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Gestão Financeira
Gestão Financeira
DE IPATINGA
1
Natalia Alves Tavares
GESTÃO FINANCEIRA
1ª edição
Ipatinga – MG
2021
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
3
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Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um
com uma função específica, mostradas a seguir:
4
SUMÁRIO
01
1.1 O QUE É GESTÃO FINANCEIRA? ......................................................................... 8
1.2 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO FINANCEIRA ........................................................... 9
1.3 GESTÃO FINANCEIRA NA PRÁTICA .................................................................. 10
1.4 CONTAS IMPORTANTES NA GESTÃO FINANCEIRA .......................................... 11
FIXANDO O CONTEÚDO ..................................................................................... 14
02
2.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 17
2.2 TRANSAÇÕES REGISTRADAS NO FLUXO DE CAIXA ......................................... 18
2.3 PASSO A PASSO PARA CRIAR A ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS
FINANCEIRO ....................................................................................................... 22
2.4 TIPOS DE FLUXOS DE CAIXA .............................................................................. 24
2.5 DIVISÃO DO FLUXO DE CAIXA POR ATIVIDADES ............................................ 27
FIXANDO O CONTEÚDO ..................................................................................... 30
03
3.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 36
3.2 CONTAS A RECEBER........................................................................................... 36
3.3 RECEBIMENTOS A VISTA E A PRAZO ................................................................. 38
3.4 INDICADORES DE CONTAS A RECEBER ............................................................ 40
3.5 CONTAS A PAGAR ............................................................................................. 42
FIXANDO O CONTEÚDO ..................................................................................... 49
04
4.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 53
4.2 ALOCAÇÃO DOS ESTOQUES............................................................................. 54
4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES ..................................................................... 55
4.4 CUSTOS DO ESTOQUE ........................................................................................ 56
4.5 TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS PARA O ESTOQUE ............................................. 58
4.5.1 Curva ABC ou Gráfico de Pareto..................................................................58
4.5.2 . Lote Econômico de Compras (LEC).............................................................60
4.5.3 . Ponto de Reencomenda...............................................................................62
4.5.4 Sistema Just in Time (JIT)..................................................................................63
FIXANDO O CONTEÚDO ..................................................................................... 65
05
5.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 69
5.2 CONSTRUÇÃO E ANÁLISE.................................................................................. 70
5.3 INTERESSADOS PELAS ANÁLISES CONTÁBEIS ................................................... 71
5.4 PADRONIZAÇÃO DOS DOCUMENTOS.............................................................. 72
5.5 FORMAS DE ANÁLISE ......................................................................................... 75
5.6 BALANÇO PATRIMONIAL................................................................................... 76
5.7 ATIVO.................................................................................................................. 78
5.8 PASSIVO ............................................................................................................. 79
5.9 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................................... 80
FIXANDO O CONTEÚDO ..................................................................................... 83
5
UNIDADE ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO ............................................... 86
06
6.1 DEFINIÇÃO DE CAPITAL DE GIRO E ANÁLISE (NEGATIVO, POSITIVO E NULO)
............................................................................................................................ 87
6.1.1 Administração do Capital de Giro................................................................89
6.1.2. Atividades que interferem no Capital de Giro............................................90
6.1.3. Tipos de Capital de Giro (permanente ou sazonal)...................................91
6.2 CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO E SUAS INTERPRETAÇÕES ..................................... 92
6.3 MODELO DE FLEURIET ......................................................................................... 93
6.3.1 Necessidade de Capital de Giro (NCG)......................................................94
6.3.2 Saldo da Tesouraria (ST)..................................................................................95
FIXANDO O CONTEÚDO ..................................................................................... 97
6
CONFIRA NO LIVRO
Gestão Financeira é o ato de administrar e gerenciar as finanças,
ela lida com todos os setores financeiros da empresa como o fluxo
de caixa, contas a pagar e a receber, administração dos estoques,
capital de giro e demonstrações contábeis. Para que a empresa
continue a funcionar no longo prazo é necessário que seja feito um
gerenciamento eficaz, alocando o dinheiro para a compra de
matérias-primas ou produtos, ter dinheiro em caixa para o
pagamento das despesas e realizar investimentos. Uma má gestão
pode comprometer a saúde financeira empresarial.
A conta caixa é o ativo de maior liquidez da empresa, ele é o
responsável por receber o dinheiro vindo das vendas e pagar as
despesas relacionadas a produção e as despesas operacionais. O
desequilíbrio financeiro é promovido por sintomas e causas de uma
má gestão e pode comprometer a continuação da empresa. Por
isto é necessário ter uma estrutura de plano de contas para não
deixar nenhuma obrigação pendente, acarretando em juros e
dívidas.
A conta a Receber é responsável pelo recebimento das vendas,
sejam elas realizadas a vista ou a prazo. As compras a vista
aumentam a liquidez da empresa, permitindo que ela faça mais
investimentos no curto prazo, já as contas realizadas a prazo
tendem a ter juros incluídos, aumentando a lucratividade naquela
operação. Já a conta a pagar reúne todas as obrigações
financeiras da empresa naquele período, elas podem ser geradas
dos a partir dos gastos, custos, despesas ou investimentos.
Para a empresa funcionar é preciso ter estoque para venda ou
produção. Sua armazenagem requer uma estrutura separada das
demais, e, portanto gera um custo adicional para o empresário.
Mas, qual é a quantidade suficiente para manter no estoque para
que não prejudique as vendas por sua falta ou aumente as despesas
com seu custo? Qual é o período em que devo fazer novas compras
para abastecer meus produtos? Devo esperar zerar tudo para
comprar novamente? Estas e outras perguntas serão respondidas
nesta unidade.
Nesta unidade você aprenderá que existe uma Lei que determina
quais relatórios as empresas são obrigadas a apresentar, qual a
forma de análises existentes, quais os grupos que se interessam pelas
Demonstrações Contábeis e seus motivos e aprenderá também a
como montar o Balanço Patrimonial, uma das Demonstrações mais
importantes.
7
INTRODUÇÃO À GESTÃO UNIDADE
FINANCEIRA
8
esporadicamente, como contas com remédios, viagens, passeios, presentes, etc.
Após o pagamento de todas as contas pode-se verificar quanto que sobra e assim
planejar o que será feito com o restante.
9
Como as demonstrações financeiras serão usadas na tomada de decisões de
investimento e financiamento;
Entender a organização da empresa;
As modalidades jurídicas de organização de empresas;
A relação da empresa com instituições e mercados financeiros;
A relação entre marketing e funções administrativas;
Por que a maximização de lucro não é o objetivo fundamental da empresa.
10
1.4 CONTAS IMPORTANTES NA GESTÃO FINANCEIRA
11
possivelmente sairá dos lucros gerados pelas receitas. Mas até que ponto vale a pena
aumentar o os investimentos às custas do lucro?
É importante encontrar um equilíbrio entre as melhorias estruturais e o volume
de capital disponível, pois para pagar as contar precisa de ter moeda corrente
(dinheiro), mas para alcançar novos horizontes é preciso haver investimentos.
Algumas ações como treinamento da equipe, manutenção e aquisição de
maquinários, pesquisa de novos produtos, investimento em marketing digital, gastos
com acessórias são alguns dos vários investimentos estratégicos que a empresa pode
realizar para alcançar suas metas, mantendo sempre o equilíbrio para não descuidar
dos outros compromissos financeiros.
Os investimentos deverão ser financiados por capital, e ele pode ser adquirido
por duas fontes: própria e de terceiros. O capital próprio é tudo o que a empresa
consegue gerar por si só, sem a ajuda de externos, como os lucros gerados pela
operação, recursos de sócios e acionistas, reservas de lucro e capitais, venda de
ativos. E o capital de terceiros são as fontes vindas de fora da empresa, como
empréstimos bancários, investimento do BNDES, financiamento dos fornecedores,
entre outros.
O dinheiro necessário para o funcionamento da empresa é chamado de
capital de giro e estudaremos esta parte em mais detalhes no capítulo 5. As diversas
contas que a empresa deve administrar podem ser colocadas em algumas formas
contábeis para melhor mensuração, como o Balanço Patrimonial, Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE), que serão estudadas no capítulo 6.
No capítulo 2 será estudado o Fluxo de Caixa, o capital que entra oriundo das
vendas, que por sua vez pode ser a vista ou a prazo, no cartão, dinheiro, transferência
bancária, PIX, duplicatas e outras formas. No capítulo 3 será exposto as contas a
Pagar e a Receber, como elas se dividem no Balanço Patrimonial e porque se deve
fazer o gerenciamento regular. Para conseguir vender seus produtos a empresa deve
ter estoques, estes podem variar de quantidade segundo a especificidade da
empresa, se trabalha com produtos customizados, altamente personalizado ou
padronizados, este tópico será abordado no capítulo 4.
12
13
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Prova: CESPE - 2008 - FUB -
Assistente Administrativo (adaptada)
2. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CADE Prova: CESPE - 2014 - CADE -
Agente Administrativo (Adaptada):
14
a) Marketing e Publicidade
b) Contabilidade e Jurídico
c) Finanças e Corporação
d) Recursos Humanos e Departamento Pessoal
e) Toda a empresa
a) Tamanho da empresa
b) Quantidade de Funcionários
c) Ramos da atividade econômica
d) Volume de transações
e) Todas as alternativas anteriores
6. (CRUZ, 2014 - adaptado) Assinale a alternativa que corresponde ao que não pode
ser considerado uma atribuição do administrador financeiro:
15
transações internas da empresa, bem como quitar empréstimos e pagamentos a
terceiros?
a) Capital Próprio
b) Capital de Terceiros
c) Capital de Giro
d) Lucro Líquido
e) Lucro Operacional
8. (Autoria Própria) A gestão financeira pode ser definida como o ato de administrar
e gerenciar as finanças, portanto deve ser praticada:
a) Nas igrejas;
b) Nas finanças pessoais
c) Nas empresas públicas e privadas
d) Nas instituições de ensino
e) Todas as alternativas anteriores
16
ADMINISTRAÇÃO DE FLUXO DE UNIDADE
CAIXA
Objetivos da Unidade
Saber o conceito de Fluxo de Caixa e a finalidade em que é usado;
Diferenciar as transações no Fluxo de Caixa em relação à Entrada e Saída;
Identificar os sintomas, causas e consequências do desequilíbrio financeiro,
bem como suas medidas de reparo;
Aprender a fazer um plano de contas financeiro;
Descrever os tipos de Fluxo de Caixa;
Separar o Fluxo de Caixa de acordo com suas atividades operacionais, de
investimento e de financiamento.
2.1 INTRODUÇÃO
17
no entanto, em sua maioria, são desprovidas de ferramentas de
gestão e controle podendo, a qualquer momento, fazer parte das
estatísticas de empresas que fecham as portas até mesmo nos
primeiros anos de sua atividade operacional (SANTOS et al, 2021,
p.185) .
18
empréstimo dos sócios.
Saída: São as saídas de dinheiro da empresa, que também podem ser a vista
ou a prazo. Os principais motivos são os pagamentos de: funcionários, fornecedores,
mercadorias, impostos, despesas de infraestrutura (água, luz, telefone, aluguel). Os
pagamentos podem ser feitos por meio de boleto, transferências bancárias, PIX,
cheques, dinheiro, depósito em contas, entre outros.
Entrada e Saída – Algumas transações financeiras exercem função de entrada
e saída. Os empréstimos, ao serem contraídos, o valor total é considerado como
entrada, mas quando as parcelas são pagas, o valor de cada parcela entra nas
saídas. Os investimentos também podem ser classificados como entrada e saída, em
um primeiro momento encontram-se nas saídas, mas à medida que os juros e retornos
são recebidos, são lançados na entrada.
19
Fonte: ZDANOWICZ (2002)
20
causas e as consequências, bem como medidas para aliviar os sintomas, eliminar as
causas e evitar as consequências.
A sobra ou a falta de caixa indica que alguma conta não foi lançada
21
adequadamente, mostrando que há falhas no gerenciamento do dinheiro, ou as
saídas ou as entradas não estão sendo todas registradas.
Os Fluxos de Caixa podem ter amplitudes e complexidades diferentes, a
depender do tipo de negócio. Empresas grandes costumam ter Fluxo de Caixa
descentralizado, já as empresas menores apresentam uma estrutura centralizada
(CRUZ; ANDRICH). Para elaborar o Fluxo de Caixa deve-se ter o conhecimento de
todas as atividades que movimentam as finanças da empresa e considerar apenas
os recursos efetivamente recebidos no período.
• 1 = entradas ou receitas.
22
- 1.01 = receitas operacionais.
- 1.01.001 = receitas com vendas de produtos.
• 2 = saídas ou despesas.
2.01= despesas sobre vendas.
- 2.01.001 = impostos.
- 2.01.002 = embalagens.
23
Receitas financeiras
Outros
SOMA
2. DESEMBOLSOS
Compras à vista
Fornecedores
Salários
Compras de itens do ativo
permanente
Energia elétrica
Telefone
Manutenção de máquinas
Despesas administrativas
Despesas com vendas
Despesas tributárias
Despesas financeiras
Outros
SOMA
3. DIFERENÇA
DO PERÍODO (1 – 2)
4. SALDO INICIAL DE CAIXA
5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+ 3
+ 4)
6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA
PROJETADO
7. EMPRÉSTIMOS A CAPTAR
8. APLICAÇÕES NO MERCADO
FINANCEIRO
9. AMORTIZAÇÕES DE
EMPRÉSTIMOS
10. RESGATES DE APLICAÇÕES
FINANCEIRAS
11. SALDO FINAL
DE CAIXA PROJETADO
P = Projetado; R = Realizado; D = Defasagem
Fonte: Adaptado de Zdanowicz (2002)
24
receitas e despesas da empresa em determinado período. É encontrado pela
equação do lucro operacional:
Fluxo de Caixa Direto (FCD): É o método mais utilizado, nele são registrados os
recebimentos e pagamentos das atividades operacionais brutos, antes dos
descontos. Permite verificar mais rapidamente os problemas de caixa e
necessidades de redução de despesas, financiamento bancário ou
antecipação de receitas. As transações são organizadas em diferentes
categorias de acordo com a origem (fonte) ou uso (aplicação), como
recebimentos de clientes; juros, lucros e dividendos recebidos; pagamento a
fornecedores e empregados; impostos; encargos sobre empréstimos;
duplicatas descontadas. Apresenta a vantagem de permitir que as
informações de caixa fiquem disponíveis diariamente, facilitando a análise
financeira e tomada de decisões.
Fluxo de Caixa Indireto (FCI): É baseado nas contas que afetam os lucros ou
prejuízos, mas não o caixa, como as amortizações, depreciações e variações
nas contas do patrimônio. O gestor não precisa ter um controle de fluxo, utiliza
apenas os dados do Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e por isto
está sujeito a grandes distorções.
Fluxo de Caixa projetado (FCP): É um Fluxo de Caixa pautado na previsão dos
gastos e receitas, a partir da estimativa da média das contas do presente.
Pode ser construído a partir dos Fluxos de Caixa Direto e Indireto, porém só
serão lançados as entradas e saídas futuras a realizar. Inclui informações como
contas a serem pagas com o pessoal, fornecedores, insumos e demais gastos
previstos juntamente com as contas a receber de clientes, rendimentos de
aplicações e outras. Permite prever os momentos de aperto no caixa e efetuar
25
ajustes para corrigir as falhas e desfalques, bem como planejar investimentos
para a expansão. Quanto maior o volume de informações coletadas, mais
precisa será a projeção.
Fluxo de Caixa descontado (FCDesc): Normalmente é realizado quando
ocorre a venda/aquisição ou fusão de empresas. Mede o tempo de retorno
do capital investido em uma empresa e traduz a projeção da quantidade de
recursos que serão gerados pela empresa no futuro, determinando sua
valorização. Sua apuração deve ter o acompanhamento de uma auditoria
contábil e jurídica, pois devem ser analisados todos os contratos, obrigações
trabalhistas, previdenciárias, de impostos, locação e fornecimentos.
26
2.5 DIVISÃO DO FLUXO DE CAIXA POR ATIVIDADES
27
quais ela não conseguiria operar. Devem ser consideradas as entradas e as
saídas de caixa vinculadas a sua atividade fim. Alguns exemplos são os
pagamentos a fornecedores, funcionários, despesas operacionais com água,
luz, telefone e o recebimento de vendas.
Atividades de investimento: São as movimentações que geram retorno a
empresa, normalmente a longo prazo, como uma compra (aquisição) ou
venda de ativos juntamente com suas previsões. A compra de maquinário
para fábrica, terreno para produção, carros para transporte são tipos de
atividades de investimentos.
Atividades de financiamento: Ao contrair um financiamento, há mudanças na
estrutura financeira, aumenta o capital de terceiros e as contas a pagar em
detrimento de maior liquidez dentro da empresa.
28
29
FIXANDO O CONTEÚDO
Entrada
Saída
Entrada e Saída
( ) Empréstimos
( ) Despesas
( ) Investimentos
( ) Tributos
( ) Sócios
( ) Compras
( ) Salários
( ) Recebimentos
a) 3 – 2 – 3 – 2 – 3 – 2 – 2 – 1
b) 3 – 2 – 2 – 3 – 2 – 2 – 2 – 1
c) 2 – 3 – 3 – 2 – 2 – 3 – 2 – 1
d) 2 – 2 – 1 – 3 – 1 – 3 – 2 – 3
e) 2 – 3 – 2 – 2 – 3 – 2 – 2 – 1
30
ficou negativo. O que Gisele deve fazer?
a) Gisele precisa verificar o valor que está faltando e ir ao banco para fazer um
empréstimo. Assim, ela terá novamente um crédito em seus saldos de
movimentação de caixa.
b) Gisele precisa analisar todos os dados lançados e verificar onde está o dinheiro
faltante. Pode ser que ela esteja recebendo a prazo e pagando contas à vista.
c) Gisele precisa aumentar o preço de seus serviços para ficar com saldo positivo.
d) Gisele deve se conformar com os resultados, pois nem tudo sempre dá certo, e
talvez no próximo período este valor apareça.
e) Gisele deve desistir de ser empreendedora, pois demonstrou que não é boa com
suas finanças.
a)
31
b)
c)
d)
e)
32
5. Prova: INSTITUTO AOCP - 2020 - Prefeitura de Cariacica - ES - Contador
33
1. Equivalentes de Caixa
2. Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
3. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
4. Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais
5. Transações de investimento e financiamento sem efeito no Caixa
a) 1 – 3 – 4 – 5 – 2.
b) 2 – 1 – 5 – 3 – 4.
c) 3 – 4 – 1 – 2 – 5.
d) 4 – 5 – 3 – 2 – 1.
e) 5 – 2 – 1 – 4 – 3.
34
8. Prova: FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Contador
35
CONTROLE DE CONTAS A PAGAR E UNIDADE
A RECEBER
Objetivos da unidade:
3.1 INTRODUÇÃO
O setor de Contas a Receber lida com os valores que a empresa tem a receber
e que já deveria ter recebido, provenientes das vendas realizadas a prazo ou por
qualquer outro meio de pagamento que não seja imediato (CASADO et al, 2020).
É comum as empresas realizarem parte das vendas a seus clientes a prazo. Essa
modalidade de vendas gera riscos pela possibilidade de inadimplência dos clientes,
36
além de acarretar despesas com a análise de créditos, atividades de cobrança e
recebimentos dos valores (HOJI e LUZ, 2019).
A principal diferença entre as vendas à vista e a prazo é que as vendas à vista
geram recursos imediatos aumentando a liquidez, já as vendas a prazo dependem
do tempo que a empresa concedeu ao cliente, o produto ou a prestação de serviço
é concedido no ato, mas o recebimento chegará apenas algum tempo depois.
As vendas são o resultado das compras realizadas pelos clientes. Assaf Neto e
Silva (2012) destacaram alguns motivos pelos quais os compradores vendas são
motivados a comprarem a prazo, e consequentemente gerar vendas a prazo para a
empresa:
Devido a facilidade e a postergação do pagamento, as compras a prazo
tendem a ser mais altas do que as a vista, incentivando as vendas por impulso.
O comprador terá tempo o suficiente para verificar se o produto está de acrdo
com suas exigências pessoais e o vendedor receberá uma taxa de juros da operação
de venda acima do custo de oportunidade.
Empresas com alto grau de sazonalidade encontram vantagem no crédito,
pois se apresenta como um incentivo para que os clientes façam aquisição de
mercadorias de forma mais regular e o tempo de espera pelo pagamento é
compensado pela redução do custo de estocagem.
37
Para verificar se o desconto oferecido ao cliente em pagamentos a vista é
vantajoso ou não, a empresa pode realizar uma comparação do desconto com os
juros cobrados pelos empréstimos financeiros a curto prazo. Ou seja, para ser atrativo
para o cliente o desconto deve ser maior do que o retorno da aplicação e para ser
vantajoso para a empresa o desconto não pode comprometer a lucratividade
(COSTA et al. 2014).
38
empresa pode adotar algumas políticas de cobrança. Quanto mais rígidas estas
políticas forem, mais segurança terá de que o pagamento seja concretizado, mas,
em contrapartida, pode inibir o consumo (ASSAF NETO e LIMA, 2019).
Uma grande porcentagem das contas a receber pode comprometer a
liquidez da empresa, pois o cliente já está com o produto, mas o vendedor ainda não
está com o valor integral correspondente a venda (PADOVEZE, 2016). Este
desequilíbrio pode acarretar em algumas desvantagens como a falta de dinheiro
para pagar a mercadoria aos fornecedores, custo de cobranças aos inadimplentes
e custo de oportunidade, pois a empresa poderia estar concentrando seus esforços
em outra atividade, a não ser cobrar pelo que já forneceu.
Matias (2014) elaborou um conjunto de regras a serem seguidas para controlar
o custo da gestão de Contas a Receber, juntamente com seus possíveis efeitos
positivos e negativos, confira a síntese na tabela abaixo.
Não existe uma fórmula mágica para prever e acabar com os contratempos,
mas existem medidas que podem ser adaptadas à realidade da gestão para
amenizar os futuros problemas. Há alguns indicadores que ajudam a nortear e
analisar o comportamento e as tendências das contas a receber.
39
3.4 INDICADORES DE CONTAS A RECEBER
O aumento das contas a receber pode ser reflexo de ações diferentes, como
o aumento da inadimplência, vendas maiores ou até mesmo a dilatação do prazo
de cobrança (ASSAF NETO e LIMA, 2019). Com o auxílio dos indicadores é possível
traduzir o desempenho das políticas de crédito, identificando e analisando os
resultados dos critérios adotados que interferem a lucratividade. Alguns destes
indicadores são:
Dias de Venda a Receber (DVR): Mensura o número médio de dias necessários
para receber as vendas a prazo. É obtido através da relação entre os valores a
receber e as vendas médias diárias.
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑎𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 =
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑚é𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
Exemplo:
A empresa fictícia Tavares Ltda deseja saber quantos dias são necessários para
realizar financeiramente suas vendas a prazo. Sabendo que, no mês de janeiro de
2022 apresentou R$15.600,00 como Duplicatas a Receber e teve R$36.000,00 de
vendas durante o mês.
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑎𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 =
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑚é𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
40
15.600
𝐷𝑉𝑅 = = 13
1.200
41
maior do que o da empresa tem para pagar aos fornecedores (PMR > PMG) a
empresa terá que desembolsar antes de receber, podendo gerar desequilíbrios no
Fluxo de Caixa. O ideal é que os clientes paguem antes ou até mesmo que haja
equilíbrio nestes prazos.
Índices históricos da empresa: Ao fazer um levantamento do PMR ao
longo do tempo é possível analisar melhor os prazos estipulados e, se necessário for,
alterar a política de crédito.
75.000
𝐼𝐼 (%) = = 0,375 = 37,5%
200.000
42
Os custos podem influenciar diretamente no lucro da organização, no
controle de suas ações, na tomada de decisão, na produção e no
planejamento. Assim, torna-se essencial identificá-los separadamente,
para a apuração correta dos valores fixos e variáveis, dentre outros,
possibilitando a adoção de estratégias competitivas e a obtenção de
melhores resultados (SANTOS et al, 2018, p.9).
Imagine que você está vendendo brigadeiros para ajudar com as despesas
de casa. Você é a única pessoa em sua empresa, você compra os materiais, faz,
enrola e embala os brigadeiros, vende a seus colegas e cobra a quem comprou
fiado. Tendo em mente este processo produtivo, vamos relacionar os seguintes
termos:
43
produto, sem a necessidade de divisão com outros itens. Entram nesta conta
a matéria prima utilizada (leite condensado), os materiais secundários
(achocolatado, manteiga, granulado), materiais auxiliares (papel toalha,
espátula), materiais de embalagem (forminhas, recipiente expositor).
Custos indiretos: São os custos que necessitam de alguma divisão para serem
incorporados ao produto. Pode considerar a luz gasta enquanto preparava o
brigadeiro, o gás utilizado, a depreciação do fogão.
Custos fixos: São os custos relacionados com a produção, mas que não variam
de acordo com a quantidade produzida. Em se tratando de uma empresa
considera-se o aluguel, salário dos funcionários.
Custos variáveis: São os custos que variam de acordo com o volume
produzido, isto é, quanto maior a produção, maior o dispêndio com tais gastos.
A quantidade de leite condensado a ser comprado está proporcionalmente
ligada a quantidade de brigadeiros a serem feitos.
Custos híbridos: Estão ligados à produção e são fixos e variáveis ao mesmo
tempo. Em geral, são gastos que se comportam de forma fixa até determinado
patamar e, a partir deste, passam a evoluir de forma ascendente. Embora mais
incomum, o inverso também pode ocorrer, isto é, gastos que são variáveis até
determinado limite, passando a ser fixos a partir deste (CRUZ, 2013, p.39). Para
facilitar a compreensão, imagine que se você for fazer apenas uma latinha de
leite condensado poderá utilizar o achocolatado que já está em casa, mas se
for fazer mais latas terá que comprar um pacote inteiro.
Figura 3: Custos
44
“As denominações para o conjunto de materiais dependerão das
especificidades do produto, da empresa, ou até mesmo dos detalhes que estejam
implícitos na fabricação do produto.” (SANTOS at al, 2018, p.11)
Despesas: Estão relacionadas aos gastos realizados para a manutenção das
atividades administrativas e de gestão da empresa, sem relações com os bens
produzidos ou serviços prestados. São exemplos de despesas o marketing pago para
a divulgação da venda, o financiamento para a compra inicial dos insumos ou a
continuação da produção, honorários da diretoria. Também podem ser fixas ou
variáveis e se dividem em:
45
Figura 4: Custo x Despesa x Investimentos
Matéria prima:
46
Mão de obra:
Custo unitário:
Custo unitário no período n=R$10* (6,52/5)
Custo unitário da matéria prima importada: R$13,24
47
O custo unitário se reduziria, obtendo economias ao realizar a importação.
Cálculo de custos totais
Uma vez que o custo está diretamente ligado aos valores da produção, para
calcular os custos totais basta multiplicar o custo unitário total pela quantidade
produzida no período.
48
FIXANDO O CONTEÚDO
1. As Contas a Receber mensuram o montante que ainda falta para entrar oriundo
das transações já realizadas e vendas não recebidas. Identifique qual argumento
abaixo não faz parte dos motivos de estímulo às compras a prazo:
a) Custos Diretos
b) Custos Variáveis
c) Custos Híbridos
d) Custos Genéricos
e) Custos Fixos
49
e) Índices Históricos da Empresa.
5. Considere que no mês de abril de 2022 a empresa Tavares Ltda produziu 25.000
unidades e teve um gasto total de R$387.000,00 com matéria prima e pagou
R$41.750,00 de salário a seus funcionários diretamente relacionados a produção.
Qual é a projeção do custo de cada produto?
15,71
18,93
17,15
15,17
25,30
Resposta: Letra D.
Matéria prima:
Custo total: R$387.000,00
(÷) Quantidade: 25.000
(=) Custo unitário: R$15,48
Mão de obra:
Custo total: R$41.750,00
(÷) Quantidade: 25.000
(=) Custo unitário: R$1,67
50
(+) Mão de obra: R$1,67
(=) Custo unitário: R$17,15
6. (CRUZ, 2013 – Adaptada) Numere a coluna das variáveis de acordo com a sua
classificação e, a seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta:
1. Custos
2. Investimentos
3. Despesas
( ) Diretos(as)
( ) Comerciais
( ) Tecnológicos(as)
( ) Novos ativos
( ) Administrativos(as)
a) 1-2-3-2-1
b) 1-3-2-2-3
c) 3-2-2-1-1
d) 2-2-1-3-1
e) 1-3-3-2-3
51
8. Prova: Quadrix – 2018 – CREF – 8ª Região (AM/AC/RO/RR) – Assistente Financeiro
(Modificado) A respeito da legislação e dos conceitos sobre finanças, assinale a
alternativa correta:
52
GESTÃO DE ESTOQUES UNIDADE
Objetivos da Unidade:
4.1 INTRODUÇÃO
53
O sistema de atendimento do almoxarifado deve estar de acordo
com a atividade desenvolvida pela empresa, permitindo um giro mais
rápido do estoque, a alocação dos materiais no estoque deve ser
orientada para que os itens com maior giro de entregas fiquem o mais
próximo possível da área de entrega (PAOLESCHI, 2019, p.20).
54
4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES
55
A quantidade de estoques está diretamente ligada pela demanda daquele
item na cadeia de produção. Quanto mais necessário for, maior será seu volume
previsto para seu estoque.
Custo dos itens estocados: Custo efetivo dos bens estocados, é o custo de
armazenagem e controle.
Custo de materiais de produção: Preço de compra dos materiais diretamente
utilizados na produção.
Custo dos produtos em processo: Soma dos vários custos de produção,
dependendo do estágio em que se encontram. Por exemplo: matérias-primas,
mão de obra, seguros e impostos, obsolescência, deterioração, furto.
Valor dos produtos terminados: Valor total do custo de produção no processo
de fabricação.
Custos de gestão dos estoques: São os custos evitáveis, os quais podem variar
56
de maneira direta ou inversamente proporcional às decisões de compra.
57
Um banco de dados atualizado dos itens existentes no estoque permite um
controle melhor dos estoques pelo almoxarife, auxilia na determinação dos pontos
ressuprimento, elaboração da lista de compras e análise da lista crítica de itens
faltantes, além de reduzir as despesas por ter um planejamento. O ideal é que as
entradas e as saídas de materiais no estoque sejam feitas em até duas horas
(PAOLESCHI, 2019).
58
Construção da curva ABC:
59
4.5.2 Lote Econômico de Compras (LEC)
2∗𝐷∗𝐶
𝐿𝐸𝐶 = = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝐶
Onde:
D = Demanda do item
Cp = Custo de pedir, por pedido
Cun = Custo de manter o estoque, por unidade e por pedido
Exemplo: A sapataria Tavares Ltda vende 4.000 sapatos por ano. Como são
revendedores, precisam comprar os sapatos em outra cidade para amenizar os
custos, de forma que gastam R$20,00 por sapato adquirido. Para armazenar os
sapatos em suas caixas no estoque, a sapataria deixa de utilizar um espaço que
poderia estar disponível para seus clientes e isto gera um custo de R$1,00 por caixa
de sapato. Para diminuir os custos, qual deverá ser a quantidade a ser comprada por
vez para manter seu estoque?
2∗𝐷∗𝐶
𝐿𝐸𝐶 = = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
𝐶
2 ∗ 4.000 ∗ 20
𝐿𝐸𝐶 = = √160.000 = 400
1
Cada vez que fizerem um novo pedido, a empresa Tavares Ltda deverá
60
solicitar 400 unidades de forma a minimizar o custo do estoque.
Para saber quanto tempo deve esperar para realizar um novo pedido, basta
dividir o número de dias do período requisitado pela quantidade de pedidos que terá
que fazer. Para a empresa Tavares Ltda ficará assim:
𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑁𝐷 =
𝑁𝑃
360
𝑁𝐷 = = 36 𝑑𝑖𝑎𝑠
10
61
Será que ela deve esperar o estoque todo acabar para pedir novamente?
62
Figura 7: Estoques de segurança e Pontos de renovação de pedidos
63
Para adoção desse modelo por uma organização, suas atividades
de compra, produção e comercialização devem ser altamente
coordenadas. Além do mais, as relações com os fornecedores
precisam ser altamente especificadas, objetivando sobretudo a
qualidade do que é fornecido, isso porque o sistema Just-in-Time
não admite erros (COSTA, 2014, p.126).
64
FIXANDO O CONTEÚDO
65
chega a zero e não pode atender a uma necessidade de consumo, uma
requisição ou venda denomina-se
a) Intervalo de ressuprimento.
b) Estoque mínimo.
c) Estoque virtual.
d) Ruptura de estoque.
e) Intervalo de suprimento.
4. (ASSAF NETO, 2019) Uma empresa que possui vendas anuais de 5.400 unidades,
um custo de reabastecimento de $ 40,00 por pedido e custo de carregamento
de $ 30,00. Qual deve ser o tamanho de cada pedido que minimizaria os custos
em unidades?
a) 90.
b) 100.
c) 110.
d) 120.
e) 130.
66
6. (ASSAF NETO, 2019) Sobre a administração de estoques é correto afirmar:
Ano: 2019 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Prova: IF-MT - 2019 - IF-MT - Assistente em
67
Administração - Na gestão de materiais, há muitas razões para se evitar o acúmulo
de estoque físico sempre que possível. Entretanto, os estoques fornecem muitas
vantagens tanto para as operações quanto para os clientes. Assinale a alternativa
que NÃO representa uma vantagem para se manter estoques físicos.
68
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES UNIDADE
CONTÁBEIS
Objetivos da unidade:
5.1 INTRODUÇÃO
69
de forma clara e sucinta, considerando os objetivos pelos quais estão sendo
elaborados e a finalidade dos que precisam das informações que contam neles. (LINS
e FRANCISCO FILHO, 2012), devem abordar informações relevantes e representadas
com fidedignidade a realidade (RIBEIRO, 2018).
70
5.3 INTERESSADOS PELAS ANÁLISES CONTÁBEIS
71
evolução (RIBEIRO, 2018; ALVES E LAFFIN, 2018);
k) O público de maneira geral, pode estar interessado sobre a evolução do
desempenho da empresa na sua cidade ou região impactando o
desenvolvimento local (MARTINS, MIRANDA E DINIZ, 2020).
72
Básica e definiu, em seu artigo 176, quais contas a diretoria deveria elaborar no final
de cada exercício social (1 ano), apresentando com clareza a situação do
patrimônio empresarial e suas alterações. Em 2007, com a Lei nº 11.638/07 foram
incluídas novas demonstrações, sendo as exigidas:
I - Balanço Patrimonial;
II - Demonstração Dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
III - Demonstração Do Resultado do Exercício;
IV – Demonstração Dos Fluxos de Caixa;
V – Se Companhia Aberta, Demonstração do Valor Adicionado.
73
74
5.5 FORMAS DE ANÁLISE
75
informações demonstradas no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado
do Exercício (ALVES E LAFFIN, 2018).
Os indicadores podem ser reunidos nos seguintes grupos:
Indicadores de estrutura de capital e endividamento;
Indicadores de atividade (prazos médios);
Indicadores de liquidez (capacidade de pagamento de dívidas);
Indicadores de rentabilidade;
Indicadores de gestão do capital de giro.
76
Figura 9: Balanço Patrimonial
77
O Balanço Patrimonial é formado pelas contas do Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido. Veja a seguir quais contas participam de cada grupos de conta.
5.7 ATIVO
Ativo Circulante: Agrupam as contas de maior liquidez, ou seja, as que serão mais
fáceis e rápidas para se converterem em dinheiro, no curto prazo. É composto
pelos itens:
Ativo Não Circulante: São os ativos de menor liquidez, que não se destinam à
venda (ASSAF NETO, 2015).
78
5.8 PASSIVO
79
5.9 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social;
Reservas de Capital;
Ajustes de Avaliação Patrimonial;
Reservas de Lucros;
Ações ou Cotas em Tesouraria;
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Na prática
Para ver como funciona na prática, vamos resolver juntos este exercício
retirado da Prova NC-UFPR – 2019 – Prefeitura de Curitiba – PR – Auditor Fiscal de
Tributos Municipais
Uma determinada empresa apresentou os saldos finais das seguintes contas
em 31/12/00:
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 20.000,00
Contas a Pagar até 90 dias R$ 2.000,00
Contas a Receber até 360 dias R$ 5.000,00
Imobilizado R$ 15.000,00
Prejuízos Acumulados R$ 1.500,00
Financiamento de Longo Prazo R$ 5.000,00
Salários a Pagar R$ 1.000,00
Estoques R$ 6.000,00
Depreciação Acumulada R$ 500,00
80
Os valores totais do Ativo e do Patrimônio Líquido nessa data são,
respectivamente:
a) R$ 12.000,00 e R$ 28.000,00.
b) R$ 26.500,00 e R$ 18.500,00.
c) R$ 26.500,00 e R$ 29.500,00.
d) R$ 27.500,00 e R$ 21.500,00.
e) R$ 27.500,00 e R$ 29.500,00.
Resposta: Para resolver este exercício basta alocar cada conta em seu
respectivo grupo. Como depreciação e Prejuízos acumulados são valores que sairão
das contas que deveriam ser somadas, estão evidenciadas na cor vermelha e no
cálculo do total deverão ser subtraídos.
ATIVO PASSIVO
Como pode-se observar o valor total do ativo será sempre igual ao valor da
soma do total do passivo com o patrimônio líquido. Este exercício apresenta o total
do ativo de R$2.500 e o total do patrimônio líquido é de R$18.500.
81
82
FIXANDO O CONTEÚDO
3. Prova: INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO – 2019 – CRP – 11ª Região (CE) – Técnico Contábil
- A demonstração que busca evidenciar qualitativamente e quantitativamente,
em uma determinada data, a posição financeira e patrimonial da empresa é:
83
4. Prova: INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO – 2019 – CRP – 11ª Região (CE) – Técnico Contábil-
O patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos, de acordo com o CPC 00. Acerca deste tema,
marque a alternativa correta:
a) R$ 147.000 00.
b) R$ 127.000 00.
c) R$ 125.000 00.
d) R$ 165.000 00.
e) R$ 145.000 00.
84
6. Assinale a alternativa em que não apresenta o verdadeiro interesse pelas
Demonstrações Contábeis do grupo indicado:
7. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, qual das seguintes
demonstrações é exigida apenas para uma Companhia Aberta?
a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração Dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
c) Demonstração Do Resultado do Exercício;
d) Demonstração Dos Fluxos de Caixa;
e) Se Companhia Aberta, Demonstração do Valor Adicionado.
a) Análise Horizontal
b) Análise Vertical
c) Análise Diagonal
d) Indicadores
e) Quocientes
85
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE UNIDADE
GIRO
Objetivos da unidade:
86
6.1 DEFINIÇÃO DE CAPITAL DE GIRO E ANÁLISE (NEGATIVO, POSITIVO E NULO)
87
CDG = (Passivo não cíclico + Patrimônio líquido) – (Ativo não cíclico)
CDG = (Fontes de Longo Prazo) – (Aplicações de Longo Prazo)
Resposta:
CDG = (Passivo não cíclico + Patrimônio líquido) – (Ativo não cíclico)
CDG = (Financiamento + Patrimônio Líquido) – (Caixa + Estoques)
CDG = (50.000 + 12.450) – (15.480 + 48.125)
CDG = 62.450 – 63.605 = - 1.155
CDG = -1.155
88
também seja negativa (SILVA, 2018).
Um Capital de Giro positivo indica que há recursos no passivo não circulante e
no patrimônio líquido capazes de quitar os financiamentos dos ativos em logo prazo,
ou seja, há montante suficiente para pagar a Necessidade de Giro de Capital
(CASADO et al, 2020; SILVA, 2018).
89
Figura 10: Capital de Giro
Prejuízos;
Aquisição de ativo imobilizado;
Aquisição de investimentos;
Aplicação de recursos no ativo intangível;
Distribuição de lucros;
Redução de vendas;
Crescimento da inadimplência;
90
Aumento das despesas financeiras;
Desperdícios de natureza operacional.
O Capital de Giro pode ser classificado como permanente (ou fixo) ou sazonal
(variável), a depender da necessidade de capital de giro em determinada época.
O Capital de Giro Permanente corresponde ao volume mínimo de ativo
circulante (dinheiro, estoque) que é preciso para manter a empresa em condições
91
normais de funcionamento (pagamento das despesas e reinvestimento).
92
Nulo: Quando o Ativo Circulante é igual ao Passivo Circulante do Período, ou
seja, os bens e ativos são capazes de financiar as despesas adquiridas.
Caixa = 225.300
Pagamento a empregados (salários e encargos) = 198.000
Contas a Receber = 355.700
Empréstimos Bancários = 75.000
Estoques = 406.700
Fornecedores = 400.000
Impostos e taxas = 250.000
Resposta:
93
Clientes Fornecedores
Estoque Obrigações Tributárias
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE
- CONTAS NÃO CÍCLICAS - CONTAS NÃO CÍCLICAS
Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo
Investimentos
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
FONTE: CASADO et al (2020)
Positivo: Quando o Ativo é maior que o Passivo, ou seja, as saídas são menores
do que as entradas, a empresa está com superávit de capital de giro e não
precisa de empréstimos ou financiamentos.
Negativo: Quando o Passivo é maior que o Ativo, ou seja, o desembolso com
94
contas a pagar é maior do que as fontes de renda. A empresa precisará
financiar parte de suas aplicações de curto prazo.
Neutro: A empresa está operando no pleno equilíbrio. Todas as entradas estão
indo para as saídas. É uma situação que beira a insalubridade, caso as saídas
aumentem a empresa precisará recorrer a empréstimos, aumentando o custo
de capital.
95
96
FIXANDO O CONTEÚDO
97
3. Prova: VUNESP – 2019 – MPE-SP – Analista Técnico Científico – Contador - Quanto
às decisões referentes ao planejamento e gestão do capital de giro, é correto
afirmar:
a) Liquidez Seca
b) Capital de Giro
c) Liquidez Corrente
d) Patrimônio Líquido
e) Balanço Patrimonial
98
O Capital Circulante Líquido é igual a:
a) R$ 500,00.
b) R$ 3.000,00.
c) R$ 3.500,00.
d) R$ 4.500,00.
e) R$ 5.500,00.
a) Duplicatas a pagar.
b) Títulos negociáveis.
c) Estoques.
d) Duplicatas a receber.
e) Aplicações financeiras.
99
de um conjunto de regras que tem por objetivo a preservação da saúde financeira
da empresa. Sobre a natureza e as definições da administração do capital de giro,
é INCORRETO afirmar que:
a) $ 15.000.
b) $ 30.000.
c) $ 35.000.
d) $ 75.000.
e) $10.000
100
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 A
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 D QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 B
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 D QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 A
101
REFERÊNCIAS
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