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2.1.1 Encomendas
A encomenda é um acto pelo qual o comprador solicita, por escrito, por telefone, por fax, ou por
correio electrónico (vulgo e-mail), o envio de determinada quantidade de produtos e das
condições de contrato que gostaria de negociar. A encomenda dá lugar aos seguintes
documentos:
2.1.2 A entrega
A entrega dos produtos ao comprador é geralmente acompanhado pelos seguintes
documentos:
Guia de Remessa, que é um documento que acompanha os produtos no seu processo
desde o armazém do vendedor até ao destinatário e que serve para conferir as quantidades
e qualidade dos produtos que foram enviados. Normalmente apresenta um talão
destacável o qual deverá ser devolvido, após rubrica do comprador, se as mercadorias
entregues coincidem com as constantes nessa guia. O Talão é uma prova de recepção das
mercadorias nas condições estabelecidas.
Nota de Recepção, que é emitido pelo vendedor e que serve para o comprador declarar
por escrito que os produtos que recebeu conferem com as especificações indicadas no
contrato.
2.1.3 Factura
É o documento mais importante do contrato de compra e venda, é obrigatório nas operações de
entrega e de pagamento e é com ela que se calcula o preço final.
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A factura constitui o documento base da compra e venda a crédito. Emitida pelo vendedor, nela
são exarados todos os elementos ligados à transacção efectuada, quantidades, designações,
preços unitários e totais das mercadorias, os descontos efectuados, os encargos debitados, o
imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e, muitas vezes, o prazo e condições de pagamento.
Os modelos de facturas variam de empresa para empresa, mas há um conjunto de requisitos que
todas as facturas devem reunir, a saber:
a) Identidades do Emissor e Destinatário;
b) Data de Emissão;
c) Quantidades;
d) Qualidade e Referência dos Produtos;
e) Condições de Entrega e de Pagamento;
f) Nº de identificação tributária do vendedor/comprador (NUIT)
Nota de débito
É um documento que o vendedor emite para informar ao comprador que tem a pagar
relativamente à factura que lhe foi anteriormente enviado, como muitas vezes a própria
factura já dá indicações completas sobre a importância que o comprador deve pagar, na
prática a nota de débito é utilizada excepcionalmente nos casos em que houve erro ou
omissão na discriminação ou cálculo de preços. Este documento é utilizado como um
documento rectificativo.
Nota de crédito
Tal como a nota de débito, a nota de crédito serve para rectificar os erros ou omissões que
o vendedor cometeu por motivos não previstos na altura da emissão da factura. A nota de
crédito diminui o valor da factura. Em termos gráficos a nota de crédito, sendo também um
documento rectificativo, só difere da nota de débito por “dizeres” isto é, no lugar de nota de
débito vem nota de crédito e ao invés de dizer “debitamos V. Excias...” diz “ creditamos V.
Excias...”.
2.1.5 Recibo
Após a recepção dos produtos, da factura e das respectivas notas rectificativas, o comprador
procede ao pagamento que pode ser por meio de numerário, cheque, transferencia bancária,
cartão de crédito ou débito, etc. Após o pagamento, o vendedor deve emitir o recibo que é o
documento que comprova o pagamento dos produtos adquiridos.
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A maioria deles são passíveis de desconto em instituições de crédito. Os mais comuns e
utilizados nas operações comerciais são:
- o cheque,
- a letra, e
- a livrança.
2.2.1 O cheque
O cheque é um meio de movimentação de contas bancárias, através do qual, o titular da conta
(sacador) dá ordens ao Banco do (sacado) para que pague ao beneficiário, a si próprio, ou a um
terceiro, uma determinada quantia.
Intervenientes
Através do conceito acima, podemos ver que num cheque participam no mínimo três
intervenientes: o sacador, o sacado e beneficiário. O sacado é a pessoa que ordena o pagamento
do cheque. O sacado é a entidade a quem é ordenado que pague. O beneficiário que pode ser
conhecido ou não, é a pessoa a favor do qual se reverte o valor do cheque. Se o beneficiário do
cheque transmitir os benefícios do cheque, passa a chamar-se endossante. Por outro lado a
pessoa que passa a ser o novo proprietário do cheque para a designar-se endossado.
Enquanto que os cheques à ordem e não à ordem, são relativamente mais seguras o cheque ao
portador é pagável por simples apresentação do título, portanto é fácil de cobrança. Corre,
todavia maior risco em caso de extravio.
O cheque cruzado é aquele em que na face são desenhados dois traços paralelos e transversais.
O cruzamento pode ser geral, quando não tem nada entre os traços paralelos ou especial em que
consta entre os traços paralelos o nome de uma instituição de crédito.
Um cheque com um cruzamento geral, só pode ser se, o beneficiário for cliente do banco sacado.
Assim é possível verificar a sua identidade e conferir a assinatura com a existente no Banco. Se o
beneficiário não for cliente do banco sacado pode depositar no seu Banco que por sua vez irá
efectuar a cobrança.
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Após se ter procedido a sua identificação, uma vez que a verificação das assinaturas e a
confirmação da disponibilidade de valores na conta é feita antes deste ser entregue ao
beneficiário.
2.2.2 A letra
A letra é um título de crédito, pelo qual uma pessoa (sacador) ordena a outra (sacado) que lhe
pague a si próprio ou a um terceiro (tomador ou beneficiário)determinada importância em
determinada data.
Intervenientes
No conceito apresentado no parágrafo acima, já foram mencionados três intervenientes na letra,
mas na prática podemos encontrar seis pessoas a intervirem numa letra:
Sacador – a pessoa que dá ordem de pagamento, i. é., que saca a letra;
Sacado - a pessoa que deverá pagar a letra; aquele que recebe uma ordem de pagamento;
Aceitante – o sacado, depois de concordar com o saque através da assinatura da letra,
passa a ter esta designação;
Tomador ou beneficiário – a pessoa a quem, ou à ordem de quem, a letra deve ser paga;
Endossante – A pessoa que transmite os seus direitos, expressos através da letra, por
meio do acto de endosso (transmissão de direitos);
Endossado – a pessoa a que são transmitidos os direitos pelo endossante
Cedente – Avalista a pessoa que responsabiliza pelo pagamento da letra, na totalidade ou
em parte. O avalista garante o cumprimento das obrigações do sacado.
2.2.3 A Livrança
As livranças são muito utilizados para financiamentos bancários. Contudo, eles não são de uso
exclusivo dos bancos. Nas operações comerciais também é comum utilizarem livranças no lugar
de letra uma vez que ambas são substitutas.
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2.3.2 Homebanking.
Esta forma de distribuição dos produtos bancários está ligado à utilização de terminais
inteligentes. O cliente do banco, directamente do seu escritório e através de um computador,
ligado por via electrónica, pode ter acesso remoto a uma diversidade de produtos e serviços
financeiros, tais como transferências, pedidos de livros de cheques , compra de divisas, etc..
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