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FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

AMANDA MODENESI FELÍCIO


PEDRO LIMA PIAZAROLLO
RODRIGO BANDEIRA DE MELLO RIBEIRO

ATIVIDADE 03: REPÚBLICA NO BRASIL-


TRANSDISCIPLINARIEDADE

VITÓRIA
2015
AMANDA MODENESI FELÍCIO
PEDRO LIMA PIAZAROLLO
RODRIGO BANDEIRA DE MELLO RIBEIRO

ATIVIDADE 03: REPÚBLICA NO BRASIL-


TRANSDISCIPLINARIEDADE

Trabalho cientifico apresentado ao Curso de


Direito da Faculdade de Direito de Vitória – FDV,
como requisito parcial para a aprovação na
disciplina de Ciência Politica e Teoria do Estado
ministrado pelo prof. Leonardo Barros Souza.

VITÓRIA
2015
SUMÁRIO

1 A INDICAÇÃO DAS EXPLICAÇÕES SOBRE A PROCLAMAÇÃO


DA REPÚBLICA NO BRASIL 03

2 A IDENTIFICAÇÃO DO POVO E DE QUAL FOI O SEU PAPEL NO


CONTEXTO DA PROCLAMAÇÃO 04

3 UMA PROPOSTA DE ANÁLISE COMPARATIVA DO MOMENTO


DA PROCLAMAÇÃO, TAL COMO DESCRITO NO TEXTO-BASE, E
UM ACONTECIMENTO CONTEMPORÂNEO, EXTRAIDO DA
REALIDADE BRASILEIRA, COM APTIDÃO PARA CONFIRMAR A
HIPÓTESE DE QUE NOSSA REPÚBLICA PADECE DE UM VÍCO
ORIGINÁRIO 06

4 UMA RESPOSTA À PERGUNTA “O BRASIL É REALMENTE UMA


REPÚBLICA?”, CONSTRUIDA A PARTIR DO TEXTO E SEM
DESCONSIDERAR SUAS PREMISSAS. 07
1 A INDICAÇÃO DAS EXPLICAÇÕES SOBRE A PROCLAMAÇÃO DA
REPÚBLICA NO BRASIL

República Militar:

Para os deodoristas, que representavam o ideal corporativo das forças


militares, a Proclamação da República foi uma ação estritamente militar, em
que Deodoro, como líder, teria comandado seus homens para a tomada do
poder. Os civis pouco ou nada influíram em tal proclamação, tendo apenas
assistido “bestificado” o que se passava, conforme artigo do jornalista
Aristides Lobo no jornal “Diário Popular”.

A Proclamação da República era percebida também, na visão deodorista,


como o que seria considerado o ato final da questão militar, uma solução para
a forma de governo que antes imperava, segundo eles o fim da dominação da
elite sobre os militares. Possuía também um caráter corporativista, sendo que
apenas os militares eram possuidores de influência na revolução. Não havia
uma busca para a república de modo elaborado, e sim de modo de se auto
promover, como a busca pela ascensão social dos militares e a exigência de
mais poderes políticos.

República sociocrática:

Os positivistas, que tinham como líder Benjamin Constant, viam a


Proclamação da República como um projeto arrojado que faria com que
houvesse um avanço sociocrático no Brasil. Os mais ortodoxos acreditavam
que D. Pedro II deveria permanecer, enquanto figura representativa de poder
e de estabilidade nacional. Já alguns, com a sua ausência, preconizavam a
ditadura republicana. Embora tais propostas não tenham sido aceitas o
aprimoramento do ensino militar, a separação da igreja e estado e a
introdução do casamento civil na sociedade são heranças positivistas.

Assim havia uma preocupação maior com a pátria do que com o exército, o
que mostrava uma menor dependência do estado perante as questões
militares. Buscava-se uma integração da sociedade no que tange a benefícios
de militares e civis, para que fosse alcançado por ambos uma evolução
comum.

República liberal:

A proclamação da republica em âmbito liberal teve seu inicio com Quintino


Bocaiúva tornando-se chefe do partido republicano brasileiro. Era proposto
nessa ação, que houvesse uma demanda militar para que não fosse
ocasionada uma derrota antecipada, mas o que mais afligia Quintino
Bocaiuva era que a participação popular era nula, o povo aparecendo apenas
como figurante, contrariando suas ideias liberais.
Além disso, a proclamação para os liberais foi um mero ato de dar vivas
àqueles que ascenderam ao poder, pois enquanto aqueles que viviam em
uma “oligarquia militar” disfarçada de “república” obtinham privilégios e
direitos, os que eram remanescentes tinham apenas que se subordinar ao
poder centralizado na mão de poucos.

2 A IDENTIFICAÇÃO DO POVO E DE QUAL FOI O SEU PAPEL NO CONTEXTO


DA PROCLAMAÇÃO

Participação da população na proclamação da república: A proclamação da


república foi um golpe militar, realizado pelas elites civis e militares. Portanto, o povo
não exerceu papel ativo nem passivo na proclamação, e assistiram os desfiles das
tropas do marechal Deodoro da Fonseca como se estivessem diante de um desfile
cívico, sem entender ao certo o que estava acontecendo. Havia total falta de
interesse político, sendo o povo assim extremamente submisso ao poder.

3 UMA PROPOSTA DE ANÁLISE COMPARATIVA DO MOMENTO DA


PROCLAMAÇÃO, TAL COMO DESCRITO NO TEXTO-BASE ,E UM
ACONTECIMENTO CONTEMPORÂNEO , EXTRAIDO DA REALIDADE
BRASILEIRA, COM APTIDÃO PARA CONFIRMAR A HIPÓTESE DE QUE NOSSA
REPÚBLICA PADECE DE UM VÍCIO ORIGINARIO

O texto trata de uma “república” em que poucos dominam e muitos obedecem.


Existe portanto uma configuração muito diferente do que deveria ser o modelo de
governo republicano. Dessa maneira é possível conectar passado com presente no
que tange a ocorrência de ações as quais excluem a sociedade da vida política
desde o inicio da República.
A questão da pouquíssima participação do povo na vida pública é um vicio que até
perdura até hoje, a exclusão de voz pública. Vejamos por exemplo uma votação em
qualquer Câmara ou plenário no Brasil: existe uma chamada relação despótica entre
o representante e o representado, de modo que o que está representando “faz de
conta” que está pondo em jogo os interesses do representado, enquanto na verdade
está apenas colocando em prática seus interesses e de seus colegas políticos.
Isso vem acontecendo, traçando um paralelo com o texto, desde a época da
proclamação da república, pois, os militares atendiam apenas seus interesses sem
se preocuparem com os cidadãos. Isso mostrava de certo modo como era difícil
alguém do povo estar envolvido na vida politica naquela época, e até nos dias atuais
é um sistema muito complexo de participação popular.
Assim a “república” federativa do Brasil, tem muito que evoluir e muitos vícios devem
ser extintos da vida pública, no sentido de melhorar a vida do povo, proporcionando
condições para que todos participem na mudança desse governo republicano
“alterado” que nos foi apresentado até agora.

4 UMA RESPOSTA À PERGUNTA “O BRASIL É REALMENTE UMA


REPÚBLICA?”, CONSTRUIDA A PARTIR DO TEXTO E SEM DESCONSIDERAR
SUAS PREMISSAS.

Segundo o Maquiavel a República é uma instituição em que muitos governam, o


homem ao passar por várias experiências de governo aprende com a história e
chega a república mais evoluído, restabelecendo a ordem social; entretanto o
instinto egoísta do indivíduo prevalece à razão, voltando a desordem quando ele
abusa do poder. Montesquieu acrescenta ainda o critério da essência da forma de
governo, no caso da República é a virtude, está relacionada ao saber da importância
de viver em coletividade, o individuo qualifica-se como cidadão e suas ações são
voltadas para o interesse público e não apenas o individual.
Contrariando os conceitos elucidados acima, o Brasil não pode ser classificado
como República, visto que originalmente a proclamação não nasceu do povo, e sim
da vontade dos militares de alçarem o poder, já que durante a Monarquia do
governo de Ouro Preto perderam prestígio e status social.
Os militares não visavam o interesse comum e nem o restabelecimento da ordem,
não houve participação popular no movimento, e nem uma mudança significada logo
após a proclamação.

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