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188775 – YNAE PADILHA DAVID - INTEGRAL

Chemical Engineering AN INTRODUCTION Morton M. Denn The City College of New York
Cambridge – Capitulo 1.

A engenharia química é o campo da ciência que aplica processos físicos, químicas e bioquímicos
afim de beneficiar a humanidade. Historicamente o engenheiro químico é conhecido como aquele que
projeta e opera processos químicos e petroquímicos, tal preceito está correto, porem incompleto, sendo essa
a área de atuação de uma pequena parcela dos engenheiros químicos atuais. Hoje o engenheiro químico está
inserido em todos os setores em que a química, física e/ou biologia são fatores fundamentais, tais como a
nanotecnologia, semicondutores, alimento, agricultura, controle ambiental, farmacêutica, energia, produtos
de higiene, finanças, medicina e, sem esquecer a tradicional química e petroquímica.

Historicamente a elevação da engenharia química como profissão só teve início no século 20,
embora recursos presentes nessa engenharia – como a utilização do processo de fermentação – tenham sido
relatados muito anteriormente.

Na primeira metade do século 20, o engenheiro químico estava mais preocupado com a produção
em grande escala, utilizando-se principalmente de processos químicos e bioquímicos clássicos. O primeiro
processo de fermentação em escala indústria foi a produção de acetona e butanol através do organismo
clostridium acetobutylicum presente no milho, processo descoberto por ChaimWeizmann, químico
britânico, em 1915. Tal processo foi essencial para os ingleses na primeira guerra mundial, pois a acetona
era usada como solvente de nitrocelulose na produção de pólvora. A fermentação anaeróbica em larga
escala também obteve seus êxitos na produção de penicilina em 1940, considerada uma grande realização
da engenharia no século, tornando a produção química por vias biológicas um componente essencial da
engenharia química. Considerada um triunfo inicial para a definição do engenheiro químico como produtor
de produtos químicos essenciais em grande escala, a invenção do processo de craqueamento catalítico
fluido, criado por Warren K. Lewis e Edward R. Gilliland no final dos anos 1930, possibilitou a obtenção
de produtos químicos de baixo peso molecular a partir de petróleo bruto, que podem ser utilizados como
matéria-prima e combustível. Tal criação teve grande importância para obtenção da gasolina, que foi
altamente utilizada em aviões durante a segunda guerra mundial, o que garantiu sua imensa fama até os dias
de hoje. Outra importante descoberta foi o desenvolvimento da borracha sintética durante a segunda guerra,
que foi de real importância para a indústria moderna de polímeros sintéticos tendo o engenheiro químico
grande importância nesse processo até hoje.

Uma grande expansão da profissão ocorreu durante a segunda metade do século 20, tendo se
tornado essenciais em diversas áreas, responsáveis pela projeção de processo e produtos, obtendo diversos
destaques individuais em diversas áreas de contribuição com a humanidade.
Atualmente uma área muito interessante e nova da atuação do engenheiro químico é a ‘engenharia
de tecidos’ que dedica-se a reconstrução ou substituição de funções orgânicas, através da técnica da
construção de andaimes que possibilitam o crescimento e diferenciação das células do organismo. Kristi
Anseth pesquisadora do Howard Hughes Medical Institute, organização que financia pesquisas nas áreas de
medicina e biologia dos Estados Unidos, e professora de engenharia química, utiliza a fotoquímica para a
fabricação de andaimes de polímeros biodegradáveis, que agem como suportes para a regeneração de
tecidos sob ação fisiológica, como a reconstrução de cartilagens que antes estavam doentes e danificadas.

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