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FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE

FORMAÇÃO DOCENTE
PARA A DIVERSIDADE

Tania Mara Fantinato

Fundação Biblioteca Nacional


ISBN 978-85-387-4259-3
FORMAÇÃO DOCENTE
PARA A DIVERSIDADE

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FORMAÇÃO DOCENTE
PARA A DIVERSIDADE

Tania Mara Fantinato

IESDE BRASIL S/A


Curitiba
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© 2014 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem
autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
__________________________________________________________________________________
F219f

Fantinato, Tania Mara


Formação docente para a diversidade / Tania Mara Fantinato. - 1. ed. - Curitiba, PR :
IESDE BRASIL S/A, 2014. 
132 p. il. ; 21 cm.

ISBN 978-85-387-4259-3

1.  Professores - Formação. 2. Prática de ensino. I. Título.

14-15618 CDD: 370.71


  CDU: 37.02
__________________________________________________________________________________
03/09/2014    09/09/2014   

Capa: IESDE BRASIL S/A.


Imagem da capa: Shutterstock

Todos os direitos reservados.

Produção

IESDE BRASIL S/A.


Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200
Batel – Curitiba – PR
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
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Apresentação

O Guia de Estudo da disciplina de Formação Docente para a Diversidade tem


como objetivo auxiliar o professor na sua práxis pedagógica disponibilizando infor-
mações sobre a diversidade presente nos diferentes níveis e modalidades de ensino
da educação brasileira.
Valorizar a formação e a função do docente no contexto escolar é essencial,
por isso este Guia de Estudo tem por objetivo colaborar com os profissionais da
Educação dando subsídios teóricos para a reflexão de uma prática inovadora e signi-
ficativa, contribuindo com a construção de uma escola de qualidade.
A consciência política dos educadores deve convergir para o trabalho que se faz
dentro da escola, no coletivo, intencional e transformador da realidade. É na prática
da reflexão que a escola de qualidade constrói/reconstrói/socializa com competên-
cia e cumpre sua função social.
Os docentes são profissionais da Educação essenciais para os processos de mu-
dança da sociedade, pois contribuem com seus saberes, seus valores e suas experi-
ências para melhorar a qualidade da Educação.
Esperamos que o material suscite reflexões, auxiliando os docentes a criarem
novas práticas modernas e contextualizadas para essa escola de qualidade, que abri-
ga a diversidade de forma democrática e garante a todos o acesso e a permanência
nela.
Bons estudos!

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Sobre a autora

Tania Mara Fantinato


Pedagoga com habilitação em Administração e Supervisão Escolar, Especialista
em Gestão Educacional e Mestre em Engenharia de Produção com ênfase em Mídia
e Conhecimento.
Autora de materiais didáticos para Educação Infantil e capacitação de professo-
res. Atua como professora de cursos de graduação, orientadora de monografias, e
também como coordenadora de cursos de Pedagogia em diferentes instituições de
Ensino Superior.
Responsável pela consultoria pedagógica na área de Informática Educativa no
projeto Digitando o Futuro das escolas municipais. Experiência de 12 anos como
diretora de escola municipal, desenvolvendo um trabalho de Gestão de Qualidade
Total, integrado à comunidade escolar, sendo premiada pela Câmara de Vereadores
de Curitiba.

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Sumário

Aula 01 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE 9


PARTE 01 | POR QUE PENSAR A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO? 11
PARTE 02 | FORMAÇÃO DOCENTE E ÁREAS DE ATUAÇÃO 14
PARTE 03 | DIVERSIDADE CURRICULAR: UM DESAFIO 17

Aula 02 NÍVEIS DE ENSINO 21


PARTE 01 | EDUCAÇÃO BÁSICA 23
PARTE 02 | EDUCAÇÃO SUPERIOR 26
PARTE 03 | POLÍTICAS PÚBLICAS NA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 29

Aula 03 MODALIDADES DE ENSINO 33


PARTE 01 | DEFINIÇÃO DE MODALIDADES DE ENSINO 35
PARTE 02 | FINALIDADES E OBJETIVOS 38
PARTE 03 | CARACTERÍSTICAS CURRICULARES E DIRETRIZES 42

Aula 04 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE 45


PARTE 01 | A EDUCAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO 47
PARTE 02 | EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 51
PARTE 03 | ABRANGÊNCIA DE CURSOS X MERCADO DE TRABALHO 54

Aula 05 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 59


PARTE 01 | O QUE É A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 61
PARTE 02 | O QUE PRETENDE A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 64
PARTE 03 | LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E A LDB 67

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Sumário

Aula 06 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 71


PARTE 01 | O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 73
PARTE 02 | DIREITO DE ACESSO E GRATUIDADE 77
PARTE 03 | AÇÕES E PROGRAMAS DE INCENTIVO E CERTIFICAÇÃO CONFORME A LEI 80

Aula 07 EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO 83


PARTE 01 | DEFINIÇÕES DA LEI PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL 85
PARTE 02 | ADAPTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO A ALUNOS ESPECIAIS 89
PARTE 03 | DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL SER INCLUSIVA 92

Aula 08 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 95


PARTE 01 | O QUE É A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 97
PARTE 02 | LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 100
PARTE 03 | REGULAMENTAÇÃO E CERTIFICAÇÃO 104

Aula 09 EDUCAÇÃO NO CAMPO E EDUCAÇÃO INDÍGENA 107


PARTE 01 | EDUCAÇÃO NO CAMPO 109
PARTE 02 | EDUCAÇÃO INDÍGENA 111
PARTE 03 | O QUE DIZ A LEI SOBRE A EDUCAÇÃO INDÍGENA? 114

Aula 10 PANORAMA DA DIVERSIDADE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 119


PARTE 01 | AÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DE ACESSO À EDUCAÇÃO 121
PARTE 02 | A CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DE INCENTIVO À EDUCAÇÃO 124
PARTE 03 | O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO COMO AGENTE DE MUDANÇAS 129

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Aula 01

A PRÁTICA DOCENTE
NA DIVERSIDADE
Objetivo:

Analisar os princípios da política


educacional, respeitando a diversidade e
eliminando as discriminações no contexto
escolar para o pleno desenvolvimento
da cidadania. Uma ação pedagógica
comprometida com o processo ensino-
-aprendizagem.

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A PRÁTICA DOCENTE Par te
NA DIVERSIDADE 01
POR QUE PENSAR A DIVERSIDADE NA
EDUCAÇÃO?
Educação, direito de todos e dever da família e do Estado,
é a base para a construção e o desenvolvimento de uma socie-
dade mais justa, solidária e livre, e contribui tanto para o pro-
cesso de desenvolvimento individual quanto para o desenvolvi-
mento social. No Brasil são marcantes as diferenças regionais e
sociais, portanto, na escola convivem pessoas das mais diversas
origens, raças, credos, gênero e condições sociais; isto é, nela
encontramos o retrato dessa mistura que traduz a diversidade
do povo brasileiro, e para a qual os educadores precisam se
preparar e desenvolver ações que cumpram o preceito consti-
tucional de que “todos são iguais perante a lei” (CF, Art. 5.º).
Precisamos ter uma escola flexível, que valorize as diferen-
ças. Isso significa adotar uma nova forma de pensar a educação:
saber que toda aprendizagem se dá por meio de interações, es-
timular a cooperação e, dessa forma, construir novas formas de
aprendizagem. Uma escola de qualidade é aquela onde crianças,
jovens e adultos conseguem desenvolver competências necessá-
rias ao exercício de sua humanidade e de sua cidadania plena.
No início do século XXI, o perfil das escolas tradicionais já
não serve mais, pois a escola não detém mais o monopólio de
informações, uma vez que as tecnologias disponibilizam tudo
isso de forma agradável e lúdica. A lógica hoje é de uma escola
flexível, que valorize e desenvolva as diferenças e comparti-
lhe o desafio de aprender o que fazer e quais práticas adotar,
atendendo às exigências atuais, adaptando-se aos alunos e não
o inverso. Os professores devem basear o seu fazer pedagógico
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Pa r te A PRÁTICA DOCENTE
01 NA DIVERSIDADE

reconhecendo e desenvolvendo as diferentes inteligências dos


alunos, valorizando os estilos de aprendizagem, complemen-
tando e estimulando aprendizagens diferentes.
Valorizar a diversidade de culturas, as várias formas de
ver o mundo, de se expressar e de se relacionar com a comuni-
dade escolar são mudanças necessárias para que a escola de-
senvolva a aprendizagem da convivência, do respeito e da to-
lerância, cumprindo assim com o que prevê a Lei de Diretrizes
e Bases – LDB 9.394/96 em seu artigo 1.º.

Extra

Indicamos a leitura do livro Educação como Prática da


Diferença, de Anete Abramowicz, Lucia Maria de Assunção Barbosa
e Valter Roberto Silvério. Do Armazém do Ipê (Editores Associados),
Campinas/SP: 2006. Disponível em: <http://books.google.com.
pe/books?id=sRUOlZKSNFQC&printsec=frontcover&dq=Educa%C3
%A7%C3%A3o+como+pr%C3%A1tica+da+diferen%C3%A7a&hl=pt-BR
&sa=X&ei=6wPgU7jAKpPMsQSO3oLgCg&ved=0CCQQ6AEwAA#v=o
nepage&q=Educa%C3%A7%C3%A3o%20como%20pr%C3%A1tica%20
da%20diferen%C3%A7a&f=false>. Acesso em: 20 ago. 2014.

Atividade
Tendo como referência o Projeto Pedagógico de sua escola
e seus planejamentos de aula, observe como a escola valoriza
em seus programas e atividades a diversidade cultural. Elabore
um registro com comentários relacionados ao tema trabalhado.

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A PRÁTICA DOCENTE Par te
NA DIVERSIDADE 01

Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de


dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.

______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/


CP n. 5, de 13 de dezembro de 2005 que trata das Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Pedagogia. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.

______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer


CNE/CP n. 3, de 21 de fevereiro de 2006. Re-exame do Parecer CNE/CP n.
5/2005, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de
Pedagogia. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/
pcp03_06.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.

______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/


CP n. 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Pedagogia. Licenciatura. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp01_06.pdf>. Acesso em: 20 ago.
2014.

MELLO, Guiomar Namo de. Educação Escolar Brasileira: o que trouxemos do


século XX? Porto Alegre: Artmed, 2003.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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02 NA DIVERSIDADE

FORMAÇÃO DOCENTE E ÁREAS DE ATUAÇÃO


Para que se efetivem as intenções de conviver respeitando
a diversidade, torna-se necessária a preparação dos professores
para efetivação dos avanços no processo de aprendizagem. De
nada adianta a opção filosófica que a escola adotar nem políti-
cas educacionais se o profissional não tiver formação adequada
que possibilite mudanças significativas na qualidade da educação
oferecida aos brasileiros. Os cursos que formam docentes devem
preparar esses futuros profissionais para que valorizem a riqueza
multicultural da população brasileira e respeitem tanto as dife-
renças individuais dos alunos como a diversidade regional.
Além da competência técnica promovida pelo conhecimen-
to científico, ferramenta essencial para o bom desempenho
profissional, é necessário que o professor incorpore a convicção
da importância da aprendizagem para que se efetivem as mu-
danças na realidade em que atua.
É importante que os educadores participem da elabora-
ção de propostas pedagógicas para que as intenções educati-
vas nelas expressas sejam concretizadas por meio de atividades
contextualizadas e diversificadas que encantem os alunos e os
incentivem ao esforço de aprender, convivendo de forma har-
mônica e respeitosa para com todas as formas de diferenças
sejam elas culturais, étnicas ou sociais.
Além da atuação no espaço escolar, a formação do pro-
fissional da Educação deve garantir também uma sustentação
teórica para a intervenção junto a ONG’s, hospitais, empresas,
editoras, na área de recursos humanos, projetos e campanhas
socioeducativas, entre outras. A licenciatura em Pedagogia,
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NA DIVERSIDADE 02
nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais, assegura a
formação de profissionais da Educação prevista no artigo 64
da Lei 9.394/96, que diz:
Art. 64. A formação de profissionais de educação
para administração, planejamento, inspeção, su-
pervisão e orientação educacional para a educa-
ção básica, será feita em cursos de graduação em
pedagogia ou em nível de pós-graduação, a crité-
rio da instituição de ensino, garantida, nesta for-
mação, a base comum nacional.

Ao mesmo tempo em que forma professores, a Pedagogia


prepara pessoas capazes de compreender e colaborar para a me-
lhoria da qualidade em que se desenvolve a educação na realida-
de brasileira, envolvidas e compromissadas com uma formação
da ideia de transformação social. A intervenção do profissional da
Educação, como sujeito de mudanças na realidade em que atua,
deve ser marcada por uma multiplicidade de olhares, na contri-
buição da transformação do mundo e humanização de todos.

Extra
Dica de filme: O milagre de Anne Sullivan. Direção:
Arthur Penn. EUA. Disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=lSIOTvH9qb8>. Acesso em: 20 ago. 2014.

Atividade
Assinale V para verdadeiro e F para falso nas frases a seguir.
( ) Cada cultura deve ser compreendida em seu contexto
e, por isso, a escola deve comprometer-se para traba-
lhar de formas variadas, interagindo com o contexto e
com a pluralidade cultural.
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02 NA DIVERSIDADE

( ) A escola não pode se envolver com questões políticas,


cumprindo apenas com o seu compromisso de ensinar
os conteúdos previstos nos currículos escolares, sendo
imparcial.
( ) Na sociedade atual, a educação cumpre plenamente
com seu dever de satisfazer as necessidades dos alu-
nos no seu cotidiano, possibilitando a incorporação de
valores morais e éticos e de regras de convivência.
( ) Toda criança traz consigo experiências acumuladas ao
longo de sua vida com relação a atitudes, hábitos e
valores que refletem a sua cultura e a do grupo em
que está inserida. Essa aprendizagem ocorre por meio
da socialização.
( ) A escola tem como função social garantir o acesso ao
conjunto de conhecimentos, bem como proporcionar
estratégias de ensino para o pleno desenvolvimento
de seus alunos.

Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.

SENGE, Peter M. Escolas que aprendem: um guia da quinta disciplina para


professores, alunos, pais e todos que se interessam pela educação. Porto
Alegre: Artmed, 2004.

Resolução da atividade

Gabarito: V, F, F, V, V.
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NA DIVERSIDADE 03
DIVERSIDADE CURRICULAR: UM DESAFIO
As questões relacionadas ao currículo preenchem hoje as
discussões de professores, pais, educadores, estudantes, pes-
quisadores e governantes, pois onde a diversidade se expande
e os problemas sociais se fazem muito fortes, é de fundamental
importância que a escola defina aquilo que é imprescindível
discutir com o futuro cidadão. Cabe aí uma reflexão não só a
respeito da seleção de conteúdos, estratégias e metodologias,
mas também responder a algumas questões fundamentais: O
que é currículo? Para que serve o currículo? A quem serve o
currículo?
Parte-se do princípio de que currículo é construção, pos-
sui um sentido político e social, portanto, só terá sentido se
for construído quando se pensa conjuntamente currículo e so-
ciedade, a partir de discussões interdisciplinares, em que se
leva em conta a realidade na qual a escola está inserida, não
deixando de lado a diversidade cultural que constitui o coti-
diano de todos os envolvidos no processo de construção desse
currículo. Esse processo de construção exige o envolvimento e
a participação de todos os profissionais do universo escolar em
torno de um mesmo objetivo, que é garantir a democratização
da escola mediante ações que privilegiem o trabalho coletivo, a
participação e a prática interdisciplinar, respeitando as especi-
ficidades de cada área do conhecimento, bem como a formação
de um indivíduo pronto para responder e enfrentar os desafios
desse novo século.

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03 NA DIVERSIDADE

É necessário e urgente pensar na formação desse profis-


sional da Educação, onde se está colocando essa responsabili-
dade. Se por um lado a docência é tomada como base comum,
Libâneo e Pimenta (1999) se referem ao pedagogo stricto sensu
como aquele profissional cujas atribuições extrapolam a sala
de aula e abrangem atividades como: pesquisa e planejamento,
supervisão escolar, orientação educacional, gestão de sistemas
escolares, coordenação pedagógica, formação continuada em
escolas e outras instituições, participação em movimentos so-
ciais, em programas de educação de adultos e nas várias mo-
dalidades de ensino, seja ele formal, não formal ou informal.
A educação se faz em toda a sociedade, em diferentes meios e
espaços sociais, portanto, é preciso expandir a intencionalida-
de educativa, abrangendo diferentes tipos de formação, neces-
sárias ao exercício pleno da cidadania, referendando o papel do
pedagogo como agente social transformador.

Extras

Dicas de leitura:
• Artigo: Formação de profissionais da educação – visão crí-
tica e perspectiva de mudança, dos autores José Carlos
Libâneo e Selma Garrido Pimenta. Disponível em: <www.
scielo.br/pdf/es/v20n68/a13v2068.pdf>. Acesso em: 20
ago. 2014.
• Livro de Pedro Vasco Moreto: Construtivismo – a produ-
ção do conhecimento em aula, da editora DP&A, Rio de
Janeiro: 2000.

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NA DIVERSIDADE 03
Atividade
Faça uma análise do currículo de sua escola, reflita sobre
suas considerações com um colega de trabalho e elabore um
texto até 10 linhas sobre as seguintes questões: o que temos
elaborado em nosso currículo? O que gostaríamos de ter? Quais
mudanças são necessárias?

Referências
LIBÂNEO, José Carlos; PIMENTA, Selma Garrido. Formação de profissionais da
educação: visão crítica e perspectiva de mudança. Publicado em Educação &
Sociedade, ano XX, nº 68, Dezembro/99. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/
es/v20n68/a13v2068.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.

ROSA, Dalva E. Gonçalves; SOUZA, Vanilton Camilo (Org.) Políticas


organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores.
Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática


tradicional. 3. ed., Porto Alegre: Artmed, 2000.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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David Koscheck
Aula 02

NÍVEIS DE ENSINO
Objetivo:

Refletir sobre a legislação educacional


e as políticas públicas, sua aplicação no
cotidiano escolar, e os fundamentos da
avaliação na prática educacional.

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NÍVEIS DE ENSINO
01
EDUCAÇÃO BÁSICA
Nesta aula, abordaremos a organização do sistema educa-
cional brasileiro de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional 9.394/96. É consenso entre os profissionais
da Educação que, da forma como se apresentam os níveis e
modalidades de ensino, a educação escolar ainda deixa a dese-
jar quanto ao atendimento das necessidades de uma socieda-
de informatizada e do conhecimento. O conhecimento na visão
atual resulta da interação entre o indivíduo, a informação e
o significado que este lhe atribui. Para que a escola atenda a
essas necessidades, é imprescindível uma proposta educativa
consistente, que dê significado à prática pedagógica do profes-
sor. Precisamos de profissionais que saibam trabalhar os conhe-
cimentos de forma interdisciplinar, superando a fragmentação,
conforme artigo 13 da LDB 9.394/96.
Segundo o relatório da UNESCO sobre a educação para o
século XXI, os quatro pilares da educação estão relacionados ao
atendimento às exigências da nova ordem social e econômica,
no qual os sistemas de ensino deverão dar condições de estrutu-
ra e funcionamento do sistema educacional, promovendo uma
educação de qualidade para o pleno desenvolvimento do edu-
cando, principalmente no âmbito da Educação Básica.
A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o edu-
cando para o pleno exercício da cidadania, fornecendo-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Essa é a única etapa que, segundo a lei, é obrigatória e
gratuita. Compõe-se a Educação Básica, segundo o artigo 21 da

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NÍVEIS DE ENSINO
01
LDB 9.394/96, das seguintes etapas: Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
As finalidades da Educação Básica, de acordo com o artigo
22 da mesma Lei, são o desenvolvimento do educando, a forma-
ção comum indispensável para o exercício da cidadania e o for-
necimento de meios para o progresso no trabalho e em estudos
posteriores. Para atingir esses fins, no artigo 23 da mesma Lei,
estão previstos diferentes modos de organização, sempre tendo
como prioridade o processo de ensino-aprendizagem, como: sé-
ries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de
períodos de estudo e grupos não seriados com base na idade,
competência ou outros critérios. Ainda em seu artigo 24, a LDB
9.394/96 se refere ao funcionamento dos Ensinos Fundamental
e Médio, estabelecendo regras comuns que devem ser cumpri-
das legalmente.

Extra

Recomendamos a leitura do documento da UNESCO: Os 4


Pilares da Educação. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.
org/images/0010/001095/109590por.pdf>. Acesso em: 20 ago.
2014.

Atividade
Segundo a LDB 9.394/96 qual nível de ensino é obrigatório
e gratuito?
( ) Apenas Educação Infantil.
( ) Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
( ) Toda a Educação Básica.
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Par te
NÍVEIS DE ENSINO
01
( ) Somente o Ensino Fundamental.
( ) Ensino Fundamental e Médio.

Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.

DELORS, Jaques (org.). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para


a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São
Paulo: Cortez, 1998.

Resolução da atividade

Alternativa correta: B

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NÍVEIS DE ENSINO
02
EDUCAÇÃO SUPERIOR
A diversidade do corpo discente no Ensino Superior na atu-
alidade vem requerendo mudanças nas atitudes dos professores
universitários. É crescente o número de estudantes em cursos
universitários oriundos de diferentes etnias, de classes sociais
mais baixas ou portadores de deficiências. O importante para
todos esses estudantes é que se sintam incluídos pelo sistema,
sem sofrer qualquer tipo de discriminação. Por isso, a valoriza-
ção das pessoas que pensam ou agem de acordo com as normas
condizentes com a cultura vigente da instituição pode causar a
exclusão dos que pensam e agem diferente dela.
É necessário, portanto, nos diferentes modos de ensinar,
levar em consideração a existência de grupos identificados
como subculturas. Assim se requer do professor uma linguagem
mais adequada, para que os estudantes sintam-se valorizados.
Mas esse processo não se dá apenas mediante o uso da lingua-
gem adequada, mas que os conteúdos das disciplinas ministra-
das não favoreçam a exclusão, daí a necessidade de se desen-
volver um currículo adequado, inclusivo, de modo que favoreça
a inclusão no processo de ensino-aprendizagem.
É importante que os professores considerem algumas ques-
tões como: conteúdo da disciplina que contemple a diversidade;
estratégias de ensino que favoreçam a participação; reconhe-
cimento da diversidade como recurso educacional e avaliação
que leve em conta a diversidade de valores e experiências.

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NÍVEIS DE ENSINO
02
Cabe, portanto, ao professor universitário, adotar uma
pedagogia culturalmente receptiva, para um ensino eficaz.
A Educação Superior está expressa nos artigos 43 a 57 da LDB
9.394/96. Tem por finalidade formar profissionais nas diferen-
tes áreas do saber, promovendo a divulgação de conhecimentos
culturais, científicos e técnicos através do ensino. A Educação
Superior, de acordo com o artigo 45 da referida Lei, pode ser
ministrada em estabelecimentos públicos ou particulares, e sua
abrangência está especificada no artigo 44 da mesma Lei, como:
• cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis
de abrangência, abertos a candidatos que atendem aos re-
quisitos estabelecidos pelas instituições de ensino;
• cursos de graduação abertos a candidatos que tenham con-
cluído o Ensino Médio ou equivalente e tenham sido classi-
ficados em processo seletivo;
• cursos de pós-graduação, compreendendo programas de
mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfei-
çoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em
cursos de graduação e que atendam às exigências das ins-
tituições de ensino;
• cursos de extensão, abertos a candidatos que atendam aos
requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de
ensino.

Extra

Recomendamos a leitura dos artigos 43 a 57 da LDB


9.394/96. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9394.htm>. Acesso em: 20 ago. 2014.
FORMAÇÃO
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NÍVEIS DE ENSINO
02
Atividade
Faça uma reflexão sobre o Ensino Superior no Brasi. Escreva
um texto de uma lauda explorando os pontos fortes e pontos
fracos identificados.

Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.

GIL, Antonio Carlos. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2009.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra.


Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 7. ed. São Paulo:
Cortez, 2009.

Resolução da atividade

Resposta livre.
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NÍVEIS DE ENSINO
03
POLÍTICAS PÚBLICAS NA AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
Sabe-se que uma escola de qualidade transforma-se quan-
do todos os saberes se põem a serviço do aluno, cumprindo
assim sua função social e política.
Avaliar é uma atividade comum no nosso dia a dia. A escola
pública deve ser democrática, garantindo a todos o acesso e
permanência, proporcionando um ensino de qualidade que leve
em conta as características específicas dos alunos. Muitos edu-
cadores visualizam a avaliação como uma senhora autoritária
e não como uma amiga fiel e conselheira. Nesse contexto, a
aprendizagem ainda é concebida como memorização ou domí-
nio de conteúdos do currículo apresentados de forma fragmen-
tada e sem significado.
O ato de avaliar pode ser definido como o de atribuir valor
a algo. À medida que os professores começam a mudar o pro-
cesso de ensino-aprendizagem, num sistema mais flexível, mu-
dam também sua forma de pensar a avaliação e esta passa a ter
uma função formativa, como um indicador para reorientação da
prática pedagógica.
Em uma escola onde os professores propõem estratégias
de ensino diferenciadas para garantir que os alunos dominem
habilidades e competências, a avaliação não tem o aspecto de
classificação ou julgamento, mas sim a função de apoiar a apren-
dizagem, visando a melhorias nos resultados dos alunos. Se en-
sinar bem é lidar com a diversidade, avaliar bem é ser capaz de
colocar a avaliação a serviço de uma pedagogia diferenciada.

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Pa r te
NÍVEIS DE ENSINO
03
A avaliação deve ser um instrumento que permita aos pro-
fessores, alunos, pais e escola tomarem consciência de suas
possibilidades, avanços e dificuldades, para tomada de deci-
sões, correções e rumos que deverão ser seguidos. No contex-
to das políticas públicas em prol da universalização do ensi-
no, o governo implantou algumas intervenções de natureza
avaliativa, como: Censo Escola; Avaliação da Educação Básica
(SAEB); Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM); Avaliação
das Instituições de Educação Superior (AVALIES); Avaliação dos
cursos de Graduação (ACG) e Exame Nacional de Avaliação do
Desempenho do Estudante (ENADE).

Extras

Assista ao vídeo sobre avaliação, disponível em: <www.


youtube.com/watch?v=f5ox HVJuM5I>.
Dica de leitura: A avaliação – da excelência à regulação das
aprendizagens, do autor Philippe Perrenoud. Editora Artmed,
Porto Alegre: 1999.

Atividade
Faça uma análise do sistema de avaliação de sua escola e
reflita sobre as possíveis adaptações que seriam interessantes
de serem feitas, para que a avaliação contribuísse de forma
significativa no processo de ensino-aprendizagem.

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NÍVEIS DE ENSINO
03

Referência
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens.
Porto Alegre: Artmed, 1999.

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Resposta livre.

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NÍVEIS DE ENSINO
03

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Igor Zh.
Aula 03

MODALIDADES
DE ENSINO
Objetivo:

Expor os diferentes níveis e modalidades


de ensino, observando o caráter flexível da
legislação educacional vigente, levando-se
em conta a autonomia conferida aos
sistemas de ensino e às suas respectivas
redes.

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MODALIDADES Par te
DE ENSINO 01
DEFINIÇÃO DE MODALIDADES DE ENSINO
A LDB 9.394/96 estabelece a finalidade da educação,
sua organização, administração, níveis e modalidades, assim
estabelecidos: Educação Básica (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio) e Educação Superior. Com relação
às modalidades de ensino, apresenta a seguinte organização:
• Educação Especial – oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos portadores de necessi-
dades especiais.
• Educação de Jovens e Adultos – destinada àqueles que
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino
Fundamental e Ensino Médio na idade própria.
• Educação Profissional – integrada às diferentes formas de
educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz
ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva. É destinada ao aluno matriculado ou egresso do
Ensino Fundamental, Médio ou Superior, bem como ao tra-
balhador em geral, jovem ou adulto (LDB, Art. 39).
• Educação a Distância – pretende expandir oportunidades
de estudo, em locais onde os recursos são escassos e, ain-
da, familiarizar o cidadão com a tecnologia, oferecendo
meios de atualização e capacitação profissional contínua.
A legislação abrange, ainda, as modalidades da Educação
Indígena e Educação no Campo.

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Pa r te MODALIDADES
01 DE ENSINO

Devemos, portanto, oportunizar a educação para todos,


seja na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio ou
Ensino Superior. Percebe-se que para aqueles alunos que tive-
ram acesso garantido, mas muitas vezes não conseguiram efe-
tivar a sua permanência devido a vários fatores, como: sociais,
pessoais, culturais, dentre outros. Para esses casos, a legislação
oferece a oportunidade para que o aluno consiga concluir seus
estudos. Buscou-se um nivelamento por meio do qual foram
criadas as modalidades de ensino, sendo que, por meio destas,
alunos que não tiveram oportunidade de estudos no tempo de-
vido, agora têm acesso pela Educação de Jovens e Adultos (EJA)
e na Educação Profissional, e na inclusão de pessoas portadoras
de necessidades na modalidade de Educação Especial.
Entendendo que a escola não pode obrigar alunos a se-
rem iguais, cabe à mesma trabalhar com a diversidade de for-
ma flexível e autônoma, garantindo aos estudantes direitos de
cidadão.

Extra

Leia mais em A organização e a estrutura dos sistemas de


ensino no Brasil, texto escrito por Jennifer Fogaça. Disponível
em: <http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/a-
-organizacao-estrutura-dos-sistemas-ensino-no-brasil.htm>.
Acesso em: 20 ago. 2014.

36 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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MODALIDADES Par te
DE ENSINO 01
Atividade
Entre as várias modalidades e níveis de ensino apresenta-
das, pesquise quais delas o município onde você mora vem ofer-
tando, e em que condições está ocorrendo essa oferta. Faça
uma análise sobre essa questão.

Referência
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.

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Pa r te MODALIDADES
02 DE ENSINO

FINALIDADES E OBJETIVOS
A organização do sistema de ensino deve levar em conside-
ração três grandes aspectos fundamentais: o sistema de ensino
como tal, as escolas e as salas de aula. A escola é o espaço em
que se realiza tanto os objetivos do sistema de ensino como os
objetivos de aprendizagem. O sistema de organização e de ges-
tão da escola é o conjunto de ações, meios, recursos e meto-
dologias que propiciem as condições para que a escola alcance
esses objetivos.
A Educação Básica
tem por finalidade desenvolver o educando, asse-
gurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores”
(LDB 9.394/96, Art. 22).

Ela pode ser oferecida no ensino regular e nas modalidades


de Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação
Profissional, sendo que esta última pode ser também uma mo-
dalidade da Educação Superior. Também é objetivo da Educação
Básica fornecer os meios para que os estudantes progridam em
estudos posteriores, sejam eles no Ensino Superior ou em outras
modalidades educativas.
Para que essa finalidade se concretize, foram definidas al-
gumas ações, como:
• referenciais curriculares nacionais para a Educação
Infantil;

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MODALIDADES Par te
DE ENSINO 02
• referenciais curriculares para a Educação Indígena;
• proposta curricular para a Educação de Jovens e Adultos;
• parâmetros nacionais curriculares para o Ensino
Fundamental;
• adaptações curriculares para a educação de alunos
com necessidades educacionais especiais;
• parâmetros curriculares para o Ensino Médio;
• diretrizes curriculares para todos os níveis e modali-
dades de ensino.
Apesar da correlação existente entre a idade dos alunos, o
nível e as modalidades de ensino, a legislação garante o direito
de todo cidadão frequentar a escola regular em qualquer ida-
de. No entanto, também é uma obrigação do Estado garantir os
meios para que os jovens e adultos que não tenham frequenta-
do a escola na idade adequada possam acelerar seus estudos e
alcançar formação equivalente à Educação Básica.
Cada uma das etapas da Educação Básica possui objetivos
próprios e formas de organização diversas. A Educação Infantil
tem como foco o desenvolvimento físico, psicológico, intelec-
tual e social da criança. Também é dever do Estado oferecer o
Ensino Fundamental de forma gratuita e universal. A obrigato-
riedade do Ensino Fundamental implica reconhecê-lo como a
formação mínima que deve ser garantida a todos os brasileiros,
de qualquer idade. Outro objetivo dessa etapa é desenvolver
a capacidade de compreender o ambiente natural e social, o
sistema político, a tecnologia, as artes e os valores básicos da
sociedade e da família.
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Pa r te MODALIDADES
02 DE ENSINO

Em 2006, a duração do Ensino Fundamental passou de oito


para nove anos. Essa medida busca aumentar o tempo de perma-
nência das crianças na escola e melhorar a qualidade da forma-
ção inicial, especialmente no que diz respeito à alfabetização.
O Ensino Médio, com duração de três anos, é de responsa-
bilidade dos estados. Nesse período, são aprofundados os co-
nhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, buscando arti-
cular o conteúdo com a preparação básica para o trabalho e a
cidadania. Outra função do Ensino Médio é propiciar a formação
ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pen-
samento crítico e a compreensão dos fundamentos científico-
-tecnológicos dos processos produtivos.
Tudo isso permite ao estudante concluir a Educação Básica
dominando conhecimentos e habilidades que o possibilitem es-
colher rumos na vida adulta. Para isso, segundo Libâneo (2009),
é preciso que o professor conheça bem a estrutura e a organi-
zação do ensino, as políticas educacionais e as normas legais,
bem como desenvolver habilidades de trabalho em equipe e
colaboração, condições indispensáveis para o desenvolvimento
de seu trabalho com eficiência e qualidade.

Extra

Recomendamos a leitura do texto Estrutura geral do sis-


tema educacional, disponível em: <www.oei.es/quipu/brasil/
estructura.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2014.

40 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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MODALIDADES Par te
DE ENSINO 02
Atividade
Como é desenvolvido o trabalho em sua escola no que
diz respeito à gestão participativa para elaboração do Projeto
Político Pedagógico? De que forma você colabora para a elabo-
ração do mesmo?

Referência
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira, TOSCHI, Mirza Seabra.
Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez,
2009.

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Pa r te MODALIDADES
03 DE ENSINO

CARACTERÍSTICAS CURRICULARES E
DIRETRIZES
Sabe-se que uma escola de qualidade transforma-se quan-
do todos os saberes se põem a serviço do aluno, assim ela cum-
pre com sua função social e política. A escola de qualidade pro-
picia um espaço para o diálogo, interação, trocas, construindo/
reconstruindo/socializando, a fim de estimular no professor a
reflexão-ação-reflexão em seu trabalho, contribuindo para a
efetivação de uma consciência crítica, livre de preconceitos,
sendo um mediador desse processo, ajudando os alunos a de-
senvolverem a competência do pensar.
Não queremos nossos alunos saindo de uma escola com um
conhecimento uniforme, mas sim deixando a escola para serem
independentes, criativos, flexíveis, cidadãos com consciência
plena de seu papel. O sucesso desse trabalho, para assegurar
o processo de ensino-aprendizagem, depende da articulação e
integração de todos os envolvidos e de uma prática de gestão
participativa na elaboração do projeto pedagógico que concre-
tiza-se, por sua vez, no currículo e nas metodologias adotadas
no âmbito da escola.
Entende-se por currículo o conjunto de todas as experiên-
cias, vivências e atividades de aprendizagem, incluindo-se as
disciplinas ofertadas pela escola, as quais se realizadas ade-
quadamente por alunos e professores, são capazes de propiciar

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MODALIDADES Par te
DE ENSINO 03
o desenvolvimento do aluno que se espera ter. Na organização
curricular deve estar bem clara a filosofia da escola, que cida-
dão se pretende formar, com vistas a que objetivo ela se pro-
pôs. Assim, todo currículo tem um caráter ideológico, definido
em seu projeto pedagógico.
Torna-se assim inevitável na sociedade atual, que se diz
ser da aprendizagem, uma concepção e prática de um currículo
grade, fragmentado. A teoria curricular pode ser analisada sob
dois prismas principais:
as concepções tradicionais ou conservadoras e a concepção crí-
tica para se repensar o currículo e a sua expressividade em uma
sociedade das aprendizagens significas, acima de tudo, repensar
alguns pressupostos que norteiam a sociedade da informação,
do conhecimento e das aprendizagens. Nesse contexto, impõe-se
romper com a concepção do currículo isolado, descontextualiza-
do, fragmentado que não propicia a construção e a compressão
de nexos que permitam a sua estruturação com base na realidade
(SANTOMÉ, 1998).

E, ainda segundo Santomé (1998, p.187),


a utilidade social do currículo está em permitir aos alunos e alu-
nas compreender a sociedade em que vivem, favorecendo, para
tal, o desenvolvimento de aptidões, tanto técnicas como sociais,
que os ajudem em sua localização na comunidade de forma au-
tônoma, crítica e solidária.

Extra

Leia o texto Currículo integrado, de Maria Cristina Davini.


Disponível em: <http://pessoal.utfpr.edu.br/sant/arquivos/
curriculo_davini.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.

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Pa r te MODALIDADES
03 DE ENSINO

Atividade
Como colocar a prática reflexiva no encaminhamento me-
todológico do currículo integrado?

Referência
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado.
In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23. Disponível em: <www.pead.faced.ufrgs.
br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade2/curriculo_integrado/origens_
curriculo_integrado.pdf>. Acesso em: 20 ago 2014.

Resolução da atividade

Resposta livre.

44 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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Zadorozhnyi Viktor
Aula 04

EDUCAÇÃO
PROFISSIONALIZANTE
Objetivo:

Refletir sobre os limites e possibilidades


da política de educação profissional,
especificamente a direcionada à Educação
Profissional de Nível Médio, e sua
articulação com o mercado de trabalho.

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EDUCAÇÃO Par te
PROFISSIONALIZANTE 01
A EDUCAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO
Diante dos grandes desafios e intensas mudanças do mun-
do globalizado, a Educação Profissional deve estar integrada às
diferentes formas de educação, à ciência, ao trabalho, à tec-
nologia que visa ao desenvolvimento do cidadão e suas aptidões
para a vida profissional. Essa modalidade de ensino deve estar
articulada com o ensino regular e ser ofertada como prevê o
artigo 39 da LDB 9.394/96:
destina-se ao aluno matriculado no ensino funda-
mental, médio ou superior ou egresso dele, bem
como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto
para facilitar o acesso ao mercado de trabalho”.

A Educação Profissional atua também como reinserção do


trabalhador no mercado, tendo como objetivo principal o per-
manente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
O artigo 41 da LDB 9.394/96 determina que
o conhecimento adquirido na Educação Profissional,
inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avalia-
ção, reconhecimento e certificação para prossegui-
mento ou conclusão de estudos.

O Decreto Federal 5.154/2004 mantém as ofertas dos


cursos técnicos concomitantes e subsequentes, trazidas pelo
Decreto 2.208/97, além disso, tem o grande mérito de revogá-
-lo e de trazer de volta a possibilidade de se integrar o Ensino
Médio à Educação Profissional Técnica de Nível Médio, numa
perspectiva que não se confunde com a educação tecnológica
ou politécnica, mas que aponta em sua direção. Nesse processo
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Pa r te EDUCAÇÃO
01 PROFISSIONALIZANTE

educativo de caráter crítico-reflexivo, o professor deve as-


sumir uma atitude orientada para a responsabilidade social.
Nessa perspectiva, o docente deixa de ser um transmissor de
conteúdos para assumir uma atitude de mediador no proces-
so de ensino-aprendizagem sem, no entanto, perder a respon-
sabilidade com a competência técnica dentro de sua área do
conhecimento.
A premissa que orienta o projeto do Ensino Médio integra-
do à Educação Profissional é a de centralizar e aprofundar o
caráter humanista do ato de educar. A reformulação e da elabo-
ração de políticas públicas no âmbito do trabalho (qualificação
profissional, aprendizagem, certificação profissional, formação
para a economia solidária), da juventude (construção da polí-
tica nacional da juventude com ações que envolvem trabalho e
educação) e de educação no campo se desenvolvem com mui-
tos esforços. Busca-se a viabilização de projetos adequados à
diversidade da educação e dos sujeitos, com respeito à suas
culturas, seu modo de vida e suas especificidades em termos de
aprendizagem – com base nas concepções de Educação Inclusiva
e equidade.

Extra

Recomendamos a leitura do texto Educação Profissional


Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio: Documento
Base. Brasília, dezembro de 2007. Disponível em: <http://por-
tal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.pdf>.
Acesso em: 20 ago. 2014.

48 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO Par te
PROFISSIONALIZANTE 01
Atividade
Assinale V para verdadeiro e F para falso.
( ) De acordo com o artigo 39 da LDB 9.394/96, a Educação
Profissional, integrada às diferentes formas de educa-
ção, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao
permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva.
( ) O artigo 41 da LDB 9.394/96 determina que “o conhe-
cimento adquirido na Educação Profissional, inclusive
no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhe-
cimento e certificação para prosseguimento ou con-
clusão de estudos”.
( ) O Decreto Federal 5.154/2004 revogou o Decreto
2.208/97.
( ) O Decreto Federal 5.154/2004, além de manter as ofer-
tas dos cursos técnicos concomitantes e subsequentes,
trouxe de volta a possibilidade de integrar o Ensino
Médio à Educação Profissional Técnica de Nível Médio.
( ) Num processo educativo de caráter crítico-reflexivo,
o professor não deve assumir uma atitude orientada
para a responsabilidade social.

Referências
BRASIL. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o artigo
§2.° do artigo 36 e os artigos 39 a 41 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá
outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jul.
2004. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/
decreto/d5154.htm>. Acesso em: 23 set. 2014.
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Pa r te EDUCAÇÃO
01 PROFISSIONALIZANTE

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de


dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1,
p. 27833-27841. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.
htm>. Acesso em: 23 set. 2014.

______. Ministério da Educação. Programa de Integração da Educação


Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. Documento Base.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/acs_docbaseproeja.
pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.

Resolução da atividade

Gabarito: V, V, V, V, F.

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EDUCAÇÃO Par te
PROFISSIONALIZANTE 02
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
A oferta de Educação Profissional Tecnológica conduz à di-
plomação de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais,
que regulamentam seus objetivos e permitem o Ensino
Profissional complementar ao Ensino Médio, paralelamente ou
posteriormente.
A proposta atual da Educação Profissional é de dar chance
aos alunos de saírem dessa fase de estudo com qualificação su-
ficiente para ingressarem no mercado de trabalho.
A nova exigência de profissionalização dos trabalhadores
brasileiros segue na direção do compromisso com o desenvolvi-
mento de competências ou saberes que permitam ao cidadão-
-trabalhador enfrentar e responder aos desafios com criativida-
de, autonomia, ética, responsabilidade social e ambiental.
Esse desenvolvimento pode e deve ser considerado como a
matriz geradora dos novos programas de Educação Profissional
e Tecnológica. Espera-se que estas instituições educacionais
preparem profissionais que tenham aprendido a aprender e a
gerar autonomamente um conhecimento atualizado, inovador,
criativo e operativo, e que incorporem as mais recentes contri-
buições científicas e tecnológicas das diferentes áreas do saber,
desenvolvendo suas competências.
A Educação Profissional está centrada, portanto, num con-
ceito de competências, e será exigido do profissional tanto uma
escolaridade básica sólida quanto uma formação mais ampla e
polivalente.

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Pa r te EDUCAÇÃO
02 PROFISSIONALIZANTE

Segundo o documento do MEC, Educação Profissional –


Legislação Básica, 2001:
A revolução tecnológica e o processo de reorga-
nização do trabalho demandam uma completa
revisão dos currículos, tanto da Educação Básica,
quanto da Educação Profissional, uma vez que é
exigido dos trabalhadores, em doses crescentes,
maior capacidade de raciocínio, autonomia inte-
lectual, pensamento crítico, iniciativa própria e
espírito empreendedor, bem como a capacidade de
visualização e resolução de problemas. (Educação
Profissional – Legislação Básica – MEC 2001).

Dessa forma, a Educação Profissional não é meramente ensi-


nar a fazer e preparar para o mercado de trabalho. Ela também
proporciona, com suas conquistas, a compreensão das dinâmicas
socioprodutivas modernas e habilita as pessoas para o exercício
autônomo e crítico de profissões, sem nunca se limitar a elas.

Extra

Para saber mais, procure ler o texto Educação Profisional


Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio, documen-
to base da Secretaria de Secretaria de Educação Profissional
e Tecnológica. Publicado em Brasília, dezembro de 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/
documento_base.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2014.

Atividade
Faça uma pesquisa em uma escola que oferece a educa-
ção Profissionalizante verificando se os índices de matrícula e

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PROFISSIONALIZANTE 02
permanência aumentaram ou diminuíram nos três últimos anos.
Faça uma reflexão sobre os dados coletados.

Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de educação média e tecnológica.
Educação profissional legislação básica. Brasília, DF. 2001. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/LegisBasica.pdf>. Acesso em:
24 set. 2014.

PACHECO, Eliezer. Perspectivas da educação profissional técnica de nível


médio. São Paulo: Moderna, 2012.

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03 PROFISSIONALIZANTE

ABRANGÊNCIA DE CURSOS X MERCADO DE


TRABALHO
A Educação Profissional não foi prioridade na história da
educação brasileira muito tempo, mas agora, frente às neces-
sidades, isso está mudando. A preparação básica para o traba-
lho, no Ensino Médio, deve incluir as competências que darão
suporte para a Educação Profissional específica. Essa é uma das
fortes razões pelas quais as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio (Parecer CNE/CEB 15/98) insistem na fle-
xibilidade curricular e na contextualização dos conteúdos das
áreas e disciplinas.
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem e de
competências para a cidadania e para o trabalho são os com-
promissos centrais de qualquer escola. De modo especial, é o
compromisso central de uma escola técnica que tem por obriga-
ção ser o centro de referência tecnológica na área profissional
em que atua e na região onde se situa, para trabalhadores,
empregadores e estudiosos.
O compromisso da Educação Profissional é, essencialmen-
te, com o desenvolvimento de competências profissionais, com
crescente grau de autonomia intelectual, em condições de dar
respostas adequadas aos novos desafios da vida profissional.
Chegar ao fim dos estudos para se posicionar bem no mercado
de trabalho é um sonho de boa parte dos brasileiros e, na maio-
ria das vezes, a formação almejada é a graduação em um curso
regular, de Ensino Superior.

54 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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PROFISSIONALIZANTE 03
Quem procura uma escola técnica procura conhecimentos,
habilidades, valores que conduzam a um exercício profissional
competente e forneçam condições de conseguir um emprego
novo ou de melhorar seu desempenho profissional no emprego
FASDFSDFA
atual, desenvolvendo suas atividades profissionais com eficácia
e competência. O real compromisso da escola é com o desen-
volvimento crescente da autonomia intelectual do aluno, de
modo que ele continue aprendendo e articulando as várias di-
mensões de educação, trabalho, ciência e tecnologia.
O Ensino Profissional tem crescido com o passar dos anos
e ganha cada vez mais destaque nas vagas oferecidas, espe-
cialmente em países com perfil de desenvolvimento como o
Brasil. Segundo afirma Aléssio Trindade (apud SANTANA, 2014),
secretário da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
(Setec) do Ministério da Educação (MEC). Para Aléssio, a for-
mação técnica pode ser compreendida como parte fundamen-
tal para o mercado de trabalho. É uma questão essencial que
está na base de qualquer setor produtivo, inclusive no setor de
serviços.
Pesquisas indicam que nos próximos dois anos só a indústria
irá precisar de 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico. A
afirmação vem do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado
pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Já o
estudo “Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho”,
realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliou
dados de 2002 a 2010, diz que um trabalhador com formação
técnica tem 38% mais chances de conseguir um emprego com
carteira assinada do que um formado no Ensino Médio regular.

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03 PROFISSIONALIZANTE

Os bons resultados também refletem no bolso. A mesma


pesquisa da FGV aponta que um técnico ganha 13% a mais do
que um profissional que possui apenas o Ensino Médio. Um estu-
do publicado pelo Senai este ano vai mais longe: demonstra que
depois de apenas um ano de formado o salário de um técnico
aumenta 24%.
Essa valorização comprova a importância que o mercado
está dando aos profissionais com esse tipo de formação, afinal,
depois do chamado “apagão de mão de obra qualificada”, eles
são mais necessários do que nunca, característica de economias
em crescimento.
Os cursos profissionalizantes de nível médio, também co-
nhecidos como cursos técnicos, são rápidos – com três anos de
duração quando integrados ao Ensino Médio, para jovens egres-
sos do Ensino Fundamental, ou com cerca de um ano e meio
na forma modular –. Para o público adulto, contam com uma
grade curricular totalmente focada na prática e são bem mais
baratos, além dos inúmeros institutos públicos que oferecem
formação gratuitamente. Para cumprir o objetivo da escola téc-
nica é necessário que se faça um plano de curso que possibilite
múltiplas entradas e saídas, para a qualificação, a habilitação e
a especialização profissional.

Extra

Recomendamos a leitura da Revista Brasileira da Educação


Profissional e Tecnológica, disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/setec/arquivos/pdf3/rev_brasileira.pdf>. Acesso em: 21
ago. 2014.

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PROFISSIONALIZANTE 03
Atividade
De que modo você percebe que a Educação Profissional real-
mente pode contribuir com o desenvolvimento do nosso País?
FASDFSDFA
Quais seriam, ainda, as melhorias que as escolas que ofertam
essa modalidade de ensino poderiam implementar objetivando
um processo ensino-aprendizagem com mais qualidade?

Referências
CORDÃO, Francisco Aparecido. A LDB e a Nova Educação Profissional. Disponível
em: <www.senac.br/BTS/281/boltec280b.htm>. Acesso em: 21 ago. 2014.
PORTAL BRASIL. Brasileiros Apostam na Educação Profissional para Abrir
Portas ao Mundo do Trabalho. Publicado em 25 fev. 2014. Disponível em:
<www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/02/brasileiros-apostam-na-
educacao-profissional-para-abrir-portas-ao-mundo-do-trabalho>. Acesso em:
21 ago. 2014.
SANTANA, Ana Elisa. Saiba como a Educação Profissional É uma Oportunidade
para Entrar no Mercado de Trabalho. Publicado em 01 de maio 201. Disponível
em: <www.ebc.com.br/educacao-profissional-e-oportunidade-de-entrada-
no-mercado-de-trabalho>. Acesso em: 21 ago. 2014.
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Senai Divulga Mapa do
Trabalho Industrial. Disponível em: <www.senaipa.org.br/noticias/ultimas-
noticias/256-senai-divulga-mapa-do-trabalho-industrial.html>. Acesso em: 09
out. 2014.

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Aula 05

EDUCAÇÃO
EM TEMPO INTEGRAL
Objetivo:

Refletir sobre o direito a uma educação


de qualidade, peça-chave para a ampliação
e a garantia dos demais direitos humanos
e sociais, tendo a Educação Integral como
organização para a promoção
do desenvolvimento dos alunos
em sua totalidade.

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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
01
O QUE É A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
Temos que pensar numa escola de qualidade e que respeite
FASDFSDFA
a diversidade. Portanto, uma educação integral e de qualidade
é aquela que está preocupada com o desenvolvimento do cida-
dão na sua integralidade – o que vai além de se trabalhar ape-
nas com os aspectos da cognição, mas que se preocupa e dá im-
portância ao desenvolvimento do cidadão em várias dimensões
como: artísticas, afetivas, espirituais, cognitivas, corporais.
Já a escola de tempo integral está preocupada apenas com
a ampliação do tempo desse aluno na escola e acaba por man-
ter a mesma organização de forma fragmentada do processo
de ensino-aprendizagem. Eis a grande diferença da Educação
Integral para uma escola de tempo integral.
Para que a escola integral cumpra com sua função, é pre-
ciso que ela se preocupe com alguns aspectos fundamentais
como: uma gestão democrática e participativa com todos os su-
jeitos envolvidos no processo educativo; um currículo adequa-
do que valorize a realidade em que a escola está inserida; um
projeto político pedagógico visando a garantir a relação escola-
-comunidade de forma integrada e cumprindo com seu papel
social para o desenvolvimento pleno da cidadania de seus alu-
nos. Papel esse que deverá estar bem claro na filosofia adotada
pela escola em seu projeto pedagógico, construído de forma
participativa por todos os elementos da escola.

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Pa r te
EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
01
Nesse sentido, as políticas educacionais para uma Educação
Integral devem ultrapassar a questão da simples ampliação do
tempo escolar e devem buscar construir uma escola de quali-
dade em que o fator principal é a participação, favorecendo
um processo de ensino-aprendizagem que visa a diversidade e
o respeito aos direitos humanos na perspectiva do desenvol-
vimento pleno da cidadania de seus alunos. De acordo com o
artigo 34 da LDB 9.394/96, só faz sentido a ampliação do tempo
na escola se ele for reorganizado em função de um currículo
adequado com a realidade em que a escola está inserida, numa
perspectiva de um processo de ensino-aprendizagem multidi-
mensional deste aluno, futuro cidadão, respeitando seus direi-
tos e sua diversidade.
O Brasil tem muito a aprender com os países que hoje são mo-
delo em educação. Na Finlândia, Coreia do Sul, Irlanda e Chile, os
estudantes passam o dia todo na escola – em média, nove horas –
enquanto por aqui, a maioria dos alunos não fica mais de cinco
horas por dia em aula. E isso, claro, interfere não só na quali-
dade da educação, como também no desenvolvimento do país.
A Educação Integral pretende desenvolver os alunos em sua tota-
lidade. Muito mais do que o tempo em sala de aula, a Educação
Integral reorganiza espaços e conteúdos, de modo que a tarefa
de educar seja dividida com os pais e com a comunidade.

Extra
Indicamos a leitura complementar do texto O que é educa-
ção em tempo integral, que pode ser encontrado no link: <edu-
carparacrescer.abril.com.br/política-publica/educacao-inte-
gral-624287.shtml>. Acesso em: 05 set. 2014.
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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
01
Atividade
Como você organizaria uma escola de educação em tempo
integral? Cite três elementos básicos que fariam parte dessa
FASDFSDFA
organização da escola.

Referências
BLOG. Porvir. A educação integral deixa a escola mais humana. Disponível
em: <http://porvir.org/porpensar/a-educacao-integral-deixa-escola-mais-
humana/20130821>. Acesso em: 05 set. 2014.

FERNANDES, Fernanda Oliveira; FERREIRA, José Heleno. Educação em tempo


integral: novos desafios para a educação no Brasil. Disponível em: <www.
funedi.edu.br/revista/files/numero3/n3%201semestre/7educacaoemtempoi
ntegral.pdf>. Acesso em: 05 set. 2014.

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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
02
O QUE PRETENDE A EDUCAÇÃO EM TEMPO
INTEGRAL
Desde o início do século XX, a educação no contexto brasi-
leiro tem desenvolvido concepções e práticas sobre a Educação
Integral, alicerçadas na ampliação da jornada escolar, visando
à necessidade de reestruturar a escola para responder aos de-
safios dos tempos atuais.
O grande desafio da Educação Integral é a elaboração de
um projeto pedagógico consistente, comprometido e, princi-
palmente, construído de forma participativa, de acordo com a
realidade e com a escola que pretende ter, não esquecendo o
seu principal objetivo: que aluno se deseja formar.
Nessa perspectiva, deve preocupar-se não somente com o
acesso à educação pública, mas com a permanência desse ci-
dadão na escola pública de qualidade e, principalmente, com o
seu ensino e aprendizagem.
A Educação Integral não pode preocupar-se apenas com a
ampliação do tempo escolar e com a reorganização do espaço,
mas também, e principalmente, com a concepção de educação
adotada. Esta deve estar clara em seu projeto pedagógico da
escola, tendo em vista os diversos agentes sociais que podem
interagir neste processo.
Portanto, falar sobre Educação Integral implica considerar
a questão de algumas variáveis importantes como tempo (com

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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
02
referência à ampliação da jornada escolar) e espaço (com re-
ferência aos territórios em que cada escola está situada) – va-
riáveis essas que darão novas oportunidades de aprendizagem

FASDFSDFA
para a reapropriação pedagógica de espaços de sociabilidade
e de diálogo com a comunidade local, regional e global. Essa
relação educador-educando, aberta ao relacionamento sociofa-
miliar e comunitário, deve ser democrática, pois envolve todos
os segmentos da comunidade escolar na busca do bem comum,
que é o pleno desenvolvimento do cidadão.
Cabe, ainda, dizer que o processo de ensino-aprendizagem
só terá efeito significativo com a participação de todos os en-
volvidos. Pode-se dizer que pais e escola formam uma bela
parceria. É o que afirma Augusto Cury (2003): “Se a parceria
entre a família e escola for formada desde os primeiros passos
da criança, todos terão muito a lucrar”. A criança que estiver
bem vai melhorar, e aquela que tiver problemas receberá aju-
da, tanto da escola quanto dos pais, para superá-los. Para se
construir uma educação integral e ética, cumpre-nos repensar
as prioridades, rever as políticas educacionais, propostas e pro-
jetos curriculares.

Extra

CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes.


Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
02
Atividade
Que tipo de homem desejamos construir a partir da
Educação Integral?

Referência
BRASIL. Ministério da Educação. Série mais Educação. Educação Integral.
Brasília, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/
cadfinal_educ_integral.pdf>. Acesso em: 05 set. 2014.

CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. Rio de Janeiro:


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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
03
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E A LDB
A gestão democrática e participativa é um fator indispensá-
FASDFSDFA
vel e de maior valia para contemplar a Educação Integral. Assim,
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e de
Educação Básica (SEB), em parceria com o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), retomou esse ideal para
que isso realmente aconteça em nossas escolas, transformando
a realidade em que está inserida. Esse é um grande desafio para
a educação, pois demanda um compromisso ético. A gestão de-
mocrática e participativa deve estar contemplada nas políticas
educacionais, atendendo aos dispositivos legais.
Partindo das questões legais que envolvem a Educação
Integral, de acordo com a Constituição Federal de 1988, seu
artigo 6.º nos fala de um direito essencial:
São direitos sociais a educação, a saúde, a alimen-
tação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na for-
ma desta Constituição. (CF, 1988, Art. 6.º)

Direito esse, capaz de conduzir ao pleno desenvolvimento


da cidadania, além de possibilitar a preparação para o mundo
do trabalho, conforme o artigo 205 da Constituição Federal:
A educação, direito de todos e dever do Estado
e da família, será promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o

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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
03
exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. (CF, 1988, Art. 205)

Já a nossa LDB 9.394/96 reitera os princípios constitucio-


nais e ainda prevê, em seu artigo 2.º, a ampliação progressiva
da jornada escolar do Ensino Fundamental para o regime de
tempo integral (Arts. 34 e 87), a critério dos estabelecimentos
de ensino. Além disso, ampliando os espaços e práticas educa-
tivas vigentes, a Lei prevê que:
[...] a educação abrange os processos formativos
que se desenvolvem na vida familiar, na convi-
vência humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e or-
ganizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais. (LDB 9.394/96, Art. 1.°)

Mas é importante ressaltar que, quando a LDB 9.394/96


aborda a questão do tempo integral, ela o faz no artigo 34, que
trata da jornada escolar, considerada como o período em que a
criança e o adolescente estão sob a responsabilidade da escola.
Além de prever a ampliação do Ensino Fundamental para
tempo integral, a LDB 9.394/96 admite e valoriza as experi-
ências extraescolares (Art. 3.º, inciso X), as quais podem ser
desenvolvidas com instituições parceiras da escola. De acordo
com Guará (2006), essas indicações legais correspondem tanto
às expectativas de ampliação do tempo de estudo ou da jor-
nada escolar, dentro do Sistema Público de Ensino, quanto ao
crescente movimento de participação de outras organizações,
nascidas, em geral, por iniciativa da própria comunidade e que
trabalham na interface educação-proteção social.

68 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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Par te
EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
03
Ainda, de acordo com a Constituição Federal de 1988 e a
LDB 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em
seu capítulo V, artigo 53, complementa a proposição de obriga-
toriedade do acesso e da permanência na escola, reconhecendo
FASDFSDFA
que o desenvolvimento integral da criança e do adolescente re-
quer uma forma específica de proteção.
De acordo com a Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que
instituiu o Plano Nacional de Educação (PNE), valorizar-se a
Educação Integral como possibilidade de formação da pessoa em
sua totalidade. Ressalte-se que o PNE avança para além do texto
da LDB 9.394/96 ao apresentar a educação em tempo integral
como objetivo do Ensino Fundamental e, também, da Educação
Infantil. Além disso, o PNE apresenta, como meta, a ampliação
progressiva da jornada escolar para um período de, pelo me-
nos, sete horas diárias, além de promover a participação das co-
munidades na gestão das escolas, incentivando a instituição de
Conselhos Escolares.

Extra

Indicamos a leitura complementar do texto Escola em tem-


po integral melhora o desempenho dos alunos. Disponível em:
<http://ocponline.com.br/noticias/escola-em-tempo-integral-
-melhora-o-desempenho-dos-alunos>. Acesso em: 05 set. 2014.

Atividade
Você acha que toda a legislação vigente abrange a efeti-
vação da proposta de educação integral? O que está faltando?
Justifique.

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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
03

Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.
Ministério da Educação. Série mais Educação – Educação Integral. Brasília,
2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments.cadfinal_
educ_integral.pdf>. Acesso em: 05 set. 2014.
______. Plano Nacional da Educação. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001.
Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1. p. 1.
Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>.
Acesso em: 09 set. 2014.
CURY, Augusto. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. Rio de Janeiro:
Sextante, 2003.
GUARÁ, Isa Maria F. Rosa. É Imprescindível Educar Integralmente. In: Caderno
CENPEC: educação, cultura e ação comunitária, n. 2, p. 15-24, 2006.
Disponível em: <www.cenpec.org.br/biblioteca/educção/producoes-cenpec/
cadernos-cenpecn-n-2-educação-integral>. Acesso em: 05 set. 2014.

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Aula 06

EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
Objetivos:

Conhecer e analisar essa modalidade


de ensino da Educação Básica,
refletindo sobre a importância da mesma
para o desenvolvimento e
transformação da sociedade.

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
01
O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
FASDFSDFA
A Educação de Jovens e Adultos destina-se aos que não ti-
veram acesso à escola, na idade própria, ao Ensino Fundamental
ou Médio, ou não puderam dar continuidade aos estudos, como
está previsto nos artigos 37 e 38 da LDB 9.394/96 (Lei de
Diretrizes e Bases). Essa mesma Lei expressa que
O dever do Estado com a educação escolar pública
será efetivado mediante a garantia de: oferta de
educação escolar regular para jovens e adultos,
com características e modalidades adequadas às
suas necessidades e disponibilidades, garantindo-
-se aos que forem trabalhadores as condições de
acesso e permanência na escola. (LBD – Lei de
Diretrizes e Bases 9.394/96, Art. 4.º, inciso VII.)

Essa modalidade de educação é assegurada gratuitamente,


considerando as características dos alunos, suas condições de
vida e de trabalho, seus interesses, mediante cursos e exames,
que compreenderão uma base nacional comum do currículo,
possibilitando prosseguir seus estudos em caráter regular. Os
exames serão realizados nos níveis:
• conclusão do Ensino Fundamental, para maiores de 15
anos;
• conclusão de Ensino Médio, para maiores de 18 anos.
Apesar das profundas transformações que ocorreram e es-
tão ocorrendo nas políticas educacionais, pensar a escola nes-
se novo contexto é reorganizar em novas bases todo o saber
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
01
acumulado, a fim de potencializar a aprendizagem de forma
significativa. Nesse aspecto, os objetivos da Educação de Jovens
e Adultos (EJA) são:
• Dar oportunidade aos jovens, adultos, idosos, pessoas
com deficiência ou fora da faixa etária da escolarida-
de regular, a conclusão e continuidade de estudos;
• oferecer aos jovens, adultos, idosos, pessoas com de-
ficiência, oportunidades de escolarização que aliem a
Educação Básica em nível médio à Educação Profissional,
com desenvolvimento de competências e habilidades
que propiciem a formação integral do aluno como cida-
dão e profissional de qualidade.
Segundo o Parecer 11, de 10 de maio de 2000, do Conselho
Nacional de Educação (CNE), a Educação de Jovens e Adultos
possui três funções: reparadora, equalizadora e qualificadora.
• Função reparadora: refere-se não só à entrada dos
jovens e adultos no circuito dos direitos civis pela res-
tauração de um direito negado – o direito a uma escola
de qualidade –, mas também ao reconhecimento da
igualdade de todo e qualquer ser humano no acesso
a um bem real, social e simbolicamente importante –
uma educação inclusiva e de quantidade.
• Função equalizadora: relaciona-se à igualdade de
oportunidades que possibilitarão aos cidadãos novas
inserções no mundo do trabalho e na vida social.
• Função qualificadora: refere-se à educação permanen-
te, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo

74 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
01
potencial de desenvolvimento e de adequação pode se
atualizar em quadros escolares ou não escolares.
A base teórica que fundamenta o processo de ensino-
FASDFSDFA
-aprendizagem das práticas pedagógicas da Educação de
Jovens e Adultos pressupõe: um modelo de ensino por reso-
lução de problemas, o uso de diferentes estratégias meto-
dológicas para a aprendizagem de diferentes conteúdos, e a
aprendizagem significativa, que deve partir dos conhecimen-
tos prévios dos alunos.
Os alunos constroem conhecimentos na interação com o
contexto social, mesmo sem ter passado pelo processo de esco-
larização. Valorizar esses conhecimentos e relacioná-los com
novos conteúdos é imprescindível para uma aprendizagem sig-
nificativa, possibilitando ao professor o planejamento de situ-
ações de aprendizagem para ampliá-los e/ou transformá-los.

Extra

Recomendamos o acesso ao vídeo do Programa de Formação


de Professores Alfabetizadores do MEC, no qual especialistas
como Emilia Ferreiro, José Eustáquio Romão, Vera Barreto e
Vera Masagão comentam como o trabalho de Paulo Freire
contribuiu para o desenvolvimento da teoria e da prática da
Alfabetização de Jovens e Adultos. Disponível em: <www.you-
tube.com/watch?feature=player_embedded&v=zeFogTRJiOs>.
Acesso em: 28 ago. 2014.

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01
Atividade
Segundo o Parecer 11, de 10 de maio de 2000, do Conselho
Nacional de Educação (CNE), a Educação de Jovens e Adultos
possui três funções. Quais são elas?

Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de


Educação Básica. Parecer CNE/CEB 11/2000, publicado no Diário Oficial da
União de 9 jun. 2000, seção 1e, p. 15.

Resolução da atividade

Reparadora, equalizadora e qualificadora.

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
02
DIREITO DE ACESSO E GRATUIDADE
O desenvolvimento de um país depende de suas políticas
FASDFSDFA
e de um processo educacional que contribua para o seu cres-
cimento. Necessitamos, portanto, de ações importantes nessa
área, a fim de garantir a universalização do acesso à Educação
Básica, inclusive ao Ensino Médio.
Frigotto et. al (2005) nomeiam como políticas de inserção
as ações imediatas, que não podem esperar devido à dívida his-
tórica do Estado brasileiro com a sociedade. Além das ações
imediatas, esses autores também defendem políticas de inte-
gração que se projetam em médio e longo prazo, reinstituindo
o pensar prospectivo, com visão de futuro e de incorporação do
direito à educação para as gerações vindouras.
Com isso, estados e municípios têm procurado soluções
e alternativas para atender a demanda quanto à Educação de
Jovens e Adultos, mas essa ampliação da oferta escolar não
foi acompanhada de uma melhoria das condições do ensino, de
modo que, embora hoje existam mais escolas, sua qualidade
ainda deixa a desejar. Essa questão da qualidade contribui, ain-
da, para que uma parcela da população de menor renda passe
pela escola sem lograr aprendizagens significativas. Submetidas
às experiências penosas de fracasso e repetência escolar, estas
pessoas acabam por abandonar os estudos.
Precisamos encontrar caminhos e práticas pedagógicas com
metodologias adequadas para superar esses desafios e realmen-
te contribuir de forma significativa para que este cidadão, que

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
02
já se sentiu excluído, tenha uma formação continuada que o ca-
pacite a se inserir de forma valorizada no mercado de trabalho.
É necessário e fundamental, também, que se tenha uma
política destinada à Educação Profissional e Tecnológica de qua-
lidade, pública e gratuita, que permita a igualdade de acesso e
permanência escolar aos jovens e adultos que foram excluídos
do sistema educacional ou que não tiveram acesso à escola na
idade correta, garantindo-lhes oportunidade para se integra-
rem à sociedade de forma digna. Portanto, pensar na Educação
de Jovens e Adultos dessa maneira é contribuir significativa-
mente para a integração social do educando.

Extra

Recomendamos o acesso da página a seguir, que aborda os


principais objetivos da Educação de Jovens e Adultos. <www.
oei.es/quipu/brasil/educ_adultos.pdf>. Acesso em: 28 ago.
2014.

Atividade
Quais seriam as alternativas para o acesso e permanência
do aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na escola com
uma educação de qualidade?

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
02
Referências
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise Nogueira. (orgs.).
Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.

FASDFSDFA
HADDAD, Sérgio; DI PIERRO, Maria Clara. Escolarização de jovens e adultos.
São Paulo ANPEd,  Revista Brasileira de Educação, n. 14, maio-ago. 2000, p.
108-130.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
03
AÇÕES E PROGRAMAS DE INCENTIVO E
CERTIFICAÇÃO CONFORME A LEI
As políticas voltadas à implantação e à prática da Educação
de Jovens e Adultos, além de certificarem os adultos, dão a pos-
sibilidade de formação continuada, para que esses obtenham
a chance de formação integral. O professor é uma pessoa de
fundamental importância no processo de ensino-aprendizagem,
e por isso é necessário que se conheça a legislação vigente, no
sentido de colaborar com o aluno dessa modalidade de ensino.
Segundo a Portaria 125, de 13 de fevereiro de 2014, do
Ministério da Educação, os estados, Distrito Federal e muni-
cípios são unidades demandantes vinculadas à Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
(SECADI), para a oferta de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Essa Secretaria também é articulada à Educação Profissional
no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (PRONATEC).
Já o Parecer 11/2000, do Conselho Nacional de Educação
(CNE) estabelece as Diretrizes Curriculares para a Educação de
Jovens e Adultos. Essa modalidade de educação é fundamen-
tada na Lei de Diretrizes e Bases – LDB 8.394/96. Além disso,
destaca-se o Decreto 5.478 de 2005, que institui o Programa
Nacional de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio
na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA).

80 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
03
Todos esses programas e políticas são desenvolvidos no sentido
de ampliar o acesso, a permanência e a escolaridade desse pú-
blico que não teve acesso ao ensino regular na idade correta.

FASDFSDFA
Ainda assim, tem-se notado que a escolaridade da população
brasileira continua baixa.
A educação é direito fundamental de todo cidadão e tem
o poder de mudar a realidade social, pois amplia o repertó-
rio expressivo e a capacidade de compreensão do mundo. Além
disso, é imprescindível para o desenvolvimento da carreira
profissional.
Aos concluintes de curso técnico é conferido um diploma
com validade de certificado do Ensino Médio. Quando o curso
técnico for ofertado na forma integrada, será emitido um diplo-
ma único pela instituição de Educação Profissional. No caso da
oferta realizada na forma concomitante, por acordo de inter-
complementaridade, deve ser emitida a certificação conjunta
entre as duas instituições: a instituição da Educação Profissional
e a instituição do Ensino Médio.
O objetivo da Educação de Jovens e Adultos, diferente-
mente de outras políticas de alfabetização de adultos, não deve
ser apenas a certificação ou o treinamento para o mercado de
trabalho, mas também a oferta de formação profissional conti-
nuada. Deve ter significação maior, possibilitar uma formação
geral do indivíduo, dando a ele o direito de entender e intervir
na sociedade para que exerça o seu direito a cidadania.

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
03
Extra

Recomendamos o acesso ao vídeo a seguir que contém um


resumo histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?feature=
player_detailpage v=j1vJQoHnxvc>. Acesso em: 28 ago. 2014.

Atividade
Reflita sobre as políticas implantadas legalmente nos pro-
gramas para incentivo a EJA e faça uma análise crítica.

Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20
de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Publicado no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
Seção 1, p. 27833-27841.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de


Educação Básica. Parecer CNE/CEB 11/2000, publicado no Diário Oficial da
União de 9 jun. 2000, seção 1e, p. 15.

Resolução da atividade

Resposta livre.

82 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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Aula 07

EDUCAÇÃO ESPECIAL
E INCLUSÃO
Objetivo:

Dar subsídios para que o professor


reflita sobre as adequações
(organizacionais, de objetivos, conteúdo,
metodologias e currículo) necessárias
para atender aos alunos com necessidades
educacionais especiais.

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
01
DEFINIÇÕES DA LEI PARA A EDUCAÇÃO
ESPECIAL
A Educação Especial é uma modalidade de educação esco-
lar que tem por finalidade atender aos alunos portadores de de-
ficiências especiais, preferencialmente na rede regular de ensi-
no, de acordo com as políticas de inclusão e democratização de
acesso e permanência na escola. Visa a disponibilizar recursos e
serviços para garantia do processo de ensino-aprendizagem. Os
sistemas de ensino devem assegurar aos alunos portadores de
necessidades especiais as seguintes garantias:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organiza-


ção específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atin-
gir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em
virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em me-
nor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado, bem como professores
do ensino regular capacitados para a integração desses educan-
dos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva
integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas
para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,
bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior
nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suple-
mentares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
(BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Art. 59)

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
01
O conceito de necessidades especiais amplia o de deficiên-
cia, uma vez que se refere
a todas as crianças e jovens cujas necessidades
decorrem de sua capacidade ou de suas dificul-
dades de aprendizagem, com isso propõe a es-
colarização integradora (UNESCO, Declaração de
Salamanca, 1994).

Essa escola integradora pode combater atitudes discrimi-


natórias, baseando-se no princípio de que todas as diferenças
humanas são normais, propondo uma pedagogia centrada na
criança. É preciso refletir sobre o sentido da escola inclusiva e
todas as diferenças que ela deve abordar, para que realmente
cumpra a função social de uma escola que deseja ser inclusiva.
Existe uma legislação que regulamenta toda a Educação
Especial no Brasil, e é importante que todos conheçam. Segue
abaixo a relação para consultas:
• Constituição Federal de 1988 – Educação Especial;
• Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBN) Educação Especial;
• Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente –
Educação Especial;
• Lei 8.859/94 – Estágio;
• Lei 10.098/94 – Acessibilidade;
• Lei 10.436/2002 – Libras;
• Lei 7.853/89 – CORDE – Apoio às pessoas portadoras de
deficiência;
• Lei 8.899, de 29 de junho de 1994 – Passe Livre;

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
01
• Lei 9.424, de 24 de dezembro de 1996 – FUNDEF;
• Lei 10.845, de 5 de março de 2004 – Programa de Com-
plementação ao Atendimento Educacional Especia-
lizado às Pessoas Portadoras de Deficiência;
• Lei 10.216 de 4 de junho de 2001 – Direitos e proteção
às pessoas acometidas de transtorno mental;
• Plano Nacional de Educação – Educação Especial.

Extra

Recomendamos o acesso aos vídeos que trazem uma refle-


xão sobre a educação inclusiva. Disponíveis em:
<www.youtube.com/watch?feature=player_detail
page&v=70EvnSfn0Tk>. Acesso em: 29 ago. 2014.
<www.youtube.com/watch?v=nCQXg4v2ips>. Acesso em:
29 ago. 2014.

Atividade
Como a sua escola está organizada para atendimento aos
alunos com necessidades especiais? O que precisaria melhorar?

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
01
Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20
de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
Seção 1, p. 27833-27841.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política


Nacional de Educação Especial. Brasília, DF, MEC/SEESP, 1994.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Necessidades Educativas Especiais – NEE. In:


Conferência Mundial sobre NEE. Acesso em: Qualidade – UNESCO. Salamanca/
Espanha: UNESCO, 1994. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/
images/0013/001393/139394por.pdf>. Acesso em: 23 set. 2014.

Resolução da atividade

Resposta livre.

88 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
02
ADAPTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO A
ALUNOS ESPECIAIS
O princípio fundamental de uma escola de qualidade é
atender aos alunos com necessidades especiais, independente
de suas dificuldades e diferenças, visando ao desenvolvimento
e à aprendizagem dos mesmos. Para isso, a escola precisa ter
como referência um projeto pedagógico adequado e a implan-
tação de práticas inclusivas que devem basear-se em alguns
aspectos como: professores especializados; serviços de apoio
educacional flexibilização do processo de ensino-aprendizagem;
organização do funcionamento da escola; recursos disponíveis;
meios favoráveis à educação; e, principalmente, a adoção de
um currículo integrado, com propostas diversificadas.
As adaptações curriculares propostas pelos órgãos
como Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação
Fundamental (SEF) e Secretaria de Educação Especial (SEESP)
visam a promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos
alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.
Essas diretrizes, assim como os critérios de adaptação curricu-
lar, são indicadores do como e quando os alunos devem apren-
der. Tudo isso implica uma convicção de que o aluno e a escola
devem aprimorar-se para alcançar a eficiência da educação a
partir da interatividade entre todos os envolvidos no processo.

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
02
A inclusão de alunos nesse contexto necessita, portanto,
de uma proposta politicamente correta, que represente valores
simbólicos importantes, de acordo com a igualdade de direi-
tos e de oportunidades educacionais para todos, num ambiente
educacional favorável.
Embora os sistemas educacionais tenham a intenção de
realizar intervenções pedagógicas que propiciem aos alunos
com necessidades especiais uma melhor educação, sabe-se
ainda que a própria sociedade não alcançou esses níveis de
integração que favoreçam essas pessoas.
Portanto, para incluir todos os alunos com necessidades
especiais, a sociedade precisa modificar-se, propiciando a con-
vivência no contexto da diversidade humana, bem como acei-
tando e valorizando a contribuição de todos conforme suas con-
dições pessoais.
A escola precisa se destacar como um local privilegiado
para favorecer o processo de inclusão social dos cidadãos.
Outro fator que se constata é que a própria escola regular ain-
da tem dificultado esse objetivo, trabalhando as situações edu-
cacionais comuns, propostas para os demais alunos, com uma
prática pedagógica que não atende àqueles com necessidades
especiais. Essas circunstâncias ainda apontam para a necessi-
dade de uma escola transformadora que precisa modificar suas
práticas e a sua visão atual.

90 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
02
Extras

Recomendamos o acesso aos vídeos que trazem uma refle-


xão sobre a Educação Inclusiva. Disponíveis em:
<www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage
&v=v7S06iN5P34. Acesso em: 31 ago. 2014.
<www.youtube.com/watch?v=Zid4KOxriKE>. Acesso em: 31
ago. 2014.

Atividade
Qual é a importância dos diferentes aspectos curriculares
para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos com neces-
sidades especiais?

Referência
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Saberes e
práticas da inclusão: estratégias para a educação de alunos com necessidades
educacionais especiais. Brasília, DF, 2003.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
03
DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL SER
INCLUSIVA
No Brasil, a Educação Especial é definida como uma mo-
dalidade de educação escolar voltada para a formação do in-
divíduo, com vistas ao exercício da cidadania. A comunidade
escolar, com relação à diversidade, baseia-se no pressuposto
de que a adequação curricular pode atender às necessidades
particulares de aprendizagem dos alunos com necessidades es-
peciais, levando-se em conta suas capacidades intelectuais, os
seus conhecimentos e também, seus interesses e motivações.
Nessa perspectiva, a escola busca consolidar o respeito
às diferenças e às desigualdades. As diferenças são vistas não
como obstáculos para o cumprimento da ação educativa, mas
podem e devem ser fatores de enriquecimento. Os grandes de-
safios da escola, da equipe pedagógica e dos professores es-
tão em educar todos os alunos num mesmo contexto escolar,
respeitando-se as diferenças, tais como:
• crianças com condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais e sensoriais diferenciadas;
• crianças com necessidades especiais ou diagnostica-
das como superdotadas;
• crianças trabalhadoras ou que vivem nas ruas;
• crianças de comunidades distantes ou nômades;
• crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais;
• crianças de grupos desfavorecidos ou marginalizados.
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EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
03
A educação é um direito de todos e deve, portanto, ser
orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortaleci-
mento da personalidade.
A opção por esse tipo de educação não significa negar as di-
ficuldades dos alunos, mas o contrário. Com a inclusão, as dife-
renças não são vistas como problemas, mas como diversidade.
É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar
a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência
a todas as crianças.
A Educação Inclusiva implica a mudança de paradigma para
uma escola transformadora, com práticas inclusivas e de uma
educação de qualidade para a diversidade desses alunos. É pre-
ciso rever todos os procedimentos referentes à inclusão escolar,
sendo necessária uma transformação em todo o sistema, seja
educacional, social ou político, promovendo o acesso à educa-
ção e à permanência do aluno na escola.
Educação inclusiva é o processo que ocorre em es-
colas de qualquer nível, preparadas para propiciar
um ensino de qualidade a todos os alunos indepen-
dentemente de seus atributos pessoais, inteligên-
cias, estilos de aprendizagem e necessidades co-
muns ou especiais. A inclusão escolar é uma forma
de inserção em que a escola comum tradicional é
modificada para ser capaz de acolher qualquer alu-
no incondicionalmente e de propiciar-lhe uma edu-
cação de qualidade. Na inclusão, as pessoas com
deficiência estudam na escola que frequentariam
se não fossem deficientes. (SASSAKI, 1998, p. 8)

A inclusão escolar é um grande desafio, pois deve possibi-


litar o direito de todos os alunos, sejam eles especiais ou não,
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Pa r te
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
03
de exercerem e de usufruírem de uma educação de qualidade.
Qualquer tentativa de inclusão deve ser analisada e avaliada
em seus mais diversos aspectos, a fim de se ter a garantia de
que essa será a melhor opção para o aluno que apresenta ne-
cessidades especiais.

Extra

Recomendamos o acesso ao vídeo que retrata os avan-


ços e desafios da política nacional para a Educação Inclusiva.
Disponível em: <www.youtube.com/watch?feature=player_detail
page v=AUL62tZIFYY>. Acesso em: 31 ago. 2014.

Atividade
Quais os grandes desafios para a educação atender com
qualidade os alunos com necessidades especiais?

Referência
SASSAKI, Romeu Kazumi. Integração e Inclusão: do que estamos falando?
Temas sobre Desenvolvimento, v. 7. n. 39, 1998.

Resolução da atividade

O grande desafio da escola, da equipe pedagógica e dos


professores está em educar todos os alunos num mesmo con-
texto escolar, respeitando-se as diferenças.
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nmedia
Aula 08

EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA
Objetivos:

Refletir e analisar sobre as possibilidades


concretas, atuais e futuras de
transformação da educação trazidas
pelas novas perspectivas do trinômio
conhecimento/educação/tecnologia.

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
01
O QUE É A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que
busca estender os espaços educacionais. Como um espaço pri-
vilegiado, oferece um sistema tecnológico que amplia o poten-
cial de metodologias didáticas. Objetiva, também, expandir as
oportunidades de ensino em locais que não favorecem o acesso
à Educação e ajudam o cidadão a se familiarizar com os meios
tecnológicos para uma formação continuada.
A Educação a Distância é importante porque possibilita aos
alunos que abandonaram a escola, sejam jovens ou adultos,
terminar os estudos. Sobre esse aspecto destaca-se:
[...] ao introduzir novas concepções de tempo e
espaço na educação, a educação a distância tem
função estratégica: contribui para o surgimento
de mudanças significativas na instituição escolar e
influi nas decisões a serem tomadas pelos dirigen-
tes políticos e pela sociedade civil na definição
das prioridades educacionais. (PLANO NACIONAL
DE EDUCAÇÃO, 2001, p.114)

Com isso, compreende-se a Educação a Distância como


uma das modalidades de ensino-aprendizagem. Com o auxílio
dos recursos tecnológicos e de rede, seja nos moldes presen-
ciais, semipresenciais ou completamente a distância, essa mo-
dalidade de educação favorece e amplia as possibilidades de
novas perspectivas para o universo educacional.
É do senso comum afirmar que já foi o tempo em que a
escola era o principal lugar de se transmitir as informações.

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
01
Com a difusão acelerada das informações por meio das novas
tecnologias, elas tornaram-se parte integrante da cultura mun-
dial que, com facilidade, uma parcela da população tem aces-
so. Porém, destaca-se que esse fenômeno é um processo de
transformação no cenário educacional. Nesse sentido, deve-se
pensar em novos modelos de educação e em formas de comu-
nicação e de construção de conhecimentos, que devem ser am-
plamente analisados e refletidos.
Temos hoje a possibilidade de integrar diversos tipos de mí-
dias com maior rapidez e facilidade, o que permite a criação de
novas linguagens, novas formas de comunicação e pensamento.
Isso implica repensar a educação e, principalmente, os sujeitos
que estão envolvidos no processo de aprender e ensinar: alu-
nos e professores. Isso demanda de todos nós um compromisso
maior entre a prática pedagógica, numa articulação entre teo-
ria e prática, e maior atenção às políticas existentes. Tudo isso
com a finalidade de executar este processo com qualidade.

Extra

Recomendamos o acesso ao vídeo que retrata algumas experiên-


cias da Educação a Distância no estado do Paraná. Disponível em:
<www.youtube.com/watch?feature=player_detail page&v=rFEaQ_
lItHs>. Acesso em: 02 set. 2014.

Atividade
Reflita sobre quais são as possibilidades concretas de trans-
formação da educação, trazidas pelas novas perspectivas do
trinômio conhecimento/educação/tecnologia.

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
01

Referência
BRASIL. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Estabelece o Plano Nacional de
Educação. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 10 jan. 2001. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em: 23 set. 2014.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
02
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DA EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA
As bases legais para a Educação a Distância (EAD) foram
estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9.394/96 e
regulamentada pelo Decreto 5.622/2005. De acordo com a LBD:
O Poder Público incentivará o desenvolvimento e
a veiculação de programas de ensino a distância,
em todos os níveis e modalidades de ensino, e de
educação continuada.

§1.º A educação a distância, organizada com aber-


tura e regime especiais, será oferecida por insti-
tuições especificamente credenciadas pela União.

§2.º A União regulamentará os requisitos para a re-


alização de exames e registro de diploma relativos
a cursos de educação a distância.

§3.º As normas para produção, controle e ava-


liação de programas de educação a distância e
a autorização para sua implementação, caberão
aos respectivos sistemas de ensino, podendo ha-
ver cooperação e integração entre os diferentes
sistemas.

§4.º A educação a distância gozará de tratamento


diferenciado, que incluirá:

I - custos de transmissão reduzidos em canais


comerciais de radiodifusão sonora e de sons e
imagens;

100 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
02
II - concessão de canais com finalidades exclusiva-
mente educativas;

III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o


Poder Público, pelos concessionários de canais co-
merciais. (BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, Art. 80)

O Decreto 5.622/2005 regulamenta o artigo 80 da LBD


9.394/96:
Os sistemas de ensino, em regime de colaboração,
organizarão e manterão sistemas de informação
abertos ao público com os dados de:

I - credenciamento e renovação de credenciamen-


to institucional;

II - autorização e renovação de autorização de


cursos ou programas a distância;

III - reconhecimento e renovação de reconheci-


mento de cursos ou programas a distância; e

IV - resultados dos processos de supervisão e de


avaliação. (BRASIL. Decreto 5.622/05, Art. 8.º)

Com as mudanças que vêm acontecendo na nossa socieda-


de pode-se entender que essa modalidade de ensino tem suas
peculiaridades legais, e que a Educação a Distância deve ter
uma proposta pedagógica diferenciada. A EAD está passando por
transformações e mudanças de valores em que a diversidade
cultural é muito presente, assumindo um significado importan-
te na sociedade atual. No caso da oferta de cursos de graduação

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
02
e Educação Profissional em nível tecnológico, a instituição inte-
ressada deve credenciar-se junto ao Ministério da Educação, so-
licitando, para isso, a autorização de funcionamento para cada
curso que pretenda oferecer. O artigo 24 do Decreto 5.622/2005
e o parágrafo 1.º, artigo 80, da Lei 9.394/96, determinam que
os cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutora-
do) a distância serão oferecidos exclusivamente por institui-
ções credenciadas pela União. Para tal fim, devem obedecer
às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimentos estabelecidos no referido Decreto.
Para Palloff (2004. p. 27), nessa nova modalidade de ensino
os alunos têm que desenvolver e organizar a aprendizagem de
forma independente e assumir para si muitas responsabilidades
que antes eram dos professores. Os alunos precisam ser ativos
para executar suas tarefas e também para interpretar e re-
fletir criticamente sobre o processo de aprendizagem. Devem
ter a consciência de que, se nada fizerem, estarão não apenas
minimizando suas próprias chances de sucesso, mas também
limitando a capacidade dos seus colegas de obterem o maior
benefício possível do curso.

Extra

Recomendamos o acesso ao site do Ministério da Educação


(MEC) para obter mais informações sobre a modalidade da
Educação a Distância. Disponível em: <http://portal.mec.gov.
br/seed/arquivos/pdf/ReferenciaisdeEAD.pdf>. Acesso em: 04
set. 2014.

102 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
02
Atividade
Qual é a postura que o aluno da EAD deve ter? Aponte alguns
caminhos.

Referências
BRASIL. Decreto n. 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o artigo 80
da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Publicado no Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Brasília, DF, 19 dez. 2005. Disponível em: <www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm>. Acesso em: 23 set. 2014.
_____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.
PALLOFF, Rena M. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-
line. Tradução: Vinicius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Resolução da atividade

Os alunos têm que desenvolver e organizar a aprendizagem


de forma independente e assumir para si muitas responsabili-
dades que antes eram dos professores. Os alunos precisam ser
ativos para executar suas tarefas e também para interpretar e
refletir criticamente sobre o processo de aprendizagem.

FORMAÇÃO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
03
REGULAMENTAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
Nos dias atuais, o sistema educacional brasileiro nos faz re-
pensar sobre alguns aspectos importantes com relação à educa-
ção, tais como: didática, avaliação, planejamento, metodolo-
gias, entre outros. Com o avanço das tecnologias de informação
e comunicação, essas questões provocaram mudanças significa-
tivas com relação à modalidade da Educação a Distância (EAD).
Sabe-se que a proposta é significativa, interativa e consciente,
com relação ao fazer educação de forma efetiva, em que se
dará oportunidade à sociedade para um espaço de formação
com uma educação para todos. Para isso é necessária uma regu-
lamentação e certificação amparadas pelo aspecto legal.
[...] os cursos a distância que conferem certifi-
cado ou diploma de conclusão do ensino funda-
mental para jovens e adultos, do ensino médio,
da educação profissional e de graduação serão
oferecidos por instituições públicas ou privadas
especificamente credenciadas para esse fim [...].
(BRASIL. Decreto 2.494/98, Art. 2.º)

Para oferta de cursos a distância dirigidos à Educação


Fundamental de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação
Profissional de Nível Técnico, o Decreto 2.494/98 – posterior-
mente alterado pelo Decreto 2.561/98 – delegou competência
às autoridades integrantes dos sistemas de ensino, de que trata
o artigo 8.º da, LDB 9.394/96, para promover os atos de creden-
ciamento de instituições localizadas no âmbito de suas respec-
tivas atribuições.

104 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
03
Com relação ao Ensino Superior (graduação) e Educação
Profissional em Nível Tecnológico, a instituição interessada
deve credenciar-se junto ao Ministério da Educação (MEC), so-
licitando a autorização de funcionamento para cada curso que
pretenda oferecer.
A instituição de ensino, após análise da Secretaria de Educação
Superior (SESu), terá o seu processo aprovado e então terá o cre-
denciamento oficial. Os trâmites legais são iguais aos do Ensino
Superior na modalidade presencial. O que realmente faz a diferen-
ça é a qualidade do projeto pedagógico da instituição.
Já o artigo 5.º da Lei 5.622/2005 reafirma expressamen-
te que os certificados expedidos por instituições credencia-
das terão validade nacional, sendo idêntico ao que ocorre nos
programas presenciais. É importante saber que o Ministério da
Educação, especialmente por meio da Secretaria de Educação a
Distância e da Secretaria de Educação Superior, vem adotando
uma postura de maior abertura para diálogos, o que é real-
mente importante para melhoria da qualidade da educação em
todos os âmbitos nacionais.

Extras
Recomendamos o acesso ao Portal do MEC, que demonstra
toda a legislação referente à EAD. Disponível em: <http://por-
tal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/ReferenciaisdeEAD.pdf>.
Acesso em: 04 set. 2014.
Indicamos também o vídeo que retrata alguns aspectos da
modalidade da Educação a Distância. Disponível em: <www.you-
tube.com/watch?feature=player_detailpage&v=bxK9KtF4Dvk.
Acesso em: 02 set. 2014.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
03
Atividade
Você acha que os brasileiros estão preparados para a mo-
dalidade de ensino Educação a Distância? Reflita com um colega
e faça uma análise crítica.

Referências
BRASIL. Decreto n. 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o artigo 80
da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Publicado no Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Brasília, DF, 19 dez. 2005. Disponível em: <www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm>. Acesso em: 23 set. 2014.
______. Decreto n. 2.561/98, de 27 de abril de 1998. Altera a redação
dos artigos 11 e 12 do Decreto n. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que
regulamenta o disposto no artigo 80 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro
de 1996. Publicado no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 27 abr. 1998. Disponível em: <www.cmconsultoria.com.br/
legislacao/decretos/1998/dec_1998_2561.pdf.>. Acesso em: 23 set. 2014.
_____. Decreto n. 2.494/98, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o artigo 80
da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Publicado no Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 10 fev. 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/
arquivos/pdf/tvescola/leis/D2494.pdf>. Acesso em: 23 set. 2014.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro
de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841.

Resolução da atividade
Resposta livre.
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Pedro Biondi/ABr
Aula 09

EDUCAÇÃO NO CAMPO
E EDUCAÇÃO INDÍGENA
Objetivos:

Analisar e refletir sobre as necessárias


intervenções e superações quanto à
Educação no Campo e à Educação
Indígena no contexto educacional.

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EDUCAÇÃO NO CAMPO E Par te
EDUCAÇÃO INDÍGENA 01
EDUCAÇÃO NO CAMPO
A Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9.394/96, em seu arti-
go 28, responsabiliza os sistemas de ensino pela adequação da
Educação Básica às diversas regiões das áreas rurais, de modo
a propiciar condições para o pleno atendimento aos reais in-
teresses e necessidades da população rural. A educação deve
fornecer adequações necessárias às peculiaridades da popula-
ção e dos seus modos de vida. Deverá contar com calendários
específicos à realidade local e também precisará considerar o
clima de cada região. A ação pedagógica necessitará de conte-
údos curriculares e metodologias apropriadas de acordo com a
natureza do trabalho na zona rural.
Entende-se, portanto, que construir uma escola pública, de-
mocrática e de qualidade no campo significa buscar uma coerên-
cia em seu projeto político-pedagógico. Deve-se ter cuidado com
o que se ensina e o que se aprende, com a realidade, as necessi-
dades dos diferentes sujeitos e as expectativas que se encontram
naqueles que ainda não tiveram acesso à educação escolar. Tudo
isso significa, ainda, debater, analisar e compreender os desafios
ligados a essa realidade. O campo é o lugar de vida destas pes-
soas, que precisam estudar com dignidade e que possuem uma
identidade cultural para preservar. Segundo Fernandes
[...] As áreas rurais não são lugares que só se pro-
duzem com a agropecuária ou caracterizadas pelo
latifúndio, mas é também um espaço e território
de camponeses e de quilombolas. Por tudo isso, o
campo é lugar de vida e, sobretudo, de educação
(FERNANDES, 2004).

FORMAÇÃO
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Pa r te EDUCAÇÃO NO CAMPO E
01 EDUCAÇÃO INDÍGENA

Nesse contexto, precisamos reconhecer esses sujeitos, sua


vida e afazeres, e também compreender os envolvidos no pro-
cesso de ensino-aprendizagem: os professores e os educandos.
A educação é muito importante porque é por meio dela que po-
demos projetar o futuro sem perder a dimensão da totalidade
em que os agentes envolvidos estão se constituindo.

Extra

Recomendamos o acesso ao vídeo que traz algumas refle-


xões sobre o processo educacional nas áreas rurais. Disponível
em: <www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Y7-
ksByde5w>. Acesso em: 03 set. 2014.

Atividade
Faça uma análise reflexiva sobre a seguinte afirmação:
educação no campo é direito e não esmola.

Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.
27833-27841.
FERNANDES, Bernardo Miguel.; CERIOLI, Paulo Ricardo; CALDART, Roseli
Salete. Primeira Conferência Nacional “Por uma Educação Básica do Campo”.
In: ARROYO, Miguel Gonzalez.; MOLINA, Mônica Castagna. (Orgs.). Por uma
Educação do Campo. Petrópolis: Vozes, 2004.
Resolução da atividade
Resposta livre.

110 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO INDÍGENA 02
EDUCAÇÃO INDÍGENA
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9394/96,
em seu artigo 78, a Educação Básica para a população indígena
tem um tratamento específico. Determina que a União, com a
colaboração das agências federais de fomento à cultura e de as-
sistência aos índios, desenvolverá programas integrados de en-
sino e pesquisa. Esse atendimento contempla duas dimensões:
a recuperação das memórias históricas e a garantia de acesso às
informações e conhecimentos da sociedade nacional, indígenas
e não indígenas. Desse modo, sem deixar de cumprir com as
normas gerais da Educação Básica regular, a Educação Indígena
volta-se à realidade das diversas comunidades das populações
indígenas de acordo com suas culturas.
Historicamente os povos indígenas foram muito massa-
crados e marginalizados pela maioria do povo branco e, com
isso, foram perdendo sua identidade cultural e sua história. No
Brasil, a Educação Indígena nos tempos de colonização esteve
correlacionada às catequeses. Nelas se ensinava a língua por-
tuguesa, pois eram ministradas por professores brancos. Com
isso, algumas tribos passaram a viver mais como brancos do que
como índios, deslumbradas pelas maravilhas do mundo fora da
aldeia.
Atualmente a Educação Indígena deve ser caracterizada
pelos processos de aprendizagem relacionados aos saberes e
costumes característicos de cada etnia.

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Pa r te EDUCAÇÃO NO CAMPO E
02 EDUCAÇÃO INDÍGENA

Estes conhecimentos são ensinados de forma oral


no dia a dia, nos rituais e nos mitos. Entretanto,
várias etnias indígenas têm buscado a educação
escolar como um instrumento de redução da desi-
gualdade, de firmação de direitos e conquistas e
de promoção do diálogo intercultural entre dife-
rentes agentes sociais. (GONÇALVES; MELLO, 2009)

Nesse aspecto, segundo Prado (2000, p. 94-97), a educa-


ção indígena tem como objetivo manter os costumes desses
povos e ensinar a sua língua junto às demais disciplinas. O
currículo deve ser diferenciado para atender às necessidades
e aos interesses da própria comunidade. Para tal, é subdivi-
do em seis áreas de estudos (Línguas, Matemática, História,
Geografia, Ciências Naturais, Arte e Educação Física) e seis te-
mas transversais (Autossustentação; Ética Indígena; Pluralidade
Cultural; Direitos, Lutas e Movimentos; Terra e Preservação da
Biodiversidade e Educação Preventiva para a Saúde).
Nos últimos 20 anos, a Educação Indígena passou a cami-
nhar sob uma concepção mais democrática, que busca valorizar
a cultura e a identidade indígenas.

Extra

Recomendamos o acesso ao vídeo que traz algumas reflexões


sobre a Educação Indígena. Disponível em: <www.youtube.com/
watch?feature=player_detailpage&v=V85LA0z9Y0A>. Acesso em:
03 set. 2014.

112 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO INDÍGENA 02
Atividade
Entre as várias modalidades de ensino da Educação Básica,
faça uma pesquisa na região em que você mora sobre a Educação
Indígena para saber se essa modalidade de ensino vem sendo
ofertada e em que condições ocorre essa oferta.

Referências
GONÇALVES, Emily; MELLO, Fernanda. Educação Indígena. Colégio Estadual
Wolf Klabin.

PRADO, Iara Gloria Areias. O MEC e a reorganização curricular. São Paulo em


Perspectiva. v. 14, n. 1, 2000. p. 94–97.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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03 EDUCAÇÃO INDÍGENA

O QUE DIZ A LEI SOBRE


A EDUCAÇÃO INDÍGENA?
Com relação à Educação Indígena a Constituição Federal
de 1988, no seu artigo 210, parágrafo 2.º, afirma que
[...] o ensino fundamental regular será ministrado
em língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas também a utilização de suas línguas ma-
ternas e processos próprios de aprendizagem.

Com isso, segundo a Organização dos Estados Íbero-


-Americanos para Educação, Ciência e Cultura – OEI (2014, p.
116), os índios deixariam de ser considerados grupos em extin-
ção e passariam a ser reconhecidos como grupos étnicos dife-
renciados e com o direito de manter sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições.
O Decreto 26, de 4 de fevereiro de 1991, que dispõe sobre
a Educação Indígena no Brasil, estabelece que o Ministério da
Educação (MEC) passe a exercer a responsabilidade sobre essa
modalidade educacional, que até então era de responsabilidade
da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Esse Decreto também
atribui às Secretarias de Educação dos estados e municípios a
função conjunta ao MEC sobre a educação escolar indígena.
A Portaria Interministerial 559 do Ministério da Educação
(MEC), de 16 de abril de 1991, reforça as disposições da
Constituição Federal de 1988, que trata da garantia de ofer-
ta da educação escolar indígena. Essa educação deverá ser de
qualidade, laica, diferenciada e com o ensino bilíngue. Também

114 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO INDÍGENA 03
deverá ser garantida com a criação de órgãos normativos para
o acompanhamento e desenvolvimento da Educação Indígena;
dos recursos financeiros; da formação de professores capacita-
dos; do reconhecimento das instituições escolares; da garantia
de continuação dos estudos em escolas comuns quando este
não for oferecido nas escolas indígenas; da garantia de acesso
ao material didático; da isonomia salarial entre professores
índios, e não índios; e da determinação da revisão da imagem
do índio, que foi historicamente distorcida.
A Lei de Diretrizes e Bases – LDB trata da oferta do ensino
regular para os povos indígenas e diz o seguinte:
O Sistema de Ensino da União, com a colabora-
ção das agências federais de fomento à cultura e
de assistência aos índios, desenvolverá programas
integrados de ensino e pesquisa, para oferta de
educação escolar bilíngue e intercultural aos po-
vos indígenas, com os seguintes objetivos:

I – proporcionar aos índios, suas comunidades e


povos, a recuperação de suas memórias históricas;
a reafirmação de suas identidades étnicas; a valo-
rização de suas línguas e ciências;

I – garantir aos índios, suas comunidades e povos,


o acesso às informações, conhecimentos técnicos
e científicos da sociedade nacional e demais so-
ciedades indígenas e não índias.

A União apoiará técnica e financeiramente os sis-


temas de ensino no provimento da educação inter-
cultural às comunidades indígenas, desenvolvendo
programas integrados de ensino e pesquisa.

§1º Os programas serão planejados com audiência


das comunidades indígenas.
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03 EDUCAÇÃO INDÍGENA

§2º Os programas a que se refere este artigo, in-


cluídos no Plano Nacional da Educação, terão o
seguintes objetivos:

I – fortalecer as práticas socioculturais e a língua


materna de cada comunidade indígena;

I – manter os programas de formação de pessoal


especializado, destinado à educação escolar nas
comunidades indígenas;

I – desenvolver currículos e programas específicos,


neles incluindo os conteúdos culturais correspon-
dentes às respectivas comunidades;

IV – elaborar e publicar sistematicamente mate-


rial didático específico e diferenciado. (BRASIL,
Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, artigos 78
e 79.)

O Plano Nacional da Educação trata da Educação Indígena


como modalidade de ensino, fazendo primeiramente um diag-
nóstico do histórico da educação indígena. Propõe uma escola
diferenciada e de qualidade, atribuindo o papel da docência
preferencialmente aos docentes índios e prevê uma formação
adequada a esses professores. A política da Educação Indígena
terá que cumprir os seguintes objetivos: disponibilizar, em 10
anos, o Ensino Fundamental Indígena; ampliar gradativamente
a oferta do Ensino escolar indígena de 5.º a 9.º anos, seja nas
escolas indígenas ou pela integralização dos alunos índios às
escolas comuns; fortalecer o ensino escolar indígena no país;
criar a categoria “Educação Indígena” para garantir os direitos
à educação diferenciada nessa categoria; e assegurar autono-
mia às escolas indígenas.

116 FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE


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EDUCAÇÃO NO CAMPO E Par te
EDUCAÇÃO INDÍGENA 03
O decreto da Lei 11.645, de 10 de março de 2008, veio mo-
dificar a Lei 10.639, que incluía a temática “História e Cultura
Afrobrasileira” nos currículos escolares, e instituiu a inclusão
obrigatória da história e cultura indígenas no currículo nacio-
nal, juntamente com a história e cultura afro-brasileiras.

Extras

Recomendamos o vídeo que trata do encontro da diversidade


afro na escola indígena Pataxó Aldeia Velha. Disponível em: <www.
youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=C9GYMwQN6ps>.
Acesso em: 03 set. 2014.
Para saber mais informações sobre a legislação da Educação
Indígena, acesse o vídeo disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=cWUZCJQZlRw>. Acesso em: 04 set. 2014.

Atividade
Qual é a importância da legislação para a Educação
Indígena?

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03 EDUCAÇÃO INDÍGENA

Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20
de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
Seção 1, p. 27833-27841.

______. Decreto n. 26, de 04 de fevereiro de 1991. Dispõe sobre a Educação


Indígena no Brasil. Publicado no Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Brasília, DF, 04 fev. 1991. Disponível em: <www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/1990-1994/D0026.htm>. Acesso em: 23 set. 2014.

______. Portaria Interministerial do Ministério da Educação (MEC) n. 559


de 16 de março de 1991. Sobre a Educação para as Populações Indígenas.
Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 16 mar. 1991. Disponível em: <www.indigena.mppr.mp.br/modules/
conteudo/conteudo.php?conteudo=40>. Acesso em: 23 set. 2014.

______. Decreto da lei n. 1.645 de 10 de março de 2008. Altera a Lei n. 9.394,


de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei n. 10.639, de 9 de janeiro
de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Publicada no Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 mar. 2008. Disponível
em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>.
Acesso em: 23 set. 2014.

______. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

OEI. Ministério da Educação do Brasil. Educação Escolar Indígena. Disponível


em: <www.oei.es/quipu/brasil/educ_indigena.pdf>. Acesso em: 03 set. 2014.

Resolução da atividade

Estabelecer as normas do ensino da Educação Índígena na


prática e quais os órgãos responsáveis por essa modalidade de
ensino.

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Aula 10

PANORAMA DA
DIVERSIDADE DA
EDUCAÇÃO NO BRASIL
Objetivos:

Analisar e refletir sobre


as políticas públicas para uma educação
de qualidade e sobre como o profissional
da Educação pode contribuir de forma
significativa para isso.

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PANORAMA DA DIVERSIDADE Par te
DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 01
AÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA
A UNIVERSALIZAÇÃO DE ACESSO À
EDUCAÇÃO
A concepção de educação vai muito além do espaço físico
onde ela pode ocorrer, pois é um processo contínuo de formação
e desenvolvimento do cidadão ao longo de sua vida. Portanto, é
uma prática social que se constitui nas suas relações.
Como prática social, é na escola que se desenvolvem ati-
vidades no sentido de garantir a educação para todos já que
ela é um direito social e deve ser universalizada. É necessária
a ampliação da jornada escolar e a garantia de permanência
das crianças, jovens e adultos em todas as etapas da Educação
Básica, superando todas as desigualdades com respeito à diver-
sidade cultural.
Nos últimos anos, houve um grande avanço quanto aos ín-
dices de matrículas no Ensino Fundamental, mas ainda é um
grande desafio para a educação cumprir com os compromis-
sos firmados na Constituição de 1988, que são: a permanência
desse indivíduo na escola, a erradicação do analfabetismo, a
melhoria da qualidade do ensino e a formação para o trabalho.
No âmbito das ações e políticas públicas para a universa-
lização da educação, os sistemas de ensino precisam desenvol-
ver algumas ações importantes, como:
1. construir instrumentos eficazes para identificar e ca-
racterizar sua população escolar, identificar aqueles
que ainda não tiveram acesso à escola e desenvolver
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01 DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

um planejamento educacional capaz de atender essa


população;
2. realizar um levantamento de dados sobre a estrutura
e condições de funcionamento da rede escolar, mape-
ando todos os recursos existentes e a natureza de seu
atendimento;
3. ter conhecimento sobre a situação funcional dos pro-
fissionais da Educação, sua formação acadêmica,
quais são as suas concepções de ensino-aprendizagem
e como trabalham com os alunos com necessidades
especiais.
Todas essas informações servirão de base para que os sis-
temas de ensino se organizem com propostas de intervenção
ligadas diretamente ao processo de ensino-aprendizagem, com
metodologias adequadas, currículos adaptados e materiais
e equipamentos específicos para garantir uma educação de
qualidade.

Extra

Recomendamos acessar o vídeo que traz algumas relfexões


sobre a educação no Brasil. Disponível em: <http://redeglobo.
globo.com/globoeducacao/videos/t/extras/v/globo-educacao-
realiza-seminario-sobre-mitos-e-fatos-da-educacao-brasileiras/
3025079/>. Acesso em: 03 set. 2014.

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PANORAMA DA DIVERSIDADE Par te
DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 01
Atividade
A educação no Brasil ensina para a vida?

Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

______. Ministério da Educação. Conferência Nacional de Educação Básica.


Documento Final. Brasília: MEC, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/arquivos/pdf/conferencia_seb.pdf>. Acesso em: 23 set. 2014.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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A CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DE INCENTIVO


À EDUCAÇÃO
Na sociedade atual, capitalista e globalizada, cabe à edu-
cação a tarefa de preparar o homem para se adequar à realida-
de. Com estas mudanças e para cumprir com sua função social,
é necessário que a educação assuma não só a responsabilidade
pelo desenvolvimento cognitivo, mas também pelo desenvolvi-
mento da personalidade do cidadão, a sua socialização, os seus
valores e as normas culturais.
Com isso, é preciso trabalhar alguns aspectos fundamen-
tais para contribuir e incentivar o processo educativo:
• usar de modo eficiente o tempo em sala de aula;
• universalizar o acesso à educação;
• garantir escolas com infraestrutura adequada;
• trocar informações dentro da rede de ensino;
• garantir o aprendizado das crianças que vão à escola;
• construir mais escolas em tempo integral;
• priorizar o aprendizado em todo o sistema;
• estimular o acompanhamento dos pais na vida escolar
dos seus filhos;
• organizar uma gestão escolar focada em resultados;
• mensurar resultados para o estabelecimento de um
planejamento.
Contamos também com o Plano Nacional da Educação, que
tem 20 metas para as políticas de educação na próxima década.
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DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 02
As principais metas são:

Educação Infantil
• Ter 100% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas na
pré-escola até 2016 e 50% das crianças com até 3 anos
matriculadas em creches nos próximos 10 anos.
Ensino Fundamental
• Fazer com que todas as crianças de 6 a 14 anos este-
jam matriculadas no Ensino Fundamental de 9 anos e
garantir que, em um prazo de 10 anos, pelo menos 95%
delas concluam o Fundamental na idade recomendada.
• Alfabetizar todas as crianças até o fim do 3.º ano do
Ensino Fundamental.
Ensino Médio
• Atendimento escolar para 100% dos adolescentes de
15 a 17 anos até 2016 e elevar, em até 10 anos, a
taxa líquida de matrículas dessa faixa etária no Ensino
Médio para 85%.
• Em até 10 anos, triplicar o número de matrículas na
Educação Profissional técnica de nível médio, garan-
tindo a qualidade; no mesmo período, aumentar em
pelo menos 50% a oferta de matrículas no segmento
público de Educação Profissional.
Ensino Superior
• Elevar a taxa bruta de matrícula da Educação Superior
para 50% da população entre 18 a 24 anos, assegu-
rando a qualidade, e expandir as matrículas no setor
público em pelo menos 40%.
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• Garantir que pelo menos 75% dos professores da


Educação Superior sejam mestres e 35%, doutores.
• Ampliar as matrículas na pós-graduação stricto sensu
para atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25
mil doutores.
Educação de Jovens e Adultos
• Aumentar a escolaridade média da população de 18 a
29 anos, alcançando, em até 10 anos, a média de 12
anos de estudo para as populações do campo e dos 25%
mais pobres; além disso, igualar a escolaridade média
entre negros e não negros.
• Reduzir para 6,5% a taxa de analfabetismo da popula-
ção com mais de 15 anos até 2015 e erradicá-la em até
10 anos; no mesmo período, reduzir a taxa de analfa-
betismo funcional pela metade.
• Garantir que pelo menos 25% das matrículas da
Educação de Jovens e Adultos (EJA) sejam integradas
à Educação Profissional.
Qualidade e inclusão
• Oferecer educação em tempo integral para pelo me-
nos 25% dos alunos do Ensino Básico em pelo menos
50% das escolas públicas.
• Fomentar a qualidade da educação, com melhoria do
fluxo escolar e da aprendizagem, para atingir, em 2021,
o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
de 6,0 nos anos iniciais do Ensino Fundamental, de
5,5 nos anos finais do Ensino Fundamental e de 5,2 no
Ensino Médio.

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DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 02
• Garantir que todas as crianças e adolescentes de 4 a
17 anos com necessidades especiais tenham acesso à
Educação Básica com atendimento educacional espe-
cializado, preferencialmente na rede regular de ensino.
Professores
• Criar, em até um ano, uma política nacional de forma-
ção de professores para assegurar que todos os docen-
tes da Educação Básica possuam curso de licenciatura
de nível superior na área de conhecimento em que
atuam.
• Formar, em até 10 anos, 50% dos professores da
Educação Básica em nível de pós-graduação e garantir
que 100% dos professores tenham curso de formação
continuada.
• Equiparar, em até seis anos, os salários dos professores
das redes públicas de Educação Básica ao dos demais
profissionais com escolaridade equivalente.
• Criar, em até dois anos, planos de carreira para os
professores dos ensinos Básico e Superior das redes
públicas, tomando como base o piso salarial nacional.
Investimento
• Em até dois anos, dar condições para a efetivação da ges-
tão democrática da educação, com critérios de mérito e
desempenho e consulta pública à comunidade escolar.
• Atingir, em até 10 anos, o investimento do equivalen-
te a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação
pública.

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02 DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Precisamos, portanto, de políticas públicas que priorizem


a educação, porque muitas das medidas necessárias para que
o Brasil avance no desenvolvimento de uma sociedade jus-
ta e igualitária estão diretamente ligadas a uma educação de
qualidade.

Extra

Recomendamos acessar o vídeo a seguir, que traz al-


gumas reflexões sobre a importância da educação.
Disponível em: <www.youtube.com/watch?feature=player_
embedded&v=MvOlJkce8n4>. Acesso em: 03 set. 2014.

Atividade
Qual a importância da educação em sua vida?

Referência
BRASIL. Lei n. 13.005/14, de 25 de junho 2014. Estabelece o Plano Nacional
de Educação. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 jun. 2014.

Resolução da atividade

Resposta livre.

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DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 03
O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO COMO
AGENTE DE MUDANÇAS
Estão ocorrendo grandes mudanças no mundo, sobretudo
em alguns setores que utilizam a atividade humana e conse-
quentemente relacionam-se com a educação. Nesse sentido,
a educação precisa ser repensada, com uma visão mais pros-
pectiva e contextualizada, que direta ou indiretamente reper-
cute no desempenho de sua função social. As reflexões sobre
o sistema educacional brasileiro exigem hoje novas posturas,
com horizontes mais largos e uma melhor compreensão do ser
humano e das suas necessidades diante dessa nova realidade.
Para que a escola cumpra com qualidade o seu papel, é im-
prescindível a capacitação continuada e permanente dos profis-
sionais da Educação. Os educadores deverão estar comprometidos
com a qualidade da educação e proporcionar o desenvolvimento
pleno das potencialidades do cidadão. Com isso, exige-se dos do-
centes um rol de competências. É necessário que esse profissional
seja eficiente e eficaz, agente de mudança, educador, reflexivo,
investigador, pesquisador, intelectual, crítico e transformador.
As mudanças na economia mundial provocam alterações di-
retas no campo educativo, sendo necessário que o profissional
atualize-se continuamente para melhorar suas capacidades de
atuações e contribuir para uma educação de qualidade. É preci-
so, portanto, que as políticas educacionais federais, estaduais e
municipais, incentivem todos os envolvidos no processo de forma
que contribuam para reverter o quadro que atualmente conhece-
mos e com o qual nos preocupamos.
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03 DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

A prática docente acontece no coletivo, é concreta e refle-


xiva, uma vez que sofre diversas influências do meio. A partir
desse entendimento, o pensamento é um esforço consciente e
voluntário que leva à ação, à pesquisa e à descoberta. É nessa
prática que o professor consolida e revê suas ações, encontra
novos caminhos e descobre novos conhecimentos. Portanto, é
uma ideia sobre a ação educacional que está ligada à busca de
autonomia, que é a capacidade de se autogovernar, relacionada
à independência.
Assim, a consciência do fazer pedagógico dos docentes é
uma prática reflexiva. Esses profissionais devem saber e acredi-
tar na sua importância e conduzir o seu trabalho para desenvol-
ver a autonomia. Esse processo leva à conscientização do que
é ser professor e aluno, dando sentido à profissão do professor
como agente de mudanças para a educação.
Extra

Recomedamos assistir ao filme Escritores da Liberdade, de


Richard LaGravenese. Paramount Pictures, 2007.

Atividade
Educar é preparar para a vida. De que forma você, profes-
sor, pode contribuir para uma educação de qualidade?

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DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 03

Referência
PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Orgs.). Professor Reflexivo no
Brasil: gênese e crítica de um conceito. Editora Cortez: São Paulo, 2002.

Resolução da atividade

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Tania Mara Fantinato

Fundação Biblioteca Nacional


ISBN 978-85-387-4259-3
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