Você está na página 1de 3

A TRAGÉDIA DOS COMUNS – RESPOSTAS

1) Após grande reflexão, entende-se que sim, é possível reverter tal situação.
Um caminho seria a privatização das terras de algum modo, se for de posse do governo
ela pode ser leiloada ou vendida para pessoas privadas e assim os compradores
poderão regularizar o acesso a terra; porém se o governo retiver a posse destas terras, o
mesmo pode controlar o acesso vendendo permissões de ingresso no terreno; e nesse
caso poderiam ser vendidas licenças, cobrar para as pessoas utilizarem dos recursos
naturais de determinada área, como por exemplo, a pesca, no caso de descobrimento de
utilização de forma responsável, poderia oferecer descontos para o uso, desta forma
incentivaria a limitação de aproveitamento dos recursos tornando-os mais restritos.

Outra maneira para se observar se estão sendo respeitadas as normas privadas


impostas pelo Governo, seria a contratação de fiscais para limitar a concessão
indiscriminada de licenças para utilização dos espaços, como por exemplo, as licenças
que já existem como a de caça e acampamento em determinadas áreas, as quais
desgastarão os terrenos se forem exploradas em excesso, além da acumulação de lixo
humano se houverem muitas pessoas nestes lugares o que naturalmente degradará o
local utilizado. Portanto, consideramos que a melhor forma seria um processo de
permissão, no qual cercearia a grande movimentação destes lugares para a sua melhor
preservação.

2) É possível, vez que como o Estado tem competência para instituir tributos ele
o poderá fazer para garantir a proteção dos meios ambientais de uso comum, a fim de
que sejam utilizados de forma restrita e racional sem terminar por condenar
estruturalmente os recursos finitos pela sua superexploração e poluição. Instituindo este
princípio o poluidor deverá arcar com as consequências de seus maus hábitos, vez que
o mesmo utiliza de um bem comum disponível a todos e não pensa na poluição destas
áreas, sendo muito mais barato poluir do que evitá-los.

Infelizmente a contraprestação indenizatória não é satisfatória, visto que em


que pese haver o pagamento da indenização a continuação exacerbada do uso e da
poluição da área não são equivalentes, quanto mais “vaquinhas” mais degradação e
erosão do solo serão compartilhados com todos, pois é mais caro para o poluidor tratar
seus poluentes do que descarregá-los não tratados, destruindo bens comuns como a
água, ar e solo, desta forma o lucro advindo da grande exploração será de uma única
pessoa, mas o prejuízo será compartilhado entre os demais.

3) Sim, a tragédia dos comuns nada mais é do que o esgotamento de um


recurso limitado que poderia sustentar a todos se fosse usado cuidadosamente, mas
esgota-se pela competição, basta imaginar se todo mundo pescasse dentro do que
permite que os peixes se recuperem, poderíamos continuar pescando por gerações, mas
se um grupo pescar mais que o ideal ele ficará com todo lucro e bem pouco do prejuízo,
logo, todos tentam pescar o máximo possível antes dos peixes acabarem, um exemplo
atual seria a poluição sonora externalizada, quando alguém ouve música alta, sem fones
de ouvido no ônibus ou solta rojões, alguns se beneficiam enquanto outros ficam
prejudicados.

Outro exemplo acontece no caso de catástrofes naturais quando a água e a


comida acabam bem antes do problema de distribuição, o que poderia durar semanas ou
meses acaba em dias, pois, a ganância das pessoas os levam a estocar e deixar as
outras sem, a falta de recursos acontece por causa de decisões perfeitamente racionais.

Podemos vislumbrar outro exemplo acontecido no ano passado, qual seja a


greve dos caminhoneiros que resultou em filas gigantescas nos postos de gasolina no
qual as pessoas abasteciam mais do que o necessário estocando combustível em casa,
enquanto outras pessoas tiveram que deixar seu meio de locomoção na garagem por
não conseguirem abastecer e acabaram com o tanque vazio; se as pessoas tivessem
abastecido no limite das suas necessidades outras pessoas poderiam usufruir também
do combustível.

4) Sim, como por exemplo na fata de recursos hídricos quando a administração


institui uma cobrança progressiva de acordo com o consumo de água, isso seria uma
atitude para desestimular o desperdício, vez que quem gastar mais pagará um valor
elevado. Atualmente, os indivíduos apenas se conscientizam quando doem no próprio
bolso.

5) Os recursos devem ser privatizados, quando cada um é dono de uma parte


da terra pode colher o benefício ao mesmo tempo em que fica com o próprio prejuízo e
passa a ter todo incentivo de cuidar da sua parte, ao mesmo tempo quem administra mal
o próprio recurso não prejudica os outros. Além disso, o estacionamento nas vias
públicas também deve ser privatizado, com isso, haveria rotação dos carros e
disponibilidade para as outras pessoas estacionarem por certo período de tempo. Alguns
recursos não devem ser privatizados, como os rios, florestas e mares, vez que esses
bens não deveriam se quer ser explorados de forma invasiva e sim apenas para
subsistência.

6) O dilema para resolver o problema da necessidade x ganância é que para os


bens durarem ou serem bem usados de alguma forma os indivíduos tem que abrir mão
da liberdade de usar o quanto quiserem e passar a pensar coletivamente. Quando todos
entram dentro das mesmas normas e dividem um recurso ele dura mais e quanto mais
igualitária é a divisão mais ele dura entre os participantes. Infelizmente, existem
situações cotidianas em que as pessoas tentam maximizar seus ganhos individuais,
deixando de lado a visão cidadã em prol da coletividade.

Você também pode gostar