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ELEMENTOS DE MÁQUINAS

ENGRENAGEM - PROJETO

PROFESSOR: LUCCAS CARNEIRO

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 1


Nomenclatura de engrenagem
✓CÍRCULO PRIMITIVO: Círculo teórico onde
sobre o qual todos os cálculos se baseiam;
OBS1: O diâmetro desse círculo é chamado
de diâmetro primitivo;
OBS2: Os círculos primitivos de um par de
engrenagens são tangentes entre si;

✓PASSO CIRCULAR: Distância, medida no


círculo primitivo, do ponto de um dente ao
correspondente ponto no dente adjacente;
Logo, o passo circular é a soma da espessura
do dente com a largura de espaçamento;

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Nomenclatura de engrenagem
✓ADENDO: Distância radial entre o topo
do dente e o círculo primitivo;

✓DEDENDO: Distância radial do fundo


do dente ao círculo primitivo;
Altura completa é a soma do adendo e
dedendo;

✓FOLGA: Quantidade pela qual o


dedendo em dada engrenagem excede
o adendo da sua engrenagem par;
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Grandezas importantes
✓Módulo(m): Razão entre o diâmetro primitivo e o número de
dentes;
𝑑
m= , sendo o módulo em “mm” (d tem que ser em mm)
𝑁

✓Passo diametral(P): Razão entre número de dentes e o


diâmetro primitivo;
𝑁
P= , sendo o passo diametral em “dentes por polegada”
𝑑
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Grandezas importantes

✓Passo circular(p):
𝜋𝑑 𝜋
𝑝= = 𝜋𝑚 = , sendo p em “mm” ou “in”
𝑁 𝑃

MÓDULO
PASSO
DIAMETRAL

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Forma involuta do dente

SIMILAR A UMA
A PARTIR DESSA CORDA ESTICADA
CURVA, SURGE O SENDO
DESENHO DOS DESENROLADA EM
DENTES UM CILINDRO

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Forma involuta do dente

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Forma involuta do dente
Elementos importantes
✓CIRCUNFERÊNCIA DE BASE:
Circunferência a qual a linha do
involuta “se desenrola”;

✓TANGENTE COMUM: linha que


é tangente as duas curvas da
involuta dos dentes;

✓LINHA DE AÇÃO (NORMAL


COMUM): linha perpendicular a
tangente comum

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Forma involuta do dente
Elementos importantes
✓PONTO DE REFERÊNCIA: Ponto
de encontro entre a tangente
comum e a linha de ação;
OBS: O ponto de referência tem a
mesma velocidade linear no
pinhão e na coroa – chamada de
velocidade de linha de referência;

✓ÂNGULO DE PRESSÃO: Ângulo


entre a linha de ação e o vetor
de velocidade do ponto de
referência;
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Forma involuta do dente
Elementos importantes – Ângulo de pressão
✓ÂNGULO DE PRESSÃO:

❖São valores padronizados


por fabricantes de
engrenagens;

❖Os valores padronizados


são 14,5°, 20° e 25°;

❖ Atualmente, o valor de 20°


é o mais utilizado;
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Interferência e adelgaçamento

A interferência causa
o adelgaçamento do PQ?
dente
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Interferência e adelgaçamento
Como evitar esse dois fenômenos?

EVITANDO-SE ENGRENAGENS COM POUCOS DENTES

▪Um pinhão com poucos dentes tende a ter dentes maiores, os


quais terão o dedendo excedendo a circunferência de base:
GERA-SE, ASSIM, INTERFERÊNCIA E ADELGAÇAMENTO

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Interferência e adelgaçamento
EQUAÇÃO DO NÚMERO MÍNIMO DE DENTES DO PINHÃO QUE NÃO
GEREM INTERFERÊNCIA:

2𝑘 2 + (1 + 2𝑚 )𝑆𝑒𝑛2 ∅
𝑁𝑃 = 2
𝑚 𝐺 + 𝑚 𝐺 𝐺
(1 + 2𝑚𝐺 )𝑆𝑒𝑛 ∅
•Ø é o valor do ângulo de pressão;
•k = 1 para dentes de altura completa, e k= 0,8 para dentes
diminuídos; NÚMERO DE DENTES DA COROA
𝑁𝐺 𝑑𝐺
•mG: razão de velocidades (𝑚𝐺 = = )
𝑁𝑃 𝑑𝑃
NÚMERO DE DENTES DO PINHÃO
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Interferência e adelgaçamento
Exemplo de aplicação da equação:
Para um ângulo de pressão de 20°, com k=1 e mG=4:
2𝑘
𝑁𝑃 = 2 𝑚𝐺 + 𝑚𝐺 2 + (1 + 2𝑚𝐺 )𝑆𝑒𝑛2 ∅
(1+2𝑚𝐺 )𝑆𝑒𝑛 ∅
2(1)
𝑁𝑃 = 2 4 + 4² + (1 + 2(4))𝑆𝑒𝑛2 20 =15,4 = 16
(1+2(4))𝑆𝑒𝑛 20
dentes

Assim, 16 dentes no pinhão irá engrenar com a coroa de 64 sem


interferência
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Interferência e adelgaçamento
Exemplo de aplicação da equação:
Caso se utilizasse um ângulo de 14,5°, com k=1 e mG=4, o valor de Np seria
igual a 23 dentes.

➢Nesse caso, haveria a produção de uma engrenagem com


um diâmetro maior, aumentando a distância entre os centros;

➢Isso não é interessante para aplicações de engrenagem;

➢Por isso, ângulos de 14,5° são poucos utilizados.


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Interferência e adelgaçamento
Exemplo de aplicação da equação:

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Interferência e adelgaçamento
Exemplo de aplicação da equação:
Caso se utilizasse um ângulo de 14,5° o valor de Np seria igual a 23 dentes.

➢Nesse caso, haveria a produção de uma engrenagem com


um diâmetro maior, aumentando a distância entre os centros;

➢Isso não é interessante para aplicações de engrenagem;

➢Por isso, ângulos de 14,5° são poucos utilizados.


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Tensões em engrenagens
cilíndricas retas
➢Há dois modos de falha que afetam os dentes de engrenagem:

✓FALHA POR FLEXÃO DOS DENTES


- Ocorre quando a tensão de trabalho do dente iguala ou excede a resistência
ao escoamento ou ao limite de resistência à fadiga por flexão;

✓FADIGA DAS SUPERFÍCIES DOS DENTES


- Ocorre quando a tensão de contato operacional iguala ou excede o limite de
resistência à fadiga superficial.

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Tensões em engrenagens
cilíndricas retas
➢A AGMA (American Gear Manufacturers Association) foi – e ainda
vem sendo- a instituição responsável por divulgar conhecimentos e
modelagens sobre o projeto de engrenagens;

➢Exige o uso de grande quantidade de tabelas e gráficos;

➢Nesse curso, para fins didáticos, se omitirá muitas dessas tabelas, se


utilizará apenas um ângulo de pressão:

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Equação de flexão de Lewis
•Primeira equação útil para as tensões de flexão em uma
engrenagem;

•Considerou que o dente é uma viga em balanço com sua


sessão crítica na raíz;

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Equação de flexão de Lewis
•A equação de flexão de Lewis é dada por:

𝑊𝑡 𝑃𝑑
𝜎𝑏 = , sendo:
𝐹𝑌

Wt: Força tangencial no dente


Pd: Passo diametral do pinhão
F: Largura de face
Y: Fator adimensional de geometria (leva em conta a geometria do
dente para determinar sua resistência)
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Equação de flexão de Lewis
•A equação de flexão de Lewis não é mais utilizada em sua
forma original;

•Contudo, ela serve como base para uma versão mais


moderna determinada pela AGMA;

•Nessa base foram incluídas mais fatores para mecanismos


de falhas que foram entendidas em um tempo posterior ao
de Lewis;
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AGMA
•Duas equações fundamentais de tensão são utilizadas na
metodologia AGMA:
RESISTÊNCIA AO DESGASTE DE
TENSÃO FLEXIONAL
SUPERFÍCIE (CRATERAMENTO)

σ σ C

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AGMA
•As duas equações são apresentadas abaixo:
psi

TENSÃO
(14-15)
FLEXIONAL
MPa psi
RESISTÊNCIA AO
DESGASTE DE
SUPERFÍCIE (14-16)
(CRATERAMENTO) MPa

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AGMA
Tensão flexional

(14-15)

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AGMA
Resistência ao desgaste de superfície (crateramento)

(14-16)

Os termos adicionais são:

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AGMA
Tensões aplicadas x Tensões admissíveis

TENSÕES REAIS TENSÕES ADMISSÍVEIS


TENSÃO FLEXIONAL
TENSÃO FLEXIONAL σ ADMISSIONAL σALL

RESISTÊNCIA AO RESISTÊNCIA AO
DESGASTE DE DESGASTE DE
SUPERFÍCIE σ C
SUPERFÍCIE σ
C, ALL
(CRATERAMENTO) (CRATERAMENTO)
ADMISSIONAL

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AGMA
Tensões admissíveis - Flexão

Fator de segurança: item importante de projeto

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AGMA
Tensões admissíveis – Resistência ao desgaste de superfície

Fator de segurança: item importante de projeto

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AGMA
•Nas página 772 e 773 do livro do Shigley (8ª edição) há um “mapa”
de equações que facilita a visualização da aplicações das equações
AGMA;

•É interessante sempre usá-lo para que se otimize o tempo e a


efetividade em calcular todos os fatores necessários;

•Nesse curso iremos apenas considerar as equações das unidades


habituais dos EUA;

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AGMA

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AGMA
Cálculo do Fator I e J

✓São fatores que mensuram o efeito da forma do dente na equação


de tensão;

✓O fator J é obtido pela figura 14-6;


▪O fator J deve ser calculado para o pinhão e para a coroa;

✓O fator I é obtido pela equação 14-23 (será mostrada nos slides


posteriores).
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ENCONTRANDO O VALOR DE J

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AGMA
Cálculo do Fator I e J
A equação (14-23), que encontra o fator I, se dá por:

Sendo,
➢mN: fator de compartilhamento de carga (mN=1 para engrenagens cilíndricas de dentes
retas); NÚMERO DE DENTES DA COROA
𝑁𝐺 𝑑𝐺
➢mG: razão de velocidades (𝑚𝐺 = = )
𝑁𝑃 𝑑𝑃
NÚMERO DE DENTES DO PINHÃO

➢фt: ângulo de pressão transversal


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AGMA
Cálculo do fator Cp (Coeficiente elástico)

•O valor de Cp pode ser encontrado diretamente na tabela 14-8;

•Para encontrar o valor de Cp, deve ser conhecido qual o


material do pinhão e o material da coroa;

•Após isso, deve-se “confrontar” esses dois materiais, achando


o valor de Cp.
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AGMA
Cálculo do fator CP

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AGMA
Cálculo do fator dinâmica KV

•O fator dinâmico Kv mensura imprecisões na manufatura e


engrenamento de dentes de engrenagem em ação;

•Esses itens influenciam os erros de transmissão, como:


✓Vibração do dente devido a rigidez do dente;
✓Magnitude de velocidade no círculo primitivo;
✓Desbalanceamento dinâmico dos elementos rotativos;
✓Desgaste e deformação permanente das porções em contato dos dentes;
✓Desalinhamento do eixo de engrenagem e deflexão linear e angular do eixo;
✓Atrito entre dentes;
•O valor de Kv é dado pela equação 14-27.
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AGMA
Cálculo do fator dinâmico KV
•A equação 14-27 de Kv é dada por:

Sendo:
•V: Velocidade do pinhão (ft/min);
•Qv: Número do nível de acurácia de transmissão.

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AGMA
Cálculo do fator dinâmico KV – Valor de QV
•No intuito de levar em conta esses aspectos, a AGMA definiu um conjunto de números
de qualidade;

•Esses números definem as tolerâncias de engrenagens, variando o nível de precisão das


engrenagens;

•Para representar essas tolerâncias, é definido um número de nível de acurácia de


transmissão AGMA Qv;

•Geralmente o valor de Qv é dado e, a partir dele, é encontrado o valor de Kv;

•A nível de conferência de valores, pode-se consultar a figura 14-9 para verificar se o valor
encontrado na equação 14-27 foi calculado corretamente.
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AGMA
Cálculo do fator dinâmico KV

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AGMA
Cálculo do fator de sobrecarga Ko

•Fator que leva em consideração todas as cargas externas aplicadas


que excedem a carga tangencial nominal 𝑊 𝑡 ;

•Esses fenômenos podem ocorrem por:


✓Variações no torque;
✓Explosão interna nos cilindros de um motor de combustão interna;
✓Variações de torque em um acionador de bomba a pistão;

•O valor de Ko está explicitado na tabela contida na figura 14-17 do livro do


Shigley.
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AGMA
Cálculo do fator de sobrecarga Ko

OBS: Tabela se encontra na figura 14-17


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AGMA
Cálculo do fator de condição de superfície Cf

•O fator Cf depende das seguintes variáveis:


✓Acabamento superficial (devido a procedimentos de acabamento de engrenagens);

✓Tensões residuais;

✓Efeitos plásticos (encruamento por trabalho);

•A AGMA recomenda que o valor de Cf =1, por não se ter ainda um


estabelecimento de condições padrão de superfícies para dentes de
engrenagem.
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AGMA
Cálculo do fator de tamanho Ks

•O fator Ks reflete a não uniformidade das propriedades do


material causado pelo tamanho;

•O valor de Ks depende de:


✓Tamanho do dente;
✓Diâmetro da peça;
✓Razão entre o tamanho do dente e o diâmetro da peça;
✓Largura de face;
✓Área do padrão de tensão;
✓Razão da profundidade de camada pelo tamanho do dente;
✓Capacidade de endurecimento e tratamento térmico.
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AGMA
Cálculo do fator de tamanho Ks
•O fator Ks pode ser calculado pela equação (a) da seção 14-10 do livro do Shigley:

(a)
Sendo:
•F: Largura de face (será dado);
•Y: Fator de forma Y de Lewis (encontrado na tabela 14-2);
• Deve ser calculado para o pinhão e para a coroa
•P: Passo diametral (será dado).

OBS1: Caso o valor de Ks encontrado seja menor que 1, deve-se considerar Ks = 1.


OBS2: Deve-se calcular o Ks para o pinhão (Ks)P e da coroa (Ks)G;
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AGMA
Cálculo do fator de tamanho Ks – Valor do Y

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AGMA
Cálculo do fator de distribuição de carga KM

•Esse fator reflete a não uniformidade da distribuição de carga ao longo


da linha de contato;

•A equação 14-30 calcula o fator Km:

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AGMA
Cálculo do fator de distribuição de carga KM

Sendo:

•Cmc: encontrado na equação 14-31;


•Cpf: encontrado na equação 14-32;
•Cpm: encontrado na equação 14-33;
•Cma: encontrado na equação 14-34;
•Ce: encontrado na equação 14-35;
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AGMA
Cálculo do fator de distribuição de carga KM

•Cálculo do Cmc:

Têm superfícies modificadas para ter curvatura convexa na direção


do comprimento (ao longo da largura da face) para produzir contato
•Cálculo do Cpf: localizado e/ou para evitar contato nas extremidades do dente.

Sendo:
d: diâmetro primitivo do
pinhão
F:largura de face

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AGMA
Cálculo do fator de distribuição de carga KM
Distância do
•Cálculo do Cpm: pinhão ao
Nesse curso, adotaremos esse valor centro do vão

Vão entre
mancais

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AGMA
Cálculo do fator de distribuição de carga KM

•Cálculo do Cma:

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AGMA
Cálculo do fator de distribuição de carga KM

•Cálculo do Ce:

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AGMA
Cálculo do fator de espessura de aro KB

•Fator que leva em conta a espessura do aro.;

•Essa espessura do aro que suporta a raiz do dente, podendo ocorrer


falha por fadiga flexional dentro do aro;

•Nesse curso, o KB será considerado


como tendo valor 1;
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AGMA
Cálculo do fator de razão de dureza CH

•Fator que ajusta as resistências superficiais, devido ao fato do pinhão necessitar de


uma maior dureza em relação a coroa
✓Pois o pinhão é submetido a mais ciclos de tensão devido ao seu raio;

•Nesse curso, o fator será encontrado através da figura 14-12, necessitando-se das
seguintes informações:
✓Dureza brinell do pinhão (HBP) e da coroa (HBG) – deve-se fazer a relação entre essas
grandezas);
✓Razão de engrenagens (mG);

𝐻𝐵𝑃
•Caso a relação ≤ 1,2, define-se que CH=1.
𝐻𝐵𝐺
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AGMA
Cálculo do fator de razão de dureza CH

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AGMA
Cálculo dos fatores de ciclagem de tensão YN e ZN

•Fator que leva em conta a resistência de engrenagem para diferentes


ciclos de vida diferentes de 107 (que é o valor padrão para outros
fatores);

•Os valores de YN e ZN podem ser encontrados nas figuras 14-14 e 14-


15, respectivamente.

•Deve-se calcular esse fatores para o para o pinhão [ (YN)P e (ZN)P ] e para coroa
[ (YN)G e (ZN)G ]
02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 57
AGMA
Cálculo do fator de ciclagem de tensão YN

OBS: PARA VALORES


DE NÚMERO DE
CICLOS DE CARGA “N”
MAIOR QUE 107
UTILIZAR A SEGUINTE
EQUAÇÃO:

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AGMA
Cálculo do fator de ciclagem de tensão ZN

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 59


AGMA
Cálculo do fator de confiabilidade KR

•Leva em consideração o efeito das distribuições estatísticas das falhas por fadiga do
material;

•Pode ser calculada pela tabela 14-10:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 60


AGMA
Cálculo do fator de temperatura KT

•Fator que leva em conta a temperatura operacional das engrenagens;

•Geralmente se adota o valor de KT = 1 (esse será o valor adotada no curso);

•Para condições extremas, o valor de KT pode ser maior que 1 (embora não
seja recomendado);

•Em alguns casos, trocadores de calor são utilizados para assegurar que as
temperaturas de operação fiquem abaixo de 120°C.
02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 61
AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível St

•É a tensão máxima de flexão que a engrenagem pode suportar,


de acordo com dados experimentais;

•Essa tensão é encontrada nas tabelas 14-3 e 14-4;

•Em unidades americanas, o valor de St deve ser dado em psi.


02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 62
AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível St

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 63


AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível St

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 64


AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível St

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 65


AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível St

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 66


AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível St

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 67


AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível Sc

•É a tensão máxima de crateramento que a engrenagem pode


suportar, de acordo com dados experimentais;

•Essa tensão é encontrada nas tabelas 14-6 e 14-7;

•Em unidades americanas, o valor de Sc deve ser dado em psi.


02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 68
AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível Sc

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AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível Sc

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AGMA
Cálculo da tensão de flexão admissível Sc

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AGMA
Cálculo dos fatores de segurança SF e SH

SF Fator de segurança de resguardo contra


a falha por fadiga flexional

SH Fator de segurança de resguardo contra


a falha de desgaste (crateramento)

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AGMA
Cálculo do fator de segurança SH

SF Fator de segurança de resguardo contra


a falha por fadiga flexional

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AGMA
Cálculo do fator de segurança SH

SH Fator de segurança de resguardo contra


a falha de desgaste (crateramento)

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 74


AGMA
Comparação de fatores de segurança SF e SH
•Deve-se comparar os fatores de segurança de flexão (SF) e de
crateramento (SH), seguindo o fluxo abaixo:
Valores É mais seguro que Deve-se projetar
de SF do NÃO OCORRA em função do
pinhão e falha por tensão crateramento
da coroa flexional (SH)
Qual o
maior?
Valores
de (SH)² É mais seguro que Deve-se projetar
do NÃO OCORRA em função da
pinhão e falha por tensão flexional
da coroa crateramento (SF)

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 75


AGMA
Exemplo

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 76


AGMA
Exemplo – Registro de dados

NP = 17 dentes NG= 52 dentes Cpm = 1 JP = 0,30


∅ = 20° PD= 10 dentes/in HBP = 240 JG = 0,40
nP = 1800 rot/min F= 1,5 in HBG = 200
H =4 HP QV = 6
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AGMA
Exemplo - Determinando dp, V , 𝐖𝐭

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 78


AGMA
Exemplo – Determinando Ko
•O exemplo do Shigley não deixa claro que tipo de carregamento é;

•Nesse exemplo consideraremos que o carregamento é uniforme, sendo


Ko = 1.

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 79


AGMA
Exemplo – Determinando KV
•Kv é dado por:

Sendo:
•V=801,1 ft/min
•Qv = 6

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 80


AGMA
Exemplo – Determinando KV
•Deve-se utilizar a equação 14-28:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 81


AGMA
Cálculo do fator de tamanho Ks
•O fator Ks pode ser calculado pela equação (a) da seção 14-10 do livro do Shigley:

(a)
Sendo:
•F= 1,5 in
•YP=0,303 e YG= 0,412( tabela 14-2);
•P= 10 dentes/in

OBS1: Caso o valor de Ks encontrado seja menor que 1, deve-se considerar Ks = 1.


OBS2: Deve-se calcular o Ks para o pinhão (Ks)P e da coroa (Ks)G

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 82


AGMA
Cálculo do fator de tamanho Ks – Achando valor de Y do pinhão e da coroa

YG(INTERPOLAÇÃO)
𝟓𝟎 − 𝟓𝟐 𝟎, 𝟒𝟎𝟗 − 𝒀𝑮
YP =
𝟔𝟎 − 𝟓𝟐 𝟎, 𝟒𝟐𝟐 − 𝒀𝑮

YG =0,412
Nº de dentes da coroa = 52
02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 83
AGMA
Exemplo – Determinando KS
•O fator Ks pode ser calculado pela equação (a) da seção 14-10 do livro do Shigley:

Sendo:
(a)
•F= 1,5 in
•YP=0,303 e YG= 0,412( tabela 14-2);
•P= 10 dentes/in

OBS1: Caso o valor de Ks encontrado seja menor que 1, deve-se considerar Ks = 1.


OBS2: Deve-se calcular o Ks para o pinhão (Ks)P e da coroa (Ks)G

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 84


AGMA
Exemplo – Determinando KM – Cálculo do Cmc
•O fator KM pode ser encontrado pela seguinte equação:

Sendo assim:

INFORMAÇÃO DADA NA QUESTÃO

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 85


AGMA
Exemplo – Determinando KM – Cálculo do Cpf
•O fator KM pode ser encontrado pela seguinte equação:

Sendo assim:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 86


AGMA
Exemplo – Determinando KM – Cálculo do Cpm
•O fator KM pode ser encontrado pela seguinte equação:

Sendo assim:

NESSE CURSO ADOTAREMOS ESSE VALOR

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 87


AGMA
Exemplo – Determinando KM – Cálculo do Cma
•O fator KM pode ser encontrado pela seguinte equação:

Sendo assim:

𝐶𝑚𝑎 = 0,127 + 0,0158 1,5 − 0,930 10−4 1,5 2 ≅ 0,15

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 88


AGMA
Exemplo – Determinando KM – Cálculo do Ce
•O fator KM pode ser encontrado pela seguinte equação:

Sendo assim:

Como o exemplo não mencionou nada sobre engrenamento ajustado ou


lapidação, o valor de Ce =1

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 89


AGMA
Exemplo – Determinando KM
•O fator KM pode ser encontrado pela seguinte equação:

Sendo assim:
•Cmc = 1
• Cpf = 0,0695
•Cpm = 1
•Cma = 0,15
•Ce = 1

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 90


AGMA
Exemplo – Determinando KB
•O fator KB, nesse curso, será considerado como tendo valor 1;

KB = 1

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 91


AGMA
Exemplo – Determinando Cf
•O fator Cf, nesse curso, será considerado como tendo valor 1;

Cf = 1

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 92


AGMA
Exemplo – Determinando YN

OBS: PARA VALORES


DE NÚMERO DE
CICLOS DE CARGA “N”
MAIOR QUE 107
UTILIZAR A SEGUINTE
EQUAÇÃO:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 93


AGMA
Exemplo – Determinando YN
•No exemplo foi dado que a quantidade de ciclos para vida do pinhão é 108 .

•Logo deve-se usar a equação demonstrada no slide anterior, fazendo o cálculo


para o pinhão e para a coroa:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 94


AGMA
Exemplo – Determinando KR
•No exemplo foi dado que a confiabilidade é de 0,90, definido-se o valor de KR =
0,85;

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 95


AGMA
Exemplo – Determinando KT
•O fator KT, nesse curso, será considerado como tendo valor 1;

KT = 1

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 96


AGMA
Exemplo – Determinando I
A equação (14-23), que encontra o fator I, se dá por:

Sendo,
➢mN: fator de compartilhamento de carga (mN=1 para engrenagens cilíndricas de dentes
retas); NÚMERO DE DENTES DA COROA
𝑁𝐺 𝑑𝐺
➢mG: razão de velocidades (𝑚𝐺 = = )
𝑁𝑃 𝑑𝑃
NÚMERO DE DENTES DO PINHÃO

➢фt: ângulo de pressão transversal


02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 97
AGMA
Exemplo – Determinando I
•Com o valor de:
✓ mn=1 (engrenagem cilíndrica de dentes retos)
✓ mG = 3,059
✓Фt = 20°

tem-se que:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 98


AGMA
Exemplo – Determinando Cp
•Como a coroa e o pinhão são feitos de aço, o valor de Cp pode ser encontrado na
tabela 14-8 como sendo Cp = 2300 𝑝𝑠𝑖

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 99


AGMA
Exemplo – Determinando St
•Como as engrenagens do pinhão e coroa são de aço, deve-se consultar a tabela
14-3 para identificar o valor de St.

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 100


AGMA
Exemplo – Determinando St

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 101


AGMA
Exemplo – Determinando St
•Logo, utilizando-se a tabela 14-3 e figura 14-2, deve-se calcular o valor de St para
o pinhão e para a coroa:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 102


AGMA
Exemplo – Determinando Sc
•Como as engrenagens do pinhão e coroa são de aço, deve-se consultar a tabela
14-6 para identificar o valor de Sc.

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 103


AGMA
Exemplo – Determinando Sc

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 104


AGMA
Exemplo – Determinando Sc
•Logo, utilizando-se a tabela 14-6 e figura 14-5, deve-se calcular o valor de Sc para
o pinhão e para a coroa.

•O valor de HBP(PINHÃO)=240 e de HBG(COROA) = 200, logo:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 105


AGMA
Exemplo – Determinando ZN

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 106


AGMA
Exemplo – Determinando ZN
•No exemplo foi dado que a quantidade de ciclos para vida do pinhão é 108 .

•Logo deve-se usar a equação demonstrada no slide anterior, fazendo o cálculo


para o pinhão e para a coroa:

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 107


AGMA
Exemplo – Determinando CH
𝐻𝐵𝑃
•Deve-se fazer a relação entre HBP e HBG. Caso a relação seja ≤ 1,2,
𝐻𝐵𝐺
define-se que CH=1.

𝐻𝐵𝑃 240
•No exemplo do exercício, = = 1,2, logo CH=1;
𝐻𝐵𝐺 200

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 108


AGMA
Exemplo – Respondendo letra (a) do exercício

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 109


AGMA
Exemplo – Respondendo letra (a) do exercício

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 110


AGMA
Exemplo – Respondendo letra (b) do exercício

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 111


AGMA
Exemplo – Respondendo letra (b) do exercício

02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 112


AGMA
Exemplo – Respondendo letra (c) do exercício

•Deve-se comparar os valores de (SF)P e (SH)P² para o pinhão e verificar qual desses
valores é o mais crítico para o projeto:

•(SF)P = 5,62
•(SH)P² = 1,69² = 2,86

Como o fator de segurança de crateramento (SH)P² é menor que o fator de


segurança por flexão, logo:
O FATOR DE CRATERAMENTO É MAIS CRÍTICO PARA O
PINHÃO!
02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 113
AGMA
Exemplo – Respondendo letra (c) do exercício

•Deve-se comparar os valores de (SF)G e (SH)G² para a coroa e verificar qual desses valores é
o mais crítico para o projeto:

•(SF)G = 6,82
•(SH)G² =1,52² = 2,31

Como o fator de segurança de crateramento (SH)G² é menor que o fator de segurança


por flexão, logo:
O FATOR DE CRATERAMENTO É MAIS CRÍTICO PARA A
COROA!
02/05/2019 ELEMENTOS DE MÁQUINAS 1 114

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