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1. A Policia sob o regime colonial português em Moçambique.

Objectivo:

Era de servir os interesses do regime colonial;

A Polícia do período pós colonial que visava defender e consolidar as conquistas revolucionárias;

Surgimento da primeira Polícia colonial em Moçambique.

Surgiu da necessidade de se elevar a vila de Lourenço Marques para a categoria de Cidade.

Esta Polícia com a denominação de Corpo de Polícia de Moçambique foi criada através do Decreto
do Governo Central de Portugal de 18 de Agosto de 1883.

O Corpo de Polícia de Lourenço Marques sofreu varias transformações de nomenclatura:

1. Corpo de Polícia e Fiscalização de Lourenço Marques em 1895;

2. Corpo de Polícia de Lourenço Marques em 1902;

3. Guarda civil de Lourenço Marques em 1911;

4. Guarda Republicana, em 1913, no ano seguinte a Portaria 2223 de Novembro de 1914, garantiu
a prevalência do Corpo de Polícia de Lourenço Marques em 1914.

1943

O crescimento urbano e da população implicaram por outro lado no aumento de seus contingentes
na expansão territorial dos núcleos da Polícia que actuavam de forma autônoma em diferentes
pontos da província como é comprovado pelo Decreto 144 de 1913, que publica o Regulamento de
Serviços Policias para o Concelho de Ibo e Porto Amélia (Pemba) Tsucana 2014

Através do Diploma Legislativo 27 de 19 de Outubro de 1965, foi criado o Estatuto do Corpo de


Polícia de Segurança Pública da província de Moçambique (PSP). Destinava se a reajustar a Orgânica
da Corporação policial criando um comando geral, secções e serviços , comandos distritais, e
comissariados .

Esta formação policial vigorou em Moçambique até Maio de 1975, extinta na sequência dos Acordos
de Lusaka assinados entre a Frelimo e o Governo Português.
De 1888 ate 1975, a Polícia colonial tinha como objectivo a defesa dos interesses da dominação e
exploração colonial.

Policiamento durante a luta de libertação Nacional.

A trajectória da Polícia moçambicana está intimamente ligada ao processo da luta de libertação


Nacional.

Foi no período da luta de libertação nas zonas libertadas que foram instituídas as primeiras
unidades de milicias populares cuja missão hoje está acometida a PRM.

Tique (2019)

Afirma que as milícias populares tinham a missão de garantir a protecção e segurança das
populações, estes órgãos eram responsáveis pelo combate a delinquência nas povoações,
protecção das pop3 contra as incursões das tropas inimigas, ima vez que as mesmas eram as
primeiras a detectarem a aproximação do inimigo. Os membros das milicias populares eram
indivíduos voluntários provenientes das povoações e a sua estrutura organizacional era de âmbito
local. Embora os líderes fossem designados pelos comandos dos guerrilheiros ( Departamento de
Defesa da Frelimo) estavam sob autoridade dos lideres locais e esres, por sua vez trabalhavam em
estreita colaboração com os guerrilheiros.

Corpo da Polícia de Moçambique (CPM)

A institucionalização da primeira Polícia moçambicana foi fundamentada no n 11 dos Acordos de


Lusaka, foi na sequência do processo de transferência de poderes do governo colonial português
para a Frelimo e da preparação da independência de Moçambique, onde foi promulgado o
Decreto-Lei 54/75 de 17 de Maio que cria o CPM.

O CPM estrvr directamente dependente do Ministério da Administração Interna, de acordo com o


artigo 2 do Decreto, tinha como missão:

" assegurar em estreita colaboração com as restantes forças policiais, a manutenção da ordem, e a
segurança das pessoas, a prevenção e repressão da criminalidade, a protecção e defesa dos
cidadãos, e dos seus bens, e a defesa dos interesses do Estado e do povo de Moçambique.

O surgimento do CPM, nao significa a ruptura imediata com a PSP, seguiu se o processo de
reintegração dos efectivos oriundos da PSP e das FPLM ainda sem formação policial e a
reestruturação da orgânica e do funcionamento da nova Corporação, de acordo com a orientação
política-ideológica do novo Estado.

Muitos jovens foram enviados a RDA, República Unida da Tanzânia para a formação policial, outros
dentro do País na cidade de Maputo e província de Sofala.

Estrutura do CPM á luz do Decreto n 25/75 de 18 de Outubro.

1. Polícia de Investigação criminal (PIC)


2. Policia Aduaneira (PA)

3. Polícia dos Transportes e Comunicações (PTC).

Pela extinção da Polícia Judiciária de Guarda Fiscal e da Polícia dos Caminhos de Ferro de
Moçambique. Este conjunto de forças foi colocada na directa dependência do Ministério do
Interior, juntamente com o CPM ( BR n 60 I Serie, de 26 de Maio de 1979).

POLÍCIA POPULAR DE MOÇAMBIQUE (PPM)

Foi decidido no III Congresso da Frelimo em 1977 a reformulação, como orgao do Estado, ao
serviço da aliança operária camponesa, pela Lei n 5/79 de 26 de Maio,e determinava a sua
subordinação ao Ministério do Interior.

A PPM, tinha como missão:

" garantir a ordem, segurança e tranquilidade publicas, o respeito pela Constituição e protecção das
conquistas revolucionárias, da paz e da revolução, prevenindo, investigando, reprimindo violação
da lei e ordenando a prisão dos agentes do crime (lei 5/79 de 26 de Maio)

A PPM integrou na sua estrutura organizacional e funcional os comandos nacionais da Polícia de


Protecção, Polícia de Trânsito, Polícia dos Transportes e Comunicações, Polícia de Investigação
criminal.

Através da Lei 5/88 de 27 de Agosto cria se o sistema de patentes e postos visando elevar a etica e
disciplina necessária numa força paramilitar hierarquizada. Com esta Lei a Polícia moçambicana
introduziu os escalões hierárquicos, patente e postos e as respectivas competências de atribuição.

Constituição de 1990 define que:

A República de Moçambique como um Estado de Direito baseado no pluralismo de expressão, na


organização política democrática, no respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais do
Homem, houve necessidade de adequar a Polícia a nova realidade extinguindo se a PPM, no ano de
1992 e a criação da PRM.

A revisão da Constituição em 1990 e os acordos Gerais de Paz firmados entre o Governo de


Moçambique e a Renamo no ano de 1992, determinaram mais uma vez a necessidade de
reformulação da estrutura organizacional e funcional da Polícia visto como órgão do poder unitário
do Estado.

Lei 19/92 de 31 de Dezembro foi criado a PRM como organismo público e força paramilitar
integrada no Ministério do Interior com a missão de:

" garantir a ordem, a segurança e tranquilidade pública, o respeito pelo Estado de Direito e a
observância estrita dos direitos e liberdades fundamentais do cidadão "

A Polícia é integrada nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) cujo Comandante Chefe é p Presidente
da República, a quem devem a obediência.
Revisão da Lei 19/92 de 31 de Dezembro que cria a PRM e a Lei 5/88 de 27 de Agosto, que cria o
sistema de patentes na PPM, com efeito foi adaptada a lei 16/2013, de 12 de Agosto (Lei da PRM)
actualmente em vigor, conjugado com o nr 2 do art 254 da Constituição da República de
Moçambique (CRM) preconizam que a PRM se organiza em Ramos e Unidades de Operações
Especiais e de Reserva. Assim afere se sao Ramos da PRM:

1. Ordem e Segurança Pública; (ROSP)

2. Polícia de Investigação criminal;

3. Polícia de Fronteiras (PF)

4. Polícia Costeira Lacustre e Fluvial (PCLF)

Unidades da PRM:

Intervenção Rapida (UIR)

Protecção a Altas Individualidades (UPAI)

Operações de Combate ao Terrorismo e Resgate de Reféns;

Canina;

Cavalaria;

Desactivação de Engenhos Explosivos.

A nova reestruturação ocorrida na PRM e a consequente desvinculação da PIC por se criar o Serviço
Nacional de Investigação criminal, órgão tutelado pelo Ministro do Interior levou a revisão do
Decreto 85/2014 de 31v de Dezembro que aprova o Estatuto Orgânico da PRM, á luz do Decreto
58/2019 de 1 de Julho que extingue o Ramo da PIC da organização estrutural da PRM.
Ministros e vice Ministros desde 1975 ate a data:

1. Amade Miquidade, desde 2020;

2. Jaime Basílio Monteiro-2015_2020;

3. Alberto Ricardo Mondlane ' 2010-2015;

4. Jose Candugue Antonio Pacheco, 2005-2010;

5. Almerino da Cruz Marcos Manhenje, 1996-2005;

6. Manuel José António, 1986-1990;

7. Jose Oscar Monteiro, 1984_1986;

8. Mariano de Araújo Matsinha, 1978-1983;

9. Armando Emilio Guebuza, 1975_1977

1983-1984.

Vice Ministros:

1. Helena Mateus Kida, 2017_2020;

2.Jose Santos Coimbra, 2015-2017;

3.jose De Jesus Mateus Pedro Mandra, 2005- 2015;

4. Edmundo Carlos Alberto, 1991-1996;


5. Hipólito Pereira Zózimo Patrício, 1986- 1991;

6. Teodato Mondim da Silva Honwana, 1985- 1996;

7. Tomé Eduardo, 1983-1986;

8. Carlos Raposo Pereira, 1980-1983;

9. Daniel Saul Banze, 1975- 1978.

Comandantes Gerais:

1. Bernardino Rafael, Inspector Geral da Polícia, 2017;

2. Julio dos Santos Jane, insp. Geral 2016_2017;

3. Jorge Henrique da Costa Khalau, insp Geral, 2008-2016;

4. Custodio Luís Pinto, Major general, 2006-2008;

5. Miguel Franscisco dos Santos, Insp. Geral, 2001- 2006;

6. Pascoal Pedro Joao Ronda, Insp. Geral, 1995-2001;

7. Oswaldo Assael Tanzama, Tenente General, 1975_1979.

Vice Comandante Geral

1. Timóteo Bernardo, Comissário, 2017...

2. Jose Weng San, Comissário, 2015-2017;


3. Jaime Basilio Monteiro, Comissário, 2011-2015;

4. Jorge Henrique da Costa Khalau, 1 adjunto de Comissário, 2001- 2008.

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