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Annette Blair

Works Like Magic 01

Annette Blair
O Dragão Nu
Works Like Magic 01
Envio do arquivo e Formatação: Δίκη
Revisão Inicial: Laís
Revisão Final: Kimie
Imagem: Elica
Talionis

A Agência de Emprego Works Like Magic1 tem a reputação corresponder perfeitamente clientes
com empregados temporários. Então, quando McKenna Greylock pede um trabalhador manual, o
lindo Bastian Dragonelli chega para reparar a Hospedaria tipo Pouso e Café da Manhã ... e
incendiar seu quarto.

Comentário da Revisora Laís: Como toda série, imagino que este deva ser o melhor livro de
'Work Like Magick' - mesmo assim, me encontro ansiosa pelos próximos. Foi quase uma pena ter
1 Funciona como Mágica

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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que traduzi-lo para a língua portuguesa, pois muito de seu humor está em brincar com palavras e
sons do inglês americano - fazendo do protagonista, Bastian, um personagem inesquecível, e hoje,
um dos meus personagens favoritos entre os diversos romances que já li. Ele chega quase a ser
ingênuo, o que é muito fofo, e deixa com que o livro tenha passagens impagáveis de humor e
romance. Ah, e também adoro mocinhas fortes, e McKenna certamente é uma.

Comentário da Revisora Kimie: Um romance interessante e divertido com as aventuras de


um dragão que se torna humano com a missão de encontrar sua companheira e com isso ajudar
os irmãos dragões. Ele enfrenta os problemas típicos de adaptação de idioma e costumes, além de
uma “falha” em sua anatomia...

CAPÍTULO 1

Em um corpo que parecia muito pequeno para contê-lo, Bastian caiu sem parar por
tormentas de escuridão e espirais de luz, tempestades de granizo e raios, e medo.
Ela, que se importava com ele e seus dragões irmãos na ilha, apareceu para ele.
—Killian falhou em nos deter com seu contrafeitiço, — Andra disse telepaticamente. —Ela
nunca vai perdoar você por ter fugido, ou a mim, por ter lançado o feitiço que te levou. Seja
vigilante. A vingança dela não conhece limites. Ela é um flagelo eterno, universal para seus
inimigos.
—Não há nenhuma esperança para os meus irmãos, então?
—Há sempre esperança. Nunca se esqueça disso. Cada batalha que Killian perde, como esta,
a enfraquece, como minhas perdas me enfraquecem também. Cada batalha que cada um de nós
ganha, nos fortalece. Mas Killian luta para o lado escuro e sem esperança de espírito, e eu, para o
brilhante e esperançoso. Em virtude de sua transformação, você é agora um dos meus emissários.
—E um dos inimigos de Killian. Onde você está me enviando? O que você pede de mim?
—Você vai entender dentro do seu tempo. —Andra desapareceu e a queda de Bastian
através da atmosfera continuou. O tempo passou. Ouviu o ranger de dentes, afogado, doce,
sussurros suaves. Andra voltou, seu manto de estrelas em torno dela. —Na terra, você vai ser
muito poderoso e imponente. Você irá manter o dom do fogo, mas não deve ostentá-lo.
O sono chegou. Sonhos: Bastian montou um redemoinho de estrelas, até que um raio o
atingiu e seu dragão interior levantou-se para se rebelar. Ele lutou contra a escuridão do espírito
que o irritou, e seu dragão quase levantou-se para assumir seu ser. O cheiro de rosa, o perfume de
Andra, o acalmou. —Lute contra as tentativas do seu dragão de recuperar o controle sobre seu
corpo, — ela sussurrou. —O contrafeitiço de Killian pode ter alterado a sua capacidade de mudar
de volta para um homem, e a incapacidade poderia destruí-lo.
Desta vez, Andra desapareceu tão rápido como chegara.
Dentes de gárgulas começaram a beliscar seu traseiro enquanto duendes gritavam nos
ouvidos. Ele lutou contra uma horda de criaturas. Ogros voadores, criaturas lamberam seu rosto
com línguas viscosas. Goblins, com orelhas pontudas, arrotavam na cara dele.

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Depois de uma eternidade de tortura, seus transgressores foram sugados para uma
escuridão gelada, deixando Bastian exausto e sua vigilância fraca.
Andra voltou, mais pálida, menor.
—Você está encarregado de encontrar uma mulher da Terra em particular, aquela que
espero que você se esforce para ajudar. É assim que funciona, espalhar esperança sempre que
possível, para uma criatura de cada vez. Aquela criatura, por sua vez, irá espalhar a esperança
contagiosa para a seguinte. Esta mulher que você procura é o seu destino. O coração dela é um
companheiro para o seu. Ela será espirituosa e muitas vezes sozinha. Ela pode ter rios que fluem
de seus olhos e parecer evitar os homens. Ela não vai gostar de quem ela é ou como ela parece.
Você pode mudar isso. O coração dela será puro e bonito. Ela é a chave para cumprir o seu destino
e continuar o meu trabalho.
—Como vou saber que é ela?.
—Seus corações vão falar com vocês, por mais que ela lute com você.
—Ela luta?, — a ansiedade queria tomar Bastian, mas ele se conteve. —E se eu falhar nesta
missão?
—Você vai perecer. Assim como seus irmãos dragões. Se conseguir, vou enviá-los, um por
um, cada homem-dragão com sua própria missão. —Bastian odiava ver Andra deixar este tempo.
Ela parecia estar desaparecendo.
Um alarme perturbava seus sonhos… Ou sua realidade. Cor e luz rodaram entre ventos
poderosos, que ondulavam sua pele e estremeciam seus dentes de frio. Ele viu os olhos e garras
afiadas, como espadas de dois gumes. A noite se deslocou para dia e de volta. A luz de Andra ficou
turva, seu cheiro também, a mão contra a testa dele era uma bênção frágil.
—Eu investi minha magia em você, — ela sussurrou. —Se você for bem, ela voltará três
vezes mais forte. Se falhar, eu serei fraca demais para salvar seus irmãos. Seu destino está no sinal
do dragão coroado. Só sua companheira de coração pode levar você lá. Você vai dar-lhe esperança
e ela vai dar-lhe vida.
Enquanto as palavras desapareciam, assim fez Andra, até que ela não passava de uma
nuvem; em seguida, ela desapareceu. Quando acordou, Bastian viajava ainda, para uma luz
brilhante, distante e preenchida com as cores do arco-íris, sonhos vagos, e as perspectivas de
pesadelo. Caindo em espiral em direção a um destino desconhecido, ele esperava que a
turbulência não o transformasse de dentro para fora em um dragão ou que seu cérebro virasse
geleia antes de sua chegada.

CAPÍTULO 2

Ele pousou nu em cima de um arbusto espinhoso, perto de um círculo de mulheres


cantando. Bastian rugiu e pulou para ficar de pé. Noção terrível de sua parte, porque ele tinha que
conter seu dragão. Depois de estalar o crânio humano e derrubar uma pobre árvore, ele acabou

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deitado de costas, seus ossos em chocalho, o decadente grito das cantoras flutuando de volta para
ele numa distância crescente.
A dor provocou sua fera interior até o ponto de ela tentar se sobrepor, um teste de força
poderoso, sombra de garras começaram a se formar em suas mãos antes de Bastian conseguir
abafar a rebelião interna, e as garras recuaram.
Depois de séculos de espera, ele quase perdeu sua humanidade em menos de um piscar de
olhos.
Para manter Andra e seus irmãos dragões seguros, ele devia manter-se calmo.
Bastian flexionou suas mãos de homem, o cheiro da vegetação, da terra e suas criaturas –
felizmente sem o cheiro forte das criaturas que apareceram durante a queda – encheram seus
sentidos enquanto a consciência se estabelecia nele. Ele havia desembarcado em um local isolado,
com exceção de um banquete divertido de aves. No tronco acima dele, grasnando e tratando-o
com desprezo.
Pequenas criaturas aladas muitas vezes o abençoaram assim. Fazendo-o se sentir um pouco
mais confortável em seu entorno, desprezado, mas assar e comê-las não parecia prudente.
Bastian levantou-se nos cotovelos e viu um grupo de espíritos humanos a observá-lo, os
corpos indistintos completos, enquanto eles ficavam ao lado de um conjunto de cavernas e
árvores, apontando os dedos para ele.
Os primeiros seres humanos que ele encontrou em séculos e sinalizam que ele não era bem-
vindo. Mas por quê? Ele não devia ser capaz de vê-los, quer com olhos humanos ou dragão.
O feitiço de transformação de Andra tinha dado a ele esta nova habilidade? Ou esse poder
veio de Killian, que os enviou há séculos para a ilha? Ela queria fazer mal a eles. Isso ele sabia.
Então, o que esse contrafeitiço acarretava?
Nada de bom, ele temia. Ele não esperava sair ileso, não a partir de um encontro com uma
feiticeira tão terrivelmente forte como Killian. Ele supôs que ele iria saber em breve.
Quando Bastian tentou recuperar o fôlego, um pequeno dragão deslizou através do véu que
separava os mundos atrás dele, animado, azul, e pouco maior que suas mãos em concha. Pareceu
flutuar ao invés de voar ao redor dele, enviando nuvens de fumaça amarela e olhou em seus
olhos. —Eu sou Jock, — disse ele telepaticamente, —seu dragão guarda-costas. Esta é fumaça de
teste. O ar aqui é seguro para você respirar.
Bastian estaria morto se não fosse, mas não havia necessidade de decepcionar seu ansioso,
apesar de aparentemente inútil, guardião.
Jock fungou de uma forma que fez Bastian se lembrar de Whyzind, seu mentor, muito velho
e doente para sobreviver a uma transformação e uma viagem através dos planos. O guardião azul
de repente começou a ter um ataque de riso e apontou para o centro do corpo humano de
Bastian.
Bastian baixou a cabeça, olhou para si mesmo, e viu o que devia ser o resultado do
contrafeitiço de Killian. Ele se lembrava o suficiente sobre sua forma humana para saber que o
pênis de um homem normalmente não tinha tal comprimento, uma falha como escamas sobre a
pele, nem uma ponta de seta como cauda de dragão.
Bastian deitou-se. Era esse o seu destino, então? Killian tinha sido esperta como sempre. Seu
pênis nunca agradaria a uma mulher da terra, embora Andra não tivesse mencionado a sua

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necessidade de uso, o que não o impediu de antecipar a sua utilização, uma esperança que ele
provavelmente deveria renunciar.
Bastian suspirou e permaneceu de costas para recuperar sua força depois de tão implacável
e árdua jornada. Várias criaturas comestíveis da terra o abordaram. Uma delas aguçou seu apetite,
enquanto subia em seu peito, olhou-o com desdém, virou-se e levantou a cauda listrada.
– Que droga! Que fedor! – Bastian quase bateu no pássaro acima dele enquanto ele se
levantava e atirava um pequeno raio de fogo. Cauda fumaceando, a criatura correu para uma
caverna.
Portanto, esta era sua recepção na terra? Espinhos no traseiro, criaturas cheirando mal,
espíritos vingativos, pés frios, e um homem de pau falho? Ser humano não poderia ser pior. A
cabeça de Bastian veio à tona. Sim, sim, poderia. Killian poderia ter tomado sua magia de dragão.
Para testar uma de suas habilidades, Bastian colocou a palma de uma mão em cada um de seus
ferimentos de viagem, e dentro de um batimento cardíaco humano, os talhos sangrentos
tornaram-se novas marcas no seu couro cheio de cicatrizes.
– Até agora, Jock, – disse ao seu companheiro inesperado, – eu tenho guardado meu salto,
meu fogo, e meu poder de cura, e eu ganhei a capacidade de ver espíritos.
Jock dançava sobre seu ombro e soprou um redemoinho de fumaça vermelha.
– O vermelho é para comemorar, – disse o guardião.
Entre as árvores e a vegetação menor, Bastian não sabia por onde começar a procurar sua
companheira de coração. Ele não se lembrava da vida como um guerreiro romano, mas ele
esperava mais cor do que na ilha, e não menos. Exceto por uma caverna aconchegante ou duas, a
terra parecia ter pouco a oferecer. Se esta era realmente a terra. Podia não ser.
Como se para contrariar sua frustração, um ser humano se aproximou, frágil de recursos,
cabelo e corpo camuflado, exceto nas varas que sustentam a parte de trás de seus pés. Estas
criaturas andam na ponta dos pés?
—Meu nome é Vivica Quinlan, — ela disse, telepaticamente, a suavidade da voz
denunciando seu sexo. —Você encontrou um gambá.
—Se ele é conhecido por seu mau cheiro, então sim, encontrei.
Os olhos brilhantes de Vivica dançaram e ela lhe entregou um manto semelhante ao dela,
embora o dele fosse tão escuro como um lugar sem sóis e tão suave como a orelha de uma
abetarda2. Tão amplo quanto os seus ombros e a altura, ele se cobriu e segurou os lados juntos na
frente para esconder a sua falha.
Seus saudadores destemidos pareciam não se incomodar com os voadores zunindo sobre
sua cabeça como uma coroa, fazendo-a parecer tão régia e ridícula. Eles não pareciam maiores do
que o polegar. As criaturas pretas tinham olhos arregalados, pernas ossudas, e asas grandes
demais para seus corpos que emitiam ruídos baixos.
Ele também manteve sua aguçada audição dragão.
Andra disse que precisava encontrar um dragão coroado. Em vez disso, uma fêmea coroada
por insetos alados o encontrara. Que outras surpresas sinistras e inesperadas essa jornada com
séculos de atraso, iam trazer?

2 Abetarda é o nome geral dado às aves classificadas na família Otididae. O grupo é constituído por 26 espécies com distribuição

geográfica no Velho Mundo.

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CAPÍTULO 3

Ao lado de Vivica Quinlan estava uma criatura firme e régia com manchas de pele em preto e
branco, um zumbido no fundo do seu ser. Fiel, a julgar pela sua postura, ela estava tão alta quanto
a mão de seu mestre acariciando. Esta não parecia parte, esta estava mais para um prêmio. Forte
e de pernas longas, ela usava a mesma capa que Vivica.
– Sua criatura é desconhecida para mim, – disse Bastian.
– Ela é uma gata Savannah3, uma felina, – disse ela, acariciando a cabeça, cobrindo as
orelhas com espasmos. – Isis é meio selvagem, meio doméstico e, especialmente grande para sua
espécie. Estou honrada em dizer que ela me escolheu.
– Mas você usa a mesma pele que seu felino.
– Minha capa, você quer dizer? Pele falsificada. Eu a fiz para se parecer com o pelo de Isis.
Nenhum animal foi prejudicado em sua fabricação.
Bastian pensou em seus irmãos dragões.
– Espero que não.
– Nós somos um par, Isis e eu, anunciando a minha agência de emprego onde quer que
vamos.
– Um par, – disse ele, tentando lendo-a com outro dos sentidos dele felizmente mantidos: a
capacidade de ler outros. – Você não é minha companheira de coração.
– Não. Estou aqui para recebê-lo.
– Você fala e compreende dragão?
– Telepatia transcende idiomas, mas para sobreviver aqui, você terá que aprender Inglês.
Minha agência de emprego, Funciona como Mágica, é uma casa segura onde eu vou preparar você
para a vida na terra, e para ganhar seu sustento. – Esta fêmea instintivamente compreendeu a
importância de sua chegada.
– Você não tem medo de mim?
– Eu nunca sou enganada por aparências. Eu tenho a visão. Você é corajoso de espírito,
ferozmente protetor, e puro de coração. Sua viagem foi longa?
– Eu viajei a partir do plano de vida mais distante, antes do plano da morte mais próximo, –
ou assim Andra disse a eles quando chegaram séculos atrás na ilha.
– Eu preciso de você para compartilhar sua história comigo durante os dias ou semanas de
sua adaptação, para que eu possa colocá-lo em um ambiente de trabalho adequado.
– Isso parece prudente. – Bastian era maior que a sua anfitriã, mas o manto encaixou em seu
comprimento, de modo que ela deve ter antecipado sua chegada de alguma forma. – Você possui
sua própria magia, não é?
A inclinação dos lábios e a profundidade da sua visão revelou sabedoria e conhecimento.

3 A raça de gatos Savannah teve sua origem em 1986, nos Estados Unidos, no cruzamento do serval africano com uma gata

doméstica.

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– Quando os morcegos acordam durante o dia, e os beija-flores vêm para mim, eu sei que o
véu entre os planos foi violado. Juntos, saudamos a magia, os antigos sobrenaturais, os camaleões
do universo, e oferecemos a nossa hospitalidade. Você percebe que um pequeno dragão azul e
uma fada violaram o véu com você?
– Uma fada?
– Ela se esconde atrás de você
– Isso explicaria o zumbido irritante de asa em meus ouvidos. – Bastian manteve o rugido a
um grunhido irritado quando ele se virou para pegar a intrusa por suas asas. Ao contrário da
crença popular, as asas das fadas não quebram. Segurá-las era a única maneira de pegar tão viva
criatura. Ela lutou inutilmente para se libertar da garra.
– Que cresça membros de madeira em você e atraia pica-paus, – ela xingou.
– Que boca suja! – disse Bastian, enquanto Vivica mordia o lábio para esconder sua diversão.
A pequena fada irritante se assemelhava a uma fêmea humana, mas com orelhas pontudas,
cabelos cor de estrelas de prata, longo, reto e voando na brisa, e as asas brilhantes e coloridas
como uma flutterby. Pés descalços, ela usava um vestido de pétalas de flores com doce aroma e
um chapéu de flor com caule para cima. Cativante na aparência, talvez, mas completamente
desprovida de boas maneiras.
– Como se livrar de uma fada flutterby com atitude irritante?
– Eu acredito que é até ela querer. Ela pode estar com você até o fim de seus dias.
Bastian gemeu enquanto a fada sorria zombeteira.
Vivica limpou a garganta.
– E eu acho que você quis dizer fada borboleta, não flutterby.
– Será que eu? Nossas palavras humanas foram perdidas ou mutiladas ao longo dos séculos,
mas sabíamos o que queríamos dizer. – Borboleta ou flutterby, pensou ele, a pequena pirralha
poderia ser um inimigo disfarçado. Em sua verdadeira forma, ela podia ser um animal com cerdas
vermelhas e um fedor de suínos arfante.
O dragão também podia estar junto a ele para o bem e o mal igualmente. Olheiro pessoal de
Killian, talvez. Bastian considerou sua saudação – Vivica, chamou a si mesma – e supôs que ele
devia saber onde ele caiu já que ninguém disse, humana ou mágico.
– Onde exatamente eu me encontro?
– Salem’s End. Plano da Terra. Bem-vindo.

CAPÍTULO 4

Segurando a capa bem fechada, Bastian fez uma reverência.


– Eu aceito a sua hospitalidade e acolhida como um presente.
– Alguns dizem ser uma praga. Eu sou descendente de Ciarra McKenna, uma bruxa poderosa
que vivia em uma dessas cavernas para escapar das épocas de enforcamento – A histeria de Bruxa,
sobre a qual você vai aprender –, embora a lenda da família diga que as cavernas foram

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mascaradas por uma camada profunda de matagais espinhosos e uma mágica ou três. A terra é
agora propriedade de um dos descendentes não mágicos de Ciarra, um primo distante meu. Uma
vez que agora é considerado solo sagrado, o proprietário permite que as bruxas de Salem se
reúnam aqui.
– As bruxas são ajudadas nos dias de hoje?
– Sim, nós somos. Magia não só é tolerada, mas muitas vezes desejável.
– Eu venho de magia, – disse ele.
A saudação dele assentiu como se ela soubesse.
– Nós temos isso em comum.
– Eu assustei um círculo de mulheres quando cheguei.
– Bruxas, sim, eu passei por elas no meu caminho até aqui. A maioria acredita que entrou
em transe. Felizmente, ninguém vai adivinhar que você é real.
Bastian seguiu a anfitriã da área com grama e árvores para um lugar com muitos caminhos.
Sobre eles, os seres humanos presos em máquinas barulhentas coloridas, com fedor de pó que
saía de suas extremidades traseiras, passavam. Vivica não parecia alarmada pela visão.
– Este é a cidade de Salem de fato, – disse ela. – Salem’s End está situada na periferia da
cidade, a Cidade da Bruxa, alguns a chamam.
Andando ao lado de Vivica, aromas e pontos turísticos guerreavam pela sua atenção.
Pessoas, humanos e não, usavam capas semelhantes à dele. Em algumas, sobra de restos de
garras, dentes, cabelos de serpente, permaneceram. Aqueles sem casacos iam vestidos diferentes
uns dos outros.
– Eles podem ver os restos de minha vida passada? – Bastian perguntou. – Como minhas
asas ou chifres?
– Eu posso, – disse Vivica, – mas, normalmente, nem os humanos nem os sobrenaturais
podem ver o que está magicamente escondido. Você vê os restos de suas vidas passadas?
– Eu vejo. Isso é ruim?
– Eu diria que é desejável.
– Alguns têm corações negros – observou ele.
– Nunca confie em um coração negro.
– Disso eu sei. – Ele espiou a trilha de fêmeas por trás deles, muitas delas com pernas
expostas. Elas precisavam de alimentação. – Vivica, por que as fêmeas estão nos seguindo?
Ela balançou a cabeça.
– Elas estão seguindo você, Bastian. Você é um belo exemplar de masculinidade.
Ele olhou para trás, trocando olhares com cada uma, mas não encontrou nenhuma com um
coração que falou ao seu.
– Supernaturais com bons corações parecem felizes aqui.
– Os camaleões do universo se adaptam ao dominante, mesmo quando não estão se
reunindo em lugares aonde eles vão especialmente para socializar com sua própria espécie. Clubes
underground4 e tal.
– Como eles se encontram debaixo da terra?

4 Undergroud pode ser traduzido como subterrâneo, mas nos dias de hoje também é usado como uma referência para coisas mais

alternativas, como a música underground, e esportes underground, como o skate.

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– Você é um pensador literal, eu vejo. – Vivica bateu os lábios com um dedo. – Para você, eu
vou ter que usar de toda a minha magia e dar-lhe o pacote de cultura de mainstreaming5, o pacote
super deluxe de adaptação: idioma, costumes, tecnologia, e assim por diante. Ciarra também
adaptava os antigos sobrenaturais mágicos, – disse Vivica. – Havia menos de vocês naquela época,
mas nos dias de hoje, a magia humana tem diluído o véu em Salem para uma névoa permeável.

CAPÍTULO 5

– Está chovendo homens! Homens nus para ser preciso. Não, não ajustem seus aparelhos de
TV, senhoras e senhores. Você ouviu direito, e você ouviu aqui primeiro.
McKenna Greylock parou sua mistura e virou-se para a pequena TV no balcão da cozinha. O
repórter sensacionalista mostrou seu melhor sorriso.
– Várias fontes, – continuou ele, – têm relatado avistamentos na semana passada de seres
mágicos entrando em Salem... Sem uma nave espacial. Um porta-voz de um clã local, acredita que
paranormais de outros planos poderiam, de fato, violar o véu que separa os mundos e viver entre
nós. Vocês conhecem bem o seus vizinhos? Em outra notícia...
McKenna desligou a TV.
– Eu odeio esse repórter, – disse ela. – Lizzie, você ouviu? – Ela chamou. – Mais pessoas do
outro mundo que romperam o véu.
– Eu ouvi, – disse Lizzie, colocando massa na parede de um dos quartos. – Por que eles não
apenas chamam Roswell e acabam logo com isso?
– Conte-me sobre isso. – McKenna virou-se para uma batida na porta da cozinha, mas
desejou que ela não tivesse.
Chamada do Belzebu. Encare como um anjo, um sorriso que poderia encantar uma rocha,
sob a qual ele vivia. Loiro. Olhos azuis, vazios, como seu coração. Elliott Huntley, desenvolvedor do
inferno.
– Bom dia, McKenna. Posso entrar?
Ela não podia acreditar que ela passou dois meses com este réptil, até perceber que ele era
atraído pela sua terra, não por ela. Será que ela nunca aprendia? Ela saiu da varanda da cozinha e
fechou as portas em suas costas. Caso contrário, ela teria que convidá-lo.
– Você ainda não pode ter a minha terra.
– Corajosa como sempre. – Ele ofereceu a mão, mas ela ignorou e caminhou até a grade da
varanda ao lado para olhar para fora, sobre o antigo porto à distância. – Água em abundância e
vista para o mar, – disse ela. – É por isso que você a quer. Aposto que construiria condomínios
aqui em abundância.
Ele lançou-lhe um dos seus sorrisos mais doces.
– Eu estou aqui para iluminar seu dia.

5 Mainstream (—corrente principal—) é um termo inglês que designa o pensamento ou gosto corrente da maioria da população. É

justamente o oposto de underground.

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– Com certeza você está.


Huntley era o tipo de cara que você poderia imaginar vestindo a cartola do tio Sam e saindo
por aí beijando bebês.
– Ouça-me, minha amiga, – disse ele. – Você pode ser surpreendida.
– Nós não somos amigos.
– Ainda assim, eu odiaria que você acabasse sem nada. Eu gostaria de vê-la sair pela porta da
frente para uma mudança. Que tal eu pagar-lhe um milhão, e você parte desta propriedade com a
cabeça de pé?
– Se eu aceitasse, teria vergonha de levantar a minha cabeça.
– Um milhão de dólares, McKenna. É quase agosto. Seus 90 dias estão passando direto até o
encerramento inevitável. Depois que o banco tomar o lugar, eu vou comprá-la deles, não você.
Ele passou a olhar por cima do alpendre.
– Uma pequena estalagem, eh? Seriam precisos muitos hóspedes para pagar e mantê-la à
tona, dada a sua hipoteca em atraso e o pagamento de impostos.
Que ele não devia conhecer.
– E antes de abrir para os hóspedes, há a pequena questão de obter a aprovação do inspetor
de edifícios. Nice Guy, o inspetor. Jogador de pôquer. – Huntley comprometeu sua manicure
perfeita riscando um floco de tinta da grade da varanda. – Meus pêsames sobre a perda de seu
empreiteiro. Má sorte isso.
Ela se recusou a satisfazer o sanguessuga com um show de emoção.
– Steve Framingham ainda é o meu empreiteiro e ele está se recuperando muito bem,
obrigado. Ele vai estar em forma em tempo de sobra para me ajudar e fazer funcionar. – Ela
desejava que fosse verdade. – Eu não vou vender, Huntley.
– Eu sou bom em esperar. Você não ouviu?
– Você não ouviu que o dinheiro não é tudo?
Com um sorriso, ele tirou um chapéu tão falso quanto suas maneiras.
– Essa oferta boa só servirá por duas semanas. Vem agosto, eu não serei tão generoso. Você
está perdendo dinheiro a cada dia.
Você está perdendo sua alma, ela pensou.
Ele não saberia o que era generosidade nem se ela mordesse a bolas dele. McKenna olhou
para cima e perguntou ao universo se ele não podia providenciar aquela mordida, por favor.
Huntley acenou quando chegou e se apoiou em seu elegante Aston Martin prata na entrada.
Ela estremeceu.
Setenta e cinco dias para transformar este lugar em uma hospedaria e o único empreiteiro
que ela poderia pagar agora estava confinado a uma cadeira de rodas.
Sua dívida tinha vindo à luz com a morte da mãe algumas semanas atrás, e ela não teve
tempo para lamentar, porque ela tinha que salvar um legado de séculos de história.
Sim, sua herança era para ganhar.
Pânico a pegou pelo pescoço e roubou o fôlego, até que ela se forçou a manter a calma e
avaliar a situação racionalmente.
Huntley fez um favor a ela, mostrando-se hoje. Ele não só deu um susto nela, ele deu a ela
uma pista muito boa do valor monetário de sua propriedade, sua inestimável herança.

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Ela entendeu, melhor do que nunca, que não podia esperar Steve ficar melhor; nem ela
poderia encenar uma luta de uma mulher contra uma grande empresa de construção.
Ela precisava de ajuda.
Ela pegou as chaves do caminhão.
– Lizzie, eu vou sair para vender a minha produção, então eu tenho que ver uma bruxa sobre
um faz-tudo. Eu não vou demorar.
– Eu provavelmente ainda vou estar aqui colocando massa quando você voltar.
– Obrigada, amiga.
Huntley, o canalha, fez uma afirmação verdadeira. Não havia tempo a perder. Ela precisava
de um fluxo consistente de dinheiro e ela precisava contratar alguém que Steve pudesse dirigir de
sua cadeira de rodas. Onde era melhor encontrar o empregado perfeito do que a agência Funciona
Como Mágica?
Depois que falou com um comprador do mercado local, McKenna foi para a agência de
emprego de Vivica. Lá, ela passou através da fila de empregadores e empregados esperando a sua
vez e entrou numa porta marcada como privada. Ela cortou através de um escritório aberto com
fileiras de mesas cercadas por trabalhadores em cubículos abertos.
Em uma alta sala de vidro com vista para a cena, Vivica levantou de uma cadeira executiva
atrás de sua mesa antiga.
– McKenna! Faz tempo. Eu estou tão feliz que você veio aqui.
– Onde mais eu encontro um funcionário? Funciona Como Mágica fornece o melhor. Todo
mundo sabe disso. – McKenna tomou a cadeira que Vivica indicou. – Além disso, estamos
relacionadas de alguma forma, você e eu.
Vivica herdara a magia na família, e ela, McKenna, não herdara. Ela não saberia o que fazer
com magia, se ela tivesse alguma. Fato é, ela não sabia o que Vivica fazia com a dela, a não ser que
representava o sucesso de sua agência de emprego famosa. A secretária de Vivica trouxe chá para
dois.
– Então, McKenna, ainda não transformou sua casa em uma hospedaria? Eu não vi nenhum
anúncio dela.
McKenna suspirou.
– Vamos apenas dizer que, neste momento, eu poderia muito bem chamá-la de Ratoeira
Vitoriana6.
Vivica levantou uma sobrancelha.
– Captura os hóspedes, literalmente. Você terá turistas lutando por vagas... Antibióticos e
injeções contra tétano.
– Exatamente. Então o que eu estou procurando é um homem forte, honesto, trabalhador
pau-para-toda-obra que precise de um lugar para viver, três refeições por dia, pobreza em nível de
salário, e de preferência, não estar fugindo da lei.
Vivica quase engasgou com o chá.
– Você sabe, – disse ela, baixando a caneca. – A maioria dos caçadores de trabalho espera
bons salários e benefícios.

6 Mais a frente veremos que a casa da McKenna é em estilo Vitoriano, uma arquitetura clássica utilizada em casas dos Estados

Unidos, daí a referência que ela faz.

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– Benefícios. – McKenna animou-se. – Eu forneço carne bovina. Posso servir bife todos os
dias. Isso é um privilégio.
– Literalmente, sim, mas eu quis dizer, literalmente, hum, que é que isso me faz lembrar?
McKenna sentou-se para frente.
– Você faz grandes jogos, por isso, se você puder arrumar o empregado ideal para mim, eu
ficaria grata.
Vivica levantou uma sobrancelha.
– Cuidado com as minhas habilidades psíquicas, porque eu faço os melhores jogos, mesmo
quando um empregador ou empregado, não sabe o que eles precisam.
McKenna ignorou o desconforto ondulando através dela.
– Então, você tem alguma magia para uma pobre, – e eu quero dizer literalmente – prima e
proprietária de uma hospedaria em potencial?
– Você está jogando a carta de prima? Não é justo. Eu sou uma bruxa, não uma milagreira.
McKenna tomou um gole de chá.
– A família da minha mãe, nossa família, possuiu essa propriedade por séculos. Não posso
perdê-la, Vivi. Torná-la uma hospedaria era o sonho da minha avó.
– É por isso que você tem sua graduação em gerência de hotel/manutenção da pousada.
– Sim, mas eu nunca pensei que iria usá-la. Eu estava tão ocupada cuidando da vovó, em
seguida da mamãe. Como mamãe não viveu o suficiente para tornar o sonho realidade, eu sou a
última maçã na árvore familiar, o ramo McKenna. Ruim o suficiente, eu quase levei a árvore à
podridão por ter nascido uma menina. Não posso deixar a coisa ser derrubada, tronco, raízes e
tudo.
– Estranho como você é descendente direta de Ciarra, enquanto o irmão dela é meu
ancestral, mas a minha família herdou a magia.
– Não se sinta mal. O universo fez a escolha certa.
– Obrigada. Se serve de consolo, eu invejo você receber o sobrenome de Ciarra como seu
primeiro nome. Ouça, – Vivica acrescentou, pousando o copo. – Eu queria investir em sua
hospedaria, mas quando eu pensei seriamente sobre isso, meus instintos psíquicos me chutaram,
e eu acredito fortemente que eu iria interferir com o seu destino se eu fizesse isso. Eu sinto muito,
McKenna, mas é contra as minhas crenças mais profundas ir contra o destino.
– Não podemos contra isso. – O destino, droga. McKenna suspirou por dentro. De qualquer
forma, ela não precisava de dinheiro de Vivica. Ela precisava de um trabalhador anjo da guarda.
– Kenna, eu sei que você é a última da linha, mas eu tenho algo a lhe dizer, e isso é
importante. Sinto que você tem alguma ligação ou influência – mais do que um pouco – sobre o
‘campeão McKenna’. Nossos antepassados têm estado à espera disso por séculos. Isso faz algum
sentido para você?
– Não. – McKenna suspirou. – Aumenta a pressão. Por que não você?
– Olha, eu vou encontrar o trabalhador perfeito. Eu prometo. Porque, menina, eu não invejo
seus inimigos.
– Você quer dizer o réptil?
Vivica cobriu a mão dela, incutindo coragem através dessa conexão.

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– Huntley é mais cruel do que você pensa. Ele fará qualquer coisa para colocar as mãos em
sua terra. É o melhor pedaço de imóvel do norte de Boston. Ele está nervoso. Ele sabe que uma
hospedaria irá prosperar lá, e uma vez que você prosperar, você nunca vai vender.
– Da mesma forma que seus condomínios iriam prosperar. Vivica, eu preciso de hóspedes
pagantes. Se eu não adaptar a casa para que passe na inspeção e pagar a hipoteca de minha mãe,
que ela usou para pagar as contas médicas da vovó, Huntley vai ter a minha terra.
Vivica retirou a mão e sentou-se reta.
– Você percebe, não é, que sua mãe nunca mencionou a doença dela para você ou um
médico para que ela não deixasse para você o tipo de dívida que sua avó deixou?
A garganta de McKenna fechou. As mãos se encontraram novamente. A de Vivica caiu longe
quando ela se endireitou.
– Eu vou fazer o que puder para ajudar, McKenna. Eu prometo. Chame-me a qualquer
momento. Quanto tempo você tem?
– Eu estou supondo que a papelada de encerramento está feita. E a espera padrão é à meia-
noite de 25 de outubro, incluída a carência. Eu aposto que Huntley estará pronto para assinar na
linha pontilhada à meia-noite e um, – McKenna suspirou. – Se tiver um tempo, pode verificar para
mim se o inspetor de edifícios é confiável? Huntley disse que joga pôquer com ele.
Vivica fez uma anotação em sua lista de afazeres.
– Elliott Huntley está querendo reivindicar Salem, acre por acre. Alguém tem que pará-lo.
– Eu sou grata por ter você do meu lado. Tudo o que eu preciso agora é um trabalhador
árduo, com graxa no cotovelo e um faz-tudo da Funciona como Mágica, com reforço na magia.
Vivica suspirou.
– Quando soube que tinha Steve Framingham como seu empreiteiro, eu pensei, 'Tome isso,
Huntley'.
– Eu sei, mas Steve, mal tirou a minha licença e caiu de um telhado.
Vivica sentou-se reta.
– Um pouco de sorte para Huntley, você não diria? Steve está gravemente ferido?
– Só o tempo dirá. Ele odeia a cadeira de rodas, é claro, e muitas vezes ele se sente inútil,
mas ele vai ficar com a minha licença de construção e supervisionar o trabalho, se eu puder
encontrar um aprendiz de mente rápida com músculo.
Vivica se equilibrou sobre as pernas traseiras de sua cadeira e juntou os dedos.
– Um pensador literal, – ela disse, – um aprendiz rápido com músculo.
Sua cadeira estalou para frente e ela deteve o olhar sobre um trabalhador no escritório do
sexo masculino usando fones de ouvido e olhando seu caminho lá na extremidade distante do
escritório. Vivica estreitou os olhos e se virou para o computador dela.
– Deixe-me ver se o homem que eu estou pensando ainda está à procura de trabalho.
McKenna observou o trabalhador de escritório, mas quando seus olhares se encontraram,
ela se virou.
– Dado o fato de que a minha oferta é uma porcaria, – disse ela, – o que há de errado com o
cara que você acha que poderia estar interessado?

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– Nada. Ele é um aprendiz rápido em alguns aspectos, honesto e trabalhador, rápido, forte,
mas o inglês não é sua primeira língua, e ele tende a ser frustrantemente literal. Ele não está aqui
há muito tempo, mas a papelada dele está em ordem.
O coração de McKenna acelerou, provavelmente sem causa.
– Quando posso entrevistá-lo?
– Se ele estiver interessado, eu vou mandá-lo encontrar você nos próximos dias. Se não, eu
vou te informar. Para o seu benefício, ele não é daqui... E a sua percepção do dinheiro é distorcida,
tanto que pode ser capaz de retirá-lo da oferta.
Culpa elevou sua cabeça feia.
– Você não tem a responsabilidade de dizer a ele o quão pouco eu posso me dar ao luxo de
pagar?
– Absolutamente. Vou dizer a ele que não é suficiente para pagar aluguel, comida ou
utilitários, mas você está fornecendo isso tudo.
– Eu gosto do jeito que você pensa.
Vivica levou-a para fora.
– Estou feliz que você é teimosa e determinada, McKenna.
– Obrigada.
Quando voltou para casa, McKenna se viu cantarolando —New World in the Morning, —
uma das canções favoritas de sua mãe. Cheia de esperança ou não, em sua experiência, seu —
novo mundo— raramente chegou pelo caminho esperado.

CAPÍTULO 6

Poucos dias depois, Lizzie estava esperando de pé na varanda da cozinha de McKenna, a


ferramenta de massa corrida, outra vez na mão.
– Eu pensei ter ouvido o seu caminhão entrando na propriedade.
– Obrigada por manter-se com o trabalho pesado enquanto eu fui às compras, embora eu
ache que você já tinha que ter ido para casa a essa hora.
– Estou feliz em ajudar, e, francamente, deixar Steve com a mãe e as crianças o faz sentir-se
útil. Ele acha que está cuidando da mãe, e Nana acha que ela está cuidando dele. Todo mundo
está feliz. Nós conversamos ao telefone algumas vezes. Nessa cadeira de rodas, ele sente a
necessidade de provar a si mesmo, mesmo que seja apenas que ele é um bom pai e filho. – Os
olhos de Lizzie alagaram, mas ela piscou as lágrimas e limpou a garganta com determinação. –
Antes que eu esqueça, Vivica ligou. Ela tem uma perspectiva de faz-tudo para você. Bastian
Dragonelli. Ele estará aqui hoje ou amanhã cedo. Ela disse que sente muito por isso ter levado
tanto tempo.
McKenna resistiu ao impulso de abraçar a amiga. A simpatia só iria provocar o sistema
hidráulico, Lizzie tinha avisado.
– Eu estou em 70 dias e contando.

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– Pare de pensar em trabalho e pense um minuto em 'homem', – disse Lizzie. – Eu estou


esperando que este cara seja bom, útil, bonito, solteiro e pronto para…
– Uma robusta menina de fazenda? Você nunca para com essa mania de casamenteira?
Lizzie, olhe para mim. Eu joguei minha balança através da janela do segundo andar bem antes de
eu chutar meu espelho de corpo inteiro para o celeiro.
Os olhos de Lizzie estavam enrugados com seu sorriso escondido.
– Soa como uma experiência catártica.
McKenna fez pose, com as mãos nos quadris.
– O que você vê, é o que você pega.
– Eu gosto do que vejo. Você é um nocaute de beleza em floridos vestidos velhos hippies da
sua mãe. Feminina e…
– Eu não vou ficar feminina. Estes vestidos têm o apelo de uma tenda. Eles cobrem as falhas.
– E eles fazem você se sentir mais perto de sua mãe.
– Ela me aceitou do jeito que eu sou. Homens, nem tanto. – McKenna ofereceu à Lizzie um
picolé cremoso e tomou um para si mesma.
– O que eu vou fazer com você? – Lizzie repreendeu com o tipo de olhar que muitas vezes
ela dava aos filhos. – McKenna, você tem um corpo de ampulheta e seios exuberantes, do tipo que
os cirurgiões plásticos milionários criam.
McKenna colocou o avental.
– Não, casamenteira! Eu quero um trabalhador bruto que não pense com seu cérebro no
zíper. Não que eu vá tentá-lo de alguma forma.
– Eu mataria para ter cabelos longos, sexys e naturalmente ruivos caindo em ondas pelos
meus ombros como o seu.
– Sim, não se pode argumentar com perfeição... Acima do pescoço.
Lizzie inclinou a cabeça e olhou para baixo.
– Ok, acima dos seios, então. – McKenna verificou seu decote. – Eles são bastante
surpreendentes, não são? Assim como meu cabelo, que eu uso em um rabo de cavalo, de modo
que não faz diferença o comprimento dele, não é?
– Em um homem ou uma mulher? – Lizzie perguntou. – Você nunca se olhou no espelho?
Homens babam por curvas como as suas.
– Você está dando em cima de mim? Porque eu não sou lésb...
Lizzie jogou a espátula para ela.
A palma de McKenna ficou imunda e seu antigo papel de parede com margaridas foi
salpicado.
– Ouça-me, minha boa amiga, – disse ela, limpando a mão em um pano de prato. – Eu sou
uma eremita com atitude. Eu como o que diabos eu quero, e eu gosto desse jeito. Eu não preciso
de ninguém.
– Você precisa de mim.
– Ok, mas eu não preciso de um homem.
Lizzie tocou em seu braço, tão gentil, tão carinhosa, tão... Preparada para interferir.
– Fala logo, Framingham.

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– Querida, você se coloca entre paredes. Não para manter os outros de fora, eu sei, mas
para ver quem se importa o suficiente para colocar as paredes abaixo, não importa quão duro
você o dispense.
– Sério, LizBeth.
– Golpe baixo. Eu odeio meu nome real.
– Eu sei. Com a mesma intensidade que eu gosto de minhas paredes. Pare de me analisar e
vamos trabalhar.
– Estou apenas dizendo...
– Cale-se! – McKenna virou e foi embora.
Lizzie pegou o braço dela.
– Você não acha que devemos consertar o telhado antes de trabalhar nas paredes?
– Lá em cima, na terra dos gotejamentos e baldes, sim. Aqui em baixo, não há problema.
Nesta casa, pintamos, metemos massa corrida e esmalte em tudo o que pudermos, por isso, não
temos que pagar alguém para fazê-lo.
– Apenas uma vez na vida, – disse Lizzie, – Eu gostaria de vê-la parar de ser prática, jogar a
precaução ao vento e perseguir um arco-íris.
– Sem chance. – McKenna saiu-se com um movimento. – Eu me pergunto se Vivica o
mandou?
– Quem é ‘ele’? – Lizzie olhou para cima de seu trabalho.
– Aquele que anda em círculos mudos através das minhas florestas. Ele deve ter uma varinha
mágica para fazer os insetos segui-lo. Deus me salve do tipo de homem que atrai as mulheres
como o flautista mágico da beleza. – Ela realmente não estava atraída pelo cara no escritório de
Vivica, McKenna disse a si mesma. Ela estava... Curiosa.
Lizzie veio para ficar ao lado dela.
– Ele está vindo para cá? Tem certeza de que você pode pagar um faz-tudo?
McKenna deu de ombros.
– Quem Vivica enviar será forte e disposto a trabalhar por um quarto, comida, e cem dólares
por semana.
Os olhos de Lizzie se arregalaram.
– McKenna, você disse que vai deixá-lo viver aqui? Com você? Você, que não confia em
ninguém? Especialmente pedaços de persuasão masculina.
– Tempos de desespero e tudo isso, mas ele vai ficar com o quarto do porão.
– Colocar distância entre vocês, hum? Com um chão e uma parede? O suficiente sobre a sua
covardia. Eu pensei que você estava planejando dormir no porão?
– Vou me mudar para lá quando eu abrir a hospedaria, para manter o número máximo de
bons quartos disponíveis para os hóspedes pagantes.
– Então, depois de abrir, você está pensando em confraternizar com o seu faz-tudo de uma
maneira maior? Diga sim.
– São dias frios em agosto. Depois que o lugar estiver acabado, não vou precisar de um faz-
tudo.
– Eu discordo, mas vou guardar esse argumento. Pelo menos o teto do porão não vaza.
– Também não têm janelas rachadas.

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– Ou qualquer janela. Qualquer um que aceitar sua oferta de emprego, eu odeio apontar
isso, não pode ser muito inteligente.
– Eu quero um trabalhador com força para trabalhar, não cérebro.
– Você esqueceu o poder de permanência também.
– Lizzie, você está prestes a ter os bebês números três e quatro, e você só está casada há
cinco anos. Eu pensei que você queria colocar uma rolha nessa coisa de ‘poder de permanência’.
O brilho de Lizzie desapareceu.
– Isso foi antes de Steve se machucar. – Ela esfregou a barriga crescente. – Estes podem ser
meus últimos. – As lágrimas transbordaram antes que ela pudesse detê-las neste momento.
McKenna cedeu e a abraçou.
– Steve está se recuperando, não é?
– Ele não vai me deixar ir ao médico com ele. E a companhia de seguros está investigando o
acidente como se ele tivesse pulado do maldito teto por divertimento. A não ser que eles liberem
os benefícios, nós vamos perder a nossa casa. Soa familiar?
– Oh, querida. Soa. Você sabe que eu entendo. Se você não estivesse grávida eu ia sugerir
abrir uma garrafa de Manischewitz de cereja, os preferidos da mamãe. Você está pronta para
abater sua frustração em uma parede?
– Você me deixaria fazer isso?
– Bem, eu preciso derrubar uma para ampliar a cozinha.
– O que explica a marreta ao lado da porta. – O alarme do relógio de Lizzie tocou. – Oh, eu
tenho que ir. A mãe do Steve provavelmente teve o bastante dele e das crianças. Eu deveria levar
o vinho.
– Whitney e Wyatt tendem a cansar suas babás.
Lizzie revirou os olhos.
– Nana não parece ligar. Para uma senhora com artrite e 70 anos de idade, ela ainda se
mantém uma menina brincalhona.
Lizzie passou da entrada antes de McKenna ver o bastão de plástico azul perto da porta.
– Lizzie! – Ela chamou, correndo para fora e levantando-o no ar. – Você esqueceu o bastão
do Wyatt! – Mas o velho VW da amiga desapareceu rua abaixo. McKenna entrou e ficou ao pé da
marreta. Então o chão tremeu sob seus pés, o eco de seu mundo caindo reverberou ao redor dela.
Ela pegou a marreta e um bastão, e correu. Ou o lugar estava caindo ao seu redor, a fundação
primeiro, ou Godzilla tinha acabado de entrar em seu porão.

CAPÍTULO 7

McKenna abriu a porta do porão e acidentalmente chutou uma cesta de roupas que estava
no alto da escada, muito preocupada com a fumaça e fuligem que subia pelas escadas, para se
preocupar com a roupa íntima que flutuava para baixo à sua frente.

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No meio do caminho para o fundo, ela parou, atordoada, e a marreta escorregou de sua
mão para trovejar e abrir caminho para o fundo, faltando apenas acertar a cabeça do intruso em
seu salto final.
No meio de seu porão estava o pedaço de mau caminho do escritório de Vivica, o flautista
mágico ajeitando-se. Exceto que Bastian Dragonelli mais parecia um pirata que um faz-tudo – com
um bom toque de beleza envolvida – mesmo com o rabo preso em sua rampa de carvão.
Ombro para trás, mostrando os dentes, ele olhou para as mãos levantadas como se elas
estivessem em chamas. Falando nisso, a parte inferior das escadas de madeira estava
chamuscada, com nenhum fogo à vista, embora o cheiro de fumaça pairasse no ar de carvão
empoeirado. Vivica não enviaria um faz-tudo louco para ela entrevistar, apesar das evidências em
contrário.
Sua rampa de carvão arcaica, agora separada da fundação, manteve-se ligada aos tijolos da
calha durante o passeio selvagem do Sr. Inconveniente. Também em anexo: uma abertura que
definitivamente acabou com a falta de uma vista para o ar livre.
Tão intensa como luta interna do homem parecia à primeira vista, as mãos e os ombros se
viam agora relaxados, assim como todos os músculos delineados. Um meio sorriso inocente
cresceu nos lábios esculpidos.
Difícil contemplar matar um garanhão italiano, ou então ele parecia – exceto pelos olhos,
como violeta ao pôr do sol de verão – especialmente quando ele a queimou com o olhar para o
ponto que ela esperava que o sangue subisse a partir de seus poros.
Apesar da variedade de roupas íntimas espalhadas sobre ele, seu olhar tocou-lhe em um
lugar tão profundo, que ela não sabia que ainda existia, e ela odiava como o inferno que ele era
capaz disso. Quanto mais tempo o estranho excêntrico olhava, mais sérias suas feições esculpidas
em pedra tornaram-se, até que elas tomaram ângulos graves. Não importa a marreta, ele poderia
quebrar a parede e o próprio martelo com aquele olhar.
Ela, no entanto, recusou-se a render-se sob o poder do olhar, embora sua vontade fosse
correr pelas escadas, trancando a porta, e cravando-a fechada apenas para aniquilar a resposta
física escaldante que ela estava tendo. Ela arrancou seu olhar dele e ergueu o queixo.
– Tire meu sutiã da sua cabeça. Você parece um pervertido.
Ele pareceu surpreso ao descobrir o negócio sedutor lá em cima, mas depois que ele
removeu, examinou cada flor, laço vermelho e seus dedos traçaram a forma, como se ele nunca
tivesse visto aquilo antes. Com um punho em um dos lados, ele franziu a testa, como se fazendo
uma equação matemática. Em seguida, ele levantou o sutiã pelas alças, olhou para ela com uma
pergunta em seus olhos, em seguida, deu-lhe um duplo olhar – dos seios para o sutiã, do sutiã
para os seios. Aquele olhar final veio com uma leitura persistente e um aceno de cabeça
acariciando de aprovação, sendo que ambos fizeram os mamilos dela subirem como líderes de
torcida no intervalo, os traidores femininos.
O coração de McKenna acelerou. Suas mãos começaram a suar. Sr. Alto, Sombrio —Faça—
levantou o sutiã, como se para ajustá-lo aos contornos dela. E, clique, ela viu o amanhecer de
compreensão. Ele sorriu. Ela perdeu os joelhos e agarrou o corrimão da escada.
– Que, idiota? Você não podia encontrar a porta, então fez uma entrada nova?
Ele ficou sério.

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– Defina idiota.
McKenna suspirou.
– Me desculpe, eu estou sendo rude, mas você quebrou minha parede – E penetrou minhas
defesas – assim que eu reagi fora de mim.
– Fora onde?
– Com raiva, ah, dane-se. Sua invasão vai me custar.
– Eu não conheço minha própria força, às vezes.
– Eu diria que isso é um eufemismo. Foi bem longe do esperado, não é?
– Mais como um passo impensado.
– Eu imploro o seu perdão?
– Vivica me enviou. Estou aqui para a entrevista.
– Você não está contratado!

CAPÍTULO 8

– Bom, – disse o intruso, avaliando sua situação. – Este lugar é perigoso.


McKenna tentou não deixar o queixo cair quando Bastian Dragonelli, funcionário dia-frio-no-
inferno, usou os músculos em seus ombros de quarterback para empurrar contra a calha de
carvão e puxar seu rabo preso. Depois levantou-se como um guerreiro em uma nuvem de pó de
carvão antigo.
A partir de sua altura impressionante, ele segurou-a com o olhar enquanto ele alongava os
ombros de tirar o fôlego – como Lúcifer, ao avistar a presa e abrir suas asas carbonizadas.
Sombrio. De má reputação. O capitão sem o seu navio pirata, mas mais alto, mais amplo. Mais
perigoso. Delicioso.
O galã em silêncio baixou o queixo para manter a cabeça longe de um encontro íntimo com
um feixe de teto de carvalho cru e deu um passo na direção dela.
– Vivica disse que iria me entrevistar. Ela disse que eu trabalho barato. Você precisa barato.
Eu também sou forte.
McKenna olhou para o buraco em sua casa.
– Eu posso ver isso.
– Então me contrate.
– Você só me deu a impressão de que você não queria o trabalho.
Ele levantou o queixo – e engoliu seu orgulho, ela pensou.
– Eu preciso disso.
Colada ao local, a três degraus do piso, encontrou-se de pé cara a cara com o sonho de sexo
e tentou não dobrar sob o olhar hipnótico. Boa coisa o pânico chamado de autopreservação.
– Eu não te conheço. Você invadiu a minha casa. Não, você quebrou minha casa!
A força física, e o sorriso nos olhos, se não no rosto, a trouxe para seus sentidos. Ela levou
um minuto para observar o paradoxo, dando-lhe audacioso e ganancioso escrutínio como ele lhe

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deu. Percebeu que ele apareceu todo vestido de preto, a cabeleira leonina, uma queda em ondas
e fuligem, humanizando-o.
– Você usou uma batedeira de ovos em seu cabelo esta manhã? – Ela retrucou, irritada
consigo mesma por seu coração estar em excesso de velocidade.
– No meu caminho até aqui, começou a chover, – disse ele, em voz baixa, cascalho-áspero, e
como se fisicamente acariciando com o olhar. Ela se perguntou como ele iria soar sussurrando em
seu ouvido.
– Não toque no fio elétrico na frente de você, então, ou você será um caso perdido, molhado
ou seco. – O idiota enrolou uma mão ao redor da extremidade do fio e levou o choque. Mas com
algum tipo de força interior bizarra, ele não pareceu sentir nada. Pelo contrário, o fio se queimou
acima como uma corrente de pólvora, eletricidade fazendo o caminho de volta do jeito que veio.
Quando o fio desapareceu no painel de disjuntor. Zap! Um flash e as luzes se apagaram.
– Ainda bem que ainda estamos com a luz do dia, – disse ele.
– Você sabe o quanto custa um eletricista? – Mas, com o seu sorriso, ela foi eletrocutada
como a eletricidade através desse fio maldito. – A menos que você seja o alegre gigante burro, eu
vou processar sua bunda gorda, senhor!
Os olhos do idiota se arregalaram.
– Você luta.
– Você me acha engraçada?
– Eu acho que você é de tirar o fôlego.
– Cego e burro.
– O que é burro?
– Você é, amigo, eu não compro bajulação. Não sou fêmea frágil, e eu faço meus próprios
espelhos. – Os pequenos. Para fazer as sobrancelhas.
– Eu gosto de luta em uma mulher.
McKenna recuou, ressentindo-se de seu corpo traidor e os formigamentos quentes que iam
para todos os lugares errados.
– Santo Deus, – disse ela. – Você provavelmente pode andar através da parede da cozinha,
sem necessidade de marreta. Ou você pode olhar para a parede, com força, e ela vai cair aos seus
pés.
Inferno, ele poderia andar através dela, derrubar como uma pena as paredes de anos, e
deixá-la em uma confusão de ruínas. Não podia deixá-lo ficar, sua sanidade avisava. Este homem é
sua própria munição.
– Você não pode...
– Sinto muito sobre sua parede, – ele disse com toda a sinceridade. – Mas eu posso
consertar.
McKenna perdeu seus ossos. Covinhas. Céus, ave Maria.
– Paredes, plural, – ela retrucou. – Ainda tem a fundação, lá. – Ela apontou atrás dele. –
Parede do quarto, acima. – Ela indicou o olhar para a direita. Paredes emocionais. Aqui. Nenhuma
menção necessária.
Mas se ele poderia fazer o trabalho que ela precisava que ele fizesse, ao preço que ela
ofereceu, ela podia ser capaz de ignorar suas idiotices, se não fosse pelas cicatrizes adicionadas

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pela besta com sua miragem de perfeição masculina. Deve ser uma miragem. Afinal de contas: ele
é homem, já o via fugindo.
Ele curvou-se.
– Bastian Dragonelli ao seu serviço.
– McKenna Greylock, – ela disse, sua mão desaparecendo no tamanho da dele, segura,
enquanto um sentido indesejado da paz a encheu. O tempo parou... Para uma paixão alucinada.

CAPÍTULO 9

Apesar das emoções em conflito e cabeça girando, o sorriso astuto de Bastian Dragonelli
quase a derrubou sobre o traseiro no chão como aquele fio carregado deveria tê-lo derrubado.
Será que ele sentiu a reação dela? Que reação? Ela nunca caiu por um rosto bonito, notável
ou não.
Ok, a rejeição já se apresentou diversas vezes em sua vida. Seu avô caloteiro desaparecera
do mapa. O pai morreu jovem. Não por sua culpa, precisamente. E os poucos caras que ela gostou,
bem, eles a queriam magra. Então ela abaixou a guarda para um cara honesto —de beisebol e
torta de maçã— – Huntley – e tudo o que ele queria era a terra dela.
Não, ela não era uma mulher que joga —o jogo. —Não mais. Demonstrar vulnerabilidade e
emoção seria como agarrar a extremidade quente do fio elétrico. Os guinchos e roncos de leitões
perto do buraco em sua fundação injetaram uma dose de realidade em uma irrealidade bizarra, o
que lhe permitiu relaxar e respirar novamente.
– Hey, – Dragonelli disse, voltando-se para os leitões. – Lanches! Eu estou com fome.
Antes que ela pudesse dizer-lhe que ele não tinha o direito de estar com fome em sua casa,
a menos que ela o contratasse – se ela o contratasse – uma coruja voou através do buraco e
pousou sobre o ombro dele.
– Isso é seu? – Ela perguntou.
Dragonelli olhou a coruja pequena, negra, marrom e branca.
– Não. Não é sua?
McKenna sacudiu a cabeça. Ela podia não ter herdado a magia da família, mas ela tinha uma
relação saudável com animais totens7. Corujas eram associadas à sabedoria. Então, se a pequena
escolheu Dragonelli, isso significava que ela deveria? Claro, corujas também eram associadas à
sedução e fertilidade, o que não estava em causa aqui.
– Eu não sei o que dizer. Elas normalmente não chegam perto de pessoas.
– Eu não sou... Pessoa, – disse o intruso, acariciando a coruja, que emitia um som que
parecia dizer —pio, pio, pio.
– Criaturas aladas, – disse ele, – elas gostam de mim, zombando ou me abençoando. Na
Roma Antiga, pensava-se que colocar uma pena de coruja durante o sono de uma pessoa é

7 Animais totens são aqueles relacionados à magia, espiritualidade, como as corujas e os gatos pretos.

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aprender os seus segredos. Como um pássaro noturno, ela simboliza a escuridão dentro de nós, o
lugar onde esconder nossos segredos.
– Você esteve falando com Lizzie?
– Vivica. Eu falei com Vivica. Então, obtive o emprego como faz-tudo? – Perguntou.
McKenna invejava a coruja que era acariciada. Olhe para ela, babando sobre um homem que
lhe custou uma fortuna.
– Eu já disse que você não está contratado.
– Você não sabe o que posso fazer.
Ela bateu a poeira de carvão de suas roupas.
– Eu acho que você é um pouco desajeitado para trabalhar com as ferramentas.
– Como as que você jogou em mim?
– Eu não joguei. Deixei cair.
– Defina desajeitado.
Espertinho.
– Você quebrou minha fundação!
– Você quase quebrou minha cabeça.
– Eu poderia processar você, – ela retrucou.
O encolher de ombros de Bastian eriçou as penas da coruja.
– O que você faz aqui? – Ele perguntou, – que precisa de um faz-tudo?
– Eu estou transformando a casa em uma hospedaria. Você sabe, uma ‘B&B, bed and
breakfast’?
– Café da manhã é uma refeição, – traduziu ele, fazendo uma equação tão difícil como a
identidade do sutiã. – E uma abelha8 é um inseto. – Os malditos olhos violeta se arregalaram. –
Então você come abelhas, aqui? Na cama?
Inglês, não era sua primeira língua. Ele levava as coisas literalmente.
– Diga-me por que eu deveria contratar um homem que fez um buraco na minha casa?
– Eu li dois livros sobre como consertar um telhado.
– No entanto, você não poderia encontrar um telhado ou uma porta de entrada, se a sua
vida dependesse disso. Você não esteve perdido pela floresta por meia hora?
– Eu admito, eu não tenho senso de direção. Vivica diz que eu entendo melhor direção em
linha reta. Meus pés, eles se perder nas estradas que vão para o lado quando eu preciso ir em
linha reta.
– Por que não perguntou a uma de suas fãs como chegar até aqui?
– Fãs?
– As mulheres que seguem você.
– Essas coisas magras? Irritante, criaturas famintas. Eu as afugento. Contrate-me e salve-me
delas.
– Fazer charme vai fazer você ser jogado para fora sobre o seu traseiro, estou avisando.
– Defina charme

8 A sonoridade de B&B, que aqui no Brasil corresponde a uma hospedaria (mais simples que um hotel), fez Bastian confundir com
‘bee’, que significa abelha.

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Works Like Magic 01

CAPÍTULO 10

Bastian seguiu McKenna Greylock escada acima, observando o balanço dos quadris
enquanto tentava conter as mãos ansiosas de agarrar o atraente traseiro.
Estar perto dela, inalar o perfume de mulher, ele se lembrou de algo que esquecera como
dragão, uma verdade que veio correndo de volta para ele desde a primeira vez que rompeu o véu.
Como homem, ele amava as mulheres. A forma delas, seus gostos e aromas, a sensação dos
corpos embaixo dele, acima dele, em volta dele. Nenhuma mulher, desde a sua chegada à terra,
tinha mexido tanto com esse conhecimento enterrado ou provocado essa forte resposta física
nele.
Ele amou mulheres séculos antes. Ele as amava ainda. McKenna Greylock o fez lembrar-se
de pedaços de sua vida como homem. Ela fez com que ele quisesse. Ela o fez a querer.
Ansiava pressionar o rosto no cabelo dela, sentir sua textura sob as mãos. Como tantas
outras partes dela, ele queria tocar.
No meio da escada, a coruja bateu as asas, deixou cair uma pena e voou para fora da
maneira que viera, piando todo o caminho. Bastian embolsou a pena e voltou sua atenção para
McKenna. Ela cheirava a flores e donuts. Um deles, um cheiro feliz da casa na ilha, e o outro, um
novo perfume doce que ele veio a apreciar aqui.
Enquanto ele observava cada curva do corpo extraordinário, a forma dela o fez querer
provar tudo. Em um aceno dele, Jock testou o ar em torno dela com a fumaça amarela.
Ela passou, louvado seja, assim que seu dragão guardião soprou uma nuvem de fumaça
vermelha comemorativa. Um grito de alegria encheu os pulmões de Bastian, mas ele se recusou a
liberá-lo. Ele via McKenna como uma fortaleza que deveria romper, o que ele deveria manter para
si mesmo. Romper aquela barreira, tomá-la pra si e fazê-la feliz é o que ele faria.
Um empreendimento agradável, esta necessidade de tomá-la, porém embaraçoso.
Killian definitivamente não conseguira destroná-lo. Ela podia tê-lo alterado, mas ela não
quebrou o membro duro tentando apontar o caminho em direção a McKenna abaixo de seu
confinamento firme de brim.
Dewcup, a perturbação em forma de fada, o distraiu – o que podia ser bom, dado o tamanho
embaraçoso de seu membro de homem.
A fada fungou e cheirou o caminho em cada pequena coisa na casa de McKenna. Ainda bem
que sua empregadora não podia ver a fada indelicada ficar presa de nariz para baixo em um copo
de bebida, depois de sorver os sedimentos do fundo.
Bastian pegou o copo, segurou-o atrás dele, virou de cabeça para baixo, e sacudiu-o para
liberar a fada enquanto ele fingia admirar a sala de cozinhar. Não, a cozinha. McKenna falou com
alguém em algo como um telefone, apesar do grande pedaço de língua pendurado em uma
parede, em vez de ser mantido em seu bolso ou no ouvido como um fone.

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Works Like Magic 01

Bastian admirava cada movimento. Ela tinha o cabelo da cor da lua de fogo, vermelho, e um
corpo com uma forma que chamava seus lábios e dedos, formigando com uma necessidade de
tocar. Ao seguir atrás dela essas formas o fizeram tremer com todos os tipos de desejos.
Em torno dela, seu membro de homem defeituoso funcionava muito bem. Uh, talvez muito
bem. Ele segurava o copo na frente dele. Vazio.
Ele virou-se, encontrou a fada tonta no chão, e empurrou-a para um jarro de vidro de
pescoço apertado. Iria mantê-la ocupada tentando escapar e fora de seu cabelo por um tempo. Ela
disse que o cabelo dele era a cama mais suave. Ele odiava mais que tudo ter Dewcup em seu
cabelo.
Dewcup gritou por ser presa.
– Que o seu membro cresça tanto que você tropece nele e quebre sua cabeça!
A fada, ele poderia ignorar. De McKenna Greylock, ele não conseguia tirar os olhos. Seu
comportamento defensivo o preocupava um pouco, como se ela fosse um exército de um homem
só, que recusava a derrota. Que deve ter a ver com a sua missão. E que encontrara sua
companheira de coração, ele acreditava que tinha, mas não viu nenhum sinal de um dragão
coroado.
McKenna baixou o telefone em seu poleiro e se virou para ele.
– Ok, Steve está disposto a ensiná-lo a corrigir a fundação, o que significa que eu vou
começar a remover a calha de carvão da minha lista de afazeres. Ele também vai dizer-lhe como
reparar a fiação, consertar o encanamento, substituir o telhado, e assim por diante. Se eu
contratá-lo, você vai ter que dormir aqui por um tempo, porque o quarto do andar de baixo era
suposto que pertencesse ao faz-tudo. E sempre, e eu digo sempre, lembre-se: eu dou as ordens ou
vou mandá-lo para a floresta de Salem.
Ela corajosamente empurrou um dedo contra seu peito, e Bastian lembrou um dia quando
mordeu um dragão por tal desrespeito.
– Você, – ela disse, cutucando-o enquanto falava a palavra. – Você é o serviçal. Nada mais.
Não há opiniões. Não assume a liderança. É mestre de nada nem ninguém, especialmente não de
mim. Entendeu, Buster9?
– Bastian, – disse ele. – Meu nome é Bastian.
Ela deve ser sua companheira de coração. Seu espírito e luta chamava-o tão fortemente
quanto seu coração. Tão fortemente como o corpo, embora ele ainda não conhecesse sua busca.
Ela olhou para ele com as sobrancelhas levantadas, e ele se viu ficando mudo novamente
com a beleza dela.
– Seus olhos são violeta, – disse ela.
– Eles são olhos do dragão-elli. Dragonelli. Todos os meus irmãos têm olhos desta cor.
– Está nos genes, então?
– Não, isso é o meu membro de homem no meu jeans10. Lamento se a distraiu. Está um
pouco fora de controle hoje.

9 Buster é normalmente um nome de cachorro nos Estados Unidos.


10 Como Bastian ainda está aprendendo o inglês desse tempo, confundiu genes com jeans, pela sonoridade em inglês.

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CAPÍTULO 11

Infelizmente, McKenna olhou naquele ponto na calça, no qual o membro dele se


pronunciava, mais ardentemente agora, dada a admiração dela.
Quando ela subiu à cabeça, as bochechas estavam manchadas de rosa como o céu da ilha.
– Não calça jeans, – disse ela. – Genes.
Ela soletrou a palavra, colocou a mão em seu quadril e levantou o queixo, como se para não
ceder à curiosidade e dar outra olhada.
– É aquela coisa literal, mais uma vez, não é? – Ela perguntou. – Parabéns pela grande
bazuca. Acho que você vive grande, não é?
– Bazuca?
Ela limpou a garganta.
– Pare de me distrair. Volte para o porão e aguarde enquanto eu consigo uma lona. Temos
de cobrir o buraco na fundação.
Bastian tentava definir lona enquanto ele voltava lá para baixo. Ele esperava que McKenna
tivesse um computador para olhar as coisas, conforme necessário. Depois de vê-la em Funciona
Como Mágica, ele tomou tantas lições quantas eram possíveis até que abandonou a adaptação de
Vivica para assumir este trabalho. Vivica chamava essa série de estudos de —lições enlatadas—
porque ela havia concebido para si mesma, utilizando todas as formas de tecnologia. Elas foram
brilhantes, ele tinha certeza, mas McKenna, ela era... Magia.
Enquanto esperava ela trazer a lona, ele descobriu o quebra-cabeça da parede e começou a
substituir cada bloco vermelho duro, e cada pedaço desajeitado que se encaixam entre, para
fechar o buraco que ele fez quando ele deixou sua marca.
Ele encaixou as peças em conjunto, como podia, incluindo a calha em anexo, que ele achava
que podia ser para os cavalos beberem, se não fosse dentro da casa.
Ele deu de ombros quando terminou. É verdade que a parede não podia suportar uma
queda através do véu, mas iria manter os animais lanches fora.
Quando McKenna se juntou a ele, ela carregava algo plano e azul debaixo do braço e dois
pequenos objetos estranhos em sua mão.
– Aqui, – disse ela. – Você disse que estava com fome. Tome um picolé antes de
começarmos. Oh, você já começou. Grande. Um pouco de argamassa e nós temos uma correção
temporária. Eu acho que você está contratado. Não, espere. Você está contratado por um período
de experiência. Duas semanas. Se eu gostar do que faz, vamos torná-lo permanente.
– Ok, – ele disse, como Vivica o instruiu a dizer quando ele não tinha ideia do que estavam
explicando a ele, como aconteceu muitas vezes enquanto Vivia o ensinava.
Ele aceitou o picolé e deu uma mordida. Ele estourou frio na boca com um sabor que
lembrava flores. O longo centro, fino, também era saboroso, lembrou-o de seus dias de forragem
na ilha quando a carne estava em falta.
– Uh, você comeu o palito, – disse McKenna.
– OK.

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Ela lhe deu um olhar de soslaio e ofereceu-lhe seu próprio centro mastigável.
– Você não quer isso? – Ele perguntou.
– Não, vá em frente.
Ele aceitou, comeu, e lambeu os lábios.
– Eu gosto mais desta parte.
– De que planeta você veio?
– Ah, planetas e sistemas solares. Estudei isso.
– Assim como todos nós. Você realmente leva a coisa de comer fibras a sério, não é?
– OK. – Ele admirava o brilho nos olhos dela.
Durante sua adaptação em Funciona como Mágica, ele procurou pela companheira de
coração que Andra explicou para ele. Ele procurou em mulheres que lixavam as unhas e cuidaram
do cabelo dele – embora ele não fosse deixar cortá-lo com aquelas espadas de dois gumes.
Quando ele e Vivica foram a restaurantes para ter aulas de comer – não era seu esporte favorito
fazer malabarismo com facas e outras armas com dentes não aptas para matar duendes – ele
procurou por sua companheira de coração nas mulheres nas ruas e nos restaurantes, também.
No caminho deles para Boston, em um carro tubo em uma caverna subterrânea longa, que
Vivica chamou metrô, um lugar de movimento rápido com o odor de corpo e os seres humanos
adoentados, ele cometeu o erro de perguntar a uma mulher se ela tinha um coração. Seu rosto
ainda picava lembrando-se da bofetada.
Enquanto estava a se adaptar para a sociedade em Funciona como Mágica, ele examinou
cada mulher que veio à procura de um emprego ou para encontrar um empregado. Mas todas elas
pareciam comuns e pouco interessantes... Até o dia que McKenna visitou a agência.
Vivica enviara uma nota de computador em cima de sua lição.
– Vejo que você observa. Você pode trabalhar para esta mulher?
Ele respondeu:
– Eu posso fazer qualquer coisa para a mulher certa, e aquela falando com você é a primeira
que me desperta.
Ele queria vir de imediato, mas levou vários dias de aulas, a pedido de Vivica, antes de ele
partir para encontrar McKenna. Ele veio com Jock brincando sobre sua cabeça e Dewcup, a
indesejada, amaldiçoando-o por todo o caminho.
Se as maldições de Dewcup se tornassem realidade, ele devia ter três pênis de homem a
essa altura.
Enquanto ele se aproximava da casa de McKenna, os espíritos que testemunharam a sua
chegada, e outros mais, mostraram-se um pouco mais severos em suas advertências, enquanto
outros batiam as mãos juntas ou aplaudiam.
Ele não entendia nada disso.
Avisos à parte, dado o coração puro e bonito de McKenna, ele seria tão cuidadoso com ela
como os espíritos que a protegiam.
De McKenna Greylock, ele ainda não sabia o que queria, ele ainda não podia nomear. Algo
maior e mais largo que seu ser dragão – que era enorme –, uma ligação indefinida tão notável
quanto a sua queda através dos planos, mas maior, mais profundo e conectado à região do peito.

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Bastian temia esta necessidade com um tipo diferente de medo do que sentia pelo bem-
estar de Andra e seus irmãos.
Ao encontrar McKenna, ele temia que ele tivesse encontrado outra pessoa com a qual não
se atrevia a falhar. Perdê-la implicava uma consequência pior que a morte.

CAPÍTULO 12

Bastian estudou as ações de McKenna, viu como ela fixou o cobertor azul forte que ela
chamou de —lona— sobre a fundação reparada como um quebra-cabeça, usando os objetos que
ela chamava de —martelo, pregos e fita de pato11. —Quando suas ações fizeram sentido, ele
trabalhou com ela.
Quando não o fazia, ele ficava para trás, olhava e aprendia.
– Como patos fazem essa fita? – Ele perguntou, puxando um pouco do rolo. – Ou é feito para
o uso deles? Patos são amarelos e fazem quack, não é?
– Literal, – disse ela com um suspiro. – Pergunte-me quando eu não quero coroar12 você.
– Eu já fui coroado, obrigado. – Com três chifres.
Ela levantou as sobrancelhas.
– Claro que já.
Ele não gostou do tom dela.
Depois que eles terminaram, ele admirava o seu muro de lona.
– Não deveríamos prender outra lona no lado oposto, ao ar livre, para manter os blocos no
lugar? O vento está brincando hoje.
– Brincando13?
O som de zombaria cadenciada de McKenna surpreendeu-o.
Ele deveria estar indignado, um guerreiro alfa ridicularizado por uma fêmea com cabelo de
fogo e flores em seu vestido.
– Do que você chama o que você está vestindo? – Ele perguntou. Ele não esteve na Funciona
como Mágica tempo suficiente para estudar a roupa das mulheres, até porque não tinha interesse
em aprender, exceto, talvez, sobre as roupas de McKenna.
Ela olhou para si mesma.
– É um vestido de flor-criança, cintura alta e bainha no chão. Foi da minha mãe. Por quê?
– Você fica bem assim.
Ela fez um barulho parecido com o de uma abetarda mergulhando e balançou a cabeça
enquanto subia as escadas, e ele a seguiu.
– Seja honesto, – disse ela. – Você esteve na prisão, não esteve, por quase oito anos? Você
foi o bode expiatório. Não culpado, mas você tomou a culpa porque você tem um grande coração.

11 Fita adesiva, mas em inglês é duck tape. Portanto, fita de pato.


12 Coroar, no sentido que McKenna diz, seria algo como dar cascudos, deixar um galo na cabeça dele com uma pancada.
13 Bastian usou a palavra em inglês “frolic”, que pode servir para designar um movimento de jogar para um lado e para o outro,

mas não é usada hoje em dia na língua americana, e pode ser traduzida como brincar, jogar.

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Grande e cada vez maior. E não só o seu coração.


– OK.
– Quando você diz que tudo bem, eu sinto como se você estivesse sendo paternalista, como
se você fosse mais esperto do que você deixa parecer.
– Defina paternalista.
– Tudo bem, então você é um homem misterioso, um enigma, e você gosta desse jeito.
– Defina enigma.
Perto do topo da escada, ela se voltou para ele.
– Você é uma dor.
– A dor eu entendo. Peço desculpas.
Ela recusou seu pedido de desculpas.
– Lá fora, eu vou te ajudar um pouco, e depois de garantir a fundação, eu vou lhe mostrar a
propriedade. Eu pretendia deixar a cama no andar térreo, coberto de destroços e poeira, para o
meu faz-tudo, mas até que tenhamos consertado essa bagunça, eu vou te encontrar um quarto no
andar de cima.
Quando chegaram ao topo, ela mordeu o lábio, e Bastian poderia jurar que sentiu quando
ela o fez, porque o lábio inferior se feriu no mesmo lugar. Incomum. Ele persuadiu com o dedo o
lábio inferior dela que estava entre os dentes, e olhando com os olhos arregalados e surpresos, ela
o deixou.
Seu próprio lábio parou de doer.
– Eu odeio ver você se machucar, – disse ele, intrigado. – Eu pensei que você ia tirar sangue.
Ela voltou para a beirada da porta aberta que dava para o porão e ele pegou-a pelos ombros
para ela não cair pelas escadas. Seus batimentos cardíacos ficaram rápidos e seu membro de
homem feliz por um minuto antes de ela se puxar para o lado e alisar o vestido.
– Obrigada.
– De nada.
À medida que chegavam a um corredor, um lanche miando saltou para eles, um redondo,
quase tão corado como suas escamas de dragão haviam sido.
Dewcup começou a montá-lo, embora Bastian não achasse que esse lanche foi concebido
para ser montado. Ele lembrava uma versão menor e mais redonda da Isis de Vivica, com
redemoinhos na pele, em vez de pontos.
McKenna carregou o lanche tolo para perto de seu coração.
– Não importa quantas vezes ela me ataque assim, ainda me faz rir.
Boa coisa que McKenna não podia ver a fada nas costas de seu petisco.
– Eu gosto de sua cor, – disse ele, sem nunca ter visto nada parecido com isso.
– Ela é uma gata malhada da cavala vermelha. Eu tentei chamá-la depois de algum tom de
vermelho, mas ela é mais de uma terracota escura. Então, quando ela inclinou a cabeça e olhou
para mim, eu nomeei-a. – Ela segurou o lanche e olhou-o nos olhos. – O nome Jaunty14 surgiu na
minha cabeça, e ele se encaixou muito bem, não foi, querida?
O lanche-avermelhado-colorido pulou para os braços de Bastian, então ele o segurou
enquanto McKenna ficou acariciando.
14 Jaunty significa alegre, confiante, extrovertida.

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Na troca, acidentalmente, Dewcup caiu de suas costas. Bastian já não podia ver a fada, mas
ele podia ouvir seus insultos por toda a sala. Enquanto isso, ele gostava de ter McKenna tão perto
de seu braço, ela acariciou algumas vezes o seu peito enquanto arranhava o animal de estimação
atrás de uma orelha.
– Por que o seu lanche usa um chapéu? O de Vivica não carrega.
– Este é um gato, não um lanche, – disse McKenna. – Ela está jogando guerrilha durante dias.
Acho que seu capacete de caixa de tecido é uma graça.
– Um capacete? Ela é louca, seu lanche-gato?
– Você não pode culpar um gatinho por se apegar com sua cama. – McKenna disse: – depois
que ela foi deixada na porta em uma caixa de tecido na idade madura de um nanico recém-
nascido.
McKenna olhou para ele, esperando pelo seu entendimento, então ele acenou com a
cabeça, pensando que ele poderia se perder no verde de seus olhos tão profundos como o mar.
– Eu não entendo, – disse Bastian. – Por que ela para de usá-las como cama e começa a usá-
las como chapéus?
– Ela ia ficando muito grande, e ia arrebentando cada caixa conforme crescia, ela ia tentando
se empurrar e encaixar de qualquer jeito nelas conforme ficavam mais apertadas, até o ponto em
que se arrebentavam. Um dia, empurrando, ela acidentalmente teve a cabeça presa em uma.
Quando isso aconteceu, ela parou de chorar, e foi embora feliz. Agora ela é uma gata-guerreira de
capacete que me ataca em cada turno.
McKenna acariciou sua Jaunty.
– Ela adora as caixas, as que parecem o tipo que ela chegou são as melhores. Ela acha que a
mamãe dela está nos tecidos.
Bastian assentiu.
– A figura da mãe. – Mães. Ele aprendeu sobre aquilo nas aulas. – Devo ter tido uma mãe em
algum momento.
McKenna empalideceu.
– Eu perdi a minha há algumas semanas.
– Então, devemos encontrá-la.

CAPÍTULO 13

– Você está levando as coisas literalmente, – disse McKenna, os olhos brilhantes.


Incapaz de pensar além de fazer McKenna sorrir novamente, Bastian ficou quase aliviado
quando Dewcup remontou Jaunty, e o gato que usava chapéu de McKenna pulou dos braços,
bateu no chão, e correu até um amplo conjunto de escadas miando, com Dewcup gritando em
delírio.
– Vou mostrar o seu quarto, – disse McKenna. – Não espere muito. Esta é uma antiga casa
vitoriana. Minha mãe chamava de ‘a casa que Jack construiu’, embora Angus fosse o antepassado

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que a construiu, alguns séculos atrás. Minhas bisavós, do lado da minha mãe, o lado McKenna,
fizeram uma grande remodelação e a transformaram em estilo vitoriano, que vai parecer bem
acolhedor e convidativo no meu site. Há praticamente uma varanda fora de cada quarto, o que é
perfeito para uma B&B.
– Eu gosto da sua casa. É uma casa bonita e maravilhosa como eu só vi no computador de
Vivica.
– Uma casa, sim, – disse McKenna, – mas maravilhosa? Acho que não. Por um lado, eu quase
não tenho tempo para limpar. Por outro, eu estou fazendo uma bagunça terrível tentando
consertá-la, e enquanto eu tento, está tudo caindo em torno de mim, que é onde você entra nessa
história. Você vai me ajudar a transformá-la em uma hospedaria. Este é um dos meus quartos
favoritos, – disse ela, parando. – A biblioteca.
– Um grande quarto. – Bastian foi para as prateleiras que revestiam as paredes, amando os
aromas e texturas. Ele antecipou que aprenderia com eles, livros sendo o seu objeto da terra
favorito, até agora, e leitura, a sua melhor habilidade nova. Ele escolheu um livro. —Guia para
Meninas sobre Encanamento, — ele leu, e olhou para McKenna para uma explicação.
– Esses são os meus livros sobre como fazer reparação de casas. – Ela encolheu os ombros. –
Enquanto eu normalmente evitaria material que assume a falta de conhecimento de uma fêmea,
detesto admitir, mas eu não entendo o jargão da construção. Assim, comprei os ‘Guias para
Garotas’ sobre trabalhos de reparação de casas. Nunca conte isso para o Steve.
– O homem que vai me ajudar a aprender? Eu não vou contar. Esta coisa de encanamento é
algo que eu deveria saber, então?
– Absolutamente.
Bastian folheou lentamente através do livro, absorvendo inteiramente seu conhecimento na
velocidade de dragão.
– Imagine que eu não sei nada sobre o conserto de uma casa, – disse ele, – e escolha todos
os livros que você acha que eu deveria ler, por favor. Empilhe-os aqui para eu ler mais tarde.
– Primeiro, eu dou as ordens. Em segundo lugar, você sabe o quanto ou quão pouco eu
estou pagando você, certo?
– Sim, mas você esqueceu-se de perguntar se eu sei alguma coisa sobre o que você me
contratou para fazer.
– Oh.
Ele sentiu o desapontamento dela.
– Vou fazer o trabalho. Eu aprendo rápido. Vivica diz que eu sou um aprendiz rápido. E eu
tomo as minhas responsabilidades a sério. Eu sei o que fazer quando é necessário. Mostre-me o
resto da sua casa.
– Mais uma vez, eu dou as ordens, embora eu goste do jeito que você fala sobre a casa. Você
me faz sentir bem sobre o lugar, como se eu pudesse fazer isso. Eu não fui orgulhosa dela durante
anos. Você está certo, embora – é mais do que um projeto impossível, é a minha casa – a casa da
minha família, e eu quase esqueci…
Bastian seguiu para uma sala onde os espíritos de duas fêmeas estavam ao lado de uma
cama. Ambas usavam vestidos semelhantes a McKenna, o da mulher mais velha era mais escuro,
com mangas compridas e gola alta, em contraste com o vestido de mangas curtas e brilhante da

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mulher mais jovem. Ele reconheceu os espíritos de entre os homens e as mulheres falecidas que
reconheceram sua chegada à Terra, e novamente hoje.
– Esta sala tem um sentimento de amor que perdura, – disse ele com um aceno de
reconhecimento pela presença das duas.
Elas agradeceram a ele telepaticamente e se apresentaram como a mãe e a avó de
McKenna.
Bastian percebeu então que McKenna perdeu a mãe para a morte, e ele se sentiu mal por
não entender. Ele gostaria de poder se comunicar melhor em Inglês, bem como ele podia pensar
como dragão ou se comunicar telepaticamente.
Pediu a elas para ajudá-lo a conhecer McKenna melhor.
– Este era o quarto da minha avó, depois da minha mãe, – disse McKenna, sem saber da
presença das antepassadas quando tocou itens aleatórios com reverência. – Esta na foto é a vovó,
e esta é a minha mãe.
Os espíritos irradiavam tanto amor por McKenna, como ela fazia por elas.
Bastian olhou atentamente para um conjunto de estátuas pequenas alinhadas em uma
prateleira.
– Dragões?
– As mulheres McKenna têm herdado e os guardado durante anos. Alguns são tão antigos
quanto a linhagem da família. Eu acredito que Ciarra esculpiu por si mesma.
– Ciarra tinha a Visão, – a mais velha dos dois espíritos disse a ele, sem o conhecimento de
McKenna. – Ciarra sabia que você viria.
O coração de Bastian acelerou.
– Então eu não pertenço a McKenna? Ou, ela a mim?
– Eu disse que sabia que você viria. – O espírito mais velho piscou. – Ela é teimosa, forte, é a
nossa McKenna.

CAPÍTULO 14

– O que você acha dos dragões, Senhorita McKenna?


– Eu sou ou senhorita Greylock ou McKenna. Você pode me chamar de McKenna, desde que
se lembre de qual de nós é o chefe.
– Você é o chefe. Você dá as ordens. Eu sou o serviçal. Eu me lembro. – Embora ele fosse o
alfa destinado a domá-la. – Então o que você acha de dragões?
– Eu os acho fascinantes. Sempre achei. Eles são criaturas que você deseja que tenham
existido. Eles são... Eu não sei... Mágicos. Eu cresci amando-os. Você sabe como fazer um
ensopado de dragão?
– O quê!
– Mantenha-o à espera! Hah! Desculpe, eu não sei por que pensei isso, – disse ela. – É uma
piada. O filho do meu amigo me disse outro dia. Seu nome é Wyatt. Ele tem cinco anos.

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Bastian pensou que ele provavelmente devia sorrir, e tentou, até que McKenna virou-se para
a coleção.
– Este dragão vermelho escuro é o mais antigo. Vovó esfregou sua barriga a cada noite para
dar sorte. E eu tenho que ser honesta, com o tempo a esgotar-se para começar minha hospedaria,
tenho vindo aqui todas as noites para eu mesma esfregar a barriga dele.
O membro de homem de Bastian engrossou. A figura de madeira da sorte poderia ser uma
escultura de si mesmo como um dragão. Ele só queria saber o que seria necessário para McKenna
esfregar a barriga dele, ao invés da escultura.
A mãe e a avó de McKenna o repreenderam pelo pensamento.
– Leve o seu tempo com ela, – disse a avó de McKenna.
– Sim, seja gentil, – a mãe dela acrescentou. – McKenna foi ferida por homens e ela é arisca.
Ela precisa ser aceita como ela é, falhas e tudo o mais.
– Bem, quem não, – disse a elas. – Eu também preciso ser aceito nesse sentido.
A anciã assentiu.
– Ela precisa de você para ser seu amigo em primeiro lugar.
– Como empregado da minha filha, tornar-se seu amigo vai ser difícil. Tente fazê-la relaxar
de vez em quando.
– Mas não tente muito intensamente. Minha neta vai plantar em seus calcanhares e
trabalhar muito mais forte contra você se você tentar conduzi-la. Leve-a a um piquenique.
– Mas faça ela pensar que é ideia dela. Ela se derrete por uma palavra amável, mas ela pode
cheirar um falso elogio do outro lado do vale. Minha filha não é tola.
A avó suspirou.
– E ela gosta de rir. Faça McKenna rir, e muitas vezes. É um belo som.
Bastian enfiou as mãos nos bolsos e fingiu estar olhando através da coleção de dragões.
– Supondo que eu fique mais de duas semanas, – ele disse às mulheres: – Eu vou tentar fazê-
la rir.
A mãe de McKenna sacudiu a cabeça.
– Não seja tolo sobre isso. Kenna não consegue suportar bobagens. Ria com ela.
– Não para ela. – Vó sacudiu um dedo em seu caminho. – Ela é sensível sobre seu peso.
– Assim como eu me sinto como um boi desajeitado, especialmente ao lado McKenna. Eu
comecei como um pequeno Romano, depois me tornei um enorme dragão, e agora eu sou um
homem grande. Na verdade, nenhuma das minhas peles pareceu ter o ajuste certo. Tenho estado
desconfortável em todas elas.
A mãe sorriu.
– McKenna precisa de um homem disposto a ajudar a arcar com os encargos, alguém tão
tenaz como ela e forte o suficiente para romper a barreira em torno de seu coração.
– Bastian, – disse McKenna. – Você está me ouvindo?
– Claro. – Ele deu a McKenna sua atenção, continuando a falar telepaticamente com as
ancestrais do sexo feminino. – Como você pode ver, ela pode ser teimosa e mandona.
A mãe de McKenna cruzou os braços.
– Eu espero que você saiba ceder em um desacordo, porque McKenna não vai.

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Works Like Magic 01

– Não a menospreze, – afirmou a avó de McKenna. – Ela está preparada para ir sozinha
contra o seu mais perigoso inimigo. Mas não deixe que ela faça isso. Ela precisa de você.
– Mas ela nunca vai admitir isso, vai?
Os espíritos sorriram com aprovação.
Maravilhoso. McKenna vinha com antepassados que leem seus anseios mais profundos e
não concordavam uns com os outros sobre como ele devia tratar a descendente delas. Ele não
tinha a menor chance.
– Oh, mas você tem todas as chances. A minha filha não sabe ainda, mas eu acredito que ela
está significando algo para você.
– Nós estamos saindo, – disse a avó. – Você precisa ser forte, ela é dura com os homens e, se
ela não matá-lo antes de você pegar o seu interesse, você vai precisar de um pouco de
privacidade...
A mãe de McKenna limpou a garganta.
– Não se engane. Se sentirmos que é preciso, voltamos sem nos importar em dar qualquer
privacidade. Se você achou os nossos conselhos confusos, apenas trate McKenna como se fosse
um dragão ferido, com nenhuma razão para confiar nos outros.
– Isso, eu posso fazer.
– Estaremos de olho, – avisou a avó.
– Grite, se você precisar de nós, – a mãe acrescentou.
Bastian sacudiu a cabeça enquanto os espíritos desapareciam e seguiu McKenna até um
banheiro anexo ao quarto.
– Ok, – ela disse, – vamos deixar uma coisa bem clara. Eu não estou no mercado para um
homem. Eu preciso de um empregado trabalhador. Isso é tudo, – disse. – Do outro lado deste
banheiro é meu quarto atual, que logo será seu. Vou me mudar para o quarto que era da mamãe e
da vovó, aqui, mas eu estou fechando a porta entre o quarto e o banheiro. Para você o banheiro
será o que fica fora. Este banheiro é meu e só meu. Entendeu?
Bastian saudou, sua cabeça ainda girando daquela overdose de sabedoria dos espíritos.
– Vou me mudar para o meu novo quarto mais tarde esta noite, – disse McKenna. – Você vai
ficar com o quarto adjacente ao meu banheiro porque esses são os únicos dois quartos com
camas, exceto o quarto no porão, que você destruiu.
– Sem querer.
– Acidente estranho, se você me perguntar.
Ele não disse nada. Nem mesmo um —ok— parecia se encaixar.
– Quer ver o resto da casa agora ou depois de ver a propriedade?
– O vento parece estar forte lá fora, – disse ele. – Não devemos selar a fundação?
– Certo. Melhor a gente colocar essa lona sobre o seu erro desajeitado. Fundação primeiro,
então, – afirmou ela, definitivamente zombando dele. – Você já almoçou? – Ela perguntou.
– Eu comi um picolé e meio.
– Claro que você comeu. Escute, eu não tenho tempo para cozinhar agora, mas eu posso lhe
dar alguns cachorros quentes com milho.
– Eu achei que as pessoas não comiam cães.
– Não é engraçado, – ela retrucou, tirando um pacote do congelador.

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Cães, não são engraçados, ele observou.


Tudo o que ele comeu, ele gostou. Depois que ele terminou, eles cobriram a fundação com
uma segunda lona. Cruzando o quintal, ele encontrou trilhas de erva-cidreira, puxou algumas, e
comeu-as como sobremesa.
– O que você está fazendo?
– Comendo um pouco de erva-cidreira. Você nunca provou isso?
– Não.
– Você gostaria de algumas?
– Uh, não, obrigada. Está no mesmo nível com os centros duros de picolé para mim.
No caminho para o celeiro, um animal selvagem veio na direção dela e Bastian arrancou um
galho de árvore, ficou entre eles, e utilizava o ramo como uma espada.
– Espera! – McKenna gritou. – Você ia lutar com um porco desarmado?
– Isso é um porco? – Ele baixou o ramo. – Não pode ser. É tão grande quanto um cavalo.
– Não é bem assim. Quer comparar? Entre e cumprimente o meu cavalo.
– Um cavalo! Posso montar? Tem séculos desde a última vez.

CAPÍTULO 15

– Séculos, hein? – Mc Kenna sorriu para si mesma, mas, quando o empregado bonitão e
estranho começou a falar doce com o poderoso belga dela, o riso parou, e bem, ela desejou ter
essa fala doce direcionada à ela. Ok, então ela ia achatá-lo se ele tentasse, mas saber disso não
diminuiu as palpitações no peito. Uma necessidade que não pensava existir até —rapte-me e me
leve— sacudir sua fundação.
– Ela tem mais de 1,9 metros de altura.
– Cavalos são maiores do que eu me lembro e muito mais bonitos.
Seu cavalo caiu sob o feitiço de Bastian, aninhando-o e ouvindo atentamente a cada palavra
sussurrada.
Bastian corajosamente encantou Toffee, seu animal impressionante – bem, ambos eram
impressionantes – e estavam em uma demonstração de afeto mútuo, e McKenna se recusou a
olhar com inveja nos olhos.
Ela adorava aquele cavalo. Que era menos um cavalo de fazenda e mais um animal de
estimação, Toffee foi a única extravagância que McKenna permitiu-se.
McKenna sentiu arrepios de empatia pelos sussurros de Bastian ao longo de cada uma de
suas terminações nervosas, e o toque de sua respiração, quase acariciando-a perto de seus lábios
secos a...
Chocada com sua reação, McKenna afastou-se e bateu a porta da baia em suas costas.
Enganada por um homem, um encantador de cavalos que poderia irromper por uma parede de
tijolos sem um arranhão, um homem que gostava do sabor de palitos de picolé. Um com meia
compreensão do idioma, e nenhum sistema de filtragem para seus pensamentos.

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Esse é o meu membro de homem no meu jeans?


Vou levar um para viagem, por favor.
Francamente, ela deveria tê-lo jogado para fora da casa sobre seu bom traseiro depois do
comentário sobre o membro masculino, embora tivesse soado completamente inocente.
Será que os homens inocentes ainda existem?
Antes de Bastian Dragonelli, ela teria dito não. Ainda assim, era difícil julgar algo assim.
McKenna afastou-se, aliviada em parar de discutir com ela mesma, de modo a ficar ao lado
de Bastian e Toffee na baia.
– Qual é o nome dela? – Ele perguntou.
– Toffee15, por sua cor.
Ele acariciou o pescoço do cavalo.
– Nome perfeito. Nós só vamos para uma corrida curta, ok?
– Sem sela?
– Eu não vou machucá-la. Ela é grande e forte, é a nossa menina bonita.
Nossa?
Ele levou a belga para o sol, pulou sobre ela com uma graça fácil e familiaridade, e eles
estavam fora.
Bastian gritou enquanto corriam para longe, não tanto um grito, mas como um grito de
guerra horripilante. Como um guerreiro, ou uma besta que enlaçara sua presa.
Com uma energia incontida, Bastian e Toffee praticamente voaram em torno do vale, com
uma sincronia que a fez pensar em um balé, grandes e vibrantes, os dois se tornando um.
A personificação da magnificência primordial.
Intimidade. Profunda e irrestrita.
McKenna desabotoou alguns botões no calor.
A pequena coruja que empoleirou no ombro de Bastian no porão, ou seu gêmeo idêntico,
voou para pousar em um trilho da cerca ao lado dela, uma criatura mágica inclinando sua cabeça.
Hoop, hoop, hoop?
– Ok, – disse ela. – Eu entendo, eu vou ficar com ele... Quer dizer, eu vou contratá-lo.
Ela deu um meio aceno, ‘hoop, hoop’, e voou para longe.
Os céus escureceram, a temperatura caiu, e um raio desceu no horizonte. O sol se desfez em
um minuto, logo em seguida, uma chuva tão feroz que as gotas pareciam agulhas picando sua
pele. McKenna moveu-se para esperar dentro da porta do celeiro, enquanto ela observava o vento
chicotear um conjunto de gramíneas ornamentais. A mais resistente de suas árvores antigas
curvou-se ao poder da tempestade.
A lona nunca ia dar conta disso.
Bastian gritou quando chegou perto, e quando parou, isso mexeu com o coração dela,
porque ele deu-lhe um sorriso que a cortou na altura dos joelhos. Isso dividiu seu rosto e suavizou
as feições duras fazendo as cicatrizes parecem naturais.
Quem quer que fosse – certamente mais do que um faz-tudo – ele cavalgava com um fervor
que ela esperava que ele desse ao trabalho. Se ele fizesse, ela tinha uma boa carta na manga para
conseguir sua hospedaria pronta e funcionando dentro do prazo.
15 Toffee significa caramelo.

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Ele faria amor com a mesma exuberância empolgante?


Sim, ela ficou louca, ou Bastian Dragonelli a contagiou com algum tipo de entendimento
primitivo. Se sua reação atípica para ele não deixasse seu corpo tão animado, ela estaria chateada
como o inferno.
Surpreendendo-a, e adicionando intensidade à exaltação, Bastian levantou-a do chão com
um braço em sua cintura, deu outro grito de guerra, e com ela na frente dele, eles deram mais
uma volta em torno do vale, vento e chuva em torno deles, Bastian a estabilizando com a mão,
grande e forte.
Homem e animal andavam como um. Impressionante. Resistente. No controle.
Pela primeira vez em sua vida, McKenna sentia-se pequena. Protegida. Segura.
– Você está bem? – O cabelo longo de Bastian bateu contra seu rosto quando ele se inclinou.
– Você quer voltar?
Sua voz áspera acariciando de forma eletrificada contra ela.
– Não! – Ela gritou. – Nunca!
Ele pediu para Toffee voar, e eles voaram, todos os três, e McKenna quase perdeu seu
coração, de mais de uma forma. No entanto, a paz corria ao lado deles.
O passeio foi muito rápido, e ela não queria que Bastian a deixasse ir. Ela gostava de seus
braços em volta dela, as mãos espalmadas com força abaixo do peito, mas todas as coisas boas
tinham de acabar.
Ninguém sabia disso melhor do que ela.
No celeiro, ele baixou-a para o chão molhado como uma estatueta de porcelana de chinelos
de seda.
Sua desmontagem cuidadosa, temperada pelo tempo piorando, a trouxe para seus sentidos
com um solavanco.
Ele passou com Toffee por ela no celeiro, encontrou um cobertor, secou a belga, e passou-a
para dentro da baia com as mãos suaves e ternas palavras; em seguida, ele acrescentou melaço a
sua alimentação e deu-lhe um lanche bem merecido.
Homem e animal agiam convencidos e satisfeitos com seu ritual de união.
McKenna se sentiu deixada de fora. Ela poderia se juntar a eles, mas do jeito que ela queria
estar de volta nos braços de Bastian, ela achou melhor ficar longe.
Ela o conhecia por meio dia. Menos.
Ele sussurrou os últimos elogios ao ouvido de Toffee e a cabeça da belga veio com um
relincho. Ela acariciou-o, como se fossem amantes. Não havia nenhuma outra maneira de
descrevê-lo. Toffee estava obcecada, e Bastian devolvia o sentimento.
Maldito cavalo de sorte.
Dentro e fora, um trovão parecia segui-lo quando ele cruzou o celeiro e se aproximou dela.
Ela gostou do passeio, com as costas dele contra a frente, com aquele —membro de homem— em
seu jeans cutucando-a com interesse, como se ela fosse digna de atenção.
Sexy? Ela? Dificilmente.
Ela não gostaria de comparar esta reação imatura dela à tempestade. Ela não era clichê.
Nem seria seduzida pela fantasia tola de um guerreiro cheio de cicatrizes.
Um estranho com cicatriz.

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CAPÍTULO 16

Bastian fechou as portas do celeiro antes que McKenna pudesse reunir sua inteligência, a
mão engolindo a dela mais uma vez, e juntos eles correram em direção ao pomar.
– Por que não ficamos no celeiro? – Perguntou ela, tremendo, se perguntando se as maçãs
seriam danificadas pela tempestade.
– Para proteger o gado, – Bastian gritou acima da fúria da natureza.
– Será que eles precisam de proteção?
Um raio atingiu a árvore sobre a qual eles estavam, acertou um galho que caiu como uma
lança no ombro de Bastian. O tempo parecia pessoal, cada trovão um aviso, cada raio brilhante
uma ameaça, e Bastian não parecia ao menos surpreendido. Proteger o gado?
– Não preciso de proteção.
Ele colocou um braço em volta dos ombros dela e apertou.
– Você me pegou.
A tempestade rugia, as pedras de granizo se formando em torno das folhas da árvore sob a
qual estavam, pedras tão grandes como suas maçãs insistiam em cair. No entanto, o chão ao redor
do resto do pomar permanecia verde e intocado. Mal molhado.
– Esta tempestade está diretamente acima de nós, – disse ela. – Como se ela estivesse
apontando para nós.
–Não duvido que esteja.
As palavras enviaram calafrios através dela, e quando o céu pegou fogo, ela gritou. Ela nunca
gritou.
Ele a puxou em cheio contra o corpo dele, o rosto contra seu peito. Depois de um minuto,
ela olhou para ele.
– Você viu isso? Pareciam cinco raios, e faziam seu caminho para o céu, em vez de o
contrário.
Bastian colocou o queixo em sua cabeça e ela sentiu seu assentimento.
– Como se cada raio tivesse começado na ponta dos dedos de alguém e então levantaram-se
para cima, – disse ele. – Sim, eu tenho medo do que eu vi. – Ele a segurou com mais força.
– Minhas maçãs serão arruinadas. Nesta árvore, pelo menos, – ela disse, tentando avaliar
seu estado de espírito.
– Como elas poderiam ser arruinadas?
– Elas poderiam congelar, e eu não posso poupá-las. Eu preciso de toda a colheita deste ano
para os meus convidados da hospedaria. Vou ter que acender um fogo para aquecer o ar em torno
desta árvore e derreter o gelo que está se formando sobre os ganhos.
Antes que ela chegasse ao celeiro, outro relâmpago temerário chamou-a de volta. Ela se
virou, surpresa ao ver que o granizo em torno da árvore desaparecera.
– Bastian, o que aconteceu?

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Works Like Magic 01

– Está aquecida.
– Isso é impossível. Você sente cheiro de maçãs assadas?
– Uh, não. – Ele parecia estranho, em seguida, quando pegou uma maçã caindo e puxou sua
mão de debaixo dela. – Quente!
A maçã que bateu no chão e sua casca estava praticamente saindo.
– Ela está cozida! Minhas maçãs foram cozidas na árvore? Que tipo de tempestade é essa?
Poderia o conjunto de relâmpagos ter cozinhado elas?
– Você viu?
– Não realmente, mas de repente o mundo estava brilhante nas minhas costas.
– Brilhante. Certo. Tudo bem.
Ela lhe deu um olhar duas vezes.
– Ok, – disse McKenna. – Estamos colhendo maçãs quentes agora, você e eu, e, em seguida,
você estará recebendo uma lição sobre como adicionar as especiarias necessárias para
transformá-las em compota de maçã. Frascos e frascos de compota de maçã.
– É o mínimo que posso fazer.
– Por quê?
– Quero dizer... Você é a chefe. Eu sou o serviçal.
Ela olhou para ele com ceticismo, porque ele parecia... Um garoto escondendo uma cobra de
estimação.
– Nós vamos ter que colher as outras maçãs, logo, antes que outra tempestade anormal as
atinja. Granizo e relâmpagos normalmente são parte da mesma tempestade?
O sol saiu quando eles terminaram de colher as maçãs cozidas. Bastian trabalhou rápido.
Depois, ele levou vários cestos cheios, um sobre o outro, em direção a casa.
Na varanda, McKenna olhou para sua casa através dos olhos de Bastian e percebeu o quanto
era necessário uma pintura. Ela quase pediu desculpas para a pintura descascada, até que ela
percebeu que a condição da casa representava a presença deste homem. Não é um guerreiro,
nem um deus, não importa quantos cestos ele pudesse levar, ou quão primitivo e mágico ela o
sentiu em um cavalo atrás dela, mas um faz-tudo, humano, falho, e em seu emprego.
Ela não tinha nada que se desculpar.
Ela estremeceu, e não por estar fria e úmida, ou mesmo por encontrar as maçãs cozidas por
raios.
Ela devia obter aquele vibrador que Lizzie, em tom de brincadeira, sugerira.
Quando McKenna ligou o interruptor de luz da cozinha, nada aconteceu.
– Eu esqueci, a eletricidade já era – por sua culpa – mas você ainda pode tomar banho com a
água aquecida que ficou. Deve haver uma abundância de água quente abastecida para nós dois.
– Nós dois?
– Sim. Você, no seu chuveiro. Eu, no meu.
– Ah, com certeza.
Ela levou-o até o banheiro dele e deu-lhe toalhas.
– Você vai ter que sentir com as mãos o seu caminho de volta.
– Posso?
Ela não precisava de luz para ouvir a sugestão em sua voz.

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Works Like Magic 01

– Claro que não! – Mas o interesse dele com certeza fez aumentar o seu ego, especialmente
durante o passeio selvagem.
– Você pode ajustar o chuveiro para mim? – Bastian perguntou. – Cada um é diferente, uma
vez eu tomava banho em água gelada e de repente queimou minha bunda... Desculpe.
– Eu vou ajustar. – Era muito íntimo estar de pé no pequeno espaço com um gigante
carismático, especialmente sabendo que ele estaria nu em um minuto. Ela se virou para o jato de
água e saiu rápido.
Ela prendeu a respiração no ambiente escuro, as costas contra a porta do banheiro, e ouviu-
o falando com alguém lá dentro, chamado Dewcup.
– Meu nome é McKenna, – ela gritou sobre o chuveiro. – Você quer alguma coisa? – Eu
certamente.
– Não. Desculpe. Eu canto no chuveiro.
Em seu próprio chuveiro, o jato quente de água acalmou e a energizou. Ela aguçou os
ouvidos esperando por mais da canção de Bastian, mas não ouviu nada.
Ela usava outro dos vestidos floridos da mãe. Mas, por mais feminina que sentisse, ela ainda
tinha que começar um fogo na lareira da cozinha, no que costumava ser a sala de manutenção. Ela
planejava remodelar em torno do centro, alto o suficiente para ter uma lareira, uma vez usada por
seus ancestrais para cozinhar e aquecer a casa.
Os passos de Bastian se aproximaram.
– Eu não tenho nenhuma roupa aqui em cima.
Ela olhou para longe, rápido.
– Por que não?
– Elas estão na minha bolsa no porão.
– Eu odeio perguntar, mas você está nu?
– Claro.
– Não há 'é claro' sobre isso. – Este homem, aparentemente, sentia-se confortável em estar
nu. Ela fechou os olhos. Eu não vou virar. Eu não vou virar. – Pegue um cobertor da sua cama para
embrulhar em torno de você.
Ele retornou em um piscar de olhos. Cara, ele se movia rápido.
– O que você está fazendo? – Ele perguntou.
– Tentando iniciar fogo para lançar alguma luz sobre o nosso projeto com maçãs.
Ele abaixou-se ao lado dela.
– Santa Mãe de pérola, mantenha esse cobertor fechado!
– Eu estou segurando.
– Eu acho que preciso de mais material inflamável, – ela murmurou. – Eu volto já. – Na
varanda, ela abanou-se de modo a não ficar em chamas depois de ter aquele homem nu tão perto
com nada entre eles.
Ótimo. Ela deu a ele seu quarto, mas se esqueceu de mudar de cama. Se ela mudasse agora,
a colcha iria cheirar como um jardim de erva-cidreira após uma chuva suave, como ele.
Iria lembrá-la de tudo o que faltava em sua vida.

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CAPÍTULO 17

Bastian esperou até que a porta da varanda estivesse fechada para iniciar um fogo para
McKenna. Ele não queria incendiar a casa dela, especialmente depois de ter sido submetido ao
drama do relâmpago de cinco dedos de Killian, para não mencionar o granizo feito de magia negra
que poderia ter congelado a macieira dela.
Ele havia esperado por um trovão para silenciar o seu ardente rugido ao aquecer a árvore,
mas ele acidentalmente cozinhou as maçãs no processo. Ele só esperava que ele não tivesse
matado a árvore. Boa coisa McKenna não ter questionado essa possibilidade.
Para obter o fogo na lareira, ele deixou escapar um pequeno traço de fogo.
Como um dragão, seu rugido, seu fogo e raiva, iam tudo junto, mas não aqui, e
especialmente não em torno McKenna.
A porta de tela abriu novamente.
– Que barulho estranho foi esse? – Ela perguntou, voltando para dentro. – Parecia um carro
velho bufando sua última arrancada.
– Que barulho? – Como ela ousa insultar o seu acesso de raiva bestial? Dragões maiores do
que ela haviam temido esse som.
– Você conseguiu fazer pegar o fogo – disse ela, com os braços cheios de madeira. – O que
você usou, um maçarico? Parece que ele vai perdurar por horas.
Ele roçou o nariz, para ter certeza de que nenhuma fumaça persistia.
– Eu tenho o dom.
– Você deve ter sido um garoto escoteiro de primeira. Onde você aprendeu a andar sem sela
em um cavalo? E por que daquele grito de guerra?
– Todos os meninos não brincam de guerra?
– Eu acho que sim. – Ela colocou a madeira em um grande anel preto, alto como ela, ao lado
da lareira. – Eu não tenho irmãos. Eu sou o desapontamento da família, – disse ela. – Não sou um
menino. Eu quebrei a linha da família. – Ela limpou as mãos umas contra as outras. Para remover o
pó de madeira? Ou a memória de seu fracasso?
Ele precisava de livros e um computador para pesquisar os novos sentimentos e palavras
que ela atirou para ele hoje.
– Eu tenho amigos que são como irmãos, – disse ele para animá-la.
– Minha amiga Lizzie é como uma irmã, e seu marido, Steve, é como um irmão. Nós três nos
conhecemos no jardim de infância. Você vai encontrá-los quando o tempo limpar. Está com fome?
Você deve estar. Você cavalgou com força.
– Montar Toffee é como andar ao vento. Tudo o que eu precisava era... Asas. – Ele quase
tinha dito minhas asas. – Eu estou com fome.
– Eu tenho um fogão a gás, assim a falta de eletricidade não é um problema. Mas primeiro
você precisa de roupas. O porão está escuro agora, e, francamente, nós deixamos muitos detritos
para que seja seguro ir lá em baixo em busca da sua bolsa. Vou ver para você as roupas de um

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Works Like Magic 01

velho trabalhador da fazenda. Ele era um homem grande, então elas devem dar em você, embora
as calças jeans devam ficar curtas.
Ela o deixou ir se vestir, mas quando ele voltou para a cozinha, ela tentou não rir. Os jeans
eram curtos, com cintura grande, mas ele o segurou com um cinto que lhe deu uma cauda na
frente, como seu membro masculino, e ele ficou pendurado lá por muito tempo, e duro, como um
lembrete. A camisa coube nos ombros, mas não tinha o comprimento certo.
McKenna trabalhava na cozinha, cortando algo redondo e branco em palitos.
– O que é isso?
– Uma batata, – disse ela.
Enquanto ela estava cortando, uma dor súbita atravessou a mão dele, e McKenna gritou.
Seu dragão interior levantou-se e sua mão doía, onde a dela sangrou, entre o polegar e os
dedos em sua mão esquerda.
– Por que você gritou também? – Ela perguntou, segurando uma toalha em sua mão. – Eu
sou a única que se cortou.
– O instinto. Eu vi o que você fez e gritei.
– Um grande bruto como você, com vertigens?
– Defina vertigens.
– Com medo de um pouco de sangue, – explicou ela.
Ele? Um dragão que caçava presas e as rasgava em pedaços sangrentos, e comia cru?
– Dificilmente. – Ele podia ter se divertido se sua magia dragão não tivesse acabado tão
errada. Ele nunca experimentara a dor física do outro. Ele sentiu emoções por seus irmãos dragões
e Vivica. Mas sentir sua dor física? Ele pensou que era sua imaginação quando ela mordeu o lábio
e o dele doeu, mas isto? Não havia dúvida disso.
Ela lavou a mão, secou, e colocou algo de um —tubo— sobre o corte antes de aplicar o que
ela chamou de gesso e voltou para o corte. Depois que ela colocou as batatas em uma panela
funda com líquido que crepitava e cozinhava no fogão, um perfume subiu e fez água na sua boca.
O melhor cheiro da terra, até agora.
Ele pegou uma vara de batata crepitante da panela com a própria mão. Rápido.
– Queimou-se para pegar batatas fritas? – McKenna gritou. – Você está louco?
– Comida americana é nova para mim. – Ele cobriu as pontas dos dedos sem pele com a
outra mão, e a dor diminuiu, enquanto curava. Depois, ele sentiu que doía mais onde McKenna se
cortou do que onde ele se queimou. Ele desejava poder curá-la sem revelar sua magia.
Uma coisa que ele já sabia: ele podia sentir a dor dela, mas ela não sentia a dele.
– Eu acho que foi estúpido, – disse ele.
– Totalmente. – Ela tentou tirar a mão dele, mas ele se afastou dela para colocar gesso nas
pontas dos dedos, para que ela não pudesse ver a nova pele, cor de rosa.
Ela pôs a mesa.
– Você é sempre impetuoso?
– Eu vivo perigosamente. – Vivica dissera a ele que sim, mas não queria viver citando-a.
Agências de emprego para humanos normalmente não abrigavam as pessoas que procuram
emprego. Se ele dissesse muito sobre a Funciona como Mágica, McKenna iria perguntar por que

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Works Like Magic 01

ele passou tanto tempo com Vivica, embora não tenha sido suficiente. Vivica o havia alertado
sobre sair antes de ele terminar suas aulas.
Na verdade, ele deveria ter escutado, mas ele pretendia ler antes de dormir toda noite, toda
a noite, se fosse preciso, e aprender o máximo que pudesse. Ele veio aqui mais cedo do que
deveria por causa de sua ligação com McKenna. Sua conexão de coração, ele acreditava.
Ela encheu os pratos, salgando as batatas fritas dela.
– Esta é a melhor comida americana que já provei.
– Obrigado.
Ela cortou um pedaço de carne.
– Eu espero que você não fique doente de tanto comer carne. Eu produzo aqui. Galinhas,
também, mas abrir mão de uma não é tão simples.
– Eu gosto de carne. – Melhor cru, mas ele podia se acostumar com isso desta forma. Ele às
vezes assava sua presa em tempo real, a fim de impedi-la de fugir. As lições alimentares de Vivica
serviram bem enquanto ele usava suas armas de duende.
Eles conversaram sobre a fazenda dela. No caminho, ela explicou seu sonho para a casa da
família, ele finalmente compreendeu os planos para a hospedaria. Sua busca – o que ele devia
fazer para ela – englobava cumprir uma promessa feita no leito de morte da mãe e para a avó, que
era corrigir o erro de ter nascido uma menina, e honrar sua herança, mantendo a casa e as terras
na família.
Quando terminaram de comer, e depois que ela limpou a mesa, ela lhe entregou um pano, e
mostrou a ele como usá-lo sobre os pratos que ela lavava, e viu sua tatuagem.
McKenna tomou sua mão e virou a palma para cima.
– Isso é incomum, – disse ela. – Parece grego, como duas letras R, uma de frente para a
outra, com uma linha no meio.
– É romano, não grego.
– A prova de que você pertence a algum tipo de irmandade ou sociedade?
Ele assentiu.
– Uma sociedade secreta.
Ela examinou seu rosto.
– Dentro da lei?
Bastian relaxou.
– Sim. Pergunte a Vivica.
– Eu vou perguntar.
Uma vez que ela deixou o assunto ir, uma calma de espírito passou através dele enquanto
ele trabalhava ao lado dela. Este sentimento de contentamento não devia incomodá-lo, mas
incomodou.
Pensou no grande felino de Vivica, metade selvagem, metade domesticado, como ele. Será
que Isis escondia a natureza selvagem para manter Vivica feliz? Ou manter Vivica feliz subjugava a
natureza feroz?
Subjugar suas tendências alfa podia diminuir sua força de guerreiro?
Se assim for, ele poderia perder sua capacidade de combater Killian.
Killian comia —domesticados— no café da manhã.

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CAPÍTULO 18

– Você está bem? – Perguntou McKenna. – Você tremeu? Talvez você pegou um frio muito
forte naquela tempestade de gelo. Uma tempestade de gelo em agosto. Que loucura é essa?
Não era frio, pensou, preocupado com seus irmãos e o amor de Andra. Era preocupação.
Depois que eles terminaram na cozinha, ela tentou acender um fogo na sala de estar. A
lareira tinha uma moldura de madeira esculpida que o fez chegar perto para um olhar mais atento.
– Esta plataforma parece um dragão adormecido.
– É chamado de cornija. Um dos meus antepassados o esculpiu de um velho carvalho que
caiu em um furacão.
– Seus antepassados gostavam de dragões.
– Eu acho que sim.
Isso ampliou sua crença em Andra e na magia de Vivica. A crença de que ele pertencia a esse
lugar, com McKenna.
– Incrível, como você diz.
O quarto em si também irradiava calor, com um sofá vermelho que ele gostaria de se
afundar, com McKenna em seus braços, uma cadeira de espaldar alto de listras azuis, vermelhas e
escuras, e uma pequena cadeira azul escura. O tapete no meio tinha um respingo de flores nas
mesmas cores e tornava o espaço mais aconchegante do que uma caverna.
McKenna lutou com o fogo na lareira. Ele poderia ter começado mais rápido, mas ele
gostava de assistir o movimento dela.
– Eu tenho outra cura para seus calafrios, – disse ela depois que conseguiu fazer uma
pequena chama. – Minha mãe jurou por ele. Eu já volto. Ele vai aquecer seus ossos.
Ela poderia aquecê-lo com seu corpo, ele pensou, fazendo seu dragão interno levantar a
cabeça, mas ele foi capaz de lutar contra o animal interno. Ah, enquanto seu dragão interno, sua
unidade alfa dormia quando não era necessário. Não iria desaparecer, ele entendeu agora.
Claro, ele também sabia que seu dragão rugiria à vida quando ele menos precisasse disso,
durante a excitação sexual e, especialmente, durante a relação sexual. Ele não queria nenhuma
luta quando seu membro de homem fosse feliz, mas a luta interna era inevitável.
Bastian suspirou, abaixou-se para o chão, e se encostou na cadeira azul-listrada atrás dele.
McKenna voltou com óculos e uma garrafa de algo escuro e vermelho, como sangue, em
uma placa de prata grande e plana.
– Você vai aquecer de dentro para fora, beba isso, – ela disse, colocando a bandeja sobre a
mesinha perto deles em frente ao sofá.
– O que é isso? – Ele perguntou enquanto ela derramava, o doce aroma da bebida
chamando por ele. Não de sangue, mas de frutas.
– É vinho. Cereja Manischewitz para ser mais precisa, o vinho mais doce lá fora, e mais
saboroso, até onde eu sei. Ele pode ser tanto medicinal como calmante.

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Ele não recusaria poder ser sentir um pouco mais calmo.


– Eu sou viciado em qualquer coisa doce.
– Eu sei. Você me disse. – Ela serviu a cada um uma taça.
Bastian tomou um gole e o gosto, de fato, fazia o seu dente doce feliz.
– Isto é como o néctar dos deuses.
– Eu não disse?
Bastian encheu o copo enquanto McKenna foi para a cozinha.
– Você já provou torta de limão? – Ela perguntou, retornando com dois pratos de comida
verde.
Ele terminou sua segunda taça de vinho.
– Nunca. – Em sua experiência, presa verde tinha um sabor picante e um chute como limo
pulador na barriga de um dragão. É verdade que isso não cheirava ruim.
– Você está diante de outro deleite. – Ela piscou e seu membro de homem contraiu. – É
azedo e doce ao mesmo tempo.
Azedo e doce, como McKenna.
– Bom, porque o meu dente doce é tão grande quanto um dente de dragão.
Ela sentou-se de frente para ele, e quando o fez, o corado felino, ainda vestindo o chapéu de
bobo, se enrolou em seu colo. A fada louca pulou nas costas do lanche-bobo olhando, e quando
McKenna passou a mão no pelo de Jaunty, ela enviou Dewcup voando de frente em cima da torta
de lodo verde.
Com um som de sucção, Dewcup libertou-se e subiu no ar, cuspindo lodo e raspando fora de
seus olhos, até que ela olhou para ele.
– Pode apodrecer suas entranhas quando você engolir! – Dewcup estalou quando percebeu
sua diversão.
Bastian tossiu e o queixo de Dewcup veio à tona.
– Ria e eu vou moer suas peças de homem e transformá-las em almôndegas de dragão! – Ela
bateu as asas em fúria, salpicando o rosto e as roupas com pedaços de massa verde. McKenna,
também.
Ele a pegou olhando para ele e ficou sério.
– Peço desculpas, – disse ele. Serviu-se de outro copo de vinho e bebeu direto para baixo
para que ele não tivesse de responder a perguntas.
– Você pode rir de meu gato o tanto que você quiser. Eu mesma rio. A maioria não usa caixas
de tecido em suas cabeças, embora eu não saiba como ela conseguiu nos respingar com recheio
de torta. – Ela verificou as patas de mascote, em seguida a cauda, e encolheu os ombros. – Acho
que ela já lambeu tudo, e eu não a culpo.
– Belo gato, – ele disse, e por que ele queria dizer.
– Você a chamou de lanche quando você a viu pela primeira vez. Acho que eu devia me
preocupar. Você teve sua mão enfiada em gordura quente por batatas, e comeu palitos de picolé.
O que você comia no seu país?
Qualquer coisa que andasse? Melhor não dizer.
– Não importa, – disse ela. – Eu não quero saber. Primeira regra da casa: Minha gata não é
para comer. Ela é de carinho, companheirismo, e dormir no pé da minha cama.

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– Gata sortuda.
Bastian pensou surpreendido que a reação de McKenna às suas palavras revelou um pouco
de interesse.
Sacudindo a reação quase visível para longe, ela também bebia um copo de vinho.
– Você pode chamá-la de Jaunty, – disse ela, acariciando seu gato, – se ela for agradável.
– Eu ficaria honrado. – Ele se sentiria tolo, mas manter McKenna feliz contava mais do que
parecer tolo.
Dewcup recuperada e, um pouco mais limpa, foi direto para a gata, sussurrou em seu
ouvido, e fez agitar a cabeça. Em seguida, a fada mexeu nos bigodes da pobre gata até que ela
miou e a pata golpeou a fada direto para as cinzas. Jaunty podia ver Dewcup? Ou foi um tapa de
sorte?
– Gata, – Dewcup estalou. –Considere as linhas de batalha desenhadas. – A fada fez um
trabalho rápido de apagar as brasas agarradas a suas roupas e cabelos. Depois, subiu nas costas do
felino para montá-lo do jeito que ele montou Toffee. Com força.
Falando nisso... Quanto mais vinho que ele bebia, mais seu membro de homem ficava
preparado para a batalha, e mais facilmente ele poderia imaginar-se com McKenna.

CAPÍTULO 19

McKenna sacudiu a cabeça quando Jaunty uivou e desapareceu em torno de um canto.


– Eu não sei o que deu nela, – disse McKenna, – mas ela parece ter um bom divertimento.
Ela pegou o pedaço de torta e inclinou a cabeça para a forma de uma fada em sua cobertura.
– Hmm. Parece que um grande mosquito bizarro aterrissou nele, mas fugiu. – Ela pegou um
pouco dessa cobertura verde com o dedo mindinho, colocou em sua boca, e fez um barulho que
ele gostaria de ouvir enquanto eles testassem o seu membro de homem.
– Olá? – McKenna chamou, puxando-o de seus pensamentos. – Você não quer sua torta?
– Desculpe. Eu me distraí. – Ele provou e gostou – uma nova ambrosia surpreendente dos
deuses servido com este tipo de néctar da terra dos deuses – embora o nome da torta não fizesse
sentido. – Como você faz para as chaves16 terem esse gosto? Elas não são normalmente duras e de
ouro, e usadas para abrir as portas?
McKenna largou a torta, soando como a coruja que pousou sobre ele. —Pio. Pio. Pio. —Ela
segurou o peito, como se tivesse engolido um bicho e não pudesse controlar o gozo.
Cativado, Bastian aproveitou a oportunidade para observá-la, enquanto ele se imaginava
deslizando os dedos ao longo das curvas de seu corpo, para fora e para dentro ao longo de cada
superfície – sem necessidade de roupa – para conhecê-la e pôr em marcha o processo que ele
acreditava que iria levar ao acasalamento. Quanto a saber se ele devia acasalar com sua
companheira de coração, Andra não dissera.

16 O som da palavra torta (pie) e chave (key) em inglês são parecidos, por isso a confusão de Bastian.

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Ele pode não ter sido um ser humano durante o tempo que ele viveu como um dragão, mas
seus instintos de acasalamento voltaram com força total. Os lábios de McKenna tornaram-se outra
fonte de angústia, ou talvez significasse interesse, ou ambos. Ele os queria contra seus lábios, os
seus contra os dela, e contra todas as outras polegadas dela.
Ele tomou um gole de vinho e a assistiu sobre a borda do copo. Por mais que ele não
pudesse ler suas emoções, ela devia ser capaz de lê-lo, porque ela focou nele – como uma presa
capturada em suas garras de dragão. Seus olhos se encontraram.
Com as mãos trêmulas ela colocou-se a lamber os lábios, e seus olhares acompanharam. Ela
tentou falar, fracassou, e se endireitou, trazendo os joelhos contra a frente sedutora, o vestido
florido tocando o chão.
Ela colocou os braços em torno das adoráveis pernas dobradas e olhou para o fogo.
– Estou feliz que você não usa uma capa como tantos em Salem, – disse ele na forma como
ele falaria com um potro nervoso, sentindo essa necessidade em seu ser suavizado.
Ela olhou-o a partir do canto do olho, chicotes reduzidos.
– Você tem algo contra as bruxas?
– De modo nenhum.
– Bom, porque eu venho de uma bruxa.
– Ciarra, eu sei.
McKenna olhou mais de perto para ele.
– Como você sabe?
– Vivica sabe, também. Ela me disse. Ambas vêm de Ciarra, embora Vivica tenha herdado a
magia do irmão de Ciarra.
McKenna tornou a encher a taça.
– São as capas que você não gosta, então?
Bastian balançou a cabeça e tornou a encher seu próprio copo.
– As capas escondem demais. Eu gosto das suas roupas. Elas mostram a forma e fazem você
parecer como uma mulher.
– Você é um homem, – disse ela como se aquilo fosse uma coisa ruim. Para provar isso, ela
avançou mais perto do fogo e longe dele.
– Eu não queria fazer você se sentir desconfortável.
– Eu sou a chefe.
– Sim.
Ele seguiu seu exemplo e assumiu a torta até terminar enquanto o silêncio tornava-se
confortável e eles terminaram o vinho entre eles. O fogo se extinguiu antes de McKenna agarrar
um longo bastão preto de metal e inclinar-se para empurrar as cinzas para a parte de trás da
lareira, dando-lhe uma última oportunidade de admirar sua parte traseira.
– É hora de ir para a cama. – Ela fez uma tentativa de ficar de pé.
Seu membro de homem preparado para o serviço.
– Cama seria bom.
– Ajuda-me, serviçal. O quarto não vai parar de girar.
Bastian ficou de pé, ergueu sua cabeça, e pegou McKenna antes que ela caísse.
– Eu peguei você.

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Ela fez um alegre som borbulhante.


– Sim.
Ele a acompanhou até a cama dela. Ou ela o levava. Ou eles orientavam um ao outro.
Eles mal tinham atingido a cama quando os joelhos dele cederam e caíram sobre ela, braços
e pernas entrelaçadas. Ele podia ter tentado desatá-los, mas McKenna estendeu a mão para os
botões da camisa.
Tomando isso como um sinal, Bastian pegou os botões do vestido dela.
Roupas voaram em todas as direções, com exceção de sua camisa, que ele imediatamente
usou para cobrir o colo para não assustá-la com sua falha, enquanto ela tirava os jeans. Ele
apontou para os globos, coroados por picos escuros e bordas vermelhas, cor ruge, tão bonitos que
fizeram água em sua boca.
– Seios, certo? – McKenna olhou para si mesma e pegou um cobertor para segurar na frente
dela. – Estamos nus!
– Eu sei.
– Oh, não, – ela lamentou. – Eu esqueci!
– O quê? O que você esqueceu?
– O vinho me dá tesão.
– Defina tesão.
– Eu quero fazer sexo, droga. Com você!
– Isso é bom, não é?
– Isso é bom, não!
Aparentemente, ele experimentou todas as suas reações físicas, não apenas dor, mas de
prazer, e o ato de ser excitada também.
– Eu quero sexo com você, também, pode acreditar, – disse ele.
– Tarde demais, – ela sussurrou quando sentou e caiu para frente, com o rosto esmagado
contra seu peito, um seio caiu na palma da mão aberta de Bastian.
– Outro presente dos deuses. – Ele olhou para cima. Obrigado.
McKenna começou a soar um pouco como um porco. Um bebê de um, talvez. Ele conhecia
aquele som desde o seu regresso à Terra, ele tinha despertado por causa daquele som algumas
vezes, exceto que ele era o único no quarto. Dormiu?
– McKenna? – Por favor, não. – Por que, por que, por quê? – Ele gritou para acordá-la. – Por
que é tarde demais?
Ela se mexeu, olhou para ele, sorriu, aconchegou mais contra ele, e trouxe todas as suas
partes nuas em contato.
– Vinho, – ela sussurrou, – me deixa excitada e sonolenta.
– Não, espere. Eu sei como conserta...

CAPÍTULO 20

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Dragões acordam com o sol, a menos que, antes do amanhecer, um seio esteja sendo tirado
de uma mão junto com a doce pressão magnífica de um corpo macio contra o seu membro.
Bastian teve uma noite difícil. De todas as formas.
Enquanto experimentava as reações físicas de McKenna, o sono também o reivindicara... No
auge de sua excitação. Combatê-la não tinha ajudado. Pior, ele sonhou que lava de vulcão
queimava os irmãos que ele esqueceu que existiam enquanto ele levava McKenna para o seu
ninho.
Um aviso mágico? Ou uma ameaça?
Talvez ele não devesse acasalar com ela.
Ele zombou de si mesmo com uma risada interior. Diga isso ao seu membro de homem.
Ele abriu os olhos quando a porta do banheiro de McKenna fez um barulho suave de
fechamento, e ele encontrou-se em sua cama com uma dor de cabeça, pior do que depois de
bater uma árvore com seu crânio.
Ele colocou as mãos na cabeça para curá-la, sem sucesso. Portanto, esta devia ser a dor de
cabeça de McKenna. Sem alívio, de qualquer forma, ele se levantou, recolheu suas vestes, e saiu
do quarto.
Ele precisaria considerar esta questão do acasalamento com mais cuidado antes de agir. Ele
devia se concentrar em fazer os desafios dela, os seus próprios desafios, e encontrar o sinal do
dragão coroado, embora ele acreditasse que as reações físicas partilhadas com McKenna
provavam que ela era dele. Ainda assim, ele iria seguir o mandato de Andra. Nenhum dos dragões
na coleção da avó dela era coroado, embora aquele que parecia mais como ele tivesse algo
quebrado fora do topo. De qualquer forma, ele precisava continuar procurando.
Ele foi um dragão coroado, com chifre triplo, dois curvos para os lados, seu chifre do centro
com uma inclinação para trás. Os três juntos se assemelhava a coroa de um rei humano. Ele não
perdeu a sua coroa, tanto quanto ele perdeu suas asas.
Mas ele era um homem agora, um homem faminto por sexo.
O tempo atacando sua janela – ao estilo Killian – não permitiria a ele pesquisar ou trabalhar
fora hoje, e ele mal esperava encontrar um dragão coroado na casa, embora talvez ele devesse
mencionar ter visto um em algum lugar. Ver como McKenna reagiria. O dragão esculpido na lareira
não era coroado. Havia mais dragões escondidos na casa?
Ele deu um passo abaixo do chuveiro. A água batendo contra a cabeça doída. Ele desejou
que pudesse curar a dor de cabeça de McKenna, mas depois da noite passada, ele não achava que
ela iria deixá-lo colocar as mãos sobre ela, em qualquer lugar. Ele estava ansioso para ver como ela
reagiria ao fato de terem dormido juntos, ambos nus.
Antecipação o fazia querer ter pressa, mas McKenna Greylock valia muito para esperar o
tempo que fosse.
A espessura de seu membro latejante concordou, e enquanto ele o lavava, ele imaginou ir
como um alfa sobre ela, com o seu cumprimento integral e feliz, é claro. Mas ele lutaria contra sua
natureza aqui e deixaria a companheira de coração levá-lo. Um alfa sempre fazia o que ele devia
para salvar seus homens, neste caso, seus irmãos dragões. Além disso, sabendo agora que suas
tendências alfa eram seguras, ser liderado por McKenna não parecia tanto um fardo, mas sim uma
aventura, com a possibilidade de um prêmio sexual por seus esforços.

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Após seu banho, um hábito terreno que ele abraçou com felicidade, ele usou as roupas que
ela lhe dera, apreciando o espaço extra para o seu —tesão— de homem, e fez o caminho para a
cozinha, seguindo o cheiro puxando-o para ela.
– Rolos de canela, – disse ela, evitando o contato visual.
– Isso é uma saudação matinal, McKenna? Você não usou nenhum entusiasmo.
– Não, é um café da manhã Greylock. Gostaria de café?
Era amargo.
– Leite? – Ele perguntou. – Eu gosto de um copo de leite frio. Dragões normalmente não
beb...
– O que tem os dragões?
Ele encontrou-se seguindo-a em torno da cozinha.
– A coleção da sua avó me levou a pensar sobre dragões. Eles não bebem leite. Você sabia?
– Eu só sei que os dragões são ferozmente bonitos.
– Obrigado.
– O que?
– Como está sua mão? – Ele perguntou.
– Estranho, mas ela praticamente se curou durante a noite, como se nunca tivesse
acontecido.
Então, depois de um dia, em sua presença, quando McKenna se cortou, ele experimentou
sua dor, e quando ele curou-se, ela se curou? E quando o vinho a deixou com tesão e sonolenta,
ele ficou excitado e sonolento. A fisicalidade entrelaçada não fazia sentido. Ele podia apontar ela
como sua companheira de coração. Mas podia também ser uma nova falha em sua magia,
resultado do contrafeitiço de Killian.
– Posso ver sua mão? – Ele perguntou.
McKenna sacudiu a cabeça, mas ela se acalmou, estremeceu, e levantou as duas mãos, como
se para manter a cabeça no lugar.
Ele sabia exatamente como ela se sentia.
– Eu não tomo mimos com facilidade, – ela admitiu. – É mais fácil eu cortar você do que
deixar você me tocar.
Filho de uma abetarda, seus ancestrais maternos esqueceram-se de mencionar isso.
Ela ficou rosa, provavelmente lembrando como ela despertou quase cobrindo-o.
Ele estendeu a mão, colocou as mãos sobre a dela no alto da cabeça para curá-la, e logo a
sua própria dor de cabeça diminuiu. Ela não lutou contra ele, o que significava que ela gostava de
seu toque, ou ela abraçou a possibilidade de uma cabeça com menos dor. Ele pegou a mão que ela
cortara sem permissão, e resistiu à tentativa de puxá-la de volta.
Uma pequena cicatriz, ele viu entre o polegar e o dedo indicador. Satisfeito com a forma
como ele curara, ele desejava que ele tivesse aperfeiçoado a remoção da cicatriz.
– Parece bom. Qual será a minha tarefa de faz-tudo, ou tarefas, hoje? – Ele sentou-se e ela
colocou um prato diante dele. – McKenna, minha comida está olhando para mim com os olhos
amarelos grandes. Eu não costumo deixar minha comida me olhar.
– De onde Vivica disse que você veio? – McKenna encheu um prato para si mesma.
– Eu vim da Ilha das Estrelas.

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– Parece adorável, mas você não tem ovos na ilha?


Ovos? Na ilha, ele os chupava de suas conchas.
– Eles são das minhas galinhas. – Ela sorriu. – Este bacon é do irmão do suíno do qual você
tentou se defender ontem.
Como um dragão, ele teria comido aquele porco para o jantar. Nada o assustava. Bem,
exceto a profundidade e velocidade de seu parentesco com esta mulher.
– McKenna, eu quis salvá-la do suíno, não eu mesmo. – Ele o tinha lembrado de um animal
de sua viagem através dos planos.
McKenna sentou de frente para ele na mesa.
– O dia que eu precisar de um homem para salvar-me é o dia em que eu vou perder a minha
autoestima.
– Entendo. – Outra lição sobre McKenna que seus antepassados esqueceram-se de
comunicar. – Então, de que animal vem os bolos de canela?
Seu cabelo saltou como a cauda de um cavalo quando ela olhou para cima e levantou uma
sobrancelha alada.
– Pãezinhos de canela vêm de cócegas de meninos na massa de pão branco.
– Você os produz aqui na fazenda?
McKenna bateu a arma de comer sobre a mesa.
– Você é real?
Bastian enxotou Dewcup longe do copo de leite com uma mão rápida que ele trouxe até
coçar o nariz. Sua fada traquina tinha quase se afogado tentando beber. Que tolice, ele ficaria
tentando a resgatar uma fada invisível. Ele iria deixar um pouco de leite no fundo do copo para a
atrevida. Ela poderia ter seus ovos, também, se ela quisesse.
– Sim, – disse ele. – Surpreendentemente sou, considerando o meu início desajeitado e
jornada infeliz. Tudo está como deveria estar comigo. Bem, quase tudo.
– Misterioso, novamente. Ótimo. Se essa é a maneira que você quer jogar. – Ela se levantou
da mesa, o café da manhã comido pela metade.
– Jogar? – Ele nunca jogou, até mesmo como um menino humano, exceto em aprender a ser
um guerreiro. – Você iria jogar comigo?
– Cuidado, Casanova! A noite passada foi uma aberração. Sem mais vinho para você.
Para ele? O vinho a afetara mais do que a ele, embora ele nunca fosse dizer isso a ela. Deixe-
a apreciar o vinho e ele os resultados.
– Eu não confio facilmente, – ela disse, – e você não está fazendo isso mais fácil. Eu não
preciso de ninguém, inclusive você. Se você não é parte da solução, você é o problema, e você
pode ser substituído, assim. – Ela estalou dois dedos juntos, mas parecia duvidar de suas próprias
palavras.
– Meu nome, eu lhe disse, é Bastian. Não Casanova. Não Buster.
McKenna sacudiu a cabeça e deixou os braços cair para os lados.
– Ainda está chovendo, assim trabalhamos aqui dentro, hoje e todos os dias de chuva a
partir daqui. Depois do almoço, leve para Toffee uma maçã. Ela está ansiando por você. Ela fez
beicinho quando eu fui forrar novamente a baia sem você.
– Forrar?

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Os lábios de McKenna curvaram para cima, uma visão rara, embora ela parecesse nada
satisfeita, exceto em alguma intenção mau, talvez.
– Amanhã, você, eu, e uma lição de madrugada sobre forrar. Mal posso esperar.
– E hoje?
– Você vai pintar o primeiro dos quartos. Meu esquema de decoração é ver primeiro como
vai ficar a pintura, para que eu possa trabalhar em torno das cores que você escolher. Tem várias
latas de tinta nas prateleiras no galpão. Depois de falar doce com Toffee, escolha qualquer tinta
que você quiser e siga para a cidade. Espere, não, você é literal. Não siga para a cidade... Você vai
se perder. Vá para o primeiro quarto depois da sala à sua direita, e pinte ele. Quando terminar
isso… Passe a pintar o quarto ao lado. Eu estarei lá fora, no celeiro.
Quando McKenna virou-se para colocar o resto da sua comida em uma caixa, Bastian
devorou o café da manhã, ignorando as lições alimentares de Vivica, a sua velocidade tornando-o
capaz de seguir para o celeiro na chuva com McKenna – entre os pingos de chuva, ela disse – os
dois com maçãs para o cavalo dela.
– Você usa Toffee para qualquer outra coisa além de arar? – Ele perguntou quando eles
chegaram ao celeiro, sacudindo a chuva fora. – Nós não conseguimos correr entre as gotas, –
observou ele.
McKenna riu.
– Meu arador, – disse ela, apontando para um grande monstro verde com pneus na altura da
metade dele, – tem um motor.
Ele apontou para o canto.
– Mas isso é um arado.
– Sim, do meu ta-ta-ta-tataravô. Às vezes, eu acho que você veio através de um túnel do
tempo.
Quase isso, ele pensou.
– Eu gosto de cultivar flores e plantas em estilo livre em torno da propriedade, – disse ela. –
Você sabe, quanto mais incomum o arranjo de flores, melhor. Às vezes eu uso Toffee para puxar
para cima tocos, árvores mortas… Não conte a ninguém, mas eu a mantenho, porque eu a amo e
gosto de cavalgar. Ela é meu único luxo.
Bastian gostava do respeito de McKenna para com a natureza e a forma como ela amava seu
cavalo. Flores em estilo livre, ele nunca tinha ouvido falar. Ele devia pesquisar a expressão.
– Você tem um computador?
– Eu faço a minha contabilidade no computador, – ela disse, – então a resposta é sim, eu
possuo um. Se eu vou deixar você usá-lo é outra questão.
– Eu tive aulas, – disse ele. – Lições extensivas da Vivica.
– Vamos ver. Agora, até que o sol brilhe de novo, você estará pintando quartos.
– Estou ansioso para isso. – Ontem, depois de fazer compota de maçã, ele tomou um minuto
para ler um livro sobre pintura, e ele percebeu que, se Michelangelo poderia fazê-lo, ele também
podia.

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CAPÍTULO 21

No galpão, Bastian encontrou latas de tinta com muitas cores diferentes e bonitas. Mas
muitas latas de cada uma? McKenna planejava pintar todos os quartos.
Escolhendo uma variedade de pincéis, ele levou uma lata de cada cor até a casa, imaginando
que ele poderia voltar para mais, conforme necessário.
Na cozinha, ele encontrou uma nota de McKenna, —fui à cidade comprar suprimentos. Você
pinta. Seu almoço está na geladeira.
A geladeira? Ele foi para a biblioteca, procurou —geladeira— no dicionário, entre outras
novas palavras, e leu alguns livros. Ele voltou para a cozinha, meia hora depois, abriu a geladeira, e
encontrou seu nome em uma nota presa a um prato coberto.
Incapaz de domar sua fome equivalente ao porte de dragão, ele devorou o conteúdo,
quaisquer que fosse, tão rápido quanto ele devorou o café da manhã. Pratos e travessas, ele
aprendeu com Vivica, não eram para comer.
Depois de três picolés e o último pedaço de torta, ele foi trabalhar.
As paredes brancas o chamavam. Ele e seus irmãos dragões podiam ter sido presos na ilha,
uma vez que começaram a morrer, mas foi uma vez um paraíso vibrante, até a lava da montanha
correr para o mar e substituir a água. A larva continuou por cima de plantas e árvores queimando
a costa da ilha, e ameaçando a existência deles.
Ele havia fugido. Seus irmãos não. Ainda.
Quando ele abriu as latas de tinta, os irmãos dragões e séculos de cenas na ilha encheram
sua mente. Ele pegou uma cena favorita e começou.
No meio da tarde, Dewcup caiu em uma lata de tinta amarela, puxou-se para fora, e voou
cegamente ao redor da sala, batendo nas paredes, cada salto deixando uma impressão perfeita de
sua forma.
– Obrigado por ajudar, – disse ele enquanto a levava ao banheiro, encheu a pia a colocou em
uma jangada de sabão.
Ela cruzou os braços em teimosia e se recusou a tomar banho, então ele a agarrou pelas asas
e a mergulhou três vezes.
– Que em seus dentes cresçam verrugas, – ela xingou entre os mergulhos, – e os vossos
ouvidos...
Limpa, ela cansou de tanto insultá-lo, ele voltou ao trabalho, adicionando um pouco de cor
às asas e luz cintilante a cada impressão da fada, antes de continuar.
Depois de pintar durante horas, ele ouviu carros fora e viu McKenna e Vivica chegarem
juntas, McKenna em seu caminhão, e Vivica no carro que ela chamava seu Vette.
Vivica sugeriu a ele esperar para aprender a dirigir. Ele concordou. Carros seguiam para
estradas que iam em direções erradas. Ele preferia voar como o corvo – ou, no caso dele, o dragão
– voava. Embora, em torno de McKenna, especialmente depois de dormir nu com ela ontem à
noite, ele preferia com toda a certeza, em vez disso, ser um homem. Um homem que queria
experimentar a última noite novamente e esperava seguir para a sua conclusão natural.

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Ele limpou as mãos em um pano e foi se encontrar com elas enquanto elas subiam pelos
degraus da varanda. A chuva não tinha parado ou retardado. Killian, ele suspeitava, estava
continuando a fazer a sua presença conhecida.
– É bom ver você de novo, Bastian, – disse Vivica.
– Por que você está aqui? – Ele perguntou a sua orientadora.
– Eu queria ver como você e McKenna estão se entendendo. Eu tento detectar as
necessidades dos meus clientes de antemão, mas eu gosto de ter certeza de que meus
empregados e seus empregadores estão felizes.
Bastian relaxou.
– Estou feliz. McKenna, não está feliz?
– Eu estou confusa, – disse McKenna, – mas não infeliz.
– Bom. Vamos ver o quarto eu pintei. – Bastian liderou o caminho.
McKenna gritou e parou de andar no minuto em que entrou.
– Agora eu estou infeliz.
– Eu acho que é maravilhoso, – disse Vivica dando um giro para ver tudo. – Eu nunca vi nada
tão maravilhosamente mágico. Quem não gostaria de dormir em um mundo mágico como este?
– Oh, eu não sei, – disse McKenna. – As pessoas não têm medo de dragões? Eu poderia ter
pesadelos sobre aquela grande besta azul.
– Cedrig? Ele é inofensivo.
– E o dragão de ouro?
– Jaydun. Ele ruge quando não dorme o suficiente, mas ele é uma bela figura de dragão.
McKenna revirou os olhos.
– Você escapou de um asilo?
Vivica limpou a garganta.
– Bastian fala o que pensa sempre, não importa o quão fantasioso seja. Ele é como um ator
que entra em seu papel. Esta é uma obra de arte e ele está em seu personagem para criá-la.
Bastian entendeu que as palavras de Vivica foram ditas como um aviso.
– Eu quis dizer para agradá-la, McKenna, – disse ele. – Eu li sobre a pintura em sua
biblioteca, mas eu sei que tenho muito a aprender. Por favor, diga que você não trouxe Vivica para
me levar de volta. – Seu peito ficou apertado no pensamento de perder McKenna, mas seu apego
exagerado a ela o fez rosnar interiormente. Esta necessidade por ela o frustrava porque ele se via
perdendo o controle. Ele não podia deixar sua provável companheira de coração, porque se o
fizesse, Andra e seus irmãos iam sofrer. Além disso, ele não queria ir embora.
Nem queria sair do controle.
Vivica olhou através de sua bolsa.
– McKenna e eu nos encontramos por acidente, Bastian. Ela não reclamou, mas ela
perguntou por que você pensou que tortas eram feitas de chaves.
– Eu acho que ainda tenho muito a aprender sobre isso... A América.
– Você acha? – McKenna estalou. – Você vai ter que pintar esse quarto de novo amanhã, e
ficar com uma cor só. – McKenna olhou pela janela. – Vivica, o jornalista de televisão idiota que
continua relatando sobre... O que quer que venha através do véu está estacionado no fim do meu
terreno. Eu pensei ter visto ele atrás de nós ao longo do caminho até aqui. Ele está te seguindo?

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Works Like Magic 01

Vivica sacudiu a cabeça.


– Ele acha que eu vou levá-lo a uma história. Não se preocupe. Ele vai desistir um dia desses.
Esqueça sobre ele, e esqueça sobre repintar o quarto.
– Você está brincando comigo?
– Os turistas podem dormir em quartos de uma cor só em qualquer lugar, em qualquer dia.
Aqui, eles podem deixar o mundo real para trás, flutuar sobre nuvens, um sonho de céu cor de
rosa, estrelas verdes, árvores azuis, e plantas... roxas. – Ela deu um passo mais perto da parede. –
O trabalho de Bastian tem profundidade, luz, brilho, vida! É muito mágico, até mesmo o teto.
– O que é isso? – McKenna perguntou, apontando.
– Essa é uma tigeroon17, e ali, um porcupig, e no ar, a abetarda. Tudo muito valorizado na
ilha.
Vivica olhou para ele e depois para longe.
– McKenna, quando foi a última vez que viu três luas em um céu cor de rosa, uma escarlate,
uma framboesa, e uma cor de páprica? Quão lindo é isto?
– O efeito geral é bonito, eu admito, mas... – McKenna não parecia muito convencida.
Vivica colocou um braço em torno do ombro de McKenna, e Bastian se perguntou como sua
empregadora reagiria se ele tentasse abraçá-la.
– Deixe-o do jeito que está, – Vivica disse, – e o adote de imediato em toda a casa. Mobílie-o
com peças simples, mas não muito. Tente uma cama sem cabeceira, de modo a não estragar a
vista. Em seguida, antes de fazer outra coisa, tire uma foto do quarto e coloque em um folheto,
coloque em seu site, nos sites de Salem, em qualquer lugar, nos lugares aonde os turistas vão. Não
se esqueça de usar as palavras: 'mágica' e 'encantadora', em sua publicidade e, mencione algo
sobre Ciarra estar escondida nas cavernas, sobre o histórico solo sagrado, e assim por diante. Além
disso, jogue uma foto da velha árvore gigante em forma de um dragão.
– Eu gosto daquela árvore, – disse Bastian. – Percebi isso quando eu andava com Toffee.
– Vivica, você realmente acha que isso é uma boa ideia, não é? Porque você está começando
a me convencer a reservar um quarto aqui. – McKenna tirou um caderno e um lápis do bolso. – Eu
nem sequer nomeei a hospedaria ainda.
– Não há tempo como o presente, - disse Vivica. – Você precisa de hóspedes pagantes para
ontem.
McKenna empalideceu.
– Eu tenho 69 dias para me preparar para eles. Você está me assustando.
– Eu não quero, querida. Você foi pega de surpresa com a morte de sua mãe, mas você tinha
essa bagunça para limpar e eu não estou te empurrando... Eu estou encorajando Bastian, você
pode pintar mais cenas como esta, com outras cores selvagens e mais orgulhosos e belos dragões?
– Eu tenho uma fonte infinita na minha cabeça.
– McKenna, nomeie a hospedaria. – Vivica indicou o quarto. – Eis o lugar onde os dragões
vivem. Imagine este quarto, como seria o nome dele.
McKenna olhou em volta.
– O Dragão Inn? Não, muito comum. Algo como Toca do Dragão?

17 Não foi encontrada qualquer referência a cerca dos dois primeiros animais citados por Bastian, o que nos faz supor que eles
existam apenas na Ilha descrita por ele.

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– Eu gosto disso, – disse Bastian.


McKenna escondeu o seu orgulho, mas os olhos sorriam.
– Mágico, – Vivica disse, – e perfeito, dada a coleção de dragões antigos da família.
– E a moldura em volta da lareira da sala de estar, – acrescentou Bastian.
– E não se esqueça do dragoeiro, – acrescentou Vivica.
McKenna olhou de um deles para o outro.
– Eu costumava chamá-la de dragoeiro quando eu queria que meu pai construísse uma casa
na árvore nela. Toca do Dragão. Ele funciona melhor do que eu esperava. Nós poderíamos manter
pipas em formato de dragão no armário. As famílias poderiam levá-las para o vale. Ficamos com
uma brisa agradável lá fora do porto antigo.
– Ótimo, – disse Vivica. – Eu reconheço magia quando eu a vejo, e quando Bastian concluir a
pintura de todos os quartos, seus convidados vão ver magia também.
O coração de Bastian saltou de seu peito quando McKenna lançou para ele seu primeiro
sorriso verdadeiro.
– Toca do Dragão. Isso é o que está destinado a ser chamado. Vou trabalhar no folheto esta
noite. Quando você terminar a pintura, Bastian, e as paredes estiverem secas, você pode me
ajudar a mudar os móveis para dentro, para que eu possa tirar uma foto digital. Cedrig e Jaydun,
não é? Será que todos os seus dragões têm nomes?
– Claro.
McKenna levantou os braços e os deixou cair para os lados enquanto saía do quarto.
– Este detalhe parece uma fada, – Vivica sussurrou.
Bastian lavava um pincel para recomeçar.
– Obrigado por me salvar.
Vivica piscou.
– Eu acho que você está salvando McKenna. Bem, seu legado de família, pelo menos. – Ela
lhe deu uma caixa de DVDs. – Estude estas lições e rápido. Queria trazer para você, é por isso que
eu planejei vir aqui hoje. Então eu encontrei McKenna e ela confirmou a minha preocupação.
– Estou feliz que você veio, ou ela não teria gostado do meu trabalho.
– O destino funciona com sua própria magia. A sua empregadora precisa fazer um
pagamento da hipoteca antes que acabe o prazo para um ganancioso corretor de imóveis vir aqui
e tentar tomar tudo dela, mas você não ouviu isso de mim.
– O que é um corretor?
– O cara é um construtor que está tentando roubar a terra de McKenna para que ele possa
construir aqui condomínios e fazer um monte de dinheiro. Você vai encontrá-lo em breve. Julgue
por si mesmo.
– Condomínios são ruins?
– Não. No lugar certo, eles são ótimos. Em um local histórico, com solo sagrado que ainda
pertence à família que é dono dele por séculos, nem tanto.
– Eu vou proteger McKenna do corretor, mas diga-me o que você pensa dele.
– Ele é um pouco como Killian, mas humano, felizmente. Quando você ficar cara-a-cara com
ele, pela primeira vez, não mostre suas garras, e eu digo isso literalmente.

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CAPÍTULO 22

Bastian acordou como todos os dragões devem, pronto para a batalha.


Seu atacante gritou.
Ele rugiu, até que ele percebeu onde estava.
A última vez que ele teve uma pálpebra arrombada, ele quase perdeu o olho. O agressor não
teve tanta sorte.
Jock fez um teste de fumaça rápido em seus assaltantes. Eles passaram.
Como esperava, o som de seu rugido alto trouxe McKenna e uma mulher que não conhecia
até o quarto, seguidas por um homem em uma cadeira de rodas.
– Wyatt! Whitney! – O homem estalou, obviamente familiarizado com os invasores da
madrugada.
As pequenas mãos que ergueram suas pálpebras abertas pertenciam aos dois pequenos
humanos que invadiram sua cama. As criaturas estavam uma em cada lado dele e não pareciam
ter sentido o menor dos medos por seu rugido. A menina, com grandes olhos azuis e cabelos loiros
encaracolados, tinha uma expressão viva. O outro, um menino, tinha amplos olhos castanhos
curiosos que falavam de uma ânsia de aprender os segredos do mundo.
Bastian sentou-se na cama, mantendo os cobertores até a cintura. Ele, infelizmente, não
despertou na cama de McKenna novamente durante a última semana e meia que ele passou ali
pintando os quartos. Suas palavras muito românticas para ele na hora de dormir na noite passada,
quando ela olhou para a chuva, foram:
– Apenas 59 dias!
A mulher que ele não conhecia se aproximou dele e arrancou os pequenos humanos longe
como se ele pudesse comê-los. Ao mesmo tempo, ele não poderia negar que seu dragão teria feito
algo assim, mas ele agora entendia a humanidade da humanidade. Mesmo a humanidade de
gatos. Triste admitir, mas as criaturas lanches estavam perdendo seu apelo.
– Lizzie, – McKenna disse: – este é Bastian, meu faz-tudo.
– Sim, – disse Lizzie. – Ele parece útil para mim. Olá, – disse ela. – Esses saqueadores nos
pertencem. Este é o meu marido, Steve.
– Olá, – disse Steve de sua cadeira.
– Peço desculpas pelo rugido, – disse Bastian. – Eu estava no exército. Eu vivi o tipo de
batalha aonde você ficar vivo depende de acordar pronto para lutar.
– Não, nós pedimos desculpas, – disse o marido. – Eles se movem rápido e estão
acostumados a explorar a casa de McKenna, o que nem sempre é uma coisa boa.
Lizzie colocou os filhos no colo do pai, e McKenna puxou a cadeira do homem do quarto. A
esposa permaneceu como uma estátua, olhando para ele em sua cama.
Bastian se perguntou se ela podia ver suas garras, asas, ou a cauda.
McKenna voltou num acesso de raiva e arrastou a amiga do ambiente.

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Foi a primeira vez que Bastian desfrutara de seus sentidos aguçados, porque ele podia ouvir
as duas mulheres falando todo o caminho até o corredor.
– Eu não posso acreditar que eu tive que puxar você para fora de lá.
– McKenna, ele é lindo, um grande pedaço e meio de homem, mas mais alto, mais amplo e
mais bonito do que qualquer homem entre aqui e Hollywood. Ele é como o melhor de cada
pedaço de homem em Los Angeles.
– Pessoalmente, – McKenna disse: – Eu estou pensando que ele é como um cruzamento
entre Hugh Jackman e Jeffrey Dean Morgan.
– Sim! Só que ele é mais alto e com ombros mais largos, e ele põe para fora uma aura de
carisma, – disse Lizzie.
– Eu não tinha notado.
– Ai, menina. Estou louca de amor por Steve e mesmo assim eu estava atraída pelo seu
pedaço de faz-tudo. Você já o viu nu?
Silêncio, Bastian ouvia.
– McKenna? – Sua amiga disse. – Você não está me respondendo. Repito. Você o viu nu?
– Um pouco.
– Sim! – Lizzie gritou. – Aposto que ele é bem-dotado.
– Lizbeth!
– Bem, ele não estava escondendo uma coisa pequena sob aquele cobertor.
– Eu não sei se ele é bem dotado, ok? Nós tínhamos bebido vinho. Adormeci, e ele ficou tão
entediado que dormiu também. Acabou por aí. Sobrevivemos. Nunca vai acontecer de novo.
– Mentirosa.
– Você acha que eu não sei quão bonito ele é? Eu gostaria que ele fosse tão feio como o
suíno do qual ele tentou me proteger. Ele só devia me proteger dele mesmo.
– O que você está falando? Ou talvez eu devesse perguntar o que você tem medo nele.
– Ele é muito malditamente perfeito. Vou ficar bem longe dele. Lembra-se que eu disse isso,
não é?
– Ele não é perfeito, ele está cheio de cicatrizes assustadoras. Você viu as trilhas de, eu não
sei, marcas de garras, talvez, no pescoço e abdômen…
Abdômen? Bastian se perguntou, tocando as cicatrizes das garras de Cedrig e marcas de
dentes de Devane.
– Aquelas marcas nas laterais são dentes? – Lizzie perguntou. – Como parecem ao toque?
– Como diabos eu deveria saber como parecem ou como elas chegaram lá?
– Eu com certeza gostaria de saber, – disse Lizzie.
– Você ouviu, – disse McKenna. – Ele esteve no exército.
Lizzie riu.
– Onde ele lutou com um T-Rex?
– Eu acho que as cicatrizes o fazem parecer um animal, – disse McKenna. – Um 'venha e me
coma como uma besta’, mas isso não significa que eu vou deixá-lo chegar perto de mim.
– McKenna Greylock, você já está quase na luxúria. Admita.
– De jeito nenhum.

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Bastian cruzou os braços atrás da cabeça e sorriu. O interesse de McKenna era um bom
presságio para a possibilidade de ele começar a usar o seu membro de homem algum dia em
breve. Ele só precisava levá-la a beber vinho de novo.
– Pessoalmente, – disse Lizzie, – Eu acho que ele já tem alguma luxúria voltada para você.
– Não. Por que você acha isso?
– A maneira como ele mantém os olhos sobre você.
Bastian sentou reto na cama. Ele não fazia isso, não é?
– Você tem uma imaginação e tanto, Framingham!
As vozes das mulheres enfraqueceram com o som familiar da porta da varanda fechando.
Desapontado por não conseguir mais ouvi-las, Bastian levantou, satisfeito com a visão de Lizzie
sobre o interesse de McKenna nele.
Despois que todos comeram, ele fez um bife para o café da manhã, mais um ovo com olhos
amarelos, comeu na velocidade de dragão, em seguida, se juntou a McKenna e seus amigos do
lado de fora.
– Qual é o meu trabalho hoje, chefe?
– Steve é o seu patrão hoje, – disse McKenna. – Você faz o que ele disser.
– Você vai trabalhar no telhado hoje, amigo, – disse Steve. – A primeira coisa que você vai
fazer é buscar o material no galpão.
– Meu nome é Bastian.
– Posso ir com ele, pai? – Perguntou o rapaz.
– Eu não sei, Wyatt. – Steve coçou a orelha e olhou para cima. – Você se importa, Bastian?
Bastian bagunçou o cabelo do menino.
– Eu acho que posso lidar com ele.
– Wyatt, – disse Steve com um dedo de advertência, – você vai esperar fora do galpão
quando você chegar lá. Basta acompanhar o Sr. Dragonelli até lá e de volta, ok?
– Ok, papai.
Bastian não tinha ideia de como falar com as crianças. Ele estava tentando pensar em algo
para dizer quando o menino olhou para cima.
– Quer saber um segredo?

CAPÍTULO 23

– Ok, – disse Bastian, sem ideia de com o que estava concordando. – Eu quero saber um
segredo.
– Meu pai sente muita dor, – Wyatt disse, – mas ele não quer que mamãe saiba.
Bastian observou o rapaz.
– Será que o seu pai lhe disse isso?
– Não, mas eu posso ver em seu rosto quando a mamãe não está olhando, e ouvi-lo dizer
que estava doente de tanto ficar nessa cadeira.

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– Eu acho que não posso culpá-lo. Eu aposto que você o ajuda sempre que pode.
– Sim, é por isso que eu não estou brincando com Whitney em casa, no caso de o pai
precisar de alguma coisa.
– Bom para você. O seu pai disse o que dói mais?
– Os joelhos. Ele esfrega o tempo todo. E a cabeça também, às vezes.
– Entendo. Ok, pequeno, eu vou entrar no galpão e já volto. Não se mova.
Wyatt se sentou em um toco e esperou. Bastian entregou-lhe uma caixa de pregos para
continuar o caminho de volta.
Steve os assistiu voltando.
– Você é forte, Bastian, carregando todas aquelas telhas ao mesmo tempo.
– Eu sempre fui forte. Você estaria mais confortável em uma cadeira diferente?
– Sim, mas eu estou preso a esta no momento.
– Eu não diria isso. – Bastian trouxe a cadeira confortável da biblioteca e a colocou debaixo
de uma árvore não muito longe da casa.
Steve balançou a cabeça.
– Você é um homem otimista, mas...
Bastian levantou-o nos braços e o sentou na poltrona.
– A partir daqui pode supervisionar esse trabalhador braçal e idiota e descansar, também.
O suspiro de alívio de Steve provou a veracidade da preocupação do pequeno Wyatt. Bastian
empurrou a outra cadeira de volta e colocou sobre ela as pernas inúteis de Steve.
– Cara, eu poderia me acostumar com isso, – disse Steve.
Bastian inclinou-se e colocou uma mão em cada um dos joelhos de Steve.
– Seu filho me disse que estava desconfortável. Ele está preocupado com você. Você deve
saber que tem um grande garoto. Não o deixe saber que eu lhe disse, mas você pode dar-lhe uma
esperança de vez em quando, diga-lhe que você está se sentindo melhor, tendo um bom dia,
coisas assim.
Steve olhou para as mãos de Bastian sobre seus joelhos, em seguida, para ele.
– Eu aprecio sua preocupação. Você pode mover a alavanca da cadeira para frente um pouco
mais?
Bastian odiou remover as mãos de cura tão cedo. O formigamento nas palmas das mãos
indicava uma série de danos nos joelhos de Steve. Um toque persistente iria funcionar melhor,
mas este foi o melhor que pôde fazer, enquanto podia discretamente usar o dom da cura. Ele
voltou para pegar as telhas para o telhado.
Whitney veio correndo da casa e desceu os degraus da varanda, as mãos em sua cabeça.
– A Barbie está em mim! Ela me pegou!
Bastian olhou por cima da pilha de telhas em seus braços. Poderia ela ver a pequena
Dewcup? Ele pegou a menina e a colocou no colo de Steve.
Steve riu.
– Como pode a Barbie estar perseguindo você?
– Ela está viva, eu juro. Eu posso provar isso. Ela tem asas, uma saia de flor de laranjeira, e
um chapéu de botão de ouro. Ela disse que meu cabelo era como a seda fiada e perguntou se
podia tirar uma soneca nele.

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– Você disse que sim? – Steve perguntou.


– Não, eu disse que não. Mas ela está nele, de qualquer maneira.
Bastian verificou o cabelo dela, e com certeza... Ele levantou uma sobrancelha para Dewcup.
A praga das fadas ergueu o queixo e virou de lado no cabelo macio da criança para olhar
para longe dele.
– Que imaginação você tem, Whitney, – disse o pai.
– Imaginação? – Bastian perguntou.
– Amigos invisíveis, esse tipo de coisa fantasiosa.
Que alivio.
– Bem, Whitney, eu posso ajudar a tirá-la de seu cabelo?
– Sim, por favor, Sr. Bastian.
Algo fez cócegas em Bastian por causa de sua resposta enquanto ele trabalhava para extrair
a fada, agarrando-se de forma teimosa nos cachos bonitos de Whitney.
– Ai! – Whitney gritou. – Ai, ai, ai!
– Perdão, – disse Bastian, negando sua necessidade de gritar com Dewcup, que havia
passado os braços e as pernas em torno de um punhado de cachos loiros.
– Você pode ter o seu membro de homem amolecido, – amaldiçoou a fada maldita, – antes
que você comece a usá-lo.
Bastian revirou os olhos e tentou escorregar Dewcup para baixo e fora dos fios dourados.
– Dewcup, você não têm boas maneiras, – disse Bastian... Em voz alta, infelizmente.
Steve franziu as sobrancelhas.
– Quando você brinca, você realmente brinca.
Os olhos de Whitney se arregalaram.
– É Dewcup seu verdadeiro nome?
– Sim, por que? – Embora desde a sua chegada com a presença incômoda da fada, ele
quisesse chamá-la de todo o tipo de nomes que uma menina não devia saber.
– Eu quero ser amiga de Dewcup, – disse Whitney. – Ela pode montar meu ombro, ou
sentar-se no meu bolso, mas eu não gosto dela no meu cabelo. Dói, e eu não posso vê-la lá em
cima.
– Dewcup, você acha esse um pedido razoável?
– Coma lesmas e lodo, – Dewcup disse, os braços cruzados.
Ele finalmente conseguiu ter a fada fora do cabelo da menina e depositou a coisa irritante no
bolso dela.
– Dê a ela algumas pétalas e mel e ela vai ser sua amiga para sempre. Há algumas flores ali
mesmo, ao lado da cadeira do seu pai.
Whitney sorriu.
– Você quer algumas pétalas, Dewcup?
De braços cruzados, e disposição azeda, ela deu a ele um olhar sujo, mas ela cedeu e deu a
Whitney um aceno de cabeça.
A menina escorregou do colo do pai, e começou uma conversa com a fada borboleta
irritante sobre bonecas e festas de chá, e o interesse de Dewcup foi adoçado com cada pequena
pétala devorada.

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– Você tem filhos? – Steve perguntou.


Bastian sacudiu a cabeça.
– Não, mas eu tenho uma fada que eu venderia barato.

CAPÍTULO 24

Da varanda, McKenna e Lizzie assistiam Bastian interagir com Wyatt e Whitney.


Lizzie sentou-se no degrau mais alto.
– Eu não consigo acreditar na maneira como um homem gigante conseguiu conquistar
minhas duas criaturas. Eles são difíceis de levar.
– Eu sei. Eu teria esperado que ele fosse jogá-los fora do quarto esta manhã, quando eles
tentaram erguer suas pálpebras abertas.
Lizzie gemeu.
– Eu quase tive um ataque cardíaco quando Wyatt admitiu que fosse o que ele e Whitney
estavam fazendo.
– Bastian é um enigma, – disse McKenna. – Grande, forte e temível, mas ele fez algo sobre o
desconforto de Steve que nunca pensamos em fazer. Ok, ele é mais forte do que nós, mas você e
eu podíamos ter conseguido, se a gente trabalhasse junta.
– Eu assisti a meu marido se encolhendo e mudando de posições, mas eu não pensei em
tentar colocá-lo em algo diferente de sua cama ou a cadeira de vez em quando, eu tenho
vergonha de admitir.
Assistindo Bastian, os joelhos de McKenna enfraqueceram e ela sentou ao lado de Lizzie.
– Olhe para ele, abaixando-se na grama para jogar um faz de conta com uma menina de três
anos de idade, como se sua fada imaginária fosse real.
Lizzie limpou o canto dos olhos com o avental.
– Ela nunca teve um amigo imaginário antes.
– É normal, não é? Na idade dela, quero dizer.
– Eu não sei, mas eu tenho medo que ela esteja se retirando em seu próprio mundo, porque
temos de avançar e ela está prestes a perder a única casa que ela já conheceu.
– Oh, Lizzie, você realmente vai perder a sua casa?
– Negócio feito. Ela não é nossa mais. Steve não me disse toda a verdade, porque ele não
queria que eu me preocupasse. Ruim para os gêmeos aqui, – ela disse, esfregando a barriga. – Eu
me pergunto o que mais ele não me disse. De qualquer forma, ele finalmente admitiu que estava
esperando por um milagre, mas nós não conseguimos um. Temos quatro semanas para sair.
– Você vai morar aqui comigo e Bastian, então.
– E tomar dois quartos destinados a seus clientes na hospedaria? Essa renda perdida faria
falta para você, minha amiga generosa, já que você tem impostos e pagamentos de hipoteca que
pairam sobre você.
– Nós vamos conseguir.

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– Eu não quero levar seu legado familiar para o fundo junto com a gente. Não, querida, eu
não posso aceitar.
– Então para onde você vai?
Lizzie deu de ombros.
– A mãe de Steve vive em um prédio com escadas, de modo que está fora de cogitação.
– Qualquer parente distante que eu não conheça?
– Não por localização ou parentesco. – Lizzie se encostou, ombro a ombro com McKenna, e
ficou assim.
McKenna a abraçou.
– Lizbeth, eu sei que você é teimosa, mas se você não encontrar um lugar com preço
acessível, e decente, no próximo mês, vou mandar Bastian sequestrar vocês quatro, a menos que
vocês sejam seis até lá.
– Você deseja manter o galã aqui então?
– Eu faria isso antes de eu despachá-lo, – McKenna riu. – Eu prefiro ter você vivendo em
minha velha ruína de casa do que num apartamento há quatro andares do chão com vizinhos que
você não conhece. E seus filhos, todos os quatro, se sentiriam melhor aqui na fazenda com
pessoas que amam eles do que na cidade com pessoas que eles não conhecem.
Os olhos de Lizzie encheram de lágrimas.
– Você acha que eu não sei disso?

CAPÍTULO 25

Bastian deixou Dewcup sob os cuidados de Whitney, Steve com Wyatt, e ergueu uma carga
de telhas para subir pela escada para o telhado, ainda que ele preferisse ter saltado a subir assim.
Do telhado, ele apreciou a vista. Ele perdeu as asas e a alegria de voar acima do mundo, e lembrou
como amava ser capaz de ver além do ninho.
Ele admirava a propriedade de McKenna com vista para o mar, quando os espíritos dos
antepassados dela saíram de seus esconderijos, todos, parecendo mais brilhantes. McKenna devia
ter saído.
Ah, lá estava ela, parando para conversar com Whitney, sem ter consciência da proteção e
amor em torno dela.
Ele não devia se surpreender por ela iluminar suas luzes espirituais. Em seu interior, ele
também ficava mais brilhante na presença dela. Não é?
Fazer da luta dela a sua própria luta era uma coisa, mas ter uma companheira de coração
significava doar o seu próprio coração? Por alguma razão, ele lutava contra essa noção, embora
ele certamente quisesse dar a ela seu corpo. Ele desejou ter pedido a Andra a resposta para mais
perguntas sobre seu papel, e as regras que envolviam uma companheira de coração.
Os antepassados de McKenna a cercavam. Alguns ele viu quando rompeu o véu, e outros no
dia em que chegou e montou Toffee pela primeira vez, mas agora, quando McKenna olhou para

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ele e acenou, várias gerações olharam para ele também, como se eles esperassem que ele botasse
ordem no mundo de McKenna.
Jock correu através deles fazendo-os sorrir, enquanto ele dançava ao redor e jogava fumaça
testando cada um com bafos brilhantes de amarelo.
Pessoas boas. Não era uma surpresa.
Dewcup surgiu para dar uma volta ao redor de sua cabeça.
– Eu estou feliz que eu não possa ficar velha, – disse ela, observando-os. – Eu não gosto de
rugas.
– Eles são lindos. Não olhe para os rostos. Olhe para seus corações.
As asas de Dewcup cantarolavam enquanto ela pairava no ar, cara-a-cara com ele.
– Eles não têm corações bonitos. Olhe de novo.
Ele olhou com um olhar mais exigente neste momento. Uma mulher envolta ficou para trás,
longe do resto, seu coração escondido pela sombra escura como um funil de nuvem sobre ela.
Teria ela morrido em uma tempestade e levado seu tormento para a sepultura?
Jock voou em sua direção, mas ela desapareceu antes que ele pudesse alcançá-la. Espíritos
fazem isso. Nada para se preocupar. Ela poderia ter entendido mal a intenção de Jock.
Bastian comparava Killian com tempestades, já que as usava como armas, e McKenna não
precisava de um inimigo seu tornando a vida dela mais difícil.
Jock testou o ar onde o espírito fugido esteve, e a fumaça virou um verde azul brilhante, o
que não implicava o mal, mas era diferente. Se ela tivesse permanecido, o teste teria sido mais
preciso. Um verde pútrido significava o mau.
Ele devia ler mais da história da família de McKenna, dada a presença de seus antepassados.
Ele começou com o mais recente livro para aprender sobre McKenna, os pais e avós. Toda noite,
ele tinha aulas e aprendia algo mais sobre McKenna e seu clã.
Ela desapareceu sob o telhado da varanda e a porta da varanda bateu fechada. Se ele
próprio não soubesse que ela entrou, as expressões nos rostos de seus antepassados lhe diriam.
Eles estavam sóbrios agora. As luzes se apagaram em seus olhos.
Como ela se tornou a figura central em uma família secular?
Eles esperaram por seu retorno com a respiração suspensa.
O galpão e um celeiro devem ter sido alojamentos em um momento ou outro, dado que os
espíritos se reuniram ali, suas roupas refletiam os séculos em que cada geração viveu. Os vestidos
das mulheres aumentaram e, posteriormente, até mesmo as mulheres usavam calças.
Alguns dos ancestrais do sexo masculino de McKenna usavam espadas nas laterais, e saias
com cores cruzadas, bolsas sobre elas na área geral de suas partes íntimas. Roupas estranhas para
homens, saias.
Mais perto da casa, a avó de McKenna olhou para ele e, ao lado dela, a mãe de McKenna, o
espírito mais jovem e vibrante, provavelmente porque ela andou nesta terra não há muito tempo.
No geral, as mulheres estavam à frente dos alfas, como líderes, os seus homens por trás
delas como apoiantes incondicionais. McKenna veio de um clã feminino forte.
Mais uma vez ele se perguntou se ser o companheiro de coração de McKenna Greylock
significava enterrar suas tendências alfa. Ele poderia fazer isso? Ele não a conhecia bem o

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suficiente para responder ainda, mas ele a ajudaria a manter a terra para salvar a magia de Andra
e as vidas de seus irmãos dragões. Ele iria deixar o tempo dar-lhe as respostas.
Quando McKenna saiu, os espíritos aplaudiram como espectadores de um torneio. Eles
permaneciam presos à terra apenas para vigiá-la? A pergunta o perturbou, assim como sua
capacidade ímpar de vê-los e sentir a dor de McKenna. Embora ele não se sentisse perturbado o
suficiente para deixá-la.
– Bastian, – Steve chamou de sua cadeira confortável. – Como tá indo?
– Vai bem, – Bastian gritou de volta, chutando uma pilha de telhas. Supôs que deveria agir
como um carpinteiro faz-tudo, ou seria despedido pela mulher que ele procurava domar,
proteger, ajudar, dar esperança... E cuidar?
Tendo em conta a sua força e velocidade, e o tamanho da área de trabalho, ele iria terminar
antes do dia acabar. Mas dado o tempo que Steve estimou, ele não podia deixar ninguém saber
que ele terminaria até amanhã à tarde, no mínimo.
Ele foi trabalhar, feliz por ter lido alguns livros sobre telhados. Ele chegou a um ponto em
que ele pensou que tinha quase terminado quando viu uma extensão inesperada da casa de
McKenna ao largo das costas.
Ela não mostrara a ele essa parte de sua casa. Ele se perguntou por que, enquanto ele
abaixava-se ao longo do telhado da varanda, do outro lado, a partir do qual ele poderia alcançar
uma janela do último andar. Ele deslizou-a aberta e, com as mãos na borda superior da janela,
levantou-se para entrar.
Lá ele encontrou não um galpão cheio de lixo, nem a metade estava cheio, mas um quarto
com uma cama antiga, mais quartos, uma sala, um banheiro, escadas que dividiam um salão de
uma sala de jantar e cozinha. Uma casa inteira em melhores condições do que a de McKenna.
Embora, a rigor, isso também devia pertencer a ela.
Dois espíritos apareceram na parte inferior da escada, e Bastian inadvertidamente rugiu pela
surpresa, mas ele segurou seu fogo. Um casal mais velho, de mãos dadas, os rostos marcados com
cicatrizes, acenou com a cabeça em saudação.
– Eu sou Esther, – disse a mulher. – E este é o meu marido, Caleb.
– Eu nunca vi você antes. Por que não se reúne com o resto da sua família?
Esther indicou a fechadura da porta.
– A sua família a trancou aqui?
– Fomos contagiosos, – disse Esther. – Nós nos trancamos para manter nossa família longe
da nossa doença, mas em vez disso, isso quebrou o coração deles, nos mantendo separados.
Ninguém tem vivido nesta casa desde então.
– Eles nunca nos perdoaram, – disse Caleb, – por isso, ficamos fora de vista, como eles
querem.
A crescente compreensão de Bastian sobre a humanidade, se não da sua língua, o
surpreendeu.
– Eles queriam ajudá-los, mas vocês queriam mantê-los seguros. Ambas são boas ações, que
eu não posso pensar como precisaria de perdão. Vou perguntar a McKenna por que ninguém viveu
aqui.
A mulher assentiu.

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– Obrigado por ter vindo para ajudá-la.


Bastian coçou a cabeça.
– Será que todo mundo sabe que eu estava vindo?
– Ciarra, nossa antepassada, disse que você viria, que só você poderia salvar McKenna. Nós,
espíritos a vigiamos. Quando ela completar sua tarefa e estiver salva, todos nós poderemos seguir
em frente.
– Minha tarefa cresce em magnitude e consequência, – disse Bastian, mas quanto mais
pessoas pareciam precisar dele, mais sua própria missão parecia fora de alcance. – Sem saber por
que ou como, eu pareço destinado a salvar McKenna, você e seus antepassados, a magia de
Andra, e minha legião de...
– Dragões. Nós sabemos. Como podemos ajudar?
Um peso foi tirado de seus ombros com a oferta de Esther.
– Se você quer ajudar, procure o espírito entre vós cujo coração está sombreado por uma
nuvem escura. Diga-me se ela é um de vocês. Se não, ela pode planejar dificultar a minha missão,
e assim dificultar a de McKenna. Coloquem medo no corretor imobiliário que está tentando
roubar sua herança quando ele vier aqui. Assustem-no como fantasmas pavorosos. Divirtam-se e
ajudem McKenna no processo.
Bastian reconheceu um toque de brilho travesso dos olhos de McKenna nos olhos do casal e,
claro, em seus corações bonitos. Como a mãe, que também tinha morrido jovem.
– Nós não consideramos o divertimento em um século, – disse Caleb.
Bastian fez uma reverência, um hábito de sua primeira vida humana, ele imaginava.
– Eu estaria em dívida com você. Posso fazer alguma coisa por vocês?
– Leve-a a usar esta parte da casa. Nós sentimos como se a tivessem levado para longe de
nós.
– Eu vou, – disse Bastian. – Ela poderia ampliar a hospedaria e ganhar mais dinheiro para
pagar a hipoteca, o que quer que isso seja.
Esther sorriu.
– Ou ela poderia transformá-lo em um apartamento para vocês dois.
Bastian vacilou em seu entendimento. Na verdade, ele e McKenna viviam sob o mesmo teto,
mas o atual regime não era o que os corações ou expressões desses espíritos transmitiam.
– Explique, por favor.
Caleb balançou em seus calcanhares.
– Nós sabemos que é possível.
– E eu sei, – Bastian advertiu, – que a probabilidade de um resultado perfeito para qualquer
um de nós já foi comprometida por uma velha com magia escura. Vou fazer o meu melhor,
embora já possa ser tarde demais. Vão para a sua família. Eu acredito que vocês serão bem-
vindos. – Bastian abriu a porta para o exterior e indicou o caminho para fora.
Quando Caleb e Ester entraram na luz solar, ascendentes e descendentes apareceram para
recebê-los, e a mulher com coração sombreado ficou para trás, além do resto. Ela deu-lhe um
aceno de cabeça, como uma resposta afirmativa à pergunta dele, levantou a mão, e atirou um raio
para o ar de seus dedos.
Killian. Não tão perigosa ainda. Mas aguardando sua vez.

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Se seu ser transformado novamente em um homem a havia enfraquecido, ele não gostaria
de vê-la com plenos poderes. Killian, a deusa do caos, não iria fazer um movimento até que ela
pudesse dar o golpe que faria com que o dragão interno assumisse seu ser. Isso era tudo o que ela
queria, uma vingança que destruiria a magia de Andra, e com isso, ele e os dragões irmãos.
Nada mais, nada menos.
McKenna e sua família, todos em torno dele estavam seguros. Só que ele tinha razão para
temer Killian.
Quando Bastian ouviu McKenna chamá-lo, ele trancou a porta do outro lado, subiu as
escadas correndo, subiu para fora da janela, e saltou sobre o telhado adjacente em direção à
frente da casa.
Ao se aproximar, ele reduziu a velocidade e seguiu o chamado de McKenna em direção à
borda. Ele olhou para ela.
– Sim, McKenna?
– Você está com fome?
– Implacavelmente.
O sorriso raro dela empurrou um pouco mais fundo em seu coração.
Seria mais fácil apenas saltar para o chão a partir daqui, mas ele se colocou em uma
encenação de caminhar cuidadosamente em direção à escada.
Quando ele começou sua caminhada, o ar frio, um raio dividiu a escada, e uma chuva de
granizo rápida e repentina cobriu o telhado com um tapete brilhante de gelo.
Bastian perdeu o equilíbrio.
Steve gritou e McKenna gritou.
De cabeça, ele deslizou em direção à borda do telhado, viu seus irmãos morrendo em
explosões de lava ardente, implorou o perdão de Andra, e chamou o nome de McKenna.
Não havia nenhuma tração em seus pés neste momento.

CAPÍTULO 26

O chão o acertou rápido.


E duro. Tão duro que ele desejou ter um arbusto espinhoso embaixo dele.
Ele caiu de lado, mas o impacto o quebrou.
Ele viu Steve sentado em frente na sua cadeira, mas Lizzie e as crianças não podiam ser
vistos em lugar algum. Uma pequena bênção.
O sol saiu quando McKenna ajoelhou-se ao lado dele, apesar do tapete de granizo.
– Eu vou chamar uma ambulância.
– Não! Tome minhas mãos, dobre os meus braços, de modo a descansar minhas mãos nas
minhas costas, e mantenha-as lá.
– Você está louco? Isso vai doer como o inferno. Você quebrou o cérebro, também? Parece
que seus braços estão quebrados.

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Steve chamou Lizzie com uma voz que soava distante, como as árvores e as nuvens pareciam
girar acima dele.
– Chegue perto, McKenna, e ouça.
Ela veio quase beijando-o de tão perto. Ele gostaria de poder obrigá-la a lhe beijar.
– Eu posso me curar, – disse ele para que apenas ela pudesse ouvir.
Ela empalideceu.
– Certamente você pode. – Seu rosto não estava de acordo com as palavras dela.
– Verifique as minhas mãos, eu mergulhei meus dedos em óleo quente de fritar batatas.
McKenna olhou para os dedos de ambas as mãos, o movimento era uma experiência
dolorosa.
– Eu não posso dizer quais você queimou, exceto que dois deles estão com uma pele nova de
cor rosada.
– Eu as curei. Ajuda-me a curar minhas costas para que eu possa mover os braços e usar as
mãos para curar minhas outras partes quebradas. Você guarda o meu segredo?
– Quer dizer que você quer esquecer que tentou voar? Você nasceu em um ninho de cuco?
– Faça como eu disse! – Ele gritou por entre os dentes, dor irradiava através dele, o seu
dragão clamava no interior para superar o seu autocontrole, que estava bem mais fraco. –
McKenna, apenas faça. Ou tudo estará perdido.
– O que quer dizer, perdido?
– Faça isso agora! – Um rugido acompanhou a ordem.
McKenna firmou sua espinha na defensiva, mas ela obedeceu e, quando ele lutou contra o
dragão feroz dentro dele, sua coroa de chifres cor de rosa, as asas brotaram sob as mãos em suas
costas, e as lágrimas de McKenna caíram.
O tempo pareceu parar. Bastian começou a perder a batalha, porque quanto mais ele se
machucava, mais forte e mais irritado ficava seu dragão.
Eventualmente, ele percebeu que quanto mais ele se concentrava no rosto de McKenna, e
mais se preocupava com ela, mais calmo seu dragão se tornava.
McKenna já era o centro de seu coração, ele admitiu para si mesmo. Se ele não tivesse caído,
ele nunca teria sabido que se preocupar com ela era um pouco como carregar um escudo para a
batalha. Um escudo contra a sua besta interior.
Um escudo contra Killian.
Um som inesperado, de um trovão mais fraco, disse a ele que Killian sabia disso também,
mas ela não iria desistir. A fraca resposta dela confirmou que ter McKenna ao lado dele o fazia
forte e seu maior inimigo fraco.
Sua companheira de coração já havia se tornado sua companheira sem que nenhum deles
percebesse. As mãos de McKenna o acalmaram enquanto ele se curava, acalmava sua dor de uma
forma espiritual. Ela tinha o poder de curar seu coração e sua alma também.
O tempo já não parecia importante.
Quando a dor nas costas começou a recuar, assim como suas asas, chifres, espinhos e garras.
– Chega, – disse ele com alívio ousado. – Remova as minhas mãos das minhas costas.
A dor desse movimento o fez rugir dentro, enquanto ela soluçava abertamente.

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Quando ele espalmou a ruptura em seu braço esquerdo, outra luta com seu dragão interior
se seguiu, até que ele pode flexionar o braço levando a mão até o outro braço. Quando os dois
braços foram curados, ele se ajustou para uma nova posição.
Após uma recuperação satisfatória, Bastian sentou-se.
Steve sentou-se para frente, com uma expressão de choque atordoado e silencioso.
Bastian colocou as mãos sobre os joelhos.
McKenna, sua expressão como a de Steve, viu-o e se acalmou. Descrença vibrou através de
sua própria testa, seguida por uma série de perguntas não ditas.
– Vamos conversar mais tarde, – disse ele. – Depois de Steve e Lizzie irem para casa.
Mantenha o meu segredo, eu lhe peço. Pelo bem de ambos.
– Quem é Você?
– Eu sou o serviçal. Você é o chefe. – Ele se levantou e se limpou.
Ouviu sirenes se aproximando. Homens loucos saltaram de caminhões que tinham luzes
vermelhas e laranjas fazendo círculos. McKenna os fez examinarem Bastian.
– Não tem nada de errado com esse cara, – disse o homem com um fio em forma de Y
pendurado em suas orelhas, tirando um objeto que tinha um aperto doloroso de seu braço. –
Saudável como um cavalo. Tem certeza que ele caiu?
– Ele caiu, – Bastian estalou. – Mas ele não se machucou.
– Peço desculpas pela grosseria, – McKenna disse a eles. – Voar faz dele irritadiço.
Voar o fazia feliz. Algum dia ele iria dizer isso a ela.
O caminhão com a luz recuou no terreno como se nada tivesse acontecido. Porque não
queria falar sobre a queda, Bastian levantou Steve de sua cadeira, levou-o para dentro da casa, e
sentou-se à mesa, onde Lizzie e as crianças esperavam.
– Lamento que esteja atrasado para o almoço.
Lizzie assentiu, mas manteve o silêncio.
Então, todo mundo falou de uma vez e parou novamente o mais rápido.
O silêncio tinha um batimento cardíaco. Alto. Questionamento.
– Papai, eu e Wyatt gostamos de tê-lo à mesa como nós, – disse Whitney. – Dewcup, não,
esse é o meu leite. Tia Kenna, você tem um dedal?
– Não é tempo para costurar, é hora de comer, querida, – disse sua mãe, olhando Bastian
como se tivesse crescido chifres nele.
– Não, eu quero encher o dedal com leite para Dewcup. Ela está com sede e eu não quero
que ela se afogue em meu copo.
Os pais de Whitney trocaram olhares, mas McKenna se levantou, saiu da sala e voltou com
um dedal e o deu a Whitney.
A menina pegou um pouco do leite em seu copo e colocou-o ao lado do prato, enquanto
Dewcup batia palmas e dançava em torno dela. Em seguida, a fada esquisita mostrou a língua para
ele e ergueu o dedal em ambas as mãos, na forma como ele podia levantar um galão de tinta para
saborear.
– Eu quero sentar ao lado do Bastian, – disse Wyatt, atraindo a atenção de todos para longe
do dedal. Wyatt podia ver Dewcup? Ele distraiu todos de propósito?

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Bastian desejou que McKenna, Lizzie, e Steve removessem os olhares de sua pessoa. Ele
supôs que ele tinha chocado a todos. Ignorando seus olhares, ele abriu espaço para Wyatt ao lado
dele, o surpreendeu que ele gostasse de crianças.
Quando isso foi resolvido, ele tentou comer o seu almoço, mas parou no meio do caminho
com o garfo à boca. Colocou-o em seu prato e suspirou.
– Eu caí porque o granizo no telhado se tornou escorregadio. Steve, não foi assim no dia em
que você caiu de um telhado?
– Não com granizo, – disse Steve. – Mas algo escorregadio. Você sabe, eu nunca ouvi falar de
alguém cair de um telhado e seguir andando como você fez.
Bastian tomou um gole de leite.
McKenna bebeu o dela e olhou diretamente para ele.
– Nós não tivemos qualquer granizo neste verão, até que você chegou aqui.
– Tem ocorrido mais do que em uma temporada normal? – Bastian perguntou.
McKenna zombou.
– Mais do que em uma década normal. – Ela olhou para ele e voltou-se para seus amigos. –
Você sabe, eu acho que o Sr. Assistente aqui cozinhou minhas maçãs!
Steve esfregou o nariz.
– Por favor, não compartilhe isso, McKenna. Lizzie e eu realmente não queremos saber o
que você e Bastian fazem ou não fazem com as maçãs uns dos outros quando vocês estão
sozinhos.

CAPÍTULO 27

McKenna não pareceu apreciar o comentário de Steve, enquanto Bastian imaginou se


alguém, humano ou sobrenatural, poderia ter desejado, planejado, ou feito qualquer coisa que
resultasse na queda de Steve. Como empreiteiro de McKenna, Steve quase garantia o sucesso
dela, até que ele caiu, o que quase lhe garantiu o fracasso.
Hoje à noite, Bastian iria procurar a palavra —corretor imobiliário.
Killian não se importaria se McKenna falhasse ou conseguisse. Não, para Steve, e para a
mulher cuja casa ele deveria transformar em uma hospedaria, um inimigo humano fazia mais
sentido.
Finalmente, McKenna e seus amigos cansaram de olhar para ele e viraram-se para suas
refeições.
– Você fez um ótimo trabalho de pintura dos quartos, – Lizzie disse enquanto cortava a carne
de Wyatt. – Onde você aprendeu a pintar assim?
– Eu aprendi a partir de um livro.
Steve pegou as batatas em seu prato.

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– Você é como Grandma Moses18, apenas pega um pincel e segue pela cidade.
– Eu não tenho ido a qualquer lugar e eu não posso ser uma avó, porque eu sou um homem.
– Eu te disse, – disse McKenna. – Literal.
– Bem, – Steve riu. – Você pode muito bem ser um descendente distante de Wallenda19, mas
você também é um gênio do desenho. Você deu a McKenna algo único para anunciar, uma boa
cutucada. Oh, desculpe. Péssimo trocadilho. Involuntário. Você deu a McKenna algo único como
uma Toca de Dragão, uma vantagem no segmento turístico. Estou feliz que ela o encontrou.
Bastian assentiu, sem saber o que dizer.
– Estou quase sem tinta. McKenna, podemos comprar mais?
– Você está usando mais do que eu esperava, mas eu posso ver por que, dado o efeito
dimensional que você conseguiu.
Lizzie balançou a cabeça.
– Eu amo o brilho da água e as escamas perolizadas sobre os dragões.
– Eu amo os dragões, – disse Wyatt. – Eles parecem que podem respirar fogo.
– Oh, eles podem. – Bastian vacilou enquanto os adultos se detiveram sobre ele novamente.
– Dragões reais respiram fogo, Wyatt, e estou definitivamente a pintar dragões reais.
– Você parecia um dragão quando voou do teto, – acrescentou Wyatt. – Você vai fazê-lo
novamente após o almoço?
– Não! – Seus pais gritaram.
– Você me viu cair? – Bastian perguntou, olhando para o garoto.
– Eu estava me escondendo atrás da cadeira do meu pai. Eu sou o único que correu para
casa para chamar a mamãe para ligar para a ambulância para você.
– Ambulância, – disse sua mãe, corrigindo-o.
– Ora, muito obrigado, Wyatt. – Por um triz. Ainda bem que ele se curara antes da chegada
da ambulância.
Whitney chupou uma batata frita, desaparecendo em sua boca como uma serpente na boca
de um dragão, enquanto Dewcup usava as duas mãos para retirar bolhas de ketchup fora da borda
do prato de Whitney para sua boca.
– Eu gosto das imagens de Dewcup nas paredes pintadas por você, – disse a menina.
Precisamente por isso ele iria manter Dewcup longe das paredes até depois do almoço.
– Que cor você precisa para pintar? – McKenna perguntou.
– Não importa. As cores dão-me as imagens.
Ela soltou seu fôlego.
– Tudo bem, então, na primeira oportunidade que tivermos, vamos visitar a loja de ferragens
e barganhar um pouco de tinta para você.
– Eu gostaria de ver mais de Salem. – Ele também via a possibilidade de passar um tempo
sozinho com McKenna.
Lizzie limpou a mesa.
– Steve, você precisa tomar o medicamento e esticar-se por um tempo.

18Nome de uma artista inglesa, que Bastian confunde com a palavra grandmother, que significa avó.
19Karl Wallenda foi um equilibrista e artista de circo, criador do The Flying Wallendas, grupo que fazia shows de equilibrismo na
corda bamba, sem nenhuma proteção.

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– Eu gostaria de poder voar como você, Bastian. Eu odeio ser tratado como criança. Alguém
quer tirar uma soneca comigo? – Ele ergueu as sobrancelhas para a esposa.
Bastian invejava sua provocação. Ele acreditava que McKenna cortaria algo importante e que
ele ainda queria usar se ele brincasse com ela sobre dormir juntos antes de ela o convidar para
isso.
– Nada de sesta para mim, – disse Wyatt, saltando da cadeira para correr fora.
Whitney bocejou.
– Eu sou muito grande para uma soneca.
– Talvez você possa se sentar com o seu pai por um tempo, Whitney, – Lizzie sugeriu, – e ler
um de seus livros até que ele adormeça. Em seguida, você pode ir brincar.
Bastian levou Steve para a cama de McKenna.
– Como está sua cabeça?
– Deve estar melhor que a sua, mas dói, embora a cadeira que você trouxe ajudou meus
joelhos.
Eles poderiam ter começado a curar mesmo que apenas um pouco, pensou Bastian.
– Fico feliz em ouvir isso. Agora, deixe sua filha cuidar da sua cabeça. Aqui, Whitney, coloque
as mãos sobre a cabeça de seu pai, assim, para aliviar a pressão. – Bastian colocou as palmas de
suas mãos sobre as da menina e deixou sua cura fluir através dela, por isso a magia dele não seria
notada. Embora depois de sua queda, a falta de perguntas o surpreendeu.
Pena que seu silêncio não iria durar muito.
Steve adormeceu em menos de um minuto, Whitney, pouco depois, o que permitiu a
Bastian manter suas mãos curativas sobre a cabeça do homem, por um tempo, em seguida, sobre
os joelhos de Steve novamente.
Quando Bastian ouviu o andar distintivo de Wyatt vindo pelo corredor, ele saiu do quarto e
passou por Wyatt indo para o banheiro, mas Bastian parou no corredor. De lá, ele podia ver e
ouvir Lizzie e McKenna na cozinha, mas elas não podiam vê-lo.
– Eu só estou dizendo que você pode esquecer seu pedaço de homem se isso estiver em
causa, – disse Lizzie. – Eu acho que ele tem uma queda por Steve.
– Seu marido e meu faz-tudo? – McKenna levantou a mão no ar. – Não mesmo.
– Steve provavelmente não percebeu ainda, – Lizzie disse, – e eu posso estar errada, mas
Bastian realmente parece se preocupar com o desconforto de Steve.
– Eu preciso deles para trabalharem juntos. Espero que a atenção de Bastian não seja um
problema para Steve.
– Não seja boba. Steve não é homofóbico. Bastian é gentil, forte, pinta como um artista, e
sabe lidar com os nossos filhos. Quanto a mim, ele é divertido de se olhar.
McKenna acotovelou a amiga.
– Sério, meu marido tem estado em dor durante semanas, por isso, se Bastian quer aliviar
um pouco isso, eu deixo. Eu apenas me sinto mal por você. Eu pensei que este era a sua
oportunidade. Eu queria que Bastian se apaixonasse por você.
– Eu sei que você queria. – McKenna suspirou profundamente. – Só vai servir para provar
que eu...

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– Alugou um trabalhador braçal gay20, o que significa que você pode finalmente deixar um
homem chegar perto, sem levantar suas paredes habituais.
– Acho que é uma coisa boa, – disse McKenna.
Bastian não sabia por que ele ser feliz devia perturbar a todos, mas se isso significava que
McKenna iria deixá-lo chegar perto dela, ele seria gay o tempo todo. Ele atravessou a cozinha e
deu-lhes um aceno de cabeça.
– Vou voltar a trabalhar no telhado, – disse ele, mas ele permaneceu na varanda um pouco.
– Você acha que ele nos ouviu? – Lizzie perguntou.
– Inglês não é sua primeira língua, então ele pode não ter entendido.
– Espero que não. Eu não quero ferir seus sentimentos.
McKenna riu, um som agradável.
– Será que o homem parece frágil para você?
– Ele parece é comestível, – disse Lizzie.
– Eu sei. – McKenna suspirou. – Pena que ele não curte o nosso sabor. Mas você está certa.
Eu me sinto como se um peso tivesse sido tirado dos meus ombros. Eu posso desfrutar da
companhia dele sem ter medo de me machucar.
Ele nunca iria machucá-la, Bastian pensou com uma careta, mas pelo menos ela queria
passar mais tempo com ele.
Ele deixou o alpendre, saudou os espíritos, e quando ele chegou ao lado da casa, tomou um
salto satisfatório para o telhado.
Ele terminou o telhado naquela tarde. Depois, ele leu um livro sobre pintura externa de uma
casa e discutiu com Steve após a soneca.
Steve disse que a pintura estava empolada, especialmente no lado voltado para o porto
antigo, que ela teria de ser queimada com uma pistola de ar quente ou um maçarico a gás.
Hah, pensou Bastian. O que ele realmente precisava era de uma cobertura de escuridão.

CAPÍTULO 28

McKenna relaxou na companhia de Bastian pela primeira vez desde que ele chegou aqui. Ela
não se importava mais em continuar na sala com ele no final de um dia, contanto que ela não
bebesse vinho.
Ela estremeceu com a lembrança de dormir ao lado dele naquela primeira noite, os dois nus
e abraçados.
– Você gostaria de um pouco de vinho? – Ela perguntou e quase mordeu a língua.
O que havia de errado com ela?
Os olhos dele se estreitaram enquanto a observava da maneira que ele faria para estudar
um tabuleiro de xadrez antes da próxima jogada.

20 A palavra gay tinha um significado original em inglês como —alegre, — por isso Bastian não entendeu seu significado como

homossexual.

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– Sim, por favor, – disse ele, a voz rouca.


A implicação ia contra tudo que Lizzie disse sobre sua sexualidade. McKenna deu de ombros
e considerou a resposta como um tipo de desafio do universo.
– Eu volto já.
Ele a seguiu até a cozinha para levar a bandeja para a sala de estar para ela.
– Meu herói. E obrigada por levar Steve até o porão, depois da sesta, para que ele pudesse
mostrar-lhe como consertar a fiação. Eu gosto de ter eletricidade novamente.
– Steve disse que é uma correção temporária, até que tenhamos tempo para fazer o certo
para a inspeção. – Bastian colocou a bandeja no chão ao lado deles. – Ele é um homem inteligente,
Steve, embora eu prefira a nossa luz da noite vinda só do fogo.
– Nenhum fogo é necessário. É agradável sair hoje à noite. A chuva de hoje durou apenas o
tempo suficiente para deslizar-se fora do telhado. Falando nisso, você disse que ia falar depois de
Steve e Lizzie irem embora. O que aconteceu depois que você caiu? Não sou médica, mas eu podia
jurar que você quebrou ossos.
Ele coçou uma orelha.
– Torci, talvez.
– E você curou a si mesmo? É um tipo de coisa New Age21?
– OK.
Ela observou-o atentamente.
– Como Reiki22?
A preocupação de Bastian desapareceu, ela notou.
– Sim, – disse ele. – Reiki.
– Ou mais como Zwami? – Ela sugeriu, testando-o com uma palavra falsa.
– Exatamente!
Ela riu.
– Isso que é cara de pau.
– Uma cara de quê?
– Não importa. Você vai tomar a expressão literal e nós ficaremos aqui toda a noite.
– Nós estaremos aqui toda a noite, McKenna. – Ele ergueu sua taça de vinho.
Território perigoso. Ela levantou a dela. Os copos tilintaram, e antecipação a percorreu. Ela
estremeceu, mas veio rapidamente de volta à sanidade.
– Diga-me o que realmente aconteceu hoje.
– Você viu por si mesma. Eu curo rápido. Minhas mãos contra minhas feridas faz elas se
curarem mais rapidamente. É um presente. Um presente incomum.
Dado o fato de que ele rompeu a parede do porão e ele carregou Steve como ele poderia
carregar Whitney, ela concedeu que ele tinha algumas qualidades incomuns.
– Reservo-me o direito de questioná-lo ainda mais, – disse ela.
Ele assentiu.
– Reserva de distância.

21 O movimento New Age (em português, Nova Era) tem, como característica, uma fusão de ensinos metafísicos, cura a partir de
vivências espiritualistas e etc.
22 Através desta técnica, os praticantes acreditam ser possível canalizar a energia universal (Reiki) a fim de restabelecer um suposto

equilíbrio não só espiritual, mas também físico.

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Ela o conhecia melhor agora e já não sentia a necessidade de colocar distância entre eles. De
fato, ela se aproximou, lentamente, de modo que ele não notasse. Ele se sentou com as pernas
cruzadas, as costas contra uma poltrona estofada, ela com as pernas para o lado, a saia cobrindo-
a.
O espaço entre eles fizeram um corredor perfeito para Jaunty de pé, cabeça erguida, caixa
de tecido em sua cabeça.
A gata foi se esticando para o colo de Bastian, se estabeleceu, e começou a ronronar. Bastian
acariciou a gata exatamente do jeito que ela costumava fazer. Então o felino de bronze rolou de
costas e apresentou a Bastian sua barriga crescente.
Bastian olhou com espanto.
– Ela está louca?
– Com certeza ela está, mas agora, ela quer que você esfregue a barriga dela. Ela está
cansada de galopar pela casa como se ela tivesse fogos de artifício amarrados à cauda.
Bastian riscou as orelhas da gata com uma mão e esfregou a barriga com a outra.
– Eu não sei por que ela gosta de mim.
McKenna limpou a garganta enquanto ciúme subia por sua cabeça ridícula. Ciumenta da
própria gata? Ela acabou de colocar Jaunty no departamento dos pateticamente carentes por
atenção. Controle-se, disse a si mesma.
– Bastian, você está mimando-a mais do que ela já teve em sua vida. Em segundo lugar, você
não está mais chamando ela de Lanche. Além disso, Bast é o nome de uma espécie de santo
padroeiro dos gatos. E seu nome é uma variação deste nome.
Confusão prejudicou a precisão esculpida dos traços de Bastian.
– Bast? Um santo padroeiro?
– Eu sei, parece uma blasfêmia, – disse ela, – mas eu sou um descendente de uma bruxa
celta do lado da minha mãe e uma Católica pelo lado do meu pai, e eu tenho dois sistemas de
crenças ensinados para mim desde o nascimento, que me faz uma espécie de saco com mais de
uma religião misturada dentro. Entrei para a igreja protestante em uma idade precoce e adoro ir lá
regularmente.
– Fico feliz em ouvir isso. – Ele abandonou as orelhas de Jaunty para saborear o seu vinho. –
Meu dente doce nunca foi mais feliz. Brownie? – Ele perguntou, indicando o prato na bandeja.
– Vá em frente. Mais doces para você.
Ele mordeu um dos densamente fofos bolos, receita da vovó.
– Eu não acho que a vida poderia ficar mais doce, – disse ele.
– Fico feliz em ter alguém apreciando a minha culinária.
– É isso que você gostaria de fazer melhor? Cozinhar e assar? Do que eu aprendi sobre
hospedarias, você estará fazendo as duas coisas muitas vezes.
– Meus clientes precisam disso para comer, então eu vou cozinhar para eles. Lizzie é uma
cozinheira melhor. Ela pode fazer um pedaço de carne suficiente para alimentar um exército, e
eles vão pensar que é incrível. Ela cozinha e assa porque ela gosta de fazer. Eu faço porque tenho
que fazer.
– Então o que você gosta, McKenna, ou talvez eu devesse perguntar o que você quer mais do
que qualquer coisa? Além de abrir a hospedaria, você tem outras missões na vida?

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Ela levantou os joelhos e apoiou o queixo sobre eles.


– Engraçado você perguntar. Há poucos dias, transformar a minha casa em uma hospedaria
e salvar a minha herança familiar, era tudo que eu queria.
– E hoje?
– Eu ainda quero salvar a fazenda – não importa quão clichê isso que possa parecer –, mas
eu quero algo mais agora. As pessoas são mais importantes do que casas e fazendas, não são?
– Eu vim a acreditar que sim, as pessoas são tudo.
– Steve está sob investigação por fraude de seguros.
– O que isso significa?
– Em poucas palavras, significa que eles vão perder sua casa. A companhia de seguros acha
que ele se jogou do telhado de alguém de propósito.
– Ele deve dizer-lhes que não fez isso.
– Tenho certeza que isso não é o suficiente. De qualquer forma, ele tentou. Mas eles só vão
recuar com a ajuda de um advogado, e ele não pode pagar um advogado. Os gêmeos de Lizzie
devem vir em algumas semanas, então ela não pode fazer as malas e sair por aí procurando outro
lugar em sua condição.
– Defina gêmeos.
– Dois bebês que nascem juntos, porque eles foram conduzidos por uma mãe ao mesmo
tempo.
– Oh. Ohhhh. Sua amiga Lizzie terá dois novos bebês? – Ele usou a mão para fazer um monte
imaginário em seu estômago. – Não me admira que ela esteja assim... Tão cheia de bebês.
Bastian parecia encantador como o inferno, não havia outra maneira de descrevê-lo.
– Certo. Então como é que uma família de seis pessoas vai encontrar um apartamento para o
amendoim?
– Você pode pagar com amendoins aqui?
McKenna baixou a cabeça e suspirou.
– Você deve ler o dicionário em seu tempo livre.
– Eu vou fazer isso hoje à noite.
A maneira como Bastian a observou por cima da borda de sua taça de vinho fez sua
autoconsciência gritar.
– Então o que você quer, – disse ele entre os goles, – é convidar Steve, Lizzie, e seus filhos
para viver com você?
– Como você sabia disso?
– Eu sei que é um coração generoso o que você tem.
Seu rosto quente chocou. Os homens não costumavam elogiá-la.
– Eu os quero aqui, sim, mas se minha hospedaria não receber o suficiente de hóspedes
pagantes, eu vou perder o lugar, e nenhum de nós vai ter uma casa.
– Você vai ter hóspedes. Você já anunciou a Toca do Dragão como Steve sugeriu?
– Sim, em todos os lugares que eu poderia e que não custam uma fortuna. Quanto mais
hóspedes pagantes recebermos, mais chances eu terei de salvar a fazenda, e menos quartos
haverá para a família de Lizzie. É uma situação de vitória/perda.

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– Eu não te entendo, – disse Bastian. – Eu andei pelo seu telhado hoje. Você tem outra casa
anexa a esta. Assim, muitos quartos estão sendo jogados no lixo.
McKenna inclinou a cabeça para trás para terminar seu vinho, encher o copo e bebeu isso
também. Sendo lembrada da maldição da família. Gelou. A preocupou.
– McKenna?
– A porta para o anexo não foi aberta em anos, – ela admitiu. – Essa casa tem um passado
obscuro. É assombrada, se você quer saber. Quando eu conseguir dinheiro suficiente, eu vou
derrubá-la.
– Você prefere derrubar a deixar seus amigos viverem lá?

CAPÍTULO 29

McKenna lançou um travesseiro do sofá nele.


– Bastian Dragonelli, você pode ser um idiota detestável, você sabia disso?
Ele tirou o travesseiro das garras de Jaunty, ergueu-o e jogou por cima da cabeça para a
cadeira atrás dela.
– Eu sei, sim. Meus irmãos sempre me dizem isso.
– Eu me importo muito com os meus amigos para deixá-los viver em...
– Na casa de Esther e Caleb? – Disse ele, para sua surpresa. Qual é exatamente a natureza
dessa maldição? – Ele perguntou.
Boa pergunta.
McKenna ficou de pé, sentindo-se tão traída pelo interrogatório de Bastian quanto a família
havia se sentido traída pela deserção de Esther e Caleb.
– Nunca me disseram por que a família sentiu que foi amaldiçoada, – admitiu ela – um passo
em direção a sua própria descrença, ela percebeu que ela mexia com os botões de seu vestido. – A
verdade é que, quando sua avó avisa em tenra idade para ficar de fora da parte perigosa da casa,
você aprende a ficar fora.
– Então, – Bastian disse, – a coisa toda poderia ter sido um mal-entendido que foi
embelezado ou fez mais ao longo do tempo?
– Eu suponho que sim.
– Será que alguém explicou o que aconteceria se você entrasse na casa de Esther e Caleb?
Um monte de verrugas comedoras de carne, talvez, ou uma morte por emanações nocivas,
cegueira devido a uma tendência a sensibilidade por cores berrantes?
McKenna quase riu. Lembrou-se de tal quadro de algum lugar.
– Eu não sei, ok? Eu não sei. – Ao invés de sentir-se tola, porém, a esperança estava
começando a se infiltrar. – Ninguém nunca tentou provar ou refutar as histórias terríveis sobre o
prédio anexo, mas cada geração, posso dizer-lhe, tentou encontrar o tesouro da família. Quantos
lugares podem esconder um cofre de moedas de ouro me pergunto?
– De onde é que as moedas supostamente vieram? – Bastian perguntou.

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– Elas foram trazidas da Escócia pelo pai de Ciarra, o primeiro McKenna a pôr o pé nas costas
de Salem. Por que você pergunta, afinal? Eu pensei que você sabia de tudo.
– Eu sei o que eu li até agora sobre sua família.
– Como você pode ler tão rápido? Você é mais esperto hoje do que era ontem, e você era
mais inteligente ontem que no dia anterior, e assim por diante. Sua pilha de livros em minha
biblioteca continua a mudar. Leia o dicionário, esta noite, de verdade. E quando tiver feito, acho
que você vai ler mais do meu histórico familiar? O que você acha que sabe sobre nós?
– Eu sei que o clã McKenna veio da Escócia. Eu sei sobre Ciarra. Você se parece com ela.
– Você achou uma foto dela? Porque eu nunca vi uma.
Bastian desviou o olhar e ficou paralisado; então ele voltou a si e olhou nos olhos dela.
– Vou dar-lhe a imagem dela.
– Obrigada. – Às vezes McKenna não sabia o que fazer com ele.
– Foi-lhe dado o nome do clã como um primeiro nome, – ele continuou, – porque você é a
última, digamos assim, a herdar através de uma filha McKenna. Ciarra teve um filho ilegítimo, e
depois dele, os filhos herdaram de seus pais, até que sua mãe herdou de sua avó, e você herdou
de sua mãe.
– Esfregue na minha cara, por que não?
De repente, ao lado dela, Bastian correu um dedo pelo seu rosto.
– O que você quer que eu esfregue?
– Você certamente sabe como animar uma menina, – ela disse, amando sua atenção e o
doce aroma de romã e musk, reforçado pelo cheiro de vinho de cereja que trouxe uma memória
selvagem, mas estimada.
– Eu sei que você está com medo, McKenna. Quem não estaria? Quatro séculos de
mordomia repousa sobre seus ombros. – Ele beijou um ombro, como se para aliviar o seu fardo, e
pelo amor de Deus, ele estava conseguindo. – Não é à toa que você é esquisita, – ele sussurrou.
Ela afastou-se.
– Puxa, obrigada.
– Eu gosto da sua luta. Isso é o que me atraiu para você desde o primeiro dia, mas você
carrega um fardo pesado, McKenna Greylock, e você está justificadamente com medo de falhar
com o seu clã. Eu entendo como se sente.
Ele tocou-lhe a mão, que ela gostava, apesar de seus cumprimentos diferentes, e ela
apreciou compartilhar seus fardos com alguém que tentou, pelo menos, ter empatia. Ela gostou
muito, em vista do que ela aprendeu com Lizzie sobre Bastian, exceto que este negócio de sentir-
se excitada perto dele não mudou em nada com a teoria “gay” de Lizzie.
McKenna percebeu que o que ela sabia sobre os homens caberia no dedal de leite de
Whitney. Lizzie devia estar certa. Com Bastian, ela não iria ter seus sentimentos pisados. Ele não
iria deixá-la por alguma outra mulher magra – Santa mãe de pérola, era por isso que seus vestidos
gigantes não lhe interessavam. Gay. Gay. Gay.
Ela tentou não deixar as lágrimas caírem, mas elas fizeram de qualquer maneira.
– Você não pode saber como é sentir isso. Você não pode saber. – Ela não estava falando
apenas sobre manter um legado de séculos de idade, mas sobre encontrar um homem para
partilhar o fardo, que realmente a conheceu como era, e que não ia atirá-la para longe por uma

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vara pau com seios falsos. Mas um homem que gostava de mulheres. Ela com certeza desejava
que Bastian gostasse de mulheres.
Ele riu como se a negar a sua preocupação.
– Eu sei de tais encargos, mas vou guardar isso para um dia em que nos conheçamos melhor,
– ele disse enigmaticamente, e ela não quis discutir. – Eu li sobre o tesouro do clã, também.
Devemos encontrá-lo.
Ela aplaudiu interiormente em saber, sem dúvida, algo que ele não fez.
– Se é por isso que você aceitou o trabalho, melhor ir para casa. O tesouro não existe. E
agora?
Ele correu um dedo pelo braço dela.
– Convide Steve, Lizzie, e as crianças a viver na casa de Caleb e Esther, e deixe-me olhar o
que aconteceu quando Steve caiu desse teto. Eu tenho um talento para caminhadas no telhado...
Quando não está com granizo. Vou andar pelo telhado do qual Steve caiu e ver se consigo
descobrir como isso aconteceu.
– Ambas as ideias improváveis, garoto dragão.
Bastian ficou de pé e deixou-a sem um ombro para se apoiar, de modo que ela caiu.
– Jesus. Dê algum aviso.
– Você me chamou de menino dragão! Por quê? – Choque transformou suas feições.
Em desvantagem, deitada a seus pés, McKenna se ajeitou e levantou o nariz.
– Eu te chamei menino dragão porque você pintou dragões em cada quarto, que também é a
razão pela qual eu nomeei minha hospedaria de Toca do Dragão. Por que você ficou tão sensível?
– Peço desculpas. – Bastian abaixou-se ao lado dela e levantou uma mecha de cabelo de seu
ombro. – Eu entendi errado.
– Você pensou que eu estava chamando-lhe palavrões?
Ele acariciou o próprio rosto com o cabelo dela.
– Por que você me pergunta isso?
– Não há necessidade de ficar constrangido, – disse ela, tremendo por dentro. – Eu entendo.
Quando adolescente, não tinha como ser chamada de macaco robusto sem ganhar uma cicatriz na
minha autoestima. Eu não quis dizer nenhum insulto.
– Sem problemas.
– Bom, – disse ela, hipnotizada pela forma como ele testou a textura do cabelo dela contra o
seu próprio rosto, em seguida, seus lábios. Ela recuou com a sua reação a ele. – Eu estava
pensando.
– Sim? – Ele perguntou, olhando, pronto para qualquer coisa.
– Nós podemos ser capazes de resolver o problema da habitação de Steve e Lizzie, e as
minhas superstições da família, com um feitiço.
– Como assim? – Ele podia estar curioso, ela pensou, mas não o suficiente para parar de
brincar com o cabelo dela.
Ela sentiu cada toque irradiar através dela, mas ela ignorou.
– Vivica é uma bruxa, sabe? Ela poderia fazer um ritual de limpeza no prédio anexo para
remover a energia negativa que você acredita que reside lá.
– Vivica é uma bruxa poderosa, – disse ele.

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– Talvez você pudesse curar a casa de Esther e Caleb.


– Agora você está zombando de mim.
Ela poderia se afogar feliz nas piscinas violeta de seus olhos.
– Um pouco, – admitiu ela.
– O anexo precisa de menos trabalho do que esta parte da casa, – disse ele. – Embora ele
esteja cheio de babados e estampas de caça.
Ela tentou puxar o cabelo da mão dele.
– Você entrou?
Ele a puxou de volta para ele puxando no mesmo punhado de cabelo.
– Entrei. E nada de importante caiu. Imagina!
– Quem está zombando quem?
Ele inclinou a cabeça.
– Agora nós dois estamos, exceto que eu ainda sou o serviçal e você ainda é a chefe.
– Por que eu acho que não somos assim, homem misterioso?
Seu sorriso era enigmático. Não há surpresa nisso. McKenna mordeu o lábio para não fazer
de si mesma uma idiota por beijá-lo.
– Eu acho que a casa de Caleb e Esther está em boa forma porque não tem sido utilizada.
– Você acha que tem todas as respostas, não é? Eu deveria fazer você viver lá.
– Eu viveria, de bom grado. Eu gosto de Esther e Caleb.
– Ah, então você fala com fantasmas, também? – McKenna sacudiu a cabeça.
Bastian cutucou o lábio inferior entre os dentes, e ela quase derreteu em uma poça de
necessidade.
– Você está certa, – ele sussurrou. – O anexo é assombrado, mas é assim também a sua casa
e fazenda.
Antes que ela pudesse protestar, ele a beijou, e ela perdeu os joelhos, de modo que ele
levantou-a nos braços e pôs-se a levá-la pela casa. Ela flutuou e fechou os olhos para manter o
quarto sem girar, e percebeu que ela teve vinho suficiente para ignorar o tesão e ir direto para —
dormir como os mortos.
– Deixe-me tirar a roupa, – disse Bastian.

CAPÍTULO 30

McKenna acordou nua e sozinha.


Ela caiu para trás contra os travesseiros, desapontada. Desta vez, se Bastian estivesse
dormindo ao lado dela, ela não tentaria fugir para o banheiro. Ela ia acordá-lo para passarem um
longo tempo ocupados. Mas ele era gay, ou assim Lizzie pensava.
McKenna nunca teria pensado isso ontem. Ela se enrolou de lado. Por que ele tinha que ser
um garanhão tão excitante, tão condensadamente gostoso... Sabe-tudo? Ela suspeitara toda a sua
vida que seus antepassados não estavam distantes como a maioria dos mortos, mas ela não

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gostava de ter a confirmação. Como Bastian sabia? Como ele poderia ter tanta certeza? Ela bufou.
Por que acreditar nele?
A batida na porta a fez gritar e agarrar as cobertas sobre os seios.
– McKenna? – O foco de seus pensamentos a chamava do corredor. – Você está pronta para
ir e comprar mais tinta?
– Que horas são?
– Nove.
– Você está brincando comigo? – Ela saltou da cama. – Por que você me deixou dormir tanto
tempo?
– Você estava doente na noite passada.
Ela bateu a testa e fez uma careta de dor horrível que disparou através dele. Bêbada.
Grande, ele a viu vomitar e segurou o cabelo dela, não importa o quão verde seu rosto ficou.
Neste momento, ela desejou que ela pudesse se juntar a seus ancestrais. Será que as pessoas
morrem de mortificação?
– Vou encontrá-lo na pick-up...
– O que você quer me pegar?
– Nada. Apenas me encontre no meu caminhão em vinte minutos. Trabalhe no telhado até
que eu esteja pronta.
– Tá bom.
Ela tomou um banho rápido e se vestiu. Com ele em mente – ok, com a vontade de seduzi-lo
em mente – ela usava uma saia florida que abotoava na frente, mas deixou os botões da borda da
saia abertos, enquanto a blusa tinha um belo decote em V no pescoço. Bom para acentuar seus
pontos positivos.
Por baixo da saia, ela deslizou em um par de shorts. Havia uma desvantagem em usar saias,
especialmente trabalhando numa fazenda, mas ela descobriu que vestir shorts por baixo resolvia o
problema. E, às vezes, se ela estava sozinha, ela tirava a saia e continuava trabalhando.
Quando ela olhou para o caminhão, Bastian não estava perto dele, então ela vagou na
direção da casa de Caleb e Esther.
Quando ela se aproximou da porta, ouviu o mesmo lamento de aviso que ela sempre ouvira,
então ela voltou-se para caminhar na direção oposta. Quando ouviu o lamento de novo, ela
percebeu que estava pisando sobre a mesma tábua de chão novamente. OK, o lamento de aviso
na verdade era uma tábua de chão que estava solta.
Ela seguiu para a casa anexa e fechou a mão ao redor da maçaneta. Quando ela estava lá – à
espera de um raio ou algo assim, ela supôs – ela olhou para fora da janela ao lado dela. E de lá, ela
viu algo incrível.
Bastian saltou do telhado e caiu em pé. Ele levantou um braço na vitória e deu um de seus
gritos de guerra com tremores corporais.
Como se ele tivesse ouvido seu queixo cair, ele se virou e olhou diretamente para ela.
Ela correu até a casa e encontrou-o na varanda, com as mãos nos bolsos, como uma criança
esperando uma palmada, embora como ele chegou lá antes dela, ela não podia imaginar. Quanto
à palmada? Bem, outra vez, talvez.

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Ele parecia melhor em suas próprias roupas. Jeans preto. Camisa preta de mangas
compridas. Masculino. Delicioso. Forte.
– Então? – Ela perguntou, ignorando a atração sexual e a distração.
– Operações Especiais – disse ele. – Eu tenho muitas habilidades estranhas.
– Vamos comprar tinta, – disse ela, marchando em direção a sua caminhonete, mas
voltando-se para ele. – Estou avisando, imbecil. Eu ainda vou entender você.
No caminhão, nenhum dos dois falou sobre qualquer coisa mais importante do que o tempo
– apesar de que continuava estranho, também – enquanto eles se dirigiam de loja de ferragens a
loja de departamentos barganhando latas de tinta em cores elaboradas que ninguém mais queria,
para o artista estranho que fazia pinturas que pareciam magia.
Sim, ela caíra de amor pelo mundo colorido que ele criou sobre as paredes do quarto e
corredores de sua casa. Vai saber.
O artista-flautista-mágico tinha uma fila de mulheres atrás dele em todas as lojas, as pobres
coisas iludidas. McKenna gostava do fato que ele pertencia a ela, mais ou menos, então ela
brincou com a comitiva, tomando seu braço e inclinando-se para ele. Ela gostou que ele jogou
junto e colocou o braço em volta da cintura dela para puxá-la para mais perto.
– Esta é a berinjela, – ela disse mais tarde, verificando uma lata na mesa de remarcação. –
Não admira que ela está à venda mais barato. É horrível.
– É quase como o roxo do Iverus.
– Iverus é outro dragão?
– Sim, ele tem a maior envergadura que qualquer dragão. Posso usar esta berinjela.
– Bom, eles estão praticamente dando para se livrar dela. Preciso de pechinchas.
– E quanto a estas latas de tinta por aqui?
– Isso é para o lado de fora da casa, e não as paredes internas. Eu tenho que pegar todas da
mesma cor para o exterior.
– Por quê? Você tem tantas seções e varandas diferentes e caimentos que não precisariam
ser da mesma cor, mas uma cor complementar.
– Steve poderia medir e ver o quanto precisamos para as diferentes seções, – Bastian
sugeriu.
– Cada lado pode ser uma tonalidade mais escura ou mais clara. Cada varanda poderia ter
sua própria personalidade de cor, mas elas devem corresponder no geral.
– Você sugou informações sobre casas vitorianas na Internet, não é?
– Casas vitorianas me fascinam, provavelmente mais do que verdadeiras damas vitorianas.
Encontrei sobre elas também na internet.
Droga, não era essa a sua prova. Gay. Um decorador no coração. E, claro, sensível e
carinhoso. McKenna suspirou.
– Casa com tinta de barganha, hein?
– Quão pobre é você?
– Pateticamente. Por quê?
– Eu estava preocupado que você não seja capaz de alimentar Lizzie e sua família.
– Não é um problema. Eu cultivo legumes e temos alguns animais. Nós vivemos confortáveis
o suficiente até que vovó ficou doente. Agora, é o custo das reformas para começar um novo

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negócio que está me matando, apesar de eu ter um pouco de dinheiro do seguro de vida que
minha mãe deixou.
– Isso faz eu pensar que sua propriedade podia ter sido paga há muito tempo.
– Eu não vou aceitar isso como crítica, mas, é como parece. Minha mãe não tinha escolha, a
hipoteca da fazenda serviu para pagar as contas do hospital da vovó. Vovó não tinha seguro
médico. Nem minha mãe. Nem eu, na verdade. A vida pode ser difícil.
Bastian pegou seu ombro oposto e puxou-a contra ele.
– Você está indo muito bem.
Ela rasgou-se naquele momento, então ele tinha um aperto forte.
– Sinto que você conhece bem essa coisa de luta.
– Eu sou o rei da luta. Nós vamos passar por isso, – disse ele. – Você não está sozinha.
Quanto melhor ela o conhecia, mais ela gostava dele, e mais sozinha ela se sentia.
No armazém, McKenna parou e puxou a camisa de Bastian.
– É ele.
– Quem?
– Elliott Huntley. O corretor tentando roubar a minha terra.
– O homem com a camisa verde-listrada?
– Sim. Oh, merda, ele me viu. Olhe para aquele cara de torta de maçã sorrindo, como se eu
fosse sua melhor amiga. – McKenna abandonou Bastian e entrou no primeiro corredor que viu.
Para sua angústia, Huntley a seguiu.
– McKenna. Espere.
Ela pôs as mãos nos quadris e virou-se para esperar por ele.
– Sessenta dias até o encerramento, minha amiga, – disse ele. – Minha oferta está agora em
meio milhão de dólares.
– Você pode tomar essa oferta e enfiar...
Huntley levantou a mão para detê-la, riu, e se afastou.
– Pense nisso, – ele chamou, mas ele continuou andando.
Bastian encontrou com ela na parte de trás da loja.
– McKenna, você está tremendo. Você está bem?
– Huntley me fez outra oferta. Assusta-me que ele é tão seguro de si mesmo.
– Você deve estar com medo. Ele tem um coração negro. – Bastian apertou seus braços. –
Ouça-me. Fique longe dele. Eu não estou brincando. Ele é mau.
– Se você diz.
Bastian se dirigiu para o caixa e, por uma vez, ela o deixou ser o chefe.
– Por que você me deixou? – Ele perguntou. – Olhei em volta e você se foi.
– Eu abandonei você porque eu não queria que Huntley soubesse que eu contratei um
homem forte e capaz como você.
– Isso faz sentido. Diga-me, Huntley sabe que Steve era o seu empreiteiro?
– Claro. Eles são ambos empreiteiros, e Steve teve que tirar uma licença.
– Quanto tempo depois de obter a autorização Steve caiu daquele telhado?
– Na semana seguinte. É Huntley se contorcendo no chão? O que há de errado com ele?
Parece que ele está tendo algum tipo de ataque.

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Bastian deu de ombros.


– Ele parece ter conseguido alguma fumaça tóxica tipo aquelas de autodefesa em seus olhos.
Jock circulou arrastando uma espiral de fumaça comemorativa vermelho, saudou Bastian e
desapareceu.

CAPÍTULO 31

Bastian ajudou a colocar as latas de tinta que eles compraram na parte de trás do caminhão.
– Até que nós nos encontramos com Huntley, – ela disse, – eu estava gostando de fazer
compras com você. Mas agora eu estou preocupada com Steve e Lizzie. Vamos lá para dizer o que
você suspeita sobre a queda de Steve?
– Não até que eu tenha alguma prova para a companhia de seguros.
– Bom. Eu prefiro não dar-lhes falsas esperanças.
Ele a seguiu até o lado do motorista para abrir a porta, mas a prendeu contra ela em vez
disso, inclinou-se e beijou-a. Não rápido, mas de boca aberta e com fome, com a mão a montar
seu quadril, ao lado dela, em seguida, espalmada contra a borda de um seio, o polegar acariciando
muito perto. Não perto o suficiente.
McKenna perdeu o fôlego. A sanidade fugiu. Ela o beijou de volta, e pelo tempo que eles
foram forçados a procurar por ar para respirar, ela poderia muito bem admitir para si mesma que
ela estava em apuros.
– Você é uma boa amiga para Lizzie e Steve, – ele sussurrou contra seus lábios.
E você é um bom beijador, ela não disse.
– É por isso que você me beijou?
– Eu te beijei porque eu queria.
– Porque eu sou boa para os meus amigos?
– Porque você é você. Eu gosto de tudo sobre você. É verdade, você está dando a seus
amigos uma casa. Mas eu não iria beijá-la só por isso. Eu posso ajudar a mover seu mobiliário na
mudança, a propósito. Eu sou forte.
– Eu sei. Você pode pular edifícios altos em um único salto. Você é o super garoto dragão. –
Ela subiu no caminhão e fechou a porta.
– McKenna, – disse ele, subindo no banco do passageiro. – Eu sou um homem.
E ela não sabia? Seu nível hormonal teve uma erupção vulcânica sobre ele.
Ele olhou para ela com tal intensidade, que ela teve problemas para se concentrar na
estrada.
– Super homem dragão, então, – ela disse, mas suas palavras saíram num sussurro revelador
de ar perdido. Felizmente, ele não entenderia.
– Pensa que temos tinta suficiente para terminar o trabalho? – Ela perguntou para mudar de
assunto.
Bastian deu de ombros.

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– Espero que não. Gosto de negociar produtos com você, mas vamos começar a fazer
compras para outros suprimentos, sim?
– Você é tão diferente da maioria dos homens – oh, é, eu suspeito porque, talvez em todo o
caso, você devia esperar até eu levá-lo para a sua primeira venda de quintal.
– Por que você acha que eu sou diferente?
– Você sabe, os caras que gostam de caras e tudo isso.
– Eu gosto de Steve.
– Você entende que ele foi capturado.
– Onde? Onde ele foi capturado?
– Até o corredor...? Uma caminhada que terminou com um grande 'eu aceito'. Quero dizer,
ele é casado.
– Bom para ele. Eu gosto de Lizzie, também.
McKenna deu-lhe um olhar duas vezes. Ela não podia ajudar a si mesma.
– Você não faz nenhum sentido para mim às vezes.
– Idem. Boa palavra, eh, idem. Wyatt me ensinou isso.
McKenna riu e saiu do caminhão. Dane-se se ele não estava atraído.
– Bem-vindo à Harry Frito. Melhor fábrica de colesterol de Salem.
– Harry foi frito como as batatas?
Ela não sabia se ria ou revirava os olhos.
– O que você sente vontade de comer?
– Eu gosto de hot dogs de milho, picolés, brownies, e vinho de cereja é o melhor, – disse ele,
enquanto estavam sentados em uma cabine de plástico cor de framboesa e pêssego, – mas eu
aprendi o erro em minhas maneiras. Palitos de picolé não são para comer.
– Como você sabe?
– Wyatt estava brincando com varetas de artesanato. Elas pareciam o mesmo, então eu
comi algumas. Quando ele terminou de rolar no chão rindo de mim, ele me disse que elas não
eram alimentos. Ele me ensinou sobre pizzas e um monte de palavras.
McKenna riu. A garçonete veio para ver se eles estavam prontos para pedir.
– Eu estou pronto, – disse Bastian, mas ele não tinha pegado o menu. – Eu gostaria de um
sunday, por favor.
McKenna e a garçonete trocaram olhares.
– O que? – Bastian perguntou. – Wyatt disse que eu deveria comer um.
– Eu vou lidar com o rapaz maravilha mais tarde. Enquanto isso, vamos ter o aperitivo
Buffalos wings23, – ela disse para a garçonete.
– Por que ela não olha para você como se você fosse louca? Búfalos não têm asas, McKenna.
Ela tentou explicar o conceito de títulos de receitas, também conhecidos como falar em
círculos, até que a comida chegou.

23 Prato Originário da cidade de Buffalo, estado de New York nos Estados Unidos. São asas de frango temperadas
com sal, empadanadas com farinha de trigo e que depois de fritas em óelo quente, são misturadas num molho a base de manteiga,
molho de pimenta, molho inglês e ketchup, e pode ser acompanhado molho mais cremoso, normalmente de queijo.

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Bastian pediu o nome de cada item e pegou uma asa.


– Vê? Demasiado pequeno para vir de um búfalo.
– É uma asa de frango. Não há muita carne em as...
Ossos, McKenna ouviu o som de ruptura, Bastian mastigou. O som fez estremecer pior do
que as unhas através de um quadro-negro.
Ela olhou ao redor para ver se mais alguém notou o transtorno alimentar de Bastian, mas as
fêmeas babando só viam o galã. Ela levantou um dedo para chamar a garçonete.
– Você pode embalar o resto? Nós estamos com um pouco de pressa.
No caminho de volta para a fazenda, McKenna assistiu a partir do canto do olho como
Bastian terminou a caixa de asas de frango, e ela estremeceu com antecedência a cada vez que ele
pegou uma asa. Cada quebrar de ossos a fez estremecer.
– Só frango desossado para você a partir de agora, – ela retrucou.
– Será que as pessoas colocam mel no frango ou na carne?
– Em algumas receitas, sim. Por quê?
– Eu tenho desejado mel. Ele costumava ser parte da minha dieta diária.
– Esse seu dente doce é inato, não é?
– OK.
– Como você se sente sobre a água?
– É potável, mas não muito doce.
– Não mude de assunto. Finalmente temos uma tarde ensolarada de verão. Vamos dar um
mergulho no meu lago... Com nossas roupas, – ela acrescentou. – Eu não posso, em sã
consciência, deixá-lo subir de volta no telhado com esse calor. Além disso, você trabalhou duro
carregando tudo o que comprou, um novo luxo para mim. Isso teria me levado dez viagens em
cada loja para obter todas aquelas latas de tinta para o caminhão.
– Estou encantado com a água, – disse Bastian. Dirigiu-se para o lago, mas parou debaixo de
uma árvore.
– O que está errado? – Ela perguntou, chegando a ele, o zumbido de insetos um lembrete da
beleza no dia.
Ele apontou para cima, com os olhos vidrados com bastante alegria.
– Mel.
– Isso é um ninho de abelha.
– Foi o que eu disse. – Ele enfiou a mão na colmeia e tirou um favo de mel cheio de abelhas.
Ela correu. Ele não o fez. De uma distância, com as mãos nos quadris, ela assistiu o idiota
lindo comer o mel, pente por pente, abelhas e tudo, enquanto esperava por ele a uivar.
– Você não quer um? – Ele acenou como um prêmio.
– Você vai ser pego!
– Nah. – Ele praticamente devorou o favo de mel enquanto as abelhas invadiam e iam contra
ele. No entanto, ele ficou ali, ignorando-as, saboreando com deleite.
Como as abelhas começaram a desaparecer, e o zumbido cessou, McKenna chegou mais
perto, e mais perto, até que viu a carnificina nos pés de Bastian.
Ele lambeu os dedos e sorriu.
– As abelhas são alérgicas a mim.

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CAPÍTULO 32

Ainda balançando a cabeça, McKenna deixou seus sapatos ao lado do lago e entrou ainda
vestida.
– Está congelando, provavelmente por todo o granizo que tivemos recentemente.
Bastian entrou em cena vestindo calças de pugilista pretas – uma bênção para a vista. Ela
apreciou sua discrição. A maioria dos homens só iria se ficassem nus. Mas, francamente, ela não
podia suportar saber o que ela estava perdendo.
Glorioso, apesar das cicatrizes, seu corpo bronze parecia como se alguém o rasgou com os
dentes, espadas, garras, e garfos em um momento ou outro.
Ele tinha uma tatuagem em volta do braço, e quando ele chegou, ela circulou em volta dele
para ver a totalidade da mesma.
– Você tem um dragão a partir de seu ombro direito e enrolando em torno de seu braço. Eu
acho que nós dois estamos viciados em dragões.
Ele inclinou a cabeça.
– Melhor dizer possuído por um. Faz diferença.
– Um senso de humor e um bom beijador. – Depois daquele beijo no pátio do
estacionamento, ela estava mais ligada a cada minuto em sua companhia, descaradamente. – A
tatto de dragão é sexy, – para não mencionar os músculos nus que ela gostaria de explorar.
Cintura fina, bumbum apertado, nada para a imaginação.
Até a cintura na água, que parecia ter se aquecido, provavelmente a partir do calor sexual
que ela estava gerando, ela tirou a saia debaixo da água e jogou-a para a margem, consciente de
que se ela estivesse em seu juízo perfeito, ela nunca teria feito isso, com shorts ou não.
Isto era mais do que excitação, muito mais, dado o zumbido de calor fundido fervendo o
sangue dela, deixando-a tonta, ela pisando na água, ele nadando em torno dela, colocando-a em
algum tipo de transe sexual estranho, como uma dança de acasalamento. Sem as mãos.
– Algo estranho está acontecendo comigo, – disse ela.
– O que?
– Estou como um formigueiro, em todos os lugares, com... Esperança, felicidade.
Divertimento. Como eu sou contra as drogas. Drogas alucinógenas, não posso afirmar ao certo,
mas pareço meio drogada. E a água está ficando mais quente. – Ela piscou e piscou novamente. –
Isso é ruim, eu juro que eu posso ver... Bem, não tenho certeza, mas há um pequeno dragão azul
pairando acima de você soprando fumaça púrpura.
Bastian bateu a mão sobre o rosto.
– Bastian? Você deveria estar surpreendido.
– Magia de água, – disse ele. – Você está na água comigo, por isso a minha magia está
fluindo de mim para você. Eu queria saber se você vai perder suas habilidades e esquecê-las uma
vez que você sair da água.

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Ele poderia muito bem ter falado em outras línguas.


– Santa Mãe de pérola, é aquela Barbie voadora da Whitney? Uma das minhas alucinações
tem asas de borboleta e um chapéu de botão de ouro.
Bastian acenou a Barbie longe como se ele pudesse vê-la também.
– Dewcup, vá tirar um cochilo em algum trevo, e Jock, vá testar essa fumaça no porco.
– Bastian? – McKenna disse, nadando devagar, como se sob o peso da dúvida. – Você disse
Dewcup. Whitney chamou seu amigo imaginário de Dewcup quando ela lhe deu um dedal… E Jock.
Quem é?
Bastian chegou mais perto, claramente com a intenção de acalmá-la. Ele estendeu a mão
para ela, mas ela parou pisando na água, levantou-se e afastou-se.
Ele ergueu as mãos para que ela pudesse vê-las.
– Jock é louco por você, e eu não o culpo.
– Que diabos você está falando?
– O roxo é uma cor de fumaça do meu dragão guardião para o amor. Jock é meu guardião
dragão.
McKenna não podia se mover, embora Bastian se aproximasse dela como um animal em
caçada. Focado. Possessivo. Com fome.
– Você está planejando me comer? – Ela perguntou. – Porque se você for, eu estou bem com
isso, – soou errado quando suas palavras ecoaram sobre a água.
Ela encolheu os ombros.
– Eu estou flutuando, mas não sobre a água. – Na luxúria, talvez, e ela estava bem com isso
também. Ela então teria sexo com este homem. Ela olhou em direção à costa, mas não queria ir lá,
embora o pânico rodasse ao longo das margens da sua consciência, mas não profundamente o
suficiente para fazê-la se afastar de Bastian. – O que há de errado comigo?
– Você é perfeita, – disse ele.
Ela riu, não acreditando em uma palavra dele.
– Seus olhos são tão violeta. Mais escuros do que o habitual. Dilatados. Perigosos. Como, se
você tivesse dentes grandes, e eu seria o almoço.
– Você seria deliciosa, McKenna Greylock.
– Você me assusta, Bastian Dragonelli, mas eu não quero que você vire ou olhe para longe
de mim. Eu sei que deveria estar preocupada com o duende louro e o pequeno dragão azul, mas
estranhamente eu não estou.
– Posso te tocar? – Ele perguntou, sua voz uma carícia deslizando pelas veias dela, trazendo
sua feminilidade à flor. Uma pergunta simples, palavras que ela pensou que nunca iria querer
ouvir, mas ela balançou com euforia ao ouvi-las dele.
Ela queria seus lábios, sentiu sua própria despedida, o viu chegando para ela. Ambos
estavam pisando na água, agora, cada vez mais perto, até que um beijo seria inevitável.
– Você é gay, – ela sussurrou, a respiração contra seus lábios. Hálito quente. Quente. Quente
o suficiente para levantar a temperatura e vapor por seu cabelo desde a raiz para fora, cabelo que
ela tinha propositadamente tentado não molhar. Muito tarde.
Ela estremeceu com o contraste entre seu calor, a água em aquecimento e o ar frio, como as
temperaturas se encontraram, estalavam, e elevaram sua luxúria até o infinito.

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– Sério, o que você está fazendo? Pensei que você fosse gay.
– Eu sou gay. Eu tenho sido desde que eu conheci você.
– Oh, ótimo, eu estou tão indesejável que eu virei você?
–O que há de errado em ser feliz? Às vezes eu não entendo as pessoas.
– Não, gay no modo como você se sente atraído por Steve. Homens que gostam de homens,
como, você sabe, gay.
A cabeça de Bastian estalou de volta como se tivesse sido golpeado na mandíbula. A
consciência mudou sua expressão a descrença. Ele tinha entendido gay com o significado de feliz
literal, ela percebeu. Claro que ele tinha.
– Eu não sou esse tipo de gay. O que fez você pensar que eu era?
– Sua preocupação com Steve. Você tocou os joelhos dele... Por um longo tempo, Bastian.
Lizzie viu você, e, você é um pintor e decorador.
Bastian chegou ainda mais perto, trazendo-a na água contra ele.
– Toquei minha própria perna por um longo tempo depois que cai do telhado, lembra-se
Kenna, para curar-me? Eu toquei os joelhos de Steve para curá-los. O fato de que eu amo cores
não devia influenciar o seu pensamento.
– Envergonho-me pelos estereótipos, – disse McKenna. – Você realmente é um curandeiro?
– Eu vou procurar por estereótipos mais tarde, mas, sim, um curador feliz. Isto é o quanto
estou feliz, – disse ele, colocando o rosto dela em uma das mãos, traçando as sobrancelhas, o
nariz, a concha da orelha, o comprimento de seu pescoço com um dedo, a sua pulsação, com o V
da blusa.
A cada nova sensação, McKenna estremecia, gelada e em chamas, ao mesmo tempo.
Bastian deslizou as mãos debaixo de sua camisa na cintura e passou as palmas para cima em
seu torso.
– Eu deveria me opor, – disse ela, jogando a cabeça para trás. – Você vai saber meus defeitos
depois disso.
– Como você vai saber os meus, – ele sussurrou contra seu pulso, onde plantou pequenos
beijos cortantes, fazendo-a tremer.
Com os polegares, ele brincava com ela debaixo do sutiã, e ele bebeu de seus lábios, mas
não contra a vontade dela.
No momento em que ele circulou seus mamilos através do sutiã com ambas as mãos,
McKenna pensou que ela poderia saltar da pele. Ela o desprendeu, escorregou as alças fora pelos
braços, tirou o sutiã para fora através dos seios sob a blusa, e jogou-o para a margem.
Sua cabeça desapareceu sob a água, sob a blusa. Ele deu beijos lentos quentes da cintura
para cima.
– Eu espero que você não possa ver lá embaixo, – disse ela. – Tente manter os olhos
fechados.
Bolhas se levantaram e entregaram sua risada.
– Eu espero que você não esteja rindo de meus defeitos. Oh, sim, vá para lá. – Com seus
lábios perto de um mamilo, ela pegou fogo.
Quando ele de repente foi até lá embaixo e fechou os lábios sobre ela e puxou uma sucção
dolorida, ela gritou com o choque e prazer.

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Bastian gritou com ela, como se sentisse a mesma sensação.


Como era embaraçoso, e ainda assim, ela não se importava. Ainda não, de qualquer
maneira.
Ela quase gozou sabendo que eles estavam compartilhando prazer.
– Continue fazendo isso. Espere. Como você pode ficar lá por tanto tempo e não se afogar?
Ele ressurgiu com um brilho nos seus olhos.
– Gostaria muito de fazer amor com você, sem a rotina de comédia, – disse ele. – Sim, eu
tenho feito minha lição de casa sobre idioma... Bem como as minhas aulas de sexo.
– Você leu o dicionário na noite passada, não é? Que tipo de lições sexuais?
– Em DVD. Lições de instrução. Estou um pouco... Enferrujado. E não havia nada melhor para
fazer. De agora em diante, você só pode tomar vinho o suficiente para fazer você cheia de tesão.
Eu aprendi essa palavra, também.
Quando ela abriu a boca para negar a reação dela, ele fechou a própria boca sobre a dela.
Desejo acelerou como a onda de um vulcão ativo. Lava fluiu por suas veias. Ela meio que esperava
que o lago começasse a ferver. Sua boca estava tão quente. Ele estava quente.
Seu sexo cutucou a entrada dela, e ela desejava, apesar de estar ao ar livre, que estivesse
nua com este homem.
Algo deslizou contra ela e por sua coxa.
– Serpente! – Ela gritou, dando um mergulho rápido para a praia. – Cobra, cobra, cobra! Sai,
Bastian, ou ela vai te pegar.
Ele nadou seu caminho, a respiração vindo rápido, mas ele parou e levantou-se até onde a
água cobria sua cintura e inclinou-se sobre si mesmo duas vezes por um longo tempo, com as
mãos sobre os joelhos, enquanto ele tomava respirações profundas e profundas.
Quando se endireitou, ele sacudiu a cabeça.
– Por um minuto feliz, McKenna Greylock, pensei que a cobra estava a ponto de pegá-la.

CAPÍTULO 33

– Eu odeio cobras, – McKenna gritou. – Mas você queria que me pegasse?


O membro de homem de Bastian chorou e ficou menor quando McKenna agarrou sua saia,
colocou-a sobre os shorts, e se afastou.
– McKenna, existem algumas coisas que você deve saber, – ele chamou por ela.
Ela parou e voltou-se para ele.
– Sim, bem, há algumas coisas que você deve saber, também. Como, agora que eu estou
olhando para você de longe, o aspecto como... – Ela hesitou e cruzou os braços. – Eu estou
provavelmente com ressaca daquele zumbido que eu senti na água, mas ainda parece que há
criaturas voadoras em torno de sua cabeça.

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– Suas alucinações são de estar na água comigo. Lembra quando eu disse que eu acho
encantadora a água? Bem, essa coisa que eu tenho que me faz um curador, escoa para fora dos
meus poros, e se você estiver na água comigo, você está apta a sentir-se tonta. Encantada.
Ela levantou uma sobrancelha.
– Você está mentindo através de seus dentes brancos e perfeitos. E eu não acho que foi
encantamento o que eu estava sentindo.
– Como você sabe?
– Seu nariz está crescendo.
E isso não era tudo, considerando a forma como a roupa molhada agarrou-se a sua incrível
figura – uma figura de ampulheta, ele tinha aprendido. Ele queria estas roupas fora dela. Agora.
– Venha para fora da maldita água para que possamos conversar, – ela ordenou.
– Eu não estou completamente pronto.
– Eu sou o chefe, lembre-se. Ordeno-lhe para sair da água e me dizer a verdade.
Ele começou a caminhar em direção a ela muito, muito lentamente.
– Tudo bem, a verdade é que eu costumava ser um dragão, e os murais em seus quartos são
cenas da ilha da qual eu saí para vir aqui, e agora eu sou um homem de novo, mas eu ainda tenho
minha magia de dragão. Isso é o que você sentiu na água comigo. Minha magia.
– Você é doido, – ela retrucou, enquanto se afastava, e quem poderia culpá-la?
– Dewcup, – gritou ele, – a fada que veio através do véu comigo – que Whitney pode ver –
tem atormentando seu gato montando nele. É por isso que Jaunty vive correndo em torno da casa
ultimamente...
McKenna deixou as mãos caírem para o lado dela e encarou-o.
– Veio através do véu?
– A partir de um plano paralelo de existência, em uma ilha desconhecida, conhecida como a
Ilha das Estrelas.
– Você pode estar fora em uma hora?
– Fora da água?
– Fora da minha vida.
– Eu poderia deixar o seu emprego, mas eu não quero deixá-la. A verdade é que eu quis você
desde que eu pus os olhos em você, quando estava com Vivica naquela manhã à procura de um
faz-tudo.
Ele não sabia se era usado um membro de homem com uma companheira de coração, mas
ele queria desesperadamente usar o seu com McKenna. Andra não tinha dito para fazer do corpo
de sua companheira de coração o seu próprio, apenas a sua missão.
– Não seja estúpido, – ela retrucou. – Você não pode me querer. Se você foi abandonado em
uma ilha, você não sabe o que está perdendo.
– Certamente você não quer dizer que eu deveria querer uma criatura magrela como
aquelas que me seguem?
McKenna desapareceu dentro da casa.
Bastian saiu da água, colocou sua camisa e jeans, e sentou-se nos degraus da varanda. Todo
mundo perderia se ele desistisse, principalmente, ele perderia McKenna, a primeira pessoa
importante em seu mundo. Andra pertencia a ele e seus irmãos também.

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Mas McKenna pertencia somente a ele. Será que querer uma mulher para pertencer a ele
fazia dela sua companheira de coração? Ele ainda não tinha encontrado o sinal do dragão coroado.
Mas ele devia estar certo sobre McKenna.
Confusão zombava dele. Se ele perdesse, todos ficavam a perder. Andra perderia sua magia
e o bem que ela podia fazer. Seus irmãos poderiam perder as vidas. McKenna, sua fazenda. Seus
antepassados, o legado. Os amigos de McKenna, sua casa.
Os únicos vencedores seriam Killian e um corretor de coração negro.
– McKenna! – Ele chamou, indo para dentro. – Você tem que ver a razão.
– Não, – ela disse, de pé em sua sala de estar com uma toalha sobre a roupa e a televisão
ligada. – Apesar de sua natureza, de personalidade e imaginação, aqui é a verdade que importa. –
Ela indicou a televisão. – Sente-se e desfrute do desfile de moda, então você me diz que isso – ela
apontou para si mesma com desdém – É o que você quer.
Para agradá-la, ele aceitou uma toalha, bem como, dobrou-a em um pufe de couro, sentou-
se e olhou para a televisão. Ele não podia acreditar no que via. Ele puxou a poltrona mais perto,
ouviu quando McKenna murmurou:
– Eu te disse, – e não conseguia tirar os olhos da televisão. – Deusa, ajude-os, – ele
sussurrou. – Eles precisam de alimentação mais do que as mulheres que me seguem.
McKenna olhou para cima.
– O que você disse?
– Eles estão morrendo. Olhe para eles. Você pode ver os seus ossos debaixo da pele. É
selvagem, colocá-los desfilando desta forma. Quer dizer, eu pensei que as mulheres que me
seguiam eram lamentáveis, mas essas mulheres devem ser colocadas em um hospital. Eu esperava
mais compaixão no plano da Terra.
McKenna colocou uma mão contra o lado de seu rosto, um toque que ele saboreava, com
medo de que seria a última vez, mas ela voltou seu olhar em sua direção.
– Bastian, você tem lágrimas em seus olhos?
– Eu choraria por qualquer criatura viva tão maltratada.
– Você foi quem chegou chamando meu gato de 'lanche'.
Ele cobriu a mão dela com a sua para mantê-la lá.
– Quando eu era um dragão, Jaunty teria sido um lanche. Não, não desista de mim. Tenho
vindo a evoluir a cada dia. Eu vejo sua devoção a Jaunty com o chapéu parvo e adoração ao tecido.
McKenna tentou puxar a mão, mas Bastian a manteve.
– Você me disse também muitos contos de fadas, – disse ela. – Eu preferia a verdade.
Ele se manteve firme, e ela parou de lutar.
– Deixe-me dizer-lhe sobre a minha vida. Sobre por que eu cuido de você. Por que meu
corpo grita por uma conexão com o seu.
Por um minuto, ele pensou que ela tinha suavizado, mas então ela olhou como um animal da
terra assustado.
– Você não se importa comigo, – disse ela. – No lago, aquilo foi magia. Você mesmo disse
isso.
– Que maravilha foi experimentar a minha magia através de você e experimentar o seu
prazer. Minhas emoções, meu próprio ser, é transformado quando eu entro em um corpo de água,

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e, evidentemente, a minha magia pode ser absorvida por aqueles que estão na água comigo. A
Terra é nova para mim. Eu estou achando meu caminho, e minha magia mudou e evoluiu com a
minha transformação.
– Então, agora eu tenho um lago cheio de magia? – Ela retrucou. – E se um pato para em um
mergulho em seu caminho para o sul no inverno, ele vai se apaixonar por mim? Será que um cisne
roxo apaixonado vai começar a seguir-me ao redor do pátio da maneira como as mulheres vivem a
segui-lo?
– Quando eu saí da água, o mesmo aconteceu com a minha magia... Eu acredito. – Ele
esperava. – Quanto à trilha das mulheres, não tenho explicação para isso. Nada.
– Você não sabe? – McKenna riu. – Há muito de macho em você para um ex-dragão.
– Então você acredita em mim?
– Não. Não na sua história. Não na sua declaração de carinho. Você e eu, somos A Bela e a
Fera.
– Eu sei que eu sou uma besta, – disse ele, – mas se você pudesse encontrar em seu coração
um pouco de a...
– O quê? Você é a beleza.
– Você está errada. Ouça, – disse ele, tomando-lhe a mão. – Eu posso segurá-la se eu quiser,
fazer com que você me escute. Eu sou muito forte. Mas prefiro que você ouça minha história
porque você quer.
McKenna puxou a mão da dele.
– Podemos entrar em roupas secas em primeiro lugar? Nós vamos pegar uma pneumonia
assim. A temperatura parece estar caindo de quente como o inferno ao frio como os dedos de um
boneco de neve.
– Você tem homens feitos de neve, aqui na Terra? Eles são mágicos antigos sobrenaturais,
como eu?
McKenna inclinou a cabeça e hesitou.
– Ok, roupas secas, em seguida, voltamos aqui para a terapia de choque.
Bastian sentiu sua indecisão.
– Eu estou avisando, – disse ele. – Se você correr para fora daquela porta, entrar em seu
caminhão, e dirigir o mais rápido possível, eu posso pegá-la.
McKenna riu, não era engraçado.
– Você tem um terrível senso de direção, lembra? Você mesmo disse isso.
– Talvez, mas o meu olfato é extremamente afiado.
Ela colocou as mãos nos quadris.
– Você acha que eu cheiro?
– Seu cheiro é único, como frutos maduros, especiarias exóticas e flores raras da ilha. Ficar
perto de você me deixa louco, e você estava duplamente intoxicante quando nós estávamos nos
beijando no lago. Você cheira como a mulher que eu acharia fascinante ter na minha cama.
Ela sentou-se rapidamente, como se suas pernas se recusassem a segurá-la.
– Eu não deveria acreditar em uma palavra do que você diz.
– Encontre-me aqui em cinco minutos e eu vou fazer você mudar de ideia. – Ele tomou-a
pela mão e ela o deixou levá-la para seu quarto. Bom sinal.

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Até que ela fechou a porta na cara dele.

CAPÍTULO 34

– Você tira meu fôlego, – Bastian disse quando McKenna voltou para a sala de estar.
– Em um vestido feito para esconder o meu corpo?
– Suas falhas não são nada comparadas com as minhas.
– Eu duvido seriamente disso.
– Você me mostra as suas, e eu lhe mostro as minhas?
– Sua história – disse ela, sentando no sofá. – Fale. Estou ouvindo.
– Fogo? – Ele perguntou, indicando a lareira.
– Claro. Por que não? Pelo menos é setembro agora. Vou nos trazer um lanche, e eu não
quero dizer o meu gato.
Bastian pegou o braço dela.
– Nenhum alimento até que você me veja começando o fogo.
Ela olhou a mão invasiva.
– Você vai usar magia? Ou força?
Ele a soltou com relutância.
– Magia dragão, – disse ele. – Assista.
Ela revirou os olhos, mas ela viu o fogo que ele... Respirava? Não é? Sim, e envolveu as
lenhas, que rugiram em uma chama no mesmo instante.
Bastian sentou-se sobre os calcanhares e olhou para ela.
– Você sabe se todos os seres humanos podem fazer isso?
Ela franziu a testa e abaixou-se para o divã.
– Você não é humano?
– Eu sou, mais uma vez, mas eu mantive várias das minhas características de dragão, apesar
da minha transformação, como o meu fogo e a minha magia. Elas são armas importantes para o
meu propósito aqui, mas eu não sei se eu vou mantê-las uma vez que eu cumpra minha missão.
– Humano... De novo?
Ele se sentou na cadeira listrada para encará-la.
– Num minuto minha legião estava tentando ajudar a estabelecer os romanos como uma
força militar na Grã-Bretanha. No próximo, éramos dragões banidos para um plano de ilha
rodeada por um mar infinito. O nosso inimigo tinha uma feiticeira na folha de pagamento, Killian,
Deusa do Caos. Sua marca registrada é o granizo e os relâmpagos. Soa familiar?
– Quer dizer que ela seguiu você até aqui? Mas por quê?
– Porque eu escapei de sua expulsão, embora não por mim mesmo. Andra, Deusa da
Esperança, se colocou como a nossa protetora. Ela nos ensinou como nos adaptar e sobreviver na
ilha. Ao contrário de Killian, ela é boa. Sua magia é branca, e a de Killian é negra.
McKenna firmou a espinha.

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– Sua história é ridícula.


– Você não sabe da missa a metade. Tente coçar o nariz com uma garra e asas. Você
perguntou sobre minhas cicatrizes? Lutas entre dragões!
Bastian poderia dizer que, apesar de tentar, McKenna não conseguia esconder seu interesse.
– Então, esta tal Killian está irritada porque você foi embora?
– Sim, e meus irmãos dragões ainda estão na ilha. Andra só pode enviar um em cada fase
das luas, uma fase que você chamaria de um eclipse. Vim pela primeira vez para abrir caminho
para o resto, e para provar que podemos sobreviver aqui. Se eu não conseguir, meus irmãos
morrerão com a ilha, e Andra vai perder sua magia. Ela arriscou tudo para eu chegar aqui.
– Killian não está ajudando sua causa, não é?
– Obrigado pela compreensão.
– Eu não estou certa do porquê, mas por algum motivo sobrenatural, eu tenho uma crença
paradoxal em você, se não em suas palavras.
Ele tomou-lhe as mãos.
– Aprecio sua franqueza.
– Isso é realmente a sua ilha, pintada em minhas paredes? Aquela beleza fantástica
realmente existe?
Uma beleza fantástica existia nessa mulher com os olhos arregalados diante dele, pensou.
– A Ilha das Estrelas existe com todos os mais pequenos detalhes, abetardas, fadas, dragões,
e tudo mais. – Ele queria dizer tudo a McKenna, mas ele não se atrevia a revelar a sua parte nisso,
porque se ela soubesse que o sucesso dele dependia de uma conexão entre eles, ela nunca iria
acreditar que seus sentimentos por ela eram verdadeiros.
– Então, você não era das Operações Especiais? – Ela perguntou, depois de um silêncio.
– O exército romano não tinha forças especiais. No exército deste país, acredite em mim, eu
seria parte delas. – Mostrou-lhe a palma da mão esquerda. – Esta tatuagem prova que eu
pertencia ao exército romano.
– Tattos são um centavo a dúzia, – ela disse, indicando que ele não provou nada, ele supôs. –
E o dragão que ondula em torno de seu braço?
– Quando eu vim através do véu, eu tive o dragão marcado em mim para me manter
humilde.
– Continue comendo palitos de picolé. Você vai ficar humilde bem mais rápido.
Ele gostava da forma como seus olhos dançavam quando ela brincava com ele.
– Seu vocabulário está ficando melhor a cada dia, – disse ela, quase mudando de assunto.
– Eu estive em seu computador todas as noites, senão como é que eu sei sobre Operações
Especiais? Eu leio e aprendo muito rápido.
– Sério, – ela disse, – como eu sei que você não está delirando?
– Você me viu saltar de seu telhado. E o dia em que cheguei, dei um salto de dragão até o
porão. Naquela época, eu ainda não podia controlar o meu salto.
– Você foi como um lagarto pulador?
– Isso é uma piada, como Wyatt diz?
– Não é bom? Eu estou tentando ensinar-lhe a rir.

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Um sinal positivo, pensou. Ele teria que ficar para ela fazer isso. Ele mostrou os dentes num
sorriso trocista, para que ela pudesse pensar que ela tinha um desafio em suas mãos.
Ela encolheu os ombros.
– Eu não disse que seria fácil. Então, o exército romano? É por isso que você fala tão
formalmente?
– Eu aprendi suas palavras, mas eu não consigo reuni-las como você. Eu espero que tenha a
ver com as minhas competências linguísticas antiquadas.
– Quantos anos você tem, exatamente?
– Eu não tenho ideia. Perdi a noção do tempo. Dragões vivem por séculos. Os seres humanos
não fazem isso, é claro, mas eu prefiro estar aqui com você por uma vida humana do que viver por
séculos sem você.
– Especialmente porque a sua ilha está morrendo.
– Não, especialmente porque você está aqui.
McKenna suspirou.
– Eu sempre temia que eu ia acabar com um cara antigo que não poderia jogar.
– Defina jogar24. Porque eu não posso dançar, ou tocar um instrumento.
– Significa, fazer a escritura.
Bastian continuava em branco.
– Você é irritantemente literal, não é? Na cama, eu quero dizer, durante o sexo. Será que
tudo funciona? Estou especialmente impressionada com o tamanho notável de seu pacote.
– Pacote? – Ele ergueu as mãos, com a palma para cima. – Não tenho nenhum pacote.
McKenna suspirou profundamente.
– Você está determinado a me fazer corar, não é? Você parece estar extraordinariamente
dotado no departamento de órgão sexual, e eu me perguntava se tudo funciona, especialmente
agora que eu sei que você é tão velho.
– Ah.
– Uau, isso colocou um brilho em seu olho, – disse McKenna.
– Eu iria adorar consideravelmente a oportunidade de jogar com o meu membro de homem.
– Você nunca usou o seu, uh, membro de homem antes?
– Possivelmente, quando eu era um homem. Nunca como um dragão. Éramos um exército
de homens.
– Estou feliz que você me contou a verdade sobre sua preferência sexual mais cedo, porque
aprender que passou séculos com apenas homens teria me feito ter certeza que você era gay.
Estou tão feliz que você não é. E eu tenho esperança que o seu desempenho não seja um
problema. – McKenna cobriu suas bochechas rosadas com as mãos. – Eu disse isso em voz alta?
– Estou feliz que você disse. Meu membro de homem foi indo para o lixo por séculos. Estou
tão pronto para 'jogar' que o nosso beijo no lago quase terminou com minha primeira
performance muito cedo.
– Sua boca nos meus seios quase fizeram isso comigo também.
Ele adorava o brilho nos seus olhos e prometeu colocá-lo lá muitas vezes.

24 Em inglês, a palavra Play serve para vários tipos de ações, como dançar, jogar, tocar um instrumento. Por isso, Bastian pede para

McKenna definir em que sentido ela quer que ele —jogue—.

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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– Então você acredita em mim sobre meu passado?


Sua risada o deixou encantado e excitado.
– Nem uma palavra, – disse ela.
– Mas eu respirei fogo para você!
– Um truque de mágica. Saltar fora do telhado não é um negócio tão grande. Você escolheu
uma seção onde a altura não é tão grande.
Ele a levantou em seus braços.
– Vem. Eu vou te mostrar mais provas.

CAPÍTULO 35

Bastian levou-a para fora da porta da cozinha sem intenção de colocá-la para baixo.
– Nós estamos indo para o lago para mais magia? O granizo virou uma chuva gelada.
Também está escuro lá fora. Eu acho que eu gostaria de ser capaz de ver quando você prova...
– Então, é impaciente, minha Kenna.
– Do que você me chamou?
– Chamei você de Kenna, e aleguei que era minha ao mesmo tempo. Será que isso desagrada
você?
– Minha mãe costumava me chamar de Kenna. Eu gosto. Eu gosto do som em sua voz. Você
tem um pouco de sotaque estrangeiro. As mulheres caem de amor por isso.
– Vou manter a minha voz e sotaque em mente quando tentar seduzir você. – Ele não ia
pressionar por sua reação. Ele poderia ser paciente. – E o seu pai e avô? – Ele perguntou. – Você
fala pouco deles.
– Meu avô abandonou minha avó quando minha mãe era uma criança por uma crise de meia
idade. Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha cinco anos e eu ainda sinto falta
de sua camisa de flanela que cheirava a couro e especiarias. Lembro-me dela contra a minha
bochecha enquanto ele me embalava para dormir à noite. Eu ainda me engasgo se ouvir a canção
de ninar em francês canadense que ele cantava para mim. Eu me sentia segura em seus braços.
– Estou feliz que você teve um bom pai, e eu espero que você se sinta segura em meus
braços, também.
– Nos braços de um ex-dragão? Ainda estou julgando você. Para onde estamos indo? – Ela
perguntou, quando teceu os braços apertados em volta do pescoço de Bastian.
– Eu estou indo para o quintal, aqui, onde o prédio anexo encontra a casa principal.
– Este é o lugar onde eu te vi saltar do telhado.
– Sim. O chão é ainda aqui. Não há arbustos para cair.
– E é menor. Eei! – Ela gritou quando ele pulou do chão ao teto.
– Ok, – disse ela. – Isso não parece tão normal em sentido inverso, fácil ou não.
– Obrigado, minha Kenna.

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Tendo sofrido a ira de Killian daqui de cima, ele não queria ter uma chance com a segurança
de McKenna, então ele a estabeleceu em seu colo, em um recanto entre uma das cumeeiras e sua
chaminé. A chaminé seria quente com o fogo, em caso de uma chuva fria, e ele poderia segurá-la
com o braço. Além disso, a cumeeira os protegia da chuva.
– Agora nós estamos a ponto de cair, – disse ela, segurando mais apertado.
Ele gostava dessa parte, ela pendurada nele. Sua confiança, ele gostava.
– Eu pulei para cima para provar um ponto. Preste atenção, Kenna, veja a vista espetacular
de sua fazenda a partir daqui.
– É lindo, mas muito escuro para ver.
– Eu vejo bem no escuro. Eu esqueci que você não podia. Há uma lua cheia. Pena que você
só tem uma lua. Nossas noites na ilha eram triplamente brilhantes.
– Diga-me mais sobre a sua ilha.
– Ah, – disse ele. – Quando as árvores mudam suas cores com as estações, nosso céu, luas e
sóis também mudam.
– O que acontece?
– Vou dizer-lhe daqui a pouco, quando nossas cabeças estiverem no mesmo travesseiro,
posso? – Ele esperou por sua resposta. – McKenna?
– Estou pensando sobre isso.
– Pense bem, – ele sussurrou, inalando o perfume dos cabelos dela, que era como uma
mistura das árvores na propriedade e as flores silvestres espalhadas entre elas. – Em sua opinião,
Kenna, qual seria o papel de um companheiro de coração?
– Um companheiro de coração? Dada a natureza ‘ficção científica’ da palavra, eu suspeito
que signifique esposa, marido. Alguém que você ama.
– Defina o amor.
– Bastian, escritores, estudiosos, filósofos, todos têm tentado desde sempre definir o amor.
Eu não tenho certeza se eu tenho uma definição.
Ele inalou seu perfume, mais agudo no ar fresco da noite.
– Tente, Kenna, por favor. Para mim.
– Mmm. – Ela suspirou e se aconchegou contra ele. – Se eu amasse alguém, eu iria amá-lo
por suas falhas...
– Como falhas?
– Sim, eu iria amá-lo tanto por seus pontos bons quanto ruins, incondicionalmente.
– E o que você faria com um companheiro coração?
– Compartilhar uma casa, ter filhos, trabalhar na fazenda, administrar a Toca do Dragão,
envelhecer juntos.
Ter filhos significava sexo. Seu membro de homem cresceu em antecipação. Bastian mudou
a posição e McKenna descansou contra sua perna, não em seu membro, porque ele não queria
assustá-la com o seu grande entusiasmo.
– Então, você iria dormir com o seu companheiro de coração?
Ela olhou para ele como se seus três chifres fossem visíveis.
– Em uma palavra, dar?
– Defina dar.

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Ela beijou sua orelha, sua respiração quente como uma bênção.
– Claro que eu iria dormir com ele.
– Ter relações sexuais com ele, você quer dizer?
– Toda a enchilada.
– Você come comida mexicana enquanto você faz sexo?
– Eu faria tudo com o meu companheiro, inclusive ter grande sexo com ele, sexo
maravilhoso, e muitas vezes... Gritando, sentido aquele suor pegajoso, sexo saudável, tipo ir para
a cama a cada noite e conhecer cada centímetro um do outro. E então tentar ir cada vez mais
fundo e...
Todo o corpo de McKenna estremeceu, e seu coração batia mais rápido contra o dele.
– E? – Ele perguntou.
– Sinto muito, – disse ela. – Eu me empolguei.
– Não, você respondeu minha pergunta muito bem. Está com frio?
Ela reuniu sua inteligência com um tremor de corpo inteiro.
– A chuva está gelada. Sim, eu estou com frio.
Como ela poderia ter frio quando ela esquentou tão completamente?
– Eu posso consertar o frio. – Ele respirou o ar quente contra seu rosto, mãos, pescoço, em
baixo da blusa – sua parte favorita. – Se não estivéssemos no pico de um telhado, eu ia tentar
aquecer as pernas, mas eu acho que poderia nos trazer problemas.
McKenna enterrou o rosto quente, cor de rosa, em sua camisa.
– Jock, – disse ele, – precisamos de uma nuvem de fumaça de proteção acima de nós para
manter a chuva fora, por favor.
Jock construiu uma nuvem roxa acima de suas cabeças, grande o suficiente para protegê-los
da chuva que caia a partir de qualquer direção.
– Melhor? – Bastian perguntou à mulher enrolada em uma bola contra ele, a proximidade
crescente em seu coração.
– Eu não gosto de ter chuva em mim, mas o ar ainda está frio.
– O ar quente está chegando. Cuidado. – Ele respirou fogo em torno deles para aquecer o ar
em um círculo.
– Faz de novo, – disse ela. – Isso foi incrível.
Ele atirou no ar mais uma vez, se mostrando um pouco quando ele permitiu que seu fogo
fosse a uma certa distância.
– Eu não sei sobre você, – ela disse, – mas eu estou tão quentinha, estou começando a
gostar de estar aqui em cima. Eu me sinto... Poderosa. Como um gigante. Rainha do meu reino.
A julgar pelos seus antepassados assistindo ao redor da fazenda, ela já governava seu reino.
Ela simplesmente não sabia ainda.
– Sinto-me quentinho, também, – ele disse, – especialmente onde seu corpo encontra o
meu.
Ela se inclinou para frente, ou ele fez, ou ambos fizeram, e seus lábios se encontraram,
embora ele mantivesse a posição precária em mente. Quando ele se afastou, o verde de seus
olhos tinham se iluminado.
– Você está quente o suficiente? – Ele perguntou.

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– Mmm. Para quê?


Ele queria beijá-la, mais uma vez, e muito mais. Ele queria tudo a que o beijo levava, mas
primeiro ela tinha que acreditar nele.
– Jock, por favor, esfumace os espíritos, um por um, dos pés à cabeça, de modo McKenna
pode ver seus antepassados olhando por ela e entender a profundidade do amor deles.
– Sabe, – disse McKenna. – Só agora eu percebi que quando você tem um homem a segurá-
la refém no pico de um telhado e que deve ser um louco, você não tem muitas de opções de fuga.

CAPÍTULO 36

– McKenna, eu nunca iria deixá-la cair.


– Você se deixou cair.
– Isso foi Killian, lembra?
– Oh, certo.
– Olha, Kenna, no topo das cavernas, – disse ele para distraí-la, quando Ciarra apareceu
lentamente, a fumaça amarela de Jock fazia luz de fundo para ela, com seu antigo casaco e
vestido, com a juba selvagem feita de cabelo vermelho fogo que se fundia na brisa.
McKenna sentou-se para frente.
– Quem é aquela?
– Com a liderança em sua postura, e as mãos nos quadris, ela protege as cavernas, bem
como tudo o que ela vê. Quem você acha que ela poderia ser?
– Não Ciarra. É ela? A matriarca do nosso clã? Sério, Bastian, o espírito da mulher que se
escondeu nas cavernas e sobreviveu os tempos de perseguição? Ela é extraordinariamente bonita.
O espírito sombrio no topo das cavernas inclinou a cabeça em agradecimento.
– Você pode me ouvir? – McKenna sussurrou.
Ciarra assentiu.
– Eu não sabia que você ainda estava aqui.
– Eu estou aqui para protegê-la. – A resposta de Ciarra veio como um sussurro no vento.
– Estou honrada em ser sua descendente e de ter a sua proteção, mas estou angustiada que
o campeão profetizado do clã McKenna nunca apareceu. Mesmo assim, vou trabalhar muito duro
para salvar seu legado.
A partir da inclinação da cabeça de Ciarra e a forma como a matriarca e os ancestrais de
McKenna focavam nela, Bastian acreditava que ele segurava em seus braços o campeão há muito
aguardado pelo clã, mas a carga que esse conhecimento traria para McKenna neste momento
difícil, só iria assustá-la.
Ciarra começou a desvanecer-se, mas não antes de McKenna acenar.
– Obrigada por nos salvar, – disse ela. – Obrigada por nos dar vida.
– Obrigada, – veio ecoando o sussurro de Ciarra.
McKenna virou-se para ele.

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– Ela me agradeceu?
– Parece que sim.
– Estranho, mas, oh, obrigada por me mostrar a minha famosa antepassada. Espere até que
eu diga a Vivica. Posso dizer a Vivica?
– Só Vivica. Ninguém mais vai acreditar em você.
– Claro. Bastian, conheci a líder da família, mais ou menos.
– Kenna, Ciarra não é o único ancestral aqui.
Jock trabalhou rápido, com destaque para as famílias espirituais, o primeiro esboço já
desaparecendo, mas McKenna teve a ideia. Suas bênçãos celtas e aplausos aqueciam o ar e veio
com as mãos levantadas, arcos, e beijos jogados ao ar. Diante de seus olhos apareceram idosos,
bebês, homens em kilts – saias masculinas escocesas, Bastian tinha aprendido – os homens que
trabalharam nesta fazenda e as mulheres que tiveram filhos e encargos familiares nos ombros.
– Há Esther e Caleb. Eles deixaram o anexo e foram aceitos com amor. Não há maldições ou
espíritos negativos no além, mas você pode querer chamar Vivica para fazer um ritual de saúde e
prosperidade para Lizzie e Steve, e o mesmo para a sua casa antes de abrir a Toca do Dragão, –
disse Bastian.
– Você acredita em magia, então?
– Kenna, querida, eu sou magia.
– Eu serei o juiz disso, – disse ela com uma piscadela.
Ela o provocou? Se ela brincou com ele, ele poderia provocá-la?
Mas McKenna se esqueceu de tudo em vista dos antepassados. Ela se virou para ele com
lágrimas em seu rosto.
– A minha família. Eles são meu passado e, de certa forma, a inspiração para o meu futuro.
Eu tenho que salvar esta terra para eles.
Bastian roubou suas lágrimas com beijos. Ela estava começando a entender seu papel sem
ser dito, embora o impacto das responsabilidades ainda não havia batido nela.
– Olhe mais perto de sua varanda, – disse Bastian. – Jock deixou o melhor para o final. Quem
diria que Jock tinha um dom para o dramático?
Perto da casa, um grupo de espíritos materializados, e McKenna prendeu a respiração.
– Vó. Mãe! – Ela enxugou os olhos com uma manga. – Desculpe por chorar, – disse ela, –
mas minha mãe; a perda ainda é recente.
Bastian amou a forma como Kenna era amada.
– Eu entendo.
– Papai? – Kenna tentou se levantar, mas Bastian a segurou firme. – Faz tanto tempo. Veja,
Bastian, ele não é bonito?
– Kenna, shh. Ouça.
– Oh, ele está cantando aquela canção de ninar em francês. Eu te amo. Papai, eu vou aí. Não
pare. – Ela lutou contra o domínio de Bastian para virar em seus braços, e ele tinha medo que ela
os jogasse tanto dentro como fora do telhado. Ele agarrou-a, por isso, se eles caíssem, ele iria
pousar em pé. – Bastian, eu quero vê-lo – eles – a todos eles, de perto Agora posso tocá-los?

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– Não é possível tocar. Eles são espíritos, sombras feitas de energia, mas você deve ser capaz
de vê-los melhor pela manhã e talvez até mesmo falar com eles se você absorveu o suficiente da
minha magia.
– E se eu não retive o suficiente, nós podemos ir para a água juntos, até que eu possa vê-los?
– Você aprende rápido, minha Kenna, mas eles ainda vão estar aqui de manhã. Eles estão
sempre com você.
Bastian acariciou seus cabelos. De acordo com Caleb e Esther, salvar sua herança seria um
sucesso agridoce para McKenna, porque seus ancestrais estariam livres para ir para suas
recompensas eternas, ou para reencarnar, qualquer que seja o seu destino ou crenças variadas.
– Bastian, eles estão desaparecendo. – McKenna jogou beijos rápidos em todas as direções,
com foco em seus pais, que duraram mais tempo, e enxugou os olhos, puxando para cima a
camisa e usando a borda. – Jock pode mostrá-los para mim de novo? – Sua voz tremeu.
– Jock está jogado no chão perto dos pés de seu pai, dormindo. Ele terá de descansar por
algum tempo após o trabalho desta noite. Ele ama você, ou ele nunca teria gastado sua energia
tão poderosamente. Agora, você acredita que eu era um dragão?
Os olhos de McKenna dançaram.
– Bem, eu acredito que Jock é. Você não acha que ele é um pouco jovem para fumar?
– Mas... Mas, mas...
– Você fala como um dragão cujo motor não será iniciado. – Ela jogou os braços ao redor
dele, deliciosamente doce, tanto que ele queria levá-la para a cama no mesmo instante. – Vamos
dar um mergulho, – disse ela.
– O que?
– Eu preciso passar o resto da noite na água com você, para que eu possa absorver magia
suficiente para falar com a minha família no período da manhã.
Bastian suspirou, seu sonho de sexo se dissolvendo em uma nuvem de fumaça de
desapontamento.
– Você quer nadar agora?
– Você pode aquecer a água com a sua energia mágica e sexual, lembra? Claro que é agora.

CAPÍTULO 37

McKenna flutuava, quentinha e confortável, não só na água, mas na euforia como um


resultado de ver sua família.
A lua cheia lançou um caminho de prata através do qual ela nadou. Pisando na água, de
frente para ele, ela disse:
– Bastian, eles estão juntos, olhando por mim, mamãe, papai e vovó. Obrigada por me
mostrar. Eu mal posso esperar para falar com eles de manhã.
– Enquanto esperamos pelo dia, – sugeriu ele, – posso lhe explicar sobre alguns poucos
movimentos que você pode ainda não ter experimentado na água?

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– Você está falando sobre... Cobra?


– Você sabe o que era, não é?
Ela não era estúpida, embora ela levasse algumas horas para descobrir isso.
– Foi uma... Cobra de calças?
– Ah, Kenna, você estragou a surpresa. Pague. Dê-nos um beijo.
– Nós, o que significa que você e seu zíper tem cérebro? O que, devo acrescentar, ele parece
bem longo e se mexer como um fantoche de Jock feito de meia.
– Deixe-me mostrar o que este boneco pode fazer.
Quando ele veio para ela, ela se lembrou dos parentes, bateu-lhe no peito com a palma da
mão, e segurou-o no comprimento do braço.
– Meus antepassados estão assistindo! Dê mais um passo, bozo, e você é carne de peru.
– Bozo é um carinho, não é?
– Claro que é.
– Seus parentes deixaram. Eu tenho a permissão de sua mãe para cortejá-la.
– Você falou com a minha mãe? Sobre mim?
– Ela e sua avó me aprovam.
– Hah! Bem, talvez eu não aprove.
– Deixe-me reformular isso.
– Eu não vejo como você pode falar alguma coisa com os seus dois pés na boca. – Seus olhos
estavam se ajustando à escuridão, porque ela viu seu rosto enquanto ele tentava descobrir,
literalmente, por que ela podia pensar que seus pés estavam na boca. Seus processos de
pensamento a divertiram. – É uma expressão, – explicou ela.
Os sulcos na testa se desfazendo.
– Entendo. Sua mãe e avó disseram me aprovar, mas você não pode, porque você é teimosa,
embora a decisão seja sua mesmo.
– Quão politicamente corretas são elas.
Ele inclinou a cabeça magnanimamente.
– Você pode ser inflexível, mandona, opinativa, e um pouquinho de uma megera, mas eu
ainda quero você. Você me quer?
– Ah, claro, quem não ia querer um lagarto fugitivo da Divertida Fazenda de Oz com delírios
de que é um dragão?
– O que isso significa?
– Isso significa, Bastianssauro, que estou incomodada.
– Eu não era um dinossauro, Kenna, eu era um dragão.
– Eu termino meu caso.
– O tempo esfriou, – Bastian disse enquanto aquecia o ar em torno deles para coincidir com
a água e puxou-a sobre ele. E embora ela devesse lutar, ela não queria.
Ela se viu assim usando uma jangada de homem, uma que fez suas partes do sexo feminino
passarem para o modo de acasalamento e que vibravam contra enormes partes masculinas da
jangada. Ela sentiu especialmente a ondulante cobra abaixo das calças, o que lhe deu outro tipo
de aspecto molhado, quente pela promessa orgástica e que derreteu em seu núcleo.

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– Fale sobre essa sua capacidade flutuante. Eu não acho que isso seja possível para uma
pessoa normal.
– Você vai descobrir que muitos novos e diferentes exercícios e posições são possíveis
comigo.
– Você está se gabando?
– Eu posso ter falhas, mas elas parecem funcionar a meu favor, como elas vão trabalhar a
seu favor, eu acredito.
– Nem todas as coisas são possíveis com você.
– Diga uma coisa que eu não posso fazer bem.
– Você mesmo disse que você tem senso de direção de um dragão, o que é inútil aqui, e
você não pode comer aperitivos sem um manual de instruções.
Ele afundou e a beijou sob a água, roubando sua respiração, mas substituindo-a por sua
própria para que ela pudesse ficar sob a água mais tempo.
Eles submergiram juntos.
– Você me transformou em uma sereia?
– Quase, nenhuma é tão efervescente como você, nem segura o meu coração dessa
maneira. Nem sequer se preocupe em protestar. Só sei que eu estou me movendo para uma noite
de preliminares molhada e úmida.
– Descarado, – ela guinchou, apesar de seus melhores esforços para não agir como uma
colegial. – Você só está em todo o lugar com a sua educação, não é? Soa intrigante. – Ela ia ficar a
pedir socorro.
Isso foi tudo novo para ela, este desejo de homem, um homem, um deus que permeou seus
sentidos quando ele estava diante dela, sexy e majestoso. Os quentes lábios talentosos roçaram
seu ouvido, isso a derreteu. Ele virou-se até ela pisar a água, e deixou o traseiro contra o membro
masculino, enquanto ele lentamente mordiscou sua nuca, ajustando o desejo, intensificando a
ansiedade, e causando uma queimadura lenta em todos os lugares certos. Lugares assustadores
que ela tentou ignorar, mas não podia.
Espirais de necessidade lamberam suas coxas enquanto a água batia sobre eles, tangível na
sua sensualidade, como a vida, acariciando presença, aquecendo-a, como se suas terminações
nervosas estivessem todas sensibilizadas.
Os lábios de Bastian tinham sabor de sal e suor. Homem e animal. Seus braços, como
contornos de boas-vindas, a seguraram no lugar, moldando-a contra ele, enquanto ele inalava sua
essência, a crescente tensão e excitação do corpo. Ela gostava de seu pacote melhor do que
qualquer um que ela já tinha encontrado em sua árvore de Natal.
Ela o queria. Dentro dela. Ontem, se não fosse possível mais cedo.
Seus olhos se abriram por pura culpa. Ela olhou em volta. Tudo silencioso.
– Tem certeza de que meus antepassados não podem nos ver?
– Jock, – Bastian chamou, e a cabeça pequena azul se levantou, os olhos do dragão piscando
sonolentos. – Jock, uma última vez esfume uma fumaça rápida sobre a fazenda, meu amigo?
Apenas uma.
O piscar de Jock tornou-se irritadiço. Ele fechou um olho, mas o aberto parecia hostil.
– Para mim, Jock, – disse McKenna. – Por favor?

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Assim que ela disse isso. Jock se atirou para o ar e girou ao redor da fazenda, sua fumaça de
teste amarela como a luz de um diamante num quarto, brilhante, mas desaparecendo quase tão
rápido quanto ele voou.
O pátio estava vazio.
McKenna suspirou de alívio.
– Obrigada, meu doce amigo azul.
Jock fungou fumaça roxa e caiu pela água para dormir novamente.
– Ele está doente de amor, o nosso Jock.
McKenna suspirou por dentro. Ele pode não ser o único.

CAPÍTULO 38

McKenna temia que estivesse perdendo sua força e capacidade de dizer: —Não. —
Provavelmente devido à magia na água. Ou a magia de Bastian, ou eram um e outro a mesma
coisa?
– Usou sua magia sobre a água para eu sentir que você me acariciar fosse assim tão
gratificante como estou sentindo?
– Você gosta disso?
Seu coração batendo com insegurança, McKenna deslizou para longe da fonte de seu anseio,
mas não por muito tempo. Ele veio por baixo dela e curvou o corpo em torno dela como se fosse
uma cobra e ela sua presa.
Por que sentir ser comida viva parecia ser algo tão danado de bom?
A comparação devia assustá-la, mas isso não aconteceu. Ela nunca tinha dançado na água
com alguém dessa forma. Isto parecia como romance, mas era provavelmente apenas luxúria. Ele
se enrolou tão apertado em torno dela que o membro de homem de Bastian bateu à sua porta,
latejante e deixando em brasas aquele lugar onde era mais provável que a tivesse lançado,
enchendo e trazendo-a para um prazer terminal.
Apesar das melhores intenções, ela se abriu como uma flor para receber seu amante.
Ela o conhecia por não mais de um mês, mas ela poderia ficar estúpida por este homem.
Permitir-se sentir. Revelar suas falhas. Abaixar suas paredes.
Não, ela não se deixaria ir tão longe. Ela ia satisfazer seu desejo. Ter relações sexuais. Viver o
momento. Ela nunca tinha feito isso antes.
Para o seu bem, assim como o dela, ela iria manter a fortaleza trancada, mas ela podia abrir
a ponte levadiça.
Bastian acariciou o cabelo dela, e ela adorou, mas...
– Você percebe que meu cabelo é a coisa mais bonita sobre mim?
– Você, minha Kenna, é a coisa mais bonita sobre você. Você mostra ao mundo um coração
bonito e um corpo exuberante, esculpido por um mestre. Estes seios, – disse ele, chegando até um
mamilo com o polegar, através do vestido, fazendo com que ela se abrisse ainda mais. – Eles

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enchem meus sonhos. Eu gostaria de um travesseiro feito de seios como os seus. Embora eu goste
do lugar ao qual eles pertencem. – Ele acariciou seus quadris, a parte inferior e deslizou a mão
entre as pernas dela.
McKenna engoliu um gemido involuntário.
– Você tem um corpo de mulher feita para embalar o homem que te ama, perfeito para
trazer-lhe conforto.
Ele disse algo sobre amor?
Não amor; luxúria. Inglês não era sua primeira língua.
Ela iria considerar o jogo desta noite um prelúdio para o prazer.
E se isso eram preliminares, como ia ser jogar para valer?
McKenna bateu com a palma da mão contra a água ao lado deles para espirrar algum
sentido em si mesma. Bastian saltou e caiu longe dela, mas ele a pegou de volta e água dançava
em torno dele em círculos lentos, os olhos espelhavam alfinetadas de luar, com o cabelo molhado,
seus traços angulosos e predatórios.
Uma brisa fresca zapeou por ela como uma valsa. Os quadris nas mãos capazes, ele segurou-
a perto do centro de sua necessidade, controlando-a. Controlando-se, ela acreditou.
Este era um homem com um incêndio em sua barriga, intenso, brutal, preciso em cada
movimento, seu olhar quente, com fome. Voraz.
Por que ela podia ver muito melhor na noite escura do que nunca?
Ela meio que esperava que seu calor começasse a fazer o lago ferver, enquanto seu desejo
colidiu e provocou, como pederneira contra aço, o que parecia realmente estar acontecendo,
porque faíscas voaram entre eles, como vaga-lumes azuis pálidos fluorescentes esvoaçando ao seu
redor.
Estrelas de sua própria criação. Magia!
Apesar de seus esforços, aqueles tentáculos de desejo a prendiam, e a menor brasa, os
lábios de Bastian na coroa de seus seios, levantavam desejo, fundido e pulsante.
Quando chegou tão inexoravelmente perto de algo assim antes?
Quando teve essa consciência física tão furiosa ultrapassando-a?
Ela perdeu o fôlego para uma onda de saudade. Sem permissão, seus seios se apertaram, os
mamilos eram cascalho, e ela deslizou a palma da mão dele dentro da blusa – criatura ousada que
ela se tornou – e Bastian sabia exatamente o que fazer.
Ela fechou os olhos e engasgou da felicidade ao seu toque.
Quanto ela poderia apertar antes de gozar sem ele?
O boneco-de-meia-jock-mágico sob seus jeans dançou sob a mão dela, e ele assobiou.
Tentando se aproximar, ela aprendeu que zíperes não deslizam bem quando estão sob a água.
A determinação de Bastian, no entanto, ganhou o dia. As roupas saltaram tão rápido que ele
podia ter usado magia sobre elas, também. Ou ele quebrou o zíper.
Então, novamente, talvez ele tivesse usado a magia sobre ela. Quem se importava?
Ele levantou-a nos braços e pôs a boca em seus seios.
Ela estremeceu. Ela gritou. Arqueou para ele, e esfregou seu membro de homem tamanho
mamute com o corpo em busca de calor.
As pernas dela se separaram.

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Bastian encontrou seu caminho até lá, a acariciou com o dorso de uma mão, enviando ondas
de choque através dela, mas parou abruptamente.
– McKenna, uma confissão.
Aberta e pronta para mais, ela se puxou de seu próprio prazer e focou nas palavras dele.
– Eu não me lembro de nada de mulheres, – confessou. – Não me lembro de como dar
prazer a uma.
– Você tem bons instintos, então. Coloque as mãos onde estavam, e se você errar, eu vou
guiá-lo, – disse ela.
Bastian relaxou, foi com seus instintos, e com uma mão talentosa lhe dava prazer, tornando
a fazer o corpo dela cantar, nenhuma orientação necessária. Ela flutuou, em parte na água, em
parte, em seus braços, mas principalmente entre as estrelas, definitivamente sob seu feitiço.
O toque dele era perfeição. Macio e suave, lento, doce, quase acariciando. Impressionante
em sua precisão, ele se fez mais liso do que a água, levantou-a nas alturas até que levou seu
fôlego. Ela gozou, e gozou novamente.
Depois de anos de celibato, ela agradeceu o universo por este homem, um dragão com um
toque de magia.
Ela perdeu as contas de quantas vezes ela gozou.
– Sinto muito, – disse ela. – Eu tenho medo de desmaiar antes que você comece o seu.
– Isto é para você, só você. Mais uma vez. Uma vez mais, minha Kenna.
Quando ela pensou que poderia morrer de satisfação, ele a deixou recuperar o fôlego, em
seguida, a fez gozar mais uma vez.
– Eu não posso, – disse ela. – Não mais.
Ele deslizou-a para baixo de seu corpo, e o que ela encontrou? Céu entre as pernas dele.
– Santa mãe de pérola. Isto é enorme. – Seus membros tremiam enquanto o acariciava, os
joelhos dela como geleia. Ela poderia cair de exaustão a qualquer minuto, mas ela não conseguia
parar de explorá-lo debaixo da água. – Há mais aqui do que aparenta.
– É feio, – disse ele. – Você deve saber antes de vê-lo.
– Feio ou não, cada homem deveria ter tal tamanho. Melhor ainda, cada mulher deve ter um
homem com tal tamanho. Bastian, – disse ela, abrindo os olhos. – Eu não tenho certeza que isso
vai caber. Eu acho que é muito grande.
Ele cobriu a mão dela.
– Vamos levar de forma lenta e, em seguida, fazer a sua recepção do meu membro de
homem falho. Mas não aqui. Em sua cama, onde podemos jogar toda a noite e dormir juntos,
minha Kenna. E você precisa ver meu membro primeiro e aprovar.
Ou desaprovar? Não parecia provável.
– Você é um bom homem, Bastian Dragonelli. Melhor não me pegar na sua rede.
– Eu já estou preso.
Ela supôs que ela foi pega, também, mas ela aprenderia a passar por cima dele quando
chegasse a hora.
Bastian sacudiu a juba de cachos negros molhados e a jogou de volta à consciência.
– Bastian, eu gozei umas setenta e sete vezes e você não gozou uma vez sequer.
– Vamos para onde?

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Não é um problema, então. Ela se recusou a sentir-se culpada e se afastou dele.


Ele permitiu.
Como ele ousava permitir!

CAPÍTULO 39

McKenna queria mais... tudo, e Bastian agiu como se eles fossem feitos para a noite. Ela
bateu o pé em frustração e foi atingida por algo afiado.
Ele gritou com ela, e tirou-a da água. O amanhecer os provocou com a sua presença quando
ele a sentou no banco ao lado do lago, e virou-se para colocar os jeans que ele jogou para a praia.
Ouch.
– Meu vestido, busque o meu vestido. Não olhe, – disse ela, cruzando os braços e as pernas,
tentando cobrir tudo. – Jogue o vestido de volta antes de se virar.
– Somos um par e tanto, – disse ele, sentando-se ao lado dela e levantando o pé dela para
seu colo.
Ela tentou provocar o seu pacote com os dedos dos pés.
– Kenna, pare com isso. Estou tentando examiná-la.
– Eu estava tentando examiná-lo. – Ela bateu os cílios e tentou um olhar inocente.
– O seu pé não está sangrando, – disse ele, aquecendo e esfregando seus pés com as mãos
talentosas – mãos mais adequadas para deixá-la louca, ela acreditou.
A dor em seu pé desapareceu, e ambos respiravam mais fácil. Seu outro desconforto, no
entanto, permaneceu.
– Que tipo de par nós somos? – Ela perguntou.
– O tipo que se sentem desconfortáveis em seus corpos. O meu não se encaixa direito e
estou envergonhado com a minha falha.
– Meu corpo devia ser menor, – ela admitiu.
– Menor? – Ele perguntou. – Eu me sinto como uma grande besta desajeitada quando estou
perto de você.
– Você sente?
– Eu sinto. Você disse que achou Ciarra linda, não foi?
– Impressionante, – disse ela. – Ciarra é impressionante.
– Tenha isso em mente, – disse ele, enigmaticamente. – Eu, eu sou, como você diz,
desligado, quando vejo os ossos de uma menina sob a pele esticada. Enquanto seus ossos estão
muito bem cobertos.
– A sua percepção é distorcida, mas eu gosto bastante da maneira que você pensa. – Ele é de
verdade? – Não importa. Ouça, quando eu feri o meu pé, você gritou comigo. Por quê? E como
você sabia que meu pé doía, porque você verificou o lado certo?
– Quando você se machuca, eu sinto a dor no mesmo lugar. Provavelmente porque você é
minha companheira de coração.

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– Saia da cidade! Eu não sou sua companheira de coração.


– Você quer que eu saia da cidade?
– Não, é uma expressão. Como... Você é um banana.
– Você está brincando comigo. Eu entendo isso.
– Quando você cortou sua mão fazendo batatas fritas, McKenna, eu gritei também, lembra?
Porque eu senti sua dor.
– Santa guacamole, eu lembro disso. Espere, então você está cuidando de mim para aliviar
sua própria dor?
– Eu me importo com você, McKenna.
– Mas você se sente melhor quando eu me sinto melhor?
– Bem, sim. É que nem a definição de carinho?
Era, inegavelmente, pensou, tentando pensar através de suas respostas enquanto ele falava.
– A dor é nada para mim, – disse ele. – Eu fui machucado, embora por guerreiros que
ostentam as melhores lanças, mordido pelo mais vil dos dragões, cortado com espadas sacadas
em batalhas, acertado por asas e garras, e batido por pás de cauda de dragão. – Ele fez uma ação
de agarrar com a mão contra as cicatrizes de garras no pescoço. – Muitas vezes, dentro de uma
polegada da minha vida. – Ele beijou seu nariz. Como não amá-lo?
– Posso assegurar que, quando se trata de pisar em uma pedra afiada, eu me importo mais
com a sua dor que com a minha.
– Por que eu não acredito em você? Oh, eu sei. Você é um homem.
– Um homem que te fez ofegar de prazer sexual não muito tempo atrás. O homem que vai
fazê-lo novamente.
A promessa estremeceu sob sua pele e lambeu um rastro por seu centro como melaço
quente em um dia quente de verão, deslizando, deslizando, tremendo suas terminações nervosas,
polegada por polegada feliz. Antecipação.
– Você não tem ideia de como você é linda, – ele sussurrou, a respiração quente contra o
ouvido dela.
Mais arrepios, uma série deles, como pequenos terremotos.
– Eu sei quão cego você é.
– Minha visão é aguçada, dia e noite. Você não sabe, o que você faz em mim?
– Eu suponho que eu sei, sabendo que você esteve preso em uma ilha deserta, sem uma
mulher durante séculos. Tenho certeza de que pareço atraente o suficiente, até que você encontre
alguém melhor e você vai...
Bastian olhou com raiva para ela, as costas retas, os punhos cerrados.
– Você me irrita quando diminui seu valor e beleza. Não diga essas coisas sobre a minha
companheira de coração.
Paredes emocionais instáveis solicitavam que ela risse como uma forma de distração, mas
McKenna não poderia trabalhar até uma risada. Ele a tocou, corpo e alma, e ela podia nunca mais
ser a mesma. Onde estavam esses mecanismos de autodefesa quando necessários?
Bastian começou a desabotoar os botões do vestido molhado, sob o qual ela não colocou
roupa de baixo, e quando a blusa estava aberta, ele corajosamente examinou os seios, seus olhos
violeta brilhantes. Nenhuma dúvida sobre isso. Sem falsidade. Ele gostou do que viu.

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Ele manteve o olhar sobre eles enquanto a levava de volta na água, e lá ele continuou a sua
magia quando ele a tomou lambendo um mamilo, espalhando ondas de choque, como mini
orgasmos, tremendo em fúria, e suspiros ofegantes.
– Deve ser a sua vez agora, – disse ela.
– Não até que você veja no que está se metendo comigo.
– Soa ameaçador.
– Defina ameaçador.
– Assustador.
– Ah. Isso, você vai julgar. Se você não quiser a parte feia de mim dentro de você, eu vou
voltar para a minha própria cama, e nunca iremos falar sobre isso novamente.
– Você está brincando comigo?
– Não, acredite em mim.
– Será que sua Deusa Andra te ensinou a ser galante com as senhoras?
– Não, Vivica ensinou.
McKenna riu.
– Claro que Vivica ia ensinar a chegar a um coração que precisa de conserto. Isso explica
muito, você ser esse diabinho educado. – Ela poderia ter luxúria com um dragão galante. Mas
nunca amar. Amor machuca.
Ela o beijou, porque ela não queria que ele visse a decepção. Estúpida. Ela queria amor.
Apenas uma vez, ela não poderia ter mais do que luxúria?
Ele beijou suas lágrimas, as que ele não deveria ver, e sua emoção transbordou com a
ternura. Ela queria mais dele. Sim, ela iria aceitar o que ele oferecia, embora ela devia demiti-lo.
Ela ia mandá-lo embora depois do Halloween. Não, ela queria fazer o seu primeiro Natal especial.
E ele poderia ajudar com o plantio de primavera. Verão e outono trariam mais convidados do que
o habitual em Salém; um faz-tudo seria... muito útil.
Ok, então ela precisava dele, mas não necessariamente em sua cama.
Ele sussurrou sua preocupação, pediu desculpas por fazê-la chorar, não queria que ela se
machucasse. Ainda bem que ele não podia ver na cabeça dela. Ela era uma lunática, assustada
com seus sentimentos por ele.
Apesar de todas as palavras certas, ela viu uma vida de necessidade selvagem em seus olhos.
Os olhos de um dragão que cospe fogo, garras à mostra, asas abertas, pronto para lutar a favor
dela. Ou acasalar com ela.
– Bastian, – ela sussurrou. – Eu deveria ser capaz de ver as suas asas? Santa mãe de pérola,
você tem asas. Você é um dragão!
– Estou lutando contra meu animal interno, – disse ele com os dentes cerrados, – um animal
que você não vai amar, caso ganhe de mim.
Essa palavra novamente. Amor. Ele não sabia o que estava dizendo.
– O que posso fazer para ajudá-lo?
– Deixe-me olhar para você. Quando eu lutei com a minha besta interior depois que eu caí,
eu descobri que você pode tornar-se como um escudo contra o meu demônio dragão.
Ela acariciou a testa e então olhou para ele.
– Observe-me. Use-me como seu escudo. Estou honrada.

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Os sinais reveladores de sua luta se destacaram em relevo gritante, os dentes cerrados, os


músculos delineados, dor torcendo suas feições. Parecia da mesma maneira quando ele rompeu
pelo porão.
Ele estava lutando contra a sua besta interior quando ela desceu as escadas aquela primeira
vez.
– Quem está a ganhar? Você ou a besta?
Seu silêncio a deixava nervosa, até que ele suspirou e estremeceu.
– Eu ganhei. Desta vez.
– Devo testar o dragão? – Ela provocou seu membro de guerreiro com o corpo, moveu-se
contra ele, provocando-o e a ela mesma, e, finalmente, ela corajosamente segurou-o através do
jeans mais uma vez. – Grande, – disse ela.
– Com medo?
– Maior do que o normal?
– Eu vi fotos, então sim, eu prefiro pensar assim.
– Bastian, jogue o jogo para me manter segura. Diga que é pequeno, minúsculo mesmo,
então eu não vou quer isso. Diga-me que não é bom para mim. Eu não vou gostar. Você não pode
me satisfazer. Diga isto.
Um sorriso dividiu o rosto dele, mais amplo do que ela viu nas raras ocasiões em que ele
sorriu. Teria ele sorrido antes assim, além do primeiro dia, para as crianças?
– Oh, mas, minha Kenna, você está para ter o maior, mais longo, o mais original prazer de
sua vida... Se você deixar este pobre dragão entrar em sua cama.
Ela nadou para longe.
Ele nadou atrás dela.
A água, morna com o calor do seu corpo, adicionou prazer ao jogo dinâmico. Prazer é um
jogo para dois, mas ele continuou permitindo a ela afastá-lo, para manter seus muros intactos,
mais ou menos.
Abençoava e o amaldiçoava, também.
– Agora, realmente, pode possivelmente ser tão grande como uma cauda de dragão?
Seu hálito quente fez cócegas no ouvido dela.
– McKenna Greylock, – disse ele. – Eu tenho no meu short um engenhoso, multitalentoso,
membro de dragão. E, à sua maneira magnífico, ele quase faz respirar o fogo.

CAPÍTULO 40

Quando Bastian abriu os olhos, ele esperava encontrar McKenna dormindo ao lado dele na
borda da água, mas ele encontrou Lizzie no banco nas proximidades, Steve em sua cadeira de
rodas, e o sol alto no céu.
Por quanto tempo ele dormiu?
– Que horas são?

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– Umas 15h, – disse Lizzie. – Será que McKenna o jogou para fora na noite passada?
Steve riu.
Bastian olhou para a propriedade por trás deles para ver McKenna, mas não viu nem ela
nem seus antepassados.
– Onde foi todo mundo?
– Todos quem? – Disse Lizzie. – Quem estava aqui?
Foi quando Bastian ouviu as crianças atrás dele e puxou seus pés da água, tarde demais.
Wyatt jogou Jock, enrolado em uma bola feliz, a Whitney, enquanto seu tutor dócil emitia
pequenas fumaças roxas.
– Ei, tio Bastian. Olhe para nossa diversão, nova bola de praia.
Bastian assentiu.
Dewcup pairou sobre eles, aplaudindo. Pelo menos Whitney adoçou a disposição de sua
fada. Ele não foi amaldiçoado em uma semana. As duas entidades caíram nas graças das crianças,
como filhos para eles.
Bastian considerou Lizzie e Steve.
– Algum de vocês entrou na água?
Lizzie balançou a cabeça.
– Estou muito perto de minha data esperada e Steve não pode sair da cadeira. Sentimo-nos
seguros em deixar as crianças brincarem perto da costa, porque você está aqui. Nós enviaríamos
você se eles estivessem em problemas.
– Estou honrado que você sentiu que poderia contar comigo. – Bastian espanou a areia fora
dos jeans e olhou para a camisa.
– McKenna está na casa?
Lizzie balançou a cabeça.
– Ela deve estar fazendo compras. Nós pensamos que ela bateu em você e te deixou morto,
mas quando vimos você respirar, nós deixamos você dormir. É o sutiã de McKenna flutuando
perto da praia?
Isso pode significar problemas, pensou Bastian.
– Uh, você quer movê-lo antes de meus filhos o verem? – Lizzie perguntou.
Bastian pegou e colocou-o no bolso.
– Grite se precisar de mim para as crianças. Eu tenho uma boa audição, – disse ele e se
dirigiu para o lado da casa grande, indo em direção ao porto antigo, ao redor, para o prédio anexo.
Móveis preenchiam o jardim da frente, as portas e janelas abertas. Lá, ele encontrou os
espíritos conversando e rindo, alguns dentro, alguns fora, a primeira reunião da família em
séculos.
Ele cortou no meio da multidão, aceitando parabéns, embora não tivesse certeza por que, e
encontrou McKenna limpando a casa enquanto conversava com a mãe e a avó, o pai dela ao lado,
supervisionando cada movimento.
Bastian viu os relacionamentos mais claramente agora. Os homens que se casaram com este
clã assumiam a liderança de uma forma tão banal que as mulheres não percebiam que eles
estavam fazendo isso.

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– Bastian, você está aqui! – McKenna disse. –Telefone para Steve e Lizzie em casa e peça
para eles virem hoje, tá bem? Eu quero mostrar-lhes a sua nova casa.
– Eu não preciso de um telefone. Eles estão sentados à beira do lago esperando por você,
pensam que saiu para compras. Vou buscá-los.
– Obrigada.
Bastian parou perto do pai de McKenna no exterior.
– Senhor, você pode me ensinar aquela canção de ninar francesa que McKenna ama, no caso
de eu ter bebês para balançar e cantar para dormir algum dia?
O pai de McKenna, eternamente jovem, olhou para a filha com amor em sua expressão. Ele
limpou a garganta.
– Eu ficaria honrado.
Bastian fez o caminho de volta para o lago, lembrando o que Lizzie disse sobre Steve não ser
capaz de entrar na água. Ele poderia corrigir isso.
Poucos minutos depois, Bastian empurrava a cadeira de Steve para a parte traseira da casa,
as crianças de carona, enquanto Jock e Dewcup os entretêm.
Uma boa, o som do riso de uma criança.
– O que é isso? – Steve perguntou quando eles dobraram a esquina de frente para o outro
lado, mas ele não estava falando sobre os espíritos, porque ele não podia vê-los.
– Oooh, – disse Lizzie, – é o prédio assombrado, proibido. Nunca aberto... Até hoje.
McKenna? Você está aí? – Lizzie questionou com o olhar. – Ela não pode estar lá.
– Não é possível que ela?
McKenna surgiu na soleira da porta, sorrindo, vestido empoeirado, nariz manchado. Ela
nunca pareceu mais bonita.
– Ok, não pirem, – ela disse aos amigos, – mas Bastian encontrou um volume da história da
família que eu nunca vi, e adivinhem? Este lugar não é assombrado. Todo mundo entendeu mal
por anos, nunca soubemos. Então, bem-vindos a sua nova casa.
– O que? – Lizzie colocou a mão em sua barriga, acalmando seus pequeninos, dizendo-lhes, e
a ela mesma, que tudo ficaria bem.
– McKenna, – disse Steve. – Eu não entendo.
– Vocês não tem que se mudar para cá se vocês não quiserem, – explicou McKenna. – A casa
tem apenas um banheiro, e que é velho, mas podemos atualizar. Três quartos no andar de cima e
um no de baixo, uma sala de bom tamanho, e é de vocês. O registro da família diz que é de 487,68
metros quadrados. Acha que podem viver em uma casa desse tamanho?
– Estamos chorando sobre a perda de 365,76 metros, – disse Lizzie, um pouco como um
sonâmbulo.
McKenna enxotou seus parentes invisíveis para um lado.
– Venham e olhem ao redor.
– Mama, quem são todas essas pessoas? – Whitney perguntou, mas Lizzie não a ouviu.
McKenna virou para ele.
– Você deixou as crianças irem à água?
Ele a puxou de lado.

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– Elas são crianças. Elas vão esquecer. As crianças veem espíritos facilmente, mas elas vão
aprender a parar porque não é aceito, ou a magia da água vai deixar de fazer efeito, o que ocorrer
primeiro.
– Pelo menos você não estava na água com eles.
– Meus pés estavam, mas eu estava dormindo. Eu não sabia que Lizzie os deixou entrarem.
– Ótimo.
Bastian levantou Steve da cadeira até colocá-lo em uma poltrona da sala de estar dos anos
40.
– Você pode me dizer o que fazer para consertar o lugar para vocês, – disse Bastian.
– McKenna, – disse Steve. – Embora isto seja extremamente generoso, você não estava
planejando dormir em seu porão depois que você abrisse a hospedaria? Eu diria que você iria
querer esses quartos para si ou para clientes pagantes. Não podemos vagabundear.
– Você é o empreiteiro que me deu um preço excelente para renovar minha casa, porque eu
poderia perdê-la. Você estava me salvando. Mantendo um teto sobre minha cabeça. Eu não sei
como isso vai funcionar, mas enquanto eu tiver um telhado, você também terá. Eu não vou aceitar
um não como resposta. Enquanto você está ficando melhor, você vai continuar dizendo a Bastian
como consertar o lugar. Ele já terminou o telhado, pintou seis quartos, me ajudou a lixar o resto, e
pintou a guarnição interior.
– Ele é rápido, – disse Steve.
McKenna levantou uma sobrancelha.
– Você não sabe da missa a metade.
– O que você quer que eu faça aqui, chefe? – Bastian perguntou a Steve.
– Não, – disse Lizzie. – Pare de tentar mudar de assunto. Não podemos aceitar a casa.
McKenna olhou em volta.
– É velha, eu sei.
– É brilhante e tem uma vista para o mar. A idade não é a questão. A autossuficiência é. A
idade da casa só torna tudo mais acolhedor e charmoso. Mas, McKenna, Steve e eu, pagamos o
nosso próprio caminho. Nós vamos encontrar um lugar que podemos pagar. Isso é tudo. Nós não
tomaremos caridade, nem mesmo de você.
– Torne-se uma empregada da Toca do Dragão, então.
Lizzie colocou uma mão nas costas, barriga para frente.
– Estou ouvindo.

CAPÍTULO 41

– Eu gostaria de contratá-la como cozinheira da Toca do Dragão, Lizzie. Já pensei sobre isso.
Traga a mãe de Steve para vir de manhã ficar com as crianças, enquanto você faz o café da manhã
e almoço para os meus convidados. Você disse que ela gosta de se levantar e sair de casa todos os
dias.

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– Mamãe é assim mesmo, – disse Steve.


– Eu pretendo oferecer o jantar a um custo separado para os meus convidados. Você pode
cozinhar isso também, depois que as crianças estiverem na cama. Lizbeth, você foi para a escola
de culinária. Você pode muito bem fazer a Toca do Dragão famosa por sua chef, bem como pelos
quartos encantadores.
Steve bateu nos braços da cadeira.
– Droga, eu quero carregar o meu próprio peso. Eu odeio o pensamento de Lizzie trabalhar
quando eu não posso.
– Você vai ser o nosso consultor em tempo integral. Bastian será seus braços e pernas.
– Você vai ficar melhor, Steve – disse Lizzie, mas Bastian não achava que Steve acreditava
nisso, ou ele conhecia melhor sua situação e não tinha compartilhado a notícia com a esposa
ainda.
– Steve, vamos para uma caminhada, – disse Bastian, – enquanto McKenna e Lizzie falam. –
Sem obter uma resposta, ele pegou a cadeira de Steve e o levou para fora. – Lizzie, – Bastian
chamou lá de fora, – está resolvido. Eu vou embalar e mover todas as suas coisas pra cá. Dê uma
olhada pelo interior. Vou pintar os quartos das crianças do jeito que elas quiserem.
Whitney e Wyatt aplaudiram quando ele levou Steve de novo para fora, em direção ao lago.
Bastian sentou-se no banco para encarar Steve.
– Primeiro, deixe-me esclarecer um erro. Eu não sou gay.
Steve segurou a parte de trás do pescoço.
– Eu não gostaria de decepcioná-lo, por isso estou feliz em ouvir isso.
Bastian levantou as mãos e mostrou as palmas para Steve.
– Nessas mãos, eu tenho um dom para a cura. Wyatt me disse o quanto você se machucou e
sentia dor, então eu coloquei minhas mãos em seus joelhos para ajudar a curá-los e, mais tarde,
com a ajuda de Whitney, tentei aliviar a sua dor de cabeça.
– Você curou? – Steve sentou-se para frente. – Você curou.
– Agora você pode falar a verdade pra mim. O que os médicos dizem sobre a possibilidade
de você melhorar?
– Eles dizem que se eu não tiver uma série de cirurgias, eu poderei estar nesta cadeira por
um bom tempo, se não para o resto da minha vida. Com nenhum seguro de saúde, as cirurgias
estão descartadas por agora, mas eu não quero que Lizzie saiba até que ela tenha os bebês. Não
estou paralisado, mas eu sinto muita dor.
– Você acredita que eu tenho habilidades de cura?
– Bastian, ninguém pode mudar a verdade do que os médicos me disseram. E perdoe-me por
ser bruto, mas me machuquei em lugares onde eu não quero suas mãos.
– Quer ir para um mergulho?
– Eu pareço como se pudesse nadar?
– Eu posso levar a sua cadeira na água.
– Qual é o ponto?
– O meu corpo inteiro tem poder de cura, e através da água ele pode se espalhar, como...
Eletricidade. – Ele iria se contentar com uma meia-verdade, por razões óbvias. – Alguns podem
chamar de magia.

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Steve balançou a cabeça.


– Então, se eu estou na água com você, eu poderia me curar? Você realmente acredita
nisso?
– Você pode fazê-lo sem acreditar, pela sua família. Deixe-me levá-lo para a água por um
tempo todos os dias e ver o que acontece. Vou dizer a Lizzie que é uma terapia, o que realmente
é, em sua própria maneira.
– Então você vai exercitar as minhas pernas na água, como meu terapeuta costumava fazer
quando eu tinha seguro de saúde?
– Sim, e eu vou prendê-lo em sua cadeira em águas mais profundas.
– Isso não é tão ruim, – disse Steve, quando a água o cobriu até o pescoço. – Vai me manter
fresco nesse calor, pelo menos.
– Vai aquecer um pouco por causa do calor do meu corpo. Peço desculpa, mas não posso
fazer nada quanto a isso. Diga-me, – disse Bastian, balançando a cadeira de Steve através da água.
– Quantos telhados você já subiu?
– Uma centena, talvez.
– De quantos você já caiu?
– Nenhum, mas no segundo que eu pisei neste último, eu voei direto para o chão.
– Onde posso encontrar esta casa com o telhado escorregadio?
Bastian não sabia quanto tempo esteve a conversar na água quando Lizzie saiu para a
varanda da cozinha, as mãos em sua barriga grande.
– Espaguete e almôndegas?
– Vamos, – disse Steve. – Whitney, Wyatt, o jantar, – ele chamou os filhos debaixo da árvore.
– Seu favorito!
– Ê! – Gritavam, correndo em direção à casa, Dewcup, Jock, e Jaunty atrás deles, Jaunty
usando um vestido e flores em seu chapéu de caixa de tecido.
Steve questionou Bastian com um olhar.
– Whitney deve ter tido uma festa do chá, mas seus bichos de pelúcia não costumam voar ao
redor sozinhos como aquele está fazendo.
– Eu posso explicar, – disse Bastian, quando saíram da água. – Mais tarde. O que é isso que
vamos comer?
– O néctar dos deuses italianos.
– Eu estou familiarizado com a Itália, Roma, especialmente, e os deuses romanos, mas eu
nunca ouvi falar de macarrão e almôndegas.

CAPÍTULO 42

McKenna pôs a mesa para o jantar de comemoração, enquanto os homens se secavam e


trocavam de roupa. Lizzie levou meia tarde para parar de ser teimosa e aceitar a casa de Caleb e
Esther, e o trabalho como cozinheira da Toca do Dragão.

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Quando o telefone de McKenna tocou, ela respondeu da maneira que ela vinha fazendo
desde que ela publicou seu website.
– A Toca do Dragão. Administradora falando.
Desta vez, finalmente, eram hospedes.
– Sim, temos quartos disponíveis para a semana do Dia das Bruxas. Quantos? – Ela fez
alguma matemática rápida. – Por uma questão de última hora, de fato, nós tivemos um
cancelamento, e podemos acomodar um grupo desse tamanho. Uma semana, sim. – Ela fez uma
cara de louca feliz para Lizzie, estabeleceu-se o preço e o pagamento, uma noite com
antecedência por quarto, outra coisa para Steve atualizar em seu site.
Quando ela saiu do telefone, ela gritou e gritou, Lizzie batendo-a com um pano de prato.
– O que, o que? – Lizzie estalou. – Conte-me.
Bastian e Steve voltaram para a cozinha.
– Eu reservei quartos para uma reunião de família! Lizzie e Steve, eu odeio ser uma vizinha
irritante tão cedo, mas podemos dormir em sua casa a partir de 26 de outubro? Não haverá um
quarto para nós dois aqui!
As crianças saltaram para cima e para baixo com ela. Lizzie aplaudindo. Os olhos de Steve
olhavam desconfiados e brilhantes, e McKenna se lembraria do sorriso de Bastian para sempre.
Enquanto todos se serviam da salada, eles fizeram um cronograma para concluir o trabalho
em casa, incluindo raspagem e pintura exterior.
– Bastian, você tem que pintar os quartos do terceiro andar, mais cedo ou mais tarde, –
disse ela. – Nós vamos precisar deles para a nossa casa cheia. Steve, você acha que o elevador que
você colocou quando a vovó estava doente ainda funcionaria?
– Não sei, mas eu vou verificar se há algum problema em botá-lo pra funcionar.
– E tem os banheiros do terceiro andar. Vocês meninos tem que dar logo uma olhada se tem
que fazer alguma coisa de encanamento.
Seu entusiasmo levou-os para o prato principal.
McKenna desafiou Bastian para um concurso de maior rolo de espaguete, mas ele atirou
acidentalmente espaguete para o outro lado da sala de jantar e este ficou preso ao papel de
parede.
Rindo, Whitney apostou duas almôndegas com Bastian que ele não poderia sugar um fio de
espaguete tão rápido quanto ela.
O molho espirrou nele, e seus olhos piscaram com molho indo em direção a eles também,
mas ele continuou, apesar do riso. E perdeu.
– Não é justo. Eu tinha um macarrão sem fim!
McKenna enxugou o rosto com um guardanapo. Um homem. Ela tinha um homem em sua
vida. E hóspedes pagantes. E ela passou um tempo com sua mãe e seu pai, e sua avó, novamente.
Seu coração estava tão cheio, ela estava com medo que aquilo tudo não fosse verdade.
– Um brinde, – ela disse, erguendo seu copo de leite. – Pela família.
Lizzie assentiu.
– À família que virá para a Toca do Dragão, e muitos outros hóspedes que virão.
– Família, – Bastian disse, clicando em seu copo, o olhar roubando dela sua respiração.

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A perspectiva de administrar uma hospedaria, de repente parecia menos assustadora com


uma família para compartilhar as tarefas. Tendo Lizzie, Steve, e as crianças ao redor, também
ajudaria a aliviar a tensão entre ela e Bastian.
Talvez eles precisassem de um tempo limite. Ontem à noite, na água, foi algo selvagem.
– McKenna? – Lizzie disse, tentando puxar o prato vazio de sua mão. – Onde você estava?
– Oh, desculpe. Desligada, eu acho.
Lizzie piscou.
– Se Bastian me olhasse da maneira que olha pra você, eu estaria desligada também. Saia
para uma caminhada. Steve vai me ajudar com os pratos.
– Onde está Bastian?
– Ele levou Whitney e Wyatt para dar uma maçã a Toffee.
McKenna caminhou na direção oposta ao celeiro, para a floresta, para ter um pouco de
tempo para pensar. Ela despertou antes de Bastian esta manhã, feliz que ela não teria que
enfrentá-lo antes de ir à procura de sua família.
Ele se tornou muito mais acessível do que um faz-tudo, um magnífico pedaço de sexo e
sensualidade que curou sua solidão.
Ela já estava muito apegada. Ela poderia estar baixando suas paredes e correndo o risco de
se machucar de novo? Mesmo uma menina de fazenda resistente como ela poderia chegar ao
ponto de ruptura. Vai doer demais quando este homem partir.
Com Bastian, tudo parecia maior, ainda mais frágil, mais sensível, sensacional, toda a coisa
homem/mulher muito mais exagerada. Mais física.
Mais antecipação. Ela tinha o hábito de olhar para o seu corpo, imaginando-o através de um
desses espelhos em que as coisas pareciam maiores do que pareciam. Ou foi mais perto do que
pareciam?
De qualquer maneira, a ameaça excitante falou com uma voz rouca e esperançosa. Oh, a
promessa na voz do dragão.
Ele disse que não iria machucá-la, mas ele seguramente iria, ele era tão bestial, e do tipo —
coloque-me em cima da mesa e me leve agora.
Como se sua angústia o chamasse, Bastian sentou ao lado dela, mantendo o ritmo,
respeitando o silêncio dela, acariciando seu braço com um dedo, admirando uma flor aqui e ali.
Ela quase podia ouvir seu coração pegar velocidade. Sem aviso, ele tomou sua mão, apertou
os dedos juntos, e continuou ao seu lado em silêncio.
– Vou telefonar para você de manhã, – gritou Lizzie de seu lado na van, Steve e as crianças
dentro.
McKenna acenou.
– Tenha uma boa noite. Obrigada!
– Parabéns! – Os quatro Framinghams gritaram enquanto se afastavam.
McKenna virou-se para Bastian.
– Hóspedes pagantes!
Ele a pegou e girou. Quando ele parou, ele manteve seus braços em torno dela.
– Pronta para investigar o acidente de Steve?
– Como?

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– Eu tenho o endereço e o nome do proprietário, mas Steve disse que ninguém nunca vê o
proprietário. Aparentemente, ele é uma pessoa inválida.
– Brincar de detetive me deixa nervosa, – admitiu McKenna.
– Você não tem que vir, Kenna.
Oh, ela queria ir, tudo bem.
– Você pode ler os meus pensamentos ou emoções?
– Não os seus. Eu nunca me deparei com um conjunto de emoções tão bem guardado como
o seu. Eu li cada dragão na ilha, Vivica, Lizzie, Steve, mas não você.
– Graças às estrelas.
– McKenna, eu acho que nós dois queremos uma conexão física mais estreita, – disse ele
sem rodeios, e com bastante precisão para alguém que não podia ler sua mente, – mas agora
precisamos pensar sobre a situação de Steve e o dinheiro do seguro.
Eles estavam pensando ao longo das mesmas linhas.
– Certo, vamos saltar sobre um telhado, – santa mãe de pérola, até mesmo isso soou sexy.
– Depois disso, talvez eu possa saltar sobre você?
Oh Deus. Sim.
Eles deram as mãos quando Bastian continuou através da floresta.
– Por que não levamos o meu caminhão? – Ela perguntou.
– Nós podemos nos aproximar da casa de forma mais calma se estamos caminhando. Não é
muito longe.
– Diz o menino dragão sem noção de direção.
Ele fingiu um sorriso, embora seus olhos estivessem enrugados nos cantos.
– Você pega o endereço, então.
Dado o longo passo de Bastian, McKenna quase correu no início, até que ele abrandou para
que ela pudesse manter seu próprio ritmo. Será que isso acontecia com as mulheres que o
seguiram? Provavelmente.
– Não, não vire aqui, – disse ela. – Continue em frente.
Ele olhou para ela e pegou-a nos braços.
– Diga-me quando você recuperar o fôlego, – disse ele, sem suar a camisa, o que não podia
ser dito dela, quente e ficando com tesão com o traseiro agora esfregando contra seu pacote
notável e crescente sob os jeans.
– Você é uma distração, McKenna Greylock.
– Fico feliz em ouvir isso, mas eu também sou o mapa em sua cabeça. Vire à direita.
– Obrigado.
– Se você não enfiasse esse seu membro de dragão quase para fora da sua calça jeans, meus
quadris não ficariam saltando sobre dele.
– Se os seus quadris não ficassem saltando sobre ele, meu membro não estaria quase saindo
das calças agora. Eu gosto. Eu gostaria de levar você sobre uma cama de qualquer espécie.
– Quantos tipos existem?
– Uma cama de flores, trevos, uma caverna aconchegante, musgo em uma floresta, ou um
tipo de cama inflável humana.

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Ela nunca imaginara fazer amor em todos os lugares, e agora este homem – de quem ela
deveria correr – a fez querer experimentar tudo isso com ele.
– Infelizmente, – disse ele, – qualquer tipo de cama deve esperar. – Ele a colocou no chão
debaixo de uma cobertura de árvores. – Lá.
– A casa parece deserta. – Ela sussurrou.
– Está escura, mas pode não estar vazia. Siga-me para que eu possa protegê-la.
Ela não precisava de ninguém para protegê-la, mas ela com certeza queria Bastian ao lado
dela.
Eles evitaram ser pegos no luar pelas linhas de sombra em sombra, ela por trás da grande
muralha de Bastian.
– O perigo crescendo, – ela disse suavemente. – Os tambores batendo em sincronia com os
nossos corações, os lobos uivando, a terra tremendo...
Bastian se virou para ela.
– Você está louca?
McKenna endireitou.
– Eu estou definindo a cena. Musica. Efeitos sonoros. Você sabe.
– Eu não. Você é uma doida.
– Você aprendeu isso com Wyatt?
– McKenna, shh.
– Então você usa ‘McKenna’ quando você está irritado comigo, e Kenna quando você está
com tesão. Bom saber. – Ela não conseguiu fazê-lo sorrir. – Ok, então eu nunca fiz nada como isso
antes. Eu estou tremendo na minha calcinha de renda rosa.
– Isso é emocionante, – disse Bastian. – Como é imaginar essa sua calcinha.
Ela ficou satisfeita por distraí-lo, especialmente agora.
– Deixe-me olhar na janela da garagem para ver se há um carro.
McKenna pegou seu braço.
– Por que não vamos bater na porta e perguntar se podemos verificar o telhado?
– Porque desta forma, se formos apanhados, podemos fingir estar perdidos. Se pedirmos e
eles dizem não, estaremos corajosamente invadindo.
– Estamos invadindo.
– Mas eles só vão saber se nós nos apresentamos. Outra coisa, suponha que o proprietário
saiba o que aconteceu com Steve e foi pago para ficar quieto.
– Você realmente acredita nessa intriga, não é? Alguém que fez algo de ruim com você e o
deixou com essas paranoias?
– Só se contar o fato de você ser transformado em um dragão e banido da terra.
– Certo. Você não tem uma razão para confiar, em qualquer um. Você realmente acha que
Steve foi emboscado, por quê? Quem iria querer machucar Steve?
– Quem quer que queira impedi-lo.
– De fazer o quê?
– Ajudar você a ter sucesso.
– Bastian, isso é, eu posso ser tão ingênua.

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– É por isso que há um bom equilíbrio entre nós, – disse Bastian. – A garagem está vazia.
Devemos fazer nosso movimento agora.
Ele tomou-a em seus braços e com apenas uma mola em seu próximo passo, a levou até o
telhado em um salto, mas assim que o fez, a casa e o quintal ficaram iluminados como uma árvore
de Natal.
– Os detectores de movimento, – disse McKenna. E eles estavam em movimento. Bastian
escorregou no minuto em que pisou no telhado, mas ele a segurou mais apertado. Ele também
tentou obter um apoio quando eles deslizaram, segurou em uma telha, mas a quebrou e levou o
pedaço com eles. Quando eles caíram, virou para tomar o impacto da queda, dando-lhe uma ideia
do controle que ele poderia ter como uma criatura alada.
Eles desembarcaram por trás dos arbustos do quintal, ela em cima dele.
– Você faz um grande colchão, – disse ela. – Musculoso, mas confortável.
Ele endureceu debaixo dela. Tinha seu dragão interno despertado pelo impacto?
– Bastian, olhe para mim, – disse ela. – Concentre-se no meu rosto. Deixe-me ser o seu
escudo.
Ele abriu os olhos, pegou seu olhar, e em poucos segundos, os ombros relaxaram, sua
expressão tornou-se menos feroz e mais como um homem com dor.
– Minhas costas, – disse ele, quando as sirenes à distância soaram.
Não era uma ambulância, ele presumiu.

CAPÍTULO 43

– Você está bem? – Perguntou Bastian.


– Você feriu suas costas e pergunta se eu estou bem?
– Estou adiando o inevitável. Eu sei como vai doer quando você esticar o meu braço para
alcançar minhas costas.
– Dê-me sua mão, – disse McKenna. – Eu tenho uma ideia.
Ele deu a mão.
– E você acha que eu sou um lunático.
– Eu estive na água com você. Talvez eu possa realizar a sua magia através do meu corpo.
Você segura a minha mão direita, e eu vou escorregar minha mão esquerda por baixo, contra as
suas costas.
Seu dragão interno elevou a cabeça novamente quando ela empurrou para chegar até as
suas costas, mas acalmou rapidamente, porque ele se recusou a tirar os olhos dela.
As luzes em movimento apareceram mais ou menos ao mesmo tempo, os carros da polícia
chegaram.
– Shh, – McKenna sussurrou perto de seu ouvido, e ele deu-lhe um aceno de cabeça.
Enquanto eles permaneciam escondidos por trás dos arbustos, o brilho das lanternas dançava em
torno deles. Os policiais investigaram o que podia ter detonado os detectores de movimento, e

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antes de saírem, verificaram as portas da casa, que estavam trancadas, mas ninguém verificou
atrás dos arbustos, provavelmente porque era um lugar muito óbvio para se esconder.
Demorou um pouco mais para as costas de Bastian curar com McKenna como um canal, mas
funcionou, e com muito menos dor.
Ela reagiu ao seu suspiro.
– Melhor? – Ela perguntou.
– Melhor.
– Por que você não me pediu para fazer isso da primeira vez, quando você caiu? Teria sido
muito menos doloroso para você.
– Você tem que acreditar para ser um canal de magia. Você não estava pronta. – Ele
flexionou as costas, sentou-se, em seguida, levantou-se e pegou a mão dela.
– Eu te curei, – ela cantou, quando ele a puxou junto.
Ao atravessarem a rua, o que parecia um raio de calor iluminou o céu e os iluminou.
Quase ao mesmo tempo, uma sirene os assustou.
Eles correram.
O carro da polícia que estacionara em frente da casa que eles invadiram vinha pela estrada.
– Talvez devêssemos nos separar, – disse Bastian, quando a sirene chegou mais perto e eles
fugiram para a floresta.
– Você vai se perder se o fizermos, – ela apontou, e com razão, a coisa mandona. – Você não
pode viajar em linha reta nestas florestas.
– Com as asas de dragão posso, – disse ele, corrigindo-a. – Assim eu viajo em linha direta,
com as minhas próprias asas.
– Não diga, você gostaria de poder ter asas agora?
– Eu cheguei perto tê-las saindo pelas costas quando você esmagou meus globos de homem
na queda do telhado.
– Seus globos de homem? – Ela riu e tropeçou em um galho.
Ele levantou-a e conseguiu segurar um punhado de mama, sorte dele.
– A tradução aproximada para globos de homem em língua humana são cérebros, – disse
ele.
Ela parou de correr.
– Bondade você explicar.
Ele agarrou a mão dela e continuou correndo.
Ela puxou-o para baixo quando caiu contra uma árvore.
– Eu não posso ir tão rápido quanto você. Sinto muito, mas estou com cólicas aqui.
Mais relâmpagos, em seguida granizo, apenas para tornar isso mais fácil, pensou.
Ele jogou McKenna por cima do ombro como um saco de grãos.
– Obrigada, – disse ela. – Saltar sobre a minha barriga faz a cólica muito melhor. O mesmo
acontece com o granizo. Fria, molhada, com cólica, e de cabeça para baixo. Ótimo.
– Fico feliz em poder ajudar.
– Esse homem, – ela murmurou, mas continuou indicando o momento de mudar de direção.
– Você poderia me dizer antes de eu passar pelo local? – Ele retrucou.

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– Eu estou vendo a partir das suas costas, por onde você já passou, garoto dragão, e não
para onde estamos indo. Tente não escorregar no gelo, tá? A única coisa que me falta agora é uma
concussão.
– Pode ser um pouco vingativa.
McKenna engasgou.
– Você está dizendo que eu estou perturbando você? Que eu estou mal-intencionada?
– Se a carapuça serviu.
– Você aprendeu uma palavra nova. Carapuça. Bom pequeno dragão.
– Estamos fugindo da lei e você está sendo espinhosa sobre que rota tomamos.
– Você sabe fazer o seu caminho de volta para minha casa?
– Acho que devemos nos esconder, – disse Bastian.
– Nós poderíamos ir para a velha casa de Lizzie e Steve, uma vez que não se mudaram para o
nosso lugar ainda.
– Nós não devemos envolvê-los. Essa era a casa onde Steve caiu. Eles podem pensar em lhe
fazer perguntas e poderiam nos encontrar mais facilmente. Se esse corretor empreiteiro tem
amigos em cargos altos, como você disse, você pode ser uma suspeita.
– Menino, você absorve os detalhes, não é?
– Onde podemos nos esconder? – Bastian perguntou.
– As cavernas em minha propriedade?
– Parece óbvio. Elas são profundas o suficiente para nós nos perdemos dentro?
– Profundas e em forma de tridente. Os dentes são bem trançados, mas ninguém vai pisar na
caverna que começa a alça do tridente. Mesmo se o fizessem, eles vêm-se contra o que parece ser
uma parede de pedra. Nós vamos estar escondidos atrás do muro.
– As luzes através das árvores são carros de polícia, – disse Bastian. – Quanto tempo até
chegarmos lá?
– Estas são as árvores onde começamos. Você realmente tem um péssimo sentido de
direção, não é? A polícia é como os lobos, eu imagino, beliscando em nossos calcanhares, – disse
ela. – Esta é a entrada para as cavernas. Nós só podemos ser visto a partir do porto velho aqui, o
que é improvável. Siga-me.
Ele se levantou sobre os pés, seguiu até as cavernas, e sentiu saudades da ilha.
– Elas são grandes, suas cavernas. Eu ouço alguém ou algo próximo.
– É a caverna sussurrando. Alguns dizem que é o vento... Outros dizem que é o espírito de
Ciarra alertando seus inimigos para ficar longe. Quem sabe? A abertura para a alça está aqui e ela
é pequena. Você acha que pode passar por ela?
– Como um dragão, eu tinha a capacidade de caber através de pequenos espaços que muitas
vezes pareciam impossíveis.
– Como um gato. – O túnel tornou-se escuro como breu. Bastian puxou McKenna para o seu
lado para protegê-la, e embora ele pudesse ver, enviou um jato de fogo para iluminar seu
caminho. A parede, que ele pensou que fechava a caverna, era uma parede de sobreposição com
uma entrada estreita, por trás e entre duas mais.
Ele observou McKenna escorregar facilmente através da entrada, mas ele levou um minuto.
Abriu-se a uma grande sala mobilada. Alguém viveu aqui em algum momento.

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– Esta, – disse McKenna com reverência, – era a casa de Ciarra durante os tempos de fuga.
Ciarra apareceu em forma de espírito, como se fosse éter.
– Bem-vinda. – Enquanto falava, o fogo na velha lareira veio à vida, assim como as chamas
de velas em castiçais da parede. Sua luz combinada revelou uma mesa de madeira, várias cadeiras,
algumas quebradas, e uma antiga tapeçaria de parede de muitas cores.
– Você está segura aqui, – disse Ciarra. – E seca também.
Ela estava certa. Suas roupas secaram no mesmo instante, graças à magia dela.
McKenna entrou no caminho de sua antepassada, mas não muito perto.
– Você sabia que eu viria, não é?
– Durante séculos, eu esperei. – Ciarra sorriu um sorriso secreto. – Bastian, reuni um pouco
de feno, seu favorito, e fiz com ele uma cama para você e McKenna. Esta noite vou ficar fora.
– Agradecemos a você, – disse Bastian com uma reverencia.
– Antes de descansar, olhe por trás da tapeçaria. Eu acredito que você vai encontrar o que
você procura, tirando a nossa McKenna, claro. – Ciarra desapareceu, deixando-os com um fogo
para aquecê-los, um lugar para descansar, uma lâmpada de óleo ao lado de uma cama macia, e
uma tigela de madeira com maçãs e peras.
Eles beberam com as mãos em concha da piscina de primavera em um canto da sala.
– Esta é a fonte que alimenta o meu lago, – disse McKenna, usando a água para lavar o
rosto.
Bastian foi examinar a tapeçaria.
– Você tem linhas brancas pastosas sobre seus jeans, – disse McKenna.
Ele tentou vê-las.
– Pode ser o resto do que está preso sobre a telha que eu arranquei. Senti algo sobre ela
quando eu escorreguei no meu bolso. – Ele tomou a telha fora.
– Evidência? – Perguntou ela, ao tocá-lo. – É duro e ceroso.
Bastian sacudiu a cabeça.
– E agora? Como é que vamos fazer algo com isso?
– Nós podemos sempre recorrer aos contatos de Vivica, – sugeriu McKenna, – se é evidência.
Minha prima conhece todos na cidade. Certamente algum químico pode nos dizer o que é isto
endurecido sobre a telha. Seja lá o que é, ou foi, ele retém um pouco de gordura que poderia ter
feito Steve escorregar e cair. Antes de podermos fazer qualquer acusação, precisamos saber, sem
sombra de dúvida, o que é isso e de onde veio.
– Vivica, a solução perfeita. – Pelo amor de Steve, Bastian tinha vergonha por mal ter ouvido
a resposta detalhada de McKenna além do nome de Vivica, caindo na maravilha de olhos
brilhantes do seu amor, agitou-se pelo conhecimento de que eles iriam passar a noite juntos em
um colchão de feno fresco em um ambiente aconchegante, uma caverna seca. Sim, talvez ele
tivesse sido um dragão por muito tempo, mas isso foi como um sonho para ele. Só que a mulher
era mais desejável do que ele poderia ter imaginado.
Ele pegou a mão dela para levá-la para a cama.
– A tapeçaria. – Ela parou para lembrá-lo. – Você deveria olhar abaixo da tapeçaria.
Examinar o mobiliário não era primordial em sua mente, ou seu cérebro abaixo do zíper,
como McKenna muitas vezes o chamou, e com uma razão, que ele agora compreendia. Mas como

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Ciarra foi tão generosa em preparar o seu conforto, ele faria o que ela sugeriu. Tomando McKenna
para a melhor das camas que um dragão podia esperar dali mais um minuto. Cumprindo com a
sugestão de sua anfitriã.
Ele não esperava nada quando levantou a tapeçaria de lado, mas absorvendo a visão por trás
dela sentiu um pouco como ser agarrado, tomar um tapa no ar e ser jogado contra alguma coisa –
todos três ao mesmo tempo.
Embora ele cambaleasse diante do que via, Bastian tinha bom senso suficiente para
entender que a visão surpreendente diante dele colocava fim a qualquer dúvida que ele podia ter
abrigado sobre as escolhas que fez desde que rompeu o véu e chegou aqui na terra.
Um desenho simples na caverna. Antiquado. Bruto. Um tesouro para uma equipe
arqueológica, talvez, mas nada para o homem médio. Exceto para ele. E, esperançosamente, para
Kenna. Porque a visão podia mudar a vida dela também.
O coração de Bastian acelerou, e sua mão tremia quando ele levantou-a para o prêmio
mágico. Suas emoções estremeceram também. Seu sonho mais duradouro do que uma cama de
feno, mais poderoso, a vida se alterando, sonhos impossíveis, de repente pareciam possíveis.
– Isso é um desenho de um dragão? – McKenna perguntou.
Ele a puxou contra o seu lado.
– Não é qualquer dragão. É um dragão coroado. Andra, a feiticeira que me transformou,
disse que a minha companheira de coração me levaria ao sinal do dragão coroado. Você, Kenna,
sem dúvida, é a minha companheira de coração. Esta é a prova final. Chame destino ou carma,
mas você está destinada a ser minha.
– A menos que eu não queira ser sua.

CAPÍTULO 44

– Que absurdo é esse? Você é minha companheira de coração, o meu contrário Kenna. Você
não pode negar isso.
Não, ela não podia negar, maldito.
– Você acha que algum velho desenho numa caverna pode decidir por mim? Eu não penso
assim. Eu gostaria de ser querida por mim mesma, muito obrigada. Amor, eu acredito que é
chamado. Eu não gosto de sua suposição, como se eu fosse algum tipo de prêmio mágico. Um
negócio feito. Decidido, em um plano paralelo, por alguma deusa que eu nunca conheci? Eu sou
tão fácil, você só tem que anunciar que eu sou sua e eu tenho que fazer o quê? Dizer obrigado?
Cair aos seus pés, ou em sua cama?
Bastian coçou o nariz, mas ele não conseguiu esconder a diversão. E por que isso o fazia
parecer tão malditamente charmoso, ela não sabia, mas a irritou ainda mais.
– Meu coração quer o seu, minha Kenna, – ele sussurrou contra seu pescoço. – Você sabe
disso. Onde você está, eu estou em casa. Eu quero você, te amei antes de encontrar o sinal do
dragão coroado.

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– Você quer dizer que o seu corpo quer o meu corpo, – disse ela. Para deixá-lo sair dessa.
– Como você pode ver claramente, mas eu nunca tentei esconder o meu interesse sexual,
desde o primeiro dia, não é? Eu também disse que te amava, um sentimento do qual você
zombou. Mas eu não esperei o sinal de um dragão coroado para me declarar. Por favor, leve isso
em consideração.
– Eu não sou fácil.
– Não, você não é.
– O que isso deveria significar?
– Isso significa que eu gosto de um desafio, especialmente quando você é a mulher a
apresentá-lo, seja do tipo que envolve palavras, emoções, sexo ou reparação de casas. Eu cobri
tudo?
McKenna suspirou. Ela queria fazer beicinho, mas mais do que isso, ela queria deitar ao lado
dele e dormir, e muito mais. Ela doía... De muitas maneiras.
– Bem, – disse ela. – Assim é melhor, mas você tem que trabalhar nessa atitude, imbecil. Eu
não vou ser um dado adquirido.
Os olhos dele sorriram, sexy como o inferno, e dane-se, ela queria ser sua companheira de
coração mais do que ela queria a próxima respiração. Então, por que ela estava lutando com ele?
– Vamos para a cama? – Ele persuadiu.
Ele podia ler suas emoções agora? Como se ele já tivesse derrubado suas paredes? Isso não
era uma possibilidade para pensar esta noite. Mas amanhã. Agora, ela estava muito cansada para
pânico.
– Apenas para dormir, – disse ela. – Por respeito à hospitalidade de Ciarra.
– Eu vou te segurar no sono. Sim. Mantê-la segura.
Ela era de Bastian para a noite, pelo menos, McKenna concedeu, embora qualquer
exploração sexual maior tivesse que esperar até que chegasse a casa. Por respeito à sua anfitriã?
Ou medo? Esse sinal, a tal prova, de um dragão coroado, fez ela se sentir como sua companheira
de coração. Como se ela pertencesse a ele, de repente, sem volta.
– Pés frios25 –, disse ela, diagnosticando seu problema.
Bastian puxou-a para o feno.
– Vem então, e eu vou aquecê-los enquanto eu protejo você.
Serenamente ela se encontrou nos braços de Bastian, no calor da casa de Ciarra,
aconchegante, em meio ao aroma fresco de feno, seu dragão quieto-para-dormir ao lado dela, a
batida de seu coração debaixo da orelha, a perna por cima dele, o joelho quase provocando seu
membro, mas não completamente, com a mão cobrindo seu peito. Quem estava protegendo
quem, aqui?
Para ela baixar a guarda o suficiente para subir na cama com um homem, sem a ajuda de
muito vinho, para se sentir segura em seus braços, fechar os olhos e relaxar o suficiente para
dormir, significava que ela aprendeu a confiar... Em um homem.
Para Bastian Dragonelli, ela tinha caído, e duro.
Ele a deixaria um dia – todo mundo fazia isso – mas agora, ela confiava nele.

25 Expressão em inglês usada para falar que alguém é medroso.

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Durante a noite, eles trocaram suas posições e dormiram como colheres em uma gaveta da
cozinha. Bastian falou o nome dela em seu sono – maravilha das maravilhas – quando ele a puxou
para perto. Ela o beijou e seu pensamento ficou à deriva, perguntando se ela foi ao fundo do poço,
colocando sua confiança em um fantasma familiar, um dragão, sua feiticeira. Na magia e no amor.
Destino.
Ela acordou para encontrar Ciarra de pé ao lado de sua cama, olhando para eles, as mãos
levantadas em uma bênção. O amor por sua antepassada brotou dentro dela, seu parentesco
profundo e duradouro.
– Obrigada, – McKenna sussurrou.
O amor de Ciarra irradiava dela em ondas quentes e suaves, e McKenna dormiu novamente.
Ela e Bastian ficaram na caverna até tarde na manhã seguinte, porque ela adorava passar o
tempo com a matriarca de seu clã, aprender a história familiar, sobre os tempos de perseguição,
quando Ciarra sobreviveu, e Bastian esperou pacientemente enquanto elas conversavam.
– Ninguém veio procurá-la no meio da noite, – disse Ciarra. – Você está segura.
McKenna sentiu brotar uma lágrima.
– Eu gostaria de poder te abraçar.
– Sinto seu abraço e o estou devolvendo.
McKenna assentiu.
– Adeus. – Ela não olhou para trás. Ela não podia. Perdas não precisam ser confirmadas. Ela
conhecia bem.
Bastian apertou a mão dela. Uma noite totalmente sublime, McKenna pensou enquanto
caminhavam em direção à casa.
Deus a ajudasse, ela não queria voltar para a vida antes de Bastian. Sozinha. Solitária.
Quanto tempo um ex-dragão fica com sua companheira de coração?
A noite juntos foi perfeita, ela e o homem que amava, colocando plena confiança um no
outro.
Quando eles fizeram o caminho para a casa, suas cólicas voltaram, mas ela foi direto para o
caminhão.
– Vamos levar essa telha viscosa para Vivica.
O passeio não levou mais do que alguns minutos. Funciona como Mágica mal estava aberta,
mas Vivica estava no escritório, observando quando eles se aproximaram.
– Eu sabia que você estava vindo, – disse ela. – Minhas visões psíquicas ficaram correndo
soltas. Você conheceu Ciarra, você é uma garota de sorte. O que eu não daria. – Vivica virou-se
para Bastian. – Você tem provas?
Deu-lhe o cascalho.
Vivica o aceitou.
– Eu vou deixar isso nas mãos certas. McKenna, sobre as suas suspeitas. O inspetor de
edifícios nunca jogou cartas com Elliott Huntley. Então você tem uma oportunidade honesta de ter
sucesso. Senti que se avisasse Huntley para se afastar, isso iria lhe causar mais problemas, então
ele ainda é um canhão solto, embora ele não esteja ciente de que você sabe que ele estava
blefando sobre conhecer o inspetor de edifícios.
– Eu confio em seus instintos, – disse McKenna.

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– Isso não significa que você terá um caminho fácil, mas as coisas estão equilibradas agora.
Apenas não se esqueça de que Huntley provavelmente possui um plano.
– Pode deixar.
Vivica beijou-os antes que eles saíssem.
No carro a caminho de casa, McKenna percebeu o quanto ela precisava de um banho. Ela
não estava pronta, também, para descobrir seu corpo para Bastian à luz do dia, ainda.
– Proponho que tomemos banho separado e então nos reunimos em minha cama depois?
O sorriso dele inchou seu coração e em outros lugares também. Tesão dificilmente descrevia
sua antecipação.
O chuveiro não ajudou a sacudir a letargia, o desconforto, ou a cabeça confusa, no entanto.
Suas mãos, ela viu, estavam inchadas. Como ela estava inchada. Que dia era hoje, caramba?
Ela olhou para o calendário. Bingo! Apenas sua sorte.
De sua cama, ela ouviu o gemido de Bastian antes que ele aparecesse em sua porta.
– Eu acho que estou morrendo, – disse ele. – Algo deve ter quebrado quando eu caí que eu
não consegui curar. Eu estou sangrando internamente, estou certo disso. Eu não vou viver mais
um dia, eu garanto.
– Você é um daqueles caras que sentem empatia? O tipo que tem que se sentir péssimo,
porque os seu par está péssimo?
– Você está admitindo ser minha companheira? Espere. Você não se sente bem, minha
Kenna? – Ele se arrastou para a cama atrás dela e a abraçou, os braços chegando em torno dela
em um gesto protetor. – Talvez o contrafeitiço de Killian durante a minha transformação esteja
lentamente a matar-me. Não se pode sentir esse tipo de dor e viver.
Ela se virou para ele e descansou a cabeça em seu peito.
– Diga-me os seus sintomas.
– Estou cansado depois de uma boa noite de sono, nervoso e desconfortável na minha pele.
Eu tive uma briga com a cortina do chuveiro, e ganhei um inchaço. Olhe para as minhas mãos,
meus tornozelos! Toque em meu estômago inchado. Minha cabeça dói, e eu estou desejando um
monte de muitas batatas fritas salgadas. Isso é muito estranho, McKenna?
Ela se levantou e foi para a seu banheiro.
– Onde você vai? Como você pode me deixar na minha hora de necessidade?
Quando ela voltou para o quarto, encontrou-o na posição fetal, segurando o estômago.
– Eu devo estar morrendo, – ele sussurrou.
– Eu tenho o remédio perfeito para você, – disse ela.
– Nenhum medicamento pode curar isso. Estou acabado. Eu preferiria golpes de espada,
machados de guerra, ou garras de dragão para acabar com esta miséria.
– Você não está morrendo, – disse ela.
– Eu estou, eu garanto.
– Midol é a cura. – Ela mexeu um copo de água e mostrou-lhe um comprimido na palma
aberta da mão. – Assim que eu tomar isto, você começará a se sentir melhor.
– Assim que você tomá-lo? Você quer dizer que eu estou sentindo a sua dor? Pobre Kenna.
– Eu acho que isso coloca fim a sua teoria ‘dor não é nada para mim’?
– Não há dor como esta, não no exército romano, nem como um guerreiro dragão.

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– Eu estou quase contente de ouvir um homem dizer isso. O fato é que eu passo por isso
todos os meses. Eu prometo, não vai matá-lo.
– Todos os meses! Quem poderia viver com isso?
– Toda mulher na Terra, – disse ela, para seu espanto de queixo caído. – Eu sempre suspeitei
que TPM poderia debilitar um homem. – Ela riu. – Felizmente para você, assim que eu me sentir
melhor, você vai também. Eu estou ligando para Lizzie, para lhe dizer que não vamos trabalhar
hoje.
– Deus te abençoe.
Depois que ela telefonou para Lizzie, ela pegou uma bolsa de água quente que eles
compartilhavam, de barriga para barriga.
Bastian esfregou a testa para aliviar a cabeça.
Ela sorriu e eles cochilaram lado a lado.
Quando ela acordou, Bastian precisava de mais mimos e ela precisava de um outro Midol.
– Este vai ser um prejuízo para a nossa tomada de uso do seu membro de dragão. Uma
mulher não pode... – Ela ousava dizer fazer amor? Não, claro que não. – Você se lembra de que
uma mulher não pode acasalar quando nesta condição?
– Condição? Que condição? Lembrar-me de quando? Eu estava na invasão romana da Grã-
Bretanha. Ela ocorreu em 43 d.C. Vivica me disse que eu estou agora no século 21. O que você
recordaria muitos séculos mais tarde se tivesse deixado de ser humano por esse período de
tempo?
– Não muito. Você não se lembra de nada de mulheres?
– Eu tenho vergonha de admitir que eu lembro o que eu sonhei como um dragão. – O que
mais há —o prazer de mergulhar meu membro em uma mulher. —Antes, eu poderia ter dito
apenas isso, mas eu sei melhor agora, porque há tantas facetas para o nosso relacionamento.
Ainda assim, por favor, explique por que as mulheres não podem acasalar com este mal-estar,
além do fato de que ele deve diminuir seu prazer. E me perdoe por pular a lição sobre o ciclo
reprodutivo da mulher, temo que eu pulei direto para homens e sexo.
– Você e todos os homens lá fora. – McKenna explicou em detalhes o que acontecia com as
mulheres uma vez por mês.
– Você sangra por dias e não morre? Estou feliz que você sobreviva, mas o que você
descreve soa como ficção científica.
McKenna riu.
– Isso vindo de um guerreiro romano que virou dragão, e que rompeu o véu de um plano
paralelo da existência.
Bastian sacudiu a cabeça.
– Bem no ponto, McKenna. Espera aí. Você está dizendo que eu vou me sentir assim uma vez
por mês? Sempre?
Ele estava pensando que eles estariam juntos para sempre? Um arrepio a percorreu, mas ela
advertiu-se. Uma boa palavra, sempre. Isso exigia compromisso. Perguntou-se se Bastian sabia
disso.

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– Se você ficar, você vai se sentir desta forma uma vez por mês até que eu esteja velha e de
cabeça cinza, ou a menos que eu esteja grávida. – Vamos ver se isso o assustava a ponto de tomar
distância.
– Como Lizzie está, você quer dizer? Tenho medo de que eu saltei essa lição, também. A
lição da gravidez e do parto foi empacotada com ciclo reprodutivo de uma mulher. Por que você
não sangra se você esta grávida?
– Uma vez que o bebê cresce precisa dele para a proteção dentro de mim. Você pode
procurar na net os termos apropriados.
– Vou pedir a lição de Vivica, – disse ele. – Parece algo que eu deveria saber.
McKenna mordeu o lado de seu lábio.
– Se eu estivesse grávida, teríamos enjoos matinais.
– Defina enjoos matinais.
Ela mal tinha começado quando ele se sentou.
– Quer dizer, como nós ficamos depois da noite que você bebeu muito vinho? Quelle
horreur.
– Você está tomando aulas de francês?
– Eu já domino o Inglês.
– Claro que já. – Ela levantou a bolsa de água quente. – De qualquer forma, a maioria dos
homens pensa que fazer sexo durante esta época do mês é bom, mas é desconfortável e confuso,
e não muito romântico.
– Quem poderia culpá-la? Eu nunca iria colocá-la através de tal desconforto.
– Bastian, você pode muito bem ser o homem mais entendido sobre a Terra.
– Quanto tempo dura esta aflição?
– Três a cinco dias. Às vezes mais tempo.
– Você sofre a cada mês por um ou dois bebês em uma vida? Parece um sistema ineficiente
para mim.
– Mas são os fatos.
Bastian gemeu e caiu para trás contra os travesseiros.
– A brutalidade disso é absurda. Estou habituado a curar rapidamente, você sabe. Mas, com
isso, eu não tenho escolha, sem controle.
– Bem-vindo ao meu mundo. – Ela se deitou ao lado dele, escondendo o sorriso, e ele deu-
lhe a bolsa de água quente, puxou-a para a curva do pescoço dele, e acariciou sua barriga sobre a
bolsa, pois... Vamos encarar... Quanto mais cedo se sentisse melhor, mais cedo ele iria também.
Ela o mimou por três dias – Lizzie tinha certeza que ela estava, para citar sua amiga, —
transando— – mas para ser justa, McKenna teve sua parcela de mimos, bem, até que os seus
toques viraram beijos e explorações de natureza mais excitante.
Uma vez que o seu período começou, e a sua TPM diminuiu, eles deixaram a cama para
trabalhar em casa, e cada vez que Bastian a viu, ele queria abraçá-la.
– Estou tão feliz que eu não posso sangrar durante dias a fio, – ele sussurrou. – Eu não me
importo de ter a dor da TPM por mais tempo, desde que eu não tenha q...
– Entendi.
– Eu estou aqui se precisar de mim.

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Annette Blair
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– Eu preciso de você. O relógio está correndo. Quarenta dias até que a casa seja
inspecionada e seja minha para sempre, ou não, e quarenta e um, até os meus hóspedes fazerem
check-in, a menos que eu consiga uma reserva para a semana anterior. De qualquer maneira, nós
temos muito a fazer.
Eles encontraram Lizzie e Steve no centro da cidade para ir às compras e pechinchar tintas.
Steve trouxe a planta da casa para que ele pudesse dizer-lhe quanto de tinta específica era
necessário em cada seção.
Quando McKenna acordou na manhã após a sua expedição de compras de tinta, a pintura
empolada havia sido raspada.
– Bastian, você tem algo a me dizer?
– Sim, – ele disse, olhando com orgulho para a casa. – Eu incendiei a pintura empolada
durante a noite, ao estilo dragão, nenhuma arma de calor ou raspagem necessária.
Quando Steve e Lizzie chegaram um pouco mais tarde, Steve assobiou.
– Hey, a casa está pronta para pintar. Isso é o que vocês dois fizeram durante a semana
passada. Veja, Lizzie, aonde eles...
A esposa empurrou seu braço.
– Ouch, – disse Steve. – Você sabe, quero dizer, eles estavam raspando a casa.
– Trabalho duro, – disse Bastian com um aceno.
– Sim, – McKenna disse, pensando no membro de Bastian. – Duro.
Uma vez que começaram, as crianças pintaram os níveis mais baixos. Lizzie pintou onde quer
que ela pudesse chegar de uma cadeira de escritório que se movia para cima e para baixo.
Principalmente, no entanto, ela cozinhava e dirigia as crianças.
Vivica veio no sábado, com caixas de pizza e amigos de sua agência de emprego.
Dias depois, quando a casa parecia uma confecção vitoriana, com alfazemas e verdes, com
sugestões de roxo, azul e lilás, a casa de McKenna estava mais encantadora do que ela poderia
imaginar, eles tiraram fotos para substituir em seu site.
– Com o exterior terminado, – disse Bastian, depois que Lizzie e Steve foram embora, –
podemos colocar todos os nossos esforços para cuidar do interior até o prazo. Temos trinta dias.
– Fizemos um bom começo no interior, – disse Bastian, e se dirigiu para o quarto com uma
mão nas costas dela. Ele se sentou em sua cama em primeiro lugar, e a puxou para baixo em seu
colo, e beijou-a com entusiasmo. Eles praticaram muitas preliminares durante a semana de TPM.
Isso, no entanto, foi um beijo amigável. Sim, seu membro dragão foi ficando nervoso.
– O período está terminado?
Ela assentiu com a cabeça.
– Período terminado.
– Você está bem depois de pintar a casa?
– Bem até para uma celebração. – Ela acariciou-o através de seu jeans.
– Espero que a visão não faça você gritar.
– Só há uma maneira de descobrir. Eu finalmente começar a vê-lo sem as suas cuecas
boxers. Tira. Tira. Não, eu mudei de ideia. Deixe-me tirar.
– Você não vai gritar e fugir de mim?

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– Espera! – McKenna levantou uma sobrancelha. – Isso foi uma piada, certo, aquela coisa
tola que você disse uma vez, sobre o seu membro ser como a cauda de um dragão e respirar fogo?
Bastian apertou sua mandíbula.
– Ele não respira fogo.

CAPÍTULO 45

Mais do que tudo, McKenna queria ficar nua com este homem – não, corrigindo; em um
mundo perfeito, ele iria ficar nu enquanto ela ficava coberta.
Talvez se ela assumisse o comando, fizesse disso um jogo, e relaxasse, ela podia se divertir.
Sexy, pura e não adulterada.
Ela se sentou na cama, em seguida, ajoelhou-se e recostou na cabeceira da cama, deu uma
imperiosa ordem, mas em silêncio, com a mão, o rei de Siam gesticulando a seus súditos para
seguirem em frente... Ou no caso dela, para fazê-la gozar, dane-se.
– Então, fique nu, já. Nu, nu, nu!
– Não deveríamos estar tirando as roupas um do outro?
– Nós podemos jogar por suas regras amanhã, – disse ela, ainda sem ter certeza que haveria
um amanhã uma vez que ele a visse nua. Ela colocou a mão para detê-lo quando ele começou a se
ajoelhar na cama.
– Sem beijo, sem preliminares? – Ele perguntou.
McKenna não podia parar seu sorriso.
– Lembro-me de como você é bom em preliminares. Obrigado pela sua paciência durante a
última semana e meia.
– Eu gostava de te segurar no sono.
– Seu membro estava impaciente.
Ele assentiu.
– Ele tem uma mente própria.
– Certo, um cérebro sob o zíper. Você disse que estudou sexo?
– Estudei muitas vezes.
– Será que ele requer prática?
– Prática solo, o que fez as minhas outras aulas pálidas em comparação.
– No entanto, você pensou que não sabia como dar prazer a uma mulher.
– Eu não tenho memória de como fazê-lo, mas desde que eu sonhava há anos sobre ter sexo
com uma mulher, eu imagino que eu tive alguma experiência. Eu me tornei um dragão com a
idade que eu pareço agora.
– Esta discussão não é preliminar, você sabe disso, certo?
– Andra nunca me disse que a minha companheira de coração seria mandona.
– Eu sou a chefe.
– E eu era o dragão alfa. O líder do meu bando.

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– Então, você era como o lagarto de Oz?


– Piada, certo? Mas dragões não são lagartos, McKenna. Para dragões, lagartos são como
pipoca.
– Ei, eu só sei que há um dragão na minha cama.
Suas pálpebras baixaram, olhos ardentes.
– Um dragão impertinente.
– Você é muito ousada em admitir isso.
– Finja, então, que eu sou o seu brinquedo e você é meu... Garoto da piscina...
– Por favor, me diga que você não deseja acasalar com uma criatura de água.
– Não, eu desejo acasalar com você. – McKenna colocou a mão sobre sua boca. – Eu disse
isso em voz alta?
Os olhos dele voltaram a um violeta profundo. Eles quase brilhavam.
– Esqueça o rapaz da piscina, – disse ela. – Seja meu menino dragão e me obedeça em todos
os momentos, especialmente agora, quando, a julgar pela atividade sob o jeans, seu membro quer
sair. Eu já lhe disse o quanto eu admiro o seu pacote? – Ela olhou para o zíper.
– Muitas vezes, na verdade. – Curvou-se como um sujeito leal, como se ele tivesse
praticando. No exército romano, talvez.
McKenna desenrolou, ou foi assim que ela sentiu quando ela se moveu de ajoelhada para
sentar-se contra a cabeceira, mãos atrás da cabeça, tornozelos cruzados.
– Eu poderia me acostumar a brincar de realeza no quarto.
– Eu adoro você, minha rainha, com cada polegada do meu corpo, e eu tenho muitas
polegadas. – Sua voz rouca prometia o céu, enquanto o olhar a transformou em uma poça inútil de
necessidade.
– Tire suas calças.
– Se eu tiver que ficar nu sem a sua ajuda, – ele disse, – eu vou tirar minha roupa na ordem
que eu escolher. Se você quiser vir e tomar o assunto em suas próprias mãos – Ele piscou – sinta-
se livre.
Ela sentou-se para frente na cama, feliz por ter um campo de jogo igual, apesar dos
comandos reais.
– Deveríamos ter música, eu nunca tive o meu próprio stripper antes. O que significa? Quem
desnuda suas próprias roupas. – Ela levantou um dedo real. – Strip, tira!
Ele começou com os botões da camisa e lentamente revelou a cicatriz, num peito perfeito.
– Você exercita os músculos?
– Eu voava em torno da Ilha das Estrelas, acima do mar de lava sem fim, até que o calor dela
queimasse minhas escamas. Eu acredito que transportar o meu peso enorme em um par de asas
fortalece os músculos do peito.
– Você está me enrolando?
– Em breve, vou usar você como uma luva.
Um raio crepitante de calor líquido correu por ela quando ele virou as costas para tirar o
jeans.
– Hey, não é justo, – disse ela, levantando-se de joelhos. – Olhe pra mim. Eu quero ver esse
filhote de cachorro.

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– Eu prefiro que você tenha a visão completa de uma só vez.


– Espere, o que é isso nas suas costas?
– No meu ombro? A tatto de dragão. Você viu isso.
– Eu não quero dizer a tatto, mas é lindo na luz. Quero dizer, na base da sua coluna. –
Ajoelhou-se para frente para traçar as áreas curvas. – Elas estão curvadas, – disse ela, explicando
os recortes. – Como parênteses sobre dez longos polegares.
Bastian parecia confuso, então ela trouxe uma de suas mãos em torno para traçar um
recorte com seus próprios dedos.
– Oh, – ele disse. – É aí que minhas asas foram conectadas, onde surgem quando a minha
besta interior está vencendo, e para onde elas se retiram quando eu finalmente venço.
Esse conhecimento, mais do que tudo, abalou McKenna. Um dragão... Com asas. Ela
abaixou-se para sentar-se na cama, porque suas pernas ameaçavam não segurá-la. Alfinetadas
atacaram os braços também.
– Será que você sempre acabará por vencer, Bastian?
– Minha esperança nem sempre supera o meu medo, Kenna. Killian quer que eu falhe com
você, Andra, e meus irmãos.
– Você está me dando palpitações cardíacas.
Bastian pegou o rosto dela em suas mãos.
– Nosso tempo juntos não é garantido, eu sinto muito dizer.
– Então vamos fazer mais do mesmo, – ela sussurrou enquanto encontrava seus lábios com
os dele.
Quando ele se afastou dela, uma aura de sexualidade derramou dele, um imperativo para
bater o tempo em seu próprio jogo.
– Eu sei o que está acontecendo com o seu corpo, – disse ele. – Eu sinto que você se abre
para mim, como meu membro se prepara para enchê-la. – Ele se afastou e tirou o jeans.
– Boxers pretos, – ela disse, ainda preocupada, mas ela caiu para trás contra os travesseiros,
porque este era o seu tempo, e a luz provocadora nos olhos dele um minuto antes quase a desfez.
– Você está pronta?
Supôs que tinha que estar, mas ela não achava que ela poderia ter outro choque.
Ela se sentou na beira da cama para uma melhor visualização. O resto do corpo de Bastian
era um templo de perfeição, apesar das cicatrizes. Poderia ter sido esculpido em bronze por Rodin.
Quão ruim poderia ser sua falha?
– Pronta, – disse ela.
Nu, Bastian se virou para ela.
Ela viu, mas não acreditava.
Seu coração disparou. Alfinetadas atacaram seus membros.
O piso correu ao seu encontro.

CAPÍTULO 46

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O coração de Bastian parou quando ele levantou McKenna do chão e colocou-a na cama.
Ela abriu os olhos.
– Eu sinto muito.
– Você me assustou.
– Engraçado, – disse ela. – Eu estava pensando a mesma coisa.
Ele se afastou dela. Ele sabia agora que isso não iria funcionar. Ele pegou a calça jeans.
Sentou-se e tentou obter um melhor olhar para sua falha ereta.
Apesar do medo, ele pegou a mudança no aroma de sexo dela em suas narinas. Ela poderia
ter ficado chocada e sem sentido pela visão dele, mas a excitação voltava.
Droga. Seu dragão interno subiu vibrando com cadência, o membro pronto.
Ele pegou as mudanças de expressões de McKenna, seu olhar, cauteloso, eufórico...
Inseguro.
Ele se ajoelhou ao lado da cama.
– Eu peço desculpas para você por ser assustador.
– Eu não vou te mentir. Não é o que eu esperava. Por um lado, não tem o formato de
qualquer pênis que eu já vi, as imagens incluídas. É como um brinquedo sexual vivo. – Ela
levantou-se a uma posição ajoelhada, em seguida, sentou-se nas pernas dele, e apontou atrás da
mão para a falha dele, como se ela não quisesse ferir os sentimentos do membro. – Eu acho que
algumas mulheres pagariam muito dinheiro por isso, ou uma cópia do mesmo, – ela sussurrou.
Ela temia acordá-lo? Notícia de última hora. Ele estava acordado e rugia para sair. Ainda
assim, ele não podia dizer nada, não faça nada, a não ser pedir-lhe silenciosamente para aceitá-lo,
falha e tudo.
Ele tentou cobrir a ereção embaraçosa com as mãos, mas este tinha uma mente própria.
Quando ela sentiu, McKenna prendeu a respiração. Seus seios pareceram subir para ele, os
mamilos apontando. Ela baixou os cílios, para esconder sua ansiedade? E ela mexeu os quadris, o
que o despertou mais ainda.
Ela espelhou a inquietação face à sua excitação evidente, mas se ela movesse os quadris
dessa forma novamente, ele podia explodir. Ele não conseguia desviar o olhar e tocou uma mecha
de cabelo, vermelho como o sol. Ele adorava a maneira como ele enrolava em ondas e caia dos
ombros para os seios. Ele viu na água, quando eles perderam as roupas, que o centro de sua
mulher era do mesmo vermelho – a cor da paixão.
Ele não conseguia esconder a reação de seu corpo, sua fome e desejo.
– Perdoe-me, mas você é como o vinho de cereja doce e mel da colmeia, combinado. Eu
anseio por você. Eu quero te provar.
Ela balançou a cabeça.
– Não, você não pode dizer a sério.
– O que posso dizer para convencê-la? – Talvez ele não dominasse o idioma Inglês depois de
tudo.
Inclinou-se para o membro que subiu para encontrá-la.

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– Sob a sua pele, meu membro tem escamas, que eu acredito, – disse ele, – os outros
homens não tenham. E sua ponta, especialmente neste estado ereto, se assemelha a uma cauda
de dragão, você pode ter notado.
McKenna passou a acariciar com o olhar o comprimento dele.
– Toque-me, – ele murmurou.
– Venha, – disse ela, – sente-se ao meu lado.
Em seu convite, ele colocou um joelho na cama, esperando que ela mudasse de ideia.
Esperando e temendo.
McKenna deitou-se, suas roupas em desalinho, blusa aberta, principalmente cobrindo-a,
exceto pela excelência de seda cor pêssego de sua pele e o sutiã vermelho convidando sob a blusa.
Quando ela chegou para ele, mas hesitou, ele prendeu a respiração, o coração batendo no
peito, ecoando em sua cabeça, deixando-o tonto.
Finalmente, ela fechou a mão em torno dele, e ele vaiou e resistiu enquanto ela testava seu
membro, moveu-se, jogou, o tormento mais requintado da natureza.
Ele tentou controlar-se, apesar de uma eternidade de celibato, mas ele precisava de uma
distração e ela precisava dizer alguma coisa.
– Acredito que ele poderia ser agradável para nós dois, em sua adaptação atual, – disse ele.
Declaração tola.
– Sim. Desculpe. Eu estou... Sem palavras.
– Isso é raro.
– Se as mulheres que seguem você soubessem o que você mantem abaixo de seu zíper, – ela
disse, – você podia morrer de prazer.
– Você vai dizer a elas?
– Eu acho que não.
Ela gostou? Maneira estranha de mostrar isso.
– Eu só poderia morrer de prazer se você fosse a mulher me matando, – ele admitiu.
– Bastian?
– Sim?
– Seu pênis está enrolando-se em torno da minha mão.
– Ele tem ansiado por você, e agora eu acho que está ávido por sua atenção.
– Eu acho que parece um pênis com vontade própria.
– Eu te disse no lago. Será que você não ouviu? – Bastian retirou-se da mão dela com
dificuldade e sentou-se a certa distância. – Peço desculpas, – disse ele quando ele começou a
fechar o membro de volta para sua calça jeans, exceto que não havia tanto espaço nela agora.
Ele se estabeleceu para puxar um canto do cobertor sobre si mesmo.
– Não, não, não. – Ela puxou-o para revelar a falha tentando fazer o seu caminho de volta
para ela. – Você sabe, você pode ser o único homem vivo que tem um cérebro abaixo do seu zíper.
– Nunca foi tão fora de controle.
– Bastian, você está envergonhado.
– Qual foi a sua primeira pista?
– Você está ficando bom com expressões.
– Expressões, sim, essa é a minha grande preocupação neste momento.

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CAPÍTULO 47

A diversão de McKenna facilitou o alivio do peito dele apertado de ansiedade.


– Bastian, estou fascinada por ele, não repelindo, e eu não estou desmaiando mais. É
incrível, na verdade, algo que toda mulher gostaria, se ela soubesse que existia. Você seria
milionário se você fizesse um de plástico e com baterias.
Ele parou de tentar conter a coisa da fome sob controle e olhou para si mesmo, com alguma
surpresa.
– Isso é bom, então?
– É extraordinário, e é meu. Bem, seu, – ela respondeu, – mas você está disposto a
compartilhar, e começarmos a brincar com ele juntos, certo? Como isso funciona?
– Diz-me você.
Ele pegou a excitação dela quando ela se inclinou beijando próximo a ele, uma mulher feita
de terra e estrelas, uma deusa elementar sem pretensão.
– Será que este filhote tem – quer dizer, isto realmente são escamas sob a pele? – seja o que
for, elas parecem flexíveis, e, Oh, eu gosto disso... Para cima ou para baixo, dependendo da sua
perspectiva, ou onde o seu membro pode estar, como dentro de mim, isso deve dar uma sensação
muito boa.
Todo o corpo dela tremia de antecipação. Ele se sentia como um vulcão perto de entrar em
erupção.
Ela fechou a mão em torno dele, firme, finalmente, sem hesitação, seu único objetivo era
dar prazer, enviando raios através dele, o tipo bom, bombeando o sangue rápido direto para seu
coração.
As sobrancelhas arqueadas com o interesse dela despertado. Com os primeiros botões
abertos, a blusa suspensa apenas por um ombro, ele imaginou os mamilos, corados, duros, e
prontos para seu toque, ou os lábios. Ele os chupou no lago, mas agora era diferente. Planejado.
Desejado.
Desejo mútuo. Finalmente.
Ele segurou a cabeça dela, puxou-a para ele, e quando eles se beijaram, caíram juntos para a
cama, suas mãos procurando, dela e dele. Boca também. Em busca do prazer, a pele de seda, um
território novo e inexplorado, cada polegada.
Seus lábios tinham um gosto melhor do que o mel. Mais doce, mais inspirador, viciante. A
obsessão o alcançou, tão certo como seu dragão interno acordou. Ele queria beijá-la mais
profundamente, conhecê-la mais intimamente.
Ela deslizou uma perna entre eles, contra a sua necessidade, e o membro saltou para a
atenção, tirando um gemido dos lábios dele. Ela levantou os quadris em convite e falou seu nome.

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As mãos tremendo de desejo e amor, ele começou a desabotoar as roupas dela e prendeu a
respiração. O sutiã vermelho, lembrou-se daquele primeiro dia. A parte superior saiu por cima da
cabeça. Ele apontou para o centro do sutiã entre seus seios e ele caiu aberto.
Ela levantou a cabeça.
– Mágica. – Ele ergueu as sobrancelhas.
– Então, você poderia ter feito isso a qualquer momento?
– Sempre que você estiver pronta. – A calcinha combinando também poderia ter sido tirada
por ele facilmente, se ela não a tivesse puxado para baixo e longe tão rápido.
Ele explorou a pele dela, cada superfície. Curvas sensuais. Doces lugares escondidos.
Camadas e camadas de segredos para explorar.
Ela deslizou debaixo dele, ou ele se levantou sobre ela, difícil dizer, mas antes que ele fizesse
o movimento seguinte, ela o impediu.
Alphas, disse a si mesmo, não choram.
– Eu comprei estes para nós, – ela disse, alcançando algo no criado-mudo. – Sim, eu tive
tesão por você por algum tempo. Cubra-o. Ficar exultante não é permitido.
As palavras não faziam sentido.
– O que é isso que você está segurando? – Ele pegou a caixa da mão dela para examinar o
conteúdo. – Doce?
– Melhor do que doce.
– Você está tão ansiosa para este acasalamento como eu estou? – Ele perguntou. – Diga sim.
– Eu não tenho que confessar meu desejo, não é?
– A confissão é boa para a alma. Eu li isso em algum lugar. Eu gosto que você esteja sem
fôlego. Isso alimenta a minha fome de você.
Ela tomou um pacote da caixa e abriu.
– Nossa, – disse ele ao sentir o cheiro, quando ele examinou o conteúdo. – O que é isso?
– Você teve aulas de sexo com Vivica, e mesmo assim você não aprendeu nada sobre
controle de natalidade ou proteger a sua parceira?
– Eu apressei a caminhada direto para a parte boa. Eu perdi alguma coisa?
– Eu vou dizer. Nós passamos isso em torno do seu membro dragão.
– Tem certeza de que precisamos disso?
– Assim como um homem.
– Um homem que tem um tamanho bem menor como você falou.
– Escuta, amigo, eu não quero acordar uma manhã e descobrir que estou prestes a colocar
um ovo de dragão, tudo bem?
– Eu sou humano, mais uma vez eu lhe digo, mas vá em frente, coloque em mim.
Ela tentou.
– Eu deveria ter comprado para tamanhos supremos. – Ela tentou deslizar sobre ele, um
prazer próprio, ele descobriu, mas a bainha esticou apenas até a metade. – Acho que vai cobri-lo
onde conta, – disse McKenna.
Ele olhou para si mesmo.
– Parece-me muito bem. Já terminamos com esse jogo agora?
– Oh, baby, – ela disse, envolvendo as pernas em torno dele. – Nós apenas começamos.

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Sua lança subiu para a ocasião.


Ela ensinou-lhe novas variações nas preliminares.
Ele ensinou-lhe o poder de permanência. E, juntos, eles aprenderam que um pênis cauda-de-
dragão poderia lidar com as preliminares por conta própria. A ponta seta trabalhou seu clitóris até
que ela gemeu, gritou e pediu-lhe para gozar em seu interior. Ele concedeu seu desejo e, juntos,
eles procuraram o céu.
– Bastian! – Ela gritou enquanto ele a enchia. – Mais, – ela ronronou.
– Mágica, – ela engasgou enquanto ela se aproximava de um dos muitos picos de orgasmo.
Ele sentiu cada orgasmo, como se fosse seu próprio, o que o fez bombear mais
energicamente, seu amor por McKenna crescendo a cada batida. Novamente, eles provocaram
suas próprias estrelas, uma dança azul e fluorescente no ar ao redor deles. Manifestações de sexo
e satisfação. Amor.
Ela levantou os quadris, ficou tensa, ordenhando-o a partir do interior, mais uma vez,
puxando-o cada vez mais fundo dentro dela. E quando ela chamou o seu nome alto o suficiente
para acordar seus antepassados, ele estava perdido, e Bastian seguiu para aquele lugar além dos
sóis.
Eles desmoronaram juntos, tentando recuperar o fôlego.
– Eu nunca, – McKenna disse, – nunca imaginei.
Depois de uma curta sesta, ela montou o dragão, então ele montou nela, e eles mudaram,
mais uma vez, com o mesmo resultado delicioso, embora a força de cada orgasmo crescesse
corajosamente, mais brilhante, em mais uma afirmação da vida.
– Impossível, – ela disse, recuperando o fôlego. – Os homens não podem ter orgasmos
múltiplos.
– Este homem pode, – disse ele. – Eu sinto o que você sente. Você se fere, eu me machuco.
– Eu gozo, você goza?
Ele sorriu, enfiou a mão na mesa de cabeceira, tirou aquela caixa, e virou de cabeça para
baixo.
– Ah não!
McKenna mal conseguia levantar a cabeça.
– O que?
– Estamos sem preservativos.
– Eu não esperava que você fosse tão ganancioso.
– Foram séculos, mulher. Nós temos que comprar mais. As lojas ficam abertas agora?
– Não. Elas não ficam. Mas amanhã, vamos comprar um pacote de super deluxe gigante.
– Bom, porque eu ficava sempre transbordando estes.
– Você o quê!

CAPÍTULO 48

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Quando o galo cantou no quintal, McKenna aconchegou-se à pessoa que a tinha feito gozar
a noite toda, e ela estava dolorida, em todos os lugares, especialmente entre as pernas, onde o
grande, gigante pau dragão esteve.
Não é um dragão. Um homem. Ele disse que tinha exames de sangue para provar isso.
Humano. Seu pênis era uma anomalia. Um defeito. Ele iria levá-la ao médico que lhe disse isso, se
ela quisesse.
Inferno, sim, ela queria. Ele transbordou uma dúzia de malditos preservativos e não disse
nada até que usaram a maldita caixa inteira.
Oh, inferno, se ela não se vestisse antes dele acordar, ele realmente ia vê-la completamente
nua à luz do dia, e não apenas os seios, aqui e ali, e o excesso de peso e tudo o mais.
Ela acabou de ligar o chuveiro quando ouviu um grunhido familiar.
– Bom dia, Kenna.
– Eu acho que não foi um caso de uma noite, então, – ela disse, tentando se cobrir com a
cortina de chuveiro, mas Bastian puxou-a de suas mãos e entrou em cena para se juntar a ela.
– Eu provei cada polegada de você. Eu amo cada polegada. Deixe-me vê-la.
– Por que você iria querer?
– Eu adoro você, McKenna Greylock, não só o seu coração, mas seu corpo incrível. Você
inspira meu membro dragão a subir sim, mas seu corpo é o Graal que mantém seu coração.
Ela ficou mole contra ele.
– Você realmente acha que as meninas magras precisam de alimentação?
– Elas são uma vergonha para a Terra.
Este homem poderia fazê-la rir de suas próprias inseguranças.
– Além disso, você gosta da minha falha. Você a aprecia também. Quer que eu dê uma
demonstração matinal?
Ela fez uma careta.
– Estou dolorida. Você não?
Ele inclinou a cabeça.
– Uma ajuda, talvez. – Ele segurou-a entre as pernas e ela enrijeceu.
– Kenna, estou curando você.
– Você é como senhor perfeito, não é, exceto por não ter nenhum senso de direção.
– Perfeito? Exceto por minha falha e o dragão dentro de mim que ruge para se libertar. E
que eu não posso deixar sair, sob pena de morte, e não necessariamente a minha.
– Mas a sua morte como um dragão é uma possibilidade? – Ela parou de ensaboar seu peito.
– Você realmente poderia voltar a ser um?
– Eu não vou deixar isso acontecer. Muito depende de eu ser forte. Se eu conseguir minha
busca, Andra obtém a magia de volta, e meus irmãos dragões serão transformados e virão aqui,
um de cada vez. Eu espero que você não se zangue com isso.
Ela encolheu os ombros. Se eles estavam vindo para ele aqui, isso significava que ele estava
hospedado.
– Para onde mais eles poderiam ir se não a Toca do Dragão?
– Bom ponto.

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– Cedrig provavelmente será transformado em seguida. Ou Jaydun. Ambos são fortes. Se


tudo correr bem, você vai conhecê-los.
– O que aconteceria com você, se você voltasse a se transformar em um dragão?
– Neste plano, eu não iria sobreviver. Mas não é isso que me preocupa.
– Isso me preocupa, – disse ela.
Ele beijou o nariz dela.
– Obrigado. Se eu me transformar, me preocupo mais com meus irmãos.
– Você mencionou uma missão. Posso ajudar?
– Eu amo seu coração. – Ele deu aos seios uma lavagem com uma só mão. – Minha missão é
fazer com que sua busca seja minha.
– Eu não vejo como isso vai ajudar os seus irmãos.
– É tudo parte de um plano mestre. Destino. Eu era esperado aqui. Você viu os desenhos
rupestres de Ciarra.
– Você graduou-se com o Dicionário Oxford de Inglês, não é? – Ela lhe deu um beijo rápido. –
Eu me sinto melhor agora, lá em baixo, mas não pare.
Ela ouviu a risada interior dele e se perguntou, se ela ouviu atentamente, ela podia ouvir o
rugido de sua besta interior?
Quando eles acabaram de secar um ao outro, ela jogou uma toalha em volta dos ombros e
esfregou seu nariz contra o tapete de pelos no peito dele.
– Comichão no nariz significa que você está prestes a ganhar dinheiro, – ele disse, os lábios
contra a testa dela.
Ela se esticou como um gato com um propósito em mente, para endurecer sua lança, e ela
orgulhosamente conseguiu seu objetivo em tempo recorde.
– A toalha mantém minhas costas quentes. Aproxime-se e aqueça minha... frente.

CAPÍTULO 49

Uma semana mais tarde, depois de Vivica abençoar ambas as casas, cobrindo-as de desejos
de saúde e prosperidade, amor e bênçãos, Steve, Lizzie, e as crianças começaram a se mudar para
o anexo. McKenna apreciou a distração, porque ela tinha um duro tesão há dias por Bastian – e ele
para ela – e se não fosse pela família Framingham, eles nunca teriam realizado qualquer trabalho
em casa.
Ela gostava de ter Bastian em sua vida. Ela gostava tanto que ela não podia parar de sorrir, o
que Lizzie notou, especialmente quando McKenna comprou aquele pacote de preservativos
tamanho supremo na farmácia.
– Minha nossa! – Disse Lizzie, incapaz de esconder seu sorriso, e bem, foi realmente difícil
não se gabar por um amante especialmente dotado, mas McKenna não era o tipo de beijar e
contar.

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Annette Blair
Works Like Magic 01

– Vou aproveitar tudo o que Bastian e eu temos, pelo tempo que nós tivermos para isso, –
disse ela. – E danem-se as consequências pela primeira vez na minha vida.
– Bom. Eu estou feliz por você.
– Estou feliz por mim, também.
– Eu sei, Bastian é... Incomum, – Lizzie admitiu, – mas as crianças o adoram, e Steve pode
mexer os dedos dos pés sem dor, o que os médicos disseram que nunca iria acontecer. Ele
acredita sinceramente que Bastian está a curá-lo.
– Bastian é um curandeiro, Lizzie. Ele é diferente, sim. Mas ele é um bom homem. –
McKenna colocou o caminhão em sua garagem. – De quem é aquele carro?
– Eu não reconheço, mas tem assentos de crianças na parte de trás.
– Não levante os sacos de supermercado, Lizzie. Vou mandar Bastian buscar.
– Obrigada.
A mulher grávida em sua varanda parecia familiar, mas McKenna não conseguia lembrar-se
de onde a conhecia.
– Oi, – disse a mulher. – Meu nome é Melody Seabright...
– A bruxa da cozinha! – Lizzie engasgou. – Eu vejo o seu programa o tempo todo. Eu sou
Lizzie Framingham, e esta é McKenna Greylock. Ela é a proprietária da Toca do Dragão.
– Você não quer entrar? – McKenna perguntou.
Ela entrou, o que realmente fez McKenna desejar que sua cozinha não parecesse da década
de 70 e tão desbotada.
– Deixe-me ir direto ao ponto, – disse Melody Seabright. – Eu estou em um dilema, eu perdi
a minha locação do Dia das Bruxas e eu vi o seu anúncio. Eu amei o trabalho de pintura exterior,
eu amo o seu gancho: Toca do Dragão. Você é um negócio local, e eu tento apresentar moradores
sempre que posso. Eu gostaria de apresentar o meu show de culinária Bruxa da Cozinha do Dia das
Bruxas a partir daqui. Seria publicidade gratuita.
– Mas minha cozinha é uma porcaria, – disse McKenna. – Sério, eu estou envergonhada por
você tê-la visto.
– Isso não é tanto um problema como você pensa. Temos um orçamento de locação para
frentes de armários, bancadas padrão, mas você escolhe as cores. Vou jogar um papel de parede
ou pintura à sua escolha. É um pouco mais que o normal, mas nós transmitimos em rede
internacional no Dia das Bruxas.
– Você está brincando comigo? Publicidade gratuita e uma nova cozinha?
– Isso é o orçamento de locação. Você mesma cozinha?
– Uh, não, – disse Lizzie, levantando um dedo. – Isso seria eu.
– Então eu gostaria que você também estivesse no meu show de Halloween, se você estiver
interessada. Lizzie, vamos pagá-la. McKenna, gostaria de ter o seu pagamento em novos
aparelhos? Branco padrão?
– Tanto quanto eu gostaria, – disse McKenna. – Eu poderia usar o pagamento com a minha
reforma do resto da casa. Isso é ingrato da minha parte? Eu me sinto como uma idiota levando
dinheiro e publicidade gratuita, mas se eu tiver uma escolha...
– Claro que sim. Lizzie, você tem toda ideia de alguma refeição da Toca do Dragon que você
pretende servir aos seus convidados?

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Annette Blair
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– Sim, eu devo fazer um grande ensopado de dragão.


Melody levantou uma sobrancelha.
– Como você faz um dragão guisado?
– Você o faz esperar, – disse McKenna.

CAPÍTULO 50

Melody Seabright riu.


– Uma piada de dragão e uma receita? Eu digo sim. Porque se você tem a receita, podemos
usar ambas no show.
– Eu tenho uma receita, – disse Lizzie, – de minha própria criação. É um guisado de carne
bovina e suína, com vegetais típicos do outono e inverno da Nova Inglaterra, tomates são
fundamentais, e treze ervas secretas e especiarias que nós plantamos aqui. Eu chamo de dragão
guisado porque faz uma boa refeição que ruge.
– Perfeito. Quaisquer sobremesas com sua assinatura?
Bastian entrou na sala, um encanador sexy olhando como se tivesse tido outra briga com um
painel elétrico. Ela o apresentou a Melody.
– Alguém está se dirigindo para o quintal, – disse Bastian. – Eu vi o carro do andar de cima,
estacionado em frente, e um homem tirando fotos de sua casa, Kenna.
McKenna olhou para além da varanda da cozinha.
– Huntley, dane-se. – Ela trancou a porta de tela e esperou do lado da cozinha. – Melody.
Sinto muito, – ela mal teve tempo de dizer antes do imbecil aparecer em sua varanda.
– Você não tem qualquer negócio aqui, – McKenna disse quando ficou cara-a-cara com a tela
entre eles.
– Um trabalho de pintura agradável não significa que você tem a casa até o prazo ou o
dinheiro para pagar seus impostos atrasados, McKenna. Vou lhe dar duzentos e cinquenta mil
dólares pelo lugar, hoje. Essa é a minha oferta final. Se você esperar duas semanas, é meu.
Ela balançou a cabeça.
– Huntley, eu sei que você não joga pôquer com o inspetor de edifícios. Mas eu acredito que
você é tão desonesto como você supõe. Minha terra nunca será sua. Nunca. Tenho a intenção de
pagar tudo a tempo. – Ela fechou a porta e se virou para sua convidada. – Melody, eu sinto muito
que você teve que testemunhar isso, – disse McKenna. – Ele está tentando forçar minha mão.
– Oh, que desagradável – disse Melody.
Huntley bateu na porta e chamou o nome dela.
– Eu tenho uma ideia melhor, – ele gritou. – Se você não abrir a porta, eu vou gritar isso para
que o mundo possa ouvir.
– Sinta-se livre para gritar com sua cabeça fora.
– Case-se comigo, – Huntley gritou através da porta.
McKenna abriu a porta.

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– Cale-se!
Huntley sorriu, a imagem de inocência.
– Você sabe que nós nos divertimos juntos quando nós namoramos.
– Dois malditos encontros porque queria a minha terra. Você está propondo, pela mesma
razão.
– Não, eu quero me casar com você porque você é... Você é...
– Linda. Ela é linda, – Bastian estalou, vindo por trás dela, – e ela tem um coração para
combinar. – Ele a moveu para o lado e bateu a porta na cara de Huntley. Então ele se virou para
ela. – Você namorou aquele homem de coração negro? Como você pôde?
– Eu não vi o seu mal até o segundo encontro, então atire em mim. Eu derramei um mojito
sobre a cabeça dele e parti.
– Eu ainda não acredito que você namorou com ele. Eu pensei que você tinha melhor juízo
do que isso.
Bastian estava irritado o suficiente para ela ver o início de garras e asas.
– Olhe para mim, – disse ela, colocando seu rosto para que a besta interior acalmasse. – Eu
fui estúpida, – ela admitiu, – mas não por muito tempo.
A besta dele recuou.
Melody limpou a garganta.
– Eu sei que eu sou uma estranha, mas dá para fazer uma observação feminina. Todos nós já
namoramos a nossa quota de rãs. Não é, Bastian? Seja honesto.
Bastian cruzou os braços.
– Os dragões não consorciam com rãs.
– Dragões? – Melody perguntou.
Steve tinha entrado durante a cena embaraçosa.
– Bastian pintou os quartos com as cenas de dragão, – disse Steve, – de modo que McKenna
o fez seu dragão residente, para os convidados, você entende, Lizzie até fez um manto que remete
a um dragão para ele.
– Um vermelho, – disse Bastian, relaxado.
Graças a Deus ele estava calmo, pensou McKenna.
– Nós vamos trazer o dragão para certas comemorações, – McKenna disse: – como para o
Natal e o Solstício de Verão, para manter os espíritos de meus pais felizes, a Católica e o Celta.
– Eu pretendo menus originais para cada dia, – disse Lizzie. – Talvez você gostasse de vir,
Melody? Trazer o seu marido? Quero dizer, como convidada, não para gravar um show.
– Venha, – disse McKenna.
– O evento de Natal parece divertido, mas eu adoraria gravar um programa em torno de sua
celebração de Solstício de Verão. É algo que eu nunca fiz, mas isso é Salem.
– Grande, – disse Lizzie.
Sim, ótimo, pensou McKenna, se ela mantivesse o lugar o tempo suficiente para comemorar
qualquer coisa.
Bastian tinha se acalmado, mas para ser justa, ele não entendia como funcionavam os
namoros aqui. Ela explicaria mais tarde.

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– Mais uma vez, Melody, eu sinto muito que você teve que testemunhar a cena com
Huntley. Ele tem me perseguido regularmente, mas, uma proposta de casamento? Isso era
desespero. Pelo menos você entende agora por que eu preciso ser paga mais do que eu preciso de
novos aparelhos, embora eu prefira não ser comumente conhecida por isso.
– Quando você recebe seus primeiros hóspedes pagantes?
– No dia 26 de outubro, o dia depois do meu eventual prazo, mas é uma reunião de família,
então eu vou ter uma casa cheia. Dentro de dois dias, eles farão o depósito na minha conta. Se eu
não conseguir a aprovação do inspetor, no entanto, e eu perder o lugar, eu posso pagar os seus
depósitos de volta com o dinheiro que eu tenho guardado para a hipoteca e os impostos.
– Talvez, se você for ao banco e negociar, eles aceitem a garantia de uma estadia de uma
semana cheia de hóspedes com o comprovante de depósito, – disse Steve.
– Os meus contracheques ajudariam, McKenna? – Bastian perguntou. – Eu nunca descontei
qualquer dinheiro de lá. Pegue o dinheiro para os impostos.
– É uma oferta generosa, Bastian. Obrigada, mas você deve ficar com o dinheiro.
– Não, eu quero que seja o meu investimento na Toca do Dragão.
– Seu investimento já supera qualquer contracheque que eu poderia ser capaz de aceitar.
– Melody, faça o cheque para minha participação no show da Bruxa da Cozinha no nome da
McKenna, – disse Lizzie.
– Não, – McKenna bruscamente, colocando os pés no chão. – Esse dinheiro é necessário
para os bebês.
– Eu precisava de um teto sobre as cabeças dos meus bebês. Você nos deu um.
– Ouça a Lizzie, – Steve concordou. – Você sabe que ela está sempre certa.
Os olhos de McKenna encheram quando ela olhou para sua gata e tudo estava borrado por
um minuto. Ela pegou Jaunty, o coração transbordante pela generosidade de seus amigos.
– Eu me sinto como uma perdedora.
– Porque os seus amigos se importam tanto com você? – Melody perguntou. – Você devia
estar celebrando sua boa sorte. McKenna, passei muito tempo sem tirar dinheiro do meu pai. Eu
sei o que é um desperdício de tempo. Ser teimosa não é necessariamente o caminho certo para ir,
e, Lizzie, você disse bebês, no plural?
– Gêmeos, – disse Lizzie. – E você?
– Gêmeos, nosso quinto, uma surpresa – Bem, um choque também – afinal é nosso quinto e
sexto. Logan tem sido um zumbi desde que descobrimos. Meu médico diz que quando
amadurecemos liberamos mais de um óvulo de cada vez...
– Temos certeza de que sim, – disse Lizzie, com um suspiro.
– Eu vou acabar com um par de menino e menina. E você?
– Sim, – disse Lizzie. – Isso é o que devemos ter, também.
– Sorte para nós, – Melody disse, um pouco distraída pela lareira da sala de manutenção. –
Novo plano de filmagem possível. – Ela andou até a lareira da sala e se sentou em uma das
cadeiras de balanço em frente a ela. – Lizzie, você pode cozinhar o seu ensopado na lareira, aqui?
– Absolutamente. Vai ter um sabor melhor.

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– Ele nos daria uma nostalgia mais vintage e nós vamos precisar de decorações do Dia das
Bruxas. Esta lareira definitivamente diz Toca do Dragão, não é? Podemos colocar aqui uma mesa
ao lado dela como um espaço de trabalho para a filmagem.
– Temos uma dessas mesas, – McKenna disse, pensando em uma que viu na caverna de
Ciarra, que parecia ideal para usar nas filmagens. – Ela pertencia a um dos meus antepassados.
– Sim! – Disse Melody. – Então vamos conversar sobre o seu antepassado durante o show.
Desta forma, McKenna, eu vou dar-lhe o orçamento de locação incluindo um salário pela sua
participação.
– Melody Seabright, algo me diz que você está se deixando levar além do limite de seu
orçamento após a visita maníaca de Huntley.
– Lizzie, o que mais você pode cozinhar na lareira aqui?
– Pãezinhos assados para ir com o ensopado, e bolo de abóbora de cabeça para baixo da
Toca do Dragão, doce especial de maçã vindas direto do nosso pomar.
– Melody, – McKenna disse, deslizando o braço pelo seu. – Gostaria de fazer uma excursão
pela Toca?
– Depois das imagens que vi na internet? Absolutamente. Onde está aquele dragão roxo?
– Iverus. Por aqui.

CAPÍTULO 51

McKenna e Bastian ocupavam o sofá da sala de estar, ele com a cabeça no colo dela.
– Eu não posso acreditar que uma equipe de televisão está vindo para filmar um episódio de
A Bruxa da Cozinha da minha hospedaria, – disse McKenna. – É um presente do universo.
– Eu não posso acreditar que o encanamento pode ser pior que uma dor na garupa de um
dragão.
– Whitney e Wyatt foram ajudá-lo?
– Sim, e Jock e Dewcup. Grande ajuda! Onde está Jaunty?
– Acho que ela está se escondendo de Dewcup.
– Lizzie está se sentindo bem? Steve estava ficando nervoso.
– Lizzie está cansada de carregar os bebês, mas não vai demorar muito mais tempo.
– Falando de coisas não duradouras, – disse ele, levantando a cabeça. – Você comprou o que
é necessário?
– Dragão Impaciente. Sim, temos preservativos. Leva-me para a cama?
– Você não tem que pedir duas vezes.
McKenna ficou ao lado de sua cama quando Bastian ajoelhou-se para remover cada sapato
como se fossem os sapatinhos da Cinderela, ao invés de botas de fazenda remendadas. Em
seguida, ele deslizou as mãos para cima por suas pernas, antes de sua cabeça desaparecer por
baixo do vestido.

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McKenna guinchou e puxou o vestido para cima, segurando-o para que ela pudesse vê-lo,
seu rosto ficando mais quente do que o hálito ardente enquanto a beijava e dava prazer a ela com
a boca.
Ele olhou para cima, os olhos de cor violeta dançavam, sua juba de cabelos tinha fuligem e
eram uma confusão de fios, e ela poderia jurar que o coração que batia em seu peito se deitou a
seus pés.
Ela seria insensata em dar-lhe o seu coração. No entanto, todos os dias, ele não lhe dava
mais e mais do seu, e não foi Bastian o único a dar-lhe?
Sim, faltava alguma coisa, o amor que ela nunca se atrevia a compartilhar com ele. Era como
cair uma longa distância e desfrutar a emoção, mas você sabia que uma hora ia bater no fundo,
eventualmente, mas você mesmo assim não estava tomando os cuidados.
Apesar disso, sua gratificação inchou, como só Bastian podia expandi-la.
Beijou-a através da calcinha de algodão prática, fazendo o calor correr por lá e formar uma
piscina, e ele descansou a bochecha naquele mesmo local, antes de virar a cabeça e abrir a boca
contra ela, sussurrando o nome dela como uma oração, seu hálito quente permeando o tecido
contra os lábios molhados do sexo.
McKenna prendeu a respiração, fechou os olhos, e teceu os dedos por seu cabelo longo e
espesso.
Deslizando as mãos por baixo da calcinha, ele segurou o traseiro dela, pele com pele, e
espalmou as mãos a provocá-la com os polegares, perto do centro, mas não perto o suficiente, só
o necessário para manter o prazer subindo – doce, sutil, lento – uma ascensão pura e elementar,
em harmonia com o acelerar do sangue em aquecimento.
Com um estremecimento McKenna engasgou seu prazer e montou a onda que ele criou até
o dragão com fome levantar-se para encará-la, parecendo o anjo vingativo que ela imaginou no
dia da sua chegada, asas prestes a abraçá-la, quando ele tomou sua boca uma vez mais.
Ele engoliu seus suspiros de satisfação, a atraiu mais, até que ele era uma parte dela,
coração e alma, ela poderia sangrar, se ele se afastasse.
Enquanto seus joelhos começavam a enfraquecer e ameaçavam derrubá-la, ele abriu seu
sutiã, adorando a pele macia lá com seu toque de magia, libertou os braços das mangas, e deslizou
seu vestido para baixo do corpo, as palmas das mãos despertando todo o seu corpo, até o vestido
estar agrupado em seus pés.
Acariciando seu pescoço, ele levou a mão para ajudá-la a passar sobre o vestido para encará-
lo – seu amante. Sim, ela tinha um amante.
Vestindo apenas sutiã e calcinha, sem rendas ou seda, ou mesmo novas, Bastian olhou-a
com uma fome escura, um incêndio que queimou-a até os receios mais profundos de sua alma.
Ele andou em volta a considerá-la como um conhecedor e ela esperou a decepção, o
momento em que a luz em seus olhos ia escurecer, mas ficou mais brilhante.
Ela balançou a cabeça.
– Droga, Bastian, são seus olhos tão ruins quanto a sua audição é boa?
– Kenna, vi os espíritos na noite. Jock iluminou-os para você, não para mim. Minha visão é
melhor do que a da maioria das criaturas mágicas.
– Então o que é isso? Você não vê o que eu vejo quando você olha para mim?

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– A questão é, quando você vê a si mesma, por que não vê a beleza que eu vejo? Espere
aqui. Eu tenho algo para você.
Ela se sentou na cama como ele deixou, quando voltou, entregou-lhe um esboço.
– É Ciarra, – ela sussurrou. – Bastian, que esboço bonito. Ela é linda.
– Ciarra é bonita, como você disse, e eu concordo. Uma das mulheres mais bonitas que já vi.
– Ela é impressionante. – McKenna não conseguia pensar em nada com tanta beleza como
sua ancestral.
– Aqui, – disse ele. – Outro esboço.
– Esse é bom, também. Há algo diferente sobre esse, no entanto. – McKenna comparou as
duas. –Suas sobrancelhas, talvez. Não, não as sobrancelhas. Bastian, você deu olhos verdes no
primeiro esboço e azul no segundo. Os olhos de Ciarra são azuis.
– Não, – ele disse. – A mulher mais bonita que eu conheço tem olhos verdes.
– Não, eu me lembro, eles são...
– Você vê agora, não é verdade, a estranha semelhança entre vocês? Você parece mais com
Ciarra do que qualquer um de seus descendentes, mais ainda do que as netas dela. Você, minha
Kenna, é bonita, por sua própria admissão. Sem discutir. Eu não vou mais ouvir outra palavra em
contrário.
– Bastian...
Ele cruzou os lábios com um dedo.
– Eu sou um grande desajeitado, e você é um espetáculo de mulher com um coração para
corresponder.

CAPÍTULO 52

– As mulheres reais, Kenna, – Bastian tentou fazê-la entender, – saudáveis, saudáveis


mulheres deliciosamente sexys, não se parecem com varas de picolé, nem tem um gosto tão doce,
porque a exuberância foi sugada para fora delas. Elas estão secas, são apenas caricaturas ósseas.
Elas sofrem diariamente. Elas morrem de fome. Você viu aquele programa onde a menina queria
estar doente para perder peso? Ela comeu uma pílula quando se sentiu fraca. Isso é vida? Eu não
penso assim.
Sua Kenna suspirou, e ele gostou como isso levantou os seios dela.
– Eu acho que tem razão, – ela sussurrou.
– Agora, talvez você veja o que eu vejo quando olho para você. Uma mulher bonita com um
coração igualmente belo.
McKenna segurou o pescoço debaixo do cabelo dele.
– E pensar que Vivica só enviou você para realizar o trabalho como faz-tudo.
Dificilmente, mas ele não quis dizer isso a Kenna ainda. Ela precisava acreditar que ele a
amava desde a primeira vez que a viu.
Ele a adorava com as mãos.

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– Você tem um coração que fala ao meu e uma forma que acho mais que desejável. Ela
levanta e fortalece meu membro de uma forma que me faz querer ainda mais você.
Ele usou sua magia para desenganchar o sutiã. Ele gostou quando ela inclinou as costas
contra a frente dele enquanto ele segurava os seios como travesseiros, torturando os mamilos e
sussurrando sua adoração, usando a respiração e beijos para aquecer o pescoço dela, orelhas e
ombros.
Bastian virou-a e levantou-a, com um braço, para sugar seu seio. Com a outra mão, ele
reencontrou o calor debaixo da calcinha. Em breve, ela também desapareceu.
Ela lançou seu membro dragão, circulou-o, para mantê-lo tenso e desejoso, então ela pegou
aquela parte dele mais leve para que o membro acariciasse sua mão. Grosso e macio, ele pulsava
contra ela, e ela o acariciou, para suavizar as escamas de um lado, depois do outro, para cima e
para baixo, e Bastian quase perdeu a capacidade de esperar por ela.
Ela parecia ter a intenção de atormentá-lo quando ela se ajoelhou no chão e segurou seus
sacos de homem, surpreendendo-o e fazendo-o gritar.
Empunhando e parecendo comemorar seu poder, ela o fez jogar a cabeça para trás e rugir.
Então ela o fez implorar e implorar para ela parar, então mais e mais rápido, e, —Não mais! —Ele
pegou as mãos dela.
– Eu tenho uma ideia. – Ele pegou o vestido que ela chamava de caftan e colocou nela sobre
a cabeça.
– Veja, – disse ela. – Você quer me cobrir.
Ele riu quando ele trabalhou para fechar o membro de volta em seu confinamento, mas o
jeans tinha encolhido e não era fácil.
– Há tempo para uma aventura, minha Kenna.
– Agora? – Ela lamentou.
Ele riu quando deixou cair preservativos da caixa, enfiou um punhado no bolso, em seguida,
pegou-a e levou-a para fora da porta da cozinha.
– Onde estamos indo?
– Para um passeio em Toffee.
– Com camisinha?
Ele sorriu e a colocou no chão para tirar o cavalo da baia.
– Espere, – disse ela. – Toffee precisa de uma sela e precisamos de um pano para que não
venha crina e suor de cavalo em cima de nós.
– Menina esperta, – Bastian disse, acariciando Toffee primeiro, depois colocando o tecido de
camurça, antes que ele montasse e trouxesse McKenna para encará-lo. Com uma palavra de
Bastian, Toffee trotou obedientemente longe do celeiro. – Agora, McKenna. Abra os meus jeans.
– O que? – Ela olhou para seu cavalo. – Toffee menina, você só vai olhar para frente, e hum
procure não ouvir nada.
Dito isto, McKenna abriu a calça dele e aceitou o preservativo que ele lhe entregou.
Ela deslizou o preservativo de maior tamanho que ela poderia encontrar sobre ele, fazendo-
o assobiar, e subir suas expectativas.
– Este ainda é um pouco curto, mas o suficiente para resolver o transbordamento, – disse
ela, – apesar de que pareço ter outro cavalo no celeiro.

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– Isto não é hora para brincadeiras, McKenna.


– Sim, senhor. Desculpe, senhor.
– Engraçadinha, – disse ele enquanto levantava o caftan o suficiente para caber dentro dela,
uma experiência que roubou sua respiração quando os lábios se encontraram e a respiração
parecia algo desnecessário. Um beijo para sempre, seus corpos em fusão. Dois quebra-cabeças,
todas as suas partes se movendo de forma deliciosa e perfeitamente sincronizada, tanto que logo
Toffee teve que se mover um pouco mais rápido. – Isso não iria funcionar se você não fosse tão
longo, – disse ela contra os lábios.
– Obrigado, Kenna.
– Um homem médio não seria capaz de fazer isso.
– É verdade, – disse ele. – Eu estou acima da média.
– Em mais de um sentido, – disse ela, virando a cabeça para trás.
Seu movimento poderia prejudicar o cavalo, assim, deixou os próprios movimentos de
Toffee causar um efeito cascata que intensificou a união deles, com as mãos postas, lábios
tocando, a lança do dragão trabalhando uma magia sem esforço.
Prazer selvagem foi o que Bastian encontrou quando amou sobre uma sela sua companheira
de coração, até que ele percebeu que seu dragão interno acordou, então ele sentou-se um pouco
para trás, segurou o rosto de Kenna, e observou o prazer que passava sobre ela.
– Você está lutando com seu dragão interior, – disse ela. – Observe-me e deixe o prazer
substituir a sua luta.
Quando seus olhares se encontraram, uma palavra suave levou o cavalo a um trote, o
membro masculino de Bastian, com uma mente própria, começou a trabalhar até que Kenna fez
sua ascensão, gemeu, implorou e ofegou. Então, sua espessura entrou e estendeu-a, as escamas
móveis dando prazer a ambos, atirando-os quase para além de um plano de resistência.
O prazer de Kenna, como a sua dor, lhe pertencia.
Ele gritou quando a viu gozar, enquanto ele gozava também, e sua besta interior perdeu a
luta.
– Saber que você sente prazer aumenta o meu, – disse ela sem fôlego. – Eu não posso
acreditar que estamos fazendo amor nas costas de Toffee. Ela costumava ser tão inocente.
– Então era você também. Então, éramos nós dois. – Bastian riu contra os lábios de Kenna. –
Você finalmente admitiu que está a 'fazer amor' comigo, minha Kenna.
Os olhos dela se arregalaram, e a súbita mudança de direção ao longo das costas de Toffee
fez Bastian impulsionar dentro dela, o suficiente para que eles inesperadamente corressem por
estrelas, as do céu – não as lâmpadas fluorescentes azuis brincando sobre eles – e eles gritaram
juntos.
– Vamos de novo, Kenna, ao plano mais distante, mesmo que apenas por um minuto, onde
podemos brilhar como sóis e queimar-nos para fora. Eu vou esperar. Vem. – Trazendo-a mais
perto, aprofundando a penetração, ele abaixou o vestido de seus ombros e sugou, gratificação
estourando através dele.
Quando ela gozou, ele gozou também.
Quando ela engasgou, ele assobiou.
Quando ela gritou, ele gritou com ela.

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Eles chegaram ao clímax juntos, chamando os nomes um do outro, tocaram a Ilha de Estrelas
e montaram o sol escarlate.
Ele fez Toffee ir mais rápido e mais rápido, e quanto mais eles montaram, mais orgástica sua
companheira de coração tornou-se. Vários orgasmos múltiplos ela experimentou. Ele também.
– Eu estou perto de desmaiar, – disse ele, finalmente, quando dirigia Toffee de volta para o
celeiro. – Nenhum homem poderia estar mais feliz ou mais satisfeito.
Kenna suspirou e caiu contra ele, e era tudo o que podia fazer, depois eles voltaram para o
celeiro, para levantá-la do cavalo, Toffee, ganhou um pouco de aveia, e ele caminhou com Kenna
para dentro.
Na casa, ele caiu sobre a cama.
– Os homens não costumam ter orgasmos múltiplos, – disse ele contra seu travesseiro. – E
agora eu sei por quê.
McKenna riu quando Bastian começou a fazer ruídos de dragão demente, seu ronco como
nenhum que já tinha ouvido falar, e ela teve sua primeira oportunidade de examinar a lança do
dragão em seu lazer, com a luz suave do amanhecer radiante pela janela. Ela podia ver o quanto
ele parecia como uma cauda de dragão, mas ela não se importava. Ele pertencia a Bastian, o
homem que amava seu corpo.
Que, aparentemente, e sem uma boa razão, a amava.
A lança de Bastian cresceu e acordou a besta, a que está no exterior. Outro preservativo foi
colocado ali, mas ele a tomou mais lento agora, com mais propósito, parecendo divino e
imperfeitamente perfeito.
Ele dormiu novamente logo depois, seus ruídos de dragão um pouco menos malucos.
McKenna suspirou de contentamento e se aconchegou mais contra o seu lado, até que ela
avistou um preservativo flutuando no ar, caindo em todo seu quarto, com grunhidos e maldições.
– Se você não me tirar daqui, em sua língua verá crescer verrugas e em sua bunda crescerá
espinhos muito dolorosos para sentar-se!
– Bastian, – McKenna disse, sacudindo-o. – Dewcup foi engolida por um preservativo.

CAPÍTULO 53

Completamente nu, Bastian perseguia um preservativo voando pelo quarto, sua lança
dormida e esferas de dragão pesadas voaram na brisa quando ele saltou de um lado para o outro,
em torno da cama, enquanto McKenna soluçava, puxando os cobertores sobre ela, para que ele
não a visse sacudindo os ombros ou o sorriso no rosto.
– Pare de bater suas asas neste minuto! – Ele ordenou para a fada xingando, mas Dewcup
bateu as asas ainda mais rápido.
– Que você torça seu pênis e precise de uma tala, – gritou a fada enquanto o preservativo
cruzava o cômodo e balançava, bateu a porta, uma lâmpada, e bateu uma foto fora da parede.

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Oh, Deus, onde estava uma câmara de vídeo quando você precisava? Será que isso teria
muitos acessos no YouTube ou o quê?
Uma batida na porta assustou os dois, e deve ter assustado Dewcup também, porque o
preservativo voando caiu para a cama.
Tão rápido quanto Bastian colocou suas calças, McKenna colocou a fada presa-em-
preservativos debaixo das cobertas. Ela só esperava que quem que estivesse no lado oposto da
porta não pudesse ouvir Dewcup amaldiçoando.
– É Lizzie, – Steve disse quando Bastian abriu a porta. – Ela está tendo os bebês.
– Vou chamar a ambulância, – disse McKenna, pegando o telefone na mesa de cabeceira.
– Tarde demais. Ela está no chão da sala de estar tendo-os por si mesma, quando a ouvi em
trabalho de parto, graças a seus exercícios da parte superior do corpo, Bastian, eu fui capaz de cair
da cama e subir nesta cadeira por mim mesmo e me vestir, – disse Steve, quando ele rolou a
cadeira para longe. – Venham depressa.
– Nós estamos indo, – disse McKenna. – Bastian, vá com ele. Eu vou em instantes.
Ela chamou a ambulância em caso de os bebês precisarem de ajuda, vestiu-se e saiu para
encontrar Esther, o espírito que tinha sido parteira.
Quando ela chegou até Lizzie, Steve já ajudara a tirar um dos bebês, seu rosto pálido.
Bastian estava junto da cabeça de Lizzie e seu rosto combinava com o de Steve, embora os
olhos estivessem arregalados, as pupilas dilatadas, como se ele enfrentasse uma arma carregada.
– Ter bebês dói, Kenna.
– Então eu não sei.
– Mas olhe, – acrescentou. – Um novo pequenino. Uma menina.
– E aqui vem outro, – disse Lizzie.
McKenna pegou o segundo filho, um menino, e envolveu-o no cobertor de recepção que
Lizzie comprara.
– Você planejou fazer isso sozinha o tempo todo, não é, porque você não tem seguro de
saúde?
– Você acha?
– Eu acho que este não é o momento certo para dar-lhe uma bronca.
– Eu aprecio isso.
Esther deu instruções para cortar o cordão umbilical do segundo bebê, e Bastian seguiu à
risca.
– McKenna, – disse ele. –- Lizzie realmente está com dor.
McKenna perguntou se ele estava sofrendo com o pensamento de ela... Como se ele
pudesse realmente ficar por tempo suficiente para que eles tivessem filhos. Falando nisso.
– Onde estão Wyatt e Whitney? – Ela perguntou quando se sentou ao lado de Lizzie no chão
para que Lizzie pudesse ver seu novo filho.
– Nada acorda essas crianças, – disse Steve, enxugando o rosto de sua nova filha com uma
toalha. – Graças a Deus.
Não que Lizzie estivesse gritando. Agora McKenna encontrou-a estranhamente quieta e
determinada.
– Kenna, – Bastian disse, – dê a Lizzie um Midol para a sua dor na barriga.

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Lizzie caiu para trás e riu.


– Não faça isso. Estou me concentrando.
– Por que você está se concentrando? – McKenna perguntou. – Você já tem os dois bebês.
– Espere, – disse Lizzie.
Desassossego preencheu McKenna quando ela se levantou e entregou a Steve seu novo
filho, voltou para Lizzie, e com certeza, ela estava dando à luz uma segunda menina, que McKenna
capturou e embrulhou.
– Você os tem rapidamente.
– E fácil. Eu sou uma fábrica de bebês. Ouço sirenes? – Lizzie se levantou sobre os cotovelos.
– Eu chamei, para os bebês, – disse McKenna. – Desta forma, você vai obter todos os check-
out e uma vez que você parecer melhor, eu estou supondo que você não terá que permanecer no
hospital por muito tempo.
Lizzie deitou-se e lançou seu fôlego.
– Obrigada, para o bem dos bebês. Eu planejei levá-los para o Dr. Carver amanhã. Ele nos
permite pagar a prestações. Eu teria deixado Steve chamar se ele não estivesse indo tão rápido
como ele sempre faz.
– Eu deveria bater em você, – disse Steve. – Por não me dizer o que você planejou. Há
quanto tempo você sabe que estávamos tendo trigêmeos?
– Eu descobri depois que você se machucou. Nossa quinta estava escondida atrás da irmã.
Eu não queria adicionar isso ao seu fardo. Você não gostaria de ter um parto em casa,
especialmente com três. Eu sabia disso, mas eu estudei o máximo possível sobre o assunto, e... –
Ela levantou seu telefone celular. – No caso de eu estar com problemas. Mas os bebês saem de
mim como num tobogã. Você sabe disso. Nós mal chegamos ao hospital das outras vezes. Você
pode ser louco, mas eu tenho certeza que você não vai bater-me desde que eu apenas dei-lhe três
lindos bebês.
– Contanto que você esteja bem, – disse Steve. – Nossa, Lizzie, temos três! Não temos
berços suficientes!
McKenna apertou seu ombro.
– Todos eles se encaixam em um por um tempo.
– Oh, certo.
Os paramédicos levaram Lizzie e os bebês para o hospital para obter um check-out.
McKenna e Steve seguiram a ambulância em seu caminhão, enquanto Bastian ficou para cuidar de
Wyatt e Whitney.
Depois de uma hora, McKenna deixou os bebês para o monitoramento durante a noite no
berçário, enquanto Lizzie e Steve ficaram em um quarto de família para Lizzie poder amamentar,
conforme necessário. Se tudo corresse bem, eles irão chamá-la de manhã para trazê-los todos
para casa.
Quando McKenna chegou em casa ainda estava escuro e ela se sentiu nervosa quando
chamou o nome de Bastian.
– No meu quarto, – disse ele.
Imediatamente, ela sabia que ele estava partindo. O parto lhe dera medo, e ela não podia
culpá-lo.

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– Olha o que eu encontrei, – disse ele, nenhuma bolsa de viagem à vista.


Sua gata, Jaunty, estava enrolada no centro da cama de Bastian, mas não sozinha.
– O lanche deu à luz seis biscoitos. Isso está acontecendo em todo o lugar hoje à noite.
McKenna soltou a respiração.
– Eu te disse, ela é uma gata, não um lanche.
– Isso foi uma piada, McKenna. Eu sei que eles não são biscoitos, eles são gatinhos.
– Oh, certo. – Ela tocou em seu braço. – Bastian, você está bem?
– Eu vou ser honesto com você, – disse ele.
Ah, pensou, aqui está.
– Eu não gosto de saber que os nossos bebês vão te machucar.
– Eles vão machucar você, também. – Ela se ouviu falar como se isso pudesse realmente
acontecer.
– A dor é nada para mim, – Bastian ostentava.
McKenna engoliu a risada.
– Será que as crianças acordaram?
– Eu apenas olhei sobre elas. Elas estão dormindo como anjos.
Na manhã seguinte, os Framinghams, todos os cinco, estavam prontos para voltar para casa.
O médico de longa data de Lizzie faria o check-in diariamente. Os bebês todos pesavam em torno
de dois quilos e meio, nada mau para trigêmeos.
McKenna e Bastian emprestaram uma mão sempre que podiam.
– Os recém-nascidos são tão quebráveis como parecem? – Ele perguntou quando eles os
banharam em seu terceiro dia de vida.
– Sim e não, – disse ela. – Eles se parecem com Lizzie, não é?
– Não, eles se parecem com Steve.
– Vamos enfrentá-lo, eles se parecem com os seus pais.
Ambos, pensou McKenna, provavelmente foi por isso que a tocou tão profundamente
quando ela colocou os bebês na cama ao lado Lizzie, a maneira que Steve olhou para os quatro, e
a maneira como Lizzie olhou para ele.
Bastian fechou a mão ao redor da dela e apertou.
Agora, isso era magia...
A menos que ela perdesse a luta pela casa e tivesse que colocar a todos na rua.

CAPÍTULO 54

Bastian sentou-se na cadeira de balanço na cozinha perto da grande lareira com dois
gatinhos no colo.
– Os bebês estão em todos os lugares, – disse ele.
McKenna assentiu.

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– Lizzie está mais fraca do que o esperado após três bebês. Steve vai dar mais atenção por lá
do que aqui. Como você está gerenciando com o encanamento por sua conta?
– Você tem muitos banheiros.
– Eu sei. A minha avó já estava pensando em ter uma hospedaria, assim mandou logo fazer
vários. Isso foi antes de ela ficar doente. Bastian, você fez um grande trabalho, movendo todo o
mobiliário para os quartos por si mesmo. Nós usamos quase todos os móveis que eu tinha. Esses
novos colchões me custaram bastante. Não que eu não esperasse. Estou feliz que decidimos ser
uma pousada romântica, sem televisores nos quartos.
Jaunty colocou um terço gatinho no colo de Bastian.
– Essa gata acha que você é pai dos biscoitos.
Bastian levantou uma sobrancelha enquanto ele acariciava as coisas choramingando. Mas
tudo o que podia pensar era como McKenna e Steve e Lizzie tinham que lutar porque um homem
de coração negro como Elliott Huntley queria esta terra e esta bela casa.
– Eu preciso ir e investigar Huntley.
– Onde, como?
– Posso dizer-lhe quando eu voltar? – Bastian levantou-se e entregou-lhe os gatinhos,
beijou-a mais tempo do que o planejado, se afastou, olhou nos olhos dela, e beijou-a novamente.
– Isso é ruim, quero ficar, e nunca ir.
– É isso?
– Não e sim. Não podemos passar cada minuto na cama. A vida é para mais do que sexo. Nós
temos que fazer todas essas coisas que você disse que faria com um companheiro de coração.
Tomar conta da hospedaria, ter filhos, manter a fazenda, derrotar Huntley, manter o nosso groove
– o que significa dançar, eu acho.
– Você tem de tomar lições de vocabulário de Wyatt, novamente, não é? – Ela o beijou. – Eu
gostaria de fazer tudo isso com você, Bastian Dragonelli, e muito mais, incluindo passeios sobre
cavalos à meia-noite. Agora, vá executar a sua missão, e não se perca.
Ele provavelmente se perderia, pensou Bastian quando tentou encontrar seu caminho de
volta para a casa onde Steve caiu do telhado. Ele fez uma curva errada, mas, eventualmente, ele
encontrou o lugar. Ainda assim, parecia vazio. Uma grande, bela casa, cara e indo para o lixo. Ele
tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele queria dizer: —Você sabia que um homem caiu
de seu telhado, ficou gravemente ferido, e perdeu o seguro e sua casa?.
Ele queria, mas ele não o fez. Kenna lhe disse que não, e ele confiasse em seus instintos. Eles
eram mais bem afinados do que os dos seres humanos.
Ele deu a volta para a parte de trás da casa, viu um símbolo de uma empresa de alarme, e o
anotou, mas quando ele estava saindo, ele também anotou o nome no caminhão estacionado em
frente, que pertencia a uma empresa de gestão imobiliária. Um homem com o nome na parte de
trás da camisa trabalhava perto da porta da frente.
Ele se perdeu duas vezes em seu caminho adequado para Salem, mas encontrou a Funciona
como Magica e surpreendeu Vivica.
– Você me encontrou sem a ajuda de McKenna, – disse ela.

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– Huntley veio vê-la há alguns dias. Ele é um homem mau, Vivica. Ele está com medo porque
ela vai ganhar. Estou com medo que ela não ganhe. Eu comecei a pensar que talvez alguém que
trabalhe naquela casa onde Steve se machucou pode ter visto alguma coisa.
– Como a pessoa que vive lá?
– É alguém com Alzheimer que tem um zelador, Steve me disse. Eles não se comunicam,
exceto através da sociedade de gestão. Ninguém nunca põe os pés fora. Aqui é o nome e endereço
da empresa de administração de imóveis. Eles contrataram Steve, e não aceitam qualquer culpa
por sua queda, e o nome da empresa de alarme. Você pode pesquisar sobre eles?
– Você sabe que eu vou. Eu não tenho certeza que isso vá fazer qualquer bem, no entanto.
Como está McKenna?
– Preocupada com a perda de sua casa. Esperando que ela possa acolher os hóspedes na
Toca do Dragão. Ansiosa para fazer o programa A Bruxa da Cozinha mostrar esta semana sua casa.
Desfrutando dos bebês de Lizzie.
– Amolecendo com você? – Vivica piscou.
Bastian não conseguia esconder seu prazer.
– Ela é áspera com homens, a nossa Kenna, mas eu posso lidar com a aspereza. Eu gosto
disso sobre ela, que ela não vai quebrar por qualquer coisa. Você pode ver, Vivica, como isso vai
acabar para Kenna? Sua luta contra Huntley, eu quero dizer.
– Não vejo nada. Maldade é tudo que vejo do homem. E sei que McKenna é forte e tem mais
poder do que ela sabe.
Bastian encontrou-se andando, sua frustração fervendo.
– Eu não vejo por que estou aqui se eu não posso ajudar.
– Você pode ter ajudado, obtendo-me esta informação. Eu vou apressar ao máximo sobre
isso.
Ele parou para olhar para Vivica.
– Você virá à inauguração de McKenna dia 26?
– Eu não perderia isso.
Nenhum deles disse: —Se a abertura ocorrer.
Bastian odiava que dentro dos próximos dias, McKenna poderia perder sua casa, suas
esperanças e sonhos, e sua herança.
Para não mencionar o efeito cascata sobre todas as pessoas que ela tanto amava.

CAPÍTULO 55

McKenna acordou antes do amanhecer, desorientada no início, até que ela encontrou-se no
casulo quente dos braços de Bastian. Quando ele disse o nome dela em seu sono, ela se
acomodou neles.

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25 de Outubro. Ela poderia manter sua casa até meia-noite, embora ela tenha orado ter
feito o suficiente para mantê-la para sempre. Se ela pudesse se dar ao luxo de contratar um
advogado, ela pediria para ele solicitar a suspensão da execução, ou o que fosse.
Sim, ela tinha jogado perto, mas ela não sabia, até depois da morte de sua mãe, que tipo de
dívida ela herdou. Deve ser por isso que a mãe deixou o câncer seguir seu curso. Vivica tinha
razão. Mamãe não queria aprofundar a dívida da família.
Esta oportunidade de ter uma hospedaria e apoiar-se, foi um presente da mãe.
McKenna limpou as lágrimas. O que havia de errado com ela? Ela nunca chorou.
Inferno, ela mal teve tempo para lamentar depois que sua mãe morreu, pois logo estava
atrás da contratação de Bastian e eles seguiram correndo, de muitas maneiras.
Na semana passada, ela assinou um contrato para a venda regular de frutas para um
supermercado local. Ela podia agora adicionar a isso o dinheiro do seguro de sua mãe, o
pagamento de Bastian, o depósito dos hóspedes, e a renda do show da Bruxa da Cozinha. Com
tudo isso, ela chegou perto, malditamente perto, para ter o que ela precisava para pagar tanto a
hipoteca quanto os impostos.
A reunião de família não chegaria até amanhã, e ela não podia carregá-los durante toda a
sua estadia até o final, após a data de encerramento. Ela ainda não tinha a resposta do banco
sobre se eles consideram a renda da hospedagem por uma semana como garantia para o
pagamento de sua hipoteca e os impostos. Se o banco dissesse que sim, e isso ela só ia saber ao
meio-dia, hoje, tudo o que ela precisava era de um ‘ok’ do inspetor de edifícios esta tarde.
A vida estava à beira de olhar para cima.
Um rugido de motores a fez sentar-se, o som arrepiante ficando mais alto, mais perto, muito
perto, agressivo, mais ameaçador do que o rugido de um dragão. Ela correu para a janela.
– Esse filho da puta!
– O que? – Bastian despertou dessa forma meio-animal que ele tinha, pronto para atacar,
mas ela não podia rir neste momento.
– Huntley está lá fora intimidando seu caminho em direção ao galpão.
– Não, – Bastian gritou e quase deixou a casa nu.
McKenna enrolou uma calça jeans e a jogou em sua cabeça.
Ele puxou e correu de volta para pegar uma de suas camisetas pretas.
– Eu poderia usar algumas garras e dentes de Cedrig agora, – ele estalou enquanto deslizava
os pés descalços em suas botas de trabalho e corria para fora.
Antes que ela terminasse de se vestir, McKenna olhou pela janela e viu Bastian acenando
para Huntley, dirigindo o próprio caminhão estrondoso. Bastian estava agindo como se pudesse
parar um empreendedor psicopata.
Não, não é um empreendedor. Duas escavadeiras e uma retroescavadeira pararam atrás de
Huntley. Ele trouxe reforços.
McKenna saiu e usou seu telefone celular para chamar a polícia. Eles estavam a caminho,
mas sua casa ainda ia estar de pé quando eles chegassem aqui?
Huntley não devia ser capaz de reivindicar o lugar até depois da meia-noite. E se ela tivesse
perdido, ela deveria ter um período de tempo para fazer sua mudança.

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Com todos os seus antepassados decepcionados assistindo, McKenna nunca tinha se sentido
mais como uma perdedora.
Seu celular tocou.
– McKenna, – Vivica disse: – Huntley detém a empresa de gestão imobiliária que contratou
Steve para consertar o telhado do qual ele caiu. Steve nunca poderia ter feito a conexão, porque a
propriedade de Huntley foi enterrada em um labirinto de companhias reais e falsas. Precisou dois
advogados corporativos trabalhar durante toda a noite para desvendar esse pesadelo de
papelada.
– E outra coisa, – disse Vivica. – Os vizinhos viram um homem no telhado com uma
mangueira na noite anterior ao acidente de Steve. O lamaçal na telha é uma cera comercial
escorregadia, velha, usada em pisos que já não é usada porque é muito perigosa. Se não fosse por
Bastian, o tempo acabaria por apagar as provas. A polícia está agora à procura de Huntley.
– Envie-os aqui. Ele está tentando por meu galpão abaixo, e talvez a minha casa ao lado.
– Ele deve pensar que perdeu, – disse Vivica, – e que se ele derrubar tudo, você vai se
entregar e vender o lugar.
– Viv, isso fez dele um louco.
– Você só descobriu isso agora? Eu estou chamando um amigo no seu banco para confirmar.
Mantenha o seu telefone perto.
McKenna fez um caminho mais curto para Steve e Lizzie.
– Saiam todos da casa. Vão para minha porta da frente, para a sua van e sigam em frente
para a Funciona como Mágica. Não olhem para trás. Vivica vai cuidar de vocês até que seja seguro
voltar para casa.
Preocupada com a propriedade, mas bem mais com a segurança de Bastian, McKenna voltou
para o exterior.
Bastian ficou no caminho do trator elevando-se sobre ele, também condenadamente perto,
seu olhar predatório sobre o homem no banco do motorista.
– Não, – ela gritou. – Bastian, saia daí. – Um dragão não teria medo de um trator, mas um
homem devia ter.
Ao mesmo tempo em que Huntley acelerou, Bastian desapareceu. Abaixo das rodas da
escavadora?
McKenna gritava como uma louca enquanto corria até Huntley. Ele tentou matar Steve; ele
não se importaria de matar Bastian.
Alguém precisava detê-lo.

CAPÍTULO 56

Bastian estrategicamente escondeu seu corpo atrás da bandeja de ferro gigante do comedor
de sujeira, abaixo do nível dos olhos de Huntley, esperando que o empreiteiro se preocupasse ter
tê-lo roçado para baixo, mas a máquina não vacilou em sua jornada em direção ao galpão.

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Huntley levantou a bandeja de arado, mas isso poderia trabalhar em favor de Bastian,
porque ele agora estava mais perto de poder agarrar Huntley e parar aquela coisa. Ele se levantou
na bandeja e se revelou. Desde sua chegada aqui na Terra, ele não se permitiu tornar-se tão
irritado. Ele não teve seu dragão interno clamando com tanta força para se libertar desde que ele
caiu do telhado de Kenna.
Bastian podia sentir seus chifres cutucando contra a pele. Sentir a queimadura e a coceira
em suas trilhas de asas, o alongamento das garras. Ele não podia deixar a transformação
acontecer, mas nunca ele precisou tanto ter a força de um dragão.
O ranger de dentes do seu animal interno quase se misturou com o seu próprio, fogo,
encheu suas narinas, mas Bastian manteve-se na borda para salvar os irmãos, até que ele montou
a bandeja do comedor de terra suficientemente alto para ver Kenna lutar com Huntley na cabine
do comedor de terra, como se tentando arrastar o homem do assento, gritando seu nome.
Bastian percebeu então que ela estava tentando salvá-lo. Sim, ele tentou dar a impressão de
que ele caíra abaixo das rodas da máquina, mas pelo amor de Deus, não queria que Huntley
chegasse nem perto de Kenna. Bastian tentou chamar sua atenção. Ele gritou, ele rugiu, mas ela
não podia ouvi-lo sobre o rugido de máquinas e seu próprio pânico selvagem.
Huntley bateu McKenna da cabina. Sangue espalhado por toda parte. O sangue dela. Ela
perdeu o equilíbrio e seu corpo bateu cada borda saliente da máquina quando ela caiu, até que ela
desembarcou, coberta de sangue e ainda como morta na sujeira.
Agonia tomou conta dele, física e emocional. Fúria o encheu. Sede de sangue. Bastian sabia
dar um golpe de morte quando tinham cortado seu coração ao meio. Quando ele cambaleou com
esse conhecimento, mais do que a dor, o dragão dentro dele subiu e assumiu o seu ser, e ele
acolheu. Deleitava-se com isso.
A necessidade de vingança ofuscou a perda. Escamas, chifres e garras cresceram
rapidamente com o seu tamanho e fúria, e tudo dentro dele afiou, sua força, suas habilidades e
seus sentidos.
Bastian rangeu os dentes, e ele respirava fogo.
A bandeja do comedor de terra quebrou sob seu novo peso e teve as rodas encravadas, isso
parou a máquina.
Ao lado dela, McKenna não se mexeu.
Bastian subiu à sua altura máxima de dragão, superando a máquina e seu motorista,
levantou as asas para uma extensão alarmante, e rugiu.
Huntley gritou.
Killian, que esteve aguardando o seu tempo, esperando o pior momento para atacar, agora
se mostrou.
Iluminada por um arco de seu próprio relâmpago, ela sorriu, e de uma nuvem em funil ela
saiu. Ela enviou um punhado de raios em seu caminho, todos os cinco, mas ele levantou a mão
contra eles, e virou-os de volta para a feiticeira do mal. O que poderia ser mais poderoso ou mais
mortal? Quando o retrocesso atingiu Killian, ela desapareceu em uma névoa negra, com um uivo
de revolta. Isso não queria dizer que ela foi embora para sempre. Isso significava apenas que ele
ganhara no momento. Talvez nem mesmo a batalha. Definitivamente, não as batalhas de seus
irmãos, acaso ele já não tivesse destruído a oportunidade deles de vir à Terra.

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Por Kenna, ele voltou a ser um dragão, tão enfurecido, que quase não reconheceu que
estava perdendo sua vida e sua missão.
Agora McKenna, seu coração, estava envolta em sangue, pedaços quebrados.
Ela tinha sido o golpe final, e ele já não era um homem.
Sem nada a perder, Bastian dobrou o pescoço comprido e mostrou seus dentes e seu fogo
para Huntley. O medo do idiota alimentou a sede de sangue de Bastian quando ele se encolheu no
canto mais distante da cabine, o suor pingando da pele viscosa para a máquina.
Na visão carregada dele, percebeu que os homens de Huntley largaram seus comedores de
terra ao redor e deixaram a propriedade. Uma retirada que veio tarde demais.
Mas isso não importava mais. O fogo de Bastian derreteu os controles do trator e quebrou
os para-brisas.
Com fumaça ainda escorrendo de suas narinas, ele arrebatou Huntley entre os dentes,
arrastou-o para fora da cabine, sacudiu-o até que seus ossos sacudiram, e jogou-o como um saco
de lixo.
Bastian, em seguida, inclinou-se sobre McKenna, ainda na sujeira. Ele levantou a mão mole,
e segurou-a no rosto, quase contente que ela não podia ver como ele tinha falhado com ela.
Ela abriu os olhos e encontrou seu olhar.
– O mais belo dragão que já vi, – ela sussurrou, acariciando suas escamas. – Eu vou te amar,
Bastian. Para sempre. Mesmo na morte. Voe para longe. Salve-se.
Seus olhos se fecharam enquanto a mão ficava mole contra ele.
O grito afligido que ele enviou para o universo quebrou o silêncio e ecoou sobre o vale. Aves
levantaram voo. Animais correram. Bastian colocou as mãos de dragão em cada ferida sangrenta
de McKenna – tantas – mas ela não acordou.
– Cure! – Ele gritou com outro rugido ecoando, mas nada aconteceu.
– Onde está a minha magia de cura? – Ele gritou para o universo.
Ele devia ter mais magia como um dragão. Não menos.
– Bastian. – A voz de Andra veio com o vento. – Você não pode curar os mortos.
A vida o abandonou, tão certo como ele havia deixado Kenna. Seu coração dragão quebrou,
a dor física de perdê-la o quebrou.
Mas a dor não importava. O corte profundo na cabeça de Kenna nunca fecharia.
Bastian jogou a cabeça para trás e rugiu sua dor, queimando as árvores ao redor dele, e,
quando as folhas escurecidas caíram, a natureza chorou com ele.
Ele expandiu suas asas e colocou-as em torno dela, segurando-a pela última vez, as lágrimas
rolaram e salgaram suas feridas.
– A culpa é minha. Minha. Perdoe-me, minha Kenna, – ele implorou, embora ela não
pudesse ouvir.
Se ele não tivesse insultado Huntley, Kenna não teria tentado salvá-lo.
Sua angústia não conhecia limites. Ele descansou o rosto contra o seu doce amor, morta, no
lugar onde seus bebês deveriam ter crescido, e ele chorou por eles, também.
Carros com luzes estavam descendo a rua através das árvores. Uma ambulância. Não, três.
Bastian ficou atrás do celeiro para assistir, esperando que os paramédicos pudessem
consertá-la e deixá-la, que ele iria vê-la se levantar e caminhar para a casa.

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Mas eles a levaram embora.


Kenna. Foi. Perdida para ele.
Ela tinha morrido, levando seu coração, sua vida, com ela.
A segunda ambulância levou Huntley, mas Bastian não se importava. Ele ficou atrás do
celeiro, assistiu Lizzie dirigir-se para a casa. Steve falou com a polícia. Vivica, seguiu atrás deles,
abraçou Lizzie, e elas choraram uma contra a outra antes de levar as crianças e os bebês para
dentro.
Ele falhara com Andra e seus irmãos, mas mais especialmente, falhara com Kenna.
Ele havia condenado a todos que ele gostava a morrer.
Agora ele devia esperar a morte reclamá-lo também.

CAPÍTULO 57

McKenna acordou chamando o nome de Bastian em um quarto de hospital com Vivica


sentada ao lado de sua cama.
– Onde está Bastian?
Os olhos de Vivica se preencheram.
– Ele parece ter desaparecido. Huntley está na ala psiquiátrica dizendo às pessoas que ele foi
atacado por um dragão, mas os trabalhadores que estavam com ele estão negando o relatório.
– Mas Bastian é um dragão.
Vivica apertou a mão dela.
– Eu sei.
– Um dragão enorme, orgulhoso e bonito.
– Eu desejava ter visto ele em toda a sua glória bestial.
– Ele lutou por mim e tentou me curar. – A besta com lágrimas nos olhos. Um paradoxo. Um
mistério desde o início. – Espero que ele tenha sido capaz de voar para algum lugar seguro. – O
coração de McKenna apertou com um espasmo físico. Tão intenso, tão cheio de dor, as lágrimas
não viriam.
Ela balançou a cabeça e se recusou a ceder às memórias. Com o tempo, ela iria usá-las para
o conforto. Mas agora não. Ainda não.
Por enquanto, ela iria apenas chorar. Sozinha. Solitária. Sem Bastian.
Morto. Ambos. Ela também.
– Mas você, – disse Vivica, falsamente entusiasmada. – Os médicos estão chamando você de
seu paciente milagroso. Você deveria ter morrido, dado o trauma na cabeça que você sofreu. Você
não deveria ter se curado tão rápido. Os paramédicos disseram que praticamente podiam ver você
se curar diante de seus olhos.
Magia dragão, pensou McKenna. Ele tinha se transformado novamente em um dragão para
salvá-la. Por que ele não poderia salvar-se?

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– Quando eu posso ir para casa? Oh, não. Eu não me acertei com o banco ou arrumei a casa
para ser inspecionada. Huntley ganhou, afinal de contas.
– Ele não ganhou. O banco aceitou o pagamento dos hospedes e os rendimentos esperados
pelo programa de TV. Seu plano de negócios de longo prazo ajudou, também, quando fez o seu
website, especialmente as perguntas de internautas sobre a possibilidade de reserva, que Steve
foi inteligente para programar e deixar em aberto.
– Vivica, você falou com alguém no banco antes do tempo para que isso acontecesse, não é?
– Eu simplesmente apontei alguns fatos.
– Então o que Huntley estava fazendo na minha casa de madrugada?
– Quando ele apareceu com a escavadeira, ele sabia que você tinha conquistado a confiança
do banco. Aquele homem não estava acostumado a perder, e sua propriedade pode ter sido a
maior perda dele até agora. Ele foi ao fundo do poço, puro e simples.
A Toca do Dragão sobreviveu, pensou McKenna. Apenas o dragão tinha morrido.
– Eu tenho tudo o que eu alguma vez sonhei, – ela sussurrou, – e a única coisa que eu quero
é Bastian. – Ela se virou para olhar para fora da janela. – Há quanto tempo estou aqui?
– Oito dias.
Pânico encheu McKenna.
– Não! Os meus convidados!
Vivica a empurrou de volta contra o travesseiro.
– A Toca do dragão está em boas mãos, – disse Vivica. – Lizzie e Steve deram ao seu inspetor
de edifício uma boa turnê pela casa e ele aceitou dar o seu selo de aprovação. No dia seguinte,
eles receberam seus convidados, cuidaram deles, e depois que eles foram embora, Lizzie levou o
seu dinheiro para o banco. Oh, e eles hospedaram no Dia das Bruxas o programa de Melody, com
toda a equipe e o marido dela, Logan – o produtor original do Bruxa da Cozinha – Logan chegou a
fazer filmes independentes, com uma câmera de vídeo própria, para dar-lhe alguma publicidade
extra, que Melody mostrou em trechos junto aos comerciais algumas vezes… durante o show.
– Lizzie é uma boa amiga. Melody, também, acredito.
– A forma como Steve e Lizzie falaram sobre você para ela, parece que você é que é a grande
amiga.
– Lizzie e eu sempre fomos como irmãs.
– Você sabia que Melody Seabright é dona de uma fundação de caridade sem fins lucrativos
com várias fundações menores?
– Não, eu não sabia.
– Uma é chamada de Keep Me Foundation. É para as mães que querem manter seus bebês,
mas não têm a renda necessária. Eles fornecem berços e tal. A fundação deu a Lizzie três berços –
Bem, um ideal para abrigar trigêmeos, na verdade.
Isso quase a fez chorar.
– Lizzie e Steve precisavam de uma pausa.
– Lizzie disse para lhe dizer que ela estaria aqui se não tivesse sido transformada ‘numa
maldita garrafa de leite’, e isso é uma citação.
McKenna gostava desta prima distante dela. Elas se tornam mais próximas nos últimos
meses. Ela sempre seria grata por Vivica ter enviado Bastian para ela.

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Annette Blair
Works Like Magic 01

– Eu caí no amor com ele, você sabe.


– Eu sei, querida.
– Eu nunca disse isso ao Bastian homem, não com palavras.
– Ele sabia. Ele foi perspicaz, o nosso Bastian.
McKenna lembrou os momentos maravilhosos com ele, quando tudo o que podia pensar era
na hospedaria. Ela nunca lhe deu todo o seu ser, todo o seu coração, não com conhecimento de
causa, nem mesmo quando eles estavam fazendo amor.
– Eu tenho algo para lhe dizer, – disse Vivica. – Você pode ouvir isso de mim ou dos médicos.
É sobre você.
– Você quer dizer… Que Steve e eu seremos capazes de ter corridas de cadeira de rodas?

CAPÍTULO 58

McKenna ergueu-se na cama do hospital e se preparou para o pior.


– Eu prefiro ter você a me dizer que os médicos, – disse ela, apertando as cobertas.
Vivica pegou a mão dela. McKenna sentia-se exposta. Vulnerável. Alguém só toma a sua mão
quando há más notícias.
– Você não vai ser confinada em uma cadeira de rodas, – disse Vivica. – Você é um milagre,
lembra? E assim é o seu bebê. Ninguém conseguiu entender como ele sobreviveu à queda, mas
aconteceu, e é saudável e crescendo exatamente como deveria.
– E é ele?
– Ainda é cedo para saber o sexo do bebê.
A noite em que os preservativos transbordaram, pensou McKenna, e embora ela sorrisse
para si, seu rosto parecia molhado.
– Não estou muito preocupada com o sexo como eu estou com a espécie, – ela admitiu.
Vivica riu.
– Em sua mesa de cabeceira, aqui, estão os resultados do exame que eu tinha feito Bastian
realizar quando ele veio pela primeira vez para mim. Seu filho vai ser tão humano quanto ele e… –
—Uma certa coisa fora do comum— que eu não sei o que foi – ‘era apenas um pequeno defeito
físico genético’, para citar o médico que atende meus empregados em seus exames médicos.
Não era um defeito, pensou McKenna. Um presente. Um fabricante de bebê, como ficou
provado.
– De quanto tempo eu estou?
– Quase um mês.
Bastian lhe deixara o coração em seu filho. Por mais que ela estivesse sofrendo a perda de
Bastian, amor transbordou em seu coração por seu bebê.
– Seus convidados não poderiam ter sido mais felizes com a Toca do Dragão, – Vivica disse
para quebrar o silêncio. – Eles estão agendados para o próximo outono também, mesma semana.
– Como posso agradecer por tudo que você fez para ajudar?

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Annette Blair
Works Like Magic 01

– Se sentindo melhor e indo para casa.


Sem Bastian, sua casa não pareceria a mesma nunca mais. O que tornava uma vitória
agridoce, ir para casa, para a sua hospedaria de sucesso.
Tinha Bastian voado para longe e sobrevivido? Ou Killian o levou de volta para a ilha?
Mesmo se ele tivesse vivido – um tiro no escuro – ele estava perdido para ela.
Na manhã seguinte, Vivica veio buscá-la no hospital.
– Viv, – disse ela no carro. – Eu não vi a conta do hospital.
– Será que não? Não posso imaginar por que.
– Eu vou pagar de volta.
– Não, – disse Vivica. – Considere este o meu investimento na hospedaria, que meus
instintos disseram que eu não deveria fazer antes, de forma a não perturbar o destino. Não houve
o menor sinal de intuição que me parasse de pagar essa conta, então eu sabia que era a coisa
certa a fazer. Além disso, você está carregando em seu ventre uma nova geração da família. Eu
sou responsável também em zelar por isso.
Em seu primeiro dia em casa, McKenna imaginou Bastian em cada quarto que entrava, mas
ela o tinha, ainda, no pequeno milagre que carregava seus genes – não jeans – sob o seu coração.
Ela riu e enxugou os olhos.
Ela procurou por Dewcup e Jock, mas eles desapareceram também. Ainda assim, seus
amigos garantiram que ela não tivesse tempo para lamentar ou enrolar-se em sua cama a
chafurdar na tristeza.
Lizzie estava maravilhada sobre sua gravidez. Os conselhos de sua melhor amiga iam mantê-
la ocupada para os próximos oito meses, para não mencionar a prática com os trigêmeos: Payton,
Pipe e Patrice. Os carinhos e cuidados com Whitney e Wyatt também eram boas distrações, e
Steve, que podia se locomover melhor agora após as sessões de cura de Bastian, embora ela não
fosse falar disso.
Uma investigação sobre o conglomerado suspeito de Huntley revelou muitas parcelas de
propriedades do negócio que ele —coincidentemente— adquiriu e se relacionava, por isso, a
polícia estava cavando mais fundo em suas práticas de negócios e, graças a Vivica, investigando
também a companhia de seguros de Steve por sua recusa a pagar depois da queda dele.
Na segunda-feira de manhã, quando McKenna estava anotando uma reserva solicitada por
e-mail em seu livro na mesa de inscrição no hall de entrada, um homem bateu à porta da frente.
Ele parecia familiar, mas ela não poderia dizer exatamente por que. Ele era alto, seu cabelo longo,
selvagem, raiado de luz do sol, os olhos de um brilhante... violeta? Com essa cicatriz atravessando
seu olho esquerdo, ele parecia muito com o dragão pintado de ouro que Bastian fez em um de
seus quartos.
– Posso ajudar? – McKenna perguntou, o cabelo de seus braços eriçados.
– Vivica me enviou.
Seu coração pulou uma batida. Uma conexão. Um lembrete. Vago. Perturbador.
– Obrigada por ter vindo, mas eu não estou pronta para contratar outro faz-tudo.
– Eu só estou em Salem desde ontem à noite, e eu não preciso de um emprego. Vivica me
contratou como seu guarda-costas. Ela tem um pequeno problema por causa de um repórter
perseguidor.

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Annette Blair
Works Like Magic 01

O jornalista, McKenna lembrou. A história deste homem que parecia familiar fazia sentido.
– Então, você precisa de um lugar para ficar até encontrar um apartamento?
– Não, obrigado. Meu nome é Jaydun Dragonelli, vim para falar com meu irmão, Bastian.
– Vivica não te disse?
– Disse o que?
Não, espere. Confusão pegou McKenna até que faróis iluminaram e limparam sua mente;
esperança a atingiu como um tiro através dela e quase dobrou seus joelhos.
– Se Andra enviou mais um dragão da ilha, o que isso significa? Que Bastian não falhou.
– Bastian abriu caminho para mim e nos salvou ao mesmo tempo. É você a companheira de
coração dele?
– Bastian não está morto, então?
Jaydun parecia perturbado.
– Eu estou aqui, e Andra tem sua magia de volta.
– Lizzie! – McKenna gritou. – Desculpe-me, Jaydun. Eu tenho uma missão de emergência
para ser executada.
Bastian podia não saber que ele tinha conseguido, assim como ela não sabia. Ele pode ter
voado, Deus sabe para onde, ou ele podia estar em algum lugar em Salem.
McKenna fez seu caminho até o salão, não ferida em tudo depois de sua queda e o ataque
de Huntley. Bastian a havia curado, embora ela pensasse que se lembrava dele amaldiçoando sua
falta de poder de cura.
Ela olhou para fora da janela. Onde poderia um enorme dragão se perdurar e não ser visto?
A menos que ele fosse um homem de novo, fraco, com fome.
Um lugar para relaxar sem ser detectado. As cavernas?
– Sinta-se em casa, Jaydun! – McKenna gritou.
Lizzie a encontrou no corredor, um bebê em cada braço.
– Você chamou?
– Lizzie, querida, você pode enviar Whitney e Wyatt para a sala com uma bebida e um
lanche para o irmão de Bastian? Eu vou sair, mas logo estou de volta.
– Bastian tem um irmão?
– Muitos deles. – McKenna abriu cada recipiente de mel de uma prateleira do armário e
jogou em uma sacola e depois pegou um saco extra, vazio.
– McKenna, onde você está indo? –Lizzie perguntou, olhando preocupada. – Você tem um
bebê para se preocupar.
– Precisamente por isso que eu estou indo. Você sempre quis que eu jogasse a precaução ao
vento e perseguisse um arco-íris. Deseje-me sorte. – McKenna mal havia deixado a varanda e
fechado a porta atrás dela, logo encontrou Jock, ele se inchou e soprou fumaça roxa enquanto
voava em círculos ligeiramente à frente dela.
Seguindo o pequeno dragão azul, McKenna foi enchendo o saco extra com capim-limão ao
longo do caminho. Quando ela não viu nenhum sinal de vida nas cavernas próximas, ela seguiu
Jock para a entrada mais distante, aquela em que ela ficou com Bastian a noite que eles se
encontraram com Ciarra.

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Annette Blair
Works Like Magic 01

Se transformar de novo em um homem era um problema, como ele disse que seria, e se ele
não teve como voar para longe, ela esperava que ele tivesse encontrado comida à noite. Ela
deveria ter procurado por ele mais cedo. Afinal, ele desaparecera há nove dias.
– Será que você o alimentou, Jock?
Mais fumaça roxa.
O que isso significa? Bastian podia não estar aqui. Ela o viu se transformar em um dragão, o
que ele não deveria fazer. Ela viu a satisfação de Killian quando Bastian se transformou. Ela soube
então o tamanho do problema no qual Bastian havia se metido.
Antecipação bateu no seu peito, fez suas mãos tremerem e o passo vacilar. Ela iria segurar a
esperança... Até que ela chegasse ao seu destino, então, poderia ser rasgada dela para sempre.
Ela provavelmente estaria mais segura e seria mais inteligente em rejeitar a esperança
agora, mas ela não podia.
Em termos práticos, Bastian poderia ter se metido em apuros depois de Andra ter
transformado Jaydun e o enviado através do véu.

CAPÍTULO 59

Quando McKenna virou a esquina da caverna, para a entrada do mar, ela viu uma cauda de
dragão saindo da caverna. A cor vermelha, a cauda longa e escamada, com uma ponta de seta,
mas algumas escamas tinham secado e caído, algo de causar alarme. A cauda não mostrava
nenhum sinal de vida.
Oh, Deus. A adrenalina correu com ela, e náusea subiu-lhe. Com uma mão sobre seu ventre,
McKenna acariciou o ligar liso e inerte.
Depois de um minuto, ela contraiu-se.
Bastian poderia estar vivo. Mal. Mas por quanto tempo?
Seu enorme corpo quase enchia a caverna. Precisava encontrar uma maneira de alcançá-lo
para que ele pudesse vê-la. Passar por cima dele. Ela começou no final estreito de sua cauda e
trabalhou seu caminho até as costas, continuamente parando para enxugar os olhos para que ela
pudesse ver o que ela estava fazendo. Quanto mais ela subiu, mais a cauda apática parecia se
contorcer.
Nas profundezas da caverna, ela viu as asas dobradas contra o seu lado. Ela acariciou ali
também, deslizou as mãos ao longo das teias como veludo.
– Suas escamas fazem cócegas, – ela gritou, suas palavras ecoando nas cavernas, alto o
suficiente para ele ouvir, ela esperava.
Para ficar com a cabeça para o lado de dentro da sala onde eles uma vez passaram a noite,
Bastian tinha conseguido derrubar parte da entrada que escondia a parte das cavernas de Ciarra.
Quando McKenna atingiu o pescoço de Bastian, a cabeça veio um pouco para o lado, como
querendo alcançá-la, embora levantar parecia difícil, e ele não conseguia abrir os olhos.
– Sonhos, – ele sussurrou com apenas um sopro. – Doce sonho.

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Works Like Magic 01

McKenna escorregou pelo pescoço – as escamas não foram feitas para correr – e pousou em
sua pata da frente, onde estava a acariciar sua mandíbula. Quando a mandíbula relaxou, seus
lábios, se é que você poderia chamá-los assim, se separaram. Ela pegou um punhado de capim-
limão com mel e empurrou em sua boca.
Todo o seu ser endureceu, então ele suspirou como se a esperança fosse um desperdício de
esforço.
– Coma, seu teimoso Bastardon! Você parece um Dragosapien-tripé. Vamos, droga!
Sua cabeça virou um pouco mais, e ele bateu ela fora de seu pé com a saliência de sua
mandíbula.
Ela rolou para o fundo enquanto ele apalpava os olhos como se para limpá-los.
– Sonhos, – disse ele novamente. – Mais fortes todos os dias. Não faz sentido nenhum. Por
que não posso morrer?
– Chega, Bastian. Você quase morreu. Quem você pensa que é, Dragula? – Ela soluçou com
uma onda de prazer, e com medo, e esperançosa, e com medo de ter esperança. – Quando você
estiver melhor, vamos falar sobre por que você está pendurado em seu traseiro preguiçoso
enquanto eu tenho uma hospedaria para ser administrada.
Ele engoliu em seco, mas sua cabeça pendeu para o chão. Ele não tinha força para segurá-la.
– O que aconteceu com a conexão entre nós? – Ela gritou.
– Ela morreu com você. – Uma lágrima caiu sobre seu lado. Como fazê-lo reagir?
Ela abriu a boca e derramou mel para baixo em sua garganta.
– Isso ajuda a sensação de ardor na garganta?
Nada.
– Você veio aqui para morrer, não é, você é uma besta preguiçosa? Você não vai morrer!
Você não vai! Eu o proíbo. Vire de volta em um homem para que eu possa ganhar você para mim,
que eu abandone essa ideia de alimentá-lo e fazê-lo se sentir melhor. – Ela apontou um dedo
imperioso para ele. – Transforme-se, estou mandando.
Ele tossiu um pouco de fumaça.
Pânico correu por ela. E a deixou tonta. Ela abriu dois recipientes de mel e os jogou dentro
dele.
– Você tem que voltar a ser um homem, porque eu não sei o que dizer a este bebê sobre seu
pai, se você não voltar. Eu acho que seria algo como: —Ei, pequeno, vê aquela cauda pendurada
para fora daquela caverna? Esse é o seu pai! Não estamos orgulhosos dele?
Bastian virou a cabeça para o lado e mais pedras caíram a partir da entrada.
McKenna esperava que Ciarra não se importasse. Onde estavam seus antepassados? Ela não
viu nenhum desde que chegou em casa.
Melhor concentrar-se em Bastian.
– Coma, – disse ela. – Pense nisso como comer por nós três.
– Por que você não responde? Bastian, diga alguma coisa!
Ele abriu um olho, enquanto ela estava vertendo mel nele. Ela pensou que ele a viu, em
seguida, embora ele mal piscou, mas ele começou a tomar parte ativa na deglutição.
Depois de alguns frascos, ele rolou, um dragão de barriga para cima, para sugar o mel a
partir dos recipientes.

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– Agora eu sei como Lizzie se sente quando ela mesma se chama de uma garrafa de leite.
Bastian deu um suspiro e um sopro maior de fumaça.
Ela tinha que chegar até ele e assim ele iria pelo menos tentar transformar-se. Eles mal
podiam se comunicar dessa forma. Ela queria seu homem de volta. Ela limpou as lágrimas de seus
olhos.
– Malditos hormônios.
Os olhos dele pareciam um pouco esfumaçados também, com lágrimas, como ela estava.
Ela tinha que ajudá-lo a fazer a transformação, ou pelo menos convencê-lo de fazer o
esforço.
– Ei, é a sua lança de dragão enrijecendo? Que coisinha pequena. Nem de perto tão
impressionante como a sua lança de homem. Você é um tripé pequeno nesta condição. Inferno,
você quase não se qualifica como um tripé. Vamos ver se eu posso fazer esta lança dançar.
Mas quando ela tentou passar por cima dele para chegar à lança, um tremor começou no
peito de Bastian, como uma onda no início, em seguida, um estrondo completo, por toda sua
barriga, que bateu fora de seus joelhos e planou em cima dele.
– Este é o lugar onde você me quer, não é?
Ela montou seu peito em burburinhos como ondas na maré alta, e quanto maior os
burburinhos, menor era o dragão sobre o qual ela montou, e mais completa era sua
transformação, até que ela estava sobre Bastian, seu próprio querido amor, seu homem-fera,
voltando para ela.
McKenna beijou-o por todo o rosto e chorou em cima dele também.
Seus olhos ainda fechados, a respiração superficial, ela estava deitada ao lado dele, com os
braços ao redor dele, deleitando-se com a batida do seu coração, e rezando para ele bater mais
rápido.
Tudo de uma vez, com o peito expandido, os músculos das costas sob sua mão ondulando, e
ambos respiraram mais fácil novamente.
– Você está viva? – Ele sussurrou, tão fraco como ele estava, tocando uma lágrima rebelde
em seu rosto.
Ela conseguiu se recompor e o alimentou com mais capim-limão e mel.
– Eu sei que você não tem tanta força típica do meu Bastian para realizar uma viagem, agora
que você é um homem de novo, então eu acho vou trazer Toffee para levá-lo para casa.
– Minha Kenna, – disse ele, colocando as mãos em seu rosto e devorando-a com o olhar. –
Não me admira que eu não pudesse morrer. Eu achava que estava sonhando quando a minha
conexão continuou com você.
Um acidente no canto chamou a atenção.
– Humano! – Dewcup estalou, jogando pequenas pedras de cima da calha de água da
nascente. – Você tem as extensões do tamanho de mosquitos.
Bastian ignorou a fada e puxou McKenna beijando-a em cheio.
– Que os dragões da vida assem seus cachorros-quentes, mas nunca seus bolos, – a fada
esquisita disse antes de voar para dentro do buraco que fizera na parede.
Ping. Ping. Ping. Uma por uma, as moedas voaram a partir da abertura. Moedas de ouro.
Antigas.

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Annette Blair
Works Like Magic 01

McKenna se levantou e lhe deu um olhar.


– O tesouro da família McKenna?
Os discos brilhantes voaram mais rápido de seu centenário esconderijo para um montículo
no chão. Dewcup voou atrás deles, pairou no ar, as mãos nos quadris, até que começou a crescer
de forma brilhante, e em uma explosão de fogos de artifício, uma mulher de tamanho humano
vestida de estrelas estava em seu lugar.
Bastian puxou McKenna na frente dele para se cobrir.
– Andra. Você é Dewcup?
– Abençoado seja, Bastian, – a mulher reluzente disse. – Eu não poderia deixar você
enfrentar um novo mundo sozinho, e eu precisava ver como meus dragões se sairiam aqui. Você
fez bem. Fiquei preocupada quando você voltou em um dragão, mas essa acabou sendo a única
maneira de você salvar McKenna. Lágrimas de dragão são uma magia poderosa. Foi assim que a
curou.
– Mas eu chorei só quando eu pensei que ela tinha morrido.
– O mal de Killian saiu pela culatra Ela mascarou sua voz para soar como eu – ela é uma
feiticeira, afinal de contas. Foi ela quem lhe disse que McKenna estava morta. Ela queria que você
perdesse a esperança, e você perdeu, tanto que chorou… E suas lágrimas salvaram McKenna,
permitindo a você vencer Killian, em seu próprio nome, não em nome de seus irmãos. Eles terão
suas próprias batalhas para lutar com ela.
– Posso ajudá-los? – Bastian perguntou.
– Não mais do que eu era capaz de ajudá-lo.
– Mas você não me ajudou.
– Eu descanso meu caso. O destino é uma coisa engraçada. Ele precisa ter o seu próprio
tempo e seguir o seu próprio caminho tortuoso.
McKenna sorriu.
– Vivica disse algo parecido para mim não há muito tempo.
– Vou lhe dizer quem o ajudou: Jock.
– Sim, – disse Bastian. – Jock é um dragão guarda-costas.
– Você sabia que ele era Whyzind, a pessoa idosa que o guardou durante a sua
transformação na ilha?
– Whyzind, meu antigo mentor? – Bastian perguntou. – Eu não tinha percebido. Eu estava
um pouco preocupado no momento.
– Idoso e enfermo, mas determinado a servi-lo, Whyzind também veio até aqui.
– Eu não achei que ele poderia fazer a viagem através dos planos com segurança em sua
idade avançada, – disse Bastian.
– Ao fazê-lo menor, isso conservou sua força vital, e lhe deu força para a viagem e uma vida
mais longa. Você pode reconhecê-lo agora como Jock, e ele está determinado a servi-lo até o fim
de seus dias, se você quiser mantê-lo aqui com você.
– Será que ele vai tomar conta de nós? – McKenna perguntou, piscando para o dragão
guarda-costas, que soprou fumaça roxa.
– McKenna e eu ficaríamos honrados, – disse Bastian.

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– McKenna. – Andra olhou para ela. – Você libertou seus antepassados para seguirem em
frente no círculo da vida. Eles deixam-lhe as suas graças, suas bênçãos e seu amor. Você é o
campeão que as gerações de seu clã estavam esperando.
– Isso não é possível.
– Kenna, como você pode dizer que algo é impossível, dadas as circunstâncias? – Bastian
perguntou.
McKenna enxugou o rosto com a mão.
– É bom que eles possam seguir em frente, eu acho. – Ela nunca veria ou falaria com eles
novamente, mas a sorte que ela teve, a oportunidade de ver seus pais novamente… McKenna
engoliu sua tristeza e abraçou a alegria de sua família poder experimentar seguir em frente.
– Meu trabalho com você está feito, – disse Andra. – Vou me mover entre aqui e a Ilha de
Estrelas enquanto eu enviar seus irmãos dragões de volta à Terra como homens, uma lua de cada
vez, cada um com sua própria busca. – A Deusa da Esperança se inclinou majestosamente e
levantou a mão. – Que as suas verrugas e talas sejam poucas, seus filhos muitos, e suas noites
preenchidas com as estrelas de sua própria criação. – Ela os abençoou e desapareceu.
McKenna ajoelhou ao lado de Bastian e estabeleceu-se na dobra do seu braço. Ela não
conseguia o suficiente de olhar para ele.
– Você está vivo. Eu não posso acreditar que eu não te perdi. – Seu retorno inesperado para
ela, aqui na caverna de Ciarra, ambos de diferentes planos e séculos, era uma magia tão incrível,
ela não conseguia entender isso. Chamá-lo apenas de destino normal, mas o universo e todos os
seus elementos tinham se alinhado para fazê-los ficar juntos.
McKenna encontrou o verdadeiro eu em seus braços, e ela gostou do que viu, graças a ele.
Ela acariciou-lhe todos os contornos e cicatrizes, memorizando-o mais uma vez.
– Você viveu, – disse ele, segurando seu rosto. – Eu não posso acreditar que você
sobreviveu. Eu estive esperando para morrer, porque você morreu, e... Você disse algo sobre um
bebê?
– Mm-hum. – Seu sorriso cresceu. – Nós vamos ter um. E a culpa é sua.
– Espero que sim.
Ela tomou um mergulho em seus olhos violeta.
– Eu te amo.
– Eu sempre amei você. Agora mesmo eu te amo tanto. Eu vou estar atrás de você sempre.
– Ao meu lado, por favor, com a minha mão na sua, ok?
– O quê? Não mais serviçal?
– Eu amo o seu temperamento alfa, o homem que se transformou em um dragão orgulhoso
para me proteger.
– Case-se comigo, – ele sussurrou, beijando a palma da sua mão.
Ela sorriu.
– Como é que um dragão se casa?
– De smoking?

Fim

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