendiam porque havia tanta repressão.
(B) Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porquê havia tanta repressão.
(C) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam por que havia tanta repressão.
(D) Os grevistas sabiam o por que da greve, mas não entendiam porque havia tanta repressão.
(E) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam porquê havia tanta repressão.

66. (VUNESP / Câmara de Serrana SP Analista Legislativo 2019)


Por que temos filhos?
A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a reprodução é um
imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da história. A
paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais.
Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria.
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho
doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para
os pais.
Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de
ser um bem privado para tornar-se um bem público.

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Embora a paternidade possa trazer recompensas emocionais, do ponto de vista estritamente


econômico, ela favorece a sociedade como um todo, enquanto a maior parte dos custos recai sobre os
genitores.
E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian Simon,
riqueza são pessoas. Quanto mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias (além de consumir
produtos) e são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos
nos últimos 200 anos.
E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a
sustentabilidade da exploração dos recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou até reduzir a
população. Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico, já que ficaria muito difícil manter taxas
positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência e até democracia representativa
podem entrar em colapso.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em cuja redação há emprego de palavra ou expressão em sentido figurado.
(A) Mas a biologia é só parte da história.
(B) Ajudavam desde cedo com o trabalho doméstico...
(C) ... elas demoram muito até começar a trazer contribuições econômicas.
(D) E por que crianças beneficiam a sociedade?
(E) Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico...

67. (VUNESP / Câmara de Serrana SP Técnico Legislativo 2019)


Leia trecho da canção Bom Conselho, de Chico Buarque, para responder à questão seguinte.
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar (…)
É correto afirmar sobre o verso – Brinque com meu fogo – que há emprego de sentido
(A) próprio: é perigoso brincar com fogo e desaconselha-se a sugestão do autor.
(B) figurado: o autor não se importa com a falta de segurança do amigo.
(C) próprio: qualquer tipo de fogo acarreta destruição e demanda cuidado.
(D) próprio: os conselhos do autor merecem crédito e não desconfiança.
(E) figurado: o autor convida o amigo a compartilhar do seu estado de espírito.

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68. (VUNESP / Câmara de Sertãozinho SP Escriturário 2019)


Assinale a alternativa em que o termo destacado é empregado no texto em sentido figurado.
(A) A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam minar a confiança...
(B) ... a legislação penal e códigos de ética proíbem o profissional de saúde de divulgar segredos de
pacientes...
(C) ... como o de uma epidemia fatal que avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões
internacionais...
(D) Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal registradas.
(E) Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada pela promotora do
Ministério Público...

69. (VUNESP / UNICAMP Administração 2019)


Assinale a alternativa em que o termo destacado é empregado no texto em sentido figurado.
(A) Nas últimas semanas, tenho sido torturado por computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses
travados...
(B) ... meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e plugar de novo.
(C) A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la.
(D) ... a palavra seja chamada a dirimir dúvidas e dinamitar certezas.
(E) ... que seja para continuar usando algo mais nobre do que apenas os polegares.

70. (VUNESP / TJ - SP Médico Judiciário 2019)


Literatura no cárcere
Desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a remição da pena pela leitura,
5.547 detentos foram beneficiados por esse projeto no Brasil. É um número baixo, se comparado com as
quase 700 mil pessoas privadas de liberdade em todo o país.
A recomendação do CNJ determina que, a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias da pena. Para
isso, o leitor deve escrever um resumo da obra que deve ser aprovado por um parecerista. Esses documentos
seguem para o juiz responsável, que julga o pedido de remição.
Medir os benefícios dessa proposta tem feito florescer debates acalorados entre os que veem na
leitura ganhos efetivos para a reintegração do indivíduo à sociedade e os que a avaliam como um privilégio
concedido a pessoas que, de algum modo, causaram danos à população. Sem entrar no mérito dessa
discussão, é fato que, dentro ou fora da prisão, as benesses da leitura são muitas e difíceis de mensurar.
Uma pesquisa feita em 2017 pela editora Companhia das Letras, que em parceria com a Fundação
Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) subsidia um projeto de clubes de leitura e remição de pena, indicou
que os ganhos são mais concretos do que se pode imaginar.
Durante um ano, 177 detentos se reuniram mensalmente para discutir uma obra selecionada pela
curadoria do projeto.
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas em si próprios, a resposta mais
frequente foi que os envolvidos conseguiram perceber uma “ampliação de conhecimentos”.

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Em segundo, que se sentiam mais motivados “para traçar planos para o futuro”. Na sequência, aparecem
motivações como “capacidade de reflexão” e de “expressar sentimentos”, possibilidade de “dizer o que
pensa”, “maior criatividade” e, por último, “maior criticidade”.
Por qualquer prisma que se procure observar, esses ganhos já seriam significativos, pois no ambiente
prisional revelam uma extraordinária mudança na chave da autoestima.
(Vanessa Ferrari, Rafaela Deiab e Pedro Schwarcz. Folha de S. Paulo, 25.06.18. Adaptado)
Assinale a alternativa em que os três fragmentos do texto apresentam sentido figurado.
(A) ... a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias... (2º parágrafo)
... 177 detentos se reuniram mensalmente... (5º parágrafo)
Por qualquer prisma que se procure observar... (último parágrafo)
(B) ... tem feito florescer debates acalorados... (3º parágrafo)
... as benesses da leitura são muitas... (3º parágrafo)
... 177 detentos se reuniram mensalmente... (5º parágrafo)
(C) ... subsidia um projeto de clubes de leitura... (4º parágrafo)
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas... (6º parágrafo)
... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)
(D) ... a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias... (2º parágrafo)
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas... (6º parágrafo)
... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)
(E) ... tem feito florescer debates acalorados... (3º parágrafo)
Por qualquer prisma que se procure observar... (último parágrafo)
... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)

71. (GUALIMP / Câmara Municipal de Nova Venécia-ES Escriturário 2018)


A CARA VIDA MODERNA
Meu primeiro celular parecia um tijolo. Difícil de carregar. Pior ainda, de funcionar. A linha vivia com sinal
de ocupado. Mesmo assim era um luxo! Lembro quando liguei pela primeira vez para minha amiga Vera:
— Estou em Brasília, no meu celular — contei.
— Também quero um! — ela gritou, entusiasmada.
De novidade, tornou-se essencial. Agora esses aparelhos são mínimos, fotografam, tocam músicas e
acessam a internet. Viver sem um é estar desconectado. No fim do mês vem a conta. Sempre me assusto!
As operadoras oferecem pacotes. E de pacote em pacote às vezes eu me sinto embrulhado! Compro por
puro entusiasmo uma série de serviços que não uso depois! Um amigo meu tem três celulares. Durante um
jantar, falava em todos ao mesmo tempo, enquanto eu tentava conversar. Imagino a conta!
A cada dia inventam algo que imediatamente se torna indispensável. Impossível encontrar um
adolescente que não sinta necessidade de um laptop. Se não tem, voa para uma lan house. A internet ficou
tão importante quanto as calças que estou vestindo. O laptop de um jovem ator quebrou às vésperas de ele
sair em turnê pelo país com um espetáculo. Está desesperado.

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— Vou perder meu contato com o mundo!


É verdade! E-mails, redes de relacionamento e blogs são vitais para boa parte das pessoas. Tudo isso custa:
o orçamento cresce em eletricidade, conexões de banda larga e equipamentos — os avanços são rápidos, é
preciso renovar sempre. Falando em avanços: um amigo formou uma excelente coleção de clássicos de
cinema em vídeo. Jogou fora e iniciou outra ao surgir o DVD. Agora veio o Blu-ray. O coitado quase explodiu
de tão estressado! Mas é impossível permanecer com o equipamento antigo. Em pouco tempo some das
lojas. Toca comprar tudo novo!
A TV por assinatura tornou-se um sonho de consumo. E os televisores em si? Todo dia fico sabendo de
uma tela maior, mais fina e com melhor imagem. Sem falar nos eletrodomésticos, mais e mais sofisticados.
Quando comprei o meu primeiro freezer, há muito tempo, um amigo riu:
— Para que uma coisa dessas?
Hoje ninguém dispensa um freezer. Qualquer item da vida pode se sofisticar: faz-se café expresso em
casa, sorvete, iogurte e até pão. Ninguém tem tudo, é fato. Mas todo mundo tenta ter algum novo e
fantástico produto!
Passada a garantia, é difícil consertar qualquer aparelho. O preço raramente compensa. E logo quebra de
novo, mesmo porque muitos técnicos de antigamente perderam o pé nos digitais!
Viver ficou muito mais caro. Antes eu parava o carro na rua, agora é Zona Azul ou estacionamento
particular; os cinemas aumentaram o valor dos ingressos porque investem em tecnologia; cabeleireiros
sofisticaram os produtos; banho em cachorro é melhor no pet shop; é essencial um cartão de crédito, mas
vem a anuidade. Além de um bom plano de saúde, é ideal também um de aposentadoria. Tenho certeza:
daqui a pouco descobrirei algo absolutamente essencial de cuja existência até agora não tinha o menor
conhecimento!
Mas os salários não subiram na mesma proporção. No passado era mais fácil cortar gastos. Agora, não.
Muitas despesas não podem mais sair do orçamento. Contatos profissionais, bancários e muitos serviços
públicos acontecem através de celulares e da internet. Já conheci gente com falta de dinheiro para comer,
mas sem poder abdicar do celular!
Walcyr Carrasco
Assinale a alternativa que contenha expressões em sentido denotativo:
(A) “Contatos profissionais, bancários e muitos serviços públicos acontecem através de celulares e da
internet. (13º parágrafo)
(B) “Se não tem, voa para uma lan house.” (5º parágrafo)
(C) “O coitado quase explodiu de tão estressado!” (7º parágrafo)
(D) “E de pacote em pacote às vezes eu me sinto embrulhado!” (4º parágrafo)

72. (FUNDATEC / DPE-SC Técnico Administrativo – 2018)


Fragmento de texto: A libertação do trabalho excessivo foi uma das primeiras exigências do movimento
trabalhista. A partir das cinzas da Guerra Civil, o sindicalismo americano se reuniu para pleitear um dia de
oito horas. “Um movimento que correu com velocidade expressa do Atlântico para o Pacífico, da Nova
Inglaterra para a Califórnia”, como disse Karl Marx. Em 1890, centenas de milhares de pessoas aglomeraram-
se no Hyde Park, em Londres, para um protesto histórico pela mesma demanda.

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As pessoas trabalham demais, não apenas as 44 horas semanais realizadas em média por trabalhadores em
tempo integral, mas também as horas extras
Considere as seguintes passagens do texto:
I. “A partir das cinzas da Guerra Civil” (l. 02).
II. “Um movimento que correu com velocidade expressa” (l. 03).
III. “As pessoas trabalham demais” (l. 07).
Quais delas estão em linguagem figurada?
A) Apenas I.
B) Apenas III.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

73. (CONSULPLAN / SEDUC-PA Professor Classe I Português 2018)


Fragmento de texto: Alfabeto de emojis
“Paradoxalmente” — escreverá um historiador em 2218 — “foi a disseminação da escrita como
principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este
fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas
quanto “sol”, “cunilingus”, “schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta
caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.
Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da
computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava
online, usarem :-) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott que aquela inocente
boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto como se fosse
uma sopa de letrinhas.
Os emoticons se espalharam pelo mundo com o ICQ, os chats e, principalmente, os celulares, mas nem todos
os seres humanos aderiram imediatamente à moda. [...]
No 1º§, o suposto enunciado a ser escrito por um historiador no futuro tem seu sentido estruturado
A) de modo exclusivamente conotativo.
B) de modo exclusivamente denotativo.
C) com base em um sentido denotativo e conotativo.
D) a partir de uma linguagem em que predomina o exagero.

74. (VUNESP / Câmara de Nova Odessa - SP Assistente Legislativo 2018)


Cotas têm prós e contras
Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao final de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos
universitários, alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo
usou os resultados de mais de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos
cotistas chegam a ter notas melhores que os outros, por exemplo, em odontologia.

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É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É
inegável que ações afirmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão
profundamente injusto como o nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são
válidas também no plano acadêmico: não se confirmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas
resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema
educacional está doente, e cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não
ataca as causas da febre. O que precisamos é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação
de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias. Não é uma utopia: acontece em muitos outros
países, inclusive mais pobres que o Brasil.
Ações afirmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos
filhos das classes mais desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens
deixa muita coisa por resolver. O mesmo levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à
média nos cursos de exatas, possivelmente os mais críticos para o desenvolvimento do país.
Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível
pular. Quem não aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada
na escola, na faculdade é simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação afirmativa foram
desperdiçados.
Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas
universidades, aprovou a criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em
competições escolares, como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por
mérito”.
Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta
oposição. Inclusive de setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é
certamente lamentável. Tomara que a inteligência prevaleça.
(Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta passagem do texto caracterizada pelo emprego de palavras em sentido
figurado.
A) O estudo usou os resultados de mais de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade...
B) ... cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre.
C) ... alunos cotistas chegam a ter notas melhores que os outros, por exemplo, em odontologia.
D) Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
E) O mesmo levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas...

75. (VUNESP / PC-SP Auxiliar de Papiloscopista Policial 2018)


Assinale a alternativa que se caracteriza pelo emprego de palavra ou expressão em sentido figurado.
A) Era pela madrugada que deixava a redação de jornal...
B) ... ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento...
C) ... e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem...
D) Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno.

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E) E enquanto tomo meu café vou me lembrando de um homem modesto...

76. (VUNESP / PC-SP Agente de Telecomunicações Policial 2018)


Frei Caneca e a Virgem Maria
No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no
centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, lutador incansável pela
independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo
governo de Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão,
foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse
enfrentar o suplício da forca.
Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme
quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava para o gesto
fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio
então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da Virgem
Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da
execução. O juiz mandou trazer dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da
execução de Frei Caneca. E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.
Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros
conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados tremiam com as
armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los:
– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos
temores. Tenham fé, ela já os perdoou.
E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.
(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

A frase em que a palavra destacada está empregada em sentido conotativo (figurado) é:


A) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco.
B) Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.
C) Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros
conspiradores.
D) E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução.
E) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.

77. (VUNESP / PC-SP Agente de Telecomunicações Policial 2018)


Fragmento do texto: Estima-se que atualmente 160000 brasileiros trabalhem e vivam no país em condições
semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho forçado, servidão por meio de dívidas,
jornadas exaustivas e circunstâncias degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo).
Comparada aos milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra atual poderia
indicar alguma melhora, mas abrigar 160000 pessoas escravizadas é um escândalo humano de proporções
épicas. Em 1995, o governo federal reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável –
e criou uma comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de melhorar, a situação
está ficando mais grave.

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Com a expressão em destaque na passagem “…abrigar 160000 pessoas escravizadas é um escândalo humano
de proporções épicas.”, a autora está afirmando, mediante o emprego de palavras em sentido
A) próprio, que a dimensão do escândalo é verídica.
B) figurado, que a dimensão do escândalo é comovente.
C) figurado, que a dimensão do escândalo é grandiosa.
D) próprio, que a dimensão do escândalo é terrível.
E) figurado, que a dimensão do escândalo é insana.
Cabola, gabarola, cabotino, meus colegas não me perdoavam por ostentar os livros autografados do meu pai
nos corredores da faculdade de letras. E arriscando-me a aborrecê-los mais um pouco, eu não resistia a me
referir sem cerimônia aos autores assíduos na minha casa, o João, o Jorge, o Carlos, o Manuel. O Sartre? De
passagem por São Paulo fez questão de nos visitar com a Simone, extrapolei numa aula de filosofia.
(BUARQUE, Chico. O irmão alemão. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p..47)

78. UFPel / UFPel Técnico administrativo 2018)


No trecho acima verifica-se uma ideia que sinaliza a presença de um juízo autovalorativo exacerbado. Essa
ideia está contida em
a) gabarola.
b) extrapolei.
c) ostentar.
d) arriscando-me.
e) eu não resistia.

79. UFPel / UFPel Técnico administrativo 2018)


A expressão “sem cerimônia” (linha 3) poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por
a) com certeza.
b) com desfaçatez.
c) com parcimônia.
d) com desembaraço.
e) com impudência.

80. (VUNESP / Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes – Auxiliar de Apoio Administrativo – 2018)
Assinale a alternativa em que o termo em destaque está empregado no texto em sentido figurado.
(A) ... o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá...
(B) ... o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
(C) ... a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias capitalistas.
(D) ... a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini...
(E) A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava...

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81. (VUNESP / Prefeitura Municipal de Serrana Assistente Social – 2018)


Fragmento do texto: Um estudo publicado pela consultoria americana McKinsey avalia que em torno de 50%
das atividades tidas como repetitivas serão automatizadas na próxima década. Nesse período, no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação. Em todo o mundo, o legado da mecanização
avançada será de até 800 milhões de pessoas à procura de oportunidades de trabalho. Desse total, boa parte
terá de se readaptar, mas 375 milhões deverão aprender competências inteiramente novas para não cair no
desemprego.
Nem tudo, entretanto, é pessimismo. Os economistas ingleses Richard e Daniel Susskind, ambos
professores de Oxford, defendem a ideia de que quando atribuições são extintas, ou modificadas, os seres
humanos se transformam no mesmo ritmo. “O benefício é que os profissionais farão mais, em menos
tempo”, defendem. Para eles, a bonança tecnológica levará à criação de novos tipos de emprego.
Considere o sentido das palavras destacadas – legado da mecanização (4º parágrafo) e bonança tecnológica
(5º parágrafo) – nos contextos em que se encontram. É correto afirmar que
(A) ambas estão empregadas em sentido próprio, significando, respectivamente, testamento e avanço.
(B) ambas em sentido próprio, significando, respectivamente, posses e avanço.
(C) ambas estão empregadas em sentido figurado, significando, respectivamente, aquilo que é transmitido,
como efeito, e boa fase.
(D) a primeira está empregada em sentido próprio, significando bens materiais; a segunda, em sentido
figurado, significando fase posterior.
(E) a primeira está empregada em sentido figurado, significando bens transmitidos; a segunda, em sentido
próprio, significando bondade.

82. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017)


O Lado Negro do Facebook
Por Alexandre de Santi
O Facebook é, de longe, a maior rede da história da humanidade. Nunca existiu, antes, um lugar onde
1,4 bilhão de pessoas se reunissem. Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no
Facebook pelo menos uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo,
e tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora, não
consegue conceber a vida sem ele. Também pudera: o Facebook é ótimo. Nos aproxima dos nossos amigos,
ajuda a conhecer gente nova e acompanhar o que está acontecendo nos nossos grupos sociais. Mas essa
história também tem um lado ruim. Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos
torna mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos preocupados com os sentimentos dos
outros. E, de quebra, mais infelizes.
No ano passado, pesquisadores das universidades de Michigan e de Leuven (Bélgica) recrutaram 82
usuários do Facebook. O estudo mostrou uma relação direta: quanto mais tempo a pessoa passava na rede
social, mais infeliz ficava. Os cientistas não sabem explicar o porquê, mas uma de suas hipóteses é a chamada
inveja subliminar, que surge sem que a gente perceba conscientemente. Já deve ter acontecido com você.
Sabe quando você está no trabalho, e dois ou três amigos postam fotos de viagem? Você tem a sensação de
que todo mundo está de férias, ou que seus amigos viajam muito mais do que você. E fica se sentindo um
fracassado. “Como as pessoas tendem a mostrar só as coisas boas no Facebook, achamos que aquilo reflete
a totalidade da vida delas”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, mestre pela UFRGS e coordenador do Grupo de

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Estudos sobre Adições Tecnológicas. “A pessoa não vê o quanto aquele amigo trabalhou para conseguir tirar
as férias”, diz Spritzer.
E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30 anos,
pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalidade a 14 mil universitários. O
resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a internet, têm 40% menos empatia que os
jovens de três décadas atrás. A explicação disso, segundo o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as
pessoas quando não queremos ouvir seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse comportamento
indiferente acaba sendo adotado também na vida offline.
Num meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há pouco
incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de ajuda. Há muito espaço, por
outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo da Universidade de Illinois com 292 voluntários
concluiu que, quanto mais amigos no Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta,
mais narcisista tende a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma pessoa que tem
muitos amigos supostamente os conquistou adotando comportamentos positivos, como modéstia e
empatia. O estudo mostra que, no Facebook, tende a ser justamente o contrário.
Adaptado de Superinteressante. Disponível em: http://super.abril. com.br/tecnologia/o-lado-negro-do-
facebook/

Assinale a alternativa em que a expressão destacada esteja sendo utilizada em seu sentido denotativo.
a) “Esse comportamento indiferente acaba sendo adotado também na vida offline”.
b) “Lado Negro do Facebook”.
c) “E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador”.
d) “Seus amigos viajam muito mais do que você”.
e) “Há pouco incentivo para diminuir o ritmo”

ELOGIOS E BAJULAÇÕES
Elogios sinceros resistem a vendavais
Bajulações não resistem a uma brisa.
Quem tem paz sobrevive aos chacais.
O amor alimenta o poeta, a poetisa.

Elogio sincero é como sal em alimento,


Bajulação é como sujeira em ferida aberta
Ou não ter bálsamo após ferimento,
Ou como enfrentar o frio sem coberta.

Bajulações não resistem a uma brisa


Mesmo que se ouça a mais linda poetisa
Ou que se apoie em forte viga.

Elogios sinceros resistem aos vendavais


Por todos os lados a verdade impera

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A falsidade não se pendura em varais.


DUARTE, Valdeci. Disponível em: <https://pagina20.net/ elogios- e-bajulacoes/>. Acesso em: 13 dez. 2018 (adaptado).

83. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


No poema, Valdeci Duarte contrapõe "elogios sinceros” a “bajulações”. Quanto à expressão “elogios
sinceros”, pode-se dizer que há:
A) paradoxo, uma vez que elogios sempre são feitos com o objetivo de obter alguma vantagem.
B) antítese, uma vez que elogios sempre são feitos com o objetivo de obter alguma vantagem.
C) pleonasmo porque elogios necessariamente são exaltações sinceras das qualidades de outrem.
D) elipse, porque há atribuição de características humanas a um ser inanimado.
E) aliteração, uma vez que se repetem sons vocálicos na construção dessa expressão.

84. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


Assinale a alternativa entre cujos vocábulos se verifica o emprego da figura de linguagem denominada
antítese:
A) Verdade x Falsidade
B) Poeta x Poetisa
C) Bálsamo x Coberta
D) Brisa x Viga
E) Resistem x Sobrevive

85. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


“Elogio sincero é como sal em alimento,
Bajulação é como sujeira em ferida aberta.”
Nos versos acima destacados, observa-se o uso de uma figura de linguagem. Qual é a figura de linguagem
utilizada?
A) metonimia
B) aliteração.
C) metáfora.
D) silepse.
E) comparação

86. (IBADE / SEE-AC Professor Língua Portuguesa 2019)


Observe os trechos abaixo, retirados do texto.
I. “Seria aquele menino a fractura por onde, naquela toda frieza, espreitava a humanidade?”
II. “O menino, murcho como acento circunflexo, subiu as escadas, ocupou seu lugar, ajeitou o cinto.”

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Sabe-se que metáfora e comparação são relações que se parecem, diferenciando-se apenas por um aspecto
bem sutil. O aspecto que diferencia essas duas relações comparativas é o fato de:
A) a metáfora ser uma relação implícita, enquanto a comparação é uma relação explícita.
B) a comparação ser uma relação abstrata, enquanto a metáfora é uma relação concreta.
C) a metáfora possuir um elemento conectivo que explícita essa relação comparativa.
D) a comparação não possuir um elemento conectivo que explicite a relação comparativa.
E) a comparação ser uma relação implícita, enquanto a metáfora é uma relação explícita.

87. (IBADE / CAERN Técnico em Segurança do Trabalho 2018)


O par de palavras que faz uso da mesma figura de linguagem é:
A) tráfego/tráfico.
B) assento/acento.
C) roma/amor.
D) concerto/ conserto.
E) dúvida/duvida

88. (IBADE / CAERN Técnico em Segurança do Trabalho 2018)

O poema é formado por palavras que são pronunciadas de maneira parecida, mas que tem significados
diferentes. Esse aspecto é característica da figura de linguagem:
A) paronomásia.
B) assonância.
C) onomatopeia.
D) metáfora.
E) aliteração.

89. (IBADE / Câmara de Cacoal-RO Agente Administrativo 2018)


Fragmento do texto: No último mirante, depois da terceira queda d'água, o vento soprava forte, anunciando
a virada de tempo na Guanabara. Dezenas de andorinhas aproveitavam a corrente de ar ascendente,
impulsionando o voo num vertiginoso balé. Eu, conformada com as pernas, invejei a farra dos que nascem
com asas. O espetáculo pontuou o fim do passeio.

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Em: “impulsionando o voo num vertiginoso balé.”, identifica-se uma figura de linguagem:
A) elipse.
B) antítese
C) metáfora.
D) catacrese.
E) eufemismo.

90. (GUALIMP / Câmara Municipal de Nova Venécia-ES Escriturário 2018)


Fragmento do texto: Meu primeiro celular parecia um tijolo. Difícil de carregar. Pior ainda, de funcionar. A
linha vivia com sinal de ocupado. Mesmo assim era um luxo! Lembro quando liguei pela primeira vez para
minha amiga Vera:
“Meu primeiro celular parecia um tijolo.” (1º parágrafo)
Qual a figura de linguagem utilizada na frase acima?
(A) Pleonasmo.
(B) Metáfora.
(C) Sinestesia.
(D) Antítese.

91. (FUNDATEC / AL-RS Agente Legislativo – 2018)


Observe as frases a seguir:
1. As empresas são tal qual a nossa vida: precisam de dedicação e cuidado.
2. Ao trabalhar muito, ouça Mozart.
Que figuras de linguagem são identificadas, respectivamente, nas frases acima?
A) Metáfora e Metonímia.
B) Comparação e Metonímia.
C) Metonímia e Metáfora.
D) Metáfora e Comparação.
E) Comparação e Metáfora.

92. (VUNESP / PC-SP Agente Policial – 2018)


O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida
“Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.” A frase do
pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela concepção de que ofício e prazer não
precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e
satisfação pessoal. A questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não
substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários,
metas.

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Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol da produção
desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status, dinheiro. Algo de errado em querer tudo
isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque é digna a recusa à estagnação. Sim, quando ela compromete
momentos de entretenimento, minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que sombra e
água fresca são luxo e não merecimento.
Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove anos sem férias,
e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O patrimônio veio de dedicação e empenho, mas custou
caro também. Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.
Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se exerce. Momentos de
pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra justamente na possibilidade de converter o
dinheiro advindo do esforço em ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca
quentinha e viagens de barco.
(Larissa Bittar. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Há palavras empregadas com sentido figurado em:


a) “um construtor com o qual eu conversava me disse” (3° parágrafo).
b) “me perguntei se era realmente preciso escolher” (3° parágrafo).
c) “Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso” (2° parágrafo).
d) “quem acha que sombra e água fresca são luxo e não merecimento” (2°parágrafo).
e) “lamentou o pouco tempo passado com os netos” (3° parágrafo).

93. (VUNESP / PC-SP Investigador de Polícia – 2018)


Leia o texto.
Meio-dia
A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado a arrastar-se penosamente, as sombras foram
esconder-se debaixo da barriga dos cavalos, tudo parece uma infinita quarentena – mas está marcado
exatamente meio-dia nos olhos dos gatos.
(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho)

Na passagem – A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado… –, a figura presente é


a) a metáfora, associando-se a tarde à ideia de lentidão da passagem do tempo.
b) a sinestesia, misturando-se sensações para descrever a tarde vagarosa.
c) a catacrese, configurando-se a morosidade da tartaruga como ideia cristalizada.
d) o eufemismo, abrandando-se o sentido da ideia de enfado vivido na tarde.
e) a metonímia, substituindo-se a ideia de vagarosidade por tartaruga.

94. (AOCP / SUSIPE-PA - Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2018)


Maria Bethânia emociona na abertura de Bienal
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, CONSTITUIÇÃO, 1988, p. 137).

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“Eu, Maricotinha, aluna de escola pública, abrindo a Bienal do Livro. Não é lindo?”. Foi assim que Maria
Bethânia encerrou sua apresentação na sexta-feira, 26, não sem antes pedir desculpas por ter ultrapassado
os 40 minutos combinado – não que alguém tenha achado ruim ouvi-la cantar e ler trechos de poemas e
livros. A cantora, ligada ao universo literário há muito tempo, fez uma versão reduzida de seu show Bethânia
e As Palavras, antes dos discursos habituais na cerimônia de abertura da Bienal Internacional do Livro de São
Paulo – apenas o ministro da Educação, Mendonça Filho, evitou o microfone. Até 4 de setembro, são
esperadas 700 mil pessoas no Anhembi.
Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Mia Couto, Manuel Bandeira, o professor da infância, Nestor Oliveira,
que apresentou a poesia a Bethânia e Caetano. Eles e muitos outros, todos juntos, entre um verso e outro,
uma música e outra, na voz de uma Bethânia toda de branco, cabelo preso quase até o fim do show, óculos
de grau.
A Poetas Populares (Os nomes dos poetas populares / Deveriam estar na boca do povo / No contexto de
uma sala de aula / Não estarem esses nomes me dá pena), de Antonio Vieira, ela emendou Trenzinho Caipira,
num dos momentos mais bonitos – como foi quando ela cantou Romaria. A leitura de um longo trecho de
Grande Sertão Veredas também foi um dos pontos altos.
O moçambicano Mia Couto apareceu mais de uma vez. Dele, ela leu: “Agora, meu ouro é a palavra. Agora,
a poesia é a minha única visita de família” e “Na escolinha, a menina propícia a equívocos disse que masculino
de noiva é navio”. “Que coisa linda!”, ela disse após ler esta última frase – e então cantou trecho de Oração
ao Tempo.
Na sequência, leu Velha Chácara, de Manuel Bandeira, comentou sobre o aprendizado com Nestor de
Oliveira, seu professor em Santo Amaro, na Bahia, e deu seu recado: “É possível, sim, uma boa e plena
educação nas escolas públicas. Veja eu, Maricotinha, abrindo a Bienal do Livro. Beijinho no ombro”. Ela
voltou a repetir isso – sem a referência à Valeska Popozuda – no final.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Adaptado de <https://istoe.com.br/bethania-emociona-na-abertura-da-bienal/>
Em “Veja eu, Maricotinha, abrindo a Bienal do Livro. Beijinho no ombro”, a figura de linguagem que mais se
aproxima da expressão em destaque é a
A) comparação.
B) metonímia.
C) ironia.
D) metáfora.
E) aliteração.

95. (INSTITUTO AOCP / TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Analista Judiciário – 2018)


Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. A metáfora é uma figura de linguagem que consiste no desvio da significação própria de uma palavra,
nascido de uma comparação mental ou característica comum entre dois seres ou fatos. Um exemplo está
na frase “Criamos museus, parques, tombamos construções, fazemos estátuas e mostras sobre o
passado.”.

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II. A gradação é uma figura de linguagem que consiste em uma sequência de ideias dispostas em sentido
ascendente ou descendente. Um exemplo está na frase “Em compensação, há o tempo que corre, voa,
falta.”.
III. A prosopopeia é uma figura de linguagem pela qual fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e
sentirem como humanos. Um exemplo está na frase “Em compensação, há o tempo que corre, voa, falta.”.
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas II e III.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.

96. (INSTITUTO AOCP / ITEP - RN Perito Criminal – 2018)


Assinale a alternativa que apresenta uma metáfora.
A) "Critico não por causa da minha dor, da minha inveja, do meu espelho.”
B) "Um juízo ponderado é excelente.”
C) "Indico apenas como algo pode ser melhor e a partir de quais critérios.”
D) "Nada posso dizer sobre aquilo do qual nada sei.”
E) "Não digo o que eu faria ou o que eu sou.”
Resgatar as receitas é convocar as “almas” com o perfume doce das damas-da-noite que habitam as
frestas dos muros desgastados de adobe e as tortuosas ruas de pedras. Almas que habitam os quintais
sombreados pelas mangueiras. É evocar frases e sons retidos na argamassa das paredes de taipas. É trazer
novamente as luzes e o brilho das licoreiras de cristal e dos saraus no Palácio Conde dos Arcos. Ouvir ecos
das vozes recitando poemas no Clube Literário. É sentir o calor do abraço de despedida e o som dos pés se
arrastando na procissão. É, quase possível, ouvir o órgão e as velas escorrendo dos castiçais na Igreja Boa
Morte. Os latidos dos cães no mercado. A voz longínqua do vendedor de bolo de arroz na tarde quente. As
“almas” das coisas podem re-existir, tocar corações, sussurrar lembranças, habitar cozinhas modernas,
pessoas diversas em outras cidades e países. Só a Arte, aqui a arte culinária, permite esse trânsito,
subvertendo o espaço-tempo linear, conduzindo a memória de cada um a lugares esquecidos, lugares nunca
visitados – enriquecer o cotidiano trivial de cada um. Uma fatia de bolo pode sim, como diz Proust, conter
toda uma infância, uma cidade, um estado e um país.
LIMA, Ana Chrisitna da Rocha. Nádia Köller – memórias e receitas de Goyaz. Goiânia: Eclea, 2017. p. 13.

97. (CS-UFG / Seneago Administrador 2018)


Predominam no texto as características da composição literária, e os sentidos, em todo o texto, são
produzidos por meio do mecanismo da
(A) pressuposição.
(B) sinestesia.
(C) comparação.
(D) sinédoque.

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98. (CS-UFG / Seneago Administrador 2018)


O enunciado “É evocar frases e sons retidos na argamassa das paredes de taipas” (linhas 3 e 4), situado no
contexto geral do texto, tem o sentido de
(A) evocação de lembranças.
(B) expressão de angústias.
(C) intensificação de desejos.
(D) ensejo de esperanças.

99. (CS-UFG / Seneago Administrador 2018)


No enunciado “Uma fatia de bolo pode sim, como diz Proust, conter toda uma infância, uma cidade, um
estado e um país” (linha 20) “uma fatia de bolo”, por metonímia, é o mesmo que
(A) repositório.
(B) depósito.
(C) estoque.
(D) memória.

100. (INSTITUTO AOCP / Câmara de Maringá- PR Assistente Administrativo – 2017)


No excerto “[…] ela me telefonou e, ao invés de perguntar assim, na lata, se eu já tinha um novo amor [...]”,
a expressão destacada expressa a figura de linguagem denominada
A) pleonasmo.
B) prosopopeia.
C) metonímia.
D) hipérbole.
E) metáfora.
101. (INSTITUTO AOCP / EBSERH Técnico em Enfermagem – 2017)
Dentre as alternativas a seguir, qual apresenta uma figura de estilo presente em “[...] só de pensar em se
sentar em meio a gente que, ao contrário delas, estão acompanhadas.”?
A) Sinestesia.
B) Silepse de número.
C) Silepse de gênero.
D) Eufemismo.
E) Prosopopeia.

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102. VUNESP/ TJ SP /Psicólogo - 2017)


Surgiu a Maria da Anália, pediu se eu podia vender um pedaço de toucinho.
– Não vou vender. Quando você engordou e matou o teu porco, eu não fui aborrecer-te.
Ela começou a dizer que queria só o toucinho. Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho igual a
raposa quando fita uma galinha. Pensei: e se eles invadir o quintal? Resolvi levar o toucinho para dentro de
casa o mais depressa possível. Fitei as tabuas do barraco, que já estão podres. Se eles invadir, adeus barraco.
Juro que fiquei com medo...
(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo – diário de uma favelada, 1993. Adaptado)
Na passagem “Perpassei o olhar no povo. Fitavam o toucinho igual a raposa quando fita uma galinha. Pensei:
e se eles invadir o quintal?”, os termos destacados denotam a seguinte figura de sintaxe:
(A) zeugma, já que o termo “povo” não aparece na última oração, mas está implícito.
(B) silepse de número, já que se alternam entre as expressões o singular e o plural.
(C) pleonasmo, já que ocorre a repetição, para fins de clareza, de um termo anteriormente expresso.
(D) silepse de pessoa, já que se tem a terceira pessoa do singular e a terceira do plural.
(E) anacoluto, já que existe a quebra da estruturação lógica e sintática da oração.

103. (GUALIMP / Câmara Municipal de Colatina-ES Professor de Língua Portuguesa 2017)


Leia a frase de Olavo Bilac: “Meu Deus! Como é sublime um canto ardente!”
A figura de linguagem destacada denomina-se:
a) Metonímia.
b) Prosopopeia.
c) Sinestesia.
d) Eufemismo.

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104. (GUALIMP / Prefeitura Municipal Domingos Martins-ES Auditor Público Interno 2016)
Desabafos de um bom marido.
Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar: duas vezes por semana, vamos a
um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às
terças-feiras, e eu às quintas. Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha
em São Paulo. Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei
a ela onde ela gostaria de ir ao nosso aniversário de casamento. "Em algum lugar que eu não tenha ido há
muito tempo!" ela disse. Então eu sugeri a cozinha. Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela
vai às compras. Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica e uma máquina de fazer pão
elétrica. Então ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar". Daí comprei pra ela
uma cadeira elétrica. Lembrem-se, o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatisticamente, 100
% dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "Sra. Certa". Só não sabia que o primeiro
nome dela era "Sempre". Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-
la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu
disse "poeira".
No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a
mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o mundo tiveram mais descanso. "Quando o nosso
cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo.
Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma
coisa mais importante para mim. Finalmente, ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao
chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu
olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu
voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei." - Quando você terminar de cortar a grama, eu disse, "você
pode também varrer a calçada”. Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei
a andar, mas mancarei pelo resto da vida.
"O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...”.
(Texto de: Luís Fernando Veríssimo)

Marque a figura de linguagem predominante no texto, adequadamente caracterizada:


(A) Anacoluto: É a concordância com a ideia e não com a palavra dita.
(B) Silepse: é a repetição de ideias.
(C) Antítese: Emprego de termos com sentidos opostos.
(D) Ironia: consiste no emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente
do habitual.

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8 – GABARITO

1. B 36. A 71. A
2. A 37. B 72. C
3. E 38. B 73. C
4. C 39. D 74. B
5. D 40. A 75. C
6. A 41. D 76. A
7. C 42. B 77. C
8. A 43. E 78. C
9. E 44. D 79. D
10. C 45. E 80. D
11. A 46. D 81. C
12. C 47. E 82. D
13. B 48. C 83. C
14. D 49. E 84. A
15. A 50. C 85. E
16. E 51. C 86. A
17. D 52. E 87. A
18. B 53. A 88. A
19. B 54. E 89. C
20. B 55. A 90. B
21. A 56. B 91. B
22. B 57. E 92. D
23. D 58. C 93. A
24. B 59. E 94. C
25. A 60. A 95. C
26. E 61. E 96. A
27. E 62. A 97. C
28. C 63. D 98. A
29. B 64. C 99. D
30. B 65. C 100. E
31. E 66. E 101. B
32. D 67. E 102. B
33. A 68. A 103. C
34. C 69. D 104. D
35. A 70. E

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