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SUMÉRIO
EXAME CLÍNICO: ..............................................................................................................................................................................................................
ANAMNESE.................................................................................................. .................................................................................................. ...................
SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO: UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DÁDER NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE. .....................................
ATENDIMENTO FARMACÊUTICO. .................................................................................................. ............................................................................
BOAS PRÁTICAS EM ARMAZENAMENTO E DISPENSÃO DE MEDICAMENTOS..................................................................................................
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO. .................................................................................................. ........................................................................
AVALIAÇÃO FARMACÊUTICA DA RECEITA.................................................................................................. ............................................................
SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE PRODUTOS CONTROLADOS (SNGPC) E MEDICAMENTOS SUJEITOS AO
CONTROLE ESPECIAL. .................................................................................................. ..................................................................................................
VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO SANGUINEA. .................................................................................................. ..............................................................
MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR. ..............................................................................................................................................................
ROTINA DE APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS. ..................................................................................................................................................................
ROTINA DE APLICAÇÃO. ................................................................................................................................................................................................
ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS VENCIDOS................................................................................................ .............................................
PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR. .................................................................................. ......................................... ................................................
OS MEDICAMENTOS GENÉRICOS ......................................... ......................................... ......................................... .................................................
MEDICAMENTOS MANIPULADOS ......................................... ......................................... ......................................... ...............................................
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA. ................................................................... ......................................... ...............................................
DIVISÃO DO CORPO HUMANO. ......................................... ......................................... ......................................... .................................................
PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO. ......................................... ......................................... .........................................
TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO ......................................... ......................................... ......................................... ............................................ ...
SISTEMA ESQUELÉTICO/CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS. ......................................... ......................................... ...................................................
ESTRUTURA DOS OSSOS ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... .......................
PERIÓSTEO. ......................................... ......................................... ......................................... ..........................................................................................
CARTILAGEM. ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... ..........................................
LIGAMENTOS/ARTICULAÇÕES/ARTICULAÇÕES FIBROSAS ......................................... ......................................... ...........................................
ARTICULAÇÕES CARTILAGENOSAS......................................... ......................................... ......................................... .............................................
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS. ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... ................
MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS......................................... ......................................... ..................................................................
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS. ........................................... ........................................... ................................
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ........................................... .......................................................................
COMPLEXIDADE DE ORGANIZAÇÃO. ........................................... ........................................... ........................................... ....................................
INERVAÇÃO/MÚSCULOS. ........................................... ........................................... ........................................... ..........................................................
MÚSCULO ESQUELÉTICO. ................... ......................................... ................... ......................................... ................... .............................................
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS................... ......................................... ................... .................................
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS. ................... ......................................... ................... ....................................
MECÂNICA MUSCULAR. ................... ......................................... ................... ......................................... ................... ..............................................
SISTEMA CIRCULATÓRIO/SISTEMA SANGUINEO. ................... ......................................... ................... ......................................... ......................
ARTÉRIAS/CAPILARES/VEIAS. ................... ......................................... ................... ......................................... ................... ......................................
CORAÇÃO/PERICÁRDIO. ................... ......................................... ................... ......................................... ................... ...............................................
SISTEMA CIRCULATÓRIO LINFÁTICO. .............................................................. .............................................................. .........................................
SISTEMA NERVOSO. .............................................................. .............................................................. .............................................................. ...........
SISTEMA NERVOSO CENTRAL. .............................................................. .............................................................. .......................................................
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO/NERVOS ESPINHAIS/NERVOS CRANIANOS. .............................................................. ..................................
TERMINAÇÕES NERVOSAS E GANGLIOS. .............................................................. .............................................................. ....................................
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO /SISTEMA RESPIRATÓRIO. .............................................................. .................................................................
ÓRGÃOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO/INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO. .............................................................. ...................................................
SISTEMA DIGESTIVO/CANAL ALIMENTAR. .............................................................. .............................................................. ..................................
GLÂNDULAS ANEXAS/SISTEMA URINARIO. .............................................................. .............................................................. ...............................
BIODISPONIBILIDADE DE DROGAS. .............................................................. .............................................................. ..............................................
MEMBRANAS BIOLÓGICAS. .............................................................. .............................................................. ............................................................
FICK E A FUSÃO /LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS. ...................................................................................................................................
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO APARENTE/ METABOLISMO. ....................................................................................................................................
O exame clínico do paciente consiste na obtenção de dados que contribuem para o diagnÉstico
e conduta clíncia de uma doença, tanto para a
medicina quanto para as afecçÑes de caráter odontolÉgico. A
semiologia é uma disciplina que busca os sinais e sintomas de
enfermidades que possam acometer um indivíduo, na realidade cada
especialidade enfoca com maior profundidade a melhor forma de
obter tais dados, embora a semiologia pura possua uma metodologia
básica de interesse a todas as especialidades.
Elaboração do DiagnÉstico e Conduta Clínica para
chegarmos ao diagnÉstico de uma doença, bem como a conduta
clínica adequada, é importante que se siga uma seqüência de
eventos clínicos. Tal seqüência
pode ser resumida pelo esquema abaixo. Esta seqüência é válida para qualquer doença a ser estudada.
Ex Clínico (Anamnese+Ex Físico) -> Hipótese de Diag -> Ex Compl -> Diagn -> Prog -> Plano de
Trat -> Preservaçào
Todo o processo de diagnÉstico e conduta clínica a ser tomada deve respeitar tal seqüência, pois
é muito comum o aluno mais afoito se deixar levar pela ansiedade do paciente, quando este mostra
os exames realizados, como radiograficos/hematolÉgicos, sem ao menos ter sido examindado. Com
isso pulam-se etapas importantes como a anamnese, exame físico e hipÉteses de diagnÉstico. Como é
possível analisar exames sem ter visto previamente o problema (lesão) para que se possa comparar com
outras alteraçÑes semelhantes â mesma patologia que está acometendo o enfermo? Seriam estes os
exames corretos ou ideais para avaliação do problema? Nestes casos deve-se deixar de lado os exames
que o pacinete prontamente ofertou e avisá-lo que haverá uma seqüência a ser seguida e no momento
oportuno será analisado.
ANAMNESE
A anamnese é o primeiro tÉpico a ser executado quando nos defrontamos com o paciente.
Portanto, deve-se dar a mesma importäncia para esta etapa quanto é dada para o exame do paciente,
pois é neste momento que o profissional interage pela primeira vez com o paciente, é neste instante que
se “quebra o gelo”, onde sentimos o nível sÉcio-cultural, o perfil emocional, permitindo assim uma
melhor relação dentista-paciente, onde até o tipo de linguagem a ser adotada é relevantem, bem como
se há alteração da fala, seja por distúrbios neurolÉgicos (dislalias) ou articulares (disartrias). é através
dela que obteremos as informaçÑes subjetivas necessárias para ficarmos a par da situação médica
do paciente,
Antescedentes Familiais
Investigação sobre as condiçÑes de saúde dos ascendentes (pais / avÉs) que possam repercutir no
paciente, histÉria de cäncer na família, diabetes, hipertensão, etc.
Hâbitos e Vícios
Hábito é uma ação repetitiva, como escovação dental, uso de fio dental, enxágües, higiene corporal,
palitar os dentes, atividades físicas, entre outras. Já o vício é uma ação repetitiva com dano ou prejuízo
ao paciente, como o vício do uso do tabaco – tabagismo, álcool – etilismo, onicofagia (roer unha),
mordiscar a mucosa jugal, morder objetos (desgaste dentalou trauma em mucosas), etc.
Observações
Este íten é reservado para qualquer informação adicional que não tenha sido abordado anteriormente
ou para referir os medicamentos (quando vários) utilizados, ou até informaçÑes como uso de anti-
concepcionais, suplementos vitamínicos, perfil psicolÉgico do paciente, uso de prÉteses ou
qualquer particularidade com elas, entre outras informaçÑes. Não há uma fÉrmula definida
para a anamnese perfeita a ser utilizada para todas as especialidades, o que há é um roteiro que serve
de base para o acadêmico ou iniciante praticar uma seqüência lÉgica e didática percorrendo os dados
mais relevantes que contribuirão para o diagnÉstico e que favoreça a conduta clínica. Com o tempo
cada profissional fará sua anamnese personalizada, dando enfoque a sua especialidade, aprofundando
e direcionando as perguntas de acordo com o problema a ser solucionado.
Introduçào
O Seguimento Farmacoterapêutico (SFT) é uma
prática profissional desenvolvida por farmacêuticos com o
intuito de detectar Problemas Relacionados com
Medicamentos (PRM) para prevenir e resolver Resultados
Negativos associados aos Medicamentos (RNM). Este
serviço implica um compromisso e deve ser desenvolvido de
maneira contínua, sistematizada e documentada, em
colaboração com o paciente e com os demais profissionais
da saúde, com a finalidade de alcançar resultados concretos
que melhorem a qualidade de vida do paciente.
Esta prática está inserida na filosofia da atenção
farmacêutica e não deve haver confusão
referente âs definiçÑes destes dois conceitos. Atenção farmacêutica é uma filosofia de prática
profissional do farmacêutico direcionada a alcançar os melhores resultados possíveis junto ao paciente
com a utilização dos medicamentos. Portanto, seguimento farmacoterapêutico não é
sinônimo de atenção farmacêutica, mas sim um de seus macro componentes como definido no Consenso
Brasileiro de Atenção Farmacêutica.
Mètodo Dâder
Oferta do serviço
• O paciente solicita informação sobre algum medicamento, algum problema de saúde, algum
parämetro bioquímico ou informação sobre sua saúde;
• O paciente expÑe alguma preocupação ou dúvida a respeito de algum de seus medicamentosou
problemas de saúde;
• O farmacêutico observa algum parämetro clínico com valor desviado da normalidade, por
exemplo, pressão arterial ou glicemia.
Caso o paciente aceite participar do seguimento farmacoterapêutico uma primeira entrevista é
marcada, a qual o paciente deve comparecer levando os medicamentos que utiliza (bolsa de
medicamentos), assim como os informes médicos e os dados analíticos de que dispÑe. Esta entrevista
é agendada (data e hora) para que o paciente e o farmacêutico possuam a responsabilidade e o
compromisso de comparecer.
A etapa referente às preocupações e problemas de saúde consiste em uma pergunta aberta, cujo
objetivo é obter informação sobre as preocupações de saúde do paciente, de uma maneira ampla e com
uma descrição completa sendo possível identificar as idéias, as dúvidas, os conceitos e as crenças de
saúde.
Na etapa de obtenção de dados sobre medicamentos: perguntas semi-abertas, de posse da bolsa
de medicamentos o farmacêutico obtém a informação necessária sobre cada medicamento perguntando
sobre o conhecimento e a adesão ao tratamento, assim como sobre sua percepção quanto à efetividade
e à segurança da farmacoterapia. Existe um roteiro de perguntas para obter todas estas informações.
Na etapa de revisão: fase de revisão geral é o momento de realizar uma série de perguntas sobre
todos os sistemas, no sentido crânio caudal, e sobre a utilização de medicamentos relacionados aos
aparelhos e aos sistemas. Esta fase serve para suspeitar de alergias, registrar o peso e a altura do paciente
e detectar novos problemas de saúde e a utilização de medicamentos, além de aprofundar as-pectos
que não tenham ficado claros nas fases anteriores.
Após a finalização destas três etapas são registradas outras informações que o farmacêutico
considerar relevantes, como hábitos de vida, dieta, parâmetros clínicos e dados dos informes. O
paciente é liberado e informado de que será contatado para nova consulta após a avaliação mais
detalhada do caso pelo farmacêutico.
Anâlise situacional
A análise situacional é uma ferramenta que permite dispor e analisar o paciente com relação aos
problemas de saúde e os medicamentos em
uma data determinada. Trata-se de uma “foto do paciente” em uma
data concreta. O documento permite uma configuração de
emparelhamento horizontal entre os problemas de saúde e os
medicamentos que o paciente está utilizando para esse problema
de saúde.
Esta etapa possui como principais objetivos visualizar o
panorama sobre o estado de saúde do paciente, avaliar a
farmacoterapia do mesmo ou expor um caso em uma seção
clínica. A análise situacional
permite a esquematização dos problemas de saúde e dos medicamentos do paciente, elaborada a partir
das informaçÑes da histÉria farmacoterapêutica obtida na primeira entrevista. Com esta estrutura e
o preenchimento dos dados obtém-se uma visão geral sobre o estado de saúde do paciente e a
possibilidade de estabelecer as suspeitas de RNM como observa-se na figura 2:
Figura 2.
Fase de estudo
Fase de avaliaçào
Fase de intervençào
A fase de intervenção é o momento em que o paciente volta para a consulta com o farmacêutico
na qual é elaborado e iniciado o plano de ação. Trata-se de um programa de trabalho contínuo,
elaborado em conjunto com o paciente e não para o paciente, negociando as intervençÑes ou as
atividades que o farmacêutico empreenderá para melhorar ou preservar o estado de saúde do paciente.
A participação do paciente na elaboração do plano de atuação é imprescindível, pois ele é o principal
responsável pela sua saúde. Elaborar o plano de atuação e fixar as intervençÑes farmacêuticas implica
necessariamentena tomada de decisÑes clínicas por parte do farmacêutico.
Concluindo
ATENDIMENTO FARMACEUTICO
estando sempre a disposição para servir ao ser humano e tem por fim a promoção, a proteção e a
recuperação da saúde e bem estar individual e coletiva. Esta postura colaboradora, não pode ser
exercida exclusivamente, com o objetivo comercial.
Buscar através de fontes de pesquisas e seguras e fidedignas questÑes sobre medicamentos.
RESPONSABILIDADES
1 – OBJETIVO
Normatizar o funcionamento da farmácia de forma a manter regras de boas práticas de aquisição,
armazenamento e dispensação dos medicamentos e produtos comercializados.
2 – DEFINIÇÕES
2.1 – Estocagem: Conservação racional e segura
de medicamentos.
2.2 – Embalagem: InvÉlucro, recipiente ou
qualquer forma de acondicionamento, removível
ou não, destinado a cobrir, empacotar, envazar,
proteger ou manter especificamente ou não, os
produtos.
2.3 – Medicamento: é toda substäncia ou
associação de substäncias, utilizadas para
modificar ou explorar sistemas fisiolÉgicos ou
estado patolÉgico, para o benefício do receptor.
2.4 – Número do Lote: Designação impressa no rÉtulo e na embalagem de medicamentos, que permita
identificar a partida, série ou lote a que pertencem, para em caso de necessidade, localizar e rever todas
as operaçÑes de fabricação e inspeção praticadas durante a produção.
2.5 – RÉtulo: Identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a fogo,
pressão, ou decalco, aplicada diretamente sobre o recipiente, vasilhames, invÉlucros, envoltÉrios ou
qualquer outro protetor de embalagem.
2.6 – Atenção Farmacêutica: é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das
inquietaçÑes, dos valores éticos, das funçÑes, dos conhecimentos, das responsabilidades e das destrezas
do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos
definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente.
2.7 – Dispensação: é o ato de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente como reposta â
apresentação de uma receita elaborada por profissional autorizado. Neste ato, o farmacêutico informa e
orienta sobre o uso adequado do produto. São elementos importantes desta orientação: cumprimento do
regime de dosificação, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o
reconhecimento de reaçÑes adversas e as condiçÑes de conservação do produto.
Uma correta dispensação garante uma efetiva forma de entrega do medicamento correto ao paciente
certo, na dosagem e quantidade prescritas, com instruçÑes claras e numa embalagem que garanta a
potência do medicamento.
3 – RESPONSABILIDADES
3.1 – O pessoal envolvido com os medicamentos tanto no seu manuseio quanto no seu controle, devem
receber treinamentos para estes conhecimentos e experiência para o trabalho ao qual se propÑe. A
supervisão deste trabalho é de responsabilidade do farmacêutico.
3.2 – O resultado da farmacoterapia é de responsabilidade do farmacêutico e para ser obtido é necessária
a atuação do mesmo no ato da dispensação com qualidade.
3.3 – O farmacêutico responsável, caso não seja o proprietário do estabelecimento, necessita receber de
seus superiores todo o apoio necessário para um trabalho eficiente, como exigemas boas práticas de
dispensação de medicamentos.
4 – PROCEDIMENTO
4.1 - INSTALAÇÕES: A correta armazenagem dos medicamentos é fundamental para garantir sua
eficiência, sendo assim o estabelecimento deve ter:
_ Espaço para o fluxo racional de pessoas e materiais visando reduzir ao mínimo o risco de quebras /
contaminaçÑes.
_ As caixas dos medicamentos não devem ser colocadas diretamente no chão.
_ Os medicamentos termolábeis devem ser imediatamente guardados quando chegam na farmácia, e
deve-se fazer a verificação da temperatura da geladeira para saber se está ideal.
_ Os locais de trabalho devem ser mantidos limpos, isentos de pÉ e contaminação, o lixo coletado nas
dependências deve ser eliminado através de sistemas seguros e higiênicos, sendo depositado em
recipientes especiais com tampa e removido o mais rápido possível. Uma atenção especial deve ser
dada ao lixo da sala de injetáveis.
4.2 – RECEBIMENTOS DAS MERCADORIAS
4.2.1- No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto â respectiva documentação e
fisicamente inspecionada para que sejam verificadas suas condiçÑes físicas, rotulagens, tipo, data de
fabricação, validade e quantidade.
4.2.2- Conferir a nota fiscal quanto â razão social, quantidade, preço, condiçÑes de pagamento e se a
remessa corresponde â encomendada.
4.2.3 – As empresas produtoras (fabricante ou laboratÉrio) ficam obrigadas a informar em cada
unidade produzida, os itens:
_ O nome do produto farmacêutico, nome genérico e comercial (observar a legislação);
_ Nome e endereço completo do fabricante com telefone do serviço de atendimento ao consumidor
(SAC);
_ Nome do responsável técnico, número de inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia do
seu Estado;
_ Número do registro no Ministério da Saúde conforme publicação do Diário Oficial da União;
_ Data de fabricação;
_ Data de validade, esse prazo deve ser no mínimo de um ano para uma maior rotatividade dos
produtos;
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
_ Saber ouvir é indispensável para quem atende ao público, pois, olhar, acompanhar as ponderaçÑes,
e necessidades do interlocutor são importantes requisitos para identificar o tipo de cliente e atendê-lo
da forma mais conveniente possível.
1 – OBJETIVO
Descrever o estabelecimento, sua disposição espacial e seus pertences. Descrever as técnicas de
limpeza do estabelecimento. Segurança e riscos contra acidentes e incêndios
2 – APLICAÇÃO
Aplica-se somente na área física da farmácia. Estando o estabelecimento aprovado pela vigiläncia
sanitária, o espaço físico atende as
exigências determinadas, como paredes na cor branca,
chão de piso frio azulejado em todas as áreas, área de
dispensação, sala de aplicação, banheiros (fem/masc),
refeitÉrio, instalaçÑes elétricas adequadas, ambiente
amplo, arejado e em boas condiçÑes para o
acondicionamento apropriado dos medicamentos. Sala
de aplicação com paredes azulejadas até sua
metade em
extensão vertical e tinta lavável até o limite superior, pisos laváveis, pia com balcão, e material
necessário a anti-sepsia da aplicação. Dois banheiros com pias para o uso de funcionários e clientes,
um refeitÉrio onde encontra-se uma pia e uma geladeira.
3 – DEFINIÇÕES
3.1 InstalaçÑes físicas: Espaço físico destinado ao desenvolvimento das atividades, e serviços prestados
pelo estabelecimento.
3.2 - Estabelecimento: Unidade da empresa destinada ao comércio de fármacos, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos;
3.3 - Farmácia: Estabelecimento de manipulação de fÉrmulas magistrais e oficinais, de comércio de
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de
atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica;
3.4 - Drogaria: Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;
3.5 - Ervanário: Estabelecimento que realiza dispensação de plantas medicinais;
3.6 – Distribuidor, representante, importador e exportador: Empresa que exerça direta ou indiretamente
o comércio atacadista de drogas, medicamentos em suas embalagens originais, insumos farmacêuticos
e de correlatos;
3.7 – Dispensação: é o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um
paciente, geralmente como resposta a apresentação de uma receita elaborada por um profissional
autorizado. Neste ato o farmacêutico informa e orienta o
paciente sobre o uso adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre
outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros
medicamentos, o reconhecimento de reaçÑes adversas potenciais e as condiçÑes de conservação dos
produtos.
3.8 - Superfícies fixas: Aquelas de grande extensão, tais como pisos, paredes, mobiliários etc.
3.9 - Produto dietético - produto tecnicamente elaborado para atender âs necessidades dietéticas de
pessoas em condiçÑes fisiolÉgicas especiais.
4 – RESPONSABILIDADE:
4.1 – é de responsabilidade dos Funcionários e Farmacêuticos manter o ambiente de trabalho sempre
limpo e organizado, pois a organização das prateleiras, gôndolas, equipamentos, sala de aplicação de
injetáveis e instalaçÑes sanitárias causam boa impressão ao público, bem como tornam o
funcionamento da farmácia mais dinämico e prático.
5 – PROCEDIMENTO
A higiene e ordem são elementos que concorrem decisivamente para a sensação de bem-estar,
segurança, e conforto dos profissionais, clientes, pacientes e familiares.
Os funcionários devem:
Manter perfeita higiene pessoal, usar roupas limpas, usar equipamento de proteção individual (luvas),
quando recomendado, lavar as mãos com água e sabão apÉs uso do sanitário, antes da alimentação, ao
iniciar e terminar as atividades.
A- Lavagem das mãos, ponto chave contra a contaminação. Técnica correta de lavagem das mãos:
• Abrir a torneira;
• Molhar as mãos e aplicar o sabão de preferência líquido;
• Friccionar as mãos com o sabão durante 15 segundos;
• Enxaguar as mãos;
• Enxugar as mãos com papel toalha;
• Fechar a torneira com o papel toalha utilizado no item anterior.
Retirar anéis, pulseiras e relÉgios, lavar todas as regiÑes, o dorso, a região palmar, entre os dedos e
ao redor das unhas. Para complementar, lavar os antebraços, secar com papel toalha.
Os materiais utilizados para a limpeza são guardados em lugar especifico para a guarda deste equipamento.
São eles:
• Rodo;
• Balde;
• Escada;
• Panos;
• Esponjas;
• Toalhas de papel;
• Sabão liquido;
• Desinfetantes adequados;
• Sacos plásticos;
• Vassouras;
• Pá de lixo.
O ambulatÉrio ou sala de aplicação é uma área semi-crítica, ou seja, que oferece um pequeno risco de
contaminação, as demais áreas não apresentam risco.
Realiza-se a limpeza de pisos, paredes, tetos, portas, mobiliários e equipamentos por não representarem
risco significativo de contaminação e infecção, a menos que haja qualquer respingo eventual, ou
deposição de material orgänico. Utiliza-se nesta limpeza água e hipoclorito, ou domissanitário
adequado.
Nas superfícies da sala de aplicação ou ambulatÉrio, realiza-se a desinfecção.
ólcool 70% - o álcool etílico tem maior atividade germicida, menor custo e menor toxicidade,
desinfecção de artigos e superfícies com tempo de exposição de 10 minutos. As aplicaçÑes devem ser
feitas em três tomadas, aplicando e friccionando.
Hipoclorito de SÉdio – aplicar nos chão, ou superfície contaminada e aguardar 10 minutos, com 1%
de cloro ativo.
O chão deve ser varrido com vassoura, recolhido seus objetos estranhos, e passar pano com rodo
contendo hipoclorito de sÉdio, técnica dos dois baldes.
Diariamente
• Recolher o lixo de dentro e segregar quando não for o dia da coleta;
• Limpar o pÉ dos mÉveis e acessÉrios;
• Limpar os banheiros (incluindo acessÉrios);
• Limpar o piso e as paredes azulejadas (ambulatÉrio);
• Repor papel higiênico, papel toalha e sabão liquido;
• Limpar os telefones, computador e acessÉrios.
Semanalmente
• Limpar as lixeiras e secar;
• Limpar paredes e prateleiras, gôndolas ;
• Limpar as portas;
• Limpar a geladeira.
Quinzenalmente
• Limpeza de vidros, janelas e peitoris;
• Limpezas de esquadrarias.
Mensalmente
Limpeza geral das paredes, e tetos; Limpeza dos
aparelhos de iluminação.
comércio, sendo eles cosméticos, produtos de higiene pessoal, produtos diversos de utilidade
feminina, linhas de produtos infantis entre outros.
Dentro da área de medicamentos e de dispensação, que é situada atrás de um balcão em vidro
e madeira, compartimentado para outros medicamentos e produtos correlatos.
Ao redor e centro da farmácia encontram-se as gôndolas e prateleiras dispostas a facilitar a
visualização dos clientes e funcionários, dos produtos que ali se encontram para o comércio livre, como
os produtos cosméticos: tinturas de cabelo, xampus, condicionadores, sabonetes, sabonetes líquidos,
cremes dentais, cremes hidratantes, entre outros, dispÑem-se ao cliente escolher os de sua preferência.
O armário de medicamentos de controle especial é de madeira, resistente â luz (opaco), trancado
com chave, situado no fundo da farmácia atrás das prateleiras de medicamentos.
E - RESPONSABILIDADES
FARMACOVIGILêNCIA NA FARMÉCIA
1 – OBJETIVO
Dar diretrizes de como notificar as reaçÑes não desejadas e as queixas técnicas dos
medicamentos, beneficiando todos os segmentos
envolvidos.
2 – DEFINIÇÕES
2.1 – ReaçÑes Adversas a Medicamento (RAM) –
Qualquer efeito nocivo, não intencional e
indesejado de um medicamento observado com doses terapêuticas
habituais em seres humanos para o tratamento, profilaxia ou
diagnÉstico.
3 – RESPONSABILIDADE
3.1 – é de responsabilidade de o Profissional Farmacêutico notificar toda suspeita de reação adversa a
qualquer medicamento, bem como qualquer problema com o medicamento relacionado com a falta de
efeito terapêutico, alteraçÑes organolépticas (cor, odor, sabor), turbidez, contaminação, problemas com
embalagem, bula, rÉtulo e suspeitas de falsificaçÑes, enviando o Formulário de Notificação para
farmácia.
4 – PROCEDIMENTO
4.1 – Como Notificar:
4.1.1. Preencher o Formulário on-line www.anvisa.gov.br/multimidia/Formulario/notifica Dados do
Paciente: Nome (se preferir, indique sÉ as iniciais para proteger a identidade do paciente), sexo,
idade (< 1 ano/meses), peso (considere os decimais em crianças). Registre o número de cadastro do
paciente na farmácia, se for o caso.
Descrição da reação Adversa: Descrever o diagnÉstico clínico – na sua ausência, os sinais e sintomas
(ex.: icterícia, náusea, tontura, choque anafilático). Assinale a data (dia/mês/ano) do início e fim da
reação, bem como a duração aproximada (em dias ou horas). Favor incluir dados laboratoriais
relevantes.
Medicamento(s) suspeito(s) de causar RAM: Notifique o medicamento que considere o mais provável
por ter produzido a reação, citando o nome comercial.
Registre: Dose diária;
Via de administração: Informe se oral, intravenosa, subcutänea, intradérmica, ocular, sublingual,
retal, tÉpica, etc.
Tratamento: Data do início e do fim da terapêutica (dia/mês/ano) e duração (aproximada em dias ou
horas);
Motivo da indicação: Indique causa ou sintomatologia que motivou a medicação. Caso existam
mais medicamentos suspeitos, notificá-los.
Medicamentos prescritos ou tomados por automedicação: Notificar os demais medicamentos
prescritos e os utilizados nos últimos 15 dias, incluindo automedicação, excluídos aqueles utilizados
para o tratamento da RAM.
Evolução do Paciente: marque com “X” os itens relacionados a suspeita da RAM, especificando
quando for o caso.
Conduta: Marque com “X” a terapêutica eventualmente instituída para o controle da RAM.
Reexposição: Marque com “X” o fato em que ocorreu a reexposição do medicamento.
Dados do Notificador: Não se esqueça de se identificar. A sua identidade será o vínculo para contatos
futuros para remessa de material bibliográfico e a avaliação do caso notificado. Queixas Técnicas (ou
suspeitas de desvios de qualidade): Notifique problemas de qualidade de medicamentos tendo ou
não ocorrência de eventos adversos associados. Favor preencher os dados do notificador.
5.2 – O que notificar:
Toda suspeita de reação adversa a qualquer medicamento, bem como a falta de efeito terapêutico do
mesmo, além de queixas técnicas ou suspeitas de desvio de qualidade. Notificar mesmo se não existir
certeza da relação entre a administração do medicamento e o desenvolvimento da reação, ou mesmo se
não se dispÑe de todos os detalhes do caso.
1 – OBJETIVO
O procedimento visa descrever a tarefa de conferência do conteúdo de receita para garantir a
segurança e eficácia do tratamento prescrito (dispensação com qualidade).
2 - DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
_ Receita Médica
_ RDC 44/2009
_ Portaria SVS/MS në 344/98
3 – RESPONSABILIDADE
Cabe ao farmacêutico responsável a avaliação da prescrição.
4 – DEFINIÇÕES
_ Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática,
curativa, paliativa ou para fins de diagnÉstico;
_ Dispensação - ato de fornecimento de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
acompanhado de orientação para o uso correto, a título remunerado ou não;
_ Denominação Comum Brasileira (DCB) – denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
ativo aprovada pelo Érgão federal responsável pela vigiläncia sanitária.
_ Denominação Comum Internacional (DCI) – denominação do fármaco ou princípio
farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial de Saúde.
_ CID - Classificação Internacional de Doenças.
5 – PROCEDIMENTO
5.1. Verificar os seguintes itens:
a) Legibilidade e ausência de rasuras;
b) Identificação do profissional prescritor com o número de registro no respectivo Conselho
Profissional, endereço do seu consultÉrio ou endereço da instituição a que pertence carimbo e
assinatura;
c) Identificação do paciente e seu endereço residencial;
d) Identificação da substäncia ou medicamento prescrito; DCB/DCI, concentração/dosagem, forma
farmacêutica, via de administração, quantidades e unidades;
e) Modo de usar;
f) Local e data de emissão.
OBS.: A ausência de qualquer um dos itens acima pode acarretar o não atendimento da prescrição.
5.2. Avaliar cada prescrição quanto â viabilidade e compatibilidade dos medicamentos entre si,
suas concentraçÑes e doses máximas, antes da sua dispensa€ão.
5.3. Quando a dose ou posologia dos produtos prescritos ultrapassarem os limites farmacolÉgicos ou a
prescrição apresentar incompatibilidade ou interaçÑes potencialmente
perigosas. Deve o farmacêutico testar entendimento com o prescritor. Na ausência ou negativa da
confirmação, é facultado ao farmacêutico a não dispensação do produto.
5.4. Anotar na receita as alteraçÑes realizadas na prescrição e confirmadas pelo prescritor. Datar,
carimbar e assinar.
5.5. é vedado fazer alteraçÑes nas prescriçÑes de medicamentos â base de substäncias incluídas nas
listas constantes da Portaria SVS/MS no. 344/98 - Regulamento Técnico sobre substäncias e
medicamentos sujeitos a controle especial.
5.6. A intercambialidade do medicamento prescrito pelo Genérico correspondente deve ser
oportunizada exclusivamente pelo farmacêutico ao usuário no ato da dispensação. Caso a
intercambialidade seja efetivada, o farmacêutico deve aplicar o carimbo “substituído por genérico” e
assinar.
5.7. A intercambialidade do medicamento prescrito jamais pode ser pelo similar sem a autorização do
prescritor.
5.8. Jamais aviar uma receita prescrita em cÉdigos, siglas ou números.
5.9. Em caráter excepcional, na indisponibilidade do medicamento, na dose/concentração e/ou forma
farmacêutica compatíveis com a prescrição, o farmacêutico pode fracionar adaptar a dose/concentração
e/ou quantidade, de forma a adequá-la â prescrição médica.
O Sistema Nacional de
Gerenciamento de Produtos Controlados
(SNGPC) é um conjunto de instrumentos
informatizados utilizados para realizar o
monitoramento da movimentação de
medicamentos e substäncias sujeitos a
controle especial conforme a Portaria
SVS/MS 344, de 12 de maio de 1998 e a
Portaria SVS/MS 6, de 29 de janeiro de 1999.
A norma que dispÑe
sobre o SNGPC é a RDC 27 de 30 de março de 2007.
1 – OBJETIVOS
_ Monitorar a dispensação de medicamentos e substäncias entorpecentes e psicotrÉpicas e seus
precursores;
_ Otimizar o processo de escrituração;
_ Permitir o monitoramento de hábitos de prescrição e consumo de substäncias controladas em
determinada região para propor políticas de controle;
_ Captar dados que permitam geração de informação atualizada e fidedigna para o SNVS para
tomada de decisão;
_ Dinamizar as açÑes da Vigiläncia Sanitária.
2 – DEFINIÇÕES:
2.1. SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.
2.2. CID – Classificação Internacional de Doenças.
2.3. DCB – Denominação Comum Brasileira.
2.4. DCI – Denominação Comum Internacional.
2.5. Droga – Substäncia ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa
ou sanitária.
2.6. Entorpecentes – Substäncia que pode determinar dependência física ou
psíquica relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção Única sobre
Entorpecentes, reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico.
2.7. Medicamento – Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnÉstico.
2.8. Notificação de Receita – Documento padronizado destinado â notificação de prescrição de
medicamentos: a) Lista A (cor amarela), b) psicotrÉpicos – Lista B1 e B2 (cor azul) e c) retinÉides e
anabolizantes de uso sistêmico e imunossupressores – Lista C1, C2, C3, C4 e C5(cor branca). A
Notificação concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser firmada por profissional
devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no
3 – RESPONSABILIDADE:
é de responsabilidade do Farmacêutico escriturar as receitas por meio de sistema informatizado
compatível com as especificaçÑes e padrÑes de transmissão estabelecidos pela ANVISA e transmitida
em intervalos de no mínimo 1 dia e no máximo 7 dias (ainda que não tenha ocorrido movimentação no
estoque) e manter sempre em ordem os arquivos dos Registros de Escrituração de Medicamentos e
substäncias pertencentes â Portaria 344/98, seguindo-se as etapas previstas neste Procedimento
Corporativo Farmácia.
4 – MOVIMENTAÇÃO:
O estabelecimento não poderá comercializar dispensar as substäncias ou medicamentos controlados
durante a ausência ou afastamento do Responsável Técnico (RT), salvo se houver substituto,
devidamente cadastrado no SNGPC. O sistema permitirá que o novo RT ou Responsável Técnico
substituto verifique o inventário final, realize um novo inventário e dê continuidade âs transmissÑes,
mediante prévia atribuição de perfil de acesso pelo gestor de segurança.
5 – FISCALIZAÇÃO E GESTÃO:
O SNGPC permitirá a emissão de relatÉrios que contenham no mínimo os mesmos dados e
informaçÑes exigidos para fins de escrituração no livro. A qualquer momento a autoridade sanitária
poderá solicitar a emissão de relatÉrios como o histÉrico de movimentação.
6 – PROCEDIMENTO:
6.1. Registros
A farmácia escritura e mantém, para efeito de fiscalização e controle, os livros com registro eletrônico
dos arquivos enviados â ANVISA através do SNGPC.
6.1.1. Livro de Receituário Geral: é o livro que destina ao registro de todas as receitas com
medicamentos magistrais aviadas em farmácias. Obedece a ordem seqüencial de recebimento da
receita. A farmácia, ao receber a receita médica, numera a mesma através de carimbo.
6.1.1.1 O registro contém os seguintes dados:
a) ní de ordem da receita;
b) data do aviamento;
c) nome e endereço do comprador;
d) nome do prescritor e número do Conselho;
e) descrição da formulação contendo todos os componentes e concentraçÑes;
f) lote do medicamento;
g) visto do Responsável Técnico, ou de seu substituto;
h) data da dispensação.
O carimbo usado na dispensação deve ser acrescido do número do lote do medicamento, alémdas
demais informaçÑes.
6.2. Documentos hábeis para escrituração: Os documentos abaixo descritos são documentos hábeis
para a escrituração:
6.2.1. Entrada: Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura, ou documento equivalente da Instituição
Pública;
6.2.2. Saída: Receitas, NotificaçÑes de Receitas “A”, “B” e Especial, Prescrição Diária de
Medicamentos ou Receitas privativas da Unidade Hospitalar;
6.2.3. Perdas: Justificativa de perda (vencidos, quebra, extravio (boletim de ocorrência policial)), perda
no processo, requisição para amostra do Controle de Qualidade, Termo de Inutilização expedido pelo
ôrgão competente de Vigiläncia Sanitária.
6.3. Encerramento dos livros manuais: ApÉs o credenciamento no SNGPC, o livro de Registro deverá
ser devidamente encerrado junto a VISA competente e permanecer arquivado pelo prazo estabelecido
em legislação específica.
6.4. Padrão SNGPC e Sistema Informatizado do Estabelecimento:
As sistemáticas devem ser desenvolvidas ou adaptadas segundo as especificaçÑes estabelecidas pelos
padrÑes de transmissão (Schemas) do SNGPC na página da ANVISA.
O desenvolvimento, aquisição ou adaptação de programa ou sistema informatizado compatível com
o SNGPC constitui responsabilidade de cada estabelecimento.
Tipo de transmissão que será utilizado: a transmissão dos arquivos contendo as movimentaçÑes será
via formato XML (eXtensible Markup Language) que é um formato de transmissão internacionalmente
reconhecido e aceito, aberto, suportado de maneira nativa por uma imensa gama de aplicaçÑes,
fornecedores e sistemas operacionais. Ele é uma forma de representação da informação em que cada
parte do arquivo possui uma formação semäntica específica, o que permite uma validação automática
da sua estrutura e do formato do conteúdo.
O XML é um sistema de fácil conversão para outros formatos (inclusive para o prÉprio XML), não
fabrica dados artificiais ou de duvidosa efetividade, os custos para desenvolvimento são menores,
oferece maior agilidade do desenvolvimento e estabelece um padrão que tende a tornar-se muito
estável.
Forma de obtenção dos requisitos e das especificaçÑes do Padrão de Transmissão do SNGPC para fazer
as adaptaçÑes no programa que o estabelecimento utiliza: a forma de declarar explicitamente qual o
conteúdo de um XML utilizado pelo SNGPC é o XML Schema (ou esquema). Os esquemas são
arquivos XML de um formato especial que descrevem detalhadamente como se deseja que um XML
seja e que tipos de dados cada “tag” podem conter. Normalmente usa-se a extensão .xsd para os
esquemas e, por isso, eles são chamados de XSDs.
6.5.1 Passo -a- Passo do SNGPC:
O acesso ao ambiente SNGPC da ANVISA se dará através do endereço eletrônico:
www.anvisa.gov.br/hotsite/sngpc/index.asp . Clicando em Acesso aos Sistemas, Entrada no Empresas
e do Usuário.
A partir daí, o Farmacêutico seguirá os passos que forem solicitados: Selecionar a Empresa que
representa, conferir se os dados da Empresa estão corretos, dar entrada no Inventário.
Neste primeiro acesso, deverá ser feito o inventário inicial, isto é, a declaração de todos os
medicamentos sujeitos ao controle especial que a farmácia possui, selecionando se sua farmácia possui
produtos industrializados ou manipulados.
Clicar em Medicamentos inserir o número de Registro que está na embalagem e clicar em Consultar
Medicamentos, os dados aparecerão automaticamente. Inserir o número do lote que está na embalagem
e a quantidade de estoque que possui deste medicamento e clicar em Incluir no Inventário.
ApÉs dar entrada em todo o estoque inicial, clicar em Confirmação de Inventário, conferir os dados e
confirmar. Poderá ser visualizado o estoque inicial do Inventário. Clicar em RelatÉrios para imprimir
o Certificado de Escrituração Digital (ATENÇÃO: para imprimir, é necessário o Programa Acrobat
Reader instalado no computador). Com este Certificado em mãos, o Farmacêutico deverá levar os livros
de escrituração para serem encerrados na Vigiläncia Sanitária junto com o relatÉrio do inventário
inicial. A partir deste passo concluído, a farmácia está apta a fazer as movimentaçÑes relativas â
entrada e saída de medicamentos.
Sair do sistema e clicar em Envio de Movimentação de Produtos (XML). O Farmacêutico entra com
seu e-mail e senha, clica em procurar para localizar o arquivo em seu computador e depois clica em
transferir.
Para imprimir, clicar em RelatÉrios, selecionar o RelatÉrio desejado, datar o período e clicar em Gerar
RelatÉrio.
6.6. Notificação de Receita:
6.6.1. A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os itens da receita
e da respectiva Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos.
6.6.2. A Notificação de Receita será retida pela farmácia ou drogaria e a receita devolvida ao
paciente devidamente carimbada, como comprovante do aviamento ou da dispensação.
6.6.3. A Notificação de Receita deve conter os seguintes itens devidamente impressos e apresentando
as seguintes características:
a) sigla da Unidade da Federação;
b) identificação numérica;
c) identificação do emitente:
_ Nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade de
Federação; ou o nome da Instituição, endereço completo e telefone; OBS.: A inscrição no Conselho
Regional sÉ é válida na Unidade da Federação onde o profissional foi inscrito.
d) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente e no caso de uso veterinário, nome
e endereço completo do proprietário e identificação do animal;
e) nome do medicamento ou da substäncia: prescritos sob a forma de Denominação Comum Brasileira
(DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por
extenso) e posologia;
f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinÉicos deverá conter um símbolo de uma mulher
grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: “Risco de graves defeitos na face, nas orelhas,
no coração e no sistema nervoso do feto.”
g) data da emissão;
h) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no
campo do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Receita.No caso de o profissional
pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo,
constando a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível;
i) identificação do comprador: nome completo, número do documento de identificação, endereço
completo e telefone;
1- Objetivo:
Este procedimento visa estabelecer uma sistemática padrão
para o Procedimento de Monitorização da pressão arterial na
farmácia.
2- Definições:
Para a medição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos
deverão ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios que
possuam registro, notificação, cadastro, salvo se forem
legalmente dispensados. No caso especifico da glicemia
capilar, a medição deverá ser feita por equipamento de autoteste.
As técnicas e metodologias utilizadas, paramentos de interpretação de resultados e referências
bibliográficas.
3- Responsabilidade:
É de responsabilidade de o Farmacêutico fazer a monitorização da pressão, bem como orientar seu
cliente em relação ao resultado, seus cuidados e controle.
4- Procedimento:
Verificação da Pressão Arterial. A verificação da pressão arterial é realizada em sala específica para
este serviço, pelo farmacêutico ou sob sua supervisão, utilizando-se um esfigmomanômetro e
estetoscópio. O primeiro som claro, quando o sangue flui, através da artéria comprimida é a pressão
sistólica. A pressão diastólica ocorre no ponto em que o som muda ou desaparece. Os aparelhos
utilizados são levados para calibração periodicamente (semestralmente).
1- Objetivo:
Este procedimento visa estabelecer sistemática padrão para o
Procedimento de Monitorização da Glicemia Capilar na farmácia.
2- Definições:
3- Responsabilidade:
É de responsabilidade de o Farmacêutico fazer a monitorização da glicemia capilar, bemcomo
orientar seu cliente em relação ao Diabetes, seus cuidados e controle.
4- Procedimento:
4.1. Preparar o glicosímetro e o lancetador;
4.2. Lavar e fazer assepsia das mãos, conforme PC-FF-03;
4.3. Calçar as luvas, realizando a assepsia com álcool 70%;
4.4. Retirar a Fita Teste da embalagem;
4.5. Orientar o cliente a lavar as mãos com água e sabão e secá-las bem;
4.6. Escolher o local para a punção, o melhor é a ponta dos dedos, evitando a polpa digital;
4.7. Fazer a assepsia do local com álcool 70%, lembrando que o dedo deve estar totalmente seco
antes de fazer a punção;
4.8. Fazer a punção utilizando o lancetador, para colher uma gota de sangue;
4.9. Encostar a gota de sangue na área branca localizada na ponta da Fita Teste;
4.10. Manter a gota de sangue em contato com a ponta da Fita Teste até o glicosímetro começar
a realizar o teste;
4.11. Fazer a leitura do resultado;
4.12. O glicosímetro desligará automaticamente após o término do exame;
4.13. Fazer pressão no local da punção por alguns instantes com algodão embebido comálcool 70%;
4.14. Descartar a lanceta e tira em lixo de risco biológico e a coleta será realizada por empresa
especializada;
4.15. Retirar as luvas e fazer uma lavagem completa das mãos;
4.16. Anotar o resultado do exame na carteirinha de medição de glicemia do cliente;
4.17. Orientar o cliente sobre o resultado do exame. Se apresentar por seguidas vezes valores fora da
normalidade, deve ser orientado a consultar um médico, seguir a prescrição médica, fazer dieta
adequada e/ou fazer atividade física moderada.
1 – OBJETIVO
Este procedimento visa estabelecer uma sistemática padrão para o Procedimento de Aplicação de
Injetáveis.
2 – DEFINIÇÕES
2.1 Sanitização: conjunto de procedimentos que visam a manutenção
das condiçÑes de higiene.
2.2 Solução Sanitizante: é um agente/produto que reduz o número de
3 – RESPONSABILIDADE
3.1 – é de responsabilidade de o Farmacêutico dar treinamento e suporte técnico padrão, bem como
supervisionar os Funcionários devidamente habilitados, no procedimento de Aplicação de
Medicamentos Injetáveis.
3.2 – é de responsabilidade dos Funcionários habilitados da farmácia seguir corretamente as instruçÑes
preconizadas, assim como as orientaçÑes do Farmacêutico no que concerne â aplicação de
Medicamentos Injetáveis.
4 – PROCEDIMENTO
4.1 - ROTINA DE APLICAÇÃO:
4.2.3.1. Faz assepsia do local, distende a pele do local da aplicação com o dedo indicador e polegar,
mantendo a região firme;
4.2.3.2. Introduz a agulha com rapidez e firmeza, em ângulo de 45°;
4.2.3.3. Solta a pele e puxa o êmbolo da seringa para trás, a fim de verificar se algum vaso foi atingido;
4.2.3.4. Injeta lentamente a medicação;
4.2.3.5. Após a aplicação do medicamento, retira o conjunto, descartando-o em embalagem específica
(DescarPack, ou outras do tipo) e faz pressão por alguns instantes no local, com algodão embebido em
álcool 70%;
4.2.3.6. Coloca o Pad no local da aplicação;
PERFURA•‚O
1- OBJETIVO:
Este procedimento visa estabelecer sistemática padrão para o
Procedimento de perfuração somente efetuada com pistola na
farmácia.
2- DEFINIÇÕES:
A perfuração somente pode ser efetuada compistola e brincos
regularizados junto à Anvisa. Não podem ser utilizadas agulhas
de aplicação de injeção, agulhas de suturas ou outros objetos.
3- RESPONSABILIDADE:
É de responsabilidade de o Farmacêutico fazer a
perfuração do lóbulo da orelha, bem como orientar seu paciente sobre seus cuidados e controle.
4- PROCEDIMENTO:
Colocação de Brincos: os brincos são colocados com o aparelho específico e os brincos utilizados estão
devidamente acondicionados em embalagens estéreis, visando â proteção do usuário.
4.1. Preparar o a pistola de perfuração já esterelizada;
4.2. Lavar e fazer assepsia das mãos, conforme quadro informativo,
4.3. Calçar as luvas, realizando a assepsia com álcool 70%;
4.4. Retirar o brinco da embalagem original, na frente do paciente.
4.5. Escolher o local para a perfuração
4.6. Fazer a assepsia do local com álcool 70%, lembrando que as mãos devem estar totalmente
secas.
4.7. Retirar as luvas e fazer uma lavagem completa das mãos;
4.8 Orientar paciente sobre cuidados com local.
1 OBJETIVO
Definir procedimentos para acompanhamento e guarda
de produtos vencidos.
2 RESPONSABILIDADE / ATRIBUIÇÕES
- Farmacêutico responsável
- Setor de compras
3 PROCEDIMENTOS
Mensalmente é feita a checagem dos prazos de validade dos
produtos;
Comunica-se ao farmacêutico quando há entrada de algum produto no período crítico de 180
dias de vencimento da validade;
Identificam-se os produtos vencidos com etiqueta com os dizeres “VENCIDO”;
Estes produtos são identificados corretamente e armazenados separadamente, até que seja feita a
coleta pela empresa de coleta de mediamentos, a qual dará destinação final conforme contrato de
prestação de serviços seguindo as normas da lei vigente.
Com o Saúde Não Tem Preço, a população brasileira que sofre com hipertensão ou diabetes
passa agora a ter acesso gratuito aos medicamentos para o tratamento destas doenças.
Esta oferta de medicamentos gratuitos na rede Aqui Tem Farmácia Popular é resultado de um
acordo do Ministério da Saúde com sete entidades da indústria e do comércio. O acordo beneficia
33 milhÑes de brasileiros hipertensos e 7,5 milhÑes de diabéticos. Além de ajudar no orçamento das
famílias mais humildes, que comprometem 12% de suas rendas com medicaçÑes.
Farmâcia Popular
O Farmácia Popular foi criado em 2004 com unidades prÉprias para oferecer â população mais
uma forma de acesso aos medicamentos. Em 2006 a iniciativa cresceu e alcançou a rede privada sendo
chamado de “Aqui Tem
Farmácia Popular”. Hoje, mais de 2,5 mil municípios possuem
estabelecimentos do programa e cerca de 1,3 milhão de brasileiros por
mês são beneficiados. Sendo aproximadamente 660 mil hipertensos e
300 mil diabéticos.
Com o programa, os brasileiros passaram a ter acesso a 24 tipos
de medicamentos para hipertensão, diabetes e outras cinco doenças
incluindo asma, rinite, malde Parkinson, osteoporose e glaucoma, além
de fraldas geriátricas. Os medicamentos estão disponíveis na rede de
farmácias e drogarias conveniadas â rede Aqui Tem Farmácia Popular.
Com exceção dos medicamentos para diabetes e hipertensão que são
gratuitos, o programa Aqui Tem Farmácia Popular oferece os
medicamentos com descontos de até 90%.
O Programa Farmácia Popular do Brasil é um programa coordenado pelo Ministério
da Saúde e visa disponibilizar medicamentos â população para doenças e agravos de maior prevalência
e impacto social. Trata-se de uma oferta de medicamentos complementar â política de assistência
farmacêutica do Sistema Único DE Saúde (SUS), cujos recursos financeiros não colidem com os
recursos aplicados sistematicamente pelo Ministério da Saúde no financiamento da assistência
farmacêutica básica. Os recursos para aquisição de medicamentos da assistência farmacêutica básica
são transferidos mensalmente para o seu município nos termos da Portaria 4.217/2010.
A portaria 184 de 2011 do Ministério da Saúde dispÑe das normas operacionais para o programa
Aqui tem Farmácia Popular.
Como funciona
Para ter acesso gratuito aos medicamentos, basta que o usuário apresente o CPF, umdocumento
com foto e a receita médica válida (validade de 120 dias) em qualquer um dos
15.069 estabelecimentos credenciados da rede de farmácias e drogarias conveniadas â rede Aqui
Tem Farmácia Popular.
1. O que eu preciso para adquirir o medicamento pelo Aqui Tem Farmâcia Popular? Para ter
acesso ao medicamento, o cidadão precisa comparecer ao estabelecimento credenciado portando
CPF prÉprio, receita médica válida e documento com foto.
4. Caso o paciente esteja impossibilitado de comparecer à farmâcia ou drogaria, como fazer para
7. Os usuârios que nào assinam poderào adquirir os produtos da Farmâcia Popular? Para
usuários comprovadamente analfabetos, será aceito a digital nos Cupons Vinculados e a farmácia
irá providenciar uma cÉpia da identidade para comprovação, desde que o prÉprio paciente
compareça ao estabelecimento credenciado.
NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 1,5ml (carpule) Insulina Humana Regular
100 UI/ml, solução injetável, frasco-ampola 10 ml Insulina Humana Regular 100 UI/ml,
solução injetável, frasco-ampola 5 ml Insulina Humana Regular 100UI/ml, solução
injetável, refil 3ml (carpules) Insulina Humana Regular 100UI/ml, solução injetável,
refil 1,5ml (carpules)
Os medicamentos genèricos
que os originais.
ativo que os identifica, a frase "Medicamento genérico - Lei 9.787/99". Os demais medicamentos não
possuem esta identificação.
Quem faz os testes que possibilitam que um produto receba o registro de genèrico? Os testes
de equivalência farmacêutica e bioequivalência são realizados em centros habilitados junto à
ANVISA.
MEDICAMENTOS MANIPULADOS
sem açúcar. "Já para pacientes sensíveis, podemos manipular medicamento em cápsulas incolores e
prescrições líquidas, sem corante. Ainda manipulamos cosméticos diferenciados, respeitando
cada tipo de pele", revela. A especialista
alerta que mesmo oferecendo diversas vantagens, todos os medicamentos devem ser
utilizados com cautela. "As contraindicações são as mesmas dos
medicamentos industrializados", alerta.
A farmacêutica também revela que atualmente é possível manipular todos os ativos
que não são patenteados pela indústria.
A farmácia produz o medicamento na quantidade que o paciente precisa, evitando assim sobras
e desperdícios, e diminuindo o custo do tratamento.
De acordo coma Anfarmag, 30% da fabricação dos manipulados atendem a demanda da área
de dermatologia. O restante é da ginecologia, cirurgia plástica, gastroenterologia e endocrinologia, entre
outras especialidades.
Importante
Vale lembrar que o uso dos produtos manipulados impede a automedicação, já que eles
só podem ser produzidos com prescrição médica e vem exatamente na quantidade que o
consumidor necessita. Esse ponto é importante, visto que a automedicação é a terceira causa de
internação por alergia ou intoxicação aos medicamentos.
Verifique se a farmácia possui um farmacêutico no local. Ele é o profissional certo para falar
sobre os produtos. Deve-se exigir a sua presença quando houver dúvidas. O profissional pode informar
se o remédio deve ou não ser tomado com leite ou se há riscos do remédio causar algum problema,
quando ingerida com outro medicamento A presença do especialista é um dos requisitos para saber se
a farmácia é de confiança.
Orientações
CONCEITO DE ANATOMIA
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente,
constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association
of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as
modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais. Tem como metas
principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a
descoberta da base estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos mecanismos
formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da anatomia compreende, em termos
temporais, desde o estudo das mudanças a longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando
pelas das mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até
as mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes de atividade funcional normal. Em
termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por
organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte).
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a
anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta
ciência.
NOMENCLATURA ANATÔMICA
Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem prÉpria. Ao conjunto de termos empregados
para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de Nomenclatura Anatômica. Com
o extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século passado, graças aos trabalhos de
importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália, França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas
estruturas do corpo humano recebiam denominaçÑes diferentes nestes centros de estudos e pesquisas.
Em razão desta falta de metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos
anatômicos chegaram a ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000). A primeira tentativa
de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 1895. Em sucessivos
congressos de Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisÑes e finalmente em 1955, em
Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, conhecida sob a sigla de P.N.A.
(Paris Nomina Anatomica). RevisÑes subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a
nomenclatura anatômica tem caráter dinämico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que
haja razÑes suficientes para as modificaçÑes e que estas sejam aprovadas em Congressos
Internacionais de Anatomia . A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”),
porém cada país pode traduzi-la para seu prÉprio vernáculo.
Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam
apenas sinais para a memÉria, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida
estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar
coisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano);
o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexÑes ou inter-relaçÑes (ligamento
sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (m. levantador da escápula);
critério misto (m. flexor superficial dos dedos
– função e situação). Entretanto, há nomes imprÉprios ou não muito lÉgicos que foram conservados,
porque estão consagrados pelo uso.
POSIÇÃO ANATÔMICA
Para evitar o uso de termos diferentes nas descriçÑes anatômicas, considerando-se que a
posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição
anatômica (posição anatômica). Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se
ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada.
Nela o indivíduo está em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada
para a frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e
com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para
frente.
Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes â sua superfície,
os quais, com suas intersecçÑes, determinam a formação de um sÉlido geométrico, um paralelepípedo.
Tem-se assim, para as faces desse sÉlido, os seguintes planos correspondentes: dois planos
verticais, um tangente ao ventre – plano ventral ou anterior – e outro ao dorso – plano dorsal ou
posterior. Estes e outros a eles paralelos são também designados como planos frontais, por serem
paralelos â “fronte”; dois planos verticais tangentes aos lados do corpo – planos laterais direito e
esquerdo e, finalmente, dois planos horizontais, um tangente â cabeça – plano cranial ou superior – e
outro â planta dos pés – plano podálico – (de podos = pé) ou inferior.
O tronco isolado é limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia o vértice do
cÉccix, ou seja, o osso que no homem é o vestígio da cauda de outros animais. Por esta razão, este
plano é denominado caudal.
Os planos descritos são de delimitação. é possível traçar também planos de secção: o plano que
divide o corpo humano em metades direita e esquerda é denominado mediano. Toda secção do corpo
feita por planos paralelos ao mediano é uma secção sagital (corte sagital) e os planos de secção são
também chamados sagitais; os planos de secção que são paralelos aos planos ventral e dorsal são ditos
frontais e a secção é também denominada frontal (corte frontal); os planos de secção que são paralelos
aos planos cranial, podálico e caudal são horizontais. A secção é denominada transversal.
A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos planos de
delimitação e secção.
Assim, duas estruturas dispostas em
um plano frontal serão chamadas de medial
e lateral conforme estejam,
respectivamente, mais prÉxima ou
mais distante do plano mediano do corpo.
Duas estruturas localizadas
em um plano
sagital serão chamadas de anterior (ou ventral) e posterior (ou dorsal) conforme estejam,
respectivamente, mais prÉxima ou mais distante do plano anterior.
Para estruturas dispostas longitudinalmente, os termos são superior (ou cranial) para a mais
prÉxima ao plano cranial e inferior (ou caudal) para a mais distante deste plano.
Para estruturas dispostas longitudinalmente nos membros emprega-se, comumente, os termos
proximal e distal referindo-se âs estruturas respectivamente mais prÉxima e mais distante da raiz do
membro. Para o tubo digestivo emprega-se os termos oral e aboral, referindo-se âs estruturas
respectivamente mais prÉxima e mais distante da boca.
Uma terceira estrutura situada entre uma lateral e outra medial é chamada de intermédia. Nos
outros casos (terceira estrutura situada entre uma anterior e outra posterior, ou entre uma superior
e outra inferior, ou entre uma proximal e outra distal ou ainda uma oral e outra aboral) é denominada
de média.
Estruturas situadas ao longo do plano mediano são denominadas de medianas, sendo este um
conceito absoluto, ou seja, uma estrutura mediana será sempre mediana, enquanto os
outros termos de posição e direção são relativos, pois baseiam-se na comparação da posição de
uma estrutura em relação a posição de outra
SISTEMA ESQUELÉTICO
Há várias maneiras de classificar os ossos. Uma delas é classificá-los por sua posição
topográfica, reconhecendo-se ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial) e apendiculares (que
fazem parte do esqueleto apendicular). Entretanto, a classificação mais difundida é aquela que leva em
consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a relação entre suas dimensões lineares
(comprimento, largura ou espessura), em ossos longos, curtos, laminares e irregulares.
osso longo: seu comprimento é consideravelmente maior que a largura e a espessura. Consiste em
um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A diáfise apresenta, em seu interior, uma
cavidade, o canal medular, que aloja a medula óssea. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto
apendicular: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges.
osso laminar: seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando sobre a espessura.
Ossos do crânio, como o parietal, frontal, occipital e outros como a escápula e o osso do quadril,
são exemplos bem demonstrativos. São também chamados (impropriamente) de ossos planos.
osso curto: apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são excelentes
exemplos.
osso irregular: apresenta uma morfologia complexa não encontrando correspondência em formas
geométricas conhecidas. As vértebras e osso temporal são exemplos marcantes
Estas quatro categorias são as categorias principais de se classificar um osso quanto à sua forma.
Elas, contudo, podem ser complementadas por duas outras:
osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e
contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão situados
no crânio: frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide.
osso sesamóide que se desenvolve na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que
envolve certas articulações. os primeiros são chamados intratendíneos e os segundos periarticulares. A
patela é um exemplo típico de osso sesamóide intratendíneo.
Assim, estas duas categorias adjetivam as quatro principais: o osso frontal, por exemplo, é um
osso laminar, mas também pneumático; o maxilar é irregular, mas também pneumático, a patela é um
osso curto, mas é, também um sesamóide (por sinal, o maior sesamóide do corpo).
externamente ao canal medular, enquanto as epífises são compostas por osso esponjoso envolto por
uma fina camada de osso compacto.
Nos ossos planos, a substância esponjosa situa-se entre duas camadas de substância compacta.
Nos ossos da abóbada craniana, a substância esponjosa é chamada de díploe.
Os ossos curtos são formados por osso esponjoso revestido por osso compacto, como nas
epífises dos ossos longos.
PERIÓSTEO
CARTILAGEM
LIGAMENTOS
ARTICULAÇÕES
ARTICULAÇÕES FIBROSAS
As articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido
conjuntivo fibroso são ditas fibrosas (ou sinartroses). O grau de mobilidade delas, sempre pequeno,
depende do comprimento das fibras interpostas. Existem três tipos de articulações fibrosas: sutura,
sindesmose e gonfose.
As suturas, que são encontradas somente entre os ossos do crânio, são formadas por várias
camadas fibrosas, sendo a união suficientemente íntima de modo a limitar intensamente os
movimentos, embora confiram uma certa elasticidade ao cränio. A maneira pela qual as bordas dos
ossos articulados entram em contato é variável, reconhecendo-se suturas planas (união linear retilínea
ou aproximadamente retilínea), suturas escamosas (união em bisel) e suturas serreadas (união em linha
“denteada”). No cränio, a articulação entre os ossos nasais é uma sutura plana; entre os parietais, sutura
denteada; entre o parietal e o temporal, escamosa.
No cränio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a quantidade de
tecido conjuntivo fibroso interposto é muito maior, explicando a grande separação entre os ossos e
uma maior mobilidade. Estas áreas fibrosas são denominadas fontículos (ou fontanelas). São elas que
permitem, no momento do parto, uma redução bastante apreciável do volume da cabeça fetal pela
sobreposição dos ossos do cränio. Esta redução de volume facilita a expulsão do feto para o meio
exterior.
Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto (sinostose), fazendo com que
as suturas, pouco a pouco, desapareçam e, com elas, a elasticidade do cränio.
Nas sindesmoses os ossos estão unidos por uma faixa de tecido fibroso, relativamente longa,
formando ou um ligamento interÉsseo ou uma membrana interÉssea, nos casos, respectivamente de
menor ou maior comprimento das fibras, o que condiciona um menor ou maior grau de movimentação.
Exemplos típicos são a sindesmose tíbio-fibular e a membrana interÉssea radio-ulnar.
Gonfose é a articulação específica entre os dentes e seus receptáculos, os alvéolos dentários. O
tecido fibroso do ligamento periodontal segura firmemente o dente no seu alvéolo. A presença de
movimentos nesta articulação significa uma condição patolÉgica.
ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS
trata de cartilagem hialina, temos as sincondroses; nas sínfises a cartilagem é fibrosa. Em ambas a
mobilidade é reduzida. As sincondroses são raras e o exemplo mais típico é a sincondrose esfeno-
occipital que pode ser visualizada na base do cränio. Exemplo de sínfise é a união, no plano mediano,
entre as porçÑes púbicas dos ossos do quadril, constituindo a sínfise púbica. Também as articulaçÑes
que se fazem entre os corpos das vértebras podem ser consideradas como sínfise, uma vez que se
interpÑe entre eles um disco de fibrocartilagem - o disco intervertebral.
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície Éssea contra outra e isto é impossível
quando entre elas interpÑe-se um meio de ligação, seja fibroso ou cartilagíneo. Para que haja o grau
desejável de movimento, em muitas articulaçÑes, o elemento que se interpÑe âs peças que se articulam
é um líquido denominado sinÉvia, ou líquido sinovial.
Além da presença deste líquido, as articulaçÑes sinoviais possuem três outras características básicas:
cartilagem articular, cápsula articular e cavidade articular.
a cartilagem articular é a cartilagem do tipo hialino que reveste as superfícies em contato numa
determinada articulação (superfícies articulares), ou seja, a cartilagem articular é a porção do osso
que não foi invadida pela ossificação. Em virtude deste revestimento as superfícies articulares se
apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiçada. A cartilagemarticular é avascular e não possui
também inervação. Sua nutrição, portanto, principalmente nas áreas mais centrais, é precária, o
que torna a regeneração, em caso de lesões, mais difícil e lenta.
a cápsula articular é uma membrana conjuntiva que envolve a articulação sinovial como um
manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial
(interna). A primeira é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos, por ligamentos ,
destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais, todavia, existem
ligamentos independentes da cápsula articular e em algumas, como na do joelho, aparecem
também ligamentos intra-articulares.
cavidade articular é o espaço existente entre as superfícies articulares, estando preenchido pelo
líquido sinovial
Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disto,
impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados
normais.
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular. É abundantemente
vascularizada e inervada, sendo encarregada da produção da sinóvia (líquido sinovial), o qual tem
consistência similar a clara do ovo e tem por funções lubrificar e nutrir as cartilagens articulares. O
volume de líquido sinovial presente em uma articulação é mínimo, somente o suficiente para revestir
delgadamente as superfícies articulares e localiza- se na cavidade articular.
Além destas características, que são comuns a todas articulações sinoviais, em várias delas
encontram-se formações fibrocartilagíneas, interpostas às superfícies articulares, os discos e meniscos,
de função discutida: serviriam à melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as
congruentes) ou seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, agindo como amortecedores.
Meniscos, com sua característica forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. Discos
são encontrados nas articulações esternoclavicular e temporomandibular.
O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das superfícies que entram
em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na dependência destes fatores as articulações
podem realizar movimentos em torno de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para
classificá-las funcionalmente. Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um
eixo, diz-se que é mono-axial ou que possui um só grau de liberdade; será bi-axial a que os realiza em
torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e tri-axial se eles forem realizados em torno de três eixos
(três graus de liberdade). Assim, as articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do
cotovelo, são mono-axiais; aquelas que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a radio-
cárpica (articulação do punho), são bi-axiais; finalmente, as que além de flexão, extensão, abdução e
adução, permitem também a rotação, são ditas tri-axiais, cujos exemplos típicos são as articulações do
ombro e do quadril.
O critério de base para a classificação morfológica das articulações sinoviais é a forma das
superfícies articulares. Contudo, às vezes é difícil fazer esta correlação. Além disto, existem
divergências entre anatomistas quanto não só a
classificação de determinadas articulações, mas também quanto à
denominação dos tipos. De acordo com a nomenclatura anatômica, os
tipos morfológicos de articulações sinoviais são:
plana, na qual as superfícies articulares são planas ou ligeiramente
curvas, permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em
qualquer direção. A articulação acromioclavicular (entre o acrômio da
escápula e a clavícula) é um exemplo. Deslizamento existe em todas
as articulações sinoviais mas nas articulações planas ele é
discreto, fazendo com que a amplitude do movimento seja bastante reduzida. Entretanto, deve-se
ressaltar que pequenos deslizamentos entre vários ossos articulados permitem apreciável variedade
e amplitude de movimento. É isto que ocorre, por exemplo, nas articulações entre os ossos curtos
do carpo, do tarso e entre os corpos das vértebras.
gínglimo, ou dobradiça, sendo que os nomes referem-se muito mais ao movimento (flexão e
extensão) que elas realizam do que à forma das superfícies articulares. A articulação do cotovelo é
um bom exemplo de gínglimo e a simples observação mostra como a superfície articular do úmero,
que entra em contato com a ulna, apresenta-se em forma de carretel. Todavia, as articulações entre
as falanges também são do tipo gínglimo e nelas a forma das superfícies articulares não se
assemelha a um carretel. Este é um caso concreto em que o critério morfológico não foi
rigorosamente obedecido. Realizando apenas flexão e extensão, as articulações sinoviais do tipo
gínglimo são mono-axiais.
trocóide, na qual, as superfícies articulares são segmentos de cilindro e, por esta razão, cilindróides
talvez fosse um termo mais apropriado para designá-las. Estas articulações permitem rotação e seu
eixo de movimento, único, é vertical: são mono-axiais. Um exemplo típico é a articulação radio-
ulnar proximal (entre o rádio e a ulna) responsável pelos movimentos de pronação e supinação do
antebraço. Na pronação ocorre uma rotação medial do rádio e, na supinação, rotação lateral. Na
posição de descrição anatômica o antebraço está em supinação.
condilar, cujas superfícies articulares são de forma elíptica e elipsóide seria talvez um termo mais
adequado. Estas articulações permitem flexão, extensão, abdução e adução, mas não a rotação.
Possuem dois eixos de movimento, sendo portanto bi-axiais. A articulação radio-cárpica (ou do
punho) é um exemplo. Outros são a articulação temporomandibular e as articulações
metacarpofalângicas.
selar, na qual a superfície articular de uma peça esquelética tem a forma de sela, apresentando
concavidade num sentido e convexidade em outro, e se encaixa numa segunda peça onde
convexidade e concavidade apresentam-se no sentido inverso da primeira. A articulação carpo-
metacárpica do polegar é exemplo típico. É interessante notar que esta articulação permite flexão,
extensão, abdução, adução e rotação (conseqüentemente, também circundução) mas é classificada
como bi-axial. O fato éjustificado porque a rotação isolada não pode ser realizada ativamente
pelo polegar sendo só possível com a combinação dos outros movimentos.
esferóide, que apresenta superfícies articulares que são segmentos de esferas e se encaixam em
receptáculos ocos. O suporte de uma caneta de mesa, que pode ser movimentado em qualquer
direção, é um exemplo não anatômico de uma articulação esferóide. Este tipo de articulação permite
movimentos em torno de três eixos, sendo portanto, tri-axial. Assim, a articulação do ombro (entre
o úmero e a escápula) e a do quadril (entre o osso do quadril e o fêmur) permitem movimentos de
flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundução.
COMPLEXIDADE DE ORGANIZAÇÃO
Quando apenas dois ossos entram em contato numa articulação sinovial diz-se que ela é
simples (por exemplo, a articulação do ombro); quando três ou mais ossos participam da articulação ela
é denominada composta (a articulação do cotovelo envolve três ossos: úmero, ulna e rádio).
INERVAÇÃO
As articulações sinoviais são muito inervadas. Os nervos são derivados dos que suprem a pele
adjacente ou os músculos que movem as articulações.
As terminações nervosas sensíveis a dor são numerosas na membrana fibrosa da cápsula e nos
ligamentos e são sensíveis ao estiramento e à torção destas estruturas. Contudo, o principal tipo de
sensibilidade é a propriocepção.
Das terminações proprioceptoras da cápsula - fusos neurotendinosos -
partem impulsos que interpretados no sistema nervoso central informam
sobre a posição relativa dos ossos da articulação, do grau e direção de
movimento. As vezes, essas informações são inconscientes, e atuam em
nível de medula espinhal para controle dos músculos que agem sobre a
articulação.
MÚSCULOS
atividades: respiração, absorção, excreção etc. Nos seres multicelulares, as células diferenciam-se
para realizar funções específicas: algumas são apropriadas à respiração, outras à absorção, etc. As
chamadas células musculares especializam-se para a contração e o relaxamento. Estas células
agrupam-se em feixes para formar massas macroscópicas chamadas músculos, os quais acham-se
fixados pelas suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que movem os segmentos do
corpo por encurtamento da distancia que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por
contração. Dentro do aparelho locomotor, constituído pelos ossos, articulações e músculos, estes
últimos são os elementos ativos do movimento.
Além de tornar possível o movimento, a musculatura também mantém unidas as peças do
esqueleto, determinando a posição e a postura do esqueleto.
MÚSCULO ESQUELÉTICO
que possa contrair-se livremente. Na contração muscular, uma delas permanece fixa e a outra se move.
A fixa é a origem e a móvel é a inserção. Portanto, os conceitos de origem e inserção são dinâmicos,
dependendo de que peça se move e de qual permanece fixa.
Estes conceitos, que são genéricos, admitem algumas exceções, tais como: os tendões ou
aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros elementos (cartilagem,
cápsulas articulares, septos intermusculares, derme, tendão de outro músculo etc.); em um grande
número de músculos, as fibras dos tendões têm dimensões tão reduzidas que se tem a impressão de
que o ventre muscular se prende diretamente no osso; em uns poucos músculos, aparecem tendões
interpostos a ventres de um mesmo músculo, e esses tendões não servem para fixação no esqueleto.
A fáscia muscular é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. A espessura da
fáscia muscular varia de músculo para músculo, dependendo de sua função. Às vezes a fáscia muscular
é muito espessada e pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto.
Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair, é
necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia
muscular. Outra função desempenhada pelas fáscias é permitir o fácil deslizamento dos músculos entre
si.
Em algumas regiões do corpo as fáscias musculares vão além de serem somente envoltórios
musculares. Assim, nos membros, além de cada músculo ser envolvido por sua fáscia, todo o conjunto
muscular também é envolto por uma fáscia mais espessa, da qual partem prolongamentos que vão se
fixar nos ossos, separando grupos musculares. Estes prolongamentos são chamados de septos
intermusculares. A fáscia muscular que envolve os músculos da parede abdominal apresenta setores
ocupados por músculos e setores desocupados.
Os músculos são classificados de várias formas. As mais comumente empregadas são as que o
fazem em relação à forma do músculo e ao arranjo de suas fibras e às extremidades e ao ventre muscular
A função do músculo condiciona sua forma e arranjo de suas fibras. como as funções dos
músculos são múltiplas e variadas, também o são sua morfologia e arranjo de suas fibras.
De um modo geral e amplo, os músculos têm as fibras dispostas paralelas ou oblíquas à direção
de tração exercida pelo músculo.
A disposição paralela das fibras pode ser encontrada tanto em músculos nos quais predomina o
comprimento - músculos longos-, quanto em músculos nos quais comprimento e largura se equivalem
- músculos largos -. Nos músculos longos é muito comum notar-se uma convergência das fibras
musculares em direção aos tendões de origem e inserção, de tal modo que na parte média o músculo
tem maior diâmetro que nas extremidades e por seu aspecto característico é denominado fusiforme.
Músculos fusiformes são muito freqüentes nos membros. Nos músculos largos, as fibras podem
convergir para um tendão em uma das extremidades, tomando o aspecto de leque.
Músculos cujas fibras são oblíquas em relação aos tendões denominam-se penados, porque esta
disposição lembra a das barbas de uma pena. Se os feixes musculares se prendem numa só borda do
tendão fala-se em músculo unipenado, se os feixes se prendem nas duas bordas do tendão, será
bipenado.
Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que apresentam mais de uma
cabeça de origem. São então classificados como músculos bíceps, tríceps ou quadríceps, conforme
apresentam 2, 3 ou 4 cabeças de origem. Exemplos clássicos são encontrados na musculatura dos
membros e a nomenclatura acompanha a classificação: m. bíceps braquial, m. tríceps da perna, m.
quadríceps da coxa.
Do mesmo modo, os músculos podem inserir-se por mais de um tendão. Quando há dois
tendões, são bicaudados; três ou mais, policaudados.
Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários situados
entre eles. São digástricos os músculos que apresentam dois ventres e poligástricos os que apresentam
maior número de ventres.
MECêNICA MUSCULAR
A contração do ventre muscular vai produzir um trabalho mecânico, em geral representado pelo
deslocamento de um segmento do corpo. Ao contrair-se o ventre muscular, há um encurtamento do
comprimento do músculo e
conseqüente deslocamento da peça esquelética.
O trabalho realizado por um músculo depende da potência
do músculo e da amplitude de contração do mesmo. A amplitude
de contração depende do comprimento das fibras musculares.
Assim, um músculo longo tem o mais alto grau de encurtamento.
A potência (ou força) é função do número de fibras que se
contraem e número de fibras contido em uma
secção transversal do músculo, o que é medido em ângulo reto com o eixo maior dos fascículos
musculares e não com o eixo maior do músculo como um todo.
Desta forma, o que um músculo penado perde em amplitude de contração, ganha em
força.
Como foi anteriormente dito, o trabalho do músculo se manifesta pelo deslocamento de um(ou
mais) osso(s). Os músculos agem sobre os ossos como potências sobre braços de alavancas. No caso
da musculatura cardíaca e dos músculos lisos, geralmente situadas nas paredes de vísceras ocas ou
tubulares, também se produz um trabalho: a contração da musculatura destes órgãos reduz seu volume
ou seu diâmetro e desta forma vai expelir ou impulsionar seu conteúdo.
A célula muscular obedece a chamada lei do tudo ou nada, ou seja, ou está completamente
contraída ou está totalmente relaxada. Assim, a quantidade de fibras musculares que vai estar
envolvida com o trabalho de um músculo, ao mesmo tempo, vai depender de quantas unidades motoras
ele possua. Denomina-se unidade motora ao conjunto de fibras de um músculo supridas pelo mesmo
neurônio. Desta forma um músculo com poucas unidades motoras é um músculo de movimentos
mais grosseiros, enquanto aquele que possui muitas unidades motoras é capaz de movimentos de alta
precisão e delicadeza.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório sangüíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, capilares
e veias) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba
aspirante-premente.
ARTÉRIAS
causa desta divisão, diz-se que estes ramos são terminais. Quando a artéria emite ramos e continua a
existir, estes ramos são chamados de colaterais. Estes, que são a grande maioria dos ramos arteriais, se
separam do tronco arterial mais comumente em ângulo agudo, mas podem fazê-lo em ângulo reto
ou, mais raramente, em ângulo obtuso. Estes seguem um trajeto retrógrado e são denominados de
recorrentes.
CAPILARES
As artérias se ramificam e se tornam, progressivamente, menos calibrosas e com as paredes mais
finas, até chegarem aos capilares, que são de dimensões microscópicas e cujas paredes são uma simples
camada de células (endotélio). Sua distribuição é quase universal no corpo, sendo rara sua ausência,
como ocorre na epiderme, na cartilagem hialina, na córnea e no cristalino. É ao nível dos capilares,
graças a aberturas existentes entre células endoteliais vizinhas( poros capilares), que ocorrem as trocas
entre o sangue e os tecidos. Estas aberturas variam de dimensões de tecido para tecido.
VEIAS
CORAÇÃO
O coração, localizado no mediastino torácico ( porção mediana do tórax, compreendida entre
as cavidades pulmonares é um órgão muscular oco que funciona como uma bomba contrátil-
propulsora. O tecido
muscular que forma o coração é de tipo especial, tecido
muscular estriado cardíaco, e constitui sua camada
média, o miocárdio. Este é revestido internamente por
endotélio, o qual é contínuo com a camada íntima dos
vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada
interna é o endocárdio. Externamente ao miocárdio, há
uma serosa revestindo-o, denominada epicárdio. A
cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras:
duas à direita, o átrio e o
ventrículo direitos e duas à esquerda, o átrio e o ventrículo esquerdos. O átrio direito se
comunica com o ventrículo direito através do óstio atrioventricular direito, no qual existe um dispositivo
direcionador do fluxo, a valva tricúspide. O mesmo ocorre à esquerda, através do óstio atrioventricular
esquerdo, cujo dispositivo direcionador de fluxo é a valva mitral. As cavidades direitas são separadas
das esquerdas pelos septos interatrial e interventricular.
Ao átrio direito, através das veias cavas inferior e superior chega o sangue venoso do corpo (com
baixa pressão de O2 e alta pressão de CO2). Ele passa ao ventrículo direito através do óstio
atrioventricular direito e deste vai ao tronco pulmonar e daí, através das artérias pulmonares direita e
esquerda, dirige-se aos pulmões, onde ocorrerá a troca gasosa, com CO2 sendo liberado dos capilares
pulmonares para o meio ambiente e com O2 sendo absorvido do meio ambiente para os capilares
pulmonares. Estes capilares confluem e, progressivamente, se formam as veias pulmonares que levam
sangue rico em O2 para o átrio esquerdo. Deste, o sangue passa ao ventrículo esquerdo através do óstio
atrioventricular esquerdo e daí vai para a artéria aorta, que inicia sua distribuição pelo corpo.
O trajeto ventrículo esquerdo aorta artérias de calibres progressivamente menores capilares
veias de calibres progressivamente maiores veias cavas superior e inferior
átrio direito, é chamado de grande circulação ou circulação sistêmica.
O trajeto ventrículo direito tronco pulmonar artérias pulmonares direita e esquerda,
com redução progressiva de calibre capilares pulmonares veias pulmonares com aumento
progressivo de calibre átrio esquerdo, é chamado de pequena circulação ou circulação pulmonar.
PERICÉRDIO
Envolvendo o coração, separando-o dos outros órgãos do tórax e limitando sua distensão existe
um saco fibro-seroso, o pericárdio. Ele é constituído por uma camada externa fibrosa, o pericárdio
fibroso e por uma camada interna serosa, o pericárdio seroso. Este possui uma lâmina parietal, aderente
ao pericárdio fibroso e uma lâmina serosa, aderente ao miocárdio, ou seja, a lâmina serosa é o
epicárdio.
O sistema linfático é formado por vasos linfáticos e linfonodos situados ao longo do trajeto dos
vasos. Estes atuam basicamente como um sistema auxiliar de drenagem, pois nem todas as moléculas
do líquido tecidual passam para os capilares sangüíneos, em especial as de grande tamanho, que são
recolhidas em capilares especiais, os capilares linfáticos, de fundo cego, de onde a linfa segue para os
vasos linfáticos e destes para os troncos linfáticos, os mais volumosos, que por sua vez lançam a linfa
em veias de médio ou grande calibre. Por serem capazes de absorver estruturas de maior calibre, os
capilares linfáticos podem captar também restos de células normais ou inflamatórias e bactérias.
Para evitar que estas substâncias estranhas ao organismo penetrem na circulação sangüínea e se
disseminem por todo o corpo existem ao longo dos vasos linfáticos estruturas denominadas
linfonodos, que atuam como uma barreira ou filtro contra estes agentes agressores. Os linfonodos
são, portanto, elementos de defesa do organismo e para tanto produzem glóbulos brancos,
principalmente linfócitos. Os linfonodos variam muito em forma, tamanho e coloração, ocorrendo
geralmente em grupos, embora possam apresentar-se isolados. Como resposta a uma inflamação,
o linfonodo pode intumescer-se e tornar-se doloroso, fenômeno conhecido tecnicamente como
linfadenite ou popularmente como íngua.
As tonsilas são órgãos linfóides situados na orofaringe compostos por linfonodos parcialmente
encapsulados.
SISTEMA NERVOSO
(acúmulos de corpos neuronais dentro do SNC). Na medula, a substância cinzenta forma um eixo
central contínuo envolvido por substância branca, enquanto no tronco encefálico a substância cinzenta
central não é contínua, apresentando-se fragmentada, formando núcleos.
O sistema nervoso periférico é composto por terminações nervosas, gânglios e nervos. Estes são
cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm por função
levar (ou trazer) impulsos ao (do) SNC. As fibras que levam impulsos ao SNC são chamadas de
aferentes ou sensitivas, enquanto que as que trazem impulsos do SNC são as aferentes ou motoras. Os
nervos são divididos em dois grupos: nervos cranianos e nervos espinhais.
NERVOS ESPINHAIS
O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. Araiz
ventral possui apenas fibras motoras (eferentes), cujos corpos celulares estão situados na coluna anterior
da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) cujos corpos
celulares estão no gânglio sensitivo da raiz dorsal, que se apresenta como uma porção dilatada da
própria raiz. Como o nervo espinhal é formado pela fusão destas raízes, ele é sempre misto, ou seja
tem fibras aferentes e eferentes. Logo após sua formação pela fusão das raízes ventral e dorsal o nervo
espinhal se divide em dois ramos: ramo dorsal, menos calibroso e que inerva a pele e os músculos do
dorso e ramo ventral, mais calibroso e que inerva os membros e a porção ântero-lateral do tronco.
Os ramos ventrais que inervam os membros se anastomosam amplamente formando os plexos,
dos quais emergem nervos terminais, de tal forma que cada ramo ventral contribuipara formar
vários nervos e cada nervo contem fibras provenientes de diversos ramos ventrais. Já no tronco não
há a formação dos plexos; cada ramo ventral segue seu curso isolado.
NERVOS CRANIANOS
Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os dois
primeiros têm conexão com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos cranianos são mais
complexos que os espinhais, havendo acentuada variação quanto aos seus componentes funcionais.
Alguns possuem um gânglio, outros tem mais de um e outros, ainda, não tem nenhum. Também não
são obrigatoriamente mistos como os nervos espinhais. Os nervos cranianos recebem denominações
próprias, bem como também são numerados em seqüência crânio-caudal, o que é mostrado na tabela
3, juntamente com suas respectivas funções.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório contem os tubos que transportam o ar do meio externo aos pulmões e
vice-versa e os alvéolos dos pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas. Respiração é o processo pelo
qual gases são trocados entre o meio ambiente e as células do corpo.
INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO
A inspiração (entrada do ar) e a expiração (saída do ar) são acompanhadas de alterações dos
diâmetros da caixa torácica.
Para que a inspiração ocorra é necessário que o
tórax se expanda, reduzindo assim a pressão dentro dele,
o que vai permitir a expansão dos tecidos pulmonares e a
sucção do ar do meio ambiente. Esta expansão do tórax
ocorre no diâmetro crânio-podálico as custas da contração
e conseqüente abaixamento (em direção ao abdome) do
músculo diafragma, constituindo o principal
SISTEMA DIGESTIVO
CANAL ALIMENTAR
O intestino delgado, composto de três partes (duodeno, jejuno e ílio) mede, no vivo, cerca de 3
a 4 metros de comprimento. Após a morte, pela perda do tônus muscular, pode atingir até 7 metros.
Ele recebe o bolo alimentar do estômago, mistura-o com secreções provenientes do pâncreas, da
vesícula biliar e dele mesmo e completa o processo de digestão, absorvendo seus produtos e
encaminhando seus resíduos ao intestino grosso.
O intestino grosso, formado pelo ceco, pelos colos ascendente, transverso, descendente e
sigmóide, pelo reto e pelo canal anal, recebe os resíduos da digestão vindos do intestino delgado,
reabsorve a água e os eletrólitos neles contidos e forma e estoca as fezes. Estas consistem de material
não digerido, água, eletrólitos, secreções mucosas e bactérias.
GLêNDULAS ANEXAS
SISTEMA URINÉRIO
O sistema urinário é constituído pelos rins, que removem substâncias do sangue, formam a
urina e auxiliam a regulação de diversos processos corporais; pelos ureteres, estruturas tubulares que
transportam a urina dos rins até a bexiga. Esta atua como reservatório de urina. Quando cheia, esvazia-
se para o exterior através de um tubo, a uretra.
Os rins são órgãos pares, situados um de cada lado da coluna vertebral, na parte mais superior
da parede posterior do abdome. Eles atuam removendo resíduos metabólicos do sangue, bem como
regulando o volume e a composição dos líquidos corporais.
A unidade funcional do rim é o nefron (em cada rim existem cerca de um milhão), de dimensões
microscópicas e composto pelo corpúsculo renal (formado pelo glomérulo e pela cápsula do glomérulo)
e pelos túbulos renais.
O glomérulo renal é formado por um aglomerado de capilares, através dos quais ocorre a
filtração do sangue. Este filtrado é recolhido pelos túbulos renais e, a nível destes, ocorre a reabsorção
de algumas substâncias, bem como a eliminação de outras. O que fica é a urina. A última parte dos
túbulos é o chamado ducto coletor. Estes progressivamente vão confluindo entre si até desaguarem na
pelve renal, que se continua no ureter.
Os capilares que formam os glomérulos renais tem uma característica própria: eles se interpõem
entre duas artérias e não, como é comum, entre uma artéria e uma veia. Isto ocorre, porque o sangue
após ser filtrado vai nutrir os tecidos renais, sendo necessário para tal a disposição habitual. Em
resumo, no rim as coisas acontecem assim: artéria capilares glomerulares artéria capilares
comuns veia.
PRINCIP
SISTEMA PRINCIPAIS
AIS FUNÇÕES
ÓRGÃO
S
Sustenta e protege as
ESQUELÉTIC Ossos,
O partes moles, serve de
ligamentos,
fixação aos músculos,
cartilagens
produz células do sangue,
estoca sais inorgânicos
Articulações
ARTICULAR Unem peças esqueléticas,
fibrosas,
fixando-as ou permitindo que
cartilaginosas
ocorra sua movimentação
e sinoviais
Produzem movimentos,
MUSCULAR Músculos e
fáscias mantém a postura, produzem
os batimentos cardíacos
CIRCULATÓRI
Cérebro,
Detecta alterações, recebe e
NERVOSO medula
interpreta informações,
espinhal,
estimula músculos e glândulas
nervos,
gânglios,
terminações
sensitivas
Glândulas que
secretam Controla as atividades metabólicas
ENDÓCRINO hormônios do organismo
(hipófise, tireóide,
paratireóide,
pâncreas,
adrenal, gônadas,
pineal)
Boca, língua,
dentes, glândulas
salivares, faringe, Recebe, quebra e absorve os
DIGESTIVO
esôfago, alimentos, elimina o material não
estômago, absorvido
fígado, vesícula
biliar, pâncreas,
intestinos delgado
e grosso
Cavidade
Inspira e expira o ar, promove a
RESPIRATÓRIO nasal, faringe,
troca de gases entre o sangue e o ar
laringe,
traquéia,
brônquios,
pulmões
testículo,
epidídimo, ducto
REPRODUTOR Produz e sustenta os
deferente, vesícula
MASCULINO espermatozóides; transfere- os para o
seminal, próstata,
sistema reprodutor feminino
glândulas bulbo-
uretrais uretra,
pênis
LOCALIZAÇÃO NáME
RO
ESQUELETO AXIAL
Crànio e hióide 29
Vértebras 26
Costelas e esterno 25
TOTAL 80
ESQUELETO
APENDICULAR
TOTAL 126
V - TRIGÊMEO misto
VIII - sensitivo
VESTIBULOCOCLEA
R
XI - ACESSÓRIO motor
Biodisponibilidade de Drogas
(biodisponibilidade) dos medicamentos, objetivando a melhor forma farmacêutica para efeito terapêutico
máximo.
A biodisponibilidade é uma característica do medicamento administrado a um sistema
biológico intacto e indica simultaneamente, segundo que cinética e segundo que proporção um
fármaco alcança a circulação geral a partir da dose contida no medicamento administrado. A partir
deste conceito, podemos observar que a biodisponibilidade compreende dois aspectos distintos
e importantíssimos: velocidade e intensidade. O estudo da
biodisponibilidade, portanto, consiste em uma avaliação das características quantitativas e cinéticas
de um medicamento administrado a um organismo concreto, excluindo a utilização
de estudos in vitro.
A noção de disponibilidade da substância ativa a partir de um medicamento nasceu da
observação de não-eqüivalência terapêutica entre formulações contendo o mesmo fármaco, em um
mesmo teor e forma farmacêutica, até então consideradas substituíveis. Vários incidentes
(ineficácia) ou acidentes (toxicidade) foram à causa desta observação. Em 1968-69,
apareceram vários comunicados a respeito de uma epidemia de intoxicação por
anticonvulsivantes em epilépticos australianos. O surto foi investigado emBrisbane, onde todos os
pacientes afetados estavam tomando medicamentos à base de fenitoína e no qual a redução da
dose aboliu os sintomas. Observou-se que o excipiente nas cápsulas de fenitoína implicadas havia
sido mudado de sulfato de cálcio para lactose alguns meses antes do surto, e que tal mudança
podia resultar numa biodisponibilidade alterada do
fármaco e, conseqüentemente, em toxicidade.
MEMBRANAS BIOLÓGICAS
Desde sua descoberta, a célula vem sendo objeto de investigação científica, bem como os seus
constituintes morfológicos básicos - membrana, citoplasma e núcleo. Entretanto, nossa explanação aqui
se dará principalmente sobre as membranas.
Sabe-se que as membranas possuem intensa atividade e que a estrutura das membranas são
diferenciadas pela sua atividade. Contudo, apesar de todas as diferenciações elas possuem traços em
comum:
As membranas não são estruturas contínuas, mas sim organizaçõesmoleculares;
Através das membranas realizam-se trocas materiais e energéticas,controladas e
seletivas;
As membranas participam de processos energéticos de transporte;
A estrutura das membranas é basicamente fosfolipídeos e proteínas.
Os fosfolipídeos são as moléculas encarregadas fundamentalmente da estrutura da membrana.
As proteínas são as moléculas que desempenham as funções específicas, como: reconhecimentos
imunológicos, ação enzimática, transporte específico de corpos através da membrana.
FICK E A DIFUSÃO
As drogas sofrem ligaçào a proteínas plasmâticas. A eficácia de uma droga é afetada pelo grau
em que ela se liga a proteínas no plasma sanguíneo. Quanto menos ligante a droga for, mais
eficientemente ela pode transpor as membranas celular ou se difundir. As proteínas em que as drogas
mais se ligam são a albumina, lipoproteína, glicoproteína e globulinas α, õ‚ e γ.
Uma droga existe no sangue em duas formas: ligada e não ligada a proteínas. Dependendo da
afinidade da droga específica pela proteína plasmática, uma porção da droga pode se tornar ligada âs
proteínas plasmáticas, enquanto o restante permanece não-ligado. Se a ligação â proteína é reversível,
então um equilíbrio químico irá existir entre os estados ligado e não-ligados, tal que:
Proteína + droga ⇌ Complexo proteína-droga
Notavelmente, é a fração não-ligada (ou livre) que exibe efeitos farmacolÉgicos. é também a
fração que pode ser metabolizada e/ou excretada. Por exemplo, a "fração ligante" do anticoagulante
varfarina é de 97%. Isso significa que 97% de toda varfarina presente no sangue está ligada a proteínas
plasmáticas. Os 3% restantes (fração não-ligada) são a fração que está realmente ativa e pode ser
excretada.
A ligação a proteínas pode influenciar na meia-vida biolÉgica no corpo. A porção ligada pode
atuar como um reservatÉrio ou depÉsito do qual a droga é lentamente liberada na forma não-ligada.
Como a forma não-ligada está sendo metabolizada e/ou excretada do corpo, a fração ligada será
liberada a fim de que se mantenha o equilíbrio.
Já que a albumina é básica, drogas neutras e ácidas irão primariamente se ligar a ela. Se a
albumina se tornar saturada, estas drogas irão se ligar então â lipoproteína. Drogas básicas irão se
ligar â alfa-1-glicoproteína ácida. Isto é importante, pois várias condiçÑes médicas afetam os níveis de
albumina, alfa-1-glicoproteína ácida e lipoproteína.
Após ser absorvido ou injetado na corrente sangüínea o fármaco distribui-se para os líquidos
extra e intracelular. O volume de distribuição aparente (Vd), é o parâmetro utilizado para descrever essa
distribuição e pode ser definido como o volume de líquido necessário para conter a quantidade total (Q)
da droga no corpo na mesma concentração presente no plasma (Cp) e é matematicamente expresso
como: Vd=Q/Cp em litros/Kg de peso corporal.
O Vd depende das propriedades físico-químicas da droga, como a sua solubilidade em água e
lipídeos e a capacidade de se ligar às proteínas (plasmáticas ou teciduais). O volume de distribuição
elevado indica que a droga é distribuída a várias partes do corpo, com a permanência de pequena fração
no sangue, e um pequeno volume de distribuição indica que a maior parte da droga permanece no
plasma provavelmente como resultado da ligação às proteínas plasmáticas (LPP).
A alteração de fármacos em nível de distribuição entre dois componentes medicamentosos se dá
principalmente por mecanismo competitivo frente a sítios comuns de ligação protéica.
METABOLISMO
A modificação bioquímica das drogas altera sua atividade farmacológica e sua velocidade de
excreção. Embora a atividade seja freqüentemente reduzida ou abolida (como no caso da oxidação
de barbitúricos, fenitoína e
álcool), pode às vezes ser aumentada, através da geração de
metabólitos ativos, como no caso da conversão de hidrato
de cloral em tricloroetanol, que mantém a ação anestésica.
A formação de metabólitos polares que tem menor
solubilidade lipídica resulta em uma reabsorção tubular
renal reduzida, e conseqüentemente, em velocidade maior
de excreção da droga.
Portanto, o metabolismo das drogas ocorre sempre
no sentido de tornar os agentes exógenos mais polares,
favorecendo sua eliminação.
Enzimas responsáveis pela biotransformação de muitos fármacos estão localizadas no retículo
endoplasmático liso do fígado (fração microssômica). Tais enzimas também são encontradas em outros
órgãos, como rins, pulmões e epitélio gastrointestinal, embora em menor concentração. Os fármacos
absorvidos pelo intestino estão, portanto, sujeitos ao efeito de primeira passagem.
As reações químicas da biotransformação enzimática são classificadas como reações de: Fase
I e Fase II.
MINHAS ANOTAÇÕES:
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MINHAS ANOTAÇÕES:
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