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Apostila Farmacognosia Parte 1
Apostila Farmacognosia Parte 1
A farmacognosia é um dos mais antigos ramos da farmacologia. Tem como alvo os princípios ativos
naturais, sejam animais ou vegetais. O termo deriva de duas palavras gregas, pharmakon, ou droga, e
gnosis ou conhecimento.
Objetivo
Droga (Farmacognosia)
Vegetal ou animal, no todo ou em partes, ou produtos derivados, que após se submeter ao processo de
colheita, preparo, e conservação possam servir como matéria prima bruta para a obtenção de substâncias
medicamentosas ou mesmo de substâncias que não possuindo atividade farmacológica, ainda assim sejam
de interesse farmacêutico.
Áreas Terapêuticas
Fitoterapia
Ramo da farmacognosia que utiliza-se de drogas de origem vegetal para o tratamento de doenças.
Opoterapia
Ramo da farmacognosia que utiliza-se de drogas de origem animal para o tratamento de doenças.
FITOTERAPIA
DEFINIÇÃO: phitos = plantas (grego); terapia = no dicionário médico encontra-se a seguinte definição:
“parte da medicina que pesquisa e põe em prática os meios adequados para curar as doenças e atenuar
as dores”. Significando: cuidado ou tratamento, ou seja: a fitoterapia é um tratamento do organismo como
um todo (estado geral), através das plantas e ervas medicinais in natura, sem separar os princípios ativos.
Contudo, é uma terapia que busca os meios adequados para a sua utilização e não de maneira
desordenada e inconseqüente. Procura investigar a existência dos princípios ativos que justifiquem a
utilização da planta em questão; e, a forma mais adequada de utilizar-se daquela substância e bem como a
dosagem e o momento correto de se ingerir este fitoterápico.
Fitoterapia é uma abordagem holística que vê o indivíduo como um todo e, além disso, utiliza a
planta na sua totalidade. Lembrando que holístico vem de holus = totalidade;e que indivíduo: in = não;
divíduo = divisível. Portanto, a própria palavra na sua raiz tem a pessoa indivisível, na sua totalidade e,
relacionando o indivíduo com a fitoterapia ele é parte da natureza.
POR QUE FUNCIONA?
As ervas e plantas medicinais possuem substâncias que foram sintetizadas (a planta sintetiza estas
substâncias do solo, ar, luz solar, devido ao clima, relações da planta com o meio, etc...) ao longo do seu
crescimento (muitas dessas substâncias são para proteger a planta). Por exemplo, cita-se o caqui que
possui um sabor que amarra quando é consumido verde. Os animais e pássaros gostam do caqui maduro
e dificilmente o comem verde devido aos taninos que possuem esse efeito adstringente. Além de garantir
que não seja agredido o caquizeiro garante sua perpetuação, pois as sementes estão contidas no fruto da
árvore, e somente quando esta maduro, suas sementes estão prontas para a perpetuação da espécie.
Estas substâncias são conhecidas pela ciência como Princípios Ativos. Nem todas as substâncias
das ervas são terapêuticas e possuem ação sobre o organismo. As substâncias que não possuem ação
são conhecidas como substâncias inertes. Muitas dessas substâncias inertes possuem uma participação
na assimilação ou na ação dos princípios ativos.
É por isso que na fitoterapia fala-se do efeito sinérgico. Sinergia é quando se utiliza a planta toda ou
as preparações com todas as suas substâncias sejam elas ativas ou inertes confere-lhes um efeito ou uma
atividade terapêutica diferenciada da fitoterapia que somente separar ou isolar os princípios ativos.
TOXIDADE E A FITOTERAPIA
Outra importante observação, em relação a fitoterapia e suas substâncias é que nem todas as
plantas e substâncias são benéficas ao organismo. Há substâncias tóxicas e há plantas altamente tóxicas.
Aliás, em relação a fitoterapia pode-se observar que todas as plantas possuem um grau de
toxidade. Em algumas plantas a toxidade apresentada é baixa que pode ser utilizada por um período maior
em outros casos pode-se utilizar uma determinada planta somente em doses pequenas e por um tempo
muito curto. Há outras que ao serem utilizadas uma única vez causam uma intoxicação violenta.
Vale apenas destacar que: AS PLANTAS SÃO NATURAIS, MAS MAL UTILIZADAS OU
UTILIZADAS DE MODO INDISCRIMINADO PODEM MATAR OU CAUSAR DANOS IRREVERSIVEIS AO
ORGANISMO. NEM TUDO QUE É NATURAL NECESSARIAMENTE FAZ BEM AO SER HUMANO.
CONCEITOS ESPECÍFICOS:
O que é um fitoterápico?
É um medicamento produzido a partir de um extrato da planta seca, tintura mãe, pó da planta, etc...
O que é um fitofármaco?
É um medicamento com princípio ativo retirados de plantas medicinais.
O que é um fitocomplexo?
É a mistura de varias ervas .
O que é um fármaco?
É um componente separado dentre os princípios ativos de uma planta, com propriedades curativas
ou terapêuticas. Um exemplo de fármaco é a pilocarpina retirada do Pilocarpus jaborandi (jaborandi) para
tratamento do glaucoma.
DIFERENÇA FUNDAMENTAL
Geralmente na alopatia, o fármaco é isolado, estabilizado e usado com fim específico. Um exemplo
que podemos citar é o ácido salicílico extraído pela primeira vez do salgueiro ( Salix alba) e estabilizado em
laboratório com adição do radical acetil. Na fitoterapia é extraído a totalidade das substância da planta.
Portanto, na fitoterapia não há separação dos princípios ativos que a planta sintetizou. Utiliza-se a
parte ou a planta de forma integral com todos os seus constituintes tenham eles valor medicinal ou não. É
valorizado o conjunto de substâncias da planta.
Morfologia
As plantas dividem-se em dois ramos:
- Talófitas : Plantas pouco diferenciadas, sem raízes nem caules, constituídas somente por um talo.
Ficam próximo ao solo: Cogumelos , Líquens e Algas (meio aquático)
-Comófitas : com raízes e caule, possuem conjunto de ramos folhosos, células diferenciadas (formam
vasos condutores). - Correspondem aos vegetais superiores.
Algas Pluricelulares
Características:
São também chamadas Talófitas, por não possuírem raiz, caule e folha.
Não apresentam tecido ou vasos condutores.
Sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada (por fragmentação ou esporos).
- Utilidades das algas :
Para alimentação
Matéria-prima para indústria (ágar-ágar e algina)
Briófitas
Características:
Apresentam rizóides, caulóides e filóides. Vivem em locais úmidos e na sombra.
Não possuem vasos condutores de seiva. Ex.: Musgos e hepáticas.
Pteridófitas
Características:
Apresentam raiz, caule e folhas. Vivem em locais sombrios. Apresentam vasos condutores de seiva.
Ex.: Samambaias e avencas.
PARTES DAS PLANTAS
Raiz
Funções da raiz:
- Fixar o vegetal ao solo.
- Retirar do solo água e sais minerais indispensáveis à nutrição da planta.
Tipos de raiz:
Raízes suporte. Ex.: Plantas do mangue Raízes com velame. Ex.: Orquídea.
Caule
Funções do caule:
- Sustentação da copa (folha, flores e frutos).
- Condução da seiva bruta e da seiva elaborada.
Adaptações do caule
Tipos de caule
Caules aéreos
-
a) Caules eretos
Tronco. Ex.: Sequoia Haste. Ex.: Salsa. Estipe. Ex.: Palmeira. Colmo. Ex.: Bambu.
Corte de caule
A Folha
Funções da folha:
- Respiração
A respiração ocorre com todas as células vivas. É o processo realizado para se obter energia.
O² + Nutrientes = Energia + H²O + CO²
- Fotossíntese
Fotossíntese é o processo pelo qual seres autótrofos conseguem fabricar seus próprios alimentos,
transformando energia luminosa em energia química processando o Dióxido de Carbono, Água e Minerais
em compostos orgânicos e produzindo Oxigênio gasoso.
Primeira etapa: Fotoquímica
Usa a matéria prima do solo e a energia solar na produção de produtos primários, o ATP (Adenosina tri-
fosfato) e o NaDPH2 , liberando Oxigênio como subproduto da dissociação da molécula da água.
A Fotossíntese é o processo pelo qual a planta produz o alimento que necessita com auxílio da luz solar.
Clorofila
CO²+ H²O + Sais Minerais Glicose + H²O + O²
Luz
- Transpiração
É o processo de eliminação de vapor de água, realizado pelos estômatos.
À medida que a planta perde água pelas folhas, ela vai sugando água do solo pelas raízes.
Importância da folha
Para alimentação.
Matéria-prima para indústria (Fibras e cera).
Na preparação de medicamentos
Partes da Folha
Flor
Função da flor:
Reprodução/ Fecundação é a união da célula reprodutora masculina (anterozóide) com a célula
reprodutora feminina (oosfera).
Partes da flor
Estigma
Fruto e semente
Partes do fruto
Tipos de Frutos
Frutos compostos :Originam-se de uma única flor que tem vários ovários. Ex: Framboesa.
Frutos múltiplos : Originam-se dos ovários de muitas flores que crescem num mesmo ramo. Ex: Abacaxi.
Pseudofrutos simples – se origina do desenvolvimento do receptáculo de uma única flor, com apenas um
carpelo, que através de uma inchação envolve o todo o fruto ou parte dele. Alguns exemplos deste fruto é a
maça, a pêra e o caju.
Pseudofruto composto – se origina de diversos ovários de uma mesma flor, e desenvolvem diversos frutos.
Quando é fecundado o receptáculo se dilata, passando a ser carnudo. O morango é exemplo deste fruto.
CURIOSIDADE
Na bananeira, o ovário desenvolve sem ser fecundado, sendo assim, a planta reproduz-se
assexuadamente, já que não possui semente. Esse fruto é chamado partenocárpico.
Sementes
Camadas da semente
Tegumento – é o mesmo que casca, protege a semente.
Amêndoa – é formada pelo albúmen e o embrião.
Como cada planta tem suas partes especificadas para uso, também cada planta tem seu tempo de colheita
estabelecido em compêndios especializados. Deve-se sempre verificar quando é o melhor momento para
se retirar as partes a serem utilizadas da planta para garantirmos a máxima quantidade de princípios ativos
disponíveis para extração. Por exemplo, no Guaco a parte utilizada são as folhas, e a maior concentração
de princípios ativos se dá na primavera, principalmente no mês de outubro.
A maioria das extrações vegetais é feita com a planta seca. A umidade pode provocar deterioração do
material e aparecimento de mofo, que dependendo do principio ativo que a planta contem, pode modificar
quimicamente esse componente e causar danos à saúde do usuário.
Curiosidade: O Guaco, conhecido vegetal utilizado como expectorante, possui entre seus princípios ativos
a Cumarina. O aparecimento de fungos entre as folhas de Guaco transformam essa Cumarina em
Decumarol que é utilizado como veneno de ratos.
De acordo com a parte da planta a ser seca, quanto a sua dureza, tamanho, estabilidade dos componentes
ou teor de umidade, podemos escolher o método de secagem a ser empregado. Quando o vegetal tem alta
concentração de óleos essenciais , a estabilidade dos componentes fica comprometida em temperaturas
elevadas.
1. Liofilização: processo com uso de sublimação (passagem da água do estado sólido para o gasoso sem
passar pelo estado líquido) para a retirada da umidade dos vegetais. Faz-se o congelamento do vegetal e
sob vácuo, a temperatura vai aumentando de – 35 °C para + 35 °C por um período aproximado de 12
horas. Este método é empregado para vegetais sensíveis à temperatura.
2. Secagem por aspersão: Spray drier: passagem de ar quente pelo vegetal com exaustão constante e
por arraste, o vegetal vai perdendo a umidade. O ar quente atinge neste método até 95 °C, e o material
chega a aprox. 60 a 70 °C.
3. Fornos e Túneis de secagem: empregam calor seco produzido por resistências, lâmpadas
incandescentes ou fogo indireto, variando apenas na forma deste emprego. No caso dos fornos, o material
fica disposto em bandejas por período suficiente para a secagem (este processo varia entre 8 a 12 horas).
Nos túneis de secagem, o material passa por longas esteiras que caminham com velocidade reduzida,
sendo expostos ao calor ao longo do mesmo (este processo demora de 4 a 6 horas).
4. Secagem simples: Exposição do material ao calor do sol, quando partes duras. Em caso de partes
tenras, a exposição ao tempo deve ser feita à sombra em ambiente arejado.
Pontos a considerar :
a- Tipo de órgão vegetal: partes tenras ( folhas, flores e sumidades floridas) tendem a perder umidade
com mais facilidade que partes duras como caule, raízes, frutos e sementes;
b- Dimensão: quando o material entra no processo de secagem já em dimensões pequenas, a perda
de água é mais rápida de água é mais rápida;
c- Estabilidade dos constituintes: constituintes sensíveis à temperatura , tais como óleos essenciais,
tendem a reduzir suas quantidades em temperaturas elevadas;
d- Teor de umidade: deve ser considerado quando avaliamos o tempo de exposição ao calor;
REDUÇÃO OU TRITURAÇÃO
Após o processo de secagem, temos que reduzir o material que esta sendo trabalhado, afim de
aumentarmos a área de exposição da planta ao líquido extrator.
Para este processo podemos utilizar processos manuais, tais como rasura de folhas e flores, ou um dos
equipamentos abaixo para partes mais duras, como caules, raízes, frutos e sementes.
Tipos de moinho
Facas e Martelos : (quase todos os tipos de material) conjunto montado em um eixo contendo grupos de
facas e grupos de peças de metal sem corte, com frente larga, que serve para quebrar as partes duras da
planta como um martelo faria. Esse conjunto montado em um eixo de motor girando em velocidades
controladas, força o material a passar por peneiras quando reduzido;
Discos : ( materiais moles) dois discos montados em um eixo, um fixo e outro móvel, girando e
moendo as partes da planta como faríamos girando as palmas de nossas mãos uma sobre a outra em
movimento inverso;
Pinos : (mat. Moles ou fibrosos) mesmo processo do moinho de discos, com a diferença que
esses discos não tem a face lisa, mas que possuem fileiras de pinos que rompem o material fibroso pelo
movimento e contato com os mesmos;
Após o processo de redução da planta em tamanho suficiente para operação de retirada dos princípios
ativos, empregamos uma das técnicas abaixo:
PROCESSOS EXTRATIVOS
Definição: É a maneira pela qual se extraem os princípios ativos e inertes de uma planta através da ação
de um liquido extrator em contato com um vegetal em estado fresco ou seco.
MACERAÇÃO
Definição: Maceração é o processo pelo qual se extraem substancias ativas e inativas de um vegetal,
fresco ou seco, através de um liquido extrator. A maceração pode ser feita a quente e a frio. O liquido
extrator pode ser: a água, álcool, óleo e glicerol.
MACERAÇÃO AQUOSA
Neste caso o vegetal pode ser fresco ou seco.
Pode ser de 2 tipos: Frio e quente
A- A FRIO
Processo de extração realizado à temperatura ambiente, na presença de um líquido extrator, que pode ser
a água, álcool, cachaça, vinho e óleos. Neste caso, coloca-se a erva de “molho” no líquido extrator
escolhido e côa- se.
Tempo de maceração: Para partes tenras - 8 a 12 horas.
Para partes mais duras - 22 a 24 horas.
Chá serenado:
Preparado com plantas verdes geralmente frutas, que ficam macerando em água por um período de
aproximadamente 8 a 10 horas e são utilizados como refresco.
B- A QUENTE
Infusão: Aplicado em partes tenras das plantas: flores, folhas, sumidades floridas.
Processo: aquecer a água, sem ferver e colocar delicadamente sobre a erva, que deve estar em recipiente
de cerâmica, inox ou garrafa térmica. Deixar macerar por um tempo não inferior a 3 minutos e não superior
a 10 minutos. Coar e tomar.
Quantidade de erva: uma a duas colheres de sopa para um litro de água, ou uma colher de sobremesa
para uma xícara (200ml) de água.
Decocção: A ação do calor é ainda maior. O material vegetal vai para o cozimento junto com a água por
um tempo que pode variar de 5 a 15 minutos
Esta técnica se presta para partes mais duras das plantas, ou seja: caule, sementes, frutos, rizomas,
raízes, talos e cascas, sempre, muito bem picados.
A quantidade usada é a mesma da infusão.
Extrato aquoso: É um chá bem forte onde a quantidade da erva é bem maior que os tipos anteriores, isto
é, coloca-se uma quantidade de erva e a água deve estar apenas sobrenadando a mesma. Pode ser feita
por infusão ou decocção, de acordo com o tipo de parte vegetal usada.
O extrato aquoso é usado como base para outras formas terapêuticas manipuladas, como: xaropes,
shampoo, cremes, aromatizador de ambientes, cataplasmas, compressas, etc.
O uso deste preparado NÃO deve ultrapassar uma hora, pois ele é propenso a fungar num espaço de
tempo menor.
Tisanas
É um chá aperitivo, portanto não possui efeito terapêutico.
São os chás apresentados em sachets.
Antigamente as tisanas eram infusões que misturavam a Camelia sinensis com outras ervas, como: hortelã,
camomila, etc.
Chá misto:
Quando se usa partes duras, que devem ser preparadas por decocção e depois se acrescenta as partes
tenras, preparadas por infusão.
Exemplos de uso
Cataplasma: Preparação de uso externo que consiste na aplicação sobre a parte afetada da pele de uma
mistura de farinha e água ou o chá da planta.
MACERAÇÃO ALCOÓLICA
TINTURA
Preparada pelos processos de maceração ou percolação utiliza como líquido de extração uma proporção
de álcool de cereais e água em planta seca, onde o álcool, alem de liquido extrator, funciona como
estabilizador de molécula e conservante. O tempo de maceração é de 8 dias no mínimo e 21 dias no
máximo e sempre no escuro.
Observação
Percolação é um processo semelhante ao da Maceração, sendo um aperfeiçoamento do mesmo. Utiliza-se
um aparelho denominado PERCOLADOR, em que o líquido extrator está em constante movimento vertical
dentro da massa da planta, que deve estar pulverizada.
ALCOOLATURA
Processo semelhante à tintura, diferenciando-se por utilizar a planta verde como matéria-prima. O tempo
de maceração é de 8 a 21 dias, também no escuro. Depois deste tempo deve-se coar e guardar em frasco
âmbar e no escuro.
GARRAFADA
EXTRATO GLICÓLICO: É o processo que se usa erva seca com Propilenoglicol como liquido extrator. É
realizado sem proteção contra a luz, por 8 dias.Depois deste período côa-se e conserva-se em vidro âmbar
fora da luz.
Este extrato é de uso exclusivamente tópico, compõem cremes, sabonetes, shampoo, gel.
MACERAÇÃO OLEOSA
Quando o liquido extrator é um óleo ou azeite. Nesta formulação sempre se usa erva seca, pois a fresca
possui água que ranciniza o óleo. O tempo de maceração é de 8 dias no claro.
Pode ser usado como óleo condimentar. Neste casso o óleo extrator pode ser de milho, girassol, azeite
extra virgem, com ervas. É usado para temperar saladas, em assados e outros.
Para massagens: onde o óleo extrator pode ser o de Semente de uva, de amêndoas acrescido de erva
seca, de acordo com a necessidade do tratamento.
Através destes processos extrativos obtemos todos os metabolitos produzidos pelos vegetais, sendo eles
PRIMÁRIOS e SECUNDÁRIOS.
Os metabolitos Primários são os sintetizados e armazenados pelo vegetal com o único objetivo de
crescimento, desenvolvimento e nutrição. Como exemplo temos : açucares, lipídios, proteínas, e outros.
Os metabolitos secundários são os sintetizados pelo vegetal com função de proteção e perpetuação de
espécie. Como exemplo, temos: os princípios amargos, taninos, óleos essenciais, cumarina, flavonóides e
outros.
Estudaremos a seguir, as características de alguns destes metabolitos com importância farmacológica..
4.1 -CARBOIDRATOS:
Funções, fontes e necessidades
Grupo variado de substâncias cuja estrutura básica é formada por C, H, O. Em sua maioria são
polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas
Principal fonte de energia rápida para o homem e a maioria dos povos
� Constituem apenas 3% da matéria orgânica do corpo
� Ocorrem naturalmente como açúcar, presentes na dieta como amido e celulose
� Composto por carbono, hidrogênio e oxigênio e água
MONOSSACARÍDEOS
Açúcares simples, com pequenas cadeias e ligações simples. Mais importantes e presentes na alimentação:
– GLICOSE
– FRUTOSE
– GALACTOSE
GLICOSE
Amplamente distribuída na natureza: frutas, vegetais, grãos, raízes, mel e no açúcar de mesa
� Produto final da digestão da maltose, amido, dextrinas, sacarose e lactose
� É o CHO existente no sangue
� Utilizada de três formas:
– Diretamente pelas células como fonte de energia
– Armazenada como glicogênio
– Convertida como gordura para estoque de energia
FRUTOSE
Açúcar do mel e das frutas
� É o mais doce dos açúcares
� No final da digestão converte-se em Glicose
GALACTOSE
Não ocorre na forma livre, está sempre combinada com a glicose, formando a lactose, um dissacarídeo
� É convertida no fígado em glicose
� Encontrada no leite e seus derivados
DISSACARÍDEOS
União de duas moléculas de açúcares simples
– Mais comuns: sacarose, maltose, lactose
– Sacarose = glicose+frutose (açúcar de cana e beterraba)
– Maltose = glicose+glicose (hidrólise parcial do amido)
– Lactose = glicose+galactose (leite e derivados)
POLISSACARÍDEOS
Formados pela combinação de uma grande quantidade de moléculas
– Forma de apresentação da maioria dos CHO naturais
– Mais comuns: amido, glicogênio, celulose
Amido :
– Combinação de 300 ou mais moléculas de CHO, polissacarídeo vegetal presente nos cereais
Glicogênio:
– Polímero de cadeia ramificada, que sob hidrólise, resulta em glicose
– Presente em pequena quantidade no músculo e no fígado
Celulose:
– Polissacarídeo vegetal
– Não digerível pelo TGI humano (trato gastrointestinal)
– Presente em folhas, caules, raízes, sementes, frutas e cereais
– Auxiliam no aumento do bolo fecal e no trânsito intestinal
Outros polissacarídeos
Agar Gracalaria; Gelidium gracilaria Algas vermelhas
Alginato Laminaria; Phaeophycase Algas
Carragena Chondrus crispus; Eucheuma Algas vermelhas
Celulose Plantas diversas
Goma arábica Acacia Árvore
Goma guar Cymopsis Tetragonolobus Endosperma de semente
Goma locusta Ceratonia siliquia Leguminosa
Pectina Plantas diversas Principalmente Citrus sp.
Goma xantana Xanthomonas campestris Bactéria
FUNÇÕES
- ENERGÉTICA: são os principais produtores de energia sob a forma de ATP, cujas ligações ricas em energia
(±10 Kcal) são quebradas sempre que as células precisamde energia para as reações bioquímicas. É a
principal função dos carboidratos, com todos os seres vivos (com exceção dos vírus) possuindo metabolismo
adaptado ao consumo de glicose como substrato energético. Algumas bactérias consumem dissacarídeos
(p.ex.: a lactose) na ausência de glicose, porém a maioria dos seres vivos a utiliza como principal fonte
energética.
- ESTRUTURAL: a parede celular dos vegetais é um carboidrato polimerizado - a celulose; a carapaça dos
insetos contém quitina, um polímero que dá resistência extrema ao exo-esqueleto; as células animais possuem
uma série de carboidratos circundando a membrana plasmática que dão especificidade celular, estimulando a
permanência agregada em um tecido - o glicocálix.
- RESERVA ENERGÉTICA: nos vegetais, há o amido, polímero de glicose; nos animais, há o glicogênio,
também polímero de glicose porém com uma estrutura mais compacta e ramificada
Detonador metabólico:
– Detonadores para o metabolismo das gorduras
– Baixas taxas de CHO inibem a queima de gordura (as gorduras queimam numa chama de CHO)
Combustível para o SNC:
– Nutriente exclusivo para o SNC
– Hipoglicemia = riscos para o SNC
USOS
- Emulsificantes, Estabilizantes, Agentes de gelificação, Espessantes, Agentes para retenção de água
4.2 - FIBRAS
Fibra alimentar é uma fração complexa composta por um conjunto de componentes presentes nos alimentos
vegetais, representados pela soma de lignina e polissacarídeos (celulose, hemicelulose, pectina, muscilagem e
goma), sendo estes classificados segundo sua solubilidade em água, como solúveis e insolúveis.
A fibra se constitui basicamente de componentes da parede celular resistentes às enzimas secretadas pelos
animais.
- hemiceluloses: são polissacarídeos complexos encontrados nas paredes das células vegetais , em
estreita associação com celulose e lignina. São moléculas menores que a celulose, constituidas principalmente
por unidades de xilose, arabinose, galactose, manose e ramnose.
- lignina: é um polimero rígido derivado dos aminoácodos fenilalanina e tirosina.
- pectinas: são ácidos pectínicos solúveis em água e que formam soluções coloidais.
- gomas: são polissacarídeos exudados pelas plantas com a finalidade de cobrir ferimentos
existentes em frutos e troncos de árvores evitando o ataque de microrganismos.
TIPOS DE FIBRAS
Fibras solúveis:
– Pectina, goma guar (aveia, feijão, vegetais e frutas)
Fibras insolúveis:
– Hemicelulose, lignina e celulose (farelos de cereais, folhas)
4.3 - GLICOSÍDEOS
São compostos químicos formados pela condensação de açúcares a grupamentos de não açúcares,
geralmente hidroxilados, denominados genina ou aglicona.
Os glicosídeos, normalmente, são sólidos cristalizáveis, solúveis em água e soluções hidroalcoólicas.
A hidrólise é a principal propriedade química dos glicosídeos, podendo ser ácida ou enzimática, através de
glicosidases, que são enzimas existentes nas plantas.
A inativação destas enzimas pode ser realizada através do aquecimento rápido, à temperatura de 80 a 90
graus, ou por passagem de vapores de álcool.
Sua função – os açúcares auxiliam no transporte das geninas através dos fluídos orgânicos.
Genericamente, os glicosídeos apresentam uma ampla gama de ações farmacológicas, sendo utilizados na
terapêutica, tanto na forma de drogas vegetais como de princípios ativos puros.
GLICOSÍDEOS CARDIOTÔNICOS
São princípios ativos de origem vegetal ou animal, que tem a propriedade de aumentar a força de
contração do coração, isto é, tem uma ação inotrópica positiva ( Ação Inotrópica= efeito de uma substância
que modifica a contractilidade das células cardíacas).
GLICOSÍDEOS SAPONÍNICOS
São produtos do metabolismo secundário de vegetais. As saponinas diminuem a tensão superficial de
sistemas heterogêneos provocando espuma (quando o contato ocorre entre um líquido e um gás); emulsão
(quando dois líquidos imiscíveis estão em contato) e agindo como agente suspensor entre líquido e sólido.
São substâncias irritantes para tecidos e mucosas, provocando irritação dos olhos e espirros. Não devem
ser administradas por via subcutânea, intra-muscular e via endovenosa, uma vez que essas substâncias
rompem as hemácias em > ou < grau, dependendo da sua estrutura.
São ainda ictiotóxicas, por aumento de permeabilidade do epitélio das brânquias dos peixes.
As drogas vegetais que apresentam saponina possuem a característica muito peculiar de suas soluções
aquosas, quando agitadas com vigor, formam espuma abundante e persistente.
Como os glicosídeos saponínicos apresentam ação hemolítica, ou seja, a capacidade de lisar as paredes
dos glóbulos vermelhos, liberando a hemoglobina para o meio em que se encontram, pode-se comparar
esta propriedade entre diversas drogas, utilizando para tal o “índice de hemólise”.
GLICOSÍDEOS FLAVONÓIDES
Do amplo espectro de cores encontrados no reino vegetal, uma grande parte, desde o amarelo até os
diversos tons de azul, é de responsabilidade de compostos químicos polifenólicos conhecidos por
flavonóides. Este grupo desempenha um papel fundamental na vida dos vegetais, funcionando como
atrativo e auxiliar no processo de polinização executado pelos insetos. Também são responsáveis por uma
série de atividades farmacológicas, destacando-se o aumento da resistência das paredes dos vasos
capilares do sistema circulatório animal.
Arnica Calendula
GLICOSÍDEOS ANTRAQUINÔNICOS
São princípios ativos naturais. Apresentam ação estimulante do peristaltismo intestinal e por isso são
conhecidos por “laxantes de contato”.
Ação farmacológica e usos – eles devem seu efeito laxante a soma da ação estimuladora do peristaltismo
intestinal, por irritação da parede do cólon, com a atividade retentora de eletrólitos no lúmen intestinal, que
facilita a fluidificação das fezes. O efeito laxante aparece 5 a 7 horas após a ingestão.
4.4 - TANINOS
Classificação :
Taninos hidrolisáveis: taninos elágicos:
-Presentes em pele de romã, casca de romãzeira, folhas de eucalipto, castanha, casca de carvalho etc.
PAPEL BIOLÓGICO : : defesa química das plantas contra o ataque de herbívoros vertebrados ou
invertebrados (diminuição da palatabilidade, dificuldades na digestão, produção de compostos tóxicos a
partir da hidrólise dos taninos) e contra microorganismos patogênicos;
Propriedades físico-químicas:
- Formam sólidos amorfos;
- Solúveis em água (formam soluções coloidais) e em solventes orgânicos polares (acetona, álcool,
glicerina). A solubilidade depende do grau de polimerização;
insolúveis em solventes orgânicos apolares (éter, clorofórmio);
- Capacidade de precipitar com alcalóides, proteínas, celulose e outras macromoléculas; com
hidróxido de cálcio e de bário; com molibdato de amônio;
formam complexos (são agentes quelantes) com metais pesados (cobre, mercúrio, chumbo, estanho,
zinco etc.);
- Se oxidam com facilidade, principalmente em meio ácido, podendo atuar como agentes
antioxidantes.
- Produzem hemoaglutinação: formam uma membrana de coagulação nas camadas mais externas da
mucosa e do tecido conjuntivo, diminuindo a irritação e a inflamação, provocando uma ação anestésica
local, diminuindo as secreções e secando feridas. Por serem compostos fenólicos, tem ação
bactericida.
USOS:
• antídotos em intoxicações por metais pesados e alcalóides;
• adstringentes:
- via externa: cicatrizantes, hemostáticos, protetores e reepitelizantes;
- via interna: antidiarreicos;
• anti-sépticos;
• antioxidantes;
• antinutritivos.
APLICAÇÕES INDUSTRIAIS:
• curtimento de couro;
• fabricação de tintas;
• reagentes para detecção de gelatina, proteínas e alcalóides;
• junto com outros compostos, produção de agentes floculantes e coagulantes para tratamento de
água;
• produção de espumas de uretano (boa resistência à flamabilidade);
• desenvolvimento de sabor adstringente de vinhos, sucos de frutas, chás e outras bebida, etc.
HAMAMÉLIS
arbusto ou pequena árvore nativa do leste da América do Norte.
indicada para o tratamento de lesões cutâneas leves, processos inflamatórios da pele e das
membranas mucosas, hemorróidas e problemas associados a veias varicosas, flebite, com
aplicação tópica.
na Alemanha a casca também é considerada droga. É também indicada para tratamento da
diarréia aguda, inflamação das gengivas e da mucosa bucal.
também se utiliza a água destilada de hamamélis ou extrato de hamamélis.
ESPINHEIRA-SANTA
conhecida como cancorosa ou cancerosa por ser usada popularmente no tratamento de câncer de
pele (uso tópico).
nativa do sul do Brasil, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina.
além de taninos condensados (grupo das catequinas), possui alcalóides e terpenos, entre outros.
apresenta atividade antiulcerogênica semelhante à cimetidina.
externamente é usada como cicatrizante e anti-séptica.
TANINOS - RESUMO
Na planta os taninos agem como controladores de insetos, fungos e bactérias
Utilizados externamente como adstringentes (cosmética), formando revestimentos protetores nas
leucorréias, irritações vaginais, úlceras, feridas, etc.
Internamente são usados no tratamento da diarréia, hipertensão arterial e hemorragias.
Possuem propriedade de precipitar as proteínas formando compostos insolúveis (inibem a ação de
algumas enzimas)
Encontrados em maior quantidade em cascas do caule e raiz
Ação medicinal: adstringente, vasoconstritor e antidiarréico
Efeitos colaterais
Inibem a absorção de minerais
- Inibem a digestão de alimentos através da inativação das enzimas digestivas
- Em grandes doses podem irritar as mucosas
4. 5 - ÓLEOS ESSENCIAIS
Misturas de substâncias orgânicas voláteis e aromaticas , de aparência oleosa e pouco solúveis em água,
obtido por destilação por arraste de vapor d`água a partir de plantas aromáticas frescas.
Localização:
- flores (laranjeira, bergamota)
- folhas (capim limão, eucalipto, louro)
- caule (canela)
- madeira (sândalo)
- raíz (vetiver)
- semente (noz moscada)
Função na planta
Inibem a germinação, proteção contra predadores, atração de polinizadores
A ação medicinal dos óleos essenciais é muito variada e depende da estrutura química.
- Ação eupeptica ( digestiva): estimulante do apetite e da digestão com o aumento das secreções salivares,
gástricas a entéricas. Ex: salvia, orégano, manjericão.
- Ação carminativa : erva-doce, funcho, camomila, melissa
- Ação rubefaciente : menta, canfora
- Ação anti-septica das vias respiratórias, expectorante, diurética. Ex; cravo (eugenol), eucalipto (cineol)
- Ação no SN : estimulante (menta, tomilho, salvia, funcho) e sedativa ou calmante (alfazema, melissa,
erva-doce, camomila)
Mentha x piperita L. e Mentha arvensis L. são as espécies de maior interesse econômico na obtenção
de óleos essenciais
Espasmolítica, estomáquica, carminativa, analgésica das mucosas, colerético, colagogo.
Usada no tratamento de: transtornos digestivos acompanhados de dor ou de origem hepática,
flatulência.
A reconhecida ação descongestionante nasal é subjetiva e se deve à sensação de frescor
provocada pela estimulação dos termorreceptores da cavidade nasal.
Popularmente utilizado como antiparasitário, em amebíase e giardíase (pó da folhas secas).
Aromatizante em Farmácia e em indústrias de alimentos e de cosméticos.
4.6 - ALCALÓIDES
São compostos químicos nitrogenados, do metabolismo secundário dos vegetais que apresentam atividade
farmacológica, quase sempre relacionada ao sistema nervoso.
Alguns são compostos altamente tóxicos como a nicotina e a estricnina, razão pela qual ao contrario das
demais formas farmacêuticas fitoterápicas, são preparados com os princípios ativos isolados.
Características
Exemplos : Nicotina, estricnina, atropina, codeina, morfina
Nicotina
Substancia existente no tabaco, que tem como uso alem da industria de cigarros, sua ação inseticida (sem
uso atualmente)
Efeitos da nicotina
• Estimulante para o SNC em baixas doses
• Doses maiores podem ser letais (50-100 mg/Kg)
• paralisia
• morte por falha respiratória
• doenças respiratórias
• aumento do risco de ataques cardíacos (estimula fortemente receptores de acetilcolina que ativa a
musculatura esquelética)
ÓPIO
Chamada de Droga dos sonhos
MORFINA - francês Armand Seguin XIX , o nome vem de Morpheus - deus do sono
Ópio : extraído do látex das cápsulas (não abertas) da papoula branca Papaver somniferum
� Conhecido e utilizado há mais de 4000 anos:
• analgésico
• narcótico (utilizado em medicina, em pacientes terminais
• contra tosse
� mais que 40 alcalóides identificados
• morfina (4 - 21%) analgésico poderoso
• codeina (0,8-2,5%)
• tebaina, papaverina, narcotina, narceina, etc.
�estado de euforia, desordem mental, náusea, vômitos
�dependência química
MORFINA
Anestésico local, rapidamente absorvida pelas mucosas, paralisa os terminais dos nervos sensoriais. Era
utilizada em cirurgias oftálmicas, otorrínicas e de garganta, bloqueio de canais de sódio em membranas
neurais
Analgésico em pacientes terminais de câncer (Brompton’s cocktails; heroína e cocaína em álcool
adocicado). Heroína atua como sedativo e cocaína como estimulante do SNC
Derivados sintéticos tem atuado como anestésicos locais seguros (menos tóxicos). Procaína (primeiro a ser
desenvolvido, atualmente com pouco uso), Benzocaína, Lidocaína (muito utilizado atualmente), etc.
CAFEÍNA
Princípio ativo presente em: Chá, café, mate, guaraná, produtos farmacêuticos, refrigerantes (coca-cola),
energéticos, chocolate
Características:
pó branco, muito amargo, estimulante cardíaco, diurético, atua no sistema nervoso central
CAFEÍNA - Efeitos
Semelhantes ao das anfetaminas e da cocaína: atuando nos receptores do sistema nervoso central,
receptores de adenosina e produzindo adrenalina
Ação:
- absorção de ferro – 30 %, aumento da frequência cardíaca, estimulo de secreção de HCl (ulceras)
dependência
COCAINA
CURIOSIDADE : as folhas de coca são utilizadas pelos índios bolivianos que as mascam para aliviar os
sintomas provocados pela altitude das montanhas em que vivem. É comum se oferecer aos turistas em La
Paz, capital boliviana, chá contendo folhas de coca. Houve um incidente com o goleiro Zetti, da Seleção
Brasileira de futebol, que foi pego em um exame de doping após um jogo de eliminatórias da Copa do
Mundo. Foi salvo de uma punição porque um mês antes, o próprio papa João Paulo II havia tomado do
mesmo chá também sem saber de seus efeitos.
4.7 BALSAMOS E RESINAS
São exsudatos vegetais constituídos CE uma mistura complexa de ácido benzóico e ácido cinâmico e de
seus ésteres. Apresentam aspecto pastoso/ resinoso, observado quando algum dano é causado na
estrutura de um vegetal. Sua primeira função é a reconstituição da parte afetada.
Usos:
Nós utilizamos esses produtos para diversas finalidades: látex para produzir borracha extraido da
seringueira ou resinas com características medicamentosas como o bálsamo de tolú, utilizado para
produção de xaropes expectorantes, benjoim utilizado como cicatrizante.