[1] O caso trata de um jovem condenado por furto de uma fita de videogame no valor de R$25,00. [2] O STF analisou se o princípio da insignificância se aplicava ao caso e, por unanimidade, deferiu o pedido de HC invalidando a condenação, levando em conta o baixo valor furtado e a mínima ofensividade da ação.
[1] O caso trata de um jovem condenado por furto de uma fita de videogame no valor de R$25,00. [2] O STF analisou se o princípio da insignificância se aplicava ao caso e, por unanimidade, deferiu o pedido de HC invalidando a condenação, levando em conta o baixo valor furtado e a mínima ofensividade da ação.
[1] O caso trata de um jovem condenado por furto de uma fita de videogame no valor de R$25,00. [2] O STF analisou se o princípio da insignificância se aplicava ao caso e, por unanimidade, deferiu o pedido de HC invalidando a condenação, levando em conta o baixo valor furtado e a mínima ofensividade da ação.
412 – Penal I Aluno: Daniel Barbosa da Costa Vicente da Silva
Matrícula: 2017.2.361.055
1. Identificação Decisão prolatada pelo Supremo Tribunal federal em Segunda
do caso Turma;
Relator: Sr. Ministro Celso de Mello;
A decisão foi unânime;
Votos Majoritários: Sr. Ministro Celso de Mello, Ministro
Carlos Velloso, Ministra Ellen Gracie, Ministro Gilmar Mendes e Ministro Joaquim Barbosa;
Resultado da Votação: 5 x 0
A data do julgamento: 19/10/2004.
2. Relato da Um jovem de 19 anos, desempregado, foi condenado nas situação Instâncias inferiores por furto de uma fita de videogame cujo processual valor era R$25,00 e no STJ teve o HC denegado.
O entendimento deste levou em consideração a distinção entre o
valor ínfimo (ao qual se aplicaria o princípio da insignificância) e o de pequeno valor, sendo este o caso e se enquadrando de fato no art. 155, portanto mantendo a condenação.
O Recorrente impetrou recurso do HC junto ao STF.
3. Pretensão das Recorrente: Luiz Manoel Gomes Junior partes Paciente: Bill Cleiton Cristóvão;
Coator: Superior Tribunal de justiça
Dada a situação financeira do réu, o valor do bem e a lesividade
da ação, o REQUERENTE requer o provimento do habeas corpus invocando aqui o princípio da bagatela, visando a descaracterização material da tipicidade penal. Faz menção também ao princípio da insignificância, segundo o qual o direito penal, traduz que para haver crime deve haver uma relevante lesão ao bem jurídico tutelado. O que não se aplicaria nesse caso, tendo sido uma ofensa mínima e que a testemunha teria inclusive tentado tirar a queixa, mas não pode impedir o processo ante a indisponibilidade da ação penal.
O MPF, em parecer da lavra ilustre Subprocuradora-Geral da
República, opinou pela denegação da ordem de Habeas Corpus, por entender inaplicável, à espécie, o princípio da insignificância 4. Classificação Está em debate a aplicação do art. 155 do Código Penal atual. das normas 5. Questões O voto do Ministro Relator inicia pela análise do valor do bem jurídicas em subtraído, ressaltando o Princípio da Insignificância e que estes discussão devem ser analisados em conjunto com os postulados da Fragmentariedade e da Intervenção Mínima do Estado em matéria penal.
Considera-se que a questão a ser julgada pelo direito penal deve
ser “muito grave” para que se justifique a restrição da liberdade e outros direitos do indivíduo. Diante da questão apresentada, realiza-se um estudo jurisprudencial de casos onde ocorreram o que foi chamada de “ínfima afetação”, ou seja, a conduta não representou potencial de periculosidade a ser considerada para a manutenção do processo, após comparação entre os mesmos.
O ministro ainda faz um adendo acerca da questão de
entorpecentes, já prevendo o impacto da decisão que formula. Quanto a isso entende que a quantidade da substância ilícita, por menor que seja, “não afeta nem exclui” o comportamento transgressor, sendo aqui inaplicável o princípio da insignificância. 6. Decisão do O tribunal deferiu o pedido de Recurso do habeas corpus por tribunal e sua unanimidade. Após a apreciação do caso, com apoio na motivação jurisprudência e doutrina de modo a definir se cabia ou não o Princípio da Insignificância que foi analisado em conjunto o Princípio da Fragmentariedade e da Intervenção Mínima. Levaram em consideração que o furto, de valor inferior a 10% do salário mínimo à época do julgamento e outros aspectos, tais como, a mínima ofensividade da conduta do agente, a nenhuma periculosidade social da ação, o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Diante de tudo que foi escrito, por unanimidade, extinguiu-se a
ação penal e invalidou-se a condenação em definitivo.