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Explicação Verso 9
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. O sujeito poético, verso 9, quando diz quando usa
“Quem” está a referir-se a «Deus», à Divina Providência,
Deus quis que a terra fosse toda uma, ao Criador, e fá-lo por testemunho da fé, que é
indissociável dos Descobrimentos portugueses e,
Que o mar unisse, já não separasse.
portanto, do próprio
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma Infante, ele mesmo divinal.
E a orla branca foi de ilha em continente, Concluem o conteúdo do poema e chamam à atenção
para o futuro. Por outras palavras, acabada a empresa de
Clareou, correndo, até ao fim do mundo, descobrir
e evangelizar o mundo, criou-se um «Império», que foi
E viu-se a terra inteira, de repente,
desaparecendo paulatinamente. Ao afirmar que «falta
Surgir, redonda, do azul profundo. cumprir-se Portugal», Pessoa aponta já para um futuro
igualmente glorioso, não só física e geograficamente,
mas de uma outra forma, porventura espiritual,
intelectual, científica. Através do verbo «faltar»,
Quem te sagrou criou-te português.
consegue-se ainda consubstanciar uma espécie de
Do mar e nós em ti nos deu sinal. apelo aos seus contemporâneos para que tornem
Portugal sublime outra vez.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
6.Valor do recurso presente em “e foste desvendando a
Senhor, falta cumprir-se Portugal! espuma” verso 4