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Manual Aeronave Cessna C152 Emissão: 14/03/2018

Aprovado: Bruno Sinhoretto Manfrinato Revisão: 001

MANUAL AERONAVE
CESSNA 152

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Manual Aeronave Cessna C152 Emissão: 14/03/2018
Aprovado: Bruno Sinhoretto Manfrinato Revisão: 001

Conteúdo

SEÇÃO 1 - GENERALIDADES .................................................................................................... 5

1.1 Disposições Gerais .............................................................................................................. 5

1.2 Âmbito ................................................................................................................................ 5

1.3 Dimensões .......................................................................................................................... 5

1.4 Dados Descritivos ...............................................................................................................6

SEÇÃO 2 - ESTRUTURA........................................................................................................... 6

2.1 Fuselagem ........................................................................................................................... 6

2.2 Asa ...................................................................................................................................... 6

2.3 Empenagem ........................................................................................................................ 7

2.4 Nariz do avião ..................................................................................................................... 8

2.5 Trem de pouso e freios ....................................................................................................... 8

2.6 ANTENAS........................................................................................................................... 8

SEÇÃO 3 - INSTRUMENTOS DO PAINEL ................................................................................. 9

3.1 Velocímetro ...................................................................................................................... 9

3.2 Indicador de Sucção.......................................................................................................... 9

3.3 Horizonte Artificial............................................................................................................ 10

3.4 Relógio analógico .............................................................................................................. 10

3.5 Altímetro.............................................................................................................................10

3.6 VOR (Very High Frequency Omnidirectional Range) .........................................................10

3.7 Tacômetro. ........................................................................................................................ 10

3.8 Amperímetro ..................................................................................................................... 10

3.9 Indicador de curva e derrapagem ..................................................................................... 11

3.10 Liquidômetros.................................................................................................................... 11

3.11 Giro direcional ................................................................................................................... 11

3.12 Climb (variômetro) ............................................................................................................11

3.13 ADF (Automatic Direction Finder) .....................................................................................12

3.14 Aviônicos (rádios, transponder, DME). ............................................................................ 12

3.15 Bussola .............................................................................................................................. 12


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3.16 Indicador de Pressão de Óleo ...................................................................................... 12


3.17 Indicador de Temperatura.......................................................................................... 12

SEÇÃO 4 - LIMITAÇÕES ...................................................................................................... 12

4.1 Velocímetro ................................................................................................................. 12

4.2 Velocidades................................................................................................................... 12

4.3 Grupo moto propulsor.................................................................................................. 13

4.4 Pesos e fator carga ......................................................................................................14

4.5 Combustível .................................................................................................................. 14

4.6 Operação ..................................................................................................................... 14

SEÇÃO 5 - INSPEÇÃO PRÉ VÔO............................................................................................. 14

5.1 Inspeção Pré Vôo ..........................................................................................................15

5.2 Inspeção Externa ........................................................................................................... 15

SEÇÃO 6 - PROCEDIMENTOS NORMAIS ................................................................................ 16

6.1 Antes da Partida ........................................................................................................................ 16

6.2 Partida do Motor .................................................................................................................... 16

6.3 Após a Partida......................................................................................................................... 16

6.4 Antes da Decolagem ............................................................................................................... 17

6.5 Cheque de Segurança ...............................................................................................................17

6.6 Após a Decolagem .................................................................................................................... 17

6.7 Cruzeiro .....................................................................................................................................18

6.8 Cheque de Aproximação .............................................................................................................. 18

6.9 Cheque Pré Pouso......................................................................................................................... 18

6.10 Após o Pouso .............................................................................................................................. 18

6.11 Corte do Motor ............................................................................................................................ 18

SEÇÃO 7 – PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ................................................................ 19

7.1 Emergências em Solo e em Vôo.......................................................................................... 19

SEÇÃO 8 - PERFORMANCE ................................................................................................. 21

8.1 Exemplo ............................................................................................................................. 21

8.1.1 Decolagem .......................................................................................................................... 21


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8.1.2 Cruzeiro ............................................................................................................................. 22

8.1.3 Pouso ................................................................................................................................. 23

8.2 Componente de vento ....................................................................................................... 23

SEÇÃO 9 - PESO E BALANCEAMENTO .................................................................................... 24

SEÇÃO 10 - SISTEMAS ........................................................................................................... 28

10.1 Grupo motopropulsor. .......................................................................................................28

10.2 Hélices................................................................................................................................. 28

10.3 Sistema de ignição .............................................................................................................. 28

10.4 Sistema de partida elétrica ................................................................................................ 28

10.5 Sistema de óleo do motor .................................................................................................. 29

10.6 Sistema de Combustível .....................................................................................................29

10.7 Sistema de Alimentação ..................................................................................................... 30

10.8 Sistema Elétrico .................................................................................................................. 30

10.9 Sistema de frenagem .......................................................................................................... 31

10.10 Sistema de Luzes .............................................................................................................. 32


10.11 Sistema de Aquecimento e Ventilação ............................................................................ 32

10.12 Sistema de alerta de estol ................................................................................................33

10.13 Sistema de Vácuo ............................................................................................................ 33

10.14 Equipamentos de rádio ................................................................................................... 34

10.14.1 Transceptor VHF ....................................................................................................34

10.14.2 ADF ......................................................................................................................... 34

10.14.3 VOR ........................................................................................................................ 34

10.14.4 Transponder.......................................................................................................... 35

10.14.5 ACAS - Airborne Collision Avoidance System ....................................................... 35

10.15 Portas e janelas ............................................................................................................. 36

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SEÇÃO 1 - GENERALIDADES

1.1 Disposições Gerais


Este manual de operações do Cessna - C152/150K foi elaborado para servir como guia
operacional para o piloto matriculado nos cursos práticos da PREMIER TANGARÁ ESCOLA DE
AVIAÇÃO CIVIL. Contém informações pertinentes a esta aeronave apenas e teve como base o
manual original.

Embora este manual tenha sido disposto de forma a aumentar a sua utilidade em voo, o mesmo
não deve ser usado apenas como referência ocasional para a operação. O piloto deve estudá-lo
integralmente antes do voo, para familiarização com as limitações, desempenho, procedimentos
e características de pilotagem.

Este manual não se destina a substituir uma instrução de voo adequada e competente.

1.2 Âmbito
O constante neste manual, de observância obrigatória, aplica-se aos alunos e instrutores, que
operam em nossa escola.

1.3 Dimensões

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1.4 Dados Descritivos


O C152 é equipado com um motor aeronáutico Lycoming, modelo O-235, aspirado, refrigerado a
ar, alimentação por carburador, com quatro cilindros horizontais opostos.

Esta motorização é capaz de produzir 110HP a 2550 RPM. Algumas aeronaves são equipadas com
o kit de desempenho (pacote 'Sparrow Hawk') que gera um ganho de 15HP, elevando a potência
disponível para 125HP a 2550RPM, como no caso de nossa aeronave PR-DCR.

O C152 é equipado com hélice bi pá de passo fixo, fabricante McCauley (ponta redonda) ou
Sensenich (ponta reta) . O seu diâmetro máximo é de 69 polegadas.

As aeronaves equipadas com as hélices McCauley, tem sua faixa de operação máxima estática de
2280 a 2380 RPM.

As aeronaves equipadas com as hélices Sensenich, tem sua faixa de operação máxima estática de
2100 a 2275 RPM, como no caso de nossa aeronave PR-DCR.

O combustível indicado para sua operação é a Gasolina de Aviação (GAV) 100LL. Os tanques de
combustível tem capacidade total de 100 litros, dos quais, 96 são utilizáveis.

O óleo indicado para sua operação é o “Shell W100”ou “Shell W100 plus”. O reservatório de
óleo tem capacidade de 6 quarts. A capacidade máxima do sistema é de 7 quarts (com filtro).
Para realização do voo é recomendado pelo menos 5 quarts de óleo no sistema.

O peso máximo de decolagem do C152 é de 1670 libras (757,5 Kg). A capacidade máxima do
bagageiro é de 120 libras (54,43 Kg).

SEÇÃO 2 - ESTRUTURA

2.1 Fuselagem
Monomotor de dois lugares, o C152 possui fuselagem de estrutura semi-monocoque revestida
em chapas de alumínio, este tipo de estrutura suporta esforços de tração e compressão.

2.2 Asa
O Cessna C152 caracteriza-se por ser uma aeronave de asa alta, de diedro positivo, fixas por um
par de montantes, as asas são do tipo semi-cantilever. No bordo de ataque da asa, próximo a raiz,
encontra-se a entrada de ar para a cabine.

Os tanques de combustível estão localizados no extradorso das asas. No intradorso está o tubo
de pitot e o respiro do tanque (asa esquerda) e também os pontos de dreno do tanque de
combustível (um em cada lado).

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O Sistema Pitot-estático fornece pressão total ao velocímetro e pressão estática ao altímetro e ao


climb. A fim de impedir que insetos e água penetrem nos orifícios do sistema, é recomendável
colocar a capa protetora enquanto a aeronave estiver em solo. Esta capa deverá ser removida
antes do voo.

O bordo de fuga é composto por uma superfície de controle (aileron) e por um dispositivo
hipersustentador (flap) do tipo Fowler com atuação elétrica com deflexão de 10°, 20° e 30°.

Abaixo, esquema de funcionamento dos ailerons e dos flapes.

2.3 Empenagem
A empenagem é composta pelos estabilizadores vertical e horizontal. Fixo ao estabilizador
vertical, encontra-se o leme e ao estabilizador horizontal, o profundor.

Abaixo, esquema de funcionamento do profundor e leme de direção.

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No bordo de fuga do profundor direito, localiza-se o compensador (trim).

2.4 Nariz do avião


No nariz do avião (seção frontal da aeronave), localizam-se o motor, a hélice de passo fixo, o dreno
do filtro do combustível, localizado abaixo da carenagem do motor, reservatório de óleo e a
triquilha do trem de pouso.

Algumas aeronaves possuem ainda uma tomada de fonte externa instalada na parte esquerda do
nariz do avião.

2.5 Trem de pouso e freios


O C152 possui trem de pouso fixo, do tipo triciclo (duas rodas constituem o trem principal e uma
roda no nariz do avião denominada triquilha).

A roda do nariz e direcional capaz de executar curvas de amplitude de 30 graus através do uso
dos pedais. Um amortecedor de vibrações, também está incorporado ao mecanismo de comando
da roda do nariz. A calibragem dos pneus do trem principal é de 24 psi e da triquilha é de 30 psi.

No trem principal está instalado o sistema de freios, com disco simples, e acionamento hidráulico
feito pelos pedais (parte superior).

2.6 Antenas
Algumas antenas estão instaladas na aeronave C152, são elas:

➢ VHF – é a antena transmissora do rádio VHF da aeronave, normalmente está instalada na


parte superior da cabine (tamanho aproximado 30 cm), quando a aeronave dispor de 2
rádios, possuirá duas antenas;
➢ ELT – é a antena transmissora do ELT, fica instalada na parte superior do cone de calda
(tamanho aproximado 20 cm), próximo à janela traseira.
➢ Transponder – fica localizada na barriga da aeronave (tamanho aproximado 10 cm com
uma bolinha na ponta)
➢ ADF – fica localizada na parte de baixo da aeronave (caixa branca) ➢ VOR/ILS – fica
localizada na parte superior da empenagem.

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SEÇÃO 3 - INSTRUMENTOS DO PAINEL


O painel de instrumentos é projetado para facilitar a visualização e leitura dos instrumentos por
parte do piloto em comando. Instrumentos de voo estão localizados na parte superior do painel
e os instrumentos de motor na parte inferior. Os rádios e disjuntores estão localizados do lado
direito do painel de instrumentos, os plugs para headset ficam localizados no console.

3.1 Velocímetro
O Velocímetro indica a velocidade da aeronave passando através do ar. A indicação do
velocímetro é uma indicação diferencial entre as pressões dinâmicas e estáticas, sentidas
respectivamente. À medida que a aeronave aumenta a velocidade, a pressão do ar do pitot
aumenta, provocando a expansão do diafragma e move o ponteiro do instrumento para indicar a
velocidade do momento. O mostrador do instrumento é calibrado em nós, possui faixas pintadas
indicando os limites de operações da aeronave com segurança.

3.2 Indicador de Sucção


O indicador de sucção está instalado no lado esquerdo do esquerdo do painel de instrumentos e
indica a quantidade de vácuo criado pela bomba de vácuo. O mostrador é calibrado em polegadas
de mercúrio. A sucção desejada varia de 4.6 a 5.4 polegadas.
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3.3 Horizonte Artificial


O horizonte artificial e essencialmente um giroscópio acionado a ar, girando em um plano
horizontal e operando pelo mesmo principio do giro direcional.

Devido à inércia giroscópica, o eixo de rotação continua a apontar em direção vertical, fornecendo
uma referência visual constante para a atitude da aeronave, relativamente e cabragem ou picada
e a inclinação lateral. Uma barra na face do indicador representa o horizonte natural, e alinhando-
se a miniatura de avião a barra horizontal, simula-se o alinhamento da aeronave em relação ao
horizonte natural ou real. Qualquer desvio simula o desvio do avião em relação ao horizonte,
verdadeiro. O horizonte artificial é graduado para diferentes graus de inclinação.

3.4 Relógio analógico


O relógio analógico é instalado no painel do avião. O mesmo auxilia o piloto na realização de
curvas cronometradas.

3.5 Altímetro
O Altímetro indica a altitude pressão, em pés, acima do nível médio do mar. O indicador tem três
ponteiros e um mostrador graduado. O ponteiro maior indica centenas de pés, o ponteiro médio
indica milhares de pés e o ponteiro menor indica dezenas de milhares de pés. Uma janela de
pressão barométrica está localizada do lado direito do mostrador e é ajustada pelo botão
localizado no canto esquerdo do instrumento. O altímetro consiste de um diafragma totalmente
fechado conectado através de um sistema de pressão estática, e à medida que a pressão
atmosférica estática diminui, com a subida do avião, o diafragma de expande provocando o
movimento dos ponteiros através de ligações mecânicas.

3.6 VOR (Very High Frequency Omnidirectional Range)


Instrumento utilizado nos treinamento de voo por instrumentos. A partir dele o piloto pode
determinar sua localização (radial) em relação a uma antena VOR.

3.7 Tacômetro
O Tacômetro é ligado ao motor por um cabo flexível. Está localizado na parte superior direita do
painel. O instrumento é calibrado em marcações de 100 RPM e indica a rotação da hélice e do
motor. Marcas no instrumento indicam a faixa de operação normal (arco verde), que varia de
1900 a 2500 RPM e a rotação máxima (linha vermelha), 2550 RPM.

3.8 Amperímetro
O Amperímetro indica a corrente, em amperes, do alternador para a bateria ou da bateria para o
sistema elétrico do avião. Quando o motor está ligado o máster switch está ligado (ON) o
amperímetro indica a razão de carga da bateria. Se o alternador não estiver funcionando, o
amperímetro indicará a razão de consumo de bateria.

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3.9 Indicador de curva e derrapagem


Esse instrumento pode ser acionado por vácuo ou eletricamente. O indicador de curva é
giroscópio, enquanto o indicador de derrapagem do instrumento consiste em uma bola fechada
em um tubo de vidro curvo, cheio de fluido de amortecimento. Há dois tipos de indicador de
curvas de derrapagem. O primeiro é um tipo antigo com um ponteiro vertical no centro do
mostrador. Este tipo indica apenas a razão da curva, o ponteiro não se moverá, mesmo que esteja
o avião com um ângulo de inclinação. O outro tipo de instrumento é um coordenador de curva,
que indicará a razão de curva, mas, devido a sua espécie de construção, indicará a razão de
inclinação também. O indicador se move indicando uma curva, mas se a aeronave é mantida
inclinada pela aplicação do pedal, o indicador voltará azero indicando nenhuma curva.

3.10 Liquidômetros
Uma unidade transmissora está instalada em cada tanque de combustível. Essa unidade contém
uma resistência progressiva de um braço móvel. O braço e posicionado por uma bóia no tanque
de combustível, e este posicionamento é transmitido eletricamente ao instrumento do avião para
mostrar a quantidade de combustível existente no tanque. Um tanque vazio é indicado por uma
linha vermelha com a letra “E”. O mostrador não se torna confiável em glissadas ou atitudes
anormais.

3.11 Giro direcional


O giro direcional é um instrumento de voo, constituído de um giroscópio, acionado a ar,
estabilizado verticalmente. O giroscópio é acionado em alta velocidade através do abaixamento
da pressão na parte interna da carcaça e simultaneamente permitindo que o ar sob pressão
atmosférica externa entre no instrumento, empurrando o êmbolo do giroscópio. Devido à inércia
giroscópica, o eixo do giroscópio continua a apontar em uma mesma direção mesmo que o avião
seja inclinado para a direita ou para a esquerda. Este movimento relativo entre o giroscópio e a
carcaça do instrumento parece no mostrador de instrumento que é similar a uma “Rosa dos
Ventos”. O mostrador, quando ajustado para coincidir com indicação da bússola magnética, passa
a dar indicações reais e corretas de rumos, sem erros devidos às curvas. Todavia, o giro direcional
não tem sensor de rumo e ao ser ajustado de acordo com a bússola magnética, só é acurado para
a proa para a qual foi ajustado. O giro só pode ser checado na proa na qual for inicialmente
ajustado. Também devido à fricção interna, imperfeições no eixo, turbulência do ar e fluxo de ar,
o giro deve ser reajustado no mínimo a cada quinze minutos para uma operação.

3.12 Climb (variômetro)


O Climb mede a razão de mudança na pressão estática quando o avião sobe ou desce. Através de
um ponteiro e de um mostrador, este instrumento indica a razão de descida ou de subida do avião
em pés/minuto. Mas, devido ao retardo nas reações do instrumento, o avião estará subindo ou
descendo antes que o instrumento comece a sentir e dar indicações em um sentido, de subida,
ou descida, até um pouco após o avião ter assumido uma altitude de voo nivelado.

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3.13 ADF (Automatic Direction Finder)


É um indicador automático de direção, ele indica automaticamente a direção das ondas emitidas
por uma estação NDB.

3.14 Aviônicos (rádios, transponder, DME).


São os equipamentos utilizados pelo piloto para auxilio a navegação e/ou comunicação.

3.15 Bussola
A bússola magnética é sujeita a erros devido aos campos magnéticos, instrumentos elétricos, etc.

3.16 Indicador de Pressão de Óleo


O Indicador de pressão de óleo, localizado na parte inferior do painel, indica a pressão de óleo
existente em uma linha de passagem de óleo pressurizada.

3.17 Indicador de Temperatura


O Indicador de temperatura de óleo, localizado na parte inferior do painel, funciona com uma
resistência elétrica com sensor de temperatura. A faixa de funcionamento normal (verde) varia
entre 38 e 118ºC e a temperatura máxima, 118ºC, é indicada por uma linha vermelha.

SEÇÃO 4 - LIMITAÇÕES
Nesta seção são apresentadas as limitações operacionais, marcações nos instrumentos, código
de cores e inscrições técnicas básicas que são necessários para a operação da aeronave e seus
sistemas.

4.1 Velocímetro
INDICADOR KIAS DESCRIÇÃO
Arco Branco 35 – 85 Faixa operacional normal para extensão de flap
Arco Verde 40 – 111 Faixa normal de operação
Arco Amarelo 111 – 149 Conduzir a operação com cautela sob condição atmosférica
calma.
Linha Vermelha 149 Velocidade máxima para todas as operações
4.2 Velocidades
A velocidade de manobra diminui com pesos menores, já que os efeitos das forças aerodinâmicas
se tornam mais pronunciadas.

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A velocidade de manobra não deve ser excedida quando em operação em ar turbulento.

4.3 Grupo moto propulsor

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4.4 Pesos e fator carga


➢ Peso máximo de decolagem – 1670 libras
➢ Máximo vento de traves observado – 12 knot
➢ Teto de serviço – 14.700 feet

4.5 Combustível
➢ Capacidade total: 100 litros (26.4 galões US)
➢ Total utilizável: 96 litros (25,36 galões US)
➢ Não utilizável: 4 litros (1,05 galões US)

*Não decolar com combustível inferior a 10 litros (2,64 galões US)

4.6 Operação
A aeronave C152 está homologada para operações VFR diurna / noturna e poderá também ser
homologada para voos IFR simulado, desde que possua os instrumentos mínimos para essa
operação.

*São proibidos voos sob condições de formação de gelo.

SEÇÃO 5 - INSPEÇÃO PRÉ-VOO

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5.1 Check interno da cabine

5.2 Check externo

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SEÇÃO 6 – PROCEDIMENTOS NORMAIS


6.1 Antes da Partida

6.2 Partida do Motor

6.3 Após a Partida

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6.4 Antes da Decolagem

6.5 Cheque de Segurança

6.6 Após a Decolagem – 400Ft.

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6.7 Cruzeiro

6.8 Cheque de Aproximação

6.9 Cheque Pré Pouso

6.10 Após o Pouso

6.11 Corte do Motor

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SEÇÃO 7 – PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

7.1 Procedimentos de Emergência

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SEÇÃO 8 - PERFORMANCE

Esta secção tem por finalidade apresentar as cartas de performance da aeronave C152 sob várias
condições de utilização para facilitar o planejamento de voo.

8.1 Exemplo
CONFIGURAÇÃO DA AERONAVE
Peso de decolagem 1670 lbs (757,5 Kg)
Combustível utilizado 92,74 lts
Flap 10°
CONDIÇÕES DE DECOLAGEM
Altitude pressão do campo 2000 ft
Temperatura 30°C
Comprimento da pista 3500 ft
CONDIÇÕES EM CRUZEIRO
Distancia total 205 NM
Altitude pressão 6000 ft
Temperatura 20°C
Vento estimado em rota 10kt
CONDIÇÕES DE POUSO
Altitude pressão 2000 ft
Temperatura 25°C
Comprimento da pista 3000 ft
8.1.1 Decolagem

De acordo com a tabela abaixo e os dados apresentados acima, obtemos:

Distância de decolagem: 980 pés (280 metros)

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Distância total para superar obstáculos * (50 pés – 15 metros): **1820 pés (554 metros)
* Distancia vertical ** distancia horizontal
8.1.2 Cruzeiro

Considerando a altitude pressão de 6000 pés (1828 metros), 20ºC acima da Temperatura padrão
e rotação de 2400 RPM encontramos os Valores:

Potência: 64%
Velocidade aerodinâmica: 99 kts (183 Km/h)
Fuel 5.2 g.p.h
Veja no gráfico:

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8.1.3 Pouso

O procedimento é equivalente ao cálculo da distância de decolagem. Inserindo a altitude de 2000


pés (609,6 metros) e temperatura de 30º C, temos:

Distância até a parada: 535 pés (163 metros)

Distância total para superar obstáculo a 50 pés (15 metros): 1300 pés (396 m)

8.2 Componente de vento


Máxima componente o vento do Cessna C152 são 12 Knots

No exemplo acima a velocidade do vento é de 10 Kt e a direção do mesmo em relação à aeronave


é de 50°. A componente será lida na parte inferior da tabela. Neste caso temos a componente
máxima, devendo o piloto ter a máxima cautela para operação.

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SEÇÃO 9 - PESO E BALANCEAMENTO

A fim de obter o desempenho de voo que foram definidas para o Cessna C152, o mesmo deve ser
operado com o peso e o centro de gravidade (CG) dentro dos limites operacionais aprovados
(envelope). Antes da decolagem, o piloto deve certificar-se de que o avião está carregado de
acordo com o envelope de carregamento.

A má distribuição da carga traz consequências prejudiciais para o avião. Um avião sobrecarregado


não terá desempenho de decolagem, subida e cruzeiro ideal.

O centro de gravidade é um fator decisivo nas características de voo. Se o C.G estiver muito a
frente da sua posição normal, será difícil rodar para decolar ou pousar. Se o C.G estiver atrás de
sua posição normal, o avião poderá rodar prematuramente na decolagem e pode resultar em
estol inesperado.

Conhecendo o peso vazio básico e o respectivo C.G, o piloto pode, facilmente, determinar o peso
e a posição do C.G e verificar se estão dentro dos limites aceitáveis do envelope.

O peso vazio básico e a localização do C.G são registrados na “ficha de pesagem de aviões” do
relatório de peso e balanceamento que está anexo à pasta de documentos do avião.

A finalidade do cálculo de peso e balanceamento é determinar que quantidades de cargas e


combustível possam ser carregadas, de modo a manter o peso e o C.G dentro dos limites
permitidos.

A seguir folha de planejamento de peso e balanceamento do Cessna C152.

Abastecimento Litros

Variáveis Peso (Kg) Peso (Lbs) Momento


Peso Vazio << Ficha da Aeronave
Combustível
Piloto + Passageiro
Bagageiro (max 120 lbs) CG (mom./peso lbs)
TOTAL (max 1670 lbs)
> Para converter Litros para Quilos, multiplique por 0,72 (só para AVGAS)
> Para converter Quilos para Libras, multiplique por 2, 2
> Para calcular o CG, dividir o momento total pelo peso total.

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SEÇÃO 10 - SISTEMAS

10.1 Grupo motopropulsor


A aeronave C152 possui um motor Lycoming modelo o-235 com quatro cilindros horizontais
opostos, refrigerado a ar e com alimentação por carburação. A potência desenvolvida a 2.550
RPM é de 110 Hp. Agregado ao motor está localizado a caixa de acessórios, composta dentre
outros por um starter, uma bateria, um alternador um radiador de óleo e uma bomba de vácuo.

10.2 Hélices
A hélice é de liga de alumínio e possui passo fixo, de acordo com o fabricante (McCauley), o
diâmetro da hélice é de 69 polegadas. Algumas aeronaves podem estar equipadas com hélice
Senseninch. Abaixo está descrito a diferença de faixa máxima de operação estática das hélices.

FABRICANTE MÁXIMA RPM ESTÁTICA


McCauley 2280 a 2380 RPM
Sensenich 2100 a 2275 RPM
10.3 Sistema de ignição
O C152 possui dois magnetos (L e R), localizados na parte traseira do motor. Como os cilindros
estão dispostos na horizontal, às velas ficam na parte inferior e outra na parte superior do cilindro.

Cada magneto fornece descarga elétrica para uma vela de cada cilindro, sendo duas inferiores e
duas superiores em cilindros opostos, desta forma os cilindros continuam em funcionamento
mesmo em caso de falha de um magneto.

Este sistema é totalmente independente do sistema elétrico da aeronave. Uma vez que o motor
esteja em funcionamento, ele permanece operacional mesmo em caso de perda de alternador e
bateria.

Durante o cheque de motor, ao verificar o funcionamento do magneto, ao selecionar o magneto


esquerdo (para testá-lo) o sistema desliga o magneto direito, e vice versa.

Caso no cheque do motor seja observada variações de RPM maiores que o previsto no manual, o
voo deve ser evitado.

10.4 Sistema de partida elétrica


O C152 vem equipado com sistema de partida elétrica. Trata-se de um motor de arranque,
comandado por uma chave no painel da aeronave.
A energia necessária para o sistema de partida é fornecida pela bateria da aeronave, e em alguns
casos por fonte externa.

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10.5 Sistema de óleo do motor


Na seção de acessórios do motor está localizado o reservatório de óleo do motor, cuja capacidade
máxima é de 6 qts.

A quantidade de óleo do motor pode ser verificada através da leitura da vareta medidora,
localizada sob a janela de inspeção no nariz da aeronave.

O óleo é conduzido ao motor através de uma bomba de óleo do tipo pressão. A principal função
do óleo é de lubrificar as peças do motor, evitando o atrito entre elas. Após o trabalho de
lubrificação do motor, o óleo passa pelo radiador para ser resfriado e pelo filtro antes de retornar
ao reservatório. O óleo utilizado é o W100 SAE 50.

10.6 Sistema de Combustível


O sistema de combustível é composto por dois tanques ventilados (um em cada asa), uma chave
seletora (duas posições, aberta ou fechada localizada no assoalho entre os assentos), um respiro
do tanque (asa esquerda), um filtro de combustível, um primer manual e um carburador.

Quando a chave seletora está na posição aberta, o combustível dos dois tanques desce por
gravidade para o filtro do combustível e após segue ao carburador, não necessitando de bombas
elétricas ou mecânicas.

Quando utilizamos o primer manual, este injeta o combustível que sai do filtro, direto no cilindro.

Cada tanque de combustível possui a capacidade de 50 litros (totalizando 100 litros) e o consumo
horário aproximado considerado para cálculo em voos de instrução é de 25 litros/hora,
perfazendo uma autonomia máxima de 4 horas.

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O tipo de combustível utilizado é a gasolina 100LL (azul).

A quantidade de combustível pode ser medida através dos sensores elétricos instalados dentro
dos tanques, os quais transmitem essa informação aos liquidômetros (localizados na parte
inferior esquerda do painel, ou então manualmente, através da vareta medidora de combustível).

A verificação de água ou sedimentos no sistema de combustível deverá ser observada durante a


drenagem da gasolina. O sistema possui três pontos de dreno, um sob cada asa e outro sob o
nariz da aeronave (dreno do filtro de combustível).

10.7 Sistema de Alimentação


O motor do C152 é alimentado por carburador, às manetes que o controlam estão posicionadas
na parte central do painel, podendo ser comandadas pelo piloto e/ou instrutor.

São elas: entrada de entrada de ar quente (“CARB HEAT” – preta curta), borboleta para entrada
de ar (“THROTTLE” – preta), e mistura de combustível (“MIXTURE” – vermelha).

O sistema possui ainda um manete chamado “PRIMER”, que tem por função injetar combustível
diretamente no cilindro, esta manete pode ser usada antes de dar partida para auxiliar no
acionamento do motor em dias frios.

Após o seu uso, o piloto deverá verificar se a mesma está fechada e travada.

10.8 Sistema Elétrico


Este sistema utiliza uma bateria de 24 volts de 14 amperes como fonte de energia elétrica. A
bateria localiza-se no lado direito a frente da parede de fogo do motor.

Um alternador de corrente 28 volts e 60 amperes. Instalado na secção frontal do nariz mantém a


carga da bateria.
O acionamento de ambos (bateria e alternador) é através do Master switch, localizado no canto
inferior esquerdo do painel.

O switch da bateria tem acionamento independente do alternador, o qual só é acionado quando


o switch da bateria está na posição ON.

Um amperímetro, localizado no lado superior direito do painel, indica o total de corrente em


ampéres do alternador para a bateria ou da bateria para o sistema elétrico da aeronave.

Quando o motor está em funcionamento e o Master Switch está na posição ON, o amperímetro
indica a razão de carga aplicada à bateria.

Na eventualidade de mau funcionamento do alternador ou de carga elétrica excessiva, o


amperímetro indicará a razão de descarga da bateria. Considerando uma sobre voltagem no
sistema, uma unidade de controle do alternador o remove automaticamente do sistema e toda
carga elétrica da aeronave deverá ser suprida pela bateria, neste caso, uma luz vermelha
(lowvoltage warning light), localizada abaixo do amperímetro acenderá.
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Os disjuntores (fusíveis) são do tipo push-to-reset, exceto o disjuntor do alternador (pull-off). A


finalidade dos disjuntores é proteger o sistema elétrico da aeronave. O painel de interruptores de
luzes de navegação está localizado na parte central do painel de instrumentos. Um interruptor
reostato, localizado ao lado esquerdo do painel de interruptores, é usado para controlar a
intensidade da luz interna e do painel de instrumentos.

Abaixo, temos demonstrado o esquema do sistema elétrico:

10.9 Sistema de frenagem


O sistema de freio possui atuação hidráulica e é composto por um disco, duas pastilhas de freio
(externa e interna) e um reservatório hidráulico.

A frenagem ocorre através da ação dos pedais de dentro da cabine.

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Quando pressionado a parte superior do pedal, o óleo percorre toda linha sob pressão até chegar
cilindro atuador que faz as pastilhas comprimirem ao disco, freando a roda correspondente ao
pedal pressionado.

10.10 Sistema de Luzes


Luzes convencionais de navegação estão instaladas na ponta das asas (verde e vermelha) e no
leme de direção (branca na parte traseira da aeronave).

Um farol de pouso está localizado na parte inferior dianteira do capô do motor.

Um farol anti-colisão está montado na parte superior do estabilizador vertical (beacon –


vermelha).

Estas luzes, assim como a luz branca de cabine e o aquecimento do pitot, podem ser ligadas em
um quadro de interruptores localizado na parte inferior do painel. A luz vermelha do painel, assim
como intensidade das luzes dos rádios, é controlada pro dois reostatos concêntricos localizados
à esquerda do painel de luzes.

10.11 Sistema de Aquecimento e Ventilação


O sistema de ventilação consiste em duas entradas de ar nas extremidades superiores do
parabrisa e uma ventilação atrás do painel com entrada de ar na lateral direita do nariz.

O aquecimento de cabine usa outra entrada de ar, com controle de uso independente. O ar é
aquecido no motor antes de ir para cabine.

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10.12 Sistema de alerta de estol


O C152 possui um sistema capaz de produzir alerta sonoro indicando baixa velocidade. O aviso é
emitido de 5 a 10 kts acima da velocidade do stall.

Para verificar o funcionamento do sistema, o piloto deve inspecionar e sugar a tomada de ar,
localizada na asa esquerda, que irá emitir um alerta sonoro.

10.13 Sistema de Vácuo


O C152 dispõe de uma bomba de vácuo, ligada ao motor da aeronave, ela é responsável por
manter o correto funcionamento do horizonte artificial e do giro direcional.

Um indicador de pressão de sucção está disponível no painel (vacuômetro), a faixa de segurança


de funcionamento é de 4,5 a 5,4 com o motor acionado e RPM próxima a de cruzeiro.

No C152 a tomada de pressão estática fica localizada no nariz do avião do lado esquerdo, já o
tubo de pitot (pressão dinâmica), fica na asa esquerda.

O piloto deve ficar atento à desobstrução dessas tomadas de pressão, para correto
funcionamento dos instrumentos de voo.

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10.14 Equipamentos de rádio

10.14.1 Transceptor VHF

O equipamento utilizado para comunicação radio entre aeronaves, recebe e transmite sinais
entre 118.000 e135. 975 MHz em intervalos de 25 KHz.

O rádio VHF possui um botão VOL, para ligar ou desligar o aparelho, que tem também a função
de ajustar o volume. Ao ser energizado a janela de frequência mostrará as frequências
armazenadas na memória permanente, que corresponde às mesmas que estavam setadas no
momento em que foi desligado.

OBS.: O rádio, assim como todos os equipamentos elétricos da aeronave, deve estar desligado no
momento da partida.

10.14.2 ADF

O equipamento ADF - Automatic Direction Finder, ou seja, "Detector Automático de Direção" é


utilizado em voos IFR para captar e descodificar o sinal da antena NDB. É o sistema de navegação
mais e comum e mais simples que existem na atualidade.

Recebe sinais de rádio na faixa de 200 KHz a 400 KHz (de antenas NDB) e na faixa de 550 KHz a
1.650KHz (rádio broadcast AM).

Sua operação é bastante simples. O piloto sintoniza uma estação NDB ou rádio broadcast AM e o
ponteiro do equipamento indica a direção que deve ser seguida sobre uma bússola. Um sinal de
áudio também identifica a estação recebida.

10.14.3 VOR

O equipamento VOR, Omnidirectional Range é utilizado em voos IFR, opera em VHF nas
freqüências de 108.00 até 117.95 Mhz, sendo que de 108 até 112 são apenas utilizadas as
frequências pares, pois naquele intervalo as frequências ímpares são destinados aos localizadores
ILS.
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A vantagem deste equipamento é que ele possui 360 radiais, e o equipamento embarcado na
aeronave pode ser ajustado para identificar essas radiais individualmente.

10.14.4 Transponder
O equipamento transponder possui um botão liga-desliga com as seguintes funções (posições):

➢ OFF – desligado.
➢ STBY – em stand by, ou em aquecimento.
➢ ON – ligado, para indicação de rota.
➢ ALT – ligado, para indicação e rota e altitude. ➢ TEST – para teste.

Possuem ainda janelas para introdução de código, determinado pelos órgãos ATC, para cada voo
ou fase de voo.

10.14.5 ACAS - Airborne Collision Avoidance System


O ACAS é o Sistema instalado a bordo da aeronave baseado nos sinais dos "transponders" do
radar secundário (SSR), Modo C ou Modo S, que funciona independentemente dos equipamentos
instalados em terra, para proporcionar aviso ao piloto sobre possíveis conflitos entre aeronaves
dotadas de "transpoder" SSR.
Fornece informações de auxílio às manobras de "ver e evitar", gerando avisos de tráfego (TA), que
apenas informam sobre a localização de um ou mais aviões na mesma área. Porém, não inclui a
capacidade de gerar avisos de resolução (RA).

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10.15 Portas e janelas


O C152 possui uma porta de cada lado da aeronave. A sua abertura é simples, com acionamento
de uma fechadura.

A porta possui uma janela que pode ser aberta durante o taxi, mas deve permanecer fechada
durante todo o voo.

Caso a porta abra em voo ou durante a decolagem, continue o seu voo normalmente e após o
nivelamento peça auxílio do instrutor para fechá-la.

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