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Ambientalismo: Uma Análise Libertária

Tiago Brum

Revisão: Marcelo Werlang de Assis

Introdução

Desde que me tornei libertário, uma das questões que mais intriga aqueles que me questionam é
a questão ambiental. Quando, em alguma conversa, eu ouso falar que o melhor método para preservar o
meio ambiente e a natureza é privatizar, as pessoas costumam reagir mal, ficando histéricas. Ao pesquisar
sobre isso, vemos que o próprio Rothbard já tinha escrito algumas coisas a respeito. Ademais, existe
muito material disponível na internet.
Assim sendo, a minha intenção aqui não é trazer um material novo sobre o assunto, pois ele já
foi vastamente explorado, mas trazer, de forma objetiva, todos os argumentos que eu conheço. Dessa
maneira, todos os argumentos aqui não serão meus, mas de outros autores — a intenção é apenas tentar
trazer um conjunto maior sobre o assunto do ponto de vista libertário.
Não irei, também, retomar as questões da ética da propriedade privada e da apropriação original;
aqui, estarei assumindo que o leitor já sabe dessas questões. Se não possui domínio de tais assuntos, será
difícil entender todos os pontos.
No entanto, como introdução, peço que o leitor tenha isto em mente: a solução para a preservação
da natureza é a privatização! Apenas pela privatização será possível preservar de forma eficiente e
concreta; é só pelo respeito ao direito de propriedade privada que os animais podem ser salvos, tal qual
toda a natureza. É pela propriedade privada que muitos fazem isso de maneira eficaz. Ademais, a solução
para a poluição também será a propriedade privada, assim como o respeito a ela. Sem esse conceito, será
impossível fazer isso de forma adequada.

Os animais

Bom, a primeira coisa a se pensar aqui é que as pessoas só caçam/pescam os animais em locais
públicos por não haver limitações reais para tal — pois, para elas, os animais não são tratados como
propriedade privada de alguém, e então os indivíduos os consomem de forma antieconômica1. Alguns
perguntarão: “Mas o estado não faz leis para proibir isso?”. A resposta é “sim”, porém elas não são
legítimas e tampouco eficientes; além disso, por causa da visão de bem público, não existem, nestes casos,
incentivos para não explorar sem limitações.
Pense nos oceanos: eles são considerados “propriedades” públicas, e assim sendo todos acham
que têm uma parcela do direito a usar aquilo. Pensam eles: “Se eu não pescar os peixes dessa região,
fulano e ciclano irão; portanto, vou pegar o máximo que eu puder!”. Ora, é claro que não há incentivos
para preservar; afinal, sendo pública alguma coisa, as pessoas — mesmo que sem intenção — ignoram a
questão da escassez como algo relevante, pois existe o pensamento de que “tudo é de todos”; elas
acreditam que é direito seu pescar ali; dessa forma, não é do interesse de qualquer pescador preocupar-
se com a perpetuação da desova dos peixes, por exemplo. Pelo contrário: é do seu interesse pescar o
máximo de peixes que puder durante a temporada2. As pessoas sabem que alguém irá pescar os peixes,

1 Chase Rachels, Ordem Espontânea — Sem o Estado Quem Vai Cuidar do Meio Ambiente? Piratas GoldenRoger:
<https://piratasdogoldroger.com/wp-content/uploads/2019/06/SEM-O-ESTADO-QUEM-VAI-CUIDAR-DO-MEIO-
AMBIENTE-pdf.pdf> Conferir a página 42.
2 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 298.
assim tentam aproveitar ao máximo, sem pensar no futuro, adotando elevada preferência temporal.
Portanto, ninguém pensa em preservar, pois se sabe que na prática é a lei do mais forte que impera no
território “público”. Somado a isso, as pessoas lidam com os animais como sendo sem dono, o que faz
com que consumam sem pensar; podemos analisar o caso das vacas: ninguém ataca uma vaca e a consome
sem antes pensar na possibilidade de ela pertencer a alguém e nas consequências de fazer isso. Quando
se tem a perspectiva de que há um dono, a situação muda totalmente.
Além disso, podem entrar e sair praticamente sem limitações, ao contrário de quando existe uma
propriedade privada, pois o dono irá controlar a entrada das pessoas e irá limitar o uso do local da forma
mais eficiente possível. “Mas com o estado também temos isso”, vão dizer; porém ignoram que o estado
não possui incentivos para cuidar do local, pois se houver prejuízos o estado simplesmente passará os
valores para os súditos; e, somada a isso a visão de bem público, de não ser seu, a situação faz qualquer
indivíduo lidar de maneira a aproveitar o que puder sem se importar com a conservação. Não há razões
nem condições para o estado cuidar de todo um território de maneira eficiente, até mesmo porque ele
próprio não permite que se lucre com todos os animais; assim, o estado não ganha nada com isso — o
que ele ganha, muitas vezes, resume-se às leis positivadas que tipificam o contrabando, as quais criam um
incentivo ruim para os agentes estatais atuarem.
Se o mar ou uma floresta sofrer divisão em propriedades privadas, a segurança será mais eficiente,
afinal haverá vários núcleos defendendo partes diferentes e de maneiras diferentes, garantindo uma
eficiência maior. O estado será apenas um órgão “querendo” defender uma grande região, com
relativamente poucos funcionários, com uma mesma técnica e com zero incentivos para alcançar uma
eficiência positiva. Assim, o estado não tem incentivos para operar de forma eficiente (de maneira que
seja produtivo)3 e, ao mesmo tempo, proíbe o lucro que surgiria com a criação de muitos animais de
forma privada (o que traria os incentivos necessários para uma criação adequada e eficiente); Block
estabelece isso ao falar do mercado de chifres de rinocerontes, por exemplo, pois fica claro que bastaria
a venda ser permitida — como o seria no libertarianismo — para que reservas fossem criadas aos montes4.
Neste momento alguém deve estar se perguntando: “Mas os proprietários não podem querer
destruir tudo?”. Sim, podem, mas vão querer preservar. Com o estado, nós temos apenas uma realidade,
fruto do pensamento de que oceanos e florestas são bens públicos, o que gera uma mentalidade de não
preservar (devido às limitações impostas ao lucro pelo estado). As leis estatais não são eficientes e, na
prática, não impedem ninguém, pois os seus agentes, na sua maioria, são corruptos e ineficientes. O que
se verificaria numa realidade libertária seriam grupos com diferentes ideias agindo em várias regiões — e
não uma única vertente fingindo que defende algo. Veja bem, muitas pessoas poderiam se apropriar de
um local e simplesmente preservá-lo como reserva, sem permitir a entrada de ninguém. Muitos outros
preservariam por questões de lucro — sim, lucro! Reservas de caça e turismo, zoológicos e parques
exóticos são locais muito eficientes para a preservação por gerarem lucro aos donos. Dessa forma,
havendo a visão de que a preservação é o meio mais lucrativo, isso será feito5; e, é claro, muitos verão
isso acontecer.
Como exemplo, temos locais como a Reserva Selvagem Thornybush, na África do Sul, que
preserva muitos animais que só existem ali6; temos as reservas do Zimbábue e de Botsuana de preservação

3 Ibidem, p. 28.
4 Douglas French, Propriedade Privada Significa Preservação. Instituto Rothbard Brasil:
<https://rothbardbrasil.com/propriedade-privada-significa-preservacao/>
5 Chase Rachels, Ordem Espontânea — Sem o Estado Quem Vai Cuidar do Meio Ambiente? Piratas GoldenRoger:

<https://piratasdogoldroger.com/wp-content/uploads/2019/06/SEM-O-ESTADO-QUEM-VAI-CUIDAR-DO-MEIO-
AMBIENTE-pdf.pdf> Conferir a página 28.
6 Douglas French, Propriedade Privada Significa Preservação. Instituto Rothbard Brasil:
<https://rothbardbrasil.com/propriedade-privada-significa-preservacao/>
privada de elefantes, cujo número de animais aumenta todos os anos; temos as reservas de caça do Texas;
temos a bifurcação do Rio Gila, no Novo México, que luta pela preservação da Truta Gila; temos as
propriedades às margens da Baía de Chesapeake7; temos a Cayman Turtle Farm, nas Ilhas Britânicas, que
conserva inúmeras espécies de tartarugas (a qual infelizmente foi forçada a fechar as portas devido ao
ativismo ambiental contra o lucro com animais, levando várias espécies a retornar à lista de ameaçadas
de extinção)8; isso sem contar os inúmeros zoológicos que fazem um grande trabalho nesse sentido,
conforme afirma Manfred Niekisch: “Graças às boas condições, muitas vezes os animais de zoológico
vivem mais que os selvagens, e diversas espécies procriam com facilidade.”9 E, por último, algo que
normalmente é esquecido, temos as fazendas; ora, não seriam elas os locais onde mais existem animais
no mundo? Pense em quantos cavalos, em quantas galinhas e vacas existiriam no mundo sem que os
produtores os criassem. E não só esses animais, temos fazendas especializadas em criar peixes aos
milhares. Não contribuem elas para que o número de animais aumente?
Em contrapartida, vemos que, conforme afirmado, leis estatais não ajudam em nada — como no
Quênia, por exemplo, onde grupos pressionaram o governo para proibir o comércio de marfim,
impedindo a privatização dos elefantes. O resultado? O número de animais cai todo ano10. Além disso,
vemos muitos casos ao redor do globo de gorilas que são mortos por gangues envolvidas no comércio
de diamantes de sangue e de animais raros que são vendidos como carne de caça em mercados da África
e da Ásia, além de elefantes sendo caçados na África Ocidental11, tudo isso com leis estatais vigentes.
Portanto, quando o local é privado, o dono tem incentivos para preservar e cuidar, assim como
para impedir invasores e pessoas que venham destruir. Os locais onde ocorrem matanças descontroladas
e abusos são justamente onde não há um dono buscando o lucro ou, simplesmente, um dono que queira
preservar e proteger; são locais onde a visão de animais como propriedade não existe. Muitos ganham
dinheiro com turismo na África com os seus safáris, bem como com os seus parques aquáticos,
preservando os animais para o público que os quer ver e apreciar. Ou até mesmo preservando os animais
para caça; afinal, se todos os animais forem abatidos, o negócio acaba; dessa forma, existem incentivos
para aumentar mais e mais o número dos animais. Fica fácil de ver que o sistema privado é mais eficiente
que o sistema público — e também a sua resposta quando se trata de preservar a vida animal. Dessa
maneira, a ideia de que florestas, animais e oceanos devem ser bens públicos só atrasou os avanços; afinal,
os oceanos ainda estão numa era de caça e coleta, sem aprimoramento algum devido às proibições
estatais12.

A poluição

Dentro de uma perspectiva libertária, a poluição é violação de propriedade privada13. Se o seu


vizinho poluir um rio que passe pela sua propriedade e que você use para beber água, ele a estará violando;
se ele abrir uma fábrica e a fumaça lhe causar um problema de saúde, ele a estará violando. É claro, às

7 Manuel Lora, Se Você Gosta da Natureza, Privatize-a. Instituto Mises Brasil:


<https://www.mises.org.br/article/89/se-voce-gosta-da-natureza-privatize-a>
8 Lew Rockwell, O Manifesto Ambiental Libertário. Instituto Rothbard Brasil: <https://rothbardbrasil.com/o-

manifesto-ambiental-libertario/>
9 https://www.dw.com/pt-br/zoológicos-desempenham-papel-importante-na-preservação-de-espécies/a-
16224130
10 Ibid.
11 Ibid.

12 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 297.
13 Chase Rachels, Ordem Espontânea — Sem o Estado Quem Vai Cuidar do Meio Ambiente? Piratas GoldenRoger:

<https://piratasdogoldroger.com/wp-content/uploads/2019/06/SEM-O-ESTADO-QUEM-VAI-CUIDAR-DO-MEIO-
AMBIENTE-pdf.pdf> Conferir a página 12.
vezes isso ocorre sem intenção, sendo possível uma punição menor ao indivíduo “parcialmente
causador”; assim, qualquer pessoa que iniciar tal agressão tem de ser objetivamente responsável pelos
danos sobre a vítima, ainda que a sua ação seja acidental. É claro que, conforme coloca Rothbard, a ação
deve causar uma violação de fato: “A poluição do ar, consistindo de odores nocivos, fumaça e outras
matérias visíveis, definitivamente constitui uma interferência agressiva. Essas partículas podem ser vistas,
cheiradas ou tocadas, e elas deveriam, portanto, constituir uma invasão per se.” Ele continua: “No entanto,
a poluição do ar provocada por gases ou partículas invisíveis ou indetectáveis pelos sentidos não deveria
constituir uma agressão per se, já que, não sendo sensível, ela não interfere na posse ou no uso do dono.
Ela compartilha a condição das ondas de rádio invisíveis ou da radiação, a menos que prove ser
prejudicial.”14
Devemos lembrar que o caso da poluição como um todo é igual ao caso de uma represa que se
rompe — caso em que os seus proprietários são responsabilizados. A empresa que realizar um ato que
gere uma violação de propriedade alheia será culpada! Afinal, houve uma externalidade que afetou
terceiros inocentes, e a implicação disso é que sejam pessoalmente responsabilizados os integrantes da
sociedade empresária15. Cabe, porém, ao acusador provar isso, e só será considerado culpado aquele cuja
agressão for comprovada via ação judicial16. Portanto, fica evidente dizer que a questão da poluição seria
resolvida em tribunais privados, da mesma forma como qualquer outro caso de agressão.
Fato é que a poluição existente é culpa dos governos que negligenciaram e adotaram uma visão
utilitária quando as primeiras fábricas surgiram, assim como estatizaram grande parte das fontes de água
(como rios e oceanos)17. Isso não foi diferente no caso da poluição do ar: diziam eles que, como era bom
para mais pessoas, a poluição não era relevante quando comparada com a produção de bens. Diziam que
isso podia ser ignorado e deixado de lado pelo bem da maior parte da população, a qual se beneficiava
com os novos produtos. Isso se evidencia nos Estados Unidos do século XIX, com o governo
simplesmente ignorando as agressões via poluição de muitas empresas; conforme bem coloca Rothbard:
“À medida que as fábricas começaram a surgir e emitir fumaça, danificando a produção dos fazendeiros
vizinhos, esses fazendeiros levaram os donos das fábricas aos tribunais, pedindo compensações e medidas
cautelares que evitassem futuras invasões da sua propriedade. Os juízes, porém, afirmaram, na prática:
‘desculpem, sabemos que a fumaça industrial (ou seja, a poluição do ar) invade e interfere com os seus
direitos de propriedade; mas existe algo mais importante que meros direitos de propriedade: e isto é a
política pública, o bem comum’.”18 E tais fatores se repetem hoje, com muitos afirmando que uma fábrica
poluidora é mais vantajosa devido à sua produção e, portanto, deve ser mantida mesmo violando a
propriedade alheia19.
Entretanto, em alguns locais não era assim: antes de meados do século XIX, eram respeitados os
direitos de propriedade 20. Block mostra que as leis do direito comum restringiam a poluição e forçavam
um avanço tecnológico via pagamento de indenizações para quem violasse a propriedade alheia por
causar uma externalidade — tudo isso no intuito de preservar a propriedade privada atingida da

14 Murray N. Rothbard, Justiça, Poluição do Ar e Direitos de Propriedade Privada. Instituto Rothbard Brasil:
<https://rothbardbrasil.com/justica-poluicao-do-ar-e-direitos-de-propriedade/>
15 Equipe IMB, A Posição Libertária em Relação a Empresas que Causam Mortes e Desastres Naturais. Instituto Mises Brasil.

<https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2227>
16 Murray N. Rothbard, Justiça, Poluição do Ar e Direitos de Propriedade Privada. Instituto Rothbard Brasil:

<https://rothbardbrasil.com/justica-poluicao-do-ar-e-direitos-de-propriedade/>
17 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 300.

18 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 302–303.
19 Ryan McMaken, “Libertários São Fanaticamente contra a Poluição” — É o Que Afirma um Crítico do Libertarianismo.

Instituto Mises Brasil: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2524>


20 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 302.
população. Assim se criou um incentivo para uma queima mais limpa; e houve aumento das pesquisas
visando uma menor poluição21.
O que ocorre atualmente é que temos um sistema que continuou o que foi estabelecido no século
XIX, o qual ignora a poluição como uma violação de propriedade privada, aceitando certos níveis em
prol do “bem comum”, estabelecendo “limites aceitáveis”. No entanto, quando se cria um sistema
artificial onde se aceita certo nível pré-estabelecido de poluição, surge um problema, pois, no caso de
alguém que polui o ar, o poluidor pode legalmente jogar veneno no ar até o limite permitido por lei. Além
disso, leis criadas com base nesse ponto seriam apenas uma limitação aos concorrentes, serviriam apenas
para restringir o mercado, dado que estabelecer algumas normas mínimas de conduta eleva os custos, e
isso só prejudica os menores e novos investidores do ramo, limitando a concorrência. Disso decorre,
também, que as próprias regulamentações impedem o surgimento de técnicas que poderiam diminuir
acidentes, estragos e poluições, pois, desde que o limite esteja sendo respeitado, permite e isenta de culpa
as empresas caso algo ocorra; se isso não ocorresse, aqueles que quisessem atuar teriam realmente que
arranjar alternativas que poluíssem menos, devido aos processos judiciais. Somado a isso, tais
regulamentações são injustas, visto que num sistema libertário só é possível culpar os responsáveis —
assim, impor regulamentações que irão cobrar de todos é totalmente injusto, pois pune inocentes22. Dessa
forma, são criminosos decretos que proíbam, conforme bem coloca Rothbard: “Qualquer decreto ou
regulamento administrativo necessariamente torna ilegais ações que não são iniciações explícitas de
crimes ou de delitos de acordo com a teoria libertária. Qualquer decreto ou norma administrativa é,
portanto, ilegítimo, até mesmo agressivo, assim como uma interferência criminosa nos direitos de
propriedade de não criminosos.”23 Assim, inocentes estão sendo punidos; afinal, não há vínculo causal,
este só existirá com comprovação judicial e uma real agressão.
Para um exemplo prático, peguemos o que foi colocado no excelente artigo da equipe do Mises
Brasil: “Se a barragem de rejeitos de uma mineradora se rompe e toda a lama vai para um rio e torna a
água desse rio imprópria para ser captada para consumo — deixando os seus moradores sem água e os
obrigando a pagar por caminhões-pipa —, então tanto os gastos adicionais desses moradores quanto os
transtornos gerados pela falta d’água têm de ser integralmente arcados pela mineradora.”24 Nesse caso,
há um vínculo claro, via provas, entre o que ocorreu e os culpados evidentes; isso não é difícil de verificar.
Por que, então, seria justo impor regulamentações aos que não realizaram violação alguma? Ora, todos
sabem que, se ocorrer uma falha que cause uma agressão, isso será um crime; deixe que assumam os seus
riscos, os tribunais estão aí para isso: punir os maus. Uma lei regulamentando apenas criaria injustiças ao
jogar a culpa em inocentes que tiveram o trabalho de cuidar bem, voluntariamente, dos seus negócios.
Um último ponto a ser levantado aqui é o do lixo e das águas estatais. Em tal situação não seria
diferente; cada qual que não quisesse estar na situação de ser forçado a indenizar os seus vizinhos deve
ter a responsabilidade de lidar bem com o lixo, assim como de lhe dar fins adequados, e de cuidar dos
dejetos despejados em rios. Dessa forma, sabendo que existe demanda, haverá oferta para isso. Empresas
especializadas surgirão para lidar com o lixo — tal qual com a redução de emissão de fumaça por fábricas
e com técnicas de purificação de água —, pois há uma necessidade/demanda e, portanto, uma

21 Chase Rachels, Ordem Espontânea — Sem o Estado Quem Vai Cuidar do Meio Ambiente? Piratas GoldenRoger:
<https://piratasdogoldroger.com/wp-content/uploads/2019/06/SEM-O-ESTADO-QUEM-VAI-CUIDAR-DO-MEIO-
AMBIENTE-pdf.pdf> Conferir as páginas 26 e 27.
22 Ryan McMaken, “Libertários São Fanaticamente contra a Poluição” — É o Que Afirma um Crítico do Libertarianismo.

Instituto Mises Brasil: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2524>


23 Murray N. Rothbard, Justiça, Poluição do Ar e Direitos de Propriedade Privada. Instituto Rothbard Brasil:

<https://rothbardbrasil.com/justica-poluicao-do-ar-e-direitos-de-propriedade/>
24 Equipe IMB, A Posição Libertária em Relação a Empresas que Causam Mortes e Desastres Naturais. Instituto Mises Brasil:

<https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2227>
oportunidade de lucro. O estado pode até coletar o lixo, mas a destinação em lixões públicos é
extremamente ineficiente25. Além disso, não é novidade para ninguém que os lixões acabam por
contaminar lençóis freáticos26, o que pode ser considerado poluição ao se adotar o que foi estabelecido
antes. Uma ideia prática de como isso seria solucionado é a de que os lixões privados poderiam cobrar
mais para itens que têm maior índice de poluição ou que demorem mais para serem degradados; tal fator
levará as pessoas a pensarem melhor ao comprarem itens que são feitos com produtos mais caros de
descartar. Hoje, conforme coloca Andre Santolliero, o que ocorre é que empresas de plástico, por
exemplo, e os seus clientes escapam do custo de descarte do plástico depois que o consumidor termina
de usá-lo. Somado a isso, já que haverá um custo maior pela quantidade de lixo produzida, as pessoas
pensarão duas vezes antes de saírem consumindo feito loucas. Os consumidores, sabendo que terão que
pagar mais pelo descarte de mais plástico, tenderão a preferir recipientes que lhes custarão menos —
portanto, recipientes mais ecologicamente corretos27. Acaba ocorrendo que o monopólio estatal desse
serviço é fatal para o meio ambiente; se houvesse livre concorrência e respeito ao direito de propriedade
privada, isso seria solucionado.
Nos rios não é diferente, ocorre o que já foi falado: as pessoas não possuem incentivos para cuidar
de algo que não é delas de verdade — e muito menos os funcionários do governo. Qualquer um pode
entrar e sair de beiras de rios, pois considera direito seu por ser território do governo, até mesmo pensa
que pode usar como bem entender, pois a poluição estará na propriedade do estado, não numa
propriedade privada28. As pessoas não se importam em poluir, pois não haverá maiores consequências:
pela lei positivada, não estão violando propriedade de ninguém. Caso exista propriedade privada, a
entrada é restrita, e haverá todos os incentivos para a conservação. Perceba que, quando existem várias
pequenas propriedades que, por exemplo, compartilham de um rio, sabe-se que a poluição dele será
altamente desvantajosa financeiramente; existirão vários pequenos núcleos cuidando da “saúde” do rio,
afinal o contrário disso irá acarretar um caso judicial por agressão. Ademais, poucos pensarão em destruir
a sua fonte de água potável, a qual será útil para muitas coisas, principalmente em propriedades rurais.
Somado a isso, quem mais se beneficia com o rio sendo estatal é o próprio governo, que entao não precisa
se preocupar em dar um fim adequado ao esgoto que é despejado em peso29; assim, para que esse
acontecimento não chame atenção, ele permite níveis de poluição, conforme já exposto. Tal fato é um
crime! Só beneficia grandes empresários aliados ao governo, assim como o próprio governo. Para a
população em geral é prejuízo, tal qual para quem quer entrar em algum ramo que tenha maiores custos
devido às regulamentações governamentais.
Portanto, fica fácil de ver que, se a poluição existe hoje, é justamente por desrespeito à
propriedade privada. É pelos governos acharem que têm uma solução enquanto na verdade não a têm.
Entender que a poluição é agressão trará algumas consequências positivas, conforme diz Chase Rachels
ao falar da poluição do ar: “Como no caso da poluição da água, defender os direitos de propriedade
privada desencorajará companhias sujas de se estabelecerem em áreas residenciais, incentivará tais
companhias a conceberem maneiras de mitigar a sua poluição e criará maior demanda pelo
desenvolvimento de novas técnicas forenses para a identificação dos causadores da poluição.” É

25 Lew Rockwell, O Manifesto Ambiental Libertário. Instituto Rothbard Brasil: <https://rothbardbrasil.com/o-


manifesto-ambiental-libertario/>
26 https://d.emtempo.com.br/amazonas-cidades/138385/perigo-lixao-a-ceu-aberto-contamina-lencois-freaticos-
em-manaquiri
27 Chase Rachels, Ordem Espontânea — Sem o Estado Quem Vai Cuidar do Meio Ambiente? Piratas GoldenRoger:

<https://piratasdogoldroger.com/wp-content/uploads/2019/06/SEM-O-ESTADO-QUEM-VAI-CUIDAR-DO-MEIO-
AMBIENTE-pdf.pdf> Conferir as páginas 43–46.
28 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 300–301,

29 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 301–302.
totalmente lógico pensar que o livre mercado irá solucionar o problema da melhor forma, pois haverá
alta demanda para isso, e as empresas irão aproveitar a oportunidade para ganhar dinheiro com isso.

Os recursos vão acabar devido à vasta exploração?

Quem afirma algo assim não sabe o mínimo dos axiomas econômicos. Ora, a escassez é fator que
é levado em conta no cálculo econômico. Quando um produto tem menor oferta com a mesma demanda,
o preço sobe. Ou seja, se o produto começa a estar disponível em menores quantidades, os preços vão
se elevar para impedir isso. Como bem coloca Rothbard: “Por que o minério de cobre já não se esgotou,
devido às exigências inexoráveis da nossa civilização industrial? Por que os mineradores de cobre, após
terem encontrado e aberto um veio do minério, não extraem imediatamente todo o cobre? Por que, em
vez disso, eles mantêm aquela mina de cobre, expandem-na e extraem o cobre gradualmente, ano após
ano? Porque os proprietários da mina perceberam que, por exemplo, se eles triplicarem a produção de
cobre deste ano, eles poderão triplicar a sua renda anual, mas também estarão exaurindo aquela mina e,
em consequência, toda a renda futura que poderiam obter dela.” Ele continua: “Suponhamos que uma
crescente escassez de cobre seja esperada no futuro; o resultado será: o cobre deixará de ser extraído
agora, para sê-lo futuramente. O preço do cobre, em consequência, aumentará.”30
Dito isso, fica evidente que apenas pelos preços a situação já se resolve, pois a alta do preço
impedirá que o produto se esgote. Mas a questão não termina por aí, afinal a demanda pelo produto
continua. O que ocorre então? Muitos empresários verão uma oportunidade de lucro e buscarão
alternativas para isso; pesquisas são feitas para que produtos que substituam os atuais sejam descobertos
e desenvolvidos. Rothbard, novamente, coloca de maneira brilhante: “Além do mais, o custo mais elevado
do cobre estimulará (a) uma exploração para que sejam encontradas novas minas de cobre; e (b) uma
procura por substitutos menos caros, talvez através de novas descobertas tecnológicas.”31 O
desenvolvimento tecnológico sempre encontra alternativas. Muitos acreditavam que as linhas férreas
nunca seriam superadas, que eram o ápice do transporte humano. Todavia, não tardou para o mercado
ser invadido pelos carros e, posteriormente, pelos aviões.
Somado a isso, muitos previram inúmeras vezes que a escassez total estava próxima, dando prazos
de 10 anos, como J. Hill, em relação à madeira americana; ou Andrew Carnegie, em relação ao ferro.
Nada disso ocorreu devido ao funcionamento brilhante do sistema de preços. Um caso para mostrar que
o sistema privado é mais eficiente que o sistema público são as florestas canadenses e europeias; nas
primeiras, existe uso público por contratos anuais; nas segundas, todo o território é privado. O resultado?
Quando uma empresa canadense conseguia o contrato, ela extraía o máximo possível, ignorando se o
recurso acabaria ou não — o que reforça aquilo que já foi falado em relação à pesca e à caça. Já nas
floretas europeias, que possuem um dono, existem incentivos para o ganha-pão dele não esgotar32. Isso
fica evidente na Inglaterra, onde, no século XV, o uso da madeira para lenha sofreu um aumento
gigantesco de demanda. Com o tempo, as florestas começaram a diminuir de tamanho, naturalmente o
preço subiu e impediu que todas as árvores fossem derrubadas. O que ocorreu então? Primeiro, muitos
empresários passaram a plantar áreas florestais novas para a venda de madeira, aumentando a oferta;
segundo, outros empresários descobriram o carvão como alternativa. Como consequência, no final de
1700 as florestas já estavam reestabelecidas. Isso foi possível justamente pela inexistência de interferência
do governo e pelo excelente sistema de preços. Em contrapartida, o oeste americano como é conhecido
hoje não era a realidade de antes da Marcha para o Oeste; a devastação que ocorreu se deveu à “planície

30 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 291–292.
31 Ibid., p. 292.
32 Ibid., p. 294–295.
aberta”, que permitia uso livre do território para pastagem — acabou de surgir novamente a questão do
bem público33.
Assim sendo, é fácil refutar a falácia de que a escassez é o mal do capitalismo. Pelo contrário, é
pela escassez que se fez necessária a propriedade privada — para que os conflitos em relação aos bens
fossem resolvidos racionalmente. E é pelo sistema de preços, que é um corolário do direito de
propriedade privada, que se torna possível impedir o fim dos recursos, pois isso já está incluso como
variável. Dessa forma, é evidente que quem diz que o capitalismo esgotará os recursos naturais não
entende o básico de economia.

O governo como solução?

Já deve estar claro ao leitor que o estado não é eficiente em resolver qualquer assunto, menos
ainda os relacionados ao meio ambiente. Os agentes estatais não possuem incentivos para serem bons
funcionários, pois não se encontram sob o sistema de lucro/prejuízo; eles vão ganhar o seu salário
fazendo ou não fazendo um bom serviço, afinal não dependem da sua eficiência, não precisam atender
demandas. Todo o seu salário virá de um dinheiro tomado à força, ao contrário de empresas privadas,
que, para ganharem dinheiro, para obterem lucro, têm que fornecer serviços adequados, atender as
demandas.
Somado a isso, não há limitações para a exploração em territórios estatais, pois a visão das pessoas
é de bem público, elas não têm preocupação em conservar algo que não é seu e, ainda por cima, nada
têm a temer, visto que o governo ignora muitos casos de poluição pelo “bem comum”.
Porém, para enterrar de vez essas questões, vejamos alguns exemplos de governos que tinham
um vasto sistema ambiental. Temos a União Soviética, cujo governo era extremamente centralizado e
tocava um grande programa ambiental — existia, por exemplo, o Ministério da Madeira, do Papel e da
Carpintaria. Qual foi o resultado? Primeiro temos Chernobyl, a seguir temos o fim do Mar de Aral via
irrigação ilimitada (dada a mentalidade de bem público); houve os vários incêndios das turfas próximas
de Moscou; temos o caso dos vazamentos de cerca de cem toneladas de radiação de armas nucleares de
Mayak, nos Urais, em 1957; alta poluição via queima de carvão; e erosão generalizada devido a técnicas
inadequadas ordenadas pelo governo34. Temos, também, o envenenamento do Lago Baikal por causa da
falta do direito de propriedade privada35. Conforme coloca Edwin Dolan: “O sistema soviético não
apenas incentivava a depredação ambiental, mas também era esbanjador e gerava desperdícios em todos
os sentidos possíveis. Ele desperdiçava trabalho, capital, energia, recursos naturais, cimento, aço, carvão,
tratores, fertilizantes, madeira, água — desperdiçava tudo. Por quê? Porque não havia busca do lucro.”36
Na China não foi diferente. Temos um governo centralizador e controlador, como consequência
vemos o seguinte: o país lidera em emissão de gases poluentes; possui 16 das 20 cidades mais poluídas
do mundo; a água é de péssima qualidade; e a poluição é alta por extração de metais devido ao desrespeito
à propriedade privada37.
Para se ter noção da insanidade de muitos ambientalistas, observemos o que os nazistas achavam
do assunto: com a sua mentalidade polilogista racial, davam mais valor aos animais que a muitos seres

33Ibid., p. 295.
34Edwin Dolan, O Eco-socialismo, o Socialismo Real e o Capitalismo — Quem Realmente Protege o Meio Ambiente? Instituto
Mises Brasil: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1685>
35 Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, São Paulo, 2013), p. 300.

36 Edwin Dolan, O Eco-socialismo, o Socialismo Real e o Capitalismo — Quem Realmente Protege o Meio Ambiente? Instituto

Mises Brasil: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1685>


37 Edwin Dolan, O Eco-socialismo, o Socialismo Real e o Capitalismo — Quem Realmente Protege o Meio Ambiente? Instituto

Mises Brasil: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1685>


humanos, motivo que os levou a fazer experimentos nos campos de concentração; para se ter noção
desse pensamento, podemos ver o caso em que a revista alemã de humor Simplissimus publicou um
desenho no qual um pelotão de sapos fazia a saudação nazista para Göring. Com o mesmo objetivo,
criaram inúmeras leis de conservação de flora e fauna. Para eles, alguns modos de cultivo e de alimentação
eram uma “alienação da natureza”; assim, a sua loucura chegou ao ponto de criar, em 1935, o Comitê do
Pão Integral, pois acreditavam que o pão branco era algo ruim por ser industrial 38. Com isso fica mais
fácil de ver quem está certo na história.
Tudo isso demonstra que o estado não é nada eficiente em preservar; aliás, nunca será. Não vale
dizer que se faz necessário mais estado — afinal, a URSS fez exatamente isso e não funcionou, tal qual a
China. A solução se encontra na propriedade privada, não na estatização. Se você quer conservar de
verdade, deve antes entender a importância do direito de propriedade privada, pois é a única solução
racional a ser seguida.
Os libertários, ao contrário do que muitos pensam, pelo fato de acreditarem na propriedade
privada, acabam por ser grandes defensores do meio ambiente, pois é corolário da mesma. Temos a visão
de que se deve conservar, porém isso não pode ser algo imposto às pessoas; quem quiser criar em tal
fazenda, por exemplo, terá a liberdade para isso. Assim com quem não quiser terá também. No entanto,
o fato é que, com o estado, de acordo com os fatores apresentados, ocorre uma tendência à não
conservação. Numa sociedade libertária, muitos teriam interesse em preservar. Assim sendo, não haveria
apenas uma única tendência. Muitos têm interesse em ajudar na conservação, e muitos o farão, como já
o fazem hoje, mas para isso ser efetivo é necessário existir a liberdade para tal — o estado, com leis
positivadas, impede a criação de animais e a preservação dos mesmos de maneira privada. A solução,
portanto, é a propriedade privada.

38 Lew Rockwell, As Raízes Anti-humanas do Movimento Ambientalista. Instituto Rothbard Brasil:


<http://rothbardbrasil.com/as-raizes-anti-humanas-do-movimento-ambientalista/>
Bibliografia

https://www.dw.com/pt-br/zoológicos-desempenham-papel-importante-na-preservação-de-
espécies/a-16224130
https://d.emtempo.com.br/amazonas-cidades/138385/perigo-lixao-a-ceu-aberto-contamina-
lencois-freaticos-em-manaquiri
Chase Rachels, Ordem Espontânea — Sem o Estado Quem Vai Cuidar do Meio Ambiente? Piratas
GoldenRoger: <https://piratasdogoldroger.com/wp-content/uploads/2019/06/SEM-O-ESTADO-
QUEM-VAI-CUIDAR-DO-MEIO-AMBIENTE-pdf.pdf>
Douglas French, Propriedade Privada Significa Preservação. Instituto Rothbard Brasil:
<https://rothbardbrasil.com/propriedade-privada-significa-preservacao/>
Edwin Dolan, O Eco-socialismo, o Socialismo Real e o Capitalismo — Quem Realmente Protege o Meio
Ambiente? Instituto Mises Brasil: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1685>
Equipe IMB, A Posição Libertária em Relação a Empresas que Causam Mortes e Desastres Naturais.
Instituto Mises Brasil. <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2227>
Lew Rockwell, As Raízes Anti-humanas do Movimento Ambientalista. Instituto Rothbard Brasil:
<http://rothbardbrasil.com/as-raizes-anti-humanas-do-movimento-ambientalista/>
Manuel Lora, Se Você Gosta da Natureza, Privatize-a. Instituto Mises Brasil:
<https://www.mises.org.br/article/89/se-voce-gosta-da-natureza-privatize-a>
Murray N. Rothbard, Justiça, Poluição do Ar e Direitos de Propriedade Privada. Instituto Rothbard
Brasil: <https://rothbardbrasil.com/justica-poluicao-do-ar-e-direitos-de-propriedade/>
Murray N. Rothbard, O Manifesto Libertário (Instituto Mises Brasil, 2013)
Ryan McMaken, “Libertários São Fanaticamente contra a Poluição” — É o Que Afirma um Crítico do
Libertarianismo. Instituto Mises Brasil: <https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2524>

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