O documento resume a formação e características da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), organização fundada por Rússia, Ucrânia e Belarus após o colapso da União Soviética em 1991. A CEI visa manter laços econômicos e políticos entre os membros, mas enfrenta desafios devido aos conflitos entre facções pró-Rússia e pró-Europa em alguns estados. As relações econômicas entre os países membros remontam à era soviética através de organizações como o Comecon.
O documento resume a formação e características da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), organização fundada por Rússia, Ucrânia e Belarus após o colapso da União Soviética em 1991. A CEI visa manter laços econômicos e políticos entre os membros, mas enfrenta desafios devido aos conflitos entre facções pró-Rússia e pró-Europa em alguns estados. As relações econômicas entre os países membros remontam à era soviética através de organizações como o Comecon.
O documento resume a formação e características da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), organização fundada por Rússia, Ucrânia e Belarus após o colapso da União Soviética em 1991. A CEI visa manter laços econômicos e políticos entre os membros, mas enfrenta desafios devido aos conflitos entre facções pró-Rússia e pró-Europa em alguns estados. As relações econômicas entre os países membros remontam à era soviética através de organizações como o Comecon.
Roteiro de Geografia: Faça a leitura do texto sobre a COMUNIDADE DOS ESTADOS
INDEPENDENTES.
A COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)
Rússia, Ucrânia e Belarus, as três repúblicas mais importantes da extinta União Soviética, fundaram a CEI, uma organização confederativa que visa manter a unidade e a soberania dos Estados-membros, com certa autonomia política e econômica. Parte de seus membros localiza-se na Europa e em parte na Ásia. As ex- repúblicas soviéticas Estônia, Letônia e Lituânia não aderiram à CEI. Após se declararem independentes, elas iniciaram um processo de integração à União Europeia, concluído em 2004. Já a Geórgia se integrou à CEI em 1994 e saiu em 2009, por ser contra o apoio da Rússia aos movimentos separatistas da Abkasia e da Ossétia do Sul. O fim da União Soviética e a formação da CEI Em 1991, após a desagregação da União Soviética, iniciaram-se esforços para a criação da CEI. Era essencial para a Rússia manter relações com as outras repúblicas independentes, tanto por interesses militares (pois parte do arsenal nuclear e da frota da extinta União Soviética havia ficado em território de nações agora independentes) como por questões energéticas (para manter o fornecimento dos oleodutos e dos gasodutos que atravessam várias dessas repúblicas). Essa postura da Rússia gerou diversos conflitos entre os pró-russos e os pró-europeus. CEI: POLÌTICO 2013
Relações econômicas antes da CEI
Embora a CEI tenha sido fundada em 1991, a integração entre os países- membros precede o surgimento do bloco, e as relações econômicas do Leste Europeu foram construídas ao longo das décadas anteriores. Durante o regime socialista, as economias do bloco oriental fortaleceram o sistema baseado na reforma agrária, realizada a partir de 1917 para obter controle total dos setores agrícola e industrial, e se tornarem autossuficientes e independentes do comércio com países capitalistas. Esse sistema promoveu a coletivização das propriedades agrícolas, que passaram a ser controladas pelos governos. Criaram-se, assim, cooperativas de propriedades privadas — denominadas kolkhoses — e fazendas coletivas altamente mecanizadas e gerenciadas diretamente pelo governo — chamadas sovkhoses, para controlar toda a produção agrícola e aumentar o excedente do setor.
] Kolkhoses e fazendas coletivas, 1925
Com a desagregação da União Soviética, esse sistema foi praticamente
abolido. As propriedades agrícolas foram privatizadas, tal como outras áreas da economia. A criação do Conselho de Assistência Econômica Mútua (Comecom), em 1949, também representou o aprimoramento das relações comerciais anteriores ao surgimento da CEI. O intuito era contrabalancear o Plano Marshall, isto é, a aliança capitalista edificada pelos Estados Unidos para apoiar a reconstrução da Europa, arrasada pela Segunda Guerra Mundial, além de promover a integração econômica. A maior parte das trocas comerciais ocorria de maneira bilateral, e os demais países influenciados pelo regime socialista orbitavam a União Soviética. O Comecom também foi desfeito no começo da década de 1990, após a desagregação da União Soviética.
A burocratização e a falta de competitividade
O controle estatal sobre todos os ramos da economia e da política soviética consolidaram uma enorme e ineficiente estrutura burocrática governamental. A planificação centralizada levou à criação de um sistema hierárquico que tornava lentas as tomadas de decisão e dificultava a transmissão de informações relevantes sobre a situação econômica e social. Assim, a implementação de medidas sociais, econômicas e políticas envolvia um processo demorado. Os países-membros da CEI apresentavam um sistema produtivo pouco diversificado e tecnologicamente atrasado. Diante dessa defasagem, muitos setores produtivos desse bloco tiveram de se adaptar à estrutura competitiva do mercado internacional. A conversão das economias planificadas em economias de mercado provocou, em um curto prazo, desemprego e diminuição de renda das camadas sociais mais desfavorecidas. A falta de competitividade e de investimentos em pesquisa, em setores como o automobilístico e o de eletrodomésticos, provocou uma estagnação das economias do Leste Europeu, somando-se à limitada produtividade e à baixa qualidade dos bens de consumo. No mesmo período, a produtividade dos países do bloco ocidental crescia rapidamente. Apesar dessas limitações, alguns países da CEI são grandes produtores agrícolas, especialmente de grãos. É o caso, por exemplo, da Ucrânia, que está entre os maiores produtores de trigo e milho do mundo.
Maquinário para colheita de milho próximo a cidade de Kalush, Ucrânia (2017)
O comércio entre os países da CEI
O controle rigoroso exercido pela Rússia, que antes garantia o equilíbrio entre as demandas e as ofertas do comércio regional, promoveu o rompimento dos vínculos existentes entre os países que depois vieram a constituir a CEI, especialmente em relação às trocas comerciais, que sofreram uma queda drástica. Com o fim da centralização, cada país procurou se integrar ao comércio internacional da maneira mais favorável a seus interesses. Desde sua criação, a CEI encontra dificuldades para se manter. Muitas das repúblicas que a integram se aproximaram da União Europeia. Apesar disso, a Rússia tenta manter certa hegemonia sobre esse bloco, muitas vezes à custa de conflitos (veja o quadro a seguir) A Revolução Laranja Um exemplo da luta pela hegemonia sobre as antigas repúblicas soviéticas foi a Revolução Laranja. Em 2004, nas eleições presidenciais da Ucrânia, houve uma fraude para evitar que o candidato pró-europeu chegasse à presidência. Como resposta, a população organizou diversos protestos e ocorreram atos de desobediência civil, além de greves. O partido pró-russo tentou evitar de todas as formas que Viktor Yushchenko ocupasse o poder em Kiev. A eleição teve de ser refeita, e a vitória do partido europeísta foi reconhecida. Confrontos semelhantes entre pró-russos e pró-europeus ocorreram em outras ex-repúblicas soviéticas, como a Geórgia