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RIS2 Modulo01
RIS2 Modulo01
20 horas
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Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no
Trabalho Rural
SENAR 2015
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Informações e Contato
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO Rua
87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300 (62)
3412-2700 / 3412-8701 – E-mail: senar@senargo.org.br -
http://www.senargo.org.br/ - http://ead.senargo.org.br/
Superintendente
Eurípedes Bassamurfo da Costa
Gestora
Rosilene Jaber Alves
Coordenação
Fernando Couto de Araújo
Consultor Técnico
Arthur Eduardo Alves de Toledo
Mas, para evitar as intoxicações, é preciso antes conhecer o que é risco, se-
gurança, toxicidade e exposição.
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Prevenção de Acidentes com Agrotóxicos NR31.8
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Prevenção de Acidentes com Agrotóxicos NR31.8
Módulo 1
Introdução à Origem dos Agrotóxicos
Seja bem-vindo ao primeiro módulo do curso Prevenção de acidentes com agrotóxicos NR.31.8.
Nesta etapa de estudo, você conhecerá como e quando surgiram os agrotóxicos, além de ter no-
ções básicas da sua classificação. Ao final deste módulo, você estará apto a entender o surgimen-
to dos produtos fitossanitários e classificar os agrotóxicos quanto a sua utilização e toxicidade.
Fonte: Shutterstock
Antes de começar, é importante destacar que usaremos o termo “agrotóxicos” sempre que esti-
vermos citando uma lei ou parte dela. Nas demais situações, usaremos sinônimos, tais como de-
fensivos agrícolas, produtos fitossanitários, pesticidas e agroquímicos, sendo os dois primeiros
os termos mais atuais.
Aula 1
Século XX:
Ocorre um aumento na utilização desses produtos
e são desenvolvidos comercialmente produtos à
base de flúor, cádmio, chumbo, mercúrio, zinco e
cobre. Esses produtos constituíam a primeira
geração dos agrotóxicos e possuíam em sua maio-
ria metais pesados. Hoje, eles não são mais utiliza-
dos devido à comprovação de sua alta toxicidade
para o meio ambiente, animais e seres humanos.
Década de 1940:
Durante a segunda Guerra Mundial, acontece a
grande disseminação dos agrotóxicos, com o
desenvolvimento da indústria química que
através de processos ou alterações de matéri-
as-primas, conseguia sintetizar vários produtos
em escala comercial. Nesse período, ocorreu a
descoberta do extraordinário poder inseticida do
organoclorado DDT (Dicloro Difenil Tricloroe-
tano), que foi um marco na tecnologia de produtos para o controle de insetos. Esse
produto foi muito utilizado no controle de vetores que causavam grandes problemas de
saúde pública. No mesmo período, foi desenvolvido também o BHC (Hexacloro-ciclohex-
ano) com propriedades inseticidas e o organofosforado SHARADAM, inicialmente utiliza-
do como arma de guerra. Nesse período, não haviam estudos sobre os impactos para a
saúde humana e ao meio ambiente. Esses estudos somente ocorreram nas décadas
seguintes e, a partir de 1970, vários produtos sintéticos foram banidos ou tiveram seu uso
restringido.
Década de 1960:
Os agrotóxicos passam a ser amplamente difundi-
dos como parte fundamental da agricultura mod-
erna. No Brasil, a introdução dos agrotóxicos foi
acompanhada de pacotes tecnológicos, que se
baseavam em utilização de sementes modificadas
através do melhoramento genético e também da
mecanização, além da utilização de insumos
industriais, como fertilizantes e controle químicos.
Nesse período, o foco estava no aumento da
produtividade e pouco se considerava os riscos à saúde ou ao meio ambiente. Os
agrotóxicos estavam entre os mais importantes fatores de risco para a saúde da popu-
lação, particularmente para a saúde dos trabalhadores expostos e para o meio ambiente.
Década de 2000:
Nos últimos anos, o mercado mundial de agrotóx-
icos cresceu 93% e o mercado brasileiro cresceu
190%. No ano de 2008, o Brasil passou os Estados
Unidos e assumiu o posto de maior mercado mun-
dial de agrotóxicos. Em 2010, o mercado nacional
movimentou aproximadamente U$ 7,3 bilhões e
representou 19% do mercado global de agrotóxi-
cos. O aumento no consumo desses produtos no
Brasil e a estimativa das organizações internacionais do trabalho e da saúde quanto ao
grande número de possíveis intoxicações no mundo, trouxe o alerta sobre a necessidade
de investir na prevenção de acidentes.
Estudo de caso
É importante destacar que, durante todo esse tempo, ficou claro que os produtos fitos-
sanitários podem causar diversas doenças se não forem usados de maneira correta:
dermatoses, congestionamento das vias respiratórias, ardor na garganta e nos pulmões,
tosse, rouquidão, irritação da boca e da garganta, dor no peito, náuseas, diarreia, trans-
piração anormal, dores de cabeça, fraqueza, câimbra a até câncer e sequelas neurocom-
portamentais.
Reflexão
Intoxicações
Mesmo com o surgimento e o desenvolvimento de produtos de menor toxicidade, em 2005 a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), em conjunto com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), divulgou por meio de um comunicado uma estimativa de ocorrência de 7 milhões de ca-
sos de intoxicações agudas e de longo termo e 70 mil óbitos provocados por agrotóxicos anual-
mente no mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Para conseguir realizar uma prevenção eficiente, o primeiro passo é conhecer os produtos fitos-
sanitários, as formas de utilizá-los e a sua toxicidade. Esse será o assunto da nossa próxima aula,
vamos lá?
Aula 2
Inseticidas
Fungicidas
Herbicidas
Combatem ervas daninhas. Grupo com maior crescimento quanto à utilização na agricul-
tura. Seus principais grupos químicos são as glicinas substituídas, os derivados de ácido
fenóxiacético, os dinitrofenóis e os pentaclorofenóis.
Os agrotóxicos podem ser classificados também quanto a sua toxicidade para o ser humano e a
sua periculosidade ambiental. A classificação de periculosidade pode variar da classe I à classe
IV. Para o meio ambiente, a classificação ocorre da seguinte forma:
• Classe I – Altamente perigoso ao meio ambiente;
• Classe II – Muito perigoso ao meio ambiente;
• Classe III – Perigoso ao meio ambiente;
• Classe VI – Pouco perigoso ao meio ambiente.
Já a classificação para o ser humano, é baseada no DL50, que é a dosagem letal (DL) estabele-
cida em metade da população testada em laboratórios. A variação também é de I a IV, mas vem
combinada com as faixas de classificação toxicológicas em cores correspondentes, conforme a
sequência abaixo:
Classe
Extremamente tóxico e cor vermelha.
toxicológica I
Classe
Altamente tóxico e cor amarela.
toxicológica II
Classe
Mediamente tóxico e cor azul.
toxicológica III
Classe
Pouco tóxico e cor verde.
toxicológica VI
Recapitulando
Chegamos ao final deste primeiro módulo. Com o conteúdo apresentado até aqui, você teve a
oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a origem histórica dos produtos fitossanitários e
sua classificação. Essas informações serão essenciais para o entendimento dos módulos a seguir,
especialmente para a aula de rotulagem. No próximo módulo você terá importantes informações
sobre os princípios legais para a utilização de defensivos agrícolas no Brasil. Agora, é a hora de
exercitar seus conhecimentos nas atividades de aprendizagem.
A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo.
Preparado? Leias as orientações e, em seguida, responda às questões.
1. Por que devemos nos preocupar com a prevenção de acidentes com defensivos agrícolas?
Considerando os conteúdos apresentados no módulo 1, assinale a alternativa que tem o moti-
vo mais adequado para a realização da prevenção de acidentes nas condições atuais do setor
agrícola brasileiro.
a) A OIT, em conjunto com a OMS, estima que ocorrerem 7 milhões de casos de intoxica-
ções agudas e de longo termo e 70 mil óbitos provocados por agrotóxicos anualmente
no mundo.
b) Nos últimos dez anos, o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93% e o mercado
brasileiro cresceu 190%.
c) No ano de 2008, o Brasil passou os Estados Unidos e assumiu o posto de maior merca-
do mundial de agrotóxicos.
3. Vários estudos foram realizados na tentativa de identificar os principais fatores que influen-
ciam as intoxicações. De acordo com o conteúdo apresentado no módulo 1, assinale a al-
ternativa que melhor identifica quais os fatores relativos ao indivíduo exposto foram mais
percebidos nesses estudos.
a) Produtos extremamente tóxicos para o ser humano e para o meio ambiente.