Quando se fala em inclusão na área educativa, normalmente a associamos à crianças com
transtornos de aprendizagem ou deficiências físicas. Porém, acabamos nos esquecendo dos
alunos superdotados, que também sofrem dificuldades no processo de adaptação, integração e interação no ambiente escolar. Através deste trabalho, visamos compreender além de propor métodos de incentivo a esses alunos para que venham a desenvolver suas habilidades. Muito diferente do que se pensa, os superdotados não são uma espécie de “gênios mirins”, os gênios são reconhecidos como alguém que doa uma contribuição original capaz de beneficiar uma sociedade, já os superdotados são pessoas que possuem altas habilidades a serem desenvolvidas. Em outras palavras: são crianças que não nascem sabendo, e sim que nascem com criatividade e inteligência acima da média, possuindo maiores facilidades de aprendizagem dentro de uma ou mais áreas do conhecimento. As Altas Habilidades, devem ser vistas como um conjunto de comportamentos a serem desenvolvidos. Segundo o Psicólogo da Educação Joseph Renzulli o comportamento resulta de um conjunto de traços : 1 – Habilidades acima da média: que são formadas por pensamento abstrato, capacidade de memorização ou execução rápida de uma determinada tarefa. 2 – Criatividade : Composta por pensamento original, fluente e flexível a abertura a novas experiências. 3 – Comprometimento com a tarefa : Tendo a perseverança, dedicação, confiança e fascínio com algum assunto em especial como características. Somente com estas três características trabalhando juntas é que é possível observar e diagnosticar o comportamento de altas habilidades. Não existe um conjunto de testes que sejam capazes de comprovar as Altas habilidades de uma criança, sendo a observação de seu comportamento junto com a coleta de dados de dados sobre sua personalidade através dos pais e familiares a forma mais válida de identificar o aluno superdotado. Segundo pesquisas, a Organização Mundial de Saúde prevê que 3 a 5 % da população do planeta possui Altas Habilidades. Essa mesma estimativa aplicada ao número de estudantes Brasileiros aponta que teríamos cerca de 2.575.000 (dois milhões, quinhentos e setenta e cinco mil) alunos superdotados nas escolas, quando na verdade sobre o total de 51.500.000 ( cinquenta e um milhões e meio) de estudantes, temos apenas 9.333 (nove mil, trezentos e trinta e três) alunos superdotados matriculados nas escolas. Podemos dizer que esse problema é devido ao fato das escolas não serem ativas na descoberta nem no atendimento a esses alunos, pois enquanto a escola não tornar a identificação destes alunos uma prioridade, não serão identificados alunos superdotados. Porém, nem sempre alunos com altas habilidades são os que tiram as melhores notas, pois devido ao currículo, método de ensino ou até mesmo a falta de incentivo e de reconhecimento de habilidades podem a fazer com que os alunos venham a apresentar um rendimento abaixo do potencial ou até mesmo desinteresse pela aprendizagem. A questão é, como trabalhar no desenvolvimento das potencialidades de alunos se em muitos casos elas não estão dentro do currículo acadêmico ? Segundo a alteração na lei que estabelece as diretrizes e bases da Educação, prevê a criação de um cadastro dos alunos superdotados, na intenção de fomentar a execução de políticas públicas no desenvolvimento pleno do potencial dos mesmos. Identificado, o aluno superdotado deve receber atendimento suplementar com estímulos adaptativos aos diferentes estilos de aprendizado onde toda atividade deva partir do interesse do aluno e o professor só atue como mediador neste processo. Concluindo, fica evidente que cabe ao profissional em educação auxiliar tanto no processo de aprender o que se gosta quando no de gostar o que se aprende, pois ambas partes dependem da sua forma de mediar o conhecimento aos alunos, seja ele aprendendo com maior facilidade ou não.
Especificamente em relação às AH/SD, ainda é comum em práticas institucionais observar – se
o mito de que os indivíduos que as possuem não apresentam dificuldades Educativas, emocionais, comportamentais ou especiais, mesmo estando inclusas pela Lei Brasileira como uma condição que necessita de atendimento Educacional especializado. Casos como esses, são chamados de “dupla excepcionalidade”, que é definida cini a presença de alto desempenho
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)