Trabalho de Economia

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Os diferentes tipos de bens

É importante agrupar os bens segundo duas características

O bem é excludente quando as pessoas podem ser impedidas de o usar


O bem é rival quando o facto de uma pessoa usar o bem elimina a possibilidade de alguém o puder usar

Partindo destas duas características podemos dividir os bens em quatro categorias

1. Bens privados - são tanto excludentes como rivais tendo como exemplo um gelado onde a característica de excludente é aplicada uma vez
que é possível impedir que uma pessoa o tome e sendo rival aplica-se quando se uma pessoa tomar o gelado, o outro não poderá tomar o
mesmo gelado. A maioria dos bens da economia são bens privados
2. Bens públicos - não são nem excludentes e nem rivais. Uma vez que as pessoas não podem ser impedidas de não usar um bem público e,
quando uma pessoa usa um bem público, isso não reduz a disponibilidade dele, podendo ser utilizado por outras pessoas sem prejuízo de
nenhuma delas
3. Recursos comuns - são rivais mas não excludentes. Por exemplo, os peixes no mar são bens rivais: quando alguém pesca um deles, existe
uma menor quantidade disponível para a próxima pessoa que for pescar, no entanto, os peixes não são excludentes, porque, dada a vastidão
do mar, é difícil impedir que os pescadores retirem peixes dele
4. Monopólio natural - quando um bem não é excludente nem rival. Considere por exemplo a proteção contra incêndios numa cidade pequena,
é fácil excluir as pessoas do uso do nem, uma vez que os bombeiros podem simplesmente permitir que a casa queime até ao fim mas a
proteção contra incêndios nao é rival. Os bombeiros passam grande parte do seu tempo a pensar em proteger uma casa, ou seja, uma casa a
mais provavelmente nao reduzira a proteção disponível para as demais.

Bens públicos
Exemplo - um show pirotécnico não pode ser caracterizado como excludente porque é impossível impedir que alguém veja os fogos, e não é rival
porque o entretenimento que uma pessoa extrai dele não reduz o entretenimento disponível para outras.

Alguns bens públicos importantes

Defesa nacional - a defesa do país de agressores externos é um exemplo clássico de bem público. Uma vez que o país está a ser defendido é
impossível impedir que qualquer pessoa desfrute do benefício proporcionado por essa defesa. Ademais, quando alguém desfruta do beneficio da
defesa nacional, não reduz o beneficio proporcionado às demais pessoas. Assim a defesa nacional não é nem excludente nem rival

Pesquisa de base - a criação de conhecimento é um bem público. Se um matemático prova prova um novo teorema, o teorema entra para o
conjunto geral de conhecimento que todos podem usufruir. Como o conhecimento é um bem público, as empresas que têm fins lucrativos tendem a
investir poucos recursos na criação de novos conhecimentos

Luta contra a pobreza - suponhamos que todos prefiram viver numa sociedade sem pobreza. Mesmo que essa preferencia seja clara e
generalizada, a luta contra a pobreza não é um “bem” que o mercado privado possa proporcionar. Ninguém, individualmente, pode eliminar a
pobreza porque o problema é demasiado vasto. Neste caso, tributar os ricos para elevar o nível de vida dos pobres pode deixar todos numa melhor
situação, uma vez que os pobres ficam em melhor situação, e os que pagam impostos podem usufruir de viver numa sociedade com menos pobreza
A difícil tarefa da análise custo-benefício

Até aqui vimos que o governo proporciona bens públicos porque o mercado privado, por si só, não produz uma quantidade eficiente. Entretanto,
decidir que o governo deve desempenhar uma função é só o primeiro passo. Em seguida, o governo precisa determinar que espécies de bens
públicos deve fornecer e em que quantidades.
Suponhamos que o governo esteja considerando um projeto público, como a construção de uma nova estrada. Para julgar se deve ou não fazer a
obra, precisa comparar o beneficio total para todos que a usariam com os custos de construção e manutenção. Para tomar essa decisão, o
governo poderia contratar uma equipe de economistas e engenheiros para que realizassem um estudo, chamado análise de custo-benefício, cujo
objetivo é estimar os custos e benefícios totais do projeto para a sociedade como um todo.
Os analistas de custo-benefício têm um duro trabalho. Como a estrada estará disponível para todos gratuitamente, não há um preço pelo qual se
possa julgar o valor da estrada. Simplesmente perguntar às pessoas que valor atribuiriam à estrada não seria confiável: é difícil quantificar
benefícios a partir dos resultados de um questionário e, além disso, há pouco incentivo para que os entrevistados respondam às questões com
honestidade.
Os que usariam a estrada têm um incentivo para exagerar os benefícios que receberiam a fim de fazer com que ela seja construída. Os que
seriam prejudicados pela estrada têm um incentivo para exagerar os custos a fim de evitar sua construção. Um fornecimento eficiente de bens
públicos é, portanto, intrinsecamente mais difícil do que um fornecimento eficiente de bens privados. Os bens privados são fornecidos no
mercado. Os compradores de um bem privado revelam o valor que atribuem a ele por meio do preço que estão dispostos a pagar. Os vendedores
revelam
seus custos por meio dos preços que estão dispostos a aceitar.
Em comparação, os analistas de custo-benefício não observam nenhum sinal de preço ao avaliar se o governo deve fornecer um bem público.
Portanto, suas conclusões sobre os custos e benefícios dos projetos públicos são, na melhor das hipóteses, aproximações.

Recursos comuns
Os recursos comuns, assim como os bens públicos, não são excludentes: estão disponíveis gratuitamente para todos os que queiram usufruir dos
mesmos. No entanto, os recursos comuns, diferente dos bens públicos, são rivais: o uso de um recurso comum por uma pessoa reduz a
possibilidade de outras pessoas poderem usufruir desse mesmo recurso. Assim, os recursos comuns dão origem a um novo problema, uma vez
fornecido o bem, os formuladores de políticas precisam de se preocupar com a quantidade usada desse recurso.
Por causa dessa externalidade negativa, os recursos comunas tendem a ser usados em excesso e o governo tem o dever de aplicar medidas que
possibilitem a redução do uso de recursos comuns através da implementação de medidas de carácter regulamentar e aplicação de impostos de
modo a atenuar o uso excessivo.

Alguns recursos comuns importantes

Ar e água puros - como foi possível observar através do estudo das Externalidades, os mercados não protegem de forma adequada o meio
ambiente. Sendo a poluição uma externalidade negativa que pode ser solucionado através da implementação de regulamentos ou impostos de
Pigou sobre as atividades que prejudiquem o meio ambiente. Essa falha do mercado pode ser considerada um exemplo de problema dos recursos
comuns.

Estradas congestionadas - as estradas podem ser consideradas bens públicos ou recursos comuns. Se uma estrada não se encontrar
congestionada, o uso dela por alguém nao afeta as demais pessoas, sendo assim considerado um bem público. No entanto, se a estrada estiver
congestionada, então o seu uso resulta numa externalidade negativa porque vai acabar por prejudicar as pessoas que nela circulam.

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