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O povo africano é o povo original deste planeta


Apesar de alguns cientistas ainda estarem debatendo sobre as nuances da
origem do homem moderno, a maioria agora concorda que a humanidade
nasceu no continente africano.
Fundamentos: evidência fóssil e dados genéticos.

Encontrando Dinkinesh
Em novembro de 1974, dois antropólogos norte-americanos (Tom Gray e Donald
Johnson), trouxeram à tona restos fósseis de uma antiga mulher em Hadar na Etiópia.
Esse achado incrível reforçou ainda mais a montanha de evidências sobre a origem
africana da humanidade.

Eles decidiram nomear a mulher de “Lucy”, pois enquanto escavavam, tocava a


famosa música “Lucy in the Sky with Diamonds” dos Beatles.

Para os africanos os nomes possuem uma importância muito grande, então


cientistas etíopes deram um nome mais apropriado: Dinkinesh.
(Significa: “Você é maravilhosa” em Amárico.)

Há 3.2 milhões de anos vivia Dinkinesh. Até o momento é o esqueleto ancestral


humano mais antigo e mais completo.

Mas isso não foi suficiente, mesmo com tantas evidências fósseis que apontavam para
a África como o berço da humanidade, alguns cientistas continuaram suas buscas
para refutar este fato.

Até que em 11 de janeiro de 1988, a Revista Newsweek publicou um artigo completo


revelando anos de pesquisas e evidências científicas mostrando que o primeiro
ancestral humano era africano.

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Os africanos pisaram na América antes de Colombo
A maioria dos cientistas modernos acredita que, os primeiros imigrantes a
chegarem ao Ocidente eram asiáticos, exatamente com o mesmo tipo
físico que estamos acostumados a ver hoje.
Mas tanto evidências de estudos genéticos, quanto a antropologia física, nos
dizem que os povos pretos vieram muito antes.
Segundo o pesquisador e professor Runoko Rashidi (especialista em
história africana antiga), o que aconteceu foi que, estes povos asiáticos
cruzaram o Estreito de Bering em barcos, em um número tão grande, que
quando chegaram a América pré-histórica, acabaram absorvendo quase que
por completo, aqueles (pretos) que chegaram primeiro.
Sendo assim, as primeiras pessoas que pisaram na América eram pretas, e
da fusão de povos (os asiáticos que chegaram em grande quantidade e os
africanos que já estavam aqui), se constituiu a população nativa americana,
que os europeus encontraram no séc. XV e XVI.
As populações africanas que foram as primeiras a chegarem a América, não
desapareceram completamente. E isso nos leva a Civilização Olmec do México
antigo.

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É considerada a primeira civilização do Ocidente, pois alcançou êxito em
resolver certos problemas de convivência, de governo, defesa, religião, família,
propriedade, ciência e arte.
Há cientistas que estão convencidos que a presença africana entre os Olmec,
consistia apenas em uma comunidade pequena, mas de elite e altamente
influente. Outros concluíram que Olmec pode ter sido um assentamento de
colonos africanos, que conquistou a população nativa do Sul do México.
As evidências são fortalecidas por esqueletos e esculturas, que deixam claro
que os africanos tiveram uma profunda presença e influência na América pré-
colombiana.
Na imagem temos a cabeça Olmec de escultura que foi descoberta, e
a projeção dos cientistas que defendem a origem asiática.

Há cientistas que encontraram uma série de paralelos culturais entre antigos


africanos e nativos americanos, isso inclui arquitetura e prática religiosa.

Algumas comunidades de nativos americanos, adoravam deuses africanos


da grande antiguidade, muito antes da chegada dos primeiros escravizados à
América.
Estudiosos como Carlos C. Marques concluíram que: “A América juvenil
também era um continente preto.”

Quando os africanos foram escravizados


pelos europeus eles não eram selvagens
Em 1768 o filósofo iluminista europeu David Hume disse:

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“Eu estou apto a suspeitar que os pretos são naturalmente inferiores aos
brancos. Nunca possuíram uma nação civilizada como os brancos, não
há nenhum engenheiro habilidoso entre eles, não há arte, não há ciência.”
Em 1837, temos o famoso filósofo alemão Hegel dizendo:
“Neste ponto deixamos a África para nunca mais mencioná-la novamente. Pois
historicamente ela não faz parte do mundo, não há nenhum movimento ou
desenvolvimento para exibir.”
Em 1902, John Burguess, (um cientista político), escreve em seu livro que a
escravidão era uma consequência da natureza:
“Uma pele preta significa ser membro de uma raça que nunca desenvolveu
uma civilização própria. Existe algo de natural na subordinação de uma
raça inferior, até o ponto de escravizá-la.”
Em 1934, o historiador Arnold Toynbee concluiu que:
“A única raça primária que não contribuiu criativamente com
qualquer civilização, é a raça preta.”
Em 1965, Trevor Roper, Professor de História da Universidade de Oxford disse:
“Os estudantes estão apontando que deveriam estar sendo ensinados sobre
a história africana. Talvez no futuro exista alguma história africana para
ensinar. No momento não existe nenhuma, ou muito pouco: há somente a
história dos europeus na África. O restante é apenas escuridão. E escuridão
não é um assunto para essa disciplina. Eu não acredito que devemos nos
desculpar por estudar história de uma maneira eurocêntrica.”
E de todas essas construções surge mais um estereótipo: primitivos.
Se por primitivo entendermos que os africanos viviam vidas simples, livres das
tecnologias modernas, dos problemas modernos, das doenças sociais
modernas, ou ainda, que viviam de acordo com as leis “primárias” da natureza,
ao invés de estarmos sob os códigos inventados pelo homem para controlar o
comportamento humano...então sim, neste sentido podemos dizer que nós
éramos primitivos.
O povo africano possuía exatamente tudo o que precisava, inclusive a
tecnologia necessária. Uma vida “simples”, não significa uma vida selvagem.
Não importa o que os antropólogos europeus disseram sobre os africanos ao
longo dos séculos: não há como falar sobre selvageria sem mencionar a
civilização ocidental.
Museu de Tortura
É um tipo de museu dedicado inteiramente aos instrumentos de tortura, e
como foram utilizados durante a história. Existe um muito famoso, na cidade de
Praga na República Tcheca, onde se encontra uma cadeira com espinhos de
metal gigantes, que as mulheres eram obrigadas a sentarem nuas.

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Estes instrumentos foram utilizados durante a história europeia, e também
durante a escravidão nas Américas. Há muitos outros espalhados pelo
ocidente.
Motivo:
A tortura foi uma (das poucas) contribuições dos europeus para a humanidade.
Não existe sequer uma única língua escrita ou falada, forma de governo, sistema
econômico, indústria ou tecnologia, ramo da ciência, técnica artística, gênero
musical, esporte ou produto agrícola, que os europeus deram ao restante da
humanidade. Todas estas coisas vieram do povo original.

Mas quando falamos de tortura, genocídio, molestação infantil, bestialidade, e


todos os tipos de degradação humana, não encontramos fazendo parte de
nenhuma cultura do povo original.
Curiosidade e observações:
- No documentário Hidden Colors 2 (do Tariq Nasheed), os estudiosos
explicaram que não há nenhum caso conhecido de canibalismo africano. No
entanto, existem dezenas de casos bem documentados, de canibalismo
europeu ao longo dos tempos.
A dita civilização ocidental sempre foi uma grande farsa, pois é a mais bárbara
da história mundial:
- Alexandre o Grande é um ícone aclamado da civilização ocidental, que aos 26
anos de idade, chorou porque não havia mais pessoas para roubar e
assassinar.
- Quando analisamos o Império Romano, vemos que um de seus passatempos
favoritos era assistir assaltantes que se matavam, ou leões comendo gente.

O povo africano desenvolveu a civilização


Os últimos 200 mil anos de história africana, nos apresentam evidências de
cirurgia cerebral, astronomia, modelagem da terra, navegação de longo
alcance e comércio, mineração e feitos de engenharia, que o homem moderno
hoje luta para tentar reproduzir –mas que foram desenvolvidas com sucesso,
4 mil anos antes de Cristo.
Nesta mesma época histórica, raramente encontramos casos de assassinatos,
pobreza, fome, tortura, genocídio ou os muitos outros “avanços| que
encontramos nas civilizações modernas.
Agricultura
O povo africano foi pioneiro na ciência da agricultura há mais de 30 mil anos na
África Central, e cultivavam grandes plantações em todo o mundo há pelo
menos 10 mil anos. Civilizações africanas no Vale do Nilo, Oriente Médio e no
Leste da Ásia, correram para melhorar suas habilidades agrícolas, e então
alimentar suas populações com as melhores colheitas.

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Medicina
Desde quando surgiram ferimentos e doenças, pessoas africanas
diagnosticaram estas condições, utilizaram anestésicos, prescreveram
remédios naturopáticos, e até conduziram cirurgias.
Muitos dos medicamentos utilizados hoje no ocidente, derivam de ervas que
eram utilizadas pelos curadores originais. No entanto um grego chamado
Hipócrates (460-377 a.C) é considerado o pai da medicina, sendo que o
próprio disse: “Eu sou um filho de Imhotep”. Ele estava venerando e
contemplando um homem africano que viveu 2 mil anos antes dele.
(Nota: Imhotep (2655 a.C) lançou bases para a medicina que praticamos hoje.
Assistam o mini documentário “Imhotep- o primeiro multi-gênio da história”
disponibilizado no canal OSH1 no Youtube.)
Metalurgia
O povo africano estava forjando os primeiros artefatos de metais há mais de
6 mil anos no leste da África. Há pelo menos 5 mil anos, estas comunidades
podiam produzir aço de carbono de alta qualidade, muito antes dos europeus
desenvolverem este processo em 1800.
Astronomia
Antes dos Mouros (africanos) retomarem o estudo das estrelas, o mundo antigo
celebrava os astrônomos africanos que calcularam movimentos celestes. Em
Nabta Playa (Egito), existem monumentos de pedra, devidamente arrumados
na natureza por nossos ancestrais, que mapeiam nossa galáxia e datam 10 mil
anos atrás!
Dinheiro e moeda
Através da África, Ásia e Pacífico o povo preto criou as primeiras transações
financeiras utilizando miçangas, moedas e até cheques. Conchas de búzios
eram utilizadas como forma de dinheiro na África antiga, antecedendo as
moedas de ouro, que também foram desenvolvidas por pessoas pretas.
Joias
O exemplar mais antigo de joia, é um colar de conchas encontrado no
Marrocos datando 80 mil anos atrás. Mas pessoas pretas no mundo
antigo sempre foram apaixonadas por ouro, a ponto de fazer “grelhados”
de ouro cravejados com joias há milhares de anos. Sim. Comida.
Mineração
Muito antes das empresas europeias iniciarem a mineração na África, na busca
por ouro e diamantes, o povo africano construiu as primeiras minas do mundo
(utilizando conhecimentos geológicos, que ainda hoje, nós não conseguimos
entender completamente), há mais de 30 mil anos na África do Sul, e no Vale
do Nilo.

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Dança
Todas as danças tradicionais do mundo podem ser traçadas de volta até uma
origem africana. Algumas estão mais intimamente relacionadas com danças
tradicionais da África, do que outras. A Salsa por exemplo (que surgiu em
Cuba, aproximadamente na década de 40), provém da Kizomba, originária
da Angola.
Correio
Comunidades africanas antigas na Austrália, no leste da África, e no sul da
América, transferiam mensagens através de longa distâncias, utilizando os
primeiros sistemas de “correios” do mundo. Mesmo que digam que algumas
dessas culturas não possuíam linguagem escrita, a verdade é que, pessoas de
fora não conseguiam ler o que estava escrito.
Tecnologia
O povo africano desenvolveu as primeiras tecnologias do mundo há mais de
1,5 milhão de anos no leste da África. As ferramentas que eles criaram eram
simples, mas efetivas, e eram feitas de acordo com tradições e padrões muito
específicos. A fabricação de ferramentas foi uma das primeiras “Indústrias” do
mundo.
Ciência
As tradições científicas mais antigas do mundo, pertencem ao povo original.
Através delas astrônomos, arquitetos, engenheiros, geólogos, médicos e
inventores africanos (entre outros), desenvolveram maneiras cada vez
melhores, de fazerem todas as coisas que nomeamos até agora.

Os Antigos Egípcios (Keméticos) eram pretos

O egiptólogo James Breasted afirmou que um grupo de arianos avançados se


aventurou até o norte da África e criou uma das mais avançadas civilizações do
mundo.

Tomando isso como verdade:


De onde eles teriam vindo?
Onde na Europa, ou em qualquer outro lugar eles desenvolveram uma civilização
avançada antes?
Onde estariam os feitos deles em arquitetura e engenharia por exemplo?
Onde estariam as pirâmides deles?
Quando Kemet foi estabelecida, não havia nenhuma nação europeia no planeta.

Segundo argumento, as imagens falam por si:

Em estátuas, papiros, “retratos pessoais” dos governantes, enxergamos as


características africanas daquele povo.

No entanto surge Cheikh Anta Diop, para revolucionar o campo científico do séc XX,
e colocar o povo africano novamente no mapa da história mundial.

Seu principal trabalho que se tornou irrefutável, foi o teste de dosagem da melanina
de múmias que ele desenvolveu e aplicou comprovando a sua tese.

Não foram hebreus escravizados que construíram as


pirâmides de Kemet

Haggadah é um texto judeu que contém uma ilustração que mostra escravizados
judeus construindo as pirâmides sob o chicote de um mestre Kemético.

Além do argumento já apresentado no tópico anterior, temos que considerar a


capacidade de engenheiros habilidosos e pessoas em situação de escravidão que
jamais conseguiriam levantar um monumento complexo como as pirâmides.
Os Mouros eram africanos e resgataram a Europa da
idade das trevas

Segundo o professor Chancellor Williams: “Os Mouros originais, como os


Egípcios originais, eram pretos africanos.”
Em seu livro "O Dia que o Universo Mudou ", o historiador James Burke
descreve como viviam os típicos habitantes das cidades europeias:

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“Os habitantes jogavam todo o seu lixo e esgoto no centro das ruas estreitas.
O fedor era avassalador (...). Misturados com excrementos e urina, utilizavam
palha para cobrir o chão sujo.”
Então os Mouros se dedicaram a civilizar a Europa e a transformar a região na
civilização que ela é hoje.
Desenvolveram o comércio, a alfabetização, o saneamento público e a
arquitetura em grande escala.
Criaram uma qualidade de vida superior em toda a região europeia. O
historiador James Burke, ainda descreve no mesmo livro, o resultado
dessa transformação:
“Havia 300 banheiros públicos espalhados por toda a cidade e seus vinte e um
subúrbios. As ruas eram pavimentadas e iluminadas... As casas tinham
varandas de mármore para o verão e dutos de ar quente sob os pisos de
mosaico para o inverno. Elas eram adornadas com jardins com fontes e
pomares artificiais. O papel, um material ainda desconhecidos para o
ocidente, estava em toda parte. Havia livrarias e mais de setenta bibliotecas".
(Burke, 1985, p. 38).
Após a queda dos Mouros, Cristóvão Colombo usaria a tecnologia moura
roubada, para iniciar a conquista branca global que causou tanto sofrimento,
e ainda causa.
Fato é que:
Os africanos deram à luz do mundo aos brancos, e os brancos a
usaram para destruir a civilização africana.

Referência Bibliográfica:
Seven Little White Lies – Jabari Osaze
When the world was black – Part One – Supreme Understanding
Black People Invented Everything- Dr. Sujan Kumar Dass

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