Você está na página 1de 185

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

SECRETARIA EXECUTIVA DE GESTÃO PEDAGÓGICA


GERÊNCIA EXECUTIVA DO ENSINO MÉDIO
GERÊNCIA OPERACIONAL DE ACOMPANHAMENTO DO ENSINO MÉDIO

EQUIPE INSTITUCIONAL

Governador do Estado da Paraíba


JOÃO AZEVEDO LINS FILHO

Vice Governadora do Estado da Paraíba


ANA LÍGIA COSTA FELICIANO

Secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia


CLAUDIO BENEDITO SILVA FURTADO

Secretário Executivo de Gestão Pedagógica


GABRIEL DOS SANTOS SOUZA GOMES

Secretária Executiva de Adm. de Suprimentos e Logística


ELIS REGINA NEVES BARREIRO

Secretário Executivo da Ciência e Tecnologia


RUBENS FREIRE RIBEIRO

Gerente Executiva do Ensino Médio -GEEM


AUDILÉIA GONÇALO DA SILVA

Especialista Pedagógica
VIVIANNE DE SOUSA

Especialista em Gestão
JONATTA SOUSA PAULINO

Especialista em Infraestrutura
MICHELLE DANTAS MUNIZ

Especialista em Educação Profissional e Inovação


THAÍNA ROCHA BALBINO

Especialista em Protagonismo
ROMÁRIO FARIAS PEDROSA DOS SANTOS
Coordenação Pedagógica de Propulsão
CLARA SUELEN CARVALHO PEREIRA
JARLEYDE ANDRESSA SANTOS SALES DE OLIVEIRA
RENATO DA SILVA OLIVEIRA

Coordenadora Pedagógica de Colabore & Inove


JARLEYDE ANDRESSA SANTOS SALES DE OLIVEIRA

Assessor Técnico
FRANCISCO DIASSIS DE ARAÚJO SOARES

Assessor Técnico
JEAN CARLOS BRONZEADO LIMA

Analista de Dados e Egresso da Escola Cidadã Integral


GABRIEL GOMES DA SILVA

Coordenadora de Logística e Egressa da Escola Cidadã Integral


ILAURA EDUARDA DE SOUZA GOMES

Coordenador de Logística e Egresso da Escola Cidadã Integral


JÚLIO CÉSAR ALVES

Assessora técnica
CELLY ALANA CARVALHO MODESTO

Assessora Técnica de Recursos Humanos e Egressa da Escola Cidadã Integral


VIVIANE PINHEIRO RIBEIRO

Secretário da Comissão Executiva de Educação Integral


THALLES TEIXEIRA QUIRINO

Assessor de TGE
ANTÔNIO PÁDUA RIQUE DE PLÁCIDO

Assessor de Educação Profissional


RIVANILDO SILVA DOS SANTOS

Assessor de Inovação
ROMÁRIO AMORIM CAVALCANTE LIMA

Diagramador/Designer
FRANCISCO JEFFERSON RODRIGUES ROLIM
APRESENTAÇÃO

Este documento destina-se ao funcionamento das Escolas Cidadãs


Integrais (ECI) 1, Escolas Cidadãs Integrais Técnicas (ECIT) Escolas Cidadãs
Integrais Socioeducativas (ECIS) e Escolas Cidadãs Integrais Indígenas (ECII) da
Paraíba, e tem por objetivo o alinhamento e a organização de todo o trabalho
das escolas, desde as ações pedagógicas e administrativas até as
curriculares.
Nessa perspectiva, prezamos por uma ação intencional, com sentido
explícito, além do compromisso firmado de forma corresponsável. Apesar das
especificidades e das particularidades de cada escola, a orientação é que
todas as instituições trabalhem de maneira uniforme e alinhada.
Para tanto, a Comissão Executiva de Educação Integral do Estado da
Paraíba (CEEI) elaborou este manual de normas e diretrizes a serem seguidas
por todas as Escolas Cidadãs Integrais, sejam elas Propedêuticas, Técnicas,
Socioeducativas ou Indígena.
Ademais, este manual não substitui os materiais formativos dos Modelos
Pedagógico e de Gestão das Escolas Cidadãs Integrais. Contudo, estabelece
regulamentos inerentes ao funcionamento de todos esses materiais na
Paraíba.
Em decorrência da pandemia da Covid-19, vivenciamos a experiência
da educação remota e híbrida. Nesse sentido, este documento possui
orientações específicas para a educação remota, para o ensino híbrido e
para o ensino presencial.
Dessa forma, a CEEI coloca-se à disposição de todas as equipes
gestoras e docentes para orientação, auxílio e colaboração no cumprimento
das diretrizes apresentadas.

Atenciosamente,
Comissão Executiva de Educação Integral

1Neste documento, ao citarmos “Escolas Cidadãs Integrais”, estaremos englobando todas


as ECI, ECIT, ECIS e ECII.
SUMÁRIO
1 CONCEITOS : ............................................................................................................. 24
1.1 Escolas Cidadãs Integrais, Escolas Cidadãs Integrais Técnicas, Escolas
Cidadãs Integrais Socioeducativas e Escolas Cidadãs Integrais Indígenas. .......... 24
1.2 Protagonismo Juvenil.......................................................................................... 24
1.2.1 Protagonismo Profissional ...................................................................................... 25
1.3 Projeto de Vida ................................................................................................... 26
1.4 Pós-Médio ........................................................................................................... 27
1.5 Pré-Médio ........................................................................................................... 27
1.6 Colabore e Inove - CI9....................................................................................... 28
1.7 Disciplinas Eletivas .............................................................................................. 29
1.8 Estudo Orientado ................................................................................................ 30
1.9 Acolhimento Diário ............................................................................................. 30
1.10 Tutoria.................................................................................................................. 31
1.11 Salas Temáticas .................................................................................................. 31
Laboratórios Técnicos ............................................................................................ 32
Clubes de Protagonismo ....................................................................................... 32
1.12 Espaços de Convivência .................................................................................... 34
1.13 Líderes de Turma................................................................................................. 34
1.14 Avaliação ........................................................................................................... 36
1.15 Arquitetura Avaliativa ......................................................................................... 37
1.16 Conselho de Classe ............................................................................................ 38
1.17 Práticas Experimentais........................................................................................ 38
1.18 Propulsão (Nivelamento).................................................................................... 38
1.19 Disciplinas Empreendedoras (Intervenção Comunitária - IC, Inovação Social
Científica - ISC e Empresa Pedagógica - EP)............................................................ 39
2 AS ESPECIFICIDADES DO MODELO NO ESTADO DA PARAÍBA .................................. 42
2.1 Projeto de Vida ................................................................................................... 42
2.1.1 Novo Indicador no Plano de Ação 2022: DESENVOLVIMENTO DO PLANO
DE AÇÃO DE PROJETO DE VIDA, POR PARTE DOS ESTUDANTES ................................ 45
2.1.2. Projeto de Vida no Ensino Fundamental ........................................................... 48
2.1.3. Projeto de Vida nas ECI Socioeducativas ......................................................... 48
2.1.4. Projeto de Vida No Contexto Remoto: .............................................................. 48
2.2 Pós-Médio ........................................................................................................... 49
2.2.1. Metodologia de Pós-Médio:................................................................................. 50
2.2.2. O Conteúdo das aulas de Pós-Médio................................................................ 51
2.3 Pré-Médio ........................................................................................................... 52
2.4 Simulado ............................................................................................................. 53
2.5 Disciplina Colabore e Inove ............................................................................... 54
2.5.1. Avaliação da Disciplina de Colabore e Inove................................................. 56
2.6 Clubes de Protagonismo .................................................................................... 57
2.7 Tutoria.................................................................................................................. 60
2.8 Conselho de Líderes ........................................................................................... 61
2.9 Avaliação Semanal ............................................................................................ 63
2Avaliação Semanal no Contexto Remoto/Híbrido: .................................................. 66
2.10 Estudo Orientado ................................................................................................ 67
2.11 Eletivas ................................................................................................................ 68
2.12 O Conselho de Classe ........................................................................................ 70
2.13 Fardamento ........................................................................................................ 75
2.14 Reposição das aulas .......................................................................................... 75
2.15 Propulsão (Nivelamento).................................................................................... 76
2.16 Uso dos laboratórios ........................................................................................... 80
2.17 Estudantes Monitores .......................................................................................... 80
2.18 Guias de Aprendizagem .................................................................................... 81
2.18.1. Guias de Aprendizagem no Contexto Remoto: .............................................. 83
2.18.2. Guias de Aprendizagem no Contexto Híbrido: ................................................ 83
2.19 Horários e Dias de planejamento....................................................................... 84
2.20 Distribuição dos horários das aulas presenciais: ............................................... 87
2.21 Planejamento no Contexto Presencial, Remoto ou Híbrido: ............................. 87
2.22 Aulas de Campo................................................................................................. 88
2.23 Disciplinas Empreendedoras - Intervenção Comunitária (IC), Inovação Social
Científica (ISC) e Empresa Pedagógica (EP)............................................................ 90
2.23.1. As Disciplinas Empreendedoras no Ensino Remoto: ........................................ 90
2.23.2. As Disciplinas Empreendedoras no Ensino híbrido: .......................................... 91
2.23.3. As Disciplinas Empreendedoras no Ensino presencial: ................................... 91
2.24 Práticas Experimentais........................................................................................ 93
2.24.1. Práticas Experimentais no Contexto Remoto: .................................................. 94
2.24.2. Práticas Experimentais no Contexto Híbrido: .................................................... 94
3 OPERACIONALIZAÇÃO E PARTE ADMINISTRATIVA .................................................... 96
3.1 Atribuições dos Coordenador de Área Técnica................................................ 96
3.2 Reuniões de fluxo: .............................................................................................. 99
3.3 Bandas e Educação Integral............................................................................ 102
4 INSTRUMENTOS DE TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL – TGE NA ROTINA
ESCOLAR. ..................................................................................................................... 107
4.1 Instrumentos Gestão à Vista ............................................................................. 107
4.1.1. Plano de Ação Escolar ........................................................................................ 108
4.1.2. Plano de Ação 2022 ............................................................................................. 109
4.1.3. Agenda Bimestral.................................................................................................. 111
4.1.4. Quadro de Monitoramento de Frequência no Ensino Presencial ............. 112
4.1.5. Monitoramento de Frequência durante a Educação Remota ................. 113
4.1.6. Monitoramento da Frequência no Ensino Híbrido ......................................... 116
4.2 Cardápio ........................................................................................................... 116
4.3 Macroestrutura.................................................................................................. 117
4.3.1. Macroestrutura das ECI Socioeducativas ....................................................... 118
4.4 Quadro de Monitoramento do Plano de Ação ............................................... 119
4.5 Quadro de Resultados do Plano de Ação ....................................................... 119
4.6 Programa de Ação ........................................................................................... 121
5. CICLO DE ACOMPANHAMENTO FORMATIVO EM REDE ........................................... 125
6. ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS TÉCNICAS ............................................................... 128
6.1. Matrizes e Quadro de Professores Técnicos .................................................... 128
6.1.1. Contratação de Professores Técnicos ............................................................. 128
6.1.2. Matrizes dos Cursos Técnicos.............................................................................. 128
6.1.3. Trabalho de Conclusão de Curso ..................................................................... 131
7 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS SOCIOEDUCATIVAS ................................................ 136
ANEXOS........................................................................................................................ 164
Página | 23
1 CONCEITOS 2 :

1.1 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS, ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS TÉCNICAS,


ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS SOCIOEDUCATIVAS E ESCOLAS CIDADÃS
INTEGRAIS INDÍGENAS.

O modelo de educação desenvolvido nas Escolas Cidadãs Integrais traz


inovações e propostas que buscam representar um divisor de águas na história
da educação do Estado da Paraíba, e tem como objetivo formar indivíduos
protagonistas, agentes de mudança social e produtivos que possam contribuir
com o mundo atual e suas necessidades.
As escolas possuem um conteúdo pedagógico voltado para a
formação educacional de excelência, conforme a regulamentação da Base
Nacional Comum Curricular, e a profissionalização do estudante conforme
método didático e administrativo próprios. O objetivo é oferecer os
fundamentos de uma escola inclusiva e que visa a formar o cidadão para os
desafios do século XXI, mas também para as exigências profissionais que o
mundo contemporâneo exige, tendo como ponto de partida o estudante e
buscando desenvolver os pilares essenciais para a formação de indivíduos
que possam contribuir com a sociedade a partir de sua autonomia, das
diferentes competências e das ações solidárias. Tudo isso baseado no
incentivo e no desenvolvimento do Protagonismo Juvenil.

1.2 PROTAGONISMO JUVENIL

O Protagonismo Juvenil é uma das bases de sustentação do modelo da


Escola Cidadã Integral e, enquanto modalidade de ação educativa, visa a
desenvolver jovens autônomos, solidários e competentes, atores e sujeitos da
própria ação, preparados para buscar a solução de problemas reais na
escola, na comunidade e na vida pessoal e social.
Esse Protagonismo pode ser compreendido como princípio, premissa e

2Todo o material norteador, instrumentos de TGE, PPT de formação estão disponíveis através do link bit.ly/2OUZIxq
para acesso por parte da equipe escolar.

Página | 24
prática. Enquanto princípio, ele lembra que todos(as) da escola estão
submetidos ao Protagonismo, são agentes transformadores de suas histórias e
de seu entorno. Enquanto Premissa, observamos que é um ponto de partida
para o desenvolvimento de metas e objetivos. Enquanto prática, leva a
comunidade escolar ao ato da ação educativa, de possibilitar espaços e
condições para o pleno desenvolvimento das capacidades dos jovens.
Assim, o Protagonismo Juvenil refere-se à formação de um sujeito ativo,
com espírito de liderança, capaz de tomar decisões e fazer escolhas
embasadas no conhecimento, na reflexão, na consideração de si próprio e
do coletivo. Nesse sentido, o jovem deve ser visto como fonte de liberdade,
iniciativa e compromisso, sendo impulsionado e acompanhado pela equipe
escolar, a fim de que assuma o papel principal das ações que execute.

PROTAGONISMO JUVENIL E O NOVO ENSINO MÉDIO


Excepcionalmente para as turmas de 1ª SÉRIE, dentro da ótica do Novo Ensino
Médio, algumas especificidades acerca do Protagonismo Juvenil serão
tratadas em documentos à parte, que orientam o desenvolvimento da
disciplina de Protagonismo Juvenil.

1.2.1 Protagonismo Profissional

Além dos atributos trabalhados nas escolas para o desenvolvimento do


protagonismo dos estudantes, as Escolas Cidadãs Integrais Técnicas
desenvolvem a preparação desses jovens para o mercado de trabalho, por
meio de projetos empreendedores e aplicação dos conteúdos, ligados ao
desenvolvimento de competências e habilidades, com o estudante sendo
inserido em contextos reais para analisar e para solucionar possíveis
problemas.
Aqui, o Protagonismo Juvenil, enquanto modalidade de ação
educativa também necessita do acompanhamento dos profissionais de
educação da escola, com metas e objetivos previamente estabelecidos.
Nas Escolas Cidadãs Integrais Indígenas, o currículo é voltado para a sua
realidade, com disciplinas voltadas para história, língua e cultura local. Nessa

Página | 25
perspectiva, o Protagonismo Profissional possibilita que o jovem, no contexto
de sua realidade, possa atuar com responsabilidade, valorizando seus
costumes e ampliando as possibilidades de atuação no mundo do trabalho,
econômico e social.
Assim, é necessário que toda equipe escolar possa planejar projetos,
ações e estratégias, assim como nas Eletivas, Colabore e Inove e aulas
interdisciplinares, a fim de que ampliem o repertório tecnológico, científico e
cultural da comunidade, respeitando sempre sua cultura, língua e história
locais.

1.3 PROJETO DE VIDA

Projeto de Vida configura-se como a centralidade do modelo de Escola


Cidadã Integral, mas também como Metodologia de êxito, e busca refletir as
múltiplas dimensões da identidade dos jovens ainda em formação. As aulas
de Projeto de Vida não se referem apenas a um projeto de carreira voltado
exclusivamente para o lado profissional, é também um processo de reflexão
sobre o “ser e o querer ser”, tendo por objetivo ajudar o(a) jovem a planejar e
traçar o caminho que precisa construir e seguir para realizar esse encontro,
nas dimensões pessoal, social e produtiva da vida, num período de curto,
médio e longo prazos.
O Projeto de Vida acontece na junção de duas variáveis: A primeira diz
respeito à identidade, ou seja, quanto mais o(a) jovem se conhece,
experimenta as potencialidades individuais, descobre o gosto, aquilo que
sente prazer em fazer, maior será sua capacidade de elaborar seu projeto. Já
a segunda, contribui na elaboração do Projeto de Vida por meio do
conhecimento da realidade.
Logo, quanto mais eles(elas) conhecem a realidade na qual estão
inseridos, mais compreendem o funcionamento da estrutura social, com seus
mecanismos de inclusão e de exclusão, além de terem consciência dos limites
e das possibilidades na área em que queiram atuar, ampliando as
possibilidades de elaborarem e de implementarem os seus projetos. Sendo
assim, as duas variáveis demandam espaços e tempos de experimentação,

Página | 26
bem como uma ação educativa. Além do mais, o professor de Projeto de Vida
desempenha esse papel de orientador e de ser interlocutor desse processo na
vida do jovem.

1.4 PÓS-MÉDIO

É destinado aos(às) estudantes da terceira série do Ensino Médio, e


possibilita orientar e aprofundar a sua preparação, a partir da área escolhida
por ele, tanto na perspectiva do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 3
como em outros itinerários.
Nas Escolas Cidadãs Integrais há, de forma particular, uma
preocupação em preparar o estudante não apenas para ingressar em um
curso universitário, mas também para a vida, apoiando-o em qualquer
caminho que ele decida seguir.
Assim, o Pós-médio também precisa contemplar e ter o olhar voltado
para aqueles que desejam seguir direto para o mercado de trabalho, para os
cursos técnicos profissionalizantes, carreiras militares, empreendedorismo, etc.

1.5 PRÉ-MÉDIO

Essa disciplina é ofertada apenas para o nono ano, e tem por objetivo
preparar os(as) estudantes para o ensino médio, apresentando-lhes um pouco
do que eles irão vivenciar nesta etapa, levando em consideração também a
preparação para o Novo Ensino Médio.
Desse modo, o Pré-Médio destina-se a construir um espaço de transição
entre a vivência no Ensino Fundamental para o Médio. Este é o momento de
avaliar o percurso de desenvolvimento desde os anos iniciais, e se preparar
para as experiências em uma nova fase. A disciplina deve garantir aos
estudantes a possibilidade de fortalecer o foco no Projeto de Vida,
correlacionando-o com a rotina escolar e os repertórios apresentados nas
aulas.
Neste ínterim, vale ressaltar que o Estado da Paraíba por meio da

3É importante que a equipe escolar articule estratégias para garantir que todos os estudantes da 3ª série se inscrevam
no ENEM, uma vez que esse exame é também uma avaliação externa e ajuda a definir e a melhorar políticas públicas
educacionais.

Página | 27
Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia tem como
objetivo, até o ano de 2025, cumprir com o disposto na Lei 13.415/2017 (que
alterou a LDB e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio), de
modo a fomentar a qualidade da educação básica e em especial assegurar
a oferta do Novo Ensino Médio para os estudantes da rede pública do estado,
numa concepção de educação cidadã que potencialize o protagonismo e
o projeto de vida dos estudantes, além da construção de uma sociedade
mais justa, igualitária e com oportunidades, conforme disposto no Plano
Estadual de Educação e em consonância com o Plano Nacional de
Educação.
No geral, as três principais mudanças trazidas pelo Novo Ensino Médio
são: a carga horária, a implementação da BNCC e dos Itinerários Formativos.
Os Itinerários Formativos, tanto das áreas do conhecimento quanto de
EPT (Educação Profissional e Tecnológica), são compostos por trilhas de
aprofundamento (centradas nas áreas dos itinerários), bem como estão
previstos dentro da carga horária dos Itinerários Formativos (IFs) o componente
de Projeto de Vida e as disciplinas Eletivas que dialogam com as trilhas
ofertadas em cada escola.
O componente de Projeto de vida e a participação nas Eletivas a cada
ano serão comuns a todos os estudantes independente da escolha do
Itinerário.
Sendo assim, é de suma importância que o Pré-Médio ocupe-se de
fundamentar bem o lugar do Novo Ensino Médio na Educação Básica para os
estudantes, para que o que for trabalhado adiante seja precisamente
construído.
O Pré-Médio oportuniza preparação e estímulo ao crescimento do
estudante que irá refletir diretamente na sua postura e chegará ao Ensino
Médio com a dimensão do que os próximos anos irão significar em diversos
sentidos: acadêmico, profissional e pessoal.

1.6 COLABORE E INOVE - CI9

A disciplina Colabore e Inove nasceu por meio de uma parceria única


realizada entre o Governo da Paraíba (através da SEECT), a Comissão

Página | 28
Executiva das Escolas Cidadãs Integrais e o Proakatemia, uma escola de
empreendedorismo vinculada à Universidade de Ciências Aplicadas de
Tampere (TAMK- Tampere University of Applied Sciences), na Finlândia.
A construção desse novo componente curricular foi guiada pela coach
Hanna Saraketo, tendo como objetivo principal o ensino de
empreendedorismo e habilidades fundamentais para o profissional do século
XXI. Desse modo, essa disciplina, já em movimentação na Rede, é anual e
destinada apenas aos estudantes da 1ª série do Ensino Médio, nas Escolas
Cidadãs Integrais Propedêuticas.
Dentre as habilidades fundamentais mencionadas acima, destacam-se
competências socioemocionais, tais como: a criatividade, o trabalho
colaborativo, a autonomia, a confiança, a capacidade de contextualização
e a de exercitar o diálogo. Os professores trabalham eixos temáticos com os
estudantes, utilizando metodologias ativas, por exemplo, aprendizagem
baseada em equipes (TBL: team-based learning), aprendizagem baseada em
problemas (PBL: problem-based learning) e aprendizagem baseada em
projetos (PrBL: project-based learning).
Essa iniciativa busca alinhar a educação paraibana aos sistemas
educacionais públicos de referência, adaptando-a para a nossa realidade.
Dessa maneira, os estudantes poderão se envolver mais ativamente no
processo de ensino e aprendizagem, tornando-o mais significativo, ao traçar
paralelos entre educação escolar, educação para a vida e o mundo do
trabalho.

1.7 DISCIPLINAS ELETIVAS

São disciplinas temáticas, oferecidas semestralmente, propostas


pelos(as) professores(as), levando em consideração as necessidades de
aprendizagem e os sonhos dos estudantes e objetivando diversificar,
aprofundar e enriquecer os conteúdos trabalhados pelas disciplinas da BNCC
e da Base Técnica.
As Eletivas são escolhidas pelos estudantes, a partir do interesse
demonstrado na apresentação dos temas, pelos professores, e são uma
oportunidade para a ampliação do seu conhecimento de uma forma mais

Página | 29
lúdica e interessante, a fim de que o estudante possa interagir de forma direta
nesse processo de aprendizagem.
A Eletiva deve ter como característica a interdisciplinaridade, não
devendo um único professor assumir uma Eletiva que contemple apenas uma
disciplina, seja ela da Base Comum ou da Base Técnica (no caso das ECITs).

1.8 ESTUDO ORIENTADO

Estudo Orientado integra a Parte Diversificada do Currículo, dentro das


Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. O objetivo desse componente é
“ensinar” o estudante a estudar, apoiá-lo e orientá-lo em seu estudo diário,
por meio da utilização de técnicas que o auxiliarão em seu processo de
aprendizagem. Além de assegurar o espaço adequado para o estudar, o
Estudo Orientado visa à excelência acadêmica e à consecução do Projeto
de Vida do estudante.
Tanto para o Ensino Médio quanto para o Ensino Fundamental, são duas
aulas semanais de Estudo Orientado. No entanto, especialmente no Ensino
Fundamental, as aulas são geminadas (4ª e 5ª aula da terça-feira) e uma
delas, na 5ª aula, deve ser dedicada à Avaliação Semanal, após a aula de
Estudo Orientado, propriamente dita.
No Ensino Médio uma das aulas deve acontecer na 3ª aula da terça
feira e logo após, na 4ª e 5ª aula, deve ocorrer a aplicação da Avaliação
Semanal. A segunda aula de Estudo Orientado no Ensino Médio, deve ocorrer
no mesmo horário e dia para todas as turmas.

1.9 ACOLHIMENTO DIÁRIO

É o momento em que a equipe escolar acolhe os estudantes em sua


chegada. O foco é esse “bem-vindo”, comunicado por palavras, gestos e
olhares e também é o momento de recados da gestão escolar ou dos
educadores em geral. É o compartilhamento do olhar sobre o estudante, de
modo que ele possa realmente ser visto em sua interdimensionalidade, o que
mantém íntima relação com dois princípios educativos do Modelo:
Pedagogia da Presença e Educação Interdimensional.

Página | 30
No acolhimento diário, podem ocorrer as celebrações das conquistas
dos estudantes e/ou da equipe de educadores por algum resultado
alcançado. Além do mais, podem ser feitas dinâmicas, leituras de textos,
apresentações artísticas, músicas, rádio escolar, etc.
Faz-se importante a participação de turmas, Clubes de Protagonismo
ou grupos de estudantes nessa ação. É essencial que a escola entenda a
importância do acolhimento diário, uma vez que ele precisa ser a prioridade
da escola a cada início de dia. Portanto, esse momento não deve deixar de
acontecer, e que seja diariamente, porque é considerado uma manifestação
genuína da Pedagogia da Presença.

1.10 TUTORIA

A Tutoria visa a promover a interação, por meio da qual uma pessoa


dá apoio a outra para tornar possível que ela desenvolva e ponha em ação
algum direito, dever, conhecimento, competência ou habilidade. Trata-se de
uma das práticas que fortalecem a Pedagogia da Presença nas escolas e
dela devem participar os professores e a gestão escolar, sem exceções.
Nas Escolas Cidadãs Integrais, a tutoria é um caminho para realizar uma
interação pedagógica, alicerçada no acompanhamento acadêmico, em
que o educador (tutor) acompanha e se comunica com os estudantes de
forma sistemática, planejando seu desenvolvimento e avaliando a eficiência
de suas orientações, de modo a resolver problemas que possam ocorrer
durante o processo educativo, registrando as informações pertinentes em
instrumento padrão (Ficha de Tutoria Padrão da CEEI - acessada via link de
materiais), com vistas ao desenvolvimento do seu Projeto de Vida.
Nas ECI Socioeducativas, a Tutoria pode ser, também, realizada de
modo anônimo. Isto é, embora o estudante não saiba quem é seu tutor, ele
será acompanhado de perto e encorajado por meio de ações conjuntas
entre o tutor e os demais professores.

1.11 SALAS TEMÁTICAS

As salas temáticas precisam ser ambientadas de acordo com cada

Página | 31
componente curricular. Todavia, essa ambientação deve se adequar aos
recursos existentes na escola, e tem o intuito de proporcionar aos estudantes
um ambiente mais atrativo, representativo e ajustado ao desenvolvimento das
aulas. Logo, essa mudança tornará a sala mais funcional.
Também, recomenda-se que as salas possam ser ambientadas pelos
próprios estudantes e/ou pela comunidade escolar, os quais podem contribuir
com objetos, desenhos e/ou pinturas que se remetem à disciplina.
O ideal é que cada disciplina da Base Nacional Comum Curricular
tenha uma sala temática própria. Contudo, nas escolas que não disponham
de salas de aula suficientes para tal, uma estratégia é juntar as disciplinas da
mesma área em apenas uma sala, por exemplo: Sala de Língua Espanhola e
Língua Inglesa, e/ou dividi-las por área de conhecimento
(Humanas/Linguagens, etc).
Como há salas temáticas na escola, é preciso que o horário das aulas
seja articulado de maneira a não colocar aulas da mesma disciplina em
turmas diferentes, no mesmo horário. Caso isso ocorra, deve ser especificado,
no horário, o ambiente que será realizada.
Para as escolas híbridas, é preciso que a temática das salas contemple
as duas etapas de ensino (Fundamental e Médio). Se houver disponibilidade
de espaço, as salas de Ensino Fundamental podem ser tematizadas
separadamente das de Ensino Médio.

Laboratórios Técnicos

As Escolas Técnicas devem dispor de pelo menos um espaço destinado


aos cursos ofertados pela instituição, sendo cabíveis as mesmas orientações
estabelecidas para as salas temáticas, dentro das normativas, dos padrões de
segurança e de higiene referentes a esses cursos.

Clubes de Protagonismo

O Clube de Protagonismo é um espaço destinado ao estudante,


oferecido para colaborar com o seu sucesso e o da comunidade de forma

Página | 32
coletiva e solidária. Nele, o estudante desenvolve e exercita muitas
habilidades essenciais para a sua formação e para a sua atuação na vida
pessoal, social e produtiva. O que há de mais atraente no Clube de
Protagonismo é que ele possibilita a integração das pessoas e o
desenvolvimento delas. Nesse espaço, o estudante tem a oportunidade de
assimilar posturas e atitudes que são indispensáveis para o desenvolvimento
do protagonismo.
Tal prática configura-se como um dos principais instrumentos para o
desenvolvimento do protagonismo autêntico, que é um dos princípios
norteadores do Modelo da Escola Cidadã Integral. Eles surgem a partir da
vivência e do interesse coletivo dos estudantes, ou seja, ocorrem em períodos
de intervalo, na hora do almoço, até mesmo em horários depois das aulas ou
nos fins de semana (exceto nas ECI Socioeducativas, pois são integrados ao
horário das aulas). Porém, é preciso sempre haver a comunicação e o
agendamento dessas atividades junto à gestão escolar, assim como a
presença de um adulto (no caso dos fins de semana e horários pós-aula).
Os Clubes de Protagonismo têm como objetivo a convivência e o
desenvolvimento da solidariedade e do respeito às diferenças. Além disso, nos
clubes, os estudantes desenvolvem habilidades da BNCC de formas variadas
e intencionais, em cujo processo os professores atuam como padrinhos,
orientando os participantes, quando necessário.
Os estudantes escolhem e elegem os seus membros representantes
como presidente, vice-presidente, secretário, etc. Tudo para colaborar de
forma efetiva com o bom funcionamento desse espaço de protagonismo.
Para a efetivação deles, a CEEI media a realização de uma Semana de
Protagonismo, que é realizada entre os meses de março e abril (e, nas ECI
Socioeducativas, bimestralmente).
Em suma, o objetivo é que 100% dos estudantes estejam engajados
nessa prática. Portanto, o Gestor e toda a comunidade escolar precisam
incentivar a participação e acompanhar o funcionamento dos clubes. Para
isso, é necessário fazer reuniões semanais (fluxo) com os presidentes dos

Página | 33
clubes. Nessas reuniões, os planos de ação dos clubes (PLANNER) são revistos,
formações são realizadas e orientações são dadas para o desenvolvimento e
para a manutenção dos clubes. Ademais, a escola precisa compreendê-los
como espaços de aprendizado contínuo e interdimensional.

CLUBE DE DANÇA E DE MÚSICA:


Excepcionalmente para as escolas que possuem Banda Marcial e/ou
fanfarra ativa, esses clubes podem ser destinados para a realização de suas
atividades, recebendo formações externas por meio das gerências de
bandas.

1.12 ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA

São os espaços da escola em geral: salas de aula, corredores,


banheiros, refeitório, biblioteca, entre outros. Esses espaços são destinados
não só a momentos de estudo, mas também de descanso, interação,
acompanhamentos (pois, muitas vezes, além dos estudantes, também estão
presentes os professores exercendo a tutoria, por exemplo) e recreação,
inclusive, durante os intervalos.
Os espaços de convivência devem ser mantidos de forma organizada
e limpa, sendo responsabilidade de todos a manutenção e a conservação
adequada de tais ambientes, de modo a reforçar o respeito ao patrimônio
público. Em vista disso, é importante destacar que os espaços devem dialogar
diretamente com as vivências dos estudantes, pois quando há identificação,
estimula-se a preservação, o sentimento de pertença.

1.13 LÍDERES DE TURMA

Eleitos por suas respectivas turmas, os líderes possuem a missão de se


comunicar adequadamente entre os seus colegas de turma e a gestão
escolar, além de se tornarem parte da equipe gestora, buscando a solução
Página | 34
de possíveis desafios enfrentados pela comunidade escolar.
Os líderes precisam exercer o papel de protagonistas sempre buscando
o melhor para a convivência solidária na escola. É de suma importância que
a escola invista diretamente na formação e no fortalecimento dos líderes, à
luz da Liderança Servidora.
Ademais, os líderes se reúnem com o trio gestor sempre que necessário,
porém fica alinhada uma reunião periódica semanal (fluxo), com data,
horário e local, informações que devem estar expostas e acessíveis a todos.
As reuniões devem ser espaços dialógicos de formação, de aprendizado e de
reflexão. Para tanto, é essencial que o Conselho de Líderes seja efetivado com
a realização semanal dos seguintes momentos:

1º momento: Líderes devem se reunir com as suas turmas para


desenvolver a escuta atenta, definir as demandas que serão discutidas
com o trio Gestor, além de redigir a pauta, com a assinatura de todos os
presentes.

2º momento: Líderes se reúnem entre si, no conselho de líderes, a fim de


discutir as pautas elaboradas em todas as turmas e unificá-las em apenas
uma, além de apresentá-las na reunião com o Trio Gestor. Trata-se de
uma ocasião em que é estimulada a capacidade de síntese, de
mediação e de interlocução entre os estudantes envolvidos.

3º momento: Líderes se reúnem com o Trio Gestor para apresentação da


pauta definida anteriormente, para fazer acordos, para definir prazos e
para formular encaminhamentos. Tudo isso deve ser registrado em ata, a
ser assinada por todos os participantes no final do encontro. Logo,
eventuais demandas da Gestão, na perspectiva pedagógica,
administrativa e financeira podem ser levadas para essa reunião. O laço
de confiança entre os(as) estudantes e a Equipe Gestora é reforçado a
cada encontro realizado.

Página | 35
4º momento: Líderes formulam devolutiva e apresentam feedback às suas
turmas, a partir dos acordos feitos na reunião com o Gestor.

1.14 AVALIAÇÃO

O que é a avaliação?
A avaliação é concebida como um instrumento de gestão do ensino
e da aprendizagem, demonstrando até que ponto as intenções educativas
e os objetivos dos educadores, em todos os níveis, foram alcançados. Ela
possibilita o ajuste do apoio pedagógico adequado às características e às
necessidades de cada um dos(as) estudantes, além de se comprometer com
a melhoria contínua dos processos de aprendizagem e dos resultados.

O que avaliação considera?


● O progresso individual que tem como referência a posição na qual o
estudante se encontra em seu processo de aprendizagem em termos de
conteúdo, competências e habilidades;
● O esforço do estudante na condução de seu desenvolvimento e outros
aspectos não especificados no currículo;
● Os vários momentos e situações em que certas capacidades e ideias são
usadas e que poderiam ser classificadas como “erros”, mas que
fornecem informações diagnósticas;
● Todas as dimensões da aprendizagem: cognitiva, afetiva, psicomotora,
social.

O que a avaliação requer?

● Que todas as dimensões do trabalho escolar sejam avaliadas – estudante

Página | 36
e professor – com o objetivo de identificar as lacunas e dificuldades a
serem superadas;
● Uma ação mediadora, emancipatória, dialógica, integradora e
participativa;
● A comunicação enquanto eixo norteador para a reorientação dos
trabalhos do professor e do estudante;
● O exercício da corresponsabilidade, na medida em que estudante e
professor se comprometem com o que fazem, ou seja, com o
desenvolvimento da aprendizagem.

1.15 ARQUITETURA AVALIATIVA

A Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia buscou


se reinventar, em conjunto com os docentes, gestores e estudantes da rede,
para melhor lidar com os desafios impostos pelo período de distanciamento
social em razão da pandemia da COVID-19.
Esse material traz uma série de possibilidades avaliativas para o período
de distanciamento social, que também podem ser utilizadas no paulatino
retorno às aulas presenciais e na adoção do ensino híbrido. O conceito de
“arquitetura” relaciona-se aos instrumentos ou tecnologias utilizados com um
propósito específico. No caso, a intenção é que essa arquitetura seja utilizada
em situações que envolvem o processo de ensino e aprendizagem,
compreendendo a reflexão sobre a pertinência do instrumento utilizado e
sobre os fins a serem alcançados no processo avaliativo.
Para cada etapa da educação básica, são listadas uma série de
possibilidades avaliativas que foram pensadas cuidadosamente, com o
propósito de que sejam significativas e contextualizadas com o momento e as
necessidades atuais

Página | 37
1.16 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, institucionalizado e


representativo, responsável pelo estudo e planejamento, debate e
deliberação, acompanhamento, controle e avaliação periódica do
desempenho dos estudantes.

1.17 PRÁTICAS EXPERIMENTAIS

A aula de Prática Experimental visa ao contato físico, a aplicação


prática dos conceitos que são abordados em sala. As aulas devem ser
ministradas por professores das disciplinas de Ciências da Natureza e de
Matemática. A ideia da Prática Experimental (PEX) é fundamentar a
construção de uma visão científica por parte do estudante, reforçando o
aprendizado teórico visto nas aulas. O principal objetivo é esperar que o jovem
melhore a sua habilidade em expor de forma clara, objetiva e precisa o
trabalho realizado nas experiências, reforçando, assim, o aprendizado teórico.
Além de aproximar a Teoria da Prática, inspirar a investigação científica,
promover a aprendizagem, essa Metodologia proporciona o sentimento de
coletividade e dinamicidade. As PEXs podem ser planejadas junto aos
estudantes monitores, proporcionando o rompimento da ideia de que apenas
os professores podem selecionar o que deve ser ensinado ou trabalhado de
maneira prática.

1.18 PROPULSÃO (NIVELAMENTO)

Propulsão (nivelamento) teve uma grande mudança, que contou com


a participação e o engajamento dos(as) estudantes para a escolha de um
novo nome para a disciplina em 2021, a fim de que pudesse se manifestar o
sentimento de pertencimento e de melhor entendimento da metodologia, por
parte dos(as) discentes da rede estadual de Ensino. Desse modo, através da
ideia dada pela estudante Amanda Feliciano, da ECI Deputado Álvaro
Página | 38
Gaudêncio de Queiroz – 3ª GRE e por meio de votação no Instagram @ECIPB,
o novo nome para Nivelamento a ser utilizado em todas as escolas cidadãs
integrais da rede estadual foi Propulsão.

PROPULSÃO é um substantivo feminino que significa “ação ou efeito de


propulsar, ou seja, de impelir para a frente”, rumo à concretização dos
projetos de vida dos(as) estudantes da rede.

Logo, essa é uma ação emergencial que visa a promover as habilidades


básicas não desenvolvidas no ano escolar anterior ao do ano/série em curso,
em consonância com as diretrizes do processo de recuperação da
aprendizagem.
Além do mais, entre as demais metodologias de recuperação das
aprendizagens desenvolvidas pelas escolas, a metodologia do nivelamento
se destaca como uma ação coletiva que envolve a identificação das
defasagens nas habilidades curriculares, além de oferecer a todos os
professores(as) as condições necessárias para auxiliarem os estudantes a
superarem as suas dificuldades e serem responsáveis por sua execução, a
partir de metas e prazos estabelecidos.
Portanto, deve-se estimular os(as) estudantes para o reconhecimento
desse momento como significativo no processo de ensino-aprendizagem,
articulado não apenas às disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática,
mas também potencializado em todas as áreas do conhecimento, com o
intuito de fortalecer a concretização dos seus Projetos de Vida.

1.19 DISCIPLINAS EMPREENDEDORAS (INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA - IC,


INOVAÇÃO SOCIAL CIENTÍFICA - ISC E EMPRESA PEDAGÓGICA - EP)

As disciplinas empreendedoras são pontos-chave para o


desenvolvimento do protagonismo social e profissional dos estudantes.
Durante o desenvolvimento dessas disciplinas, os discentes são inseridos em
contextos reais, em que precisam analisar de maneira crítica as situações, a
Página | 39
partir da realização de pesquisas, buscando soluções para problemáticas
encontradas e compreendendo o contexto em que estão inseridos.

Página | 40
Página | 41
2 AS ESPECIFICIDADES DO MODELO NO ESTADO DA PARAÍBA

2.1 PROJETO DE VIDA

A construção de um Projeto de Vida é uma tarefa gradativa que pode


refletir na vida inteira porque ela parte de um ponto, que é o
autoconhecimento, e focaliza outro ponto, onde se deseja chegar. Por se
tratar de autoconhecimento, é um processo progressivo e contínuo, podendo
ser caracterizado por experiências de autorrealização.
Então, “chegar lá” na concretização dos sonhos pode não ser um fim,
mas algo que, inclusive, deverá ser objeto de revisões periódicas, por meio das
quais nos submetemos a um processo reflexivo de análise consciente e
individual, sobre se as decisões que tomamos foram satisfatórias e se é
chegada a hora de tomar outras decisões ou não. No fundo, para essa tarefa
permanente de elaboração, revisão e reelaboração ser plena de realização,
ela precisa ser encarada como uma espiral cujo movimento contínuo é uma
experiência única, levando em consideração a subjetividade de cada um.
A disciplina Projeto de Vida, uma das Metodologias de Êxito da Escola
Cidadã Integral, é base para a formação integral. Ela deve levar o estudante
não apenas a despertar sobre os seus sonhos, suas ambições e para aquilo
que deseja para a sua vida, onde almeja chegar e que pessoa pretende se
tornar, mas a agir diante de tudo isso, ou seja, identificar as etapas a atravessar
e mobilizá-lo a pensar nos mecanismos necessários.
Para o desenvolvimento dessa Metodologia de Êxito, a escola e todos
os seus educadores têm papel relevante, porque são parte do ambiente e do
apoio necessário para que o estudante desenvolva a crença no
aproveitamento do seu potencial, bem como a motivá-lo na atribuição de
sentido à criação do projeto que dá perspectiva ao seu futuro. Na escola,
todos devem apoiá-lo no reconhecimento e na construção de valores que
promovam atitudes de não indiferença em relação a si próprio, ao outro e ao
seu entorno social.
As aulas foram concebidas para oferecerem situação didática

Página | 42
idealizada para apoiar o estudante no desenvolvimento da capacidade de
planejamento de ações efetivas, fundamentais para transformar suas
ambições em projetos executáveis. Para isso, tratam de temas que estimulam
um conjunto amplo de habilidades como o autoconhecimento e aquelas
relativas às competências sociais e produtivas para apoiar o estudante na
capacidade de continuar a aprender ao longo de sua vida.

As aulas para a 1ª série estão agrupadas de acordo com 4 grandes temáticas:


Temática 1 - Identidade
Temática 2 - Valores
Temática 3 - Responsabilidade social
Temática 4 - Competências para o século XXI

As aulas para a 2ª série estão agrupadas de acordo com 4 grandes temáticas:


Temática 1 - Sonhar com o futuro
Temática 2 - Planejar o futuro
Temática 3 - Definir as ações
Temática 4 - Rever o Projeto de Vida

Para a escolha do professor de Projeto de Vida, deve-se levar em


consideração o perfil do profissional, que deve atender a diversas
habilidades, como a de escuta, flexibilidade, dinamismo, criatividade, ou seja,
um perfil que requer certo nível de diferenciação. Cada escola deve ter, no
mínimo, 02 professores de PV (Projeto de Vida), e esses não devem assumir
Coordenação de área e nem a disciplina Colabore e Inove.
Projeto de Vida é, como viu-se, ministrada nas turmas de 1ª e 2ª séries
do Ensino Médio (na 3ª série, os estudantes têm aulas de Pós-médio) e no 6º,
7º e 8º anos do Ensino Fundamental (no 9º ano os estudantes têm aulas de Pré-
médio), com aulas específicas. Para o caso das ECI, que têm turmas especiais
em Projeto de Vida4, deve-se seguir calendário de aulas abaixo especificadas:

4Entende-se por “turma especial em projeto de vida”, as turmas de 2ª e 3ª séries que não tiveram oportunidade de
cumprir a disciplina durante a 1ª série do ensino médio. Ou seja, as escolas que receberam o Modelo das ECIs, no
primeiro e segundo anos de implantação e contemplaram turmas de 1ª, 2ª e 3ª séries, terão estudantes de 2ª e 3ª
séries que não participaram das aulas desde a 1ª série (que tem temas específicos). Nesse caso, para suprir essa
necessidade, é preciso que, nas 2ª e 3ª séries, sejam aplicadas as aulas da EDIÇÃO ESPECIAL.
Página | 43
Aulas - 2º ano – Edição Especial
1 Quem sou eu?
2e3 Espelho, espelho meu...como eu me vejo?
4e5 Que lugares eu ocupo?
6e7 De onde eu venho?
8 Minhas fontes de significado e o sentido da vida.
9 Minhas virtudes e aquilo que não é legal, mas que eu posso melhorar.
10 Sinceridade: um bem querer!
11 Quando nossas regras resolvem se encontrar. O valores na convivência
12 A vida é um projeto.
13 e 14 Decisão: o que precisa ser feito.
15 Ação! Sou o ujeito da minha própria vida.
16 Mantenha a esperança sempre viva.
17 e 18 Uma viagem rumo à Ítaca.
19 e 20 De um sonho para a realidade: a arte do planejamento.
21 e 22 Minhas premissas, meus pontos de partida.
23 e 24 Meus objetivos estão definidos. E agora?
25 e 26 Tenho um soho e um plano. Mas onde quero chegar?
27 e 28 Tudo depende do que eu faço: Minhas ações.
29 e 30 Acertar o alvo: a importância das estratégias.
31 e 32 Onde estou nesse momento: indicadores de processo.
33 e 34 Para onde eu vou: indicadores de resultados.
35 e 36 O projeto de Vida não tem fim. A importância do monitoramento.
37 e 38 Crescimento e melhoria do desempenho sempre.
39 e 40 Começar de novo, sempre e sempre em frente: a ilusão do definitivo.

O material produzido pelos estudantes durante o acolhimento inicial


deve ser o instrumento norteador para as primeiras aulas de Projeto de Vida.
Cabe ao professor organizar os portfólios dos estudantes com as atividades
feitas no acolhimento inicial e todas as demais atividades realizadas durante
o ano.
A primeira ação realizada pelos professores de PV deve ser a tabulação
dos sonhos dos estudantes, que serão repassados aos tutores e também
deverão ser expostos em lugar visível e estratégico na escola, de preferência
na árvore dos sonhos.
As aulas de PV devem ocorrer em aulas geminadas e não devem estar
nas extremidades do horário (nem nas primeiras, nem nas últimas aulas do dia).
Página | 44
Além disso, considerando o volume de feriados às sextas, orientamos que, de
preferência, as aulas de PV não sejam colocadas nesse dia.
É de responsabilidade da Coordenação Pedagógica acompanhar,
observar e monitorar as aulas do Projeto de Vida semanalmente. O
alinhamento entre CP e Professor(es) de PV deve ser critério básico para boa
movimentação da metodologia na escola.
Cabe ao(à) coordenador(a) pedagógico(a), junto com o(a)
professor(a) de Projeto de Vida, identificar os estudantes que ingressarem na
escola após o início do ano letivo, pois esses estudantes precisam fazer as
atividades próprias do acolhimento inicial, tais como Escada dos Sonhos, Livro
da Vida e Cápsula do Tempo.

2.1.1 Novo Indicador no Plano de Ação 2022: DESENVOLVIMENTO DO


PLANO DE AÇÃO DE PROJETO DE VIDA, POR PARTE DOS ESTUDANTES

Este é um novo indicador que visa ao acompanhamento efetivo da


elaboração dos Planos de Ação de Projeto de Vida dos estudantes da Rede.
Sabe-se que uma de nossas prioridades, dentro da Premissa de Protagonismo,
é exatamente o Desenvolvimento do Projeto de Vida do Estudante.

Logo, faz-se necessário, além do cumprimento do Cronograma das


Aulas Estruturadas de PV (ou do GPS, como é também conhecido),
acompanhar e motivar os estudantes a elaborarem seu respectivo Plano de
Ação. Nesse sentido, o indicador auxiliará no monitoramento efetivo da
elaboração dos Planos de Ação de Projeto de Vida, que servirão de aparato
norteador para cada estudante diante daquilo que sonham e aonde
pretendem chegar.

Passo A Passo Para O Monitoramento E Consolidação Do Indicador

1) Conhecimento das etapas e percentuais por bimestre

Página | 45
Será necessário observar, dentro do GPS de Projeto de Vida das 2ªs
séries, quais as aulas cujos objetivos dão conta das etapas de elaboração
desses Projetos de Vida:
PERCENTUAL
ALUNOS QUE FATOR DE
ESPERADO EM RESULTADO
AULAS ETAPA MATRÍCULAS CONCLUÍRAM PONDERAÇÃO BIM.
CADA GERAL
A ETAPA (Peso)
BIMESTRE
INÍCIO DA
05 E SISTEMATIZAÇÃO
06 DO PLANO:
X1 Y%2 10% x3 Y% 1º 10%
INTRODUÇÃO SOMATÓRIO
11 E DOS
PREMISSAS X Y% 10% x Y%
12 RESULTADOS
13 E BIMESTRAIS
OBJETIVOS X Y% 10% x Y%
14
HABILIDADES, ↓
VISÃO DE FUTURO E
15 E
VALORES: X Y% 10% x Y% 2º 50% FINAL DO
16
DECLARAR A 1º BIM ≤ 10%
MISSÃO
15 E METAS, AÇÕES E ↓
X Y% 10% x Y%
16 PRAZOS
17 E METAS NO PLANO FINAL DO
X Y% 10% x Y%
18 SEMANAL 2º BIM ≤ 60%
21 E
ESTRATÉGIAS X Y% 10% x Y%
22 ↓
25 E INDICADORES DE
X Y% 10% x Y% FINAL DO
26 PROCESSO
3º 40% 3º BIM ≤ 100%
27 E INDICADORES DE
X Y% 10% x Y%
28 RESULTADO
29 E FATORES CRÍTICOS
X Y% 10% x Y%
30 DE SUCESSO
1 Variável referente ao número de estudantes total matriculados nas 2ªs séries
2 Variável referente ao percentual de estudantes que, de fato, concluíram aquela etapa
3 Sinal de multiplicação

2) Entendendo como se dará o cálculo do percentual em cada bimestre

a) COLUNA 1: contém as numerações das respectivas aulas estruturadas,

conforme o GPS de Projeto de Vida da 2ª série. As temáticas dessas


aulas nortearão as etapas de construção do Plano de Ação de PV;
b) COLUNA 2: contém as etapas de elaboração do Plano de Ação de

Projeto de Vida. Ressalte-se que, a partir do planejamento anual,


espera-se que em cada bimestre sejam ministradas, em média, 10 aulas
de PV: 1º bimestre (1 a 10); 2º bimestre (11 a 20); 3º bimestre (21 a 30) e
4º bimestre (31 a 40);
c) COLUNAS 3 e 4: Quando se conhece a quantidade de estudantes
matriculados (variável X) naquela série, é possível saber (em cada
etapa) qual o percentual de estudantes que cumpriram aquela etapa
Página | 46
(Y%). Por exemplo: de 60 estudantes (matriculados), 58 elaboraram a
Introdução de seu Plano de Ação, logo, cerca de 97% será o percentual
daquela etapa;
d) COLUNA 5: O Fator de Ponderação diz respeito ao peso que cada
etapa tem dentro do monitoramento do percentual de estudantes
cumprindo cada uma das etapas. Tomando o exemplo acima:
multiplica-se o fator de ponderação (10%) pelo Y% (97%), resultando no
percentual por etapa, 9,7%;
e) COLUNAS 6, 7 e 8: Importante lembrar que, em cada etapa, espera-se
um resultado máximo de 10%, que serão somados para que se obtenha
o resultado do processo. Por exemplo: como no 1º bimestre só há uma
etapa (Aulas 5 e 6), espera-se um resultado máximo final de 10%; já no
2º bimestre (Aulas: 11 e 12; 13 e 14; 15 e 16; 17 e 18) há cinco etapas,
logo, espera-se um resultado de no máximo 50%, que será somado ao
resultado do 1º bimestre e no 3º bimestre (Aulas: 21 e 22; 25 e 26; 27 e 28;
29 e 30) há quatro etapas, logo, espera-se um resultado de no máximo
40%, que será somado aos resultados dos 1º e 2º bimestres;
f) Atenção: A mensuração do percentual em cada bimestre (Processo)
vai para o Quadro de Monitoramento do Plano de Ação Escolar; bem
como o percentual final de elaboração (Resultado) para o Quadro de
Resultados do Plano de Ação).

Para auxiliar as equipes, foi desenvolvido um instrumento automático


(cujo link encontra-se abaixo), em que seria necessário somente acrescentar
as informações: Estudantes Matriculados e Estudantes que cumpriram a
etapa). Após isso, é possível acompanhar e monitorar etapa por etapa.

Esse instrumento é dado para as equipes como sugestão para a


efetivação dessa ação, portanto, seu uso não é obrigatório.

Proposta De Monitoramento Plano De Ação De Pv: bit.ly/33OFGfA

Página | 47
2.1.2. Projeto de Vida no Ensino Fundamental

Para as aulas de Projeto de Vida nas turmas do Ensino Fundamental -


Anos Finais, o material utilizado se encontra no Link de materiais
(bit.ly/2OUZIxq). O material estabelece um percurso similar ao do Ensino
Médio, mas com cronograma específico.

2.1.3. Projeto de Vida nas ECI Socioeducativas

Nos Ciclos I a III (correspondentes dos anos iniciais do Ensino


Fundamental, e aos 6º e 7º anos) as aulas de Projeto de Vida contemplam os
temas do material para o Ensino Fundamental. Já nos ciclos IV e V, o material
norteador é o mesmo correspondente às 1ª e 2ª séries do Ensino Médio. Por
fim, no Ciclo VI, os estudantes das ECI Socioeducativas têm aulas de Pós-
Médio.

2.1.4. Projeto de Vida No Contexto Remoto:

Nesse caso, as aulas devem ser desenvolvidas via Google Meet,


seguindo as aulas estruturadas de Projeto de Vida. No caso dos estudantes
que não possuem acesso à internet, todas as aulas devem manter a
sistemática de serem impressas e entregues a cada estudante, tendo em vista
que este é um momento de suma importância para que os estudantes se
mantenham motivados e com foco nas demais ações da escola.
É muito importante que as equipes possam materializar o trabalho
transversal de Projeto de Vida nas Atividades impressas. Isso se dá na leitura e
interpretação de músicas propostas no caderno de PV, questões discursivas
sobre situações e competências a serem desenvolvidas nas aulas. Portanto, a
equipe escolar deverá manter sempre a intencionalidade das ações no
Projeto de Vida dos estudantes.

2.1.5. Projeto de Vida No Contexto Híbrido:

Nesse caso, é necessário que a equipe esteja atenta às orientações que


vão sendo atualizadas, à medida que a retomada das atividades avança.
Página | 48
De todo modo, Projeto de Vida também é a centralidade do Modelo de
Escola Cidadã Integral, sendo assim, o foco da equipe é apoiar a
concretização dos vários Projetos que os estudantes tenham. Para tanto, a
Metodologia de Projeto de Vida deve ser fortalecida também de modo
transversal, nas atividades impressas (Textos, Músicas, Questões discursivas),
nos encontros de Tutoria e, sobretudo, na fala e prática de cada profissional.

2.2 PÓS-MÉDIO

Ao concluir o Ensino Médio, os jovens se encaminham para o momento


de consolidar algumas decisões construídas e amadurecidas ao longo de
uma importantíssima tarefa: a elaboração do seu Projeto de Vida.
Entre tantas reflexões, aquelas sobre qual caminho tomar para a sua
formação profissional certamente os acompanharão, e suas decisões se
tornarão tão mais complexas, quanto menos eles tiverem sido apoiados e/ou
dedicado tempo e atenção ao planejamento do seu Projeto de Vida. Não,
esse não é um momento simples, tampouco as escolhas se constituem de
decisões a serem tomadas em função de apenas uma variável ou referência.
De fato, elas devem ser consideradas à luz de um conjunto de fatores
muito amplo e diversificado que resgata indagações feitas durante os
primeiros anos do Ensino Médio, tais como: O que sei fazer bem? O que adoro
fazer? O que diz o mercado? Que diferença posso fazer? Que oportunidades
se apresentam numa projeção de futuro? O que me faz feliz? Perguntas essas
que, agora, certamente se apresentam sob outra perspectiva em termos de
maturidade e de expectativa.
O professor tem, neste momento, a importante missão de acompanhar
os estudantes nessa reflexão e decisão, apoiando-os na construção do seu
próprio marco lógico e levando-os a pensar sobre o fato de que talvez
adorem alguma área da atividade humana (paixão) e até sejam bons nessa
área (talento), mas também precisam considerar formas de prover seu
sustento (necessidade). Por outro lado, não é recomendável limitá-los a uma
reflexão que os leve a vislumbrar uma profissão que remunere bem
Página | 49
(necessidade), mas que não lhes traga felicidade (paixão) ou não explore as
suas habilidades (talento).
Durante o seu processo de escolarização, o jovem deverá ter se
apropriado de uma série de conhecimentos e de informações, mas não
apenas de natureza acadêmica. Há outra dimensão igualmente importante
para sua tomada de decisão, que se refere à compreensão das relações
dinâmicas do mundo produtivo e das muitas possibilidades que ele tem diante
de si.
É disso que trata este Caderno intitulado Pós-Médio: Um Mundo de
Possibilidades (ICE). Ele faz parte das estratégias da Escola Cidadã Integral
para apoiar os estudantes da 3ª série do Ensino Médio naquilo que é o seu
foco, seja o ingresso na universidade, nas mais diversas áreas do campo
produtivo, seja a inserção no mundo do trabalho, por meio de concursos ou
ações empreendedoras, entre outras trajetórias que reforcem a sua formação
articulada nos três eixos do Modelo.

2.2.1. Metodologia de Pós-Médio:

É Importante destacar que as aulas de Pós-Médio são um espaço


adequado para a revisão do próprio Plano de Ação de Projeto de Vida que
foi desenvolvido na 2ª Série pelos estudantes. Caso não tenha sido elaborado
diante da pandemia, é necessário que a Coordenação Pedagógica tome
posse da situação e reúna os professores de PV e PM para consolidar os
instrumentos necessários ainda na terceira série.
Dando continuidade, diferentemente do que foi trabalhado nas 1ª e 2ª
séries, quando apresentamos um material estruturado em aulas de Projeto de
Vida, as atividades do “Pós-Médio: Um Mundo de Possibilidades” não trazem
aulas, mas um conjunto robusto de referências, informações e orientações
que deverão auxiliar o trabalho que você, professor, organizará para apoiar
seus estudantes neste momento de consolidação das escolhas voltadas ao
seu Projeto de Vida.
Esse conteúdo poderá ser utilizado da forma que melhor se adequar

Página | 50
ao trabalho idealizado pelo professor, considerando sua opção metodológica
(debates, oficinas, painéis, seminários, palestras, etc.). Além disso, convém
ressaltar que o desenvolvimento das aulas devem se dar a partir de um
planejamento sistematizado que organize sequências alternadas entre Aulões
Preparatórios para o ENEM, Intercâmbio dialógico com os mais diversos
profissionais (de modo a ampliar a visão dos estudantes) e o Caderno “Um
Mundo das Possibilidades”.
Em 2022, a SEECT/CEEI oferta o novo material “Ainda mais
Possibilidades”, um material complementar a cartilha do Pós-Médio, que deve
servir como apoio aos aulões e ao acompanhamento dos Planos de Ação de
Projeto de Vida que foram elaborados nas aulas da 2ª Série.

2.2.2. O Conteúdo das aulas de Pós-Médio

● As coordenadas do GPS para a universidade;


● Muitos caminhos levam até o mercado... de trabalho: a formação
técnica e tecnóloga;
● Os itinerários para uma carreira militar para além das “continências”;
● Empreendedorismo ou a arte de criar impactos;
● O Mapa-Múndi do trabalho: o que ele revela?

Além do conteúdo do manual “Um mundo de possibilidades”, também


disponibilizamos uma série de PPTs com esclarecimentos e orientações sobre
Enem, Prouni e Cursos universitários.

IMPORTANTE
É importante garantir que 100% dos estudantes da 3ª série sejam inscritos no
ENEM. Para isso, é importante desenvolver e monitorar algumas ações:

● Realizar reunião de conscientização sobre a importância de participar do


Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), com os pais e/ou responsáveis
dos estudantes;
● Fazer levantamento, em parceria com a Gestão, no início do ano letivo,

Página | 51
no intuito de mapear quantos estudantes da 3ª série não têm a
documentação necessária, buscando trazer garantia para realizar a
inscrição no ENEM. Essa ação também já pode, estrategicamente, se
estender às 1ª e 2ª séries do Ensino Médio;
● Planejar ações contando com suporte dos tutores para providenciar os
documentos necessários, inclusive em articulação com outras instituições,
seguindo o mesmo objetivo de garantir a inscrição de todos os estudantes
no ENEM.

2.3 PRÉ-MÉDIO

As aulas de Pré-Médio para as turmas de 9º ano têm por objetivo


contribuir com o processo de transição entre o Ensino Fundamental e o Ensino
Médio. São duas aulas semanais no horário destinadas a essa disciplina.
Entre as orientações e procedimentos para o pré-médio, devem ser
realizadas aulas com orientações sobre as mudanças que os estudantes
enfrentarão no Ensino Médio e as novas disciplinas. Para isso, devem ser
convidados professores de física, química, biologia, filosofia e sociologia para
apresentarem essas disciplinas e tirar dúvidas, uma vez que são as disciplinas
com que os estudantes ainda não tiveram contato, assim como professores
de língua portuguesa que já apresentem as aulas de redação, literatura e
gramática.
Os professores também devem preparar aulas genéricas com os temas
dessas disciplinas, além disso, a SEECT/CEEI oferece o novo material de Pré-
Médio, que possibilita a ampliação do trabalho em sala de aula que pode ser
acessado através do Link: bit.ly/3GWNFWC.
Recomenda-se, ainda, a realização de aulas com temas de
atualidades, rodas de conversas sobre suas expectativas, dúvidas e anseios
sobre o Ensino Médio. Além de convidar ex-estudantes matriculados em
Universidades para contar como a dedicação durante a Educação Básica foi
determinante para o ingresso no Ensino Superior.

Página | 52
2.4 SIMULADO

O segredo para o sucesso é a dedicação ao estudo e o foco no objetivo


no qual se pretende chegar. Os simulados são grandes aliados que ajudam os
estudantes a perceberem quais são seus pontos fortes e pontos de melhoria,
além, é claro, de prepará-los, psicologicamente, para uma prova
desafiadora, com bastante leitura e que exige máxima concentração. A
dinâmica dos simulados estabelece uma rotina de constante estudo e
preparação, ou seja, diariamente, o discente constrói o hábito de estudar
para as avaliações semanais e demais atividades, inclusive com apoio das
aulas de Estudo Orientado.
É com esse olhar que os estudantes devem enxergar os simulados. O
resultado deve ser uma amostra daquilo que se deve aprofundar, onde deve
ser dedicada maior atenção. Também é necessário traçar estratégias para
controlar o tempo e o nervosismo.
Descobrir as dificuldades enquanto se faz o simulado é mais vantajoso
do que as descobrir quando se está fazendo uma avaliação externa,
havendo tempo hábil de redefinir metas e estratégias.
Além disso, é importante para ajudar o estudante a familiarizar-se com
o tipo de prova, o tempo que se deve dedicar a cada questão, quais questões
devem ser respondidas primeiro e quais devem ser deixadas por último.
Já no que concerne à quantidade de questões:
A regra deve ser a mesma adotada pelas avaliações do Enem,
distribuindo as avaliações em duas tardes e seguindo a mesma lógica da
divisão das áreas de conhecimento, sendo duas áreas de conhecimento a
cada dia. A quantidade de questões a serem aplicadas também deve ser a
mesma das provas do Enem.

Quanto às regras:

As regras a serem seguidas também devem estar em consonância com as

Página | 53
aplicadas nas provas do Enem, a saber:

● Apresentação de documento de identificação;


● Horário de chegada, entrada e saída da sala;
● Proibição do uso de celular e outros aparelhos eletroeletrônicos;
● Fiscais para ida aos banheiros;
● Dois aplicadores por sala;
● Mapeamento da distribuição dos estudantes por sala com nome na lista
de entrada;
● Orientação aos estudantes para levar canetas, água e lanches;
● Provas em envelopes lacrados, com capas de cores distintas e folha de
coleta de assinaturas;
● Folha de gabarito para respostas.

IMPORTANTE

O simulado não deve gerar nota de avaliação, visto que os nossos objetivos
são outros que vão além da avaliação, porém, é importante citar a
necessidade de corrigir as questões de cada disciplina e socializá-las em
sala de aula.

Para as escolas técnicas, ressaltamos que as disciplinas da base técnica não


devem entrar no simulado.
Para as escolas com Ensino Fundamental, devem aplicar o simulado apenas
para as turmas de 9º ano do Ensino Fundamental e seguir as mesmas regras.

2.5 DISCIPLINA COLABORE E INOVE

A proposta da disciplina Colabore e Inove apresentada se constitui em


um processo educacional, com o intuito de relacionar métodos educacionais
e pessoas - estudantes e professores. Sua base fundamenta-se no método
desenvolvido por Carl Rogers, da aprendizagem centrada no estudante, e na
pedagogia da autonomia, de Paulo Freire.
O propósito é dar ênfase ao potencial do corpo discente no processo
de ensino-aprendizagem. Neste ínterim, pretende-se estimular a participação
do estudante, destacando qualidades e conhecimentos prévios; mas, para
isso, é necessário que haja o desenvolvimento de certas habilidades do
Página | 54
educador e também do estudante. Nesse processo de ensino-aprendizagem,
a construção de uma relação de confiança entre professores e estudantes
cria um ambiente mais favorável e significativo para o desenvolvimento.
Partindo desse pressuposto, a disciplina Colabore e Inove irá viabilizar o
desenvolvimento de uma ambiência que cria possibilidades variadas de
aprendizagem; valoriza métodos autênticos de avaliação, ação e
compreensão do contexto; promove o fortalecimento da autoconfiança,
empoderamento e participação; estimula a colaboração e favorece a
autonomia.

Eixos Temáticos
Tecnologia
Saúde
Segurança Pública
Educação Financeira
Empreendedorismo Social
Economia Criativa
Sustentabilidade
Educação
Direitos Humanos

Quem pode ministrar a deisciplina?

Professores de qualquer área/disciplina propedêutica que sejam dinâmicos,


tenham identificação com metodologias ativas e desenvolvimento de
projetos. Sugerimos, no entanto, professores que já participaram de
formações, a exemplo do Programa Giramundo Finlândia, não sendo essa
formação uma condição obrigatória para lecionar a referida. Não
recomendamos que professores coordenadores de área ou que ministram a
disciplina Projeto de Vida sejam os responsáveis pelo ensino da Colabore e
Inove, a fim de evitar sobrecarga de atribuições.
Em relação ao número de professores desta disciplina por escola, orientamos
que sejam divididos conforme a quantidade de turmas das 1ª séries das ECIs.
Sugerimos, no máximo, 3 professores para a disciplina, por escola,
dependendo do número de turmas.

Página | 55
Quais são os dias destinados à disciplina?

Para o contexto de ensino presencial, a disciplina poderá ser ofertada no dia


que melhor se encaixar na realidade de cada unidade escolar. No entanto,
as duas aulas destinadas à disciplina precisam, necessariamente, ser
geminadas/conjugadas.
Já para o contexto de ensino remoto, a recomendação é que se utilize as
sequências didáticas disponibilizadas prezando pela transversalidade de
conteúdos entre a Colabore e Inove e as disciplinas propedêuticas.

Temas trabalhados durante o ano letivo:

TEMA 1: Inovação e criatividade: alguns conceitos iniciais para ancorar a


disciplina
TEMA 2: Contrato de Aprendizagem - Learning Contract
TEMA 3: Inteligência emocional
TEMA 4: Aprendizagem baseada em times - TBL (Team-Based Learning)
TEMA5: Aprendizagem baseada em problemas- PBL (Problem Based Learning)
TEMA 6: Aprendizagem baseada em projetos - PrBL (Project Based Learning)
TEMA 7: Conceitos básicos de Educação Financeira.
TEMA 8: Agenda 2030
TEMA 9: Educação Empreendedora.

2.5.1. Avaliação da Disciplina de Colabore e Inove

● Diagnóstica e Formativa

● Sessões de feedbacks (Mentoria) e feedforward conduzidas pelo professor

mentor junto com a turma.

É importante ressaltar que a avaliação desse componente curricular


será feita com base em competências e habilidades. Competência pode ser
compreendida como a capacidade de o estudantes mobilizar recursos
visando a abordar e compreender situações complexas. Constitui-se,
portanto, no processo do saber conhecer do discente. Habilidade, por sua
vez, pode ser compreendida como a aplicação prática de uma determinada
competência para a resolução de situações complexas. Incide,
preferencialmente, sobre os processos desenvolvidos pelos estudantes face às

Página | 56
tarefas propostas tanto no contexto de ensino presencial quanto no ensino
remoto.
Assim, os critérios de avaliação relacionam-se ao processo formativo. Os
erros detectados devem ser encarados como parte integrante da
aprendizagem, não sendo redutíveis a algo culpável ou punível. Pelo
contrário, devem ser aproveitados para revelar a natureza das
representações, lógicas e estratégias, elaboradas pelo estudante. É
importante, pois, identificar o erro e a causa. Apenas assim, é possível ao
professor encontrar a adequação do seu ensino às necessidades de
aprendizagem do estudante.

2.6 CLUBES DE PROTAGONISMO

Um Clube de Protagonismo é, sobretudo, uma oportunidade de


desenvolvimento do protagonismo autêntico. Quanto mais o estudante
participa e quanto mais qualificadas forem as suas experiências na resolução
de situações reais, maiores as condições de desenvolvimento de sua
autonomia, atuando na escola e indo para além dos muros dela, contribuindo
diretamente para o desenvolvimento da sociedade.
Por isso, essa prática faz parte das estratégias do Modelo Pedagógico e
de Gestão para que os estudantes sejam considerados atuantes e não
apenas espectadores de sua aprendizagem (fonte de liberdade), tenham
cursos alternativos para aprender sobre o processo de tomada de decisões e
de escolhas (fonte de responsabilidade), bem como sobre a necessidade de
assumi-las de maneira consequente (fonte de compromisso).
A criação de um Clube demanda dos estudantes a capacidade de
pensar sobre áreas e assuntos que mobilizem os colegas, que despertem a
curiosidade e interesse ou que sejam uma alternativa para um problema real
identificado pelos estudantes, permitindo uma grande variedade de
aprendizados em diversos âmbitos e experiências sociais, nas quais exercitam
competências e habilidades que também são fundamentais para o processo
de construção do seu Projeto de Vida que se encontra em curso. Nessa
Página | 57
vivência, identificamos uma grande riqueza de habilidades muito importantes.
A formação dos Clubes de Protagonismo deverá ser iniciada
juntamente com todas as outras ações do ano letivo, ou seja, a escola
necessita priorizar esta ação de incentivo e formação dos clubes nos primeiros
meses do ano (março/abril), ou conforme orientações da CEEI por meio de
fixação de datas, formações e demais ações.
A criação desses Clubes acontece na semana de protagonismo, em
que as escolas desenvolvem as atividades de formação e divulgação dos
clubes para inscrição dos estudantes.
No contexto de ensino remoto, as atividades continuam sendo
desenvolvidas de forma virtual, assim como a adaptação das ações para as
redes sociais, e outros recursos tecnológicos que contribuam para a
continuidade dos clubes. Assim, as formações, inscrições em clubes, reuniões
com a gestão e o desenvolvimento das ações serão realizadas de forma
virtual.

O apoio à formação do Protagonista

A formação de um protagonista não está nos livros, mas no seu


exercício, e ela não acontece de maneira isolada na escola. Por isso, é
fundamental o apoio dos educadores, pois o Protagonismo, enquanto ação
educativa, depende diretamente do apoio aos jovens no planejamento e
desenvolvimento de ações de forma gradual, saindo da dependência e
partindo rumo à autonomia.
Os estudantes são aprendizes dessa ação e os adultos que atuam na
escola são os seus educadores que devem trabalhar para assegurar que eles
não se desviem dos objetivos. É de suma importância lembrar que estamos
atuando com jovens em formação, de modo que nossa postura enquanto
educadores necessita de influenciar diretamente na vida dos estudantes.

Página | 58
A RELAÇÃO ENTRE OS EDUCADORES E EDUCANDO NA ESCOLA

ETAPAS DEPEDÊNCIA COLABORAÇÃO AUTONOMIA

Educadores
A iniciativa parte
Iniciativa unilateral discutem se devem
INCIATIVA DE AÇÃO dos próprios
dos educadores ou não assumir uma
educandos
iniciativa

Educadores Educadores e
Educandos
O PLANEJAMENTO planejam sem a educandos
planejam o que será
DA AÇÃO participação dos planejam juntos a
feito
educandos ação

Educadores Educadores e
Educandos
A EXECUAÇÃO DA executam e os educando
executam oque já
AÇÃO educandos executam a ação
foi planejado
recebem a ação juntos.

Educadores e
educandos
A AVALIAÇÃO DA Educadores avaliam Educandos avaliam
discutem que é e
AÇÃO a ação a ação executada
como vão avaliar a
ação axecutada

Educadores e
A PROPOSIÇÃO DO Resultados educandos Educandos se
RESULTADO DA apropriados pelos compartilham os apropriam dos
AÇÃO educadores resultados da ação resultados
planejada

As formas de apoio da Gestão Escolar

A Gestão Escolar é a liderança de todo o processo educativo


desenvolvido na escola. É ela a responsável pela formação de sua equipe,
pela sua coordenação e integração dos seus resultados.
É seguramente um elemento de grande inspiração para os estudantes na
sua formação como protagonistas e um forte apoiador na estruturação dos
Clubes de Protagonismo.
A escuta atenta aos estudantes é o primeiro aspecto a ser
considerado em todo processo educativo e ela é fundamental aqui.
Dedicar tempo para se reunir com os estudantes, ouvi-los, pedir a opinião,
motivá-los a analisar e avaliar temas presentes na escola que lhes dizem
respeito e que impactam em suas vidas é muito importante e altamente

Página | 59
formativo.

RECOMENDAÇÃO:
● Formalizar na agenda do Gestor uma reunião semanal (fluxo) com os
Presidentes de Clube;
● Criar e expor, em local visível, a agenda de encontros dos clubes com
dias, horários e locais definidos;
● Revisitar, monitorar e acompanhar os planos de ação dos clubes
(PLANNER);
● Desenvolver ata de registro das reuniões entre Presidentes de Clubes e
Gestor(a) Escolar;
● No contexto da educação remota, as ações dos clubes, bem como seu
monitoramento, devem ser adaptadas sem, contudo, serem
descontinuadas, tendo em vista que as atividades seguirão o fluxo
normal.

2.7 TUTORIA

Tutoria e Pedagogia da Presença são indissociáveis no Modelo Escola


Cidadã Integral. O modelo da estratégia de escolha dos tutores a ser adotado
pela escola deverá ser objeto de discussão e de definição em virtude das
condições existentes, buscando adequação de estratégias e visando a atingir
a totalidade dos estudantes matriculados. Para qualquer que seja a definição,
é fundamental assegurar que os estudantes tenham a liberdade de fazer a
escolha sobre aquele que será o seu tutor.
Cada professor tutor deve compreender a devida importância de sua
função e compreensão de o quanto a Pedagogia da Presença, Tutoria e
Projeto de Vida devem estar alinhados em suas ações e apoio aos estudantes.
Para isso, é importante e indispensável o uso de instrumento de apoio e
monitoramento dos(as) estudantes (Ficha de Tutoria Padrão da CEEI),
acessada via link de materiais.
Tutoria e o Novo Ensino Médio: Excepcionalmente para as turmas da 1ª
Página | 60
Série do Ensino Médio, dentro da ótica do Novo Ensino Médio, algumas
especificidades serão detalhadas em documento à parte, que orientam o
desenvolvimento da disciplina de Tutoria.

O que é tutoria?

● Oferta de apoio para reflexão e orientação das múltiplas aprendizagens


do estudante;
● Atuação generosa com claros limites de atuação pautada pela ética
profissional.

O que não é tutoria?

● Estabelecimento de uma relação familiar entre tutor e tutorado;


● Julgamento das escolhas, dos valores e das decisões do tutorado,
tampouco dos de sua família;
● Sessão psicológica e/ou terapêutica;
● Convivência confusa e desordenada em que não há respeito à
territorialidade do tutor e do tutorado.

Referente às disciplinas técnicas semestrais: os tutorandos que ficarem


para exames finais nas disciplinas do 1º semestre, cabe ao tutor verificar se o
estudante está realizando as atividades de revisão passadas pelo professor da
disciplina da Área Técnica em que o estudante ficou com pendência,
acompanhando suas frequências nas aulas da base técnica e seu
desempenho no 1º e 2º semestres.

2.8 CONSELHO DE LÍDERES

O(A) Gestor(a) Escolar é a referência em liderança na Escola Cidadã


Integral, e tem como função desenvolver a liderança servidora em toda a
comunidade escolar, inclusive, diante dos estudantes, a partir dos líderes de
turma.
Para tanto, eles devem desenvolver uma reunião semanal (fluxo) com
os(as) Líderes de Turma. Essas reuniões precisam ter como pauta a discussão
sobre os temas de interesse da comunidade escolar, permitindo que os(as)
Página | 61
líderes se apropriem das necessidades específicas das turmas, sobretudo que
pensem em soluções para os problemas da escola no que diz respeito à
atuação dos(as) estudantes.
Os líderes precisam discutir com os(as) colegas sobre a escola que eles
têm (os problemas e as soluções, as qualidades e as melhorias). Dessa forma,
devem elaborar um processo para as reuniões com as respectivas turmas:
construção de pauta, discussão/análise/encaminhamentos, memória da
reunião.
Vale salientar que, além da discussão dos resultados da escola, o gestor
escolar deve realizar momentos formativos com os(as) líderes de turma a
respeito de protagonismo e liderança servidora, ajudando-os a perceberem o
seu papel frente à comunidade na qual estão inseridos e suas relações com
os professores e demais estudantes.

Destacamos que o processo deve ser organizado de acordo com as


seguintes etapas:

● Primeiramente, deverá ser realizada a eleição dos líderes de turma;


● Durante o ano letivo, os líderes de turma deverão conversar com seus
respectivos colegas de sala a fim de construir uma pauta de discussão
para a reunião semanal com o Trio Gestor;
● Posteriormente, todos os líderes levarão as temáticas debatidas em sala
para serem dialogadas entre eles (líderes com líderes). Esse é o momento
primordial para o conselho de líderes;
● Após as etapas acima serem cumpridas, os líderes levarão a pauta
acordada no conselho de líderes para a discussão com toda a gestão
escolar. Essa reunião deverá conter uma ata que registre todos os pontos,
discussões e encaminhamentos;
● Por fim, os(as) líderes deverão dar a devolutiva a cada turma sobre o que
foi encaminhado em reunião.

Página | 62
Acerca de formações sobre a temática, a CEEI conduzirá
semestralmente uma formação para Gestores e Líderes de turma, frente aos
desafios da liderança e o desenvolvimento desse processo que é de suma
importância para o fluxo de comunicação na escola, entre a gestão e os
estudantes.

No contexto de aulas remotas/híbridas, o fluxo continua o mesmo,


sendo um processo muito importante para a manutenção da comunicação
com estudantes, porém, com as adaptações necessárias para que as ações
sejam desenvolvidas por meio das plataformas de comunicação virtual. Assim,
deve acontecer:
● Eleições de líderes de forma Virtual;
● Formação de líderes de forma Virtual;
● Reuniões de líderes com a turma, entre si (no conselho de líderes), e entre
a gestão de forma virtual.

2.9 AVALIAÇÃO SEMANAL

É realizada uma vez por semana, pelo período de duas horas/aulas


(cem minutos), e deve ocorrer às terças-feiras, no quarto e quinto horários,
logo após a aula de Estudo Orientado. A avaliação deve ser composta por
um bloco de vinte questões objetivas (múltipla escolha), com cinco opções
de resposta (A, B, C, D, E) e acompanhada por um gabarito para as respostas.
Em caso de segunda chamada (recuperação ou reposição), ela deve
ser subjetiva, aplicada pelo professor(a) da disciplina em sua aula, com dez
questões, garantindo que todos os estudantes participem desse processo de
avaliação.
Os horários que correspondem à AVS - Avaliação Semanal, devem ser
totalmente aproveitados pelos(as) estudantes para a realização da
avaliação. Desse modo, não é recomendado que os(as) estudantes deixem
a sala antes do cumprimento dos cem minutos. Para tanto, a escola pode

Página | 63
adotar a estratégia de não realizar a entrega de todas as provas de uma vez,
dividindo o tempo entre elas.

Observação: Referente às disciplinas da Área Técnica, é necessário avaliar se


elas são práticas. Se for o caso, estão isentas de participar da Avaliação
Semanal. Essa decisão deve ser tomada entre os professores da área Técnica
e o Coordenador de Área, bem como repassada antecipadamente à
Coordenação Pedagógica.

A Avaliação Semanal deve obedecer ao seguinte calendário:

ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL TÉCNICA – ECIT

1ª Semana Português e Redação Dissertativa-argumentativa

2ª Semana Geografia e Química

3ª Semana História e Sociologia

4ª Semana Matemática e Filosofia

5ª Semana Inglês e Física

6ª Semana Espanhol e Biologia

7ª Semana Disciplinas da Base Técnica

8ª Semana Arte e Educação Física

9ª Semana Simulado

ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL – ECI – Ensino Médio

1ª Semana Português e Redação Dissertativa-argumentativa

2ª Semana Geografia e Filosofia

3ª Semana História

4ª Semana Matemática

5ª Semana Arte e Física

6ª Semana Sociologia e Biologia

7ª Semana Inglês e Educação Física

Página | 64
8ª Semana Espanhol e Química

9ª Semana Simulado

ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL – ECI – Ensino Fundamental5


1ª Semana Redação
2ª Semana Geografia
3ª Semana História
4ª Semana Matemática
5ª Semana Ciências
6ª Semana Ensino Religioso e Inglês
7ª Semana Português
8ª Semana Arte e Educação Física
9ª Semana Simulado

É importante que as avaliações sejam aplicadas por, pelo menos, dois


professores em cada turma. Todos os professores da unidade de ensino devem
se envolver na aplicação da Avaliação Semanal, ficando a cargo da
coordenação pedagógica a orientação sobre a aplicação.

Trata-se de uma prática que visa ao desenvolvimento dos 4 princípios


que compõem o Modelo das ECI, que considera o desenvolvimento das
competências para o século XXI na mesma medida da formação acadêmica
de excelência e formação para a vida, portanto, necessita ser concebida
como um espaço próprio de desenvolvimento integral dos envolvidos.
As avaliações devem ser elaboradas pelo professor de cada disciplina
e entregues ao coordenador de área que deve formatá-la e avaliar se as
questões possuem necessidade(s) de ajuste(s). O coordenador de área
deverá entregar as avaliações já formatadas e validadas para a
coordenação pedagógica que, junto à secretaria da escola, fará a
impressão.
Posteriormente, será feita a distribuição das provas aos aplicadores e
essas deverão estar acompanhadas das atas de frequência. Após serem

5 A Avaliação Semanal nas turmas de Ensino Fundamental deve ser realizada em uma aula de Estudo Orientado
(terça-feira, no 5º horário).
Página | 65
realizadas, por se tratar de provas objetivas acompanhadas de um gabarito
à parte, as avaliações devem ser corrigidas pelos professores, com apoio dos
coordenadores de área. Uma dica é que cada aplicador possa corrigir a sua
respectiva turma, tendo em vista que toda semana essa ação se repete e a
quantidade fica bem dividida, sem sobrecarregar um único professor por
semana.
À Coordenação Pedagógica e à Coordenação de Área, cabem
realizar o levantamento dos resultados juntos aos professores e gerar uma
planilha de acompanhamento de resultados da Avaliação Semanal. Essa
ação dá foco ao acompanhamento pedagógico e da aprendizagem dos
estudantes, oferecendo uma visão das suas fragilidades e potencialidades
demonstradas por meio dos instrumentos avaliativos aplicados.

É papel da Coordenação Pedagógica encaminhar as avaliações aos


professores que divulgarão os resultados aos estudantes. Esse processo deve
ser o mais rápido possível, não gerando acúmulo de resultados de uma
semana para outra e facilitando o acompanhamento do desenvolvimento
da aprendizagem dos estudantes.

É importante que todos os Estudantes tenham acesso, também, ao


Sistema Saber, bem como seus respectivos responsáveis, para que em tempo
hábil possam receber suas notas lá registradas. Implementar essa cultura de
acesso e acompanhamento pelos estudantes do Sistema Saber, possibilita o
rompimento de uma cultura de divulgação e exposição de notas, assim como
fortalece o autodesenvolvimento e autogestão dos estudantes.

2Avaliação Semanal no Contexto Remoto/Híbrido:

Durante o Ensino Remoto/Híbrido a Avaliação Semanal estará suspensa


e outras formas de avaliação explicitadas no Documento Arquitetura
Avaliativa (bit.ly/3k8uTCG) deverão ser aplicadas.

Página | 66
No entanto, é necessário entender que a Avaliação Semanal é uma
extensão do Estudo Orientado, enquanto Metodologia de Êxito, que apoia o
desenvolvimento e monitoramento da aprendizagem a curto prazo.
Assim, para fins de registro e produtividade no Sistema Saber, os
professores devem registrar normalmente o calendário de Avaliação Semanal.
Para o registro da Avaliação, o professor deve estar alinhado à Coordenação
Pedagógica para obter as habilidades que são trabalhadas e avaliadas nas
disciplinas da BNCC em cada Semana de acordo com o calendário de
avaliações.
Para o registro das notas no sistema, segue a mesma orientação do
presencial: deve-se considerar para fins de registro, uma nota entre 7,0 e 10,0
pontos que representam a participação e assiduidade do estudante nos
processos avaliativos.
É importante destacar que a Parte Diversificada do Currículo, por força
de lei, não deve gerar reprovação, não se tornando, nesse sentido, inferior à
BNCC, mas sim, uma extensão de apoio, aprofundamento e enriquecimento
do que se propõe nos processos de aprendizagem.

2.10 ESTUDO ORIENTADO

O Estudo Orientado deve acontecer em duas horas/aulas semanais


(cem minutos). Uma das aulas de Estudo Orientado deve acontecer às terças-
feiras, no 3º horário, antecedendo o horário da Avaliação Semanal.
A outra hora/aula deve estar disposta ao longo da semana, de maneira
que não esteja em extremidades (5º ou 9º horários, por exemplo). Essa aula
deve ser definida, no mesmo horário, para todas as turmas. Faz-se necessário
um rodízio de professores para a realização das aulas referentes ao Estudo
Orientado, garantindo que todos os professores que estão na escola integral
participem efetivamente da movimentação dessa Metodologia de Êxito.

Página | 67
Fica sob responsabilidade da coordenação pedagógica a criação desse
sistema de rodízio. As aulas de Estudo Orientado devem seguir a seguinte
sequência:
- Material de 2022 (Comum a todas as Turmas);
- Material específico para cada série elaborado em 2021;
- Material elaborado em parceria com ISG - Instituto Sonho Grande
(Comum a todas as turmas).

Todos estes materiais foram disponibilizados pela Comissão Executiva de


Educação Integral (bit.ly/3u0Ahx4) às escolas.
O ideal é que as aulas sejam compostas de orientações para que os
estudantes possam desenvolver estratégias para organizar sua rotina de
estudos, desenvolver técnicas de estudos, e até mesmo serem utilizadas para
colocar em dia as atividades e trabalhos das diversas disciplinas que cursam,
ou ainda tirar dúvidas dos conteúdos, podendo organizarem grupos de
estudos orientados pelos professores e com o auxílio de um estudante como
monitor. A monitoria aluno-aluno é essencial para o desenvolvimento do
Protagonismo e dialoga com as necessidades identificadas como prioritárias
no PISA 2018.

2.11 ELETIVAS

Acontecem no período de duas horas/aulas semanais (cem minutos).


As aulas devem acontecer nas segundas-feiras, no 4º e 5º horários.
A Eletiva deve ter como característica principal a interdisciplinaridade,
devendo integrar, pelo menos, dois professores de disciplinas distintas e, no
máximo, três (sejam elas da base comum ou área técnica). As Eletivas
propostas devem ter como objetivo trabalhar temas, conteúdos e áreas que
colaborem para a efetivação de um conhecimento que não foi alcançado
a partir das disciplinas obrigatórias da base comum e técnica, ampliando,
diversificando e aprofundando conceitos, procedimentos ou temáticas, bem

Página | 68
como o desenvolvimento de habilidades e competências, levando em
consideração o projeto de vida dos estudantes, uma vez que é, também, a
centralidade do modelo. Nas Escolas Cidadãs Integrais Técnicas, as eletivas
propostas devem contemplar a Base Nacional Comum e a área Técnica.
Os professores deverão propor uma Ementa 6 que oriente a Eletiva e que
deve ser apresentada aos estudantes, que farão a escolha da disciplina de
que participarão. Os estudantes estarão livres para escolher a que mais lhe
convenha. A quantidade de Eletivas deve ser em um número mínimo igual ao
número de turmas existentes nas escolas, assim como deve-se fixar um número
máximo de participantes para cada Eletiva, bem como as inscrições devem
acontecer de maneira a possibilitar chances iguais de escolha.
A duração de cada Eletiva proposta é semestral, contemplando, assim,
o primeiro e o segundo semestres com grupos diferentes de Eletivas.
Recomenda-se que a mesma Eletiva não seja repetida em outro
semestre, exceto, em caso de interesse de um novo grupo de estudantes em
cursar a mesma Eletiva e não tendo havido a possibilidade de contemplar a
demanda de procura. Nesse caso, a coordenação pedagógica deverá
validar a reoferta da Eletiva (porém, é extremamente importante que o
projeto tenha um outro foco e não seja repetido o mesmo projeto nem a
mesma Ementa). Ao final de cada semestre, determina-se uma culminância
para evidenciar os resultados alcançados e os trabalhos produzidos pelos
estudantes durante o curso. A culminância deve ser um evento aberto à toda
comunidade escolar.
É importante que as Escolas que ofertam o ensino fundamental criem
Disciplinas Eletivas específicas para os estudantes do 6º, 7º e 8º anos, as quais
devem ser planejadas de forma mais lúdica e prática e em uma linguagem
que possa ser atrativa e de simples compreensão para os estudantes dessa
faixa etária, mantendo o foco e objetivo no reforço e complementação da
aprendizagem das disciplinas da BNCC. Para os 9º anos, serão ofertadas as
mesmas Eletivas criadas para o Ensino Médio.

6 Segue modelo em anexo.


Página | 69
As Disciplinas Eletivas são componentes previstos na matriz curricular e
se submetem, portanto, aos regimentos legais. A frequência deve ser
registrada e contabilizada para efeito da frequência geral do estudante. A
parte diversificada não implica em reprovação do estudante, conforme prevê
a legislação, mas isso não significa que não devam existir mecanismos de
avaliação. Uma ponderação: como há o objetivo de assegurar a
integralização entre a Parte Diversificada e a Base Comum e Base Técnica,
recomenda-se que o desenvolvimento dos estudantes nas Eletivas deva, de
alguma forma, ser considerado na avaliação das disciplinas da BNCC e BT, a
partir de atitudes, habilidades, competências e ampliação dos seus
conhecimentos.

OBSERVAÇÃO:
As Eletivas são essencialmente interdisciplinares, para tanto, nas ECITs, sugere-
se que em ao menos 30% das Eletivas, a cada semestre, seja evidente a
interdisciplinaridade entre componentes técnicos e da BNCC, agregando
conhecimento comum ao estudante e buscando fortalecer o entendimento
dos conteúdos que convergem entre essas duas áreas.

2.12 O CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é liderado pelo Coordenador Pedagógico da


escola e conta com a presença dos conselheiros natos – gestor escolar, todos
os professores, líderes de turma e respectivos vice-líderes.
Na perspectiva formativa do Modelo de Escola Cidadã Integral, o
Conselho de Classe ocorre seis vezes ao ano, com focos distintos em cada
período, e é organizado com base nas necessidades emergentes.

Página | 70
Diagnóstico - 1º Conselho

● Realizado logo após a avaliação diagnóstica de entrada dos estudantes


(nas primeiras semanas de aula), a partir da qual se identifica em que nível
acadêmico está cada estudante;
● Consolida os resultados e identifica a defasagem das habilidades e
competências dos estudantes;
● Caracteriza e organiza as necessidades de aprendizagem e ensino;
● Reconhece e situa questões emergentes da relação professor-estudante;
● Levanta e pactua procedimentos para intervenção efetiva do que foi
apresentado.

Esse primeiro conselho norteará o planejamento das atividades a serem


desenvolvidas durante o primeiro bimestre. Deverão ser considerados os
descritores do IDEB, parâmetro nacional de avaliação. Neste conselho, ainda
não há a participação dos estudantes.

Acompanhamento - 2º, 3º, 4º e 5º Conselhos

● Aprecia os resultados identificados ao longo do período bimestral;

● Avalia a efetividade dos procedimentos adotados e pactuados no


Conselho anterior;
● Identifica necessidades e possibilidades de outras intervenções;

● Assume coletivamente as responsabilidades do acompanhamento e das


ações estabelecidas.

ORIENTAÇÕES:

• Cada professor, ao entender que é gestor dentro da sua área de atuação, deve
monitorar periodicamente (fluxo) os resultados das disciplinas que ministra a fim

Página | 71
de obter um quadro geral dos percentuais de reprovação, médias e frequência
dos estudantes, além do monitoramento do currículo planejado, currículo dado e
currículo aprendido.
• Esses dados devem também ser acompanhados, no fluxo, pelas Coordenações
de Área que, ao final de cada bimestre, irão consolidá-los de modo geral na área
específica e entregá-los à coordenação pedagógica.
• Os resultados devem ser analisados e consolidados pelo gestor escolar e
coordenador pedagógico, considerando o resultado geral da escola, em
observância às metas pactuadas no Plano de Ação da escola.

O Protagonismo presente no Conselho de Classe

Para o Conselho de Classe, existem três momentos distintos e


articulados: pré-conselho, conselho e pós-conselho (apenas para os 2º, 3º,
4º e 5º conselhos). Eles objetivam a avaliação e a recondução do processo
de ensino-aprendizagem.

Primeiro momento: Pré-conselho


Faz parte do planejamento do Conselho de Classe a elaboração de
uma pauta por parte dos estudantes, na qual cada turma avalia os itens:
relação professor x estudante, metodologia utilizada, procedimentos de
avaliação de cada disciplina e a autoavaliação da turma – um
procedimento que encoraja os estudantes a assumirem a responsabilidade
pela sua própria aprendizagem e os corresponsabiliza pelo ambiente e
condições adequadas para que o trabalho pedagógico ocorra.

Segundo momento: Conselho


A participação dos Líderes de Turma durante os Conselhos de Classe consiste
em 2 fases:

Página | 72
I. Na apresentação, pelos Líderes, dos resultados da avaliação realizada
junto às suas respectivas turmas, considerando os critérios definidos
(relação professor x estudante, metodologia utilizada, procedimentos de
avaliação de cada disciplina e a autoavaliação da turma). É também o
momento em que são apresentados os compromissos que os estudantes
propõem para a superação das dificuldades que eventualmente tenham
sido identificadas;

II. Na apresentação, pelos professores, do perfil e desempenho acadêmico


geral da turma, bem como a avaliação, que fazem parte do nível de
compromisso que coletivamente manifestaram ao longo do período,
observando a relação entre esse resultado e o desempenho geral da
turma.

Após a realização dessas fases, são discutidos e pactuados entre os


Conselheiros e estudantes os encaminhamentos para a superação das
dificuldades e/ou aperfeiçoamento dos procedimentos identificados como
bem sucedidos.

OBSERVAÇÃO:
Os Líderes de Turma não participam da discussão sobre os estudantes em
situações mais críticas, descrição de comportamentos, posturas diante dos
estudos e construção dos seus Projetos de Vida.

Terceiro momento: Pós-conselho


Finalizado o Conselho de Classe, o Coordenador Pedagógico alinha
com os Tutores o processo de devolutiva individualizada dos resultados para
os estudantes e seus responsáveis. É de grande importância que os

Página | 73
estudantes tomem conhecimento de suas fragilidades e potencialidades e
que os pais e responsáveis recebam os resultados a partir dos próprios
professores para que garantam as intervenções que forem necessárias.
Todas as etapas do Conselho mencionadas fazem parte do ciclo de
operacionalização alimentado pelo Modelo, que consiste no planejamento,
execução, acompanhamento e avaliação dos resultados da escola.

ORIENTAÇÕES SOBRE O PÓS-CONSELHO:

A escola deve organizar uma reunião com os responsáveis para que o


coordenador pedagógico apresente os resultados gerais das turmas. Em
momento adequado, cada responsável deve ter a oportunidade de receber
dos tutores os resultados individuais dos estudantes. Esse momento pode ser
realizado em salas de aula distintas.

Promocional - 6º Conselho

● Decide coletivamente sobre a promoção ou retenção do estudante,


analisando os resultados apresentados e sua relação com os
procedimentos de acompanhamento assumidos nos Conselhos
anteriores;
● Define previamente estratégias coletivas e individuais para o
acompanhamento e intervenção posteriores junto aos estudantes
promovidos, e em quem se reconhece a necessidade de
acompanhamento efetivo no ano seguinte.

OBSERVAÇÃO:
Estudantes não participam do Conselho Promocional.

Página | 74
2.13 FARDAMENTO

O uso do uniforme é obrigatório e os jovens só poderão entrar com a


camisa oficial ou de cor branca (ou ainda camisas feitas para eventos
escolares como gincana, feira de ciências, clubes de protagonismo etc.),
calça jeans (ou outra estabelecida pela escola) e calçado fechado, de
acordo com a norma acordada no Regimento Interno da escola.
Em caso do não cumprimento, independente do motivo, a Equipe
Gestora deverá ser informada pelos familiares ou responsáveis para tomar as
devidas providências e realizar a autorização da permanência do estudante
nas dependências da escola.

IMPORTANTE:
Ainda que o estudante se apresente sem uniforme, sua entrada no prédio
não pode ser proibida. Deixar os estudantes na rua enquanto se decide sobre
sua entrada na escola é uma ação que compromete sua segurança e pode
desencadear problemas para o Gestor junto ao MP (Ministério Público).

2.14 REPOSIÇÃO DAS AULAS

Nas Escolas Cidadãs Integrais Propedêuticas, Escolas Cidadãs Integrais


Técnicas, Escolas Cidadãs Socioeducativas e Escolas Cidadãs Integrais
Indígenas, é vedada a aula vaga, colabora para isso o Regime de Dedicação
Docente Integral – RDDI. Assim, cabe ao coordenador de área, em casos de
ausência de professores, organizar um horário especial para suprir as
necessidades das aulas sempre levando em consideração o programa de
ação de cada professor no qual se encontram estabelecidos os seus devidos
substitutos, não podendo o mesmo se negar a este exercício caso esteja sem
aulas no momento.
Página | 75
Com exceção de situações extraordinárias, é preciso garantir que os
professores que se encontram em planejamento não sejam chamados à
substituição. Para tanto, os professores devem definir em seus programas de
ação, pelo menos, três professores substitutos: 1 da mesma área disciplinar e 2
de áreas distintas.
Além disso, no momento de definir os substitutos, deve-se considerar o
horário de distribuição das aulas de maneira a garantir que os respectivos
substitutos não tenham aulas no mesmo dia e horário do professor a ser
substituído.
Deve-se verificar, ainda, a possibilidade de os substitutos ministrarem
aulas nas mesmas turmas do professor a ser substituído. Orientamos que a lista
de substitutos de cada professor esteja atualizada em seu respectivo
programa de ação, de acordo com o horário escolar.
A reposição das aulas aos professores substitutos deve ocorrer no prazo
de até 15 dias a partir da substituição.
Em casos de substituição de professores da Área Técnica, a primeira
opção será um professor da Área Técnica, a segunda o Coordenador da Área
Técnica. Não havendo disponibilidade de nenhum desses professores citados,
um professor de disciplina da Base Comum Curricular deve substituir o
professor da Base Técnica, ministrando sua própria disciplina e, quando o
professor substituído retornar, deverá repor o conteúdo em uma aula
pertencente ao professor que o substituiu: a regra vale para todos os casos de
substituição.

2.15 PROPULSÃO (NIVELAMENTO)

Propulsão é uma estratégia fundamental para o bom desenvolvimento


dos estudantes durante o ano letivo e, quando realizado de maneira efetiva
e monitorada, proporciona maior rendimento dos(as) estudantes, além da
elevação dos índices de aprendizagem da escola, contribuindo diretamente
nas avaliações externas. Desse modo, os discentes devem estar cientes de
que a Propulsão está intrinsecamente ligada à realização dos seus Projetos de
Página | 76
Vida.
Para tanto, ao início de cada ano letivo, a SEECT/CEEI orienta a
aplicação da Avaliação Diagnóstica em todos os níveis da Educação Básica
atendidos pela Rede (do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da 1ª à 3ª
séries do Ensino Médio), em Português e Matemática, principalmente.
Sobremaneira, as avaliações contemplam os critérios e as habilidades
estabelecidas pelo SAEB, conforme Matriz de Referência disponibilizada pela
Comissão Executiva de Educação Integral.
Após a aplicação da Avaliação Diagnóstica, segue o Conselho de
Classe (1º Conselho - Diagnóstico) que deve se reunir para planejar ações
alinhadas com todas as disciplinas (inclusive da área técnica), para que
possam efetivar as ações de Nivelamento dos(as) estudantes de acordo com
as necessidades identificadas a partir dos resultados apresentados.
Para o bom Planejamento e Execução das Ações de Propulsão, a
equipe de Professores de Língua Portuguesa e de Matemática das respectivas
turmas, liderados pela Coordenação Pedagógica, reúnem os elementos
discutidos no Conselho Diagnóstico e elaboram o Plano de Propulsão.
É no Plano de Propulsão que a equipe articula, sistematiza metas, ações,
estratégias e evidencia o diagnóstico atual da escola, de modo a estipular
prazos para a obtenção de resultados que estão alinhados à visão e missão
do Plano de Ação da Escola. Esse importante Instrumento de Gestão, deve ser
elaborado com a atuação evidente da Coordenação Pedagógica e dos
Professores de Língua Portuguesa e de Matemática. Nesse sentido, é muito
importante que a Coordenação Pedagógica incorpore, em sua prática, o
Modelo de Gestão baseado na TGE, a fim de garantir a articulação perfeita
entre as áreas e o trabalho de Propulsão, bem como o monitoramento dos
resultados.
Assim, recomenda-se que o Nivelamento seja desenvolvido durante
todo o ano letivo, envolvendo ações de articulações específicas em todas os
Componentes Curriculares, indicadas nos Guias de Aprendizagem, nas
Ementas das Eletivas e nos Programas de Ação. Dessa forma, é necessário

Página | 77
garantir períodos de monitoramento da diagnose (realizado pelo(a)
coordenador(a) pedagógico(a)) com foco no desenvolvimento pleno das
habilidades básicas.
Após esse período dedicado ao Planejamento, inicia-se o trabalho com
as Sequências Didáticas que são ofertadas pela SEECT/CEEI e são usadas,
especialmente, nas aulas destinadas ao Nivelamento. No entanto, as
Sequências Didáticas possibilitam a ampliação dos temas trabalhados em
outras aulas próprias da Língua Portuguesa, Matemática e também de outras
áreas do Conhecimento.
Por isso, é importante o cumprimento de 100% de todas as etapas do
trabalho com as Sequências Didáticas nas aulas específicas de Propulsão, mas
isto, não quer dizer que os(as) professores(as) não possam aprofundar, ampliar
e diversificar o debate em outras aulas. Essa possibilidade acontece, porque
o trabalho com as habilidades ampliam as formas de abordar e de construir
conhecimentos. Além disso, a Sequência Didática é uma ferramenta
disponível para ampliar a prática pedagógica da equipe escolar em todas as
disciplinas com foco no desenvolvimento das habilidades da Matriz Curricular.
Para as turmas do Ensino Fundamental, a Matriz já contempla duas aulas
específicas para Nivelamento, essas devem ser distribuídas para os professores
de Língua Portuguesa e de Matemática, ficando uma aula para cada um
deles. Já no Ensino Médio, as aulas devem ser utilizadas em duas aulas
geminadas das disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática.
Ao fim de cada Bimestre, a Coordenação Pedagógica deverá reunir os
professores de Propulsão e realizar as duas últimas etapas do PDCA no Plano
de Propulsão, ou seja, Avaliar e indicar os Ajustes e encaminhamento para o
próximo Bimestre. Esse exercício garante a aplicação correta do Ciclo PDCA,
perpassando o Planejamento com o Conselho Diagnóstico, elaboração do
Plano de Propulsão, executando e avaliando o que foi feito.

Página | 78
Propulsão (Nivelamento) - Ensino Remoto

No contexto do ensino remoto, Propulsão é desenvolvida em aulas síncronas


(on-line) dispostas na grade horária das aulas semanais. Além de tudo, o
trabalho é desenvolvido com foco nas habilidades de Nivelamento,
conforme a Matriz de Referência enviada pela Comissão Executiva de
Educação Integral, articulando-a entre as áreas e ao uso das Sequências
Didáticas, já citadas no tópico acima.

Outrossim, indicamos que haja o planejamento conjunto, para que os


Programas de Ação e as atividades sejam bem elaborados e direcionados,
visto que dará subsídios ao desenvolvimento pleno das habilidades, além de
promover ações e estratégias para resultados significativos do trabalho de
Nivelamento realizado pela escola.

Sendo assim, para o melhor desenvolvimento das estratégias de Propulsão no


contexto de ensino remoto, podem ser utilizadas as diversas ferramentas que
dão suporte ao ensino-aprendizagem, incluindo outros recursos que os(as)
professores(as) tenham e que estão em conformidade com as orientações
repassadas pela SEECT.

Propulsão (Nivelamento) - Ensino Híbrido

O Ensino Híbrido usa a tecnologia on-line não apenas para complementar,


mas para transformar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem, de
modo que a tecnologia e o ensino se complementam. Desse modo, a
metodologia empregada no ensino híbrido utiliza as ferramentas e as
tecnologias já usadas no ensino remoto para criar uma variedade de
ambientes de aprendizagem alicerçados na transversalidade de conteúdos
e nos componentes curriculares.

No contexto de Propulsão, o ensino híbrido é um ambiente de ensino-


aprendizagem que incorpora virtualmente, os(as) estudantes em salas de

Página | 79
aulas síncronas, usando as ferramentas que já dão suporte no momento
remoto de ensino, como o Google Meet, por exemplo, combinadas com
atividades presenciais por uso de tecnologias tendo como suporte
Sequências Didáticas previamente elaboradas, além de ações planejadas
pela equipe escolar.

2.16 USO DOS LABORATÓRIOS

No período do Ensino Híbrido, os laboratórios só deverão ser utilizados


mediante as orientações sanitárias e especificidades dos municípios junto aos
testes sorológicos de cada escola. Ainda assim, permanecem as normas de
distanciamentos e as normas de segurança e Manuais de Procedimentos a
serem seguidos. Os estudantes não poderão fazer uso desses instrumentos sem
a presença de professor(a) responsável. Aos professores, cabe a
responsabilidade de manter o ambiente organizado e zelar junto aos
estudantes pela manutenção dos equipamentos existentes.
Os professores devem organizar os seus horários de aulas de forma que,
semanalmente, os laboratórios (Linguagens, Robótica, Ciências, Multimídia)
disponíveis na escola sejam utilizados. Em casos de turmas em grande número,
recomenda-se que os estudantes monitores auxiliem essas aulas. Além de
tudo, eles devem estar cientes do planejamento feito pelo professor para
aquela determinada aula. 7

2.17 ESTUDANTES MONITORES

A Prática de Monitoria deve ser incentivada em todas as ações dentro


da escola. Os Estudantes, nessa prática, são convidados a serem uma
ferramenta poderosa no processo de ensino-aprendizagem,
autodesenvolvimento e cooperação protagonista. Também nas aulas de
Estudo Orientado, os estudantes já previamente selecionados nas disciplinas

7 Segue em anexo orientações para uso dos laboratórios.


Página | 80
da BNCC como monitores e em planejamento juntos aos respectivos
professores, são estimulados a desenvolver o autodidatismo, o protagonismo
e a colaboração no desenvolvimento das aprendizagens junto aos grupos de
estudos.
Recomenda-se a escolha de estudantes monitores para auxiliar os
professores durante as aulas e/ou mesmo em quaisquer outras atividades
realizadas no âmbito escolar. Esses devem e podem auxiliar nas aulas de
Estudo Orientado, nas Eletivas, no uso dos laboratórios ou em outras atividades
determinadas pelos professores.
Para isso, eles devem ser selecionados, para que possam participar do
planejamento de algumas aulas sempre que se fizer necessário seu trabalho
de monitoria. No final do período de monitoria, os estudantes devem ser
certificados.
No contexto de aulas remotas/híbridas, o fluxo segue na mesma
perspectiva, sendo que as ações são desenvolvidas de forma virtual, porém
sem alterar os objetivos da monitoria, a troca de informações e o
fortalecimento do protagonismo aos jovens atuarem de maneira solidária com
os seus colegas. Sendo necessário, assim, maior fortalecimento das ações
Protagonistas de Monitoria, observando que o Ensino Híbrido exige ainda mais
apoio, dedicação e esforço de professores e estudantes.

2.18 GUIAS DE APRENDIZAGEM

Guia de Aprendizagem é um recurso que se destina a orientar processos


de planejamento e de acompanhamento pedagógico, de maneira objetiva,
à luz dos 3 Eixos Formativos, 4 Pilares da Educação e Princípios Educativos em
um ciclo bimestral:
Junto ao professor: para o planejamento e desenvolvimento das
atividades pedagógicas da disciplina que ele ministra.
Junto ao estudante: para apoiar o desenvolvimento da capacidade de
autorregulação da sua aprendizagem, pois fornece informações sobre os
componentes curriculares (objetivos, atividades didáticas e autodidáticas,
Página | 81
fontes de consulta etc.), que eles necessitarão para criar os seus próprios
mecanismos de planejamento de estudos.
Junto às famílias: para complementar os mecanismos de comunicação
de que a escola já dispõe e apoiá-las no acompanhamento de
ensino/aprendizagem dos estudantes, fortalecendo a corresponsabilidade
das famílias nesse processo.
Nesse sentido, o Guia de Aprendizagem inova ao ser, simultaneamente,
um recurso que atende três níveis distintos desse processo de formação
(professores, estudantes e famílias) e articula planejamento e comunicação,
monitoramento e cumprimento do currículo, bem como dimensões
fundamentais nos mecanismos de melhoria contínua dos processos
pedagógicos.
A implementação do instrumento no cotidiano da escola contribui para
o rompimento de uma estratégia há muito utilizada pelas escolas, que é a de
“somente” o professor sabe o que vai ser ensinado em um determinado
período e o estudante “somente” recebe essas informações.
O Guia compartilha com os interessados (estudantes e familiares) o que
será contemplado no bimestre e como será o acesso ao conhecimento. Esse
movimento possibilita que a Pedagogia da Presença, a Educação
Interdimensional, o Protagonismo e os 4 Pilares da Educação sejam
movimentados no cotidiano da sala de aula e para além dela.
Logo, os Guias de Aprendizagem devem estar expostos nas salas de
aula, de maneira a garantir que todos os estudantes tenham acesso. É
necessário que os professores retomem o conteúdo dos Guias em todas as
aulas ministradas, a fim de fazer com que os estudantes se apropriem do
instrumento, entendam a importância do seu monitoramento e estudem com
antecedência o conteúdo que será trabalhado nas aulas.
Além do mais, o Guia de Aprendizagem é um instrumento utilizado tanto
para as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, como também para
a Base Técnica. Nos Guias de Aprendizagem, são apresentados os Conteúdos
Programáticos e no mesmo campo, abaixo dos conteúdos, os professores

Página | 82
devem indicar quais Habilidades de Propulsão que serão movimentados
durante as atividades ou na própria condução dos conteúdos.
Outra orientação, que foi muito repetida nos Ciclos de
Acompanhamento Formativo em 2021, é a inserção ou comentário da
movimentação das Habilidades da BNCC nos campo dos Objetivos
Específicos ou na Justificativa da Unidade.

2.18.1. Guias de Aprendizagem no Contexto Remoto:

Durante o ensino remoto, o guia de aprendizagem deverá ser utilizado


e disponibilizado de forma on-line, por meio de e-mail, no Google Classroom,
e nas demais plataformas que a equipe escolar definir. Para os estudantes sem
acesso à internet, todos deverão receber os guias de aprendizagem
impressos, de todas as disciplinas.
Mais do que disponibilizar os arquivos aos estudantes, é necessário que
os Guias de Aprendizagem tenham sentido e significado na sua rotina de
estudos e na relação dos professores com familiares e estudantes.
As atividades indicadas devem fazer relação com a situação do ensino
remoto, ensino híbrido ou presencial.

2.18.2. Guias de Aprendizagem no Contexto Híbrido:

No contexto Híbrido, os Guias de Aprendizagem deverão ser afixados


nas salas de aula, nas paredes da Escola e também disponibilizados de forma
on-line.
De mesmo modo, os Guias de Aprendizagem necessitam fazer sentido
na rotina escolar, demonstrando relação com a realidade das atividades
presenciais e remotas da Escola.
A equipe escolar necessita, cada vez mais, pensar formas de
apresentar, discutir, utilizar e incorporar os Guias de Aprendizagem em
atividades de Estudo Orientado, nos Clubes, nas orienta ções de Monitoria. O
Instrumento, ao passo que compartilha, convida os interessados a debater

Página | 83
currículo e seu monitoramento no chão da escola.
É papel fundamental da Coordenação de Área, no Ensino Presencial,
Remoto ou Híbrido, acompanhar o desenvolvimento dos Guias de
Aprendizagem por meio da assistência às aulas da equipe, levantamento da
quantidade de conteúdos previstos, dados e aprendidos. Esse
acompanhamento permite o correto preenchimento e monitoramento dos
indicadores relacionados ao cumprimento do Currículo da BNCC ou Base
Técnica.

2.19 HORÁRIOS E DIAS DE PLANEJAMENTO

Os professores das escolas integrais estão sob o Regime de Dedicação


Docente Integral – RDDI, ou seja, 40 (quarenta) horas semanais, dessas até 28
(vinte e oito) horas/aula em sala de aula, inclusive em atividades
multidisciplinares.
As demais horas serão dedicadas a Estudos, Planejamento e
Atendimento – EPA, a serem realizadas no ambiente escolar ou em atividades
pedagógicas propostas pela escola em ambientes didáticos planejados,
estando disponíveis para, além do exercício de suas atividades, substituir
outros professores ausentes em virtude de afastamento, quando necessário.
Assim, fica destinado um dia para Estudos, Planejamento e Atendimento
(EPA) por área, ficando organizado da seguinte forma:

AGENDA SEMANAL DE PLANEJAMENTO DOS PROFESSORES

SEMANA PAUTA

− Reunião para monitoramento de resultados de aprendizagem,


rendimento dos estudantes, busca ativa, alinhamentos e
encaminhamentos de decisões;
1ª SEMANA − Estudo das Diretrizes da Escola Cidadã Integral*;
− Estudo do Caderno de Formação da Escola Cidadã**;
− Planejamento de aulas;
− Atualização do Sistema Saber.

− Reunião para monitoramento de resultados de aprendizagem,


2ª SEMANA rendimento dos estudantes, busca ativa, alinhamentos e
encaminhamentos de decisões;

Página | 84
− Monitoramento dos Programas de ação;
− Monitoramento dos guias de aprendizagem;
− Planejamento de aulas e Correção de atividades;
− Atualização do Sistema Saber.

− Reunião para monitoramento de resultados de aprendizagem,


rendimento dos estudantes, busca ativa, alinhamentos e
encaminhamentos de decisões;
3ª SEMANA − Estudo das Diretrizes da Escola Cidadã*;
− Estudo do Caderno de Formação da Escola Cidadã*;
− Planejamento de aulas;
− Atualização do Sistema Saber.

− Reunião para monitoramento de resultados de aprendizagem,


rendimento dos estudantes, busca ativa, alinhamentos e
encaminhamentos de decisões;
4ª SEMANA − Monitoramento dos Programas de ação;
− Monitoramento dos guias de aprendizagem;
− Planejamento de aulas e correção de atividades;
− Atualização do Sistema Saber.

* Dar preferência aos temas que contemplem ações da quinzena que segue. Por
exemplo, caso o bimestre termine na quinzena seguinte, estudar sobre o Conselho
de Classe.

** Selecionar temas baseando-se, preferencialmente, nas necessidades de


desenvolvimento dos conhecimentos sobre o modelo elencados nos Programas de
ação dos professores ou de acordo com a necessidade.

Divisão dos dias de Planejamento na Escola

ÁREA DIA DE PLANEJAMENTO 8


Área Técnica Terça-Feira
Ciências da Natureza e
Quarta-Feira
Matemática
Ciências Humanas Quinta-Feira

Linguagens Sexta-Feira

OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE O PLANEJAMENTO:

8
Os dias selecionados para planejamento devem ser seguidos por todas as escolas.
Página | 85
● A Coordenação de Área deve acompanhar e planejar o mês de trabalho
dos professores com relação ao planejamento;
● Cabe ao Coordenador Pedagógico se fazer presente em alguns
momentos de estudos e reuniões de alinhamento das áreas;
● Todos os Professores devem estar cientes do planejamento mensal e
cumpri-lo;
● Dependendo da quantidade de turmas e/ou professores, talvez em alguns
casos não seja possível um dia inteiro de planejamento por área. Nesses
casos, deve-se organizar o planejamento para um turno;
● Referente ao planejamento da Área Técnica, cabe ao coordenador de
área, juntamente com os professores, escolher em que turno da terça-feira
serão realizadas as reuniões;
● Nas ECI Socioeducativas, os planejamentos acontecem em um único dia
da semana, cabendo às Coordenações Pedagógica e de Áreas organizar
a programação deste dia.

NOVIDADE PARA 2022

Observando a necessidade de fortalecer a aprendizagem, semanalmente,


os Coordenadores de Área, devem destinar um momento da reunião de
fluxo da área, para a articulação das Habilidades de Propulsão com os
Planos de Aula dos professores.
Para tanto, deve-se considerar os Guias de Aprendizagem, as Ementas das
Eletivas e o próprio Programa de Ação. O Coordenador(a) de Área, junto ao
professor, provoca a reflexão de como os Conteúdos e as Atividades podem
movimentar as Habilidades de Propulsão na semana.
Esse Exercício proporciona mais assertividades no planejamento
pedagógico e consequentemente nos resultados de aprendizagem. Assim,
esse momento se torna um ambiente gerador de idéias e de novas práticas
e ações que serão indicadas nos Programas de Ação e, consequentemente,
na Agenda Bimestral.

Página | 86
2.20 DISTRIBUIÇÃO DOS HORÁRIOS DAS AULAS PRESENCIAIS:

HORÁRIOS DAS DISCIPLINAS

Segunda-
Aulas Horário Terça- feira Quarta- feira Quinta- feira Sexta- feira
feira

07h30min às

08h20min
08h20min às

09h10min
09h10min às Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo
Intervalo
09h30min
09h30min às
3ª EO
10h20min

10h20min às
4ª Eletiva AVS
11h10min

11h10min às
5ª Eletiva AVS
12h00min
12h00min às
Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
13h20min
13h20min às

14h10min
14h10min às

15h00min
15h00min às
Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo
15h20min
15h20min às

16h10min
16h10min às

17h00min
Recomenda-se que as aulas práticas de Educação Física fiquem antes dos intervalos,
antes do almoço ou nas aulas finais. Quanto às aulas de Projeto de Vida, recomenda-
se que sejam aulas geminadas e que não estejam nas extremidades do dia.

2.21 PLANEJAMENTO NO CONTEXTO PRESENCIAL, REMOTO OU HÍBRIDO:

O planejamento deve ser mantido, ainda que de forma virtual. É


importante, ainda, que toda equipe escolar compreenda a necessidade de
que o Planejamento não se resuma apenas a repasse de informações, mas
que seja também um ambiente formativo, gerador de novas ideias e práticas.
Para tanto, é necessário que as Coordenações Pedagógica e de Áreas
estejam alinhadas e focadas na Formação Continuada, levantando em

Página | 87
consideração os Fatores Críticos de Apoio (Campo 9 do Programa de Ação),
Competências e Habilidades a Desenvolver (Campo 6 do Programa de
Ação), com o objetivo de fortalecer as vivências e o planejamento
estratégico da escola.
É no Planejamento das áreas que os professores dão início ao
acompanhamento (fluxo) dos estudantes. Essa é uma tarefa que materializa
as ações, estratégias educacionais e a pedagogia da presença. Por
conseguinte, os Conselhos de Classe configuram-se em um espaço próprio
para apresentação dos resultados e encaminhamentos de novas estratégias
coletivas, analisando sempre as especificidades de cada estudante, as quais
já vêm sendo analisadas nos planejamentos semanais.

2.22 AULAS DE CAMPO

Define-se aulas práticas externas, doravante designadas


genericamente de aulas de campo, como sendo todas as atividades
didáticas/pedagógicas, de natureza prática e fora do âmbito escolar.
A aula de campo é um método bastante utilizado em disciplinas que
exigem análises empíricas sobre o assunto em estudo. Compreende-se que
esse tipo de metodologia possui grande eficácia no processo ensino-
aprendizagem, permitindo aos estudantes um contato com aspectos mais
amplos referentes aos temas.
Poderão participar da aula de campo todos os estudantes
regularmente matriculados, o(s) professor(es) responsável(eis) pela aula de
campo, o(s) monitor(es) da disciplina e convidados especiais: professores,
técnicos e estudantes especialmente convidados pelos professores
responsáveis por ela, desde que a participação desses não prejudique o
funcionamento da escola e das aulas.

Compete ao docente da disciplina ou à equipe de docentes das disciplinas


participantes da aula de campo:

Página | 88
● Garantir o recebimento dos termos de autorização dos pais/responsáveis

para participação do estudante na atividade externa, conforme modelo


disponibilizado pela CEEI;
● Elaborar e apresentar à coordenação pedagógica um projeto sobre a

aula de campo contendo quantidade de estudantes, disciplinas


envolvidas (parte diversificada, Base Nacional Comum Curricular,
disciplinas técnicas) e quantidade de professores;
● Elaborar a programação para aula de campo e encaminhá-la à
Coordenação do curso;
● Responsabilizar-se pela organização prévia da/o viagem/traslado,
inclusive dos instrumentos necessários;
● Zelar pela segurança e pelo envolvimento dos participantes durante o

trabalho;
● Responsabilizar-se pelo cumprimento dos objetivos e atividades previstos
no Plano de Ensino;
● Informar aos discentes sobre as atividades da aula de campo, com seus
respectivos objetivos;
● Informar aos discentes dos riscos (se houver) inerentes às atividades de
aula de campo e os cuidados a serem tomados pelo estudante;
● Informar aos discentes que é expressamente proibido o porte ou a
utilização de drogas e armas;
● Apresentar ao coordenador pedagógico um relatório final com a
avaliação sobre a aula.

IMPORTANTE:
Recomenda-se cautela no número de professores participantes nas aulas
de campo, não devendo ficar na escola uma quantidade de professores
que seja inferior ao número de turmas, para que não prejudique o
funcionamento das aulas referentes àquele dia.

Página | 89
2.23 DISCIPLINAS EMPREENDEDORAS - INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA (IC),
INOVAÇÃO SOCIAL CIENTÍFICA (ISC) E EMPRESA PEDAGÓGICA (EP)

As Disciplinas Empreendedoras (IC, ISC e EP) são disciplinas da


Formação Geral Básica para o Trabalho, constantes na Matriz Curricular das
ECIT e possuem carga horária de 4 horas semanais.

• As horas/aula devem ser geminadas e em um único turno;


• O professor que ministrar a disciplina de IC terá, para fins de quadro, 2
horas/aula + 2h de planejamento;
• O professor que ministrar a disciplina de ISC e EP terá, para fins de quadro, 4
horas/aula + 4h de planejamento;
• Às 4h ou 2h de planejamento são inseridas dentro das 20h/a, no quadro do
professor;
• O professor que ministrar as disciplinas para mais de 1 turma que possuem 4
horas/aula não terá 8h de planejamento, mas permanecerá com as 4h,
independente da quantidade de turmas.
• O professor que ministrar as disciplinas para mais de 1 turma que possuem 2
horas/aula não terá 4 horas de planejamento, mas permanecerá com as 2h,
independentemente da quantidade de turmas.
• Caso o professor ministre aulas em disciplinas empreendedoras diferentes,
como IC e ISC, a quantidade de horas de planejamento será de 4 horas/aula,
independente da quantidade de turmas.

2.23.1. As Disciplinas Empreendedoras no Ensino Remoto:

Seguindo as orientações de distanciamento social, as disciplinas


empreendedoras devem ser ministradas virtualmente, com carga horária
reduzida, e seguindo cartilhas orientadoras elaboradas pela Comissão
Executiva de Educação Integral enviadas, a posteriori, para as escolas via
Gerência Regional.
Os professores que nunca lecionaram as referidas disciplinas, mesmo no
Página | 90
momento remoto, também devem passar por formação específica, ou
receberem orientações específicas sobre a condução, para lecionar essas
disciplinas antes do período inicial das aulas.
2.23.2. As Disciplinas Empreendedoras no Ensino híbrido:

No momento de Ensino Híbrido, as disciplinas empreendedoras são


lecionadas conciliando os momentos presenciais e remotos, sendo os
momentos remotos voltados para as discussões coletivas a respeito das
vivências e observações e, os momentos presenciais, sendo voltados para as
observações e busca de experiências sensoriais para a realização das
disciplinas. Este momento também será orientado por meio de cartilha
orientadora, seguindo a sequência didática da disciplina.

2.23.3. As Disciplinas Empreendedoras no Ensino presencial:

No momento presencial, as disciplinas empreendedoras seguem a


sequência didática referente a cada disciplina empreendedora:

INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA: Compreensão do Contexto (Indicadores


Socioeconômicos, Relação do Aluno com a comunidade) -> Visita de
Campo a Comunidade -> Definição do Problema-Objeto da Intervenção ->
Criação do Projeto de intervenção comunitária -> Execução do Projeto ->

PROTAGONISMO SOCIAL E PROFISSIONAL

INOVAÇÃO SOCIAL E CIENTÍFICA: Identificação dos Equipamentos Sociais


Existententes na Comunidade -> Visita de Campo aos Equipamentos ->
Definição do Problema para Intervenção -> Elaboração do Projeto de
Intervenção do Equipamento Escolhido -> Desenvolvimento de Tecnologias
Sociais Aplicadas a Solução do Problema -> Busca de Parceiros para
viabilização da intervenção no equipamento social -> implantação da
tecnologia social elaborada pelos alunos -> PROTAGONISMO SOCIAL E

Página | 91
PROFISSIONAL

EMPRESA PEDAGÓGICA: Compreensão do Contexto (Profissões,


Indicadores, Socioeconômicos e Arranjos Produtivos) -> Visita à empresa ->
Conhecer a performance da empresa parceira no mercado -> Definir a
linha de atuação da Empresa Pedagógica -> Participação da Empresa
Parceira por meio da oferta de desafios vivenciados para os alunos
proporem soluções -> Desafiar os alunos na busca de soluções ante desafios
propostos -> retorno da empresa parceira para debater soluções
encontradas pelos alunos -> PROTAGONISMO SOCIAL E PROFISSIONAL

OBSERVAÇÃO:
O horário de desenvolvimento da disciplina deve ocorrer em aulas
geminadas. No entanto, de acordo com a realidade local, a
operacionalização da disciplina pode ser flexIibilizada no turno da manhã ou
da tarde. Por exemplo: o horário da tarde fica inviável em escola localizada
em região de clima muito quente, pois pode prejudicar o desenvolvimento
cognitivo dos estudantes e a prática da aula das disciplinas
empreendedoras. Nesse caso, orientamos que a aula seja desenvolvida pela
manhã.

Perfil do professor para ministrar as disciplinas empreendedoras

Professores vinculados à Escola, com carga horária disponível, sejam da


Base Nacional Comum Curricular ou Base Técnica, que sejam dinâmicos, pró-
ativos, entusiasmados com metodologias ativas e com discussões em
empreendedorismo, que possam contribuir com o desenvolvimento do

Página | 92
protagonismo social e profissional do estudante através das disciplinas
empreendedoras, podem lecioná-las.

2.24 PRÁTICAS EXPERIMENTAIS 9

As aulas experimentais podem ser empregadas com diferentes objetivos


e fornecer variadas e importantes contribuições no ensino e aprendizagem na
área de Ciências da Natureza e Matemática. Nessas aulas, o professor deve
fazer uso dos laboratórios nas escolas que já os possuem. Em caso contrário,
as aulas podem ser realizadas nas salas temáticas que devem ser preparadas
previamente para essas atividades. São oferecidas duas aulas semanais,
geminadas e sem interrupções por intervalo ou almoço, para os estudantes
das Escolas Cidadãs Integrais Propedêuticas e apenas para as disciplinas da
Área de Ciências da Natureza e Matemática, sendo elas: Matemática,
Biologia, Química e Física.
Todas as turmas devem participar, pelo menos uma vez por semana,
das aulas de Práticas Experimentais (PEXs) e das quatro disciplinas durante o
mês. Para tanto, é preciso que a Coordenação Pedagógica junto ao(à)
Coordenador(a) da Área de Ciências da Natureza e Matemática, organize
um rodízio das turmas, a fim de que todas sejam contempladas por todas as
disciplinas citadas.
Nas ECIT´s, o mesmo rodízio pode ser aplicado, garantindo que toda
semana, pelo menos uma disciplina (Matemática, Química, Física ou Biologia)
realize atividade prática em sua aula no laboratório ou, na ausência deste, na
sala temática.
Uma boa dica observada nas Escolas é manter o alinhamento das PEXs
no Planejamento da Área de Ciências da Natureza e Matemática. O
Professor(a) responsável pela PEX da semana alinha com os demais
professores da área e com os possíveis estudantes monitores, em algum

9AsECITs (Escolas Cidadãs Integrais Técnicas) não dispõem de práticas experimentais na grade curricular, porém,
recomenda-se que, em pelo menos uma das aulas semanais de cada disciplina da área de ciências da natureza e
matemática, seja realizada no laboratório.

Página | 93
momento do Planejamento, e em seguida inicia a aplicação, garantindo uma
turma por vez no laboratório e com total apoio dos Monitores de PEX.

Quais as contribuições das atividades de Práticas Experimentais?


● Para motivar e despertar a atenção dos estudantes;
● Para desenvolver a iniciativa pessoal e a tomada de decisão;

● Para aprimorar a capacidade de observação e registro de informações;

● Para aprender a analisar dados e propor hipóteses para os fenômenos.

Além do trabalho de cada disciplina e suas práticas experimentais, os


professores podem se organizar numa relação interdisciplinar e ampliar as
Práticas Experimentais em abordagens que envolvam mais de uma disciplina,
demonstrando a relação que há entre as áreas para solucionar situações reais
do campo das ciências da natureza e matemática.

2.24.1. Práticas Experimentais no Contexto Remoto:

Durante o Ensino Remoto, as Práticas Experimentais deverão seguir, de


modo transversal, nas disciplinas da BNCC. O Registro no Sistema Saber segue
a mesma articulação de Habilidades trabalhadas nas aulas de Matemática e
de Ciências da Natureza. As Notas estarão sempre entre 7,0 e 10,0 pontos,
tendo em vista que, por força de lei, a Parte Diversificada não gera
reprovação.

2.24.2. Práticas Experimentais no Contexto Híbrido:

Durante o Ensino Híbrido, as Práticas Experimentais também deverão


seguir de modo transversal nas disciplinas da BNCC. É necessário aguardar
novas orientações da retomada gradativa das aulas presenciais. Quando for
possível, as aulas serão retomadas, obedecendo as orientações de segurança
sanitária e distanciamento.
Página | 94
Página | 95
3 OPERACIONALIZAÇÃO E PARTE ADMINISTRATIVA

Sobre a operacionalização e funcionamento da


parte administrativa das ECI, ECIT, ECIS e ECII, seguimos o Art. 5º da LEI
Nº 11.100, 06 de abril de 2018 que preconiza o seguinte: Os(As)
Professores(as), Coordenadores(as) Pedagógicos(as), Coordenadores(as)
Administrativo-Financeiro(a) e Diretor(a) das Escolas Cidadãs Integrais,
Escolas Cidadãs Integrais Técnicas e Escolas Cidadãs Integrais
Socioeducativas terão carga horária de 40 (quarenta) horas semanais,
diurnas, cumpridas obrigatoriamente na ECI, ECIT ou ECIS em que estiverem
lotados, sob o Regime de Dedicação Docente Integral - RDDI, salvo os(as)
professores(as) que porventura vierem a ser contratados em regime especial
para lecionar as disciplinas técnicas profissionalizantes nas Escolas Cidadãs
Integrais Técnicas.
Parágrafo único: Os(As) professores(as) das Escolas Cidadãs Integrais,
Escolas Cidadãs Integrais Técnicas e Escolas Cidadãs Integrais
Socioeducativas terão sua carga horária dividida da seguinte forma:
I – 28 (vinte e oito) horas semanais em sala de aula, inclusive em
atividades multidisciplinares;
II – 12 (doze) horas semanais dedicadas a Estudos, Planejamento e
Atendimento – EPA, a serem realizadas no ambiente escolar ou em
atividades pedagógicas propostas pela escola em ambientes didáticos
planejados, estando disponíveis para, além do exercício de suas
atividades, substituir outros professores ausentes em virtude de
afastamento planejado ou não, quando necessário.

3.1 ATRIBUIÇÕES DOS COORDENADOR DE ÁREA TÉCNICA

Coordenador(a) de Área Técnica:

● Ter, por principal função, gerenciar o funcionamento do(s) curso(s)


técnico(s), apoiado pelo Trio Gestor da Escola - sendo ele o ponto de

Página | 96
conexão entre professores técnicos e o trio gestor;
● Coordenar as atividades pedagógicas inerentes à área técnica da
Escola, mantendo o alinhamento com o(a) coordenador(a)
pedagógico(a);

● Contribuir com a construção e consolidação dos instrumentos de TGE


por parte de todos(as) os(as) professores(as) técnicos(as) (Guias de
Aprendizagem e Programas de Ação);

● Organizar um livro de ata para registrar as reuniões;

● Preparar e enviar, nos prazos estipulados, relatórios avaliativos à


Coordenação da escola, quando solicitados;

● Apresentar o Relatório anual de atividades da sua área de


conhecimento, incluindo as atividades de ensino e produção científica,
tecnológica e/ou artística;

● Organizar as etapas de desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de


Curso: organização de orientadores(as)-orientandos(as); preparação
para banca avaliadora; organização para armazenamento de TCC;
registros no Sistema Saber;

● Avaliar a elaboração dos guias de aprendizagem e ementas das


disciplinas do curso técnico, a fim de garantir o cumprimento do currículo,
e validar juntamente com o(a) CP;

● Validação dos programas de ação dos(as) professores(as) técnicos(as);

● Organizar substituições, obedecendo o que segue: em casos de


substituição de professor(a) da área técnica, a primeira opção será
um(a) professor(a) da área técnica, a segunda o(a) coordenador(a) de
estágio e, por último, o(a) coordenador(a) de área técnica;

● Buscar garantir o cumprimento do alinhamento junto ao(à)


Coordenador(a)-Administrativo- Financeiro(a) e Gestor(a) da escola a
respeito das parcerias realizadas (formalizadas) e do andamento dos

Página | 97
estágios para buscar melhorias contínuas nos processos junto a escola;

● Mapear, juntamente com o(a) CAF da Escola, os principais potenciais do


setor produtivo local relacionados ao curso de sua escola, formalizando
parcerias para possíveis aulas práticas e estágios;

● Zelar para que as atividades de estágio sejam articuladas com empresas


e instituições idôneas e que estas disponham de profissionais qualificados
para o acompanhamento das exigências ou competências pertinentes
à prática;

● Monitorar os estágios e elaborar um relatório mensal de cada estudante,


a fim de verificar possíveis problemáticas e auxiliá-lo(a) nelas, bem como
identificar a evolução do aprendizado através do estágio;

● Garantir as informações ao(à) orientador(a) do(a) estudante, para que


ele auxilie o discente a desenvolver o relatório de estágio;

● Orientar os(as) estudantes referente aos códigos de conduta e ética no


ambiente de trabalho;

● Coordenar e acompanhar, sempre que necessário, a dinâmica do


trabalho de estágio nos diferentes cursos, adotando medidas necessárias
para o cumprimento de suas finalidades;

● Arquivar as documentações (Termo(s) de parceria e documentações


pessoais necessárias) dos(as) estudantes que estão estagiando;

● Adotar estratégias de reflexão e ação, que permitam intervir na


construção qualitativa do estágio, envolvendo os segmentos
responsáveis pela sua dinâmica operacional;

● Organizar um caderno de ata para registrar visitas às empresas parceiras


e possíveis acontecimentos em que sejam necessários registros referentes

Página | 98
aos horários de eventuais saídas da escola. Na ata, devem constar a
intenção da visita, duração, data e possíveis acordos com a empresa e
as assinaturas dos(as) participantes.

CARGA HORÁRIA:
− 8h (oito horas) de Coordenação de Área +
− 5h (cinco horas) de Coordenação de Estágio +
− 15h (quinze horas) de Aulas.
− Sendo 28 (vinte e oito) horas/aula e 12 (doze) h de EPA (Estudos,
Planejamento e Atendimento)

● O(A) Coordenador(a) de área técnica deve lecionar as disciplinas de


Higiene e Segurança do Trabalho; Informática Básica (disciplinas da
Formação Básica para o Trabalho) referente à todos os cursos disponíveis
na escola em que ele(a) está vinculado(a);

● O(A) Coordenador(a) da área técnica deve orientar os(as) estudantes que


irão realizar o Trabalho de Conclusão de Curso em sua área de
Conhecimento. Em casos de Escolas com mais de 1 curso, será destinado
uma carga horária específica a 1 professor orientador de TCC;

● Caso a Escola oferte dois cursos técnicos: Administração e Análises Clínicas,


e o Coordenador de Área Técnica vinculada à Escola seja um professor da
área de Administração, será destinado à um professor da área de Análises
Clínicas, que será orientador dos Estudantes que irão realizar o
desenvolvimento de TCC.

3.2 REUNIÕES DE FLUXO:

As reuniões de fluxo ocorrem semanalmente e visam à garantia do

Página | 99
monitoramento dos resultados através do acompanhamento, avaliação e
revisão das ações da equipe escolar, seguindo a seguinte agenda:

AGENDA DE PLANEJAMENTO DAS REUNIÕES DE FLUXO SEMANAIS 10:

REUNIÃO RESPONSÁVEL PARTICIPANTE PAUTA

Organização Pedagógica do
cotidiano escolar; avaliação e
Gestor + encaminhamentos da articulação
Acompanhamento
Gestor Coordenador entre BNCC, Parte Diversificada e
pedagógico
Pedagógico Base Técnica (Para as ECIT);
Monitoramento do programa de
ação do(a) CP.

Alinhamento e encaminhamento
dos Currículos de cada Área;
Coordenador Monitoramento dos programas de
Acompanhamento Coordenador Pedagógico + ação dos coordenadores de área;
pedagógico Pedagógico Coordenador de (No caso de ECIT, alinhamento,
Área monitoramento e
encaminhamentos das disciplinas
da Base Técnica).

Alinhamento, monitoramento e
encaminhamentos referentes ao
trabalho da equipe de apoio, o
Acompanhamento
zelo pela escola, a disponibilidade
administrativo e Gestor Gestor + CAF
de material e distribuição da
financeiro
merenda escolar;
Monitoramento do Programa de
ação do CAF.

Alinhamento de funções,
Acompanhamento CAF + Equipe de encaminhamentos da equipe de
CAF
administrativo apoio apoio, o zelo pela escola, o
cumprimento de horários.

Alinhamento, monitoramento e
encaminhamentos referentes ao
Acompanhamento Coordenador CP + professores de
trabalho nas aulas de PV;
Projeto de Vida Pedagógico PV
Monitoramento do Programa de
ação do professor de PV.

Alinhamento, monitoramento e
Acompanhamento Coordenador CP + professores de
encaminhamento referente ao
Estudo Orientado Pedagógico EO
trabalho com EO.

Alinhamento, monitoramento da
aplicação do nivelamento,
Acompanhamento Coordenador CP + professores de
levantamento de resultados e
Nivelamento Pedagógico Nivelamento
monitoramento das habilidades
adquiridas.

10Todas as reuniões de fluxo precisam acontecer semanalmente e ter registro em ATA. As reuniões com os estudantes
só poderão vir a acontecer quinzenalmente quando o Protagonismo estiver fortificado na escola, em todas as suas
vertentes.
Página | 100
Acompanhamento Alinhamento, com professor de
Coordenador
de Protagonismo CP + PJ e TUTORIA Protagonismo Juvenil e Professores
Pedagógico
Juvenil e Tutoria de Tutoria.

Alinhamento e encaminhamento
dos Currículos da área de
linguagens; Monitoramento dos
programas de ação dos
Coordenador da professores da área de
Planejamento da CA + professores
área de linguagens; Monitoramento dos
área de linguagens de linguagens
linguagens resultados acadêmicos da área;
Formação continuada sobre as
bases do modelo, planejamento
de aulas e atividades e
atualização do sistema saber.

Alinhamento e encaminhamento
dos Currículos da área de ciências
da natureza e exatas;
Monitoramento dos programas de
Coordenador da ação dos professores de ciências
Planejamento da CA + professores
área de ciências da natureza e exatas;
área de ciências de ciências da
da natureza e Monitoramento dos resultados
da natureza natureza e exatas
exatas acadêmicos da área; Formação
continuada sobre as bases do
modelo, planejamento de aulas e
atividades e atualização do
sistema saber.

Alinhamento e encaminhamento
dos Currículos da área de
humanas; Monitoramento dos
programas de ação dos
professores de humanas;
Planejamento da Coordenador da CA + professores
Monitoramento dos resultados
área de humanas área de humanas de humanas
acadêmicos da área; Formação
continuada sobre as bases do
modelo, planejamento de aulas e
atividades e atualização do
sistema saber.

Alinhamento e encaminhamento
dos Currículos da área técnica;
Monitoramento dos programas de
Planejamento da ação dos professores da área
área técnica Coordenador da CA + professores técnica; Monitoramento dos
(apenas para as área técnica da área técnica resultados acadêmicos da área;
ECIT) Formação continuada sobre as
bases do modelo planejamento
de aulas e atividades e
atualização do sistema saber.

CP + CA + Elaboração e alinhamento da
Reunião de
professores articulação curricular entre a
articulação Coordenador da
responsáveis pela BNCC e a Base técnica.
curricular (apenas área técnica
articulação no
para as ECIT)
bimestre

Página | 101
Discussão sobre necessidades dos
Trio Gestor + estudantes e da escola; resultados
Liderança de turma Trio Gestor Líderes e vice- de aprendizagem; formação em
líderes de turma liderança servidora e
protagonismo.

Acompanhamento dos planos de


Gestor +
ação dos clubes; monitoramento
Clubes de Presidentes de
Gestor do percentual de adesão dos
Protagonismo Clube de
estudantes aos clubes; agenda de
protagonismo
atividades dos clubes.

CAF + Acompanhamento de parcerias


Acompanhamento Coordenador da de estágio e de sua formalização.
CAF
de Parcerias Área Técnica
(Estágio)

CAF + Acompanhamento do
Acompanhamento Coordenador da desenvolvimento dos estágios dos
CAF
de Estágio Área Técnica estudantes.
(Estágio)

Gestor + CAF + Resultados e monitoramento das


Acompanhamento
Coordenador da parcerias e estágios desenvolvidos
de Parcerias e Gestor
Área Técnica junto à escola.
Estágio
(Estágio)

Acompanhamento, Alinhamento e monitoramento de


Gestor +
pedagógico, necessidades da comunidade
Gestor Coordenador
administrativo e escolar.
Pedagógico + CAF
financeiro

Alinhamento e monitoramento,
Acompanhamento Gestor + CAF +
encaminhamentos de compras e
administrativo e Gestor Presidente do
necessidades da comunidade
financeiro Conselho
escolar.

3.3 BANDAS E EDUCAÇÃO INTEGRAL

A presença de Bandas nas Escolas Cidadãs Integrais e Escolas Cidadãs


Integrais Técnicas da Paraíba se dará através do entrelaçamento
pedagógico das atividades de dança e música com as Metodologias e
Práticas Educativas do nosso modelo, mais especificamente dialogando com
as Eletivas, os Clubes de Protagonismo e no exercício da Pedagogia da
Presença.

A carga horária semanal do Professor de Banda numa ECI/ECIT será


distribuída da seguinte maneira:

Página | 102
Atividade Horário Carga horária

Eletiva Segundas-feiras (4ª e 5ª aulas) 2 h/a

Clubes de
Horário de Almoço (diariamente) 5 h/a
Protagonismo

Pedagogia da Acolhimento e intervalos do turno


5 h/a
Presença manhã e tarde (diariamente)

Sexta-feira, junto do planejamento da


Integração Escolar 8 h/a
área de linguagens

Planejamento Do Professor da Banda 10h/a

Total - 30 horas/aula

Descrição das Atividades

Para as Eletivas, orientamos que as escolas que possuem Banda


ofereçam uma Eletiva por semestre focada nas atividades de música e
dança, na qual o professor de banda ministrará a disciplina obrigatoriamente
junto de um ou dois professores da BNCC (não existe eletiva de um
professor/componente curricular só), preferencialmente das áreas de
humanas ou exatas, exercendo a interdisciplinaridade, de forma a
aprofundar, diversificar e ampliar os conteúdos escolares (presentes na
Ementa) e com o intuito de apoiar o Projeto de Vida dos estudantes.
Importante frisar que as eletivas são semestrais, portanto, seria interessante
que diferentes alunos venham a se matricular no segundo semestre.

No caso dos Clubes de Protagonismo, a ideia é que a banda possa não


apenas existir enquanto um Clube de Música e/ou dança nas escolas, mas
também como apoio a qualquer Clube que possam vir a existir. Os Clubes
funcionam na hora do almoço, portanto, também entrará no quadro do
professor de banda essa atividade, devendo estar na escola e
movimentando ativamente as oportunidades e possibilidades de espaços e
vivências em protagonismo.

No caso da Pedagogia da Presença, o professor da banda fará parte


dos acolhimentos diários e intervalos da manhã e tarde, diariamente, de
Página | 103
forma a aprofundar a Educação pelo Trabalho, apoiando as ações
escolares, educando pelo exemplo e fortalecendo o desenvolvimento de
habilidades socioemocionais em nossos estudantes.

Sobre o Planejamento, indicamos que os professores de Banda se


alinhem horizontalmente com os professores da área de linguagem e
verticalmente com o Coordenador desta área, assim como com o(a)
Coordenador(a) Pedagógico, quando for necessário. O dia de
planejamento desta área ocorre nas sextas feiras, totalizando às oito horas
de trabalho do dia, onde o professor poderá planejar atividades junto dos
professores da escola, bem como concretizar as ações necessárias para as
apresentações e eventos que a Banda possa vir a realizar.

Educação Remota e Híbrida

Em se tratando de Educação Remota e Híbrida, em 2022, contamos


inicialmente com 1h de videoaula no turno da tarde destinada às Eletivas,
e o desenvolvimento de atividades postadas na Plataforma Google
Classroom. Portanto, o professor de banda, inserindo-se no planejamento
exposto acima, estaria desenvolvendo junto à escola uma das eletivas,
assim como movimentando o Classroom para desenvolver a relação de
Ensino e Aprendizagem com os jovens.

Além disso, os professores de Banda podem desenvolver,


presencialmente (já que estamos em terreno híbrido), atividades com os
estudantes e acolhê-los, o que equivale ao Protagonismo Juvenil e ao
exercício da Pedagogia da Presença, que já fazem parte de suas
atribuições e atividades.

Por fim, é importante que os professores participem das reuniões de fluxo


e alinhamento da escola, já que fazem parte do quadro deles, de acordo
com as necessidades e orientações de seu/sua Coordenador(a) de Área ou

Página | 104
Gestores(as).

Página | 105
Página | 106
4 INSTRUMENTOS DE TECNOLOGIA DE GESTÃO EDUCACIONAL –
TGE NA ROTINA ESCOLAR.

A TGE é uma maneira de assegurar, no cotidiano, que a escola se


organize e coloque os conhecimentos da sua equipe a serviço do Projeto de
Vida dos(as) estudantes, o que deve ser o foco de todas as ações. A TGE tem
como objetivo integrar tecnologias na rotina escolar, tendo em vista que
“pedagógico” e “gestão” trabalham juntos na Escola Cidadã Integral e são
indissociáveis para alcançar metas e objetivos planejados.
É importante citar, pois, que "a TGE utiliza alguns importantes
instrumentos de gestão, traduzindo estratégia em operação, ou melhor
dizendo, sonho em ação" (ICE, 2019, Caderno 11 (TGE), pág. 53). Por definição,
um instrumento é "objeto simples ou constituído por várias peças, que serve
para executar um trabalho, fazer uma medição ou observação etc.". Por sua
vez, um documento se define a partir de um "texto ou qualquer objeto que se
colige como prova de autenticidade de um fato e que constitui elemento de
informação".
Assim, podemos destacar que tais instrumentos, quando
compreendidos e apropriados pela equipe escolar, irão facilitar o processo de
monitoramento e busca pelos resultados já pactuados, à medida que são
usados cada um em sua finalidade.

4.1 INSTRUMENTOS GESTÃO À VISTA

Partindo do pressuposto de que no Modelo da Escola Cidadã Integral o


conceito de gestão permeia toda a escola, ao garantir o desenvolvimento da
premissa da corresponsabilidade, que visa o comprometimento de todos(as)
com os objetivos da comunidade, são designados “gestão à vista” aqueles
instrumentos de TGE que devem ser expostos na escola para toda a
comunidade escolar, de modo a garantir o alinhamento e monitoramento das
ações pedagógicas e administrativas.
Em período híbrido, os(as) estudantes e professores(as) estão
Página | 107
trabalhando em home office, como também na escola, portanto, é
importante que estes instrumentos sejam de fácil acesso e compartilhados
com a equipe escolar, ainda que por meios virtuais. Cabe à equipe, além de
pensar estratégias de exposição, pensar em ações pontuais para o trabalho
com esses instrumentos, seja na reunião de fluxo com líderes, seja
apresentação para os pais ou na retomada da discussão nos planejamentos.

4.1.1. Plano de Ação Escolar

Instrumento de TGE que contém o planejamento geral das ações a


serem desenvolvidas na escola (inspirado no Plano de Ação da SEECT do ano
vigente), dentro de cada premissa do Modelo e articulando objetivos,
prioridades e estratégias, a fim de alcançar as metas pactuadas dentro dos
mais diversos indicadores. O Plano de ação é anual, contudo, deve ser
revisado e atualizado a cada bimestre, garantindo o preenchimento do
Quadro de Monitoramento do Plano de Ação 11. Após o preenchimento, é
importante fazer sua socialização e análise com toda a equipe escolar, assim,
colocando em prática o PDCA.
O Plano de ação deve ser construído com a participação de todos da
equipe, incluindo os(as) professores(as) da área técnica, sob a liderança
do(a) Gestor(a) Escolar. Ele se configura como o Projeto de Vida da Escola.
Sendo assim, deve ser considerado onde a escola se encontra e onde ela quer
chegar.
Durante a elaboração, deve ser concebida toda a história da escola e
da comunidade (conforme direcionamentos contidos no Plano de
Referências do Plano de Ação), que servirão de base e elementos construtivos
e registro dos aprendizados. Após a elaboração, o Plano de Ação deve ser
validado por toda a equipe escolar e exposto em lugar estratégico da escola
a fim de que a comunidade escolar tenha acesso ao instrumento.
Este instrumento deverá sempre estar à vista, ao fim da sua construção

11 Ver mais detalhadamente no subitem 4.1.7.


Página | 108
e sempre que houver atualizações. A escola, por sua vez, deverá conhecer o
instrumento e sua intencionalidade.
Para contemplar a atual realidade em que vivemos, é importante que
as escolas construam estratégias que contemplem o Ensino Híbrido e as
características da comunidade escolar em seus Planos de Ação, para que
possam ser desdobradas em ações contextualizadas nos Programas de Ação
e com reais impactos nos resultados escolares, sempre adequando tais
estratégias junto às Prioridades identificadas nas suas respectivas Premissas.

O instrumento citado só terá efetividade na escola a partir do


monitoramento das ações pensadas (que fica sob a responsabilidade do
Gestor) e sua operacionalização deve se dar a partir dos Programas de Ação.

4.1.2. Plano de Ação 2022

Como já se sabe, Plano de Ação é norte, é bússola, é Projeto de Vida,


é instrumento de gestão democrática. Nesse sentido, ele necessita de ser
construído a muitas mãos, com a influência de muitos corações, de vontades
múltiplas e sempre com um grande objetivo comum: promover a melhor
Página | 109
educação integral, de modo a formar cidadãos completos, em todas as
dimensões que o compõem.
Certo é que grandes foram e são os desafios impostos pela pandemia
da Covid-19 e se sabe do quão intensos foram 2020 e 2021 devido às
estratégias emergenciais que necessitaram de serem implementadas como a
Educação Remota e Híbrida.
Mesmo com todos esses desafios, conseguiu-se alcançar, enquanto
Rede, muitas metas e objetivos que foram pactuados em nosso Plano de
Ação. Mesmo assim, é necessária a manutenção da prudência diante da
realidade que cerca a todos e das circunstâncias adversas que podem vir a
surgir, contemplando espaços estratégicos para que se continue a produzir
resultados positivos e significativos diante dos inúmeros Projetos de Vida com
os quais é gerada colaboração.
Nesse sentido, o Plano de Ação 2022 da Secretaria de Estados da
Educação e da Ciência e Tecnologia contará com a manutenção das metas,
entendendo que o momento requer firmeza e efetividade nas ações
empreendidas e nos resultados pactuados pela Rede. Portanto, as metas dos
indicadores que já haviam sido pactuadas em 2021 seguem as mesmas para
o ano de 2022.

MAS, ATENÇÃO!
Na Premissa de Protagonismo, dentro da Prioridade Desenvolvimento do
Projeto de Vida do Estudante, teremos um novo indicador: Desenvolvimento
do Plano de Ação de Projeto de Vida, por parte dos estudantes.

Além disso, as estratégias para a Rede sofreram modificações e


complementações, bem como novas surgiram para melhor responderem aos
desafios vividos atualmente diante do que pretende-se construir, sobretudo,
no que diz respeito às adaptações necessárias à Educação Remota e Híbrida.
Logo, a construção dos respectivos Planos de Ação de cada Escola necessita
Página | 110
de ter como norte o Plano de Ação 2022 da SEECT, com todas as suas
atualizações.

4.1.3. Agenda Bimestral

A Agenda Bimestral é um instrumento de planejamento das atividades


na escola de modo a garantir que o currículo não sofra prejuízo em seu
cumprimento. O(A) Gestor(a) Escolar, junto com o(a) Coordenador(a)
Pedagógico(a) e Coordenadores(as) de Área, devem orientar e alinhar esse
instrumento, considerando os dias letivos, feriados, eventos estaduais e
municipais, formações ofertadas pela SEECT, dentre outros, de modo a
articular as aulas, garantindo que nenhuma disciplina sofra algum
comprometimento no cumprimento de seu planejamento.
As Ações presentes nos Programas de Ação da equipe escolar também
são inseridas na Agenda Bimestral e, consequentemente, monitoradas com
vistas a movimentar o Ciclo de Melhoria Contínua. Durante o Período Híbrido,
o instrumento possui grande importância, pois auxilia a equipe na organização
do planejamento escolar num momento em que todos estão “distantes” uns
dos outros.
Para 2022, a Agenda Bimestral deve ser totalmente preenchida pela
equipe gestora, com o auxílio das coordenações de áreas, com base nos
Programas de Ação de toda equipe escolar. As Ações agendadas da
SEECT/CEEI vão sendo, previamente, encaminhadas via Assessoria Regional
e/ou Gerência Regional. À medida que as demandas vão surgindo, à luz do
PDCA, a equipe escolar as indica em seu instrumento e replaneja ações
necessárias.

Página | 111
A partir dela, a gestão expõe para a Comunidade Escolar as atividades
planejadas no mês, chamado de Agenda Mensal. Trata-se de um instrumento
que tem como principal objetivo manter a comunicação entre toda a
comunidade escolar, disponibilizando o acesso por meio da agenda mensal
de atividades a serem desenvolvidas na escola.
O calendário (agenda) mensal, que é construído a partir da agenda
bimestral, deve estar disposto em local estratégico, nas dependências da
escola, de modo que seja visível a todos ou, em caso do Ensino Híbrido,
acessível e compartilhado com a equipe e comunidade escolares. Devem
constar nela, as datas das reuniões de fluxo, formações, ciclos de
acompanhamento formativo, simulados, etc.
4.1.4. Quadro de Monitoramento de Frequência no Ensino Presencial

O Monitoramento de Frequência é uma atividade estratégica crucial


para o atingimento dos indicadores de resultado do Plano de Ação, levando
em consideração que nenhuma ação dentro da escola terá sentido caso o
estudante, nosso foco, não esteja frequentando a escola de modo integral.
Dessa forma, o instrumento “Quadro de Monitoramento de Frequência” é um
auxílio não apenas na garantia desse monitoramento, mas é também
considerado um espaço de protagonismo, visto que os(as) líderes de turma
colaboram diretamente com a sua atualização, portanto, eles devem ser
incentivados a auxiliar no preenchimento diário do quantitativo de estudantes
presentes e faltosos.
Página | 112
O quadro de monitoramento de frequência deve estar disponibilizado
em um lugar visível da escola e de fácil acesso e deve seguir o modelo padrão
das Escolas Cidadãs Integrais, contemplando as turmas e espaço específico
para anotação diária (manhã e tarde) do total de estudantes faltantes em
cada turma. Esse registro servirá também para que a equipe da cozinha
organize o total de alimentos que precisa preparar e ajudará ao(à) gestor(a)
escolar na corresponsabilidade das famílias quanto ao cumprimento da
assiduidade dos(as) estudantes.
4.1.5. Monitoramento de Frequência durante a Educação Remota

Um importante passo que precisamos dar no decorrer da Educação


Remota em nosso estado, no que se refere ao monitoramento dos(as)
estudantes participativos na Educação Remota, é que, a partir de agora,
não apenas iremos visualizar o quantitativo de estudantes que têm acesso
à Plataforma Google Classroom e os que possuem acesso ao ensino por
outros meios, mas sim, temos que despertar na rede um monitoramento
sistemático e nominal, de quais são esses(as) estudantes, (em cada uma
das turmas) e qual o tipo de acesso que eles possuem, dentro de seu
processo de aprendizagem.
Para tal, propomos um modelo de Fluxo de Monitoramento de
Página | 113
Frequência adaptado à Educação Presencial, Remota e Híbrida. As
orientações abaixo são uma opção que os(as) gestores(as) podem seguir
para acompanhar a frequência de seus(as) estudantes durante a
pandemia. A escola, caso possua instrumento próprio para tal, não precisa
seguir o aqui exposto. Todavia, é OBRIGATÓRIO que a gestão possua ao
menos algum instrumento de monitoramento, seja o modelo exposto ou
um arquivo próprio.

É de responsabilidade do(a) Gestor(a) Escolar o controle do Fluxo de


Monitoramento de Frequência dos estudantes (assim como seria durante
o período presencial), só que, dessa vez, estamos trazendo um modelo
mais adequado à educação remota, para que seja possível monitorar a
participação dos estudantes a nível escolar, como também a nível de
Rede.
O monitoramento de frequência pode ser realizado através de uma
Planilha (cujo modelo está disponível no drive da CEEI) e alimentado
pelo(a) Gestor(a) semanalmente (a partir do monitoramento realizado
pelos Professores, em todas as turmas e anos da escola). A gestão precisa
editar nas “abas” as turmas que a escola possui e, dentro delas, os seus
estudantes matriculados (matrícula, nome, tipo de acesso, mês e
semanas) para que assim, seja possível iniciar o acompanhamento
semanal sugerido.

O gestor escolhe dentre as opções:


P = O estudante fez alguma coisa naquela semana
F = O estudante não realizou nada na semana
S/A = Escolher essa opção em dois casos:
1. Primeiro caso: se o estudante não tem acesso a nenhum tipo de atividade

2. Segundo caso: se o estudante tem acesso tranquilamente, mas por algum


motivo de força maior (problemas nas plataformas ou o estudante recebeu
a impressão mas ainda não devolveu pois o prazo foi estendido) naquela
semana não pôde cumprir com as suas atribuições, mas na próxima voltará

Página | 114
a estar ativo.

Ressaltamos que as planilhas supramencionadas são de


responsabilidade dos(as) gestores(as) escolares, de modo que os(as)
professores(as) farão esse monitoramento de frequência via sistema SABER,
seguindo a orientação de que se um(a) estudante realiza pelo menos uma
atividade (síncrona ou assíncrona) ou participa de aulas on-line, em uma
semana de aula, será computada a frequência como presente em todas as
aulas daquela semana. Assim, só será computada a ausência dos(as)
estudantes que não tenham realizado nenhuma atividade, nem
comparecido a nenhum encontro (via Google Meet, por exemplo).

Em caso de transferência: O(A) gestor(a) destaca o nome do(a) estudante


em vermelho.

Vale salientar que o(a) Gestor(a) preencherá o campo de presença


apenas uma vez a cada semana (em cada turma e ano). Não importa
quantas aulas ou atividades tenham em uma determinada classe (esse
monitoramento mais detalhado deve ser feito seguindo a macroestrutura),
essa planilha colhe apenas a seguinte informação: naquela semana, o
estudante com acesso à Educação Remota participou em alguma medida
ou não fez absolutamente nada?

O(A) Gestor(a) apenas seleciona dentre as opções viáveis disponíveis


na coluna, seguindo o tutorial da primeira Aba da Planilha. É um
procedimento simples, rápido e prático.

Link para download do modelo no Drive das ECI


https://docs.google.com/spreadsheets/d/1KUv9sO4cN-
K1qYhHDD4bKQdtd1jzsJ1W/edit#gid=1314247833

Página | 115
4.1.6. Monitoramento da Frequência no Ensino Híbrido

Com o aumento da possibilidade de retorno híbrido, ressaltamos que


as planilhas supramencionadas são de responsabilidade dos/das
gestores(as) escolares, pois apresentam uma visão macro da participação
dos estudantes.

Ainda assim, os professores devem fortalecer o micro monitoramento


nas disciplinas, de modo que, os(as) professores(as) farão esse
monitoramento de frequência via sistema SABER. A presença deverá ser
contabilizada a partir da realidade de cada estudante e em cada disciplina.

Ou seja, os estudantes deverão estar cientes da necessidade de


participar de todas as disciplinas no formato híbrido, e os professores deverão
estar atentos às formas, condições e acompanhamento individual do
estudante.

Reforçamos ainda, a necessidade das áreas manterem o alinhamento


sobre a participação de cada estudantes e a forma mais assertiva de
avaliação diante de suas condições de acesso, em tempo que, é necessário
viabilizar a realização das reuniões de fluxo e conselhos de classe com foco
no acompanhamento dos estudantes e na compreensão do contexto geral
de cada escola.

4.2 CARDÁPIO

Na ECI, há oferta de três refeições diárias: lanche da manhã, almoço e


lanche da tarde. A responsabilidade pela garantia da qualidade dessas
refeições é do(a) Coordenador(a) Administrativo-Financeiro(a), que também
precisa receber feedbacks a respeito da aceitação dessas refeições por parte
dos(as) estudantes.
Além do monitoramento a respeito da aprovação do cardápio, o(a)
CAF, junto à equipe da cozinha, precisa manter contato direto com os(as)
estudantes, primando pelo valor da transparência. Portanto, deve haver,
Página | 116
impreterivelmente, nos arredores do refeitório, a exposição do cardápio
semanal da escola. Este precisa estar atualizado e ser seguido inteiramente.
Caso venha a ocorrer qualquer mudança no cardápio, todos(as) os(as)
estudantes precisam ser informados(as) dessa mudança, assim como os
motivos que a provocaram

4.3 MACROESTRUTURA

A denominada “Macroestrutura” é um instrumento gráfico da TGE que


deve estar à vista de toda comunidade escolar e demonstra claramente o
fluxo intencional do Princípio Gestão da Comunicação. É de extrema
importância para o pleno alinhamento entre as funções da equipe escolar,
garantia do monitoramento e da efetivação do movimento do Ciclo Virtuoso.
No Modelo da Escola Cidadã Integral, todos são gestores dentro da sua
área de atuação e precisam se compreender dessa forma. O(A) Gestor(a)
Escolar tem, como função principal, o monitoramento dos resultados da
escola em todas as premissas do modelo, garantindo o cumprimento dos seus
objetivos.
Ao compreender que a Liderança Servidora deve permear todas as
áreas dentro da escola, todos se articulam para garantir o alcance desses
resultados, compreendendo que o cumprimento das metas só se efetiva com
a contribuição de cada um. Para tanto, a comunicação efetiva é primordial.
Dessa forma, a Macroestrutura precisa estar exposta na escola de modo
convidativo, e deve ser compreendida por toda a equipe escolar. Também é
primordial que a Macroestrutura esteja preenchida com os dados da escola
e seu pessoal no Plano de Ação Escolar, para que não haja dúvidas quanto
aos respectivos alinhamentos e atribuições da equipe, facilitando, inclusive, a
sua visualização durante o período de Educação Remota ou Híbrida.
É necessário que, continuamente, aconteçam momentos formativos
sobre a Macroestrutura da escola, garantindo que novos profissionais, Líderes
e famílias possam compreender como se dá o seu funcionamento. O bom
andamento dos trabalhos é primordial para o serviço público e para a oferta
Página | 117
de uma educação de qualidade. Sendo assim, a Gestão deve focar no
alinhamento das demandas conforme orienta a Macroestrutura da escola.

4.3.1. Macroestrutura das ECI Socioeducativas

Página | 118
4.4 QUADRO DE MONITORAMENTO DO PLANO DE AÇÃO

O Quadro de Monitoramento do Plano de Ação é um instrumento de


TGE (complementar do Plano de Ação e nunca dissociado dele) que visa ao
monitoramento dos Indicadores de Processo elencados no Plano de Ação da
escola. O mesmo deve estar preenchido ao fim de cada bimestre,
movimentando o PDCA (nas etapas C e A - análise e ajuste) dos resultados em
nível de processo.
É de responsabilidade do(a) gestor(a) garantir a consolidação dos
dados e, em seguida, transformar esses resultados em informações e decisões
que devem nortear o planejamento das ações do bimestre seguinte pela
equipe escolar, que articularão seus Programas de Ação de acordo com as
necessidades de cumprimento das metas.
Para que se chegue a essas consolidações em processo (bimestre a
bimestre), é necessário, também, não somente olhar para as pessoas fins,
responsáveis pela consolidação e preenchimento do Quadro de
Monitoramento, mas também em como o fluxo de rotina tem contribuído com
isso. Logo, reuniões de fluxo com pauta bem definida, organizada e
acontecendo de acordo com o cronograma semanal ajudam a garantir o
sucesso de tal demanda.
Por exemplo: O professor de Geografia consolida o Indicador “taxa de
reprovação” em sua disciplina e turmas, posteriormente, o(a) Coordenador(a)
da Área de Humanas faz o consolidado de todas as disciplinas que fazem
parte de sua área e repassa os dados dela para que o(a) Coordenador(a)
Pedagógico consolide os dados da escola e assim possa preencher o
indicador no Quadro de Monitoramento do Plano de Ação e discuti-lo em
nível da gestão escolar.

4.5 QUADRO DE RESULTADOS DO PLANO DE AÇÃO

1. É a parte do Plano de Ação, preenchido ao final do ano letivo, onde a


equipe faz a consolidação dos resultados finais de cada um dos indicadores

Página | 119
trabalhados ao longo do ano letivo. Portanto, é necessário observar o que
segue:

a) A consolidação e o preenchimento devem se ser feitos a partir do Quadro


de Monitoramento do Plano de Ação - por isso, é deveras importante que se
tenha atenção contínua ao micro monitoramento;

b) Durante a consolidação e o preenchimento, podem surgir questões como:


mas e se não batermos a meta? - Nesse caso, registra-se o resultado obtido,
batendo, não batendo ou superando a meta. Novas Metas só serão
estabelecidas no próximo Plano de Ação, a partir, exatamente, das
impressões geradas por esses resultados. Isso se dá no campo de Análise do
Resultado;

c) Na Análise do Resultado é que serão elencadas as impressões supracitadas


(A meta foi alcançada? A meta foi superada? não batemos a meta?). Após
essas impressões, seguem os desafios e/ou fatores que influenciaram para se
chegar a esse resultado (é importante ser sucinto, porém detalhista naquilo
que é relevante para que se compreenda que desafios e/ou fatores irão
nortear as novas estratégias no ano seguinte, frente às novas metas
estabelecidas no novo Plano de Ação);

d) Por fim, a equipe pactua a Nova Meta frente a cada um dos indicadores
do Plano de Ação, sempre pautado na melhoria contínua das ações, das
estratégias, dos resultados e, por conseguinte, do Projeto de Vida Escolar,
levando em consideração, para esse estabelecimento de Nova Meta, aquilo
que já está sendo pactuado no Plano de Ação da Secretaria como
parâmetro (que será referendado no Plano de Ação da SEECT 2022) para não
fugir da realidade da rede e sua expectativa.

2. Após esse preenchimento, o Quadro de Resultados deverá ser socializado


com todos da Comunidade Escolar, bem como ser enviado via Google Forms
para a Comissão, através de link que será disponibilizado à posteriori;

3. Por fim, esse Quadro preenchido deve ser retomado na elaboração do


Página | 120
Plano de Ação do ano seguinte, bem como ser exposto nas paredes da
escola durante todo o vindouro, ou seja, de 2023.

4.6 PROGRAMA DE AÇÃO

O Programa de Ação é um instrumento que visa a articular as estratégias


do Plano de Ação escolar (sejam elas para o ensino presencial e/ou híbrido),
a fim de estruturar enfoques (dentro de cada área de atuação) que
colaborem para a efetivação das metas pactuadas com o plano de ação.
Logo, afirma-se que é por meio deste instrumento operacional que será
possível o “fazer acontecer”, colocar em prática as estratégias estabelecidas
no Plano de Ação Escolar, a fim de que as metas pactuadas sejam
alcançadas se, e somente se, as ações forem executadas a partir de uma
organização e de uma sistematicidade necessárias e indispensáveis. Essa
organização e essa sistematicidade é que dão condições de
acompanhamento pleno e de monitoramento assertivo de indicadores para
a realização de toda a Melhoria Contínua que caberá no processo de
execução das ações planejadas, entendo que não se alcança um resultado
potente da noite pro dia. Os grandes resultados são construídos ao passo em
que a Melhoria Contínua é bem administrada no processo.
Ao tratar-se disso, de imediato lembramos de um outro instrumento que
materializa e dá operacionalização a esse ciclo, o PDCA. Para tanto, é
imprescindível que o Programa de Ação seja entendido nessa óptica, a partir
do seguinte:
ELABORAR PROGRAMA DE AÇÃO é atribuição bem definida no escopo
da Lei 11.100/2018, que deixa claro que o mesmo deve ser orientado pelo
Gestor Escolar (seguindo as devidas substituições, na ausência deste).
Importante sempre lembrar que, se o Programa de Ação operacionaliza o
Plano de Ação Escolar (que também pode ser entendido como Projeto de
Vida da Comunidade Escolar), a ausência desse instrumento elaborado deixa
o Plano sem operacionalização e, portanto, deixa o Projeto Escolar "sem vida".
Cada profissional (gestor(a), coordenador(a) pedagógico,
Página | 121
coordenador(a) administrativo-financeiro e professores) deve elaborar o
programa de ação de acordo com sua atuação, bimestralmente.

A sequência para elaboração do programa de ação deve seguir a seguinte


ordem:
1. Professores(as) da Base Comum e Base Técnica;
2. Coordenadores(as) de área da Base comum e Base Técnica;
3. Coordenador(a) Pedagógico(a);
4. Gestor(a).

O(A) CAF precisa entregar também o seu programa de ação ao(à)


Gestor(a) que, só após receber o P.A. do(a) CAF e do(a) CP deverá elaborar
o seu. Trata-se de uma responsabilidade de cada profissional monitorar o seu
programa de ação, assim como é responsabilidade da coordenação de área
monitorar os P.A. dos(as) professores(as) da sua área; bem como do(a)
Gestor(a) monitorar os P.A. do(a) CP e do(a) CAF.
É importante ressaltar que o próprio Plano de Ação Escolar e o fluxo de
validação dos demais membros da equipe validam o Programa de Ação
do(a) Gestor(a). Não existe uma pessoa ou função que o realize. O(A)
Gestor(a) necessita de exercer fidedignamente a função de “guardião” do
Plano de Ação Escolar e essa validação faz parte dessa relação dialógica
entre a função e o instrumento, logo, ele/ela é quem encerra o fluxo de
validação. Na página 70, do Caderno 11 de Formação - Tecnologia de
Gestão Educacional, encontramos o seguinte parágrafo, que corrobora a
esse pensamento exposto acima:

“O Gestor, por sua vez, elabora o seu próprio Programa de Ação à luz
do Programa de Ação do Coordenador Pedagógico e do
Coordenador Administrativo-financeiro. O Programa de Ação do
Gestor deve ser um instrumento que demonstre a articulação do fazer

Página | 122
pedagógico da escola alinhada com suas metas e com as estratégias
da Secretaria de Educação.”

Para mais informações consultar o Plano de Referência para


Elaboração e Atualização do Programa de Ação (bit.ly/2RW8xsL).

Página | 123
Página | 124
5. CICLO DE ACOMPANHAMENTO FORMATIVO EM REDE

Antes da Pandemia, os Ciclos de Acompanhamento Formativo


aconteciam de forma 100% presencial. Com o fechamento das Escolas,
causado por determinações sanitárias, a partir da pandemia instaurada pelo
vírus da Covid-19, o acompanhamento e monitoramento das Escolas Cidadãs
Integrais passou a ocorrer também por meio dos Ciclos de Acompanhamento
Formativo em Rede, de forma on-line, contando ainda com a equipe e
estudantes das escolas. Durante o Ciclo Remoto, a dupla de Consultores
(Gestão e Pedagógico), acompanhados pelo(a) Assessor(a) Regional,
passam o dia com a equipe, seguindo uma pauta previamente estabelecida,
a fim de orientar e apoiar na implantação e sustentabilidade do Modelo.
Os consultores analisam os instrumentos disponibilizados pela escola
previamente, via Assessoria Regional e, em seguida, conversam com a
Gestão, Equipe Escolar e estudantes, perpassando os indicadores da escola
com vistas a reconhecer pontos positivos e construir recomendações de
melhoria ou de atenção em fragilidades identificadas.
No Ciclo, devem se fazer presentes, durante todo o dia, a Gestão
Escolar (Gestor, CP, CAF e Secretário) e os Coordenadores de Área. Os
professores que estiverem sem aula devem se fazer também presentes nos
momentos livres e podendo retornar às suas atividades, quando necessário.

O desenvolvimento do Ciclo em Rede na escola se dá a partir da seguinte


pauta:

● Análise dos Instrumentos enviados;


● Reunião com a Equipe Gestora e Equipe Escolar;
● Encontro com estudantes, com os líderes de turma e presidentes de Clubes
(se já organizados);
● Imersão nos Indicadores de Processo da escola, a partir do Quadro de
Indicadores Monitorados no Ciclo, que deve nortear outras questões;

Página | 125
● Sessão de fechamento com a equipe escolar e leitura - validação -
entrega do relatório elaborado.

O relatório deixado na escola deve ser apresentado à toda equipe


escolar, por meio da qual os pontos de atenção e melhoria devem ser
discutidos e as recomendações colocadas em práticas para os ajustes
necessários, a fim de corrigir os problemas detectados em busca do Ciclo de
Melhoria Contínua.

Página | 126
Página | 127
6. ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS TÉCNICAS

6.1. MATRIZES E QUADRO DE PROFESSORES TÉCNICOS

6.1.1. Contratação de Professores Técnicos

Os(As) professores(as) técnicos(as) são vinculados às disciplinas


técnicas, mediante a necessidade de cada escola. Anualmente, a gestão
escolar deve elaborar o planejamento para o cumprimento das disciplinas,
sendo enviado o quadro para as Gerências Regionais com a real necessidade
de ocupação. Vale salientar a obrigatoriedade da compreensão das matrizes
de cada curso técnico, disponíveis nas Escolas Cidadãs Integrais Técnicas e
seus respectivos componentes curriculares, compondo assim, o quadro de
horário do(a) professor(a).
Os assuntos referentes à contratação de professores(as) são tratados
junto às Gerências Regionais.

6.1.2. Matrizes dos Cursos Técnicos

As matrizes dos cursos técnicos estão disponíveis para acesso


conforme aparece no quadro. Vale salientar que é de responsabilidade da
escola reconhecer o período de uso (identificado em cada matriz) para
aplicação na escola.
As matrizes de 2019, devem ser utilizadas pelas turmas de 3º ano Técnico
do ano de 2022, as matrizes de 2021 serão utilizadas pelas turmas de 2º ano
técnico no ano de 2022 e para o 1º ano devem seguir a matriz 2022.

Para acesso das matrizes, clique nos links à direita do quadro:

EIXOS CURSOS ACESSO


Análises Clínicas;
Ambiente e Saúde LINK
Meio Ambiente
Eletrônica;
Controle e Processos
Mecânica; LINK
Industriais
Sistemas de Energia Renovável
2019-2022 Administração;
Marketing;
Logística;
Gestão e Negócios Comércio; LINK
Contabilidade;
Vendas;
Secretariado

Página | 128
Informática
Informática para internet
Informação e
Manutenção e Suporte em LINK
Comunicação
Informática
Programação de Jogos Digitais
Infraestrutura Edificações LINK
Agroindústria
Panificação e Confeitaria
Produção Alimentícia LINK
Processamento de Pescado
Apicultura
Design de Calçados
Design de interiores
Produção Cultural e Design Design de Móveis LINK
Instrumento Musical
Produção de Moda
Têxtil
Produção Industrial LINK
Vestuário
Agroecologia
Agronegócio
Recursos Naturais Aquicultura LINK
Apicultura
Mineração
Segurança Segurança do Trabalho LINK

Eventos
Turismo, Hospedagem e Cozinha
LINK
Lazer Guia de Turismo
Hospedagem
Restaurante e Bar
EIXOS CURSOS ACESSO
Análises Clínicas;
Ambiente e Saúde LINK
Meio Ambiente
Eletrônica;
Controle e Processos
Mecânica; LINK
Industriais
Sistemas de Energia Renovável
Administração;
Marketing;
Logística;
2021 Gestão e Negócios Comércio; LINK
Contabilidade;
Vendas;
Secretariado
Informática
Informática para internet
Informação e
Manutenção e Suporte em LINK
Comunicação
Informática
Programação de Jogos Digitais
Infraestrutura Edificações LINK
Página | 129
Agroindústria
Panificação e Confeitaria
Produção Alimentícia LINK
Processamento de Pescado
Apicultura
Design de Calçados
Design de interiores
Produção Cultural e Design Design de Móveis LINK
Instrumento Musical
Produção de Moda
Têxtil
Produção Industrial LINK
Vestuário
Agroecologia
Agronegócio
Recursos Naturais Aquicultura LINK
Apicultura
Mineração
Segurança Segurança do Trabalho LINK
Eventos
Cozinha
Turismo, Hospedagem e
Guia de Turismo LINK
Lazer
Hospedagem
Restaurante e Bar

EIXOS CURSOS ACESSO


Análises Clínicas
Enfermagem
Ambiente e Saúde LINK
Meio Ambiente
Veterinária
Eletrônica
Controle e Processos Mecânica
LINK
Industriais Refrigeração e Climatização
Sistemas de energia renovável
Administração
Adm. Enf. Empreendedorismo
2022
Comércio
Gestão e Negócios Contabilidade LINK
Logística
Vendas
Marketing
Informática
Informática para internet
Informação e
Manutenção e Suporte em LINK
Comunicação
Informática
Programação de Jogos Digitais
Infraestrutura Edificações LINK

Página | 130
Agroindústria
Confeitaria
Produção Alimentícia LINK
Panificação
Produção de cachaça
Design de Calçados
Design de Interiores
Design de Móveis
Produção Cultural e Design LINK
Instrumento Musical
Produção de Moda
Publicidade
Biotecnologia
Planejamento e controle de
Produção Industrial produção LINK
Têxtil
Vestuário
Agroecologia
Agronegócio
Agropecuária
Recursos Naturais Apicultura LINK
Aquicultura
Mineração
Zootecnia
Segurança Segurança do Trabalho LINK
Agenciamento de viagens
Eventos
Turismo, Hospedagem e Gastronomia
LINK
Lazer Guia de Turismo
Hospedagem
Serviço de Bar e Restaurante

A organização das matrizes, no que se diz respeito a parte de


Formação Profissional, é dividida em semestres.

6.1.3. Trabalho de Conclusão de Curso

Dos Objetivos do trabalho de conclusão de curso nas escolas técnicas:

1. Desenvolvimento da capacidade de aplicação dos conceitos e das


teorias adquiridas durante o curso técnico de forma integrada, através
da execução de um projeto de pesquisa;

Página | 131
2. Desenvolvimento das capacidades do(a) estudante em termos de
planejamento, no intuito de resolver problemas dentro da área de
formação específica do mesmo;

3. Despertar do interesse pela pesquisa através das práticas de


resolução de problemas;

4. Desenvolvimento de habilidades de redação de trabalhos acadêmicos


e de artigos técnicos a partir do emprego da linguagem adequada a
textos de caráter acadêmico, respeitando a gramática e ortografia da
língua portuguesa, bem como as normas de apresentação e
formatação aplicáveis;

5. Desenvolvimento, nos(as) alunos(as), das habilidades de expressão


pública, visando a apresentar e defender suas propostas e seus trabalhos
perante bancas examinadoras e plateia, utilizando de linguagem,
postura e voz adequadas;

6. Estimular a construção de conhecimento coletivo com forte base


teórica.

Dos(as) Professores(as)-Orientadores(as):

1. A carga horária de 20 horas semanais para o cumprimento do Trabalho


de Conclusão de Curso é para o(a) estudante. Para a carga horária de
orientação do professor, não se atribui carga horária específica dentro
de seu quadro.

2. Para fins de registro de frequência, aulas e notas no Sistema SABER, é


atribuída a Carga Horária de 1h semanal ao Coordenador da Área
Técnica.

Página | 132
3. As orientações para o Trabalho de Conclusão de Curso dos cursos
técnicos vinculados às Escolas Cidadãs Integrais Técnicas do Estado da
Paraíba devem ser de responsabilidade, prioritariamente, dos professores
técnicos vinculados à escola, podendo ser incluído, caso haja
necessidade e disponibilidade, dos professores da Base Nacional Comum
Curricular.

4. A vinculação ao(à) professor(a) técnico(a) é devido ao fato da vivência


mais técnica com a área de educação profissional do(a) estudante,
favorecendo na compreensão e no debate .

5. O(A) professor(a) deve organizar a sua agenda de orientação, dentro


do período de planejamento, a partir de encontros com seus estudantes
a fim de contribuir com o desenvolvimento do trabalho ao longo do
percurso de construção do TCC;

a. O(A) professor(a) deve acompanhar o desenvolvimento do TCC,


durante o período de execução, em termos de coerência lógica,
fundamentação teórica, relevância social, científica e
metodológica, junto ao(à) estudante;

b. O(A) professor(a)/orientador(a) do(a) estudante deve ser


Presidente da Banca avaliadora, junto com outros(as)
professores(as) convidados(as), que irão realizar a avaliação final
do trabalho de conclusão de curso;

c. Ser o(a) responsável pela frequência dos(as) seus(suas)


orientandos(as) com relação à participação nos encontros de
orientação, como também em todo o desenvolvimento do
trabalho;

d. O(A) professor(a)-orientador(a) deve manter contato contínuo


com o(a) Tutor(a) do(a) estudante reportando faltas, não
continuidade do trabalho, que junto com a Gestão Escolar,

Página | 133
buscarão estratégias de apoio a este(a) estudante nesse
momento.

Sobre a banca avaliadora

1. A banca avaliadora será composta por:


a. Professor(a)-orientador(a), como presidente da banca;
b. Dois(duas) professores(as) vinculados(as) à escola e que possam colaborar
e avaliar o desempenho do estudante no Trabalho de Conclusão de Curso;

2. Deve-se registrar a execução da Banca em uma ata, devendo ser


assinada por todos os membros da Banca e pelo(a) estudante
submetido(a) à avaliação.

Página | 134
Página | 135
7 ESCOLAS CIDADÃS INTEGRAIS SOCIOEDUCATIVAS

Apresentação
O conceito de socioeducação surge no Estatuto da Criança e do
Adolescente, no qual são abordados os tipos de medidas socioeducativas -
ações do poder público destinadas a adolescentes que cometem atos
infracionais12. As medidas13 vão desde advertências, reparação dos danos
causados, prestação de serviços à comunidade, até a internação em
estabelecimento educacional. Nesses estabelecimentos, os adolescentes
podem cumprir medidas em regime de semiliberdade ou privação de
liberdade. No sentido de garantir o direito à educação, os centros de
atendimento socioeducativo para o cumprimento de medidas em regime
fechado possuem, em sua estrutura, espaços destinados ao atendimento
escolar, contando com salas de aula, quadra esportiva, sala de professores,
diretoria escolar, entre outros.
Os adolescentes que frequentam essas escolas estão em cumprimento
da Medida Provisória (que pode durar até quarenta e cinco dias) ou da
Medida de Internação (que pode durar de seis meses a três anos). A idade
para internação segue a definição do Estatuto da Criança e do Adolescente
para adolescência: a pessoa “entre doze e dezoito anos de idade” (Art. 2º).
Além do atendimento escolar, o sistema socioeducativo envolve
profissionais do direito, saúde, assistência social, segurança e da educação.
No Estado da Paraíba, a garantia do atendimento socioeducativo a esses
adolescentes e jovens é atribuição da Secretaria de Desenvolvimento
Humano (SEDH), através da Fundação Desenvolvimento da Criança e do
Adolescente Alice de Almeida (FUNDAC).

O Modelo da Escola Cidadã Integral foi implementado através do


Programa de Ensino Integral, da Rede Estadual de Educação da Paraíba, em
julho de 2017, nas seis unidades de atendimento socioeducativo da FUNDAC,

12 O Artigo 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente conceitua ato infracional a conduta descrita como crime
ou contravenção penal.
13 Entende-se por medidas socioeducativas as previstas no Artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Página | 136
estando situados, em João Pessoa: o Centro Educacional do Adolescente
(CEA), Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE), Centro Educacional do
Jovem (CEJ), Casa Educativa Rita Gadelha; Em Lagoa Seca: o Lar do
Garoto, e, em Sousa: o CEA Sousa. O documento norteador utilizado na
implementação intitulava-se Uma Janela para o Futuro e contava com as
primeiras diretrizes para o atendimento escolar em período integral.

Devido ao alto índice de distorção idade-série14 identificado nos


estudantes que chegam ao sistema socioeducativo, foi adotada a
modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) para o atendimento
escolar nas unidades de internação, visando a contribuir para a diminuição
dessa distorção. Nessa modalidade, a seriação se organiza por ciclos com
duração de um ano cada, os quais correspondem aos anos e séries do Ensino
Regular, como se segue:

CICLO I - 1º ao 2º ano do Ensino Fundamental;

● CICLO II - 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental;


● CICLO III - 6º ao 7º ano do Ensino Fundamental;
● CICLO IV - 7º ao 8º ano do Ensino Fundamental;
● CICLO V - 1ª a 2ª série do Ensino Médio;
● CICLO VI - 3ª série do Ensino Médio.

As Práticas Educativas e Metodologias de Êxito do Modelo da Escola


Cidadã Integral estão em consonância com as diretrizes pedagógicas
presentes na lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
(SINASE), as quais têm como objetivo a contribuição para a formação de “um

De acordo com a Coordenação do Eixo Educação da FUNDAC, mais de 90% dos estudantes estão fora da série
14

adequada para sua idade

Página | 137
cidadão autônomo e solidário, capaz de se relacionar melhor consigo
mesmo, com os outros e com tudo que integra sua circunstância e sem
reincidir na prática de atos infracionais” (Lei nº 12.594 de 2012, capítulo VI).

O presente guia destina-se aos profissionais da educação que


trabalham com as Escolas em funcionamento nos centros de atendimento
socioeducativo do Estado da Paraíba, sejam professores, coordenadores
pedagógicos, gestores, funcionários da Secretaria de Estado da Educação e
da Ciência e Tecnologia ou a Comunidade em geral.

As informações e orientações aqui apresentadas são um


aprofundamento das Diretrizes Operacionais das Escolas Cidadãs Integrais,
com o objetivo de delinear a forma como o modelo se materializa por meio
do Programa de Educação Integral da Rede Estadual nas Escolas Cidadãs
Integrais Socioeducativas, auxiliando na compreensão e execução dos
processos formativos que ocorrem nesses espaços.

Objetivos específicos das ECIS

a) Contribuir para a ressocialização dos jovens e adolescentes em


cumprimento de medida socioeducativa em meio fechado, por meio da
oferta de ensino integral, visando à formação de estudantes autônomos,
solidários e competentes;

b) Promover ações para incentivar ou resgatar o interesse desses


estudantes pelos estudos, de modo a reduzir as taxas de reprovação, bem
como acompanhar a sua evolução no âmbito das escolas em tempo
integral;

c) Aplicar metodologias, estratégias e práticas educativas inovadoras


introduzidas e consolidadas pela equipe de implantação do Programa de
Educação Integral, em sintonia com as especificidades do sistema
Página | 138
socioeducativo, assegurando aos estudantes as condições para a
construção dos seus Projetos de Vida;

d) Incorporar, nas práticas educativas, a abordagem a temas transversais,


desconstruindo e reconstruindo valores de modo a ressignificar a identidade
dos estudantes enquanto sujeitos apropriados de seus direitos;

e) Reconhecer a singularidade e as diferenças, bem como valorizar as


identidades desses adolescentes e jovens, enfrentando toda forma de
discriminação, com especial atenção às dimensões social, geracional,
racial, étnica e de gênero.

ROTINAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS

Pedagogia da Presença

A Pedagogia da Presença fundamenta a relação educador-


educando. Nas Escolas Cidadãs Integrais Socioeducativas, os momentos de
convivência ultrapassam as paredes da sala de aula e assim são criadas novas
oportunidades de fortalecer o processo de ensino e aprendizagem, da
mesma forma que nas escolas em meio aberto.

Nas ECI Socioeducativas, há detalhes que precisam de atenção


especial. É recomendável ao professor dessa modalidade que busque
compreender seu papel nesses espaços no tocante à sua importância e
limites. Por se tratar de um contexto de privação de liberdade, o campo de
atuação do professor deve estar restrito à escola, pois as relações pessoais
externas dos estudantes (com familiares e profissionais de outras áreas)
durante o cumprimento da medida socioeducativa são conduzidas pela
FUNDAC.

IMPORTANTE

Não fornecer aos (às) estudantes informações pessoais como endereço,


Página | 139
número de telefone, contato para redes sociais, e-mail ou qualquer outra
forma de contato. Caso o estudante solicite, o professor deve dizer que
precisa de autorização oficial da Coordenação das ECI Socioeducativas, na
Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia

Há, no entanto, outras formas do(a) professor(a) da ECIS se fazer


presente na vida escolar do(a) estudante como: o engajamento nas
metodologias de êxito, na Tutoria, nos Clubes de Protagonismo, Acolhimento,
Plantão Pedagógico, Eletivas e eventos culturais ou recreativos. Dessa forma,
a contribuição do professor para a formação dos estudantes se torna muito
mais efetiva e intencional.

Presença Educativa no SINASE:

Fazer-se presente na ação socioeducativa dirigida ao(à) adolescente é


aspecto fundamental para a formação de um vínculo. A presença
construtiva, solidária, favorável e criativa representa um passo importante
para a melhoria da qualidade da relação estabelecida entre educadores(as)
e adolescentes.

Neste sentido, a exemplaridade é aspecto fundamental. Educar -


particularmente no caso de adolescentes - consiste em ensinar aquilo que se
é. Portanto, a forma como o programa de atendimento socioeducativo
organiza suas ações, a postura dos profissionais, construída em bases éticas,
frente às situações do dia a dia, contribuirá para uma boa atitude cidadã
do(a) adolescente.

Entenda mais sobre Pedagogia da Presença no modelo da


Escola Cidadã Integral no Caderno 2, Princípios Educativos .

Página | 140
Acolhimento

O Acolhimento é a “porta de entrada” da realização do Projeto de Vida. Ele


se destina à equipe escolar, aos Pais e Responsáveis e aos Estudantes. Nas
ECI Socioeducativas, esses momentos são conduzidos pelas equipes de
professores(as), mas sempre na perspectiva de incluir os(as) estudantes,
colocando-os(as) como centro do processo. Deve-se ter em mente o
desenvolvimento da autonomia desses(as) estudantes, sempre
oportunizando o protagonismo. Sempre que houver a possibilidade de um ou
mais estudantes estarem à frente dos Acolhimentos, deve-se fazer o possível
para que isso aconteça. Para isso, é importante que todas as questões de
segurança estejam previamente alinhadas com as direções das unidades.

O Acolhimento Diário é direcionado aos(às) Estudantes e, conforme a


nomenclatura, deve ser realizado todos os dias para cada turma que entra
nos espaços de aprendizagem da escola - uma vez que, nessas escolas,
os(as) estudantes são conduzidos(as) de seus alojamentos para os locais de
estudo. Seja a primeira aula do dia na sala de aula, na quadra, na biblioteca
ou no auditório, o Acolhimento Diário precisa acontecer.

É preferível que o Acolhimento Diário aconteça em um local por onde os(as)


estudantes passem antes de entrarem nos espaços de aprendizagem. No
entanto, a dinâmica para esse momento pode variar de acordo com a
disponibilidade de espaço e questões de segurança de cada unidade. Caso
necessário, pode acontecer dentro da própria sala de aula.

IMPORTANTE

Assim como cada atividade realizada fora de contexto de sala de aula, os


agentes socioeducativos, supervisores e direção das unidades devem estar
prévia e detalhadamente informados quanto ao horário e como irão
acontecer.

Além do início das aulas, o Acolhimento também deve ser realizado nas
Culminâncias das Eletivas e nos eventos de caráter cultural ou alusivos às

Página | 141
datas comemorativas.

Para mais informações sobre Acolhimento Diário, consulte


o Volume 3 dos Cadernos de Formação: Rotinas e Práticas Educativas
.

Protagonismo Juvenil

As práticas educacionais devem ser pautadas na participação do(a)


adolescente em seu processo formativo, pensando nesse(a) estudante como
protagonista do Projeto de Vida que está sendo construído. Partindo da
perspectiva aberta para o futuro, deve-se criar espaços para que os(as)
socioeducandos(as) primeiramente se aceitem e compreendam como
são e, só então, iniciem uma transformação naquilo que almejam ser.

As ações devem promover a manifestação de suas potencialidades,


privilegiando o desenvolvimento de habilidades como ponderação, análise
de problemas, trabalho em grupo, planejamento, liderança, tomada de
decisões, (auto)avaliação, relação com os outros e resolução de conflitos de
forma pacífica.

O adolescente deve ser reconhecido como o protagonista deste


cenário. Enquanto ele for visto apenas como um problema ou o problema,
será excluído da possibilidade de canalizar construtivamente suas energias
como agente de transformação pessoal e social.
(Cadernos de Socioeducação, 2010. p. 42)

Clubes de Protagonismo

Nas ECI Socioeducativas, os Clubes de Protagonismo seguem os


mesmos princípios daqueles nas escolas em meio aberto, tendo como
particularidade a necessidade de terem suas atividades sempre mediadas
por um(a) professor(a), que acompanha e orienta os encontros. Salientamos
que o direcionamento das atividades é parte das ações dos(as) estudantes.

Página | 142
Os clubes podem ter um(a) presidente fixo ou o revezamento de estudantes
nessa função, não só prevenindo prejuízos às atividades ocasionados pela
rotatividade de adolescentes e jovens, mas também oportunizando o
exercício da liderança por todos os membros do clube.

Para mais informações sobre Clubes de Protagonismo,


recomendamos a leitura do Caderno de Formação:
Rotinas e Práticas Educativas.

Tutoria

Tendo em vista a efetivação das interações pedagógicas, a tutoria é


uma prática utilizada nas Escolas Cidadãs Integrais que também se
materializa nas ECI Socioeducativas. Nesses espaços, os(as) Professores(as)
Tutores(as) podem acompanhar o desenvolvimento escolar de seus
tutorados(as), dialogando diretamente com eles(as) e com as
Coordenações de Áreas e Pedagógica. Por meio da utilização das Fichas de
Tutoria, os Professores Tutores podem acompanhar e fornecer informações
sobre seus respectivos tutorados sempre que necessário. Essa prática pode
ser realizada de forma anônima inicialmente, mas deve objetivar a ciência
dos(as) estudantes sobre o processo à medida em que desenvolvem a
maturidade sobre sua intencionalidade.

É imprescindível que esse papel seja compreendido por todos os


membros da comunidade escolar, especialmente pelos estudantes e
familiares. Os Cadernos de Formação definem o papel do tutor como
pessoas que “acompanham e comunicam-se com seus tutorados de forma
sistemática, planejando, entre outras coisas, a sua evolução e avaliando a
eficiência de suas orientações com vistas ao desenvolvimento de seu Projeto
de Vida”. As ações dos professores tutores estendem-se também aos
Plantões Pedagógicos, por meio das quais seja possível responder aos pais
ou responsáveis que buscarem as escolas com a pergunta “como está o

Página | 143
meu filho na escola?”.

Além disso, nas ECI Socioeducativas, os Professores Tutores possuem


um papel importante no desenvolvimento das aulas de Estudo Orientado,
conforme será explanado adiante, pois eles têm as ferramentas necessárias
para identificar as necessidades de aprendizagem prioritárias apresentadas
pelos estudantes.

Plantão Pedagógico

De acordo com o SINASE, a participação da família é fundamental


para um bom desenvolvimento da ação socioeducativa. Nesse sentido, a
contribuição da escola para o fortalecimento dos vínculos familiares pode
se materializar também por meio da realização dos Plantões Pedagógicos,
proporcionando uma participação ativa e qualitativa da família nesse
processo.

Nas ECI Socioeducativas, os Plantões Pedagógicos acontecem


preferencialmente nos dias de visita, com a escala de professores designados
para o atendimento dos familiares dos estudantes. Eles devem estar munidos
das Fichas de Tutoria e demais informações acerca do atendimento escolar
oferecido aos estudantes.

Tudo que é objetivo na formação do adolescente é extensivo à sua


família. Portanto, o protagonismo do adolescente não se dá fora das
relações mais íntimas. Sua cidadania não acontece plenamente se ele não
estiver integrado à comunidade e compartilhando suas conquistas com a
sua família.

(Lei nº 12.594 de 2012 - SINASE)


Consulte Atividades para o Plantão Pedagógico, página 20
do caderno Rotinas e Práticas Educativas.

Página | 144
Reuniões de Fluxo

As Reuniões de Fluxo são encontros semanais que visam ao


acompanhamento e desenvolvimento de estratégias para melhoria das
ações realizadas no âmbito escolar. Elas compõem uma dinâmica
institucional que garante a horizontalidade das informações e dos saberes
entre os membros da equipe multiprofissional. Para as ECI Socioeducativas,
apontamos a seguinte rotina de Reuniões de Fluxo:

● Gestão Escolar e Gestão da Unidade Socioeducativa;


● Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica;
● Coordenação Pedagógica e Coordenações de Áreas;
● Coordenação Pedagógica e Professores da Parte Diversificada do
Currículo;
● Coordenações de Áreas e Professores de suas respectivas Áreas do
Conhecimento (BNCC);
● Coordenações de Áreas e Professores Tutores.

Todas as reuniões devem ter registro em livro de ata, assinado por


todos os participantes.

Observação em Sala de Aula

O cumprimento dos Guias de Aprendizagem é uma das metas do


Plano de Ação da escola. Por isso, é importante que os Coordenadores de
Área (CAs) realizem o acompanhamento das aulas de suas respectivas áreas
do conhecimento, no intuito de auxiliar os demais professores em suas
práticas educacionais, por meio da análise das interações construídas entre
professores, estudantes e conteúdos trabalhados em sala de aula.

As visitas às aulas devem ser realizadas conforme a disponibilidade de


horário dos CAs, com dia e horário definidos previamente junto ao professor
ministrante. É recomendável que os estudantes sejam informados sobre a

Página | 145
intencionalidade da visita, para que eles estejam cientes dos procedimentos
pedagógicos realizados na escola. Não é necessário que o CA acompanhe
a aula inteira, desde que sejam verificados os aspectos pertinentes à visita.

O instrumento utilizado para o acompanhamento é a pauta da


observação, construída em conjunto com o professor ministrante. Após a
observação, deve-se realizar a devolutiva por meio de uma conversa e
apresentação de um relatório a ser entregue ao professor e à Coordenação
Pedagógica. Esse momento é uma contribuição da Coordenação de Área
para o campo Fatores Críticos de Apoio, no Programa de Ação do professor.

ROTEIRO DA OBSERVAÇÃO:

1. Elaboração do cronograma de visitas às aulas (disponível para


visualização por toda a equipe);
2. Elaboração da pauta (CAs e professores)
3. Realização da visita - observar:
− A interação entre estudantes e conteúdo;
− A interação entre estudantes e professor(a);
− A interação entre estudantes e colegas;
− Como os Princípios Educativos são movimentados em sala de aula;
− Devolutiva da visita e entrega do relatório (ao(à) professor(a) e à
Coordenação Pedagógica).

A observação das aulas da Parte Diversificada (incluindo as aulas de


Música) e dos Cursos Profissionalizantes fica a cargo da Coordenação
Pedagógica e segue os mesmos critérios acima.

METODOLOGIAS DE ÊXITO

Projeto de Vida

O trabalho com a disciplina de Projeto de Vida nas ECI


Socioeducativas, muitas vezes, requer bem mais do que levar o estudante a

Página | 146
descobrir a necessidade de projetar seus sonhos, mas também de perceber
que, justamente devido às suas circunstâncias, sonhar é tão importante. E
além do sonho, compreender-se enquanto indivíduo dotado de desejos,
necessidades e potencialidades para concretizar esses anseios.

A consolidação do Estatuto da Criança e do Adolescente ampliou o


compromisso do Estado e da Sociedade Civil com soluções efetivas para
assegurar aos adolescentes do sistema socioeducativo uma autêntica
mudança de trajetória e (re)construção de seus Projetos de Vida.

No intuito de aprimorar o atendimento a esses estudantes durante as


aulas de Projeto de Vida, além do material disponibilizado às escolas para o
Ensino Fundamental e Médio, os professores das ECI Socioeducativas
contribuíram com a produção de um material complementar voltado
exclusivamente para esse público, que deve ser considerado e incorporado
às sequências didáticas do material original.

É necessário que a Coordenação Pedagógica realize o


acompanhamento das atividades de perto, pois as produções dos
estudantes nas atividades de Projeto de Vida podem e devem contribuir para
os Planos Individuais de Atendimento (PIA), um instrumento de
acompanhamento psicossocial dos adolescentes e jovens em cumprimento
de medidas socioeducativas, mas não para sua operacionalização, pois o
PIA diz respeito aos objetivos do estudante durante o cumprimento da
medida socioeducativa e o Projeto de Vida vai além o período de internação
e da vida escolar.

Projeto de Vida no SINASE:


As ações socioeducativas devem exercer uma influência sobre a vida
do adolescente, contribuindo para a construção de sua identidade, de modo
a favorecer a elaboração de um projeto de vida, o seu pertencimento social
e o respeito às diversidades (cultural, étnico-racial, de gênero e orientação
sexual), possibilitando que assuma um papel inclusivo na dinâmica social e
Página | 147
comunitária. Para tanto, é vital a criação de acontecimentos que fomentem
o desenvolvimento da autonomia, da solidariedade e de competências
pessoais relacionais, cognitivas e produtivas (Lei nº 12.594 de 2012 - SINASE).

Os(As) professores(as) de Projeto de Vida das ECI Socioeducativas têm


a importante missão de contribuir ativamente para uma nova percepção da
identidade dos(as) e nos(as) estudantes, de modo que eles/elas conheçam a
potencialidade dos sonhos e comecem a construir ou reconstruir seus Projetos
de Vida, rumo a uma mudança positiva de trajetória. Assim, cabe aos
docentes à frente dessa disciplina um cuidadoso planejamento das
atividades e observação e preparo das sequências didáticas disponibilizadas
pela SEECT para cada etapa de ensino.

Pré-Médio: Destinada ao Ciclo IV, a disciplina é integrada às aulas de Projeto


de Vida. Ela se destina a construir um espaço de transição da vivência no
Ensino Fundamentl para o Ensino Médio.

Pós-Médio: Destinada exclusivamente aos estudantes do ciclo VI, possibilita


orientar e aprofundar a preparação dos estudantes, a partir da área
escolhida por eles, tanto na perspectiva do ENEM PPL, como em outros
intinerários.

Nos ciclos iniciais da EJA (I e II), os estudantes apresentam defasagem


significativa em suas habilidades de produção e compreensão textuais,
por isso é essencial que os Professores de Projeto de Vida articulem o
planejamento de suas atividades com as professoras pedagogas, de modo a
potencializar a oferta dos conteúdos para esse público com necessidades tão
específicas.

Página | 148
Disciplinas Eletivas

As Disciplinas Eletivas compõem a Parte Diversificada do currículo, ampliando


e diversificando os ambientes e possibilidades de aprendizagem e
contribuindo para o fortalecimento de habilidades por meio da articulação
com os componentes da Base Nacional Comum Curricular, o Protagonismo
e os Projetos de Vida dos estudantes. Por isso, as ECI Socioeducativas também
incorporam essas atividades interdisciplinares na rotina dos estudantes, por
meio do trabalho com temas transversais de uma maneira muito próxima da
forma como acontece nas demais escolas da Rede Estadual.

Para a criação e realização das aulas das disciplinas eletivas, segue-se a


sequência do levantamento dos sonhos dos estudantes, criação das eletivas
com base nesses dados consolidados e observância das necessidades
específicas desse público, duração de duas horas-aula sequenciadas,
preferência pela metodologia de projetos (com um produto final como
resultado material), realização semestral do Feirão de Eletivas (garantindo-se
o direito de escolha dos estudantes) e Culminâncias com divulgação
interna para os familiares e exposição das produções.

As Disciplinas Eletivas das ECI Socioeducativas também podem se tornar


Clubes de Protagonismo, desde que se siga as orientações de segurança e
planejamento necessárias. Elas podem envolver componentes curriculares
de áreas diferentes (como Matemática e Arte) e até mesmo ser articuladas
com as aulas de Música e Cursos Profissionalizantes, com a participação
direta desses professores contribuindo para enriquecer os conteúdos
apresentados e diversificar as práticas educativas.

Estudo Orientado

O Componente curricular Estudo Orientado é uma Metodologia de

Página | 149
Êxito da Parte Diversificada do modelo da Escola Cidadã Integral na qual o
estudante é contemplado com estratégias para o desenvolvimento de suas
habilidades e competências no sentido de garantir e ampliar sua autonomia
na hora de realizar seus estudos.

Nas ECI Socioeducativas, os momentos de Estudo Orientado devem


ser incorporados às aulas dos componentes curriculares da BNCC e estar
presentes nos programas de ação dos professores e coordenadores de área.
Para que isso aconteça, é necessário que as equipes se atentem ao fluxo
apresentado a seguir:

Passo zero: caso o estudante chegue à escola sem comproação de


escolaridade, e não seja possível o contato com a instituição de ensino anterior,
deve aplicar a Avaliação Diagnóstica de Nivelamento imediatamente.

Primeiro passo: Os Professores Tutores devem acompanhar e relatar as


necessidades de aprendizagem de seus tutorados nas Reuniões de Fluxo de
Área. Essas necessidades dizem respeito às práticas de estudos: foco,
entusiasmo, esforço, responsabilidade, autonomia, responsabilidade, entre
outros. As informações identificadas pelos Tutores devem ser sistematizadas e
repassadas para os professores dos respectivos componentes curriculares.

Segundo passo: Os Coordenadores de Área definem junto à Coordenação


Pedagógica em que momentos na semana acontecerão as aulas de Estudo
Orientado, pois elas serão incorporadas no horário semanal dentro das aulas
dos componentes curriculares, ficando reservada uma hora-aula de Estudo
Orientado por semana, e um dia para cada área do conhecimento.

É recomendável que para as áreas de Linguagens e Ciências da


Natureza e Matemática, as aulas de Estudo Orientado aconteçam na
carga horária disponibilizada para Língua Portuguesa e Matemática,
respectivamente. Já em Ciências Humanas, deve-se identificar as
possibilidades de acordo com cada caso.

O quadro abaixo apresenta uma sugestão de como as aulas de


Estudo Orientado podem ser incorporadas no horário semanal da
escola.

Página | 150
Seg Terç Quart Quint Sext
E.O – C. Exatas
Semana
(1 aula de
01 Matemática)
E.O – C.
Semana Humanas
02 (1 aula de
Geografia)
E.O – Linguagens
Semana
(1 aula de Líng.
03 Portuguesa)
E.O – C. da
Semana Natureza
04 (1 aula de
Biologia)

Terceiro passo: Após as aulas de Estudo Orientado, os professores Tutores


devem realizar o acompanhamento das dificuldades apresentadas por seus
tutorados, verificando se elas permanecem.

O conteúdo do Estudo Orientado é a própria prática de se estudar,


estruturado sob “uma metodologia que deve favorecer o desenvolvimento
da autoconfiança dos adolescentes e jovens na sua capacidade de
aprender a aprender” (ICE, 2020, p. 65).

Aprofunde seus conhecimentos sobre Estudo Orientado


consultando os materiais e o caderno de formação: Metodologias de Êxito.

Práticas Experimentais

As Práticas Experimentais compõem a Parte Diversificada do currículo


com foco na área de Ciências da Natureza e Matemática, ampliando as
oportunidades de aprendizagem por meio da experimentação. Elas devem
ser articuladas ao aspecto teórico e conceitual de Matemática, Química,
Física e Biologia. Nas ECI Socioeducativas, apesar de não possuírem carga-
horária pré-fixada na matriz curricular, as Práticas Experimentais devem ser
incorporadas nas aulas de ciências da natureza e matemática, presentes nos
Guias de Aprendizagem e acompanhadas por meio dos Programas de Ação.

Página | 151
Propulsão (Nivelamento)

O trabalho de Propulsão (Nivelamento) nas ECI Socioeducativas vem


sendo fortalecido desde a implementação do modelo integral, pois, ao
longo dos anos, verificou-se a necessidade de contribuir para minimizar os
níveis de distorção idade-série apresentados pelos estudantes que ingressam
no sistema socioeducativo. As ações voltadas para o Nivelamento consistem
em identificar, acompanhar e avaliar os níveis e necessidades de
aprendizagem dos estudantes especialmente nas habilidades referentes às
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

ORIENTAÇÕES GERAIS

Para um melhor desenvolvimento das práticas educativas e resultados de


aprendizagem, as equipes pedagógicas devem se utilizar das estratégias e
instrumentos de Propulsão apresentados abaixo.

1. Avaliação Diagnóstica Inicial – aplicada prioritariamente com os estudantes


que chegam à escola sem os documentos comprobatórios de seu nível de
escolaridade;

2. Plano de Propulsão - Desenvolvimento de estratégias com base nas


necessidades de aprendizagem identificadas a partir das Avaliações
Diagnósticas;
3. Aplicação das Sequências Didáticas - Ação realizada para o
fortalecimento das habilidades em defasagem;
4. Avaliação Processual - (1º ao 3º bimestre) elaboradas com base nos
resultados das avaliações diagnósticas e com a intenção de realizar o
acompanhamento intermediário do desenvolvimento das habilidades;
5. Avaliação Diagnóstica de Saída - Verificação do desenvolvimento das
habilidades.

Página | 152
A Comissão Executiva de Educação Integral disponibilizará às equipes
das escolas os materiais orientadores, Sequências Didáticas, os arquivos para
impressão das Avaliações Diagnósticas e demais orientações específicas que
se fizerem necessárias às ECI Socioeducativas.

Outros Componentes e Aspectos do Modelo Integral

Desde a implementação do modelo nas escolas das unidades de


internação no Estado da Paraíba, muitos aspectos do Modelo Integral
precisaram ser adequados ou adaptados de forma que pudessem ser
replicados nesses espaços, diante das peculiaridades decorrentes da
privação de liberdade. Pelo fato de a educação estar sempre em evolução,
algumas características próprias das Escolas Cidadãs Integrais e Escolas
Cidadãs Integrais Técnicas ainda estão em fase de estudos, análise ou
adaptação para uma posterior incorporação às ECI Socioeducativas.

Colabore e Inove (CI9) - Componente destinado aos estudantes da 1ª


série do Ensino Médio Propedêutico sobre empreendedorismo, por meio de
metodologias ativas, já implementadas na Rede Estadual.

Metodologias Empreendedoras (Intervenção Comunitária - IC, Inovação


Social Científica - ISC e Empresa Pedagógica - EP) - Realizadas para
desenvolver o protagonismo social e profissional no estudante, direcionadas
aos estudantes de escolas ofertantes de cursos técnicos.

Práticas Profissionais e Estágios - Tem o objetivo de potencializar o


desenvolvimento da educação profissional em articulação com o setor
produtivo para os estudantes da 3ª série do Ensino Médio das Escolas
Cidadãs Integrais Técnicas.

Conselho de Líderes - Grupo formado pelos líderes de turma que se reúne


com a gestão para tratar de temas de interesse da comunidade escolar,
mais especificamente, dos discentes. Nas ECI Socioeducativas existe a
prática da escuta atenta dos estudantes e suas necessidades, realizadas

Página | 153
pela Gestão e Coordenação Pedagógica. No entanto, ainda se configura
de maneira distinta do Conselho de Líderes.

Avaliação Semanal - Suporte às práticas de Propulsão.

OUTRAS ESPECIFICIDADES DAS ECI SOCIOEDUCATIVAS

ENEM PPL

Para os estudantes do sistema socioeducativo em privação de liberdade


que estão cursando os ciclos V e VI da EJA, o Exame Nacional do Ensino
Médio tem uma edição especial com edital, datas de inscrição e questões
próprias, e é intitulado como ENEM PPL (Pessoas Privadas de Liberdade).
É o Eixo Educação da FUNDAC que fica responsável por providenciar as
documentações e inscrições. No entanto, cabe à escola a preparação
dos adolescentes e jovens para o exame.

O desenvolvimento de atividades próprias a esse fim pode incluir aulas


temáticas (como estudar para as provas, motivação, dicas para a leitura
e resolução de questões, simulados, prática de redação, exibição de
videoaulas e aplicação do material didático do Se Liga no Enem, entre
outros), aulões, eventos e demais ações que a escola possa realizar.

Desafio nota 1000 – É importante que as equipes das ECI Socioeducativas


encorajem os estudantes a participar do Desafio Nota Mil, pois é um
momento em que os socioeducandos tem a oportunidade de participar
ativamente de uma ação da Rede Estadual de Ensino juntamente com os
demais estudantes da Paraíba.

Componentes Curriculares Específicos

A Parte Diversificada do currículo nas ECI Socioeducativas é composta


por componentes específicos, elaborados para atender às determinações

Página | 154
do atendimento escolar para estudantes do sistema socioeducativo,
conforme definido no ECA e na lei do SINASE, visando a potencializar
habilidades socioemocionais e garantir direitos como o acesso ao esporte,
cultura e lazer.

Práticas Restaurativas - Endossada pelas práticas pertinentes à Justiça


Restaurativa, trabalha questões relacionadas à convivência, a exemplo de:
resolução pacífica de conflitos, compreensão da necessidade de reparação
dos danos causados e comunicação não-violenta.

Práticas Esportivas - Tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento


de habilidades físicas e motoras, além de proporcionar momentos de lazer
por meio do esporte.

Eletiva de Direitos Humanos - Fruto da parceria entre a Secretaria de Estado


da Educação e da Ciência e Tecnologia (SEECT) com o Instituto Auschwitz
de Prevenção ao Genocídio e Atrocidades em Massa (AIPG), foi
concebida como uma proposta de intervenção educativa no espaço
da escola, por meio do projeto Cidadania e Democracia desde a Escola.

Oficina de Leitura e Escrita - Espaço destinado ao reforço das habilidades em


Língua Portuguesa para os estudantes de todos os níveis de aprendizagem
das ECI Socioeducativas com foco na oralidade, compreensão e produção
textuais.

Oficina de Artes - Traz a proposta de ampliar o acesso à cultura nas ECI


Socioeducativas, por meio da prática das diversas linguagens artísticas.

Oficina de Música - Com professores músicos atuantes em bandas do Estado


da Paraíba, tem o importante papel de fortalecer a cultura local e ampliar
as possibilidades de aprendizagem dos estudantes das ECI Socioeducativas
por meio da música.

Cursos profissionalizantes - Ofertados pela SEECT e também acompanhados


pelas coordenações dos Eixos Educação e Profissionalização da FUNDAC,
trazem oportunidades de aprendizagem voltadas para a capacitação
profissional em áreas específicas por meio de Cursos de Formação Inicial e
Página | 155
Continuada (FIC).

Impossibilidade de Uso da Imagem dos(as) Estudantes

Muitas são as oportunidades de desenvolvimento das práticas


educacionais que envolvem as relações estabelecidas virtualmente na
época em que vivemos. Entretanto, a divulgação das ações realizadas nas
ECI Socioeducativas possui sérias restrições, especialmente no que diz respeito
ao artigo 17 do ECA, o qual trata da divulgação de imagem de crianças e
jovens, bem como a preservação da imagem dos mesmos:

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da


integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças,
dos espaços e objetos pessoais. (Lei n.º 8069 de 1990, Estatuto
da Criança e do Adolescente)

Portanto, é VETADO o uso da imagem ou nome de qualquer estudante


do sistema socioeducativo para fins de divulgação de ações da escola
de qualquer natureza.

Segurança dos(as) Estudantes e Funcionários(as) da Escola

As ECI Socioeducativas fazem parte das dependências das unidades


de internação, as quais contam com equipe especificamente designada
para agir em situações de conflito ou potencialmente violentas. Os
socioeducadores ou agentes socioeducativos das unidades possuem
atribuições que favorecem a realização das atividades escolares e visam a
garantir a segurança nesses espaços.

Página | 156
As atribuições dos socioeducadores deverão considerar o profissional
que desenvolva tanto tarefas relativas à preservação da integridade física e
psicológica dos adolescentes e dos funcionários quanto das atividades
pedagógicas. Este enfoque indica a necessidade da presença de profissionais
para o desenvolvimento de atividades pedagógicas e profissionalizantes
específicas (Lei nº 12.594 de 2012 - SINASE, Capítulo V).

É importante ressaltar que os adicionais de insalubridade e


periculosidade não se aplicam aos profissionais da educação das ECI
Socioeducativas, segundo as Normas Regulamentadoras 15 e 16 do Ministério
do Trabalho, as quais definem:

CONDIÇÕES DE INSALURIDADE CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE


Operações Perigosas com/em:
• Ruído contínuo ou intermitente • Explosivos
• Ruído de impacto • Infalmáveis
• Exposição ao calor • Radiações ionizantes ou substâncias
• Radiações ionizantes radioativas
• Trabalho sob condições hiberbáricas • Exposição a roubos ou outras
• Radiações não-ionizantes espécies de violência física nas
• Vibrações atividades profissionais de
• Frio segurança pessoal ou patrimonial
• Umidade • Energia elétrica
• Agentes químicos cuja insalubridade • Motocicleta
é caracterizada por limite de
tolerância
• Limites de tolerância para poeiras
minerais
• Agentes químicos
• Benzeno
• Agentes biológicos

INSTRUMENTOS DE TECNOLOGIA EM GESTÃO EDUCACIONAL (TGE)

Plano de Ação
O Plano de Ação é o instrumento de TGE que contém o planejamento
estratégico a ser desenvolvido na escola (inspirado no Plano de Ação da
SEECT) dentro de cada premissa do Modelo, articulando objetivos,
prioridades, e estratégias a fim de alcançar as metas pactuadas dentro dos

Página | 157
mais diversos indicadores. É anual, mas deve ser revisado bimestralmente,
garantindo o preenchimento do Quadro de Monitoramento.

Para as ECI Socioeducativas, existe um Plano de Ação específico, com


metas e indicadores próprios, mas que segue os mesmos princípios das
demais escolas da Rede Estadual. Considerando a intencionalidade dos
instrumentos de TGE, os desdobramentos do Plano de Ação nos Programas
de Ação ocorrem de acordo com a forma como estão descritos nas Diretrizes
Operacionais vigentes, assim como a Agenda Bimestral.

Macroestrutura
A denominada “Macroestrutura” é um instrumento gráfico da TGE
que deve estar à vista de toda comunidade escolar e demonstra
claramente o fluxo do Princípio da Comunicação. É de extrema importância
para o pleno alinhamento entre as funções da equipe escolar, garantia do

Página | 158
monitoramento e da efetivação do movimento do Ciclo Virtuoso.

Planilha de Monitoramento de Frequência

O comparecimento às atividades pedagógicas é obrigatório nas ECI


Socioeducativas. Por isso, a frequência é um dos indicadores monitorados no
Plano de Ação da escola. O Sistema Saber atende aos fins de registro
sistemático dos dados estatísticos das escolas e estudantes na Rede Estadual
de Ensino. Contudo, é necessário considerar questões que vão além da
presença ou ausência, como transferência de estudantes entre as unidades
de internação, progressão ou extinção da medida socioeducativa,
suspensão da aula por motivos de força maior, comparecimento do
estudante a audiências, dias de visita ou retorno aos alojamentos.

Para um acompanhamento mais preciso da frequência e dos motivos


das ausências, a Coordenação das ECI Socioeducativas desenvolveu as
Planilhas de Monitoramento de Frequência, disponibilizadas e atualizadas
mensalmente às equipes escolares.

Programa de Ação
O Programa de Ação é um instrumento que visa a articular as
estratégias do Plano de Ação escolar (sejam elas para o ensino presencial
e/ou híbrido), a fim de estruturar enfoques (dentro de cada área de

atuação) que colaborem para a efetivação das metas pactuadas


com o plano de ação. Logo, afirma-se que é por meio deste instrumento
operacional que será possível o “fazer acontecer”, colocar em prática as
estratégias estabelecidas no Plano de Ação Escolar, a fim de que as metas
pactuadas sejam alcançadas se, e somente se, as ações forem executadas
a partir de uma organização e de uma sistematicidade necessárias e

Página | 159
indispensáveis. Essa organização e essa sistematicidade é que dão
condições de acompanhamento pleno e de monitoramento assertivo de
indicadores para a realização de toda a Melhoria Contínua que caberá no
processo de execução das ações planejadas, entendo que não se alcança
um resultado potente da noite pro dia. Os grandes resultados são construídos
ao passo em que a Melhoria Contínua é bem administrada no processo.
Ao tratar-se disso, de imediato lembramos de um outro instrumento
que materializa e dá operacionalização a esse ciclo, o PDCA. Para tanto, é
imprescindível que o Programa de Ação seja entendido nessa óptica, a partir
do seguinte:
ELABORAR PROGRAMA DE AÇÃO é atribuição bem definida no
escopo da Lei 11.100/2018, que deixa claro que o mesmo deve ser orientado
pelo Gestor Escolar (seguindo as devidas substituições, na ausência deste).
Importante sempre lembrar que, se o Programa de Ação operacionaliza o
Plano de Ação Escolar (que também pode ser entendido como Projeto de
Vida da Comunidade Escolar), a ausência desse instrumento elaborado
deixa o Plano sem operacionalização e, portanto, deixa o Projeto Escolar
"sem vida".
Cada profissional (gestor(a), coordenador(a) pedagógico,
coordenador(a) administrativo-financeiro e professores) deve elaborar o
programa de ação de acordo com sua atuação, bimestralmente.
A sequência para elaboração do programa de ação deve seguir a
seguinte ordem:
1. Professores(as) da Base Comum;
2. Coordenadores(as) de área da Base Comum;
3. Coordenador(a) Pedagógico(a);
4. Gestor(a).

O(A) Gestor(a) que, só após receber o P.A. do(a) CP deverá elaborar


o seu. Trata-se de uma responsabilidade de cada profissional monitorar o seu
programa de ação, assim como é responsabilidade da coordenação de
área monitorar os P.A. dos(as) professores(as) da sua área; do(a) CP
monitorar os dos CAs; bem como do(a) Gestor(a) monitorar o P.A. do(a) CP.

Página | 160
O próprio Plano de Ação escolar e o fluxo de validação dos demais
membros da equipe validam o Programa de Ação do(a) Gestor(a). Não
existe uma pessoa ou função que o realize. O(A) Gestor(a) necessita de
exercer fidedignamente a função de “guardião” do Plano de Ação Escolar
e essa validação faz parte dessa relação dialógica entre a função e o
instrumento, logo, ele/ela é quem encerra o fluxo de validação. Na página
70, do Caderno 11 de Formação - Tecnologia de Gestão Educacional,
encontramos o seguinte parágrafo, que corrobora a esse pensamento
exposto acima:
“O Gestor, por sua vez, elabora o seu próprio Programa de Ação à luz do
Programa de Ação do Coordenador Pedagógico e do Coordenador
Administrativo-financeiro. O Programa de Ação do Gestor deve ser um
instrumento que demonstre a articulação do fazer pedagógico da escola
alinhada com suas metas e com as estratégias da Secretaria de Educação.”
Para mais informações consultar o Plano de Referência para
Elaboração e Atualização do Programa de Ação (bit.ly/2RW8xsL).

Ciclos de Acompanhamento Formativo

Os Ciclos de Acompanhamento Formativo são uma das ações da


Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia que visa
verificar o desempenho das equipes escolares. São momentos para
orientação e escuta dos gestores, coordenadores pedagógicos, professores
e estudantes sobre o dia a dia na escola.

Um Ciclo consiste em uma reunião entre consultores pedagógicos e de


gestão enviados pela Comissão Executiva de Educação Integral (que pode
ser acompanhado por um assessor regional), a equipe escolar e os
estudantes, no qual são observados aspectos essenciais da escola,
considerando o tipo de escola, o ano da implementação do modelo e

Página | 161
pautas específicas. Ele acontece até quatro vezes (três, no virtual) ao ano
em datas previamente informadas às escolas e de acordo com as
possibilidades de execução: presencial ou virtualmente. Ressalte-se que,
devido à pandemia instaurada devido a COVID-19, os Ciclos passaram a ser
on-line, via Google Meet.

Nas ECI Socioeducativas, os consultores conduzem o Ciclo assim como


nas demais escolas, tendo apenas um olhar especial para a questão da
privação de liberdade dos estudantes e as circunstâncias do cumprimento
de medidas socioeducativas. Isso porque algumas práticas educativas
ocorrem de maneira diferenciada para que, mesmo em uma unidade de
internação, o estudante vivencie a experiência de estudar em uma Escola
Integral o mais próxima possível do que ele encontrará após o cumprimento
de sua medida socioeducativa.

Nesse sentido, as questões a serem respondidas durante os ciclos são,


por exemplo: “Quais estratégias a equipe adota, conforme as orientações
da Secretaria de Educação e da Ciência e Tecnologia, para garantir uma
educação de qualidade de acordo com o Modelo Integral?”; “Como são
verificados e acompanhados os resultados?”; “Qual o nível de apropriação
e maturidade da equipe em relação aos Modelos Pedagógico e de
Gestão?”. Somado a isso, questões quanto ao tempo de permanência dos
estudantes na escola - determinado pela duração da medida provisória ou
de internação, existência de grupos rivais, nível de compreensão da equipe
acerca desses tópicos, entre outras, também entram nessa equação, cujo
resultado são orientações específicas para cada caso.

Durante os Ciclos, é bom ter à mão: Plano de Ação, Guias de Aprendizagem,


Programas de Ação, Planos de Ação dos Clubes de Protagonismo, Ementas
das Eletivas, Ementas dos Cursos Profissionalizantes e de Música, Quadro de
Indicadores e Quadro de Resultados.

Quem participa? Todos os membros da equipe escolar que não estiverem em


aula no momento e os estudantes convidados pela Coordenação

Página | 162
Pedagógica.

Preparação: Consultores e Coordenadores Pedagógicos devem entrar em


contato antes do início do ciclo para confirmar se houve alguma ocorrência
na noite anterior que impossibilite o ciclo presencial ou a entrevista com os
estudantes por questões de segurança.

Página | 163
ANEXOS

Página | 164
https://drive.google.com/file/d/1ElLZUWpjRr1hZucKmBBE76m34CUi01Nw/view

Página | 165
GOVERNO DO ESTADO DA PARAIBA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA
ESCOLA CIDADÃ INTEGRAL XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

EMENTA DA ELETIVA – Xº SEMESTRE 202X

TÍTULO: O título da eletiva deve ser chamativo, atrativo, mas não pode fazer referência a
uma disciplina específica da BNCC.

DISCIPLINAS/ÁREAS ENVOLVIDAS: Quais as disciplinas envolvidas ne


áreas elas pertencem?

PROFESSORES ENVOLVIDOS: Insira aqui o nome dos professores envol


JUSTIFICATIVA:
de quais disciplinas eles são.

O que justifica a proposição desta eletiva na escola? Quais


evidências norteiam a sua elaboração? Por exemplo: o Questioná
o Consolidado do Varal dos Sonhos, as necessidades de aprendiza
verificadas no processo de nivelamento, as especificidades da c
onde a instituição está inserida, as premissas, os valores e as estratégi
da Escola, a preferência e indicação dos estudantes
Página |com
166 base em s
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Quais conteúdos e/ou conceitos serão reforçados durante o desenvolvimento desta


eletiva? Não perca de vista que esses conteúdos e conceitos não podem estar restritos
a uma única disciplina/área. O caráter, lembre-se sempre, é interdisciplinar.

CRONOGRAMA:

DD/MM/AAAA – Aula Sobre Célula e Geografia (Prof. Paulo e Graça)

DD/MM/AAAA – Preparação para a culminância (Prof. Paulo e Graça)

DD/MM/AAAA – Culminância da Eletiva (Prof. Paulo e Graça)

METODOLOGIA: Qual metodologia será utilizada para o desenvolvim


nas eletivas?

RECURSOS DIDÁTICOS:

Quais são os recursos necessários à realização dos encontros das


precisar do quê? Tv, data-show, materiais esportivos? Seja claro neste
o Gestor, ao analisar esta ementa, consiga estabelecer,
Página | 167em seu Prog
o apoio necessário da escola, em termos de recursos, às eletivas.
AVALIAÇÃO:

Embora saibamos que a eletiva não reprove, participação nas ativ


avaliação do estudante durante o semestre, para fins de regis
perspectiva, insira neste ponto quais critérios são possíveis de ser con

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Insira aqui as referências, de acordo com a ABNT

Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilad
14 jul. 2017.

Canal de Ciências Criminais. Disponível em: <https://canalcienc


Acesso em 30 jul. 2017.

How to Get Away With Murder (Como defender um assassin


<https://www.netflix.com/title/80024057?jbv=80024057&jbp=3&jbr=1>
2017.

Página | 168
GUIA DE Série Nesse campo Etapa Ensino Médio Ano 2021
APRENDIZAGE Deve indicar ano ou ou Ensino Letivo
aparecer série Fundamental,
M
Ano, caso apenas uma
seja EF ou dessas opções
Série caso nesse campo.
seja EM.

Esse campo é destinado ao nome da escola


Exemplo:
Escola Cidadã Integral Antônio Carlos Gomes da Costa

PROFESSOR COMPONENTE CURRICULAR BIMESTRE – PERÍODO


Bimestre e período do
Nome do componente
Nome do professor(a) bimestre
Curricular
Exemplo: Exemplo:
Exemplo:
Pitágoras Euler I Bimestre – 08/02 a
Matemática
10/04/2021

JUSTIFICATIVA DA UNIDADE
Esse campo é destinado à indicação sucinta dos objetivos, competências e habilidades a serem
desenvolvidos tendo como ferramenta o currículo proposto a ser trabalhado no bimestre. Em síntese
coloca-se o porquê da importância dos estudantes aprenderem os conteúdos elencados no campo
Atividades Didáticas.

ATIVIDADES PRÉVIAS ATIVIDADES DIDÁTICAS – CONTEÚDO


O que posso propor como Nesse campo deve-se descrever tópicos e subtópicos a serem
ferramenta motivadora para o trabalhados ao longo do bimestre, currículo previsto.
desenvolvimento da aprendizagem
com foco nos objetivos da aula que Exemplo:
possibilite verificar conhecimentos 1. Função Polinomial do 1º Grau.
prévios para o tema que será 1.1 Conceito.
abordado? 1.2 Representação gráfica.
Essas atividades devem responder 2. Tipos de funções polinomiais do 1º Grau.
esse questionamento ao docente. 2.1 Função Afim
2.2 Função Linear
Exemplo: 3. Crescimento ou Decrescimento de funções polinomiais
Roda de conversa do 1º Grau.
Brainstorming (tempestade de 3.1 Função Polinomial do 1º Grau crescente.
ideias) 3.2 Função Polinomial do 1º Grau Decrescente.
FONTES E REFERÊNCIAS 4. [...]
Elencar nesse campo referências
destinadas aos estudantes, Observações:
objetivando e estimulando a
pesquisa e o aprofundamento dos 1. Esse campo permite ao professor monitorar o currículo
temas estudados, além de registrar planejado e ministrado junto a sua Coordenação de

Página | 169
as referências utilizadas diretamente Área, além de possibilitar ao estudante acompanhar
pelo professor na construção desse também esse monitoramento, estimulando dessa forma
Guia de Aprendizagem. a realização de autoavaliação e de autogestão.
Utilizar a ABNT.
Exemplo: 2. É importante estabelecer a interlocução desse campo
Para o estudante. com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC.
Canal: Assim é fácil Matemática
Vídeo: Função afim - introdução a
funções de 1° grau
Link:
https://www.youtube.com/watch?v
=ZqdZSXtHhBQ

Do professor.
PAIVA, Manoel Rodrigues.
Matemática: conceito, linguagem e
aplicação. 1ª Edição, volume 1,
Editora Moderna. São Paulo, 2002.
ATIVIDADES AUTODIDÁTICAS
Devem focar o estímulo ao
desenvolvimento da autonomia e
do autodidatismo como
ferramentas de desenvolvimento de
Protagonismo e do fortalecimento
do Eixo Formativo de Formação de
Excelência Acadêmica.

Exemplo:
Pesquisa individual do tema
trabalhado.
Mapa mental do conteúdo
trabalhado.
ATIVIDADES DIDÁTICO-
TEMAS TRANSVERSAIS
COOPERATIVAS
Esse campo estimula o Os temas transversais potencializam a formação integral do
desenvolvimento da solidariedade, estudante além de serem pertinentes ao desenvolvimento de
quando, intencionalmente o saberes de diferentes áreas do conhecimento, assim fortalecem
professor possibilita aos estudantes a
a compreensão da realidade social, direitos e responsabilidades
prática do aprender a fazer, além
de fortalecer o desenvolvimento da da vida pessoal e coletiva, possibilitando o aprender a conviver
autonomia e da busca de e o aprender a ser de forma cada vez mais significativa.
alternativas que o levem a melhor Ver qual tema será trabalhado por sua área do conhecimento
compreender suas aprendizagens e ou pela Equipe Escolar ao longo do período bimestral.
socializá-las, viabilizando a efetiva
realização das aulas de Estudo Exemplo:
Orientada, possibilitando ainda a
Meio ambiente
identificação de possíveis monitores
para o componente Curricular. Tais
ações fortalecem os Eixos Observações:
Formativos de Formação de

Página | 170
Excelência Acadêmica, Formação 1. Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs ofertam
para Vida e Formação de orientações e sugestões de temas transversais a serem
Competências do século XXI. trabalhados.
2. É importante lembrar que as ações aqui propostas devem
É importante ressaltar que essas estar presentes no Programa de Ação do(a) professor(a) e
ações favorecem a prática de esta deve atender a um dos enfoques do professor proposto
Metodologias Ativas, obtendo
para o bimestre.
como resultados as práticas
3. A ação proposta deve também ser registrada na Agenda
protagonistas dos estudantes.
Bimestral da escola.
Exemplo: 4. A realização dessa ação deve focar no desenvolvimento de
Pesquisa em grupo do tema protagonismo dos estudantes e criar possibilidade de ações
trabalhado. interdisciplinares entre os docentes.
Mapa conceitual do tema
trabalhado.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES VALORES
Educar em valores possibilita a criação de espaços capazes de
São atividades extras propostas ao potencializar a compreensão da importância de algo ou de
estudante pelo professor, uma ação humana, objetivando caminhos mais seguros e
objetivando fixar e aprofundar os maduros a serem trilhados sempre pensando no bem comum.
temas estudados, fortalecendo sua Ver qual ou quais valor(es) do Plano de Ação será
Formação Acadêmica em estrategicamente trabalhado(s) ao longo do período bimestral,
Excelência e possibilitando ao definido por sua área do conhecimento ou pela Equipe Escolar.
mesmo criar espaços de práticas e
desenvolvimento protagonistas, Exemplo:
como engajamentos com Clubes Respeito.
de Protagonismo e Eletivas, Solidariedade.
fortalecendo o Projeto de Vida dos
estudantes. Observação:
É importante destacar as atividades e/ou ações que
Exemplo: materializem os valores a serem trabalhados ao longo do
Palestras período bimestral, fortalecendo as Práticas Educativas e
Debates possibilitando interlocuções com as Metodologias de Êxito.
Fórum É salutar lembrar a importância do professor estar atento ao GPS
de Projeto de Vida.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Aqui devem ser apresentadas Nesse campo se fala do para que se estar estudando esses
rubricas propostas para o processo temas? Qual a intenção de estudá-los e suas relações com as
avaliativo. habilidades a serem desenvolvidas.
Como são identificadas as
evidências de aprendizagens? Descrever cada um dos objetivos específicos observando tópico
Como identificar se o objetivo foi a tópico apresentados no campo Atividade Didáticas –
atingido? Conteúdo.
A(s) habilidade(s) proposta(s) para
aula foi(ram) alcançada(s)? Exemplo:
● Compreender função como um tipo de relação de
Exemplo: dependência entre duas variáveis, ideias de domínio e
1. Participação ativa nas discursões de imagem, associando-as a representações gráfica
em sala de aula. e/ou algébrica.

Página | 171
2. Desempenho do estudante nas ● Reconhecer função afim em suas representações
avaliações. algébrica e gráfica, identificando variação (taxa,
3. Realização das atividades crescimento e decrescimento), pontos de intersecção
propostas. de seu gráfico com os eixos coordenados e o sentido
geométrico dos coeficientes da equação de uma reta.
Observação: ● Descrever função linear como um tipo especial de
Não confundir critérios de avaliação função afim e associá-la a relações de
com instrumentos e modalidades proporcionalidade direta entre duas grandezas.
avaliativas.
1. Os instrumentos são os recursos
utilizados para verificar o nível de
aprendizagem desenvolvida.
Exemplo: Seminários, provas,
simulados, etc.
2. As modalidades avaliativas são
duas: Externas ou em Rede e
Internas.
2.1. Externas ou em Rede
auxiliam nas políticas
públicas de ensino e sempre
são aplicadas em larga
escala. Exemplo: IDEB
2.2. Internas permite ao professor
acompanhar a
aprendizagem dos
estudantes. Podendo ser de
caráter:
2.2.1. Diagnóstico realizada
no início do processo,
objetivando verificar
conhecimentos prévio
do estudante.
2.2.2. Formativa realizada ao
longo de todo o
processo, objetivando
acompanhar o
desempenho do
estudante ao longo
das ações propostas.
2.2.3. Somativa realizada ao
final de um período
para mensurar o
desempenho do
estudante.
3. Esse campo permite ainda ao
professor monitorar junto a sua
Coordenação de Área o
currículo aprendido.

Página | 172
SECRETARIA DE ESTADO DA Xª GERÊNCIA
EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA E REGIONAL
TECNOLOGIA DE ENSINO

GUIA DE Série Etapa Ano


APRENDIZAGEM Letivo

PROFESSOR COMPONENTE CURRICULAR BIMESTRE – PERÍODO

JUSTIFICATIVA DA UNIDADE

ATIVIDADES PRÉVIAS ATIVIDADES DIDÁTICAS – CONTEÚDO

FONTES E REFERÊNCIAS
PARA O ESTUDANTE

DO PROFESSOR

ATIVIDADES AUTODIDÁTICAS

ATIVIDADES DIDÁTICO- TEMAS TRANSVERSAIS


COOPERATIVAS
Página | 173
ATIVIDADES COMPLEMENTARES VALORES

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Página | 174
GUIA DE APRENDIZAGEM Série 1ª Etapa Ensino Médio Ano Letivo 2021

Escola Cidadã Integral Linus Pauling

PROFESSOR COMPONENTE CURRICULAR BIMESTRE – PERÍODO


Boyler Rutherford Química I Bimestre – 08/03 a 18/05

JUSTIFICATIVA DA UNIDADE
Contribuir de maneira significativa ao desenvolvimento humano e de competências que
possibilitem a compreensão do conhecimento científico, da identificação de substâncias e
misturas e seus impactos para o progresso tecnológico da sociedade.

ATIVIDADES PRÉVIAS ATIVIDADES DIDÁTICAS – CONTEÚDO


▪ Roda de Conversa
▪ Tempestade de Ideias I. Origem e composição da matéria viva
FONTES E REFERÊNCIAS
PARA O ESTUDANTE 1. O surgimento da vida na Terra
Canal YouTube: Khan Academy
Brasil 2. A construção química dos organismos
Origem da Vida/História de Vida na
Terra/Biologia 2.1Sais minerais.
2.2A água.
https://www.youtube.com/watch?v
2.3Glicídios.
=uYAJ1FKePsA
2.4Lipídios.
DO PROFESSOR 2.5Proteínas.
CARVALHO, Wanderley. Biologia em 2.6Enzimas: proteínas catalisadoras.
foco. Volume único. Editora FTD. São 2.7O pH e a vida.
2.8Vitaminas.
Paulo, 2002.
2.9Ácidos nucléicos.
ATIVIDADES AUTODIDÁTICAS
▪ Pesquisar documentários acerca
do surgimento da vida na Terra.
▪ Atividades do Google Classroom.
▪ Construção de Mapa Mental.
ATIVIDADES DIDÁTICO-
TEMAS TRANSVERSAIS
COOPERATIVAS
▪ Leitura compartilhada.
▪ Ética.
▪ Seminário.
▪ Meio ambiente.
▪ Construção do Mapa Conceitual.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES VALORES
▪ Resenha do vídeo Origem da
Vida/História de Vida na
▪ Ética.
Terra/Biologia.
▪ Responsabilidade.
▪ Debate acerca da construção
química dos organismos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO OBJETIVOS ESPECÍFICOS
▪ Desempenho nas Avaliações ▪ Analisar e discutir modelos, teorias e leis propostos em diferentes
Semanais. épocas e culturas para comparar distintas explicações sobre o

Página | 175
▪ Participação ativa nas discussões surgimento e a evolução da Vida, da Terra e do Universo com
propostas durante as aulas. as teorias científicas aceitas atualmente.
▪ Relatórios das aulas práticas. ▪ Reconhecer que os seres vivos, em suas diferentes espécies,
▪ Organização, condução e apresentam composição química semelhante e são formados
domínio dos temas aplicados aos por células, com níveis de organização e características
seminários. próprias que os diferem da matéria bruta.

Página | 176
DIRETRIZES PARA A ELEIÇÃO DE LÍDERES E VICE-LÍDERES DAS ESCOLAS CIDADÃS
INTEGRAIS

Sobre as eleições para escolha dos líderes de turma

As eleições para a escolha dos líderes e vice-líderes de turma devem


ocorrer no início de março, a partir das orientações encaminhadas pela
Secretaria, tendo assim tempo suficiente para que a turma se conheça e
tenha sido possível identificar os estudantes com perfil para exercer esse
papel. Assim, na última semana de fevereiro, devem ser feitas as inscrições
para a eleição dos candidatos. Nesta semana, os candidatos inscritos devem
iniciar sua campanha na sala de aula apresentando suas propostas e a forma
que pretendem agir diante da turma e da gestão para um melhor
funcionamento da escola. O período de vigência na função de líder é de um
ano letivo, podendo o mesmo líder se candidatar quantas vezes quiser.
A gestão escolar (Gestor, CAF, Coordenação Pedagógica e
Coordenadores de Área) devem ser os responsáveis pelo decorrer do
processo de eleição dos candidatos e, posteriormente, pela posse das
respectivas funções, através do termo de posse, assinado pelos estudantes
eleitos e seus responsáveis.
Também cabe à gestão escolar o acompanhamento do desempenho
do líder e vice-líder, e o auxílio diante das turmas que estes representam. Cabe
ao gestor escolar se reunir semanalmente (fluxo) com o conselho de líderes
para ouvir, anunciar ações e comunicados e alinhar ações para o melhor
andamento da escola, assim também como desenvolver momentos
formativos sobre protagonismo e liderança servidora.

Líderes de Turma

Os líderes de turma, juntamente com o Grêmio Estudantil (nem todas as


escolas possuem grêmio estudantil), são os principais elos entre as turmas e a
equipe escolar. Os estudantes escolhidos pelos colegas para representá-los

Página | 177
perante a direção e os demais setores da escola são responsáveis por
administrar eventuais conflitos e devem estar permanentemente em diálogo
com a turma. O líder se destaca e influencia o grupo, coordena, incentiva,
cresce e coopera. Respeita os colegas, confia no seu grupo, é persistente,
produtivo e tem espírito de justiça.
Qualidades inerentes ao líder de turma:

● Democrático;
● Compreensivo;
● Educado e cortês;
● Responsável;
● Honesto;
● Imparcial;
● Justo;
● Bom ouvinte;
● Assíduo nas atividades escolares;
● Exemplo para todos.

Atribuições de um líder de turma

● Ser o elo entre a classe e a gestão, buscando sempre a harmonia do


conjunto (estudantes/escola) e o bem comum;

● Ter conhecimento do Regimento Interno da escola;

● Trazer à Gestão, por escrito, as sugestões ou problemas levantados pela


turma;

● Estimular a turma para a união e colaboração, evitando questões


conflituosas entre colegas e buscando um ambiente agradável;

● Comunicar gestão e coordenação pedagógica sobre as dificuldades da


turma;

● Participar das reuniões de líderes junto com a gestão escolar;

● Consultar os colegas antes de tomar uma decisão importante que envolva


interesse comum;
Página | 178
● Ter atitudes de uma liderança servidora e participar ativamente do Conselho
de Líderes;

● Comunicar ao gestor sobre estudantes que faltam às aulas;

● Informar à turma sobre assuntos tratados nas reuniões;

● Ser referência em disciplina e respeito pela escola e por todos os seus


componentes (estudantes, professores, equipe pedagógica, colaboradores e
funcionários);

● Ser assíduo e ter um bom desempenho e participação nas diversas


disciplinas escolares, bem como zelar pelo cumprimento das regras da escola.

Parágrafo único: No caso de falta no cumprimento de suas atribuições, o líder


deverá ser destituído do cargo e os estudantes da turma deverão eleger um
novo representante, seguindo os mesmos critérios da eleição anterior, zelando
pela democracia e imparcialidade.

Página | 179
TERMO DE COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL

Caros senhores Pais e ou responsáveis, compreendemos que a


Educação Integral é uma modalidade nova e que por isso ainda tem gerado
algumas dúvidas acerca de seu funcionamento e quais seus objetivos para
com a educação de seus filhos. Pensando nisso, elaboramos esta ficha, não
somente para fins informativos, mas, sobretudo, um compromisso da família
com a educação integral e com a formação acadêmica e cidadã de seu
filho nesta unidade.
Comunicamos que neste ano de 2022, os pais e ou responsáveis que
matricularem seus filhos deverão assinar, além da matrícula, esse termo de
compromisso. Agradecemos a sua preferência e nos comprometemos em
fazer o melhor pela educação de seu filho.

FINALIDADE DA ESCOLA:
As Escolas Cidadãs Integrais e as Escolas Cidadãs Integrais Técnicas
possuem um conteúdo pedagógico voltado para a formação educacional
de qualidade, conforme a regulamentação da Base Nacional Comum
Curricular, e a profissionalização do estudante conforme método didático e
administrativo próprios. O objetivo é oferecer, além de uma educação
integral e de qualidade, os fundamentos de uma escola inclusiva e que visa
formar o cidadão para os desafios do século XXI assim como as exigências
profissionais que o mundo contemporâneo exige. Temos como ponto de
partida o estudante e buscamos desenvolver os pilares essenciais para a
formação de indivíduos autônomos, solidários e competentes, baseando-se
no incentivo e desenvolvimento do protagonismo juvenil.

PATRIMÔNIO DO CENTRO DE ENSINO E DE SEUS FREQUENTADORES:


Os estudantes são corresponsáveis pela conservação e preservação do
patrimônio no que se refere à estrutura física, equipamentos, móveis e demais
materiais que compõem o patrimônio interno e sua higienização.
Do mesmo modo, devem respeitar os pertences dos colegas, dos

Página | 180
professores, da equipe gestora e dos funcionários.
Caso ocorram atitudes contrárias aos princípios éticos que norteiam a
proposta pedagógica deste Programa, o autor será responsabilizado e
deverá ressarcir o “bem coletivo” pelas possíveis perdas, além de poder ser
penalizado, dependendo da situação, pelo que diz o Código Penal Brasileiro.
CUMPRIMENTO DO HORÁRIO E FREQUÊNCIA:
O horário é integral e inegociável, devendo ser respeitado conforme
declaração da família no ato da matrícula. Deve haver clareza quanto aos
horários de entrada 7:30h e de tolerância até 7:45h. Outro horário que deva
ser bem seguido é o de retorno do intervalo matutino para a sala de aula, ou
seja, o retorno deve ser pontualmente às 09:30h, e no vespertino às 15:20.
Quanto à falta às atividades escolares só será justificada através de
comunicado da família ou atestado médico. Os estudantes que chegarem à
unidade escolar depois do horário de tolerância estabelecido (7:45), só
poderão se dirigir a aula no segundo horário, devendo o mesmo aguardar
dentro da escola. É importante ficar claro que fica proibido ausentar-se da
escola sem a devida permissão dos responsáveis. O ato de pular muros e
grades não será tolerado. Caso aconteça, o estudante será notificado e os
responsáveis comunicados e chamados a comparecer à unidade escolar.
A responsabilidade em acompanhar a frequência do estudante na
escola caberá aos pais ou responsáveis. Em caso de omissão, a escola deverá
comunicar aos órgãos competentes, sabendo que o máximo tolerado é de
25% de faltas, caso contrário, o estudante será reprovado ao final do ano
letivo.

UNIFORME:
O uso do uniforme é obrigatório e os jovens só poderão entrar com a
camisa oficial ou de cor branca (ou ainda camisas feitas para eventos
escolares como gincana, feira de ciências, clubes de protagonismo etc.),
calça jeans (ou outra estabelecida pela escola) e tênis, de acordo com a
norma acordada pela gestão escolar no Regimento Interno. Em caso do não

Página | 181
cumprimento, independente do motivo, a equipe gestora deverá ser
informada pelos familiares e/ou responsáveis para tomar as devidas
providências e realizar a autorização da permanência dos(as) estudantes nas
dependências da escola.

LANCHES E REFEIÇÕES:
Serão servidas diariamente três (03) refeições. Os estudantes não
poderão em hipótese alguma sair para almoçar ou lanchar fora da escola. A
única exceção será o caso de estudantes com restrições alimentares e que
apresentem laudo médico, nesse caso, os paIs devem enviar as refeições para
a escola. Os lanches e refeições só podem acontecer no local definido pela
Equipe Gestora (refeitório). O jovem deverá fazer uso correto dos coletores de
lixo, ajudando na conservação do ambiente permanentemente limpo e em
condição deuso. O estudante deverá ficar sempre atento ao desperdício,
servir-se apenas da quantidade de alimentos que for consumir.

REUNIÕES E BOLETINS:
Os pais e ou responsáveis devem comparecer na escola ao menos nas
reuniões bimestrais de pais e mestres para receber e assinar os boletins que
serão entregues ao final de cada bimestre. Fica sob responsabilidade da
gestão comunicar as datas e horários das reuniões. Lembrando que é preciso
cumprir a Lei nº 9394\96 que diz que “a educação da criança\adolescente é
dever (primeiro) da família, (segundo) do Estado”. (Grifo nosso).

USO DO CELULAR E OUTROS DISPOSITIVOS TECNOLÓGICOS:


A escola não se responsabilizará por danos, perdas ou qualquer outro
incidente com aparelhos celulares dos estudantes, uma vez que a Lei Nº 5443
proíbe o uso do aparelho nas dependências escolares, inclusive a mesma
prevê sanções aos que descumprirem e, portanto, a escola não pode ser
responsabilizada pelo que vier a acontecer. Recomendamos que este tipo de
aparelho seja levado apenas quando for solicitado para fins de pesquisa e
ações pedagógicas.
Página | 182
CUIDADOS NO LABORATÓRIO:
Os laboratórios têm normas de segurança e Manuais de Procedimentos
a serem seguidos. Os estudantes serão responsabilizados pelos danos
resultantes do uso inadequado dos equipamentos. Portanto, fica proibida a
permanência do estudante nos laboratórios sem a presença de um professor
ou monitor responsável.

AVALIAÇÕES:
Durante a aplicação de instrumentos de avaliação (provas), o
estudante não poderá fazer uso de recurso não autorizado, bem como “trocar
informações” com colegas, seja de forma verbal ou escrita, sob pena de ter
a avaliação recolhida e invalidada, sendo atribuída nota 0 (zero).
Além das avaliações realizadas normalmente pela escola, as escolas
integrais também passam por avaliações externas, todas com o objetivo de
melhorar o desempenho acadêmico dos estudantes com foco na melhoria
dos índices de aprendizagem.

Caso ocorra infrequência (falta) na Avaliação da Unidade e/ou


Recuperação, o estudante terá direito a uma segunda chamada mediante
apresentação de atestado médico ou justificativa do responsável. Caso o
estudante e/ou responsável não concorde com alguma pontuação atribuída
a alguma avaliação, poderá recorrer à revisão de prova.

VIAGENS E AULAS DE CAMPO


A educação integral incentiva a criatividade dos estudantes através
das eletivas; algumas dessas necessitam de deslocamento para aulas de
campo que podem acontecer fora do ambiente escolar, portanto, nossos
estudantes viajam, contudo, os responsáveis serão previamente
comunicados. Caso não chegue até suas mãos um pedido de autorização
para viagem, não permita a ida de seu filho e procure a gestão escolar
imediatamente.

Página | 183
LIVROS DIDÁTICOS:
O estudante que receber o livro didático ficará responsável por ele
durante todo o ano letivo. Sua devolução em bom estado ao final do ano
letivo é de responsabilidade do mesmo. Em caso de extravio, destruição e
falta de manutenção do livro, os responsáveis pelo estudante deverão
ressarcir a escola.

RESPEITO
Levando em consideração o pilar do CONVIVER, as relações devem ser
sempre harmoniosas, o respeito com todos é um princípio fundamental para
a boa convivência escolar. Devem ser evitados apelidos constrangedores,
maus tratos, bullying e demais formas de agressão. O estudante deverá tratar
com respeito a todos os professores, funcionários e colegas,
Em caso de desacato, o mesmo receberá advertência e os
responsáveis serão comunicados. De acordo com a gravidade do ato, o
Conselho Tutelar e Ministério Público poderão ser acionados.

___________________________________________________________________________________
_
LOCAL E DATA

___________________________________________________________________________________________________________

ASSINATURA DO RESPONSÁVEL

Página | 184
TERMO DE POSSE DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES

Em conformidade com o resultado das eleições ocorridas na ,


mais especificamente nas salas de aula de cada ano/turma, realizadas
no dia _______ de __________________________________de 2022, tomam posse os
líderes e vice-líderes para um mandato de 01(um) ano, a partir do dia
_________ de __________________________ de 2022 até o dia 31 de Dezembro de
2022, conforme relacionados abaixo:

Líder Turma
Vice

Diante da clareza quanto aos fatos e de todo o processo de escolha por


votação aberta, consciente, livre e democrática, comprometo-me a exercer
o papel de liderança com respeito a todos, dedicação, compromisso à causa
e a melhoria das condições para a minha permanência e de todos os meus
liderados nessa instituição.

, de de 2022.

___________________________________________________________________________
Líder

___________________________________________________________________________
Vice-Líder

___________________________________________________________________________
Responsável pelo Processo
(Gestor ou Coordenador Pedagógico)

Página | 185
Página | 186

Você também pode gostar